Edição 1 - agosto/setembro 2010 - Rede Beneditina
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o pLAnEtA vERdE<br />
Créditos de carbono<br />
O sistema de créditos de carbono dá aos países menos poluidores o incentivo para que continuem<br />
o processo de valorização do meio ambiente, podendo também melhorar a sua economia.<br />
Como se vê cada vez mais na mídia (TV,<br />
jornais, revistas e Internet), os países de<br />
todo o mundo precisam, de alguma forma e<br />
sem perder tempo, desenvolver ideias e projetos<br />
e, principalmente, implantar programas,<br />
ações e iniciativas que efetivamente protejam<br />
o meio ambiente e os recursos naturais.<br />
A sobrevivência do planeta – e consequentemente<br />
a nossa, seres humanos – não pode<br />
ser colocada em risco. É preciso, por exemplo,<br />
reduzir as emissões de poluentes, para<br />
diminuir os efeitos nocivos sobre a saúde das<br />
pessoas, os animais, a qualidade do ar nas cidades<br />
e a agricultura.<br />
Um programa internacional muito interessante<br />
que já acontece tendo como objetivo<br />
a redução de emissões de poluentes na atmosfera<br />
é o chamado crédito de carbono.<br />
Esta iniciativa surgiu no âmbito do Protocolo<br />
de Kyoto, assinado por algumas nações em<br />
1997, que obrigou os países industrializados<br />
e responsáveis por 80% da poluição mundial<br />
a diminuírem suas emissões de gases formadores<br />
do efeito estufa, como o gás carbônico,<br />
enxofre, metano e outros.<br />
Foi dentro desse contexto que surgiu o Mecanismo<br />
de Desenvolvimento Limpo, que permite<br />
que os países com metas a cumprir invistam<br />
na redução de emissões nos países em desenvolvimento<br />
quando não conseguirem evitá-las<br />
em seu próprio território. É isso que se convencionou<br />
chamar de “créditos de carbono”.<br />
Várias empresas e ONGs estão autorizadas<br />
pela ONU – Organização das Nações Unidas<br />
a desenvolver projetos para a redução<br />
de emissões de gases. Por exemplo, a substituição<br />
de óleo diesel ou carvão mineral<br />
em caldeiras por biomassa ou biodiesel; a<br />
substituição do óleo diesel de geradores por<br />
biodiesel; reflorestamento; captação do gás<br />
metano de aterros sanitários ou criação de<br />
animais; substituição total ou parcial do óleo<br />
diesel pelo biodiesel em caminhões, ônibus,<br />
tratores, locomotivas e barcos; além de outras<br />
atividades.<br />
O mecanismo é simples: as empresas poluidoras<br />
compram em bolsa de valores ou diretamente<br />
das empresas empreendedoras as<br />
toneladas de carbono não emitidas. Isso é feito<br />
por meio de um bônus chamado Certificado<br />
de Redução de Emissões, que é transformado<br />
em recursos financeiros, gerando uma receita<br />
extra para a empresa vendedora.<br />
O cálculo de redução da quantidade de toneladas<br />
de gás carbônico ou outros gases emitidos<br />
é feito por empresas especializadas, de acordo<br />
com normas de órgãos técnicos da ONU.<br />
Revista <strong>Rede</strong> <strong>Beneditina</strong> | 33