Proposta mais baixa ganha incubadora cultural para o ... - RA Digital
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em tempo<br />
economia das famílias iniciativas<br />
Consultório financeiro<br />
“Crise” é uma palavra gasta mas bem presente no nosso<br />
quotidiano. Daí que se deva dar importância a tudo que o tem<br />
a ver com dinheiro. Taxas de juro, indexantes, spreads, taxas<br />
de esforço, endividamento são conceitos que nem sempre são<br />
devidamente percebidos. Muitas pessoas não estão sensíveis<br />
a esta preocupação e as suas difi culdades fi nanceiras acentuam-se.<br />
Outras, procuram melhorar os seus conhecimentos.<br />
Informam-se. Aconselham-se. Reformulam o seu padrão de<br />
vida, ajustando-o aos seus rendimentos. Renegoceiam os<br />
seus créditos, diminuindo as prestações. Conseguem, assim,<br />
reequilibrar as respectivas fi nanças domésticas.<br />
Em 14 de Julho de 2010 celebrei com um protocolo com<br />
a Junta de Freguesia de Águeda em vista a facultar aconselhamento<br />
fi nanceiro aos residentes na área desta autarquia.<br />
Desde então tenho sido questionado por diversas pessoas que<br />
me colocam as <strong>mais</strong> variadas perguntas sobre temas bancários<br />
e fi nanceiros. A todas procuro dar uma resposta. Seleccionei,<br />
a título de exemplo, algumas perguntas e apresento, em termos<br />
sintéticos, a minha resposta. Sei que podem ser úteis a<br />
muitas pessoas. Gostaria, entretanto, de manifestar a minha<br />
disponibilidade <strong>para</strong> responder às questões que os estimados<br />
leitores entendam formular, direcionado-as <strong>para</strong> o meu email.<br />
Prometo ser breve na resposta. Até breve.<br />
Tenho vários empréstimos: casa, carro e vários cartões<br />
de crédito. Com a subida das taxas as prestações aumentaram<br />
e as minhas difi culdades são maiores. Será que<br />
podia substituir todos os créditos por um só?<br />
Manuela A. , Travassô<br />
A ideia é boa. Uma operação dessas, agregando um conjunto<br />
de créditos, tem o nome de consolidação. Por regra,<br />
mantém-se o crédito habitação e faz-se um outro crédito, em<br />
condições de preço e prazo semelhantes, que se destina a pagar<br />
todos os restantes créditos. Substituímos créditos a taxas de<br />
altas - nos cartões podem atingir 30% - por um empréstimo de<br />
spread idêntico ao de empréstimo à habitação. Reduzem-se as<br />
prestações e pagam-se menos juros. A concretização destas<br />
operações depende da receptividade de um qualquer Banco<br />
que não seja o actual. Se o crédito à habitação já foi feito há<br />
vários anos, se o valor em dívida é bastante inferior ao valor<br />
actual do imóvel, se tem rendimentos certos e permanentes e<br />
não regista incidentes no Banco de Portugal, a probabilidade<br />
de aprovação é elevada. Não perdemos nada em procurar uma<br />
solução que se ajuste ao seu caso.<br />
O Banco aumentou-me o spread de 1,2%, <strong>para</strong> 2%,<br />
alegando que deixei de utilizar o cartão de crédito. Legalmente<br />
pode fazer isso?<br />
Luís F., Águeda<br />
Depende do que o estiver contemplado no Contrato. Em<br />
grande parte das situações os Bancos propõem a aquisição de<br />
outros produtos e serviços fi nanceiros. Como condição <strong>para</strong><br />
a redução do spread. Trata-se<br />
do chamado cross-selling.<br />
No caso da pessoa desistir<br />
<strong>mais</strong> tarde de algum deles,<br />
o Banco pode aumentar o<br />
spread do empréstimo <strong>para</strong><br />
o valor que este teria sem a<br />
José Manuel Dias<br />
Economista e Consultor<br />
Financeiro<br />
compra desse produto ou serviço. Existe, no entanto, um limite<br />
temporal <strong>para</strong> o Banco agravar o spread: um ano depois de<br />
ter incumprido. Depois desse prazo