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<strong>LINA</strong> <strong>ALVES</strong> <strong>CATELA</strong><br />
<strong>DECAI</strong>
d e c a i<br />
pão<br />
le néant inabrité<br />
marulhar extenso<br />
correndo nas suas mãos<br />
nenhuma Sempre<br />
omnívora<br />
assoma o pranto a morte<br />
it's been my soul<br />
Antrácito dizia<br />
chamar o vento<br />
olhámos<br />
no fundo<br />
decae d e s<br />
vazio não está<br />
pouco tempo<br />
Alto Largo<br />
lugar de fome<br />
caminho calcetado<br />
d e c a i s
Na ausência se detém Marulhar absoluto<br />
Sai da sala cheia de luz sem ver<br />
Porque se entra na corrente vai E em tudo se instala<br />
se se move cai se fala resvala se perde não vê<br />
Mas se pela porta escoa para fora ecoa e escorre na escuridão
paisagens oníricas não antes palestras nunca servis<br />
crivo não mas desmesura a partir de um pedaço de cor<br />
luzes vistas do alto não longe do mar<br />
encontram-se caminhando sobre redes e malhas<br />
flutuadoras da água e do vento no oceano ou na brita em ar de nadir solfejo<br />
que fazes por lá<br />
construímos quadrados de betão para na vida assentarmos
Antrácito dizia<br />
Terra deserta Deserto inquieto<br />
O sopro de tom movente nos recebe e enleva<br />
A nós atracagem pesada de exaurido fulgor
sede asfaltada<br />
O dia não está vazio<br />
Nele entramos por entre<br />
altas e desconexas<br />
colinas de abissais posturas<br />
Requeremos uma trave<br />
mestra da distância<br />
Embatemos violentamente<br />
no presente<br />
De escorão oblongo<br />
afincado até<br />
ao derrube e derrame<br />
das paredes escoradas
lugar de fome e arte<br />
no deserto nos lançamos
tudo será expulso do grão ao pão<br />
respiram côncavo o chão perto da pedra<br />
acerca do poder e da aniquilação clamam<br />
de tratos se trata quando as forças desocupam as gentes<br />
os corpos consumam e fardos não concebem mais<br />
E assim se lavrou nos autos
silêncio<br />
pilar de silêncio<br />
ausência sustida<br />
pelo corpo<br />
arrastado manto<br />
acobertado furtivo<br />
vasa pela sua mão<br />
o quê aqui apenas ar<br />
correndo<br />
correndo nas suas mãos
Já não podendo descer até ao parque arbóreo Para dedilharem memórias<br />
Decidem hibernar No húmus chão terra Entre a terra e a neve que cobre<br />
Bateu à porta<br />
É nada Só precipício Solo gelo glace grassa<br />
Havia uma Rainha Correu atrás Tolhida E quem?<br />
Deitemo-nos E mais? O pranto O pranto assoma a morte La neige mon cœur
Chamai vento<br />
ao correr das pedras<br />
que nos escalpa o ouvido<br />
Sois triste<br />
Enfado golpeado na face<br />
não estremece<br />
Chamai antes o vento<br />
a engolfar a garganta<br />
e se perder no seu istmo
pouco tempo olhar onde não está<br />
calor jungido abraço perdido<br />
onde não perguntar<br />
desdém não tem
ver nos olhos nunca será<br />
caminho trigais vielas impossível captura estado aturdido<br />
frio débil lancinante estrutura<br />
espasmo polinia de desbaste opere citato vereda calcinada<br />
tudo encontramos perdidos
despido<br />
porque paro aqui ah espaço amplo<br />
abandono inarrável imperativo evadidos<br />
quem sois absência que ousais
altura nenhuma abateu raso<br />
não será identficado ficará incógnito<br />
espectra infindo deflexão horizontal total<br />
lembra-nos o chão da eira sublevado julga-se<br />
queremos este solo<br />
incessantemente chegava e quando partia ia sempre
t e r i o r vor a ge m<br />
c o m e a n d g o a n d n e v e r t h e s a m e<br />
a n t e r i o r<br />
t h e w a v e s<br />
c h a ma e r i or s or o<br />
a nte i n t e r i or n a s c e m e n te<br />
h e r b e s n e r v u r a l e a v e s<br />
t h e a n s w e r<br />
a r r a s t a n t e p o d e r n a s c e n t e is t h e s a m e<br />
t o d a y<br />
d e g r a u
terior voragem chama erior soro<br />
ante interior nasce mente<br />
the answer is the same today<br />
degrau âncora<br />
come and go and never the same the waves<br />
anterior<br />
herbes nervura leaves arrastante poder nascente
Olhámos no fundo e nada vimos<br />
Voltamos sem espelho e sem confrontação<br />
Os mineiros levavam um saco com todos os jogos recusados<br />
Nós trazemos um saco cheio de notas frescas<br />
Abancamos os torneados<br />
Dizia-se por ali haver um poço cheio de dúctil água<br />
Vamos com sede Aluar as nossas caras<br />
Sociedade cansativa de servos e de ablastos
Doze rios confluíram Nove ruas amotinaram Artérias são insolentes irídias<br />
Descansam pois as almas após a abbondanza sanguínea de sexos ao peito<br />
Recuam em arco Recuam em arco Alto Largo Decais
decae d e s
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