Capítulo 1 - MagicJebb

More documents

Recommendations

Info

... aliadas às próprias convicções, parecia ser natural que a virilidade física de vampiros do sexo masculino tivesse de ser mantida através de métodos mais heterodoxos, como a ingestão de hormônios masculinos, que pareciam ser facilmente encontrados no sangue de homens viris. Ela só não conseguia entender por que os homens que o veterano escolhia pareciam ser todos homossexuais... Mas isso não vem ao caso. A certa altura, ela própria acabou se alimentando de mulheres. No fim das contas, o sexo de uma presa NUNCA importa. Vampiros são vampiros, e o que interessa são os litros de sangue, saborosos litros de sangue, dentro das carcaças humanas. Sangue vermelho. Quente. Sangue sujo de álcool era um problema. Sangue doente, rico em micróbios, bactérias, vírus, os quais a diferenciada fisiologia vampírica acabava exterminando de pronto, automaticamente. “Vampiros NUNCA pegam doenças de humanos.” Sangue pobre. Hemofílicos. Diabéticos. Anêmicos. Sangue intoxicado. ... Sangue sempre vermelho. Sempre quente. Sempre saboroso. Vermelho. Diferente do cinza que via agora. Diferente do negrume do sangue coagulado, salpicado na lâmina da faca, à sua direita. ... O que estava acontecendo? Fechou os olhos, e procurou concentrar-se mais. Manipular o sangue que ainda havia no corpo. Conclamar as forças, os poderes que o sangue havia despertado dentro de si, as técnicas ensinadas por seu mestre. Abriu os olhos, mas a visão não se fez real. As lentes de sangue, que tudo vêem, não se materializaram. Seus ouvidos não se aguçaram. Sua mente não transcendeu os limites do corpo. E a pobre mulher continuou isolada, cercada pelos limites e barreiras superficiais impostas pela carne. Continuava a ver apenas a névoa estática e cinzenta, escura, e a faca suja de sangue velho, e também a silhueta do frasco de vidro que quase sumia de vista. A visão maleável, os mil olhos do corpo, que em um relance revelam a imagem de tudo e de todos que possam estar à sua volta... Os ouvidos do morcego, que de um golpe permitem tocar tudo e todos em uma ampla área, revelando contornos e superfícies, projetando na imaginação uma composição tridimensional completa de todo um ambiente... O toque do espírito, que examina mentes, descobre intenções, sonda auras e mostra as vítimas mais suscetíveis... 30 Doença e Cura
Nada disso funcionou. Nenhum destes poderes ancestrais. “Tudo e todos” que pudessem estar em seu redor continuou sendo apenas um vazio cinza. E havia algo ainda pior. Ela fechou os olhos, tentando concentrar-se, evitar o pânico. O sangue. Vermelho. O vermelho do sangue havia desaparecido de seu corpo. Seu sangue não respondia aos seus comandos. Seu sangue não pulsava. Seu sangue não vivia. E seu corpo... SEU CORPO PARECIA TER DESAPARECIDO! * * * * * A mulher abriu os olhos, assustada. Piscou algumas vezes. Estava claro, novamente. Sentia-se tonta, a vista estava embaçada, as imagens em redor turvas. Estava fresco. Uma brisa suave batia em seu rosto. Ouviu um ruído. Uma porta sendo aberta. Dobradiças velhas estalando e rangendo. Sons de carros, buzinas, bem ao longe. Passos. Passos, botas ou tênis ou sapatos ou pés descalços pisando, caminhando. Aproximando-se. Uma voz. – Ah! Você acordou. Uma voz rouca, de homem. Sentiu um toque. Surpresa, percebeu que uma, duas, três... uma série de coisas pontudas, macias, arredondadas, tateavam sua cabeça... Dedos? – Você é o meu troféu... ... tentando agarrá-la. Agarrando, erguendo, elevando, puxando sua cabeça para cima, e girando-a sobre o pescoço. PUXANDO SUA CABEÇA PARA CIMA, E GIRANDO-A SOBRE O PESCOÇO! Muito... rápido. Rápido demais! Trinta, sessenta, noventa.. cento e oitenta graus. Meia volta volver!... e mais do que isso. Sua cabeça sendo completamente deslocada, dando um nó no pescoço! Instintivamente, a jovem fechou os olhos, sentindo uma espécie de náusea. Fabian Balbinot 31
Page 3 and 4: Fabian Balbinot Doença e Cura
Page 5: Agradeço à amiga Marypop pela ren
Page 8 and 9: “Vocês são as aranhas”, havia
Page 10 and 11: jorrando pelas paredes... uma casca
Page 12 and 13: A porta foi empurrada por um golpe
Page 14 and 15: um corredor. Blocos de argamassa se
Page 16 and 17: Um ligeiro tremor foi todo o movime
Page 18 and 19: das aranhas paralisadas. E muitas a
Page 20 and 21: Era uma jovem mulher. Sem dúvida,
Page 22 and 23: Estava fresco. Uma brisa suave bati
Page 24 and 25: freneticamente o caminho que seguia
Page 26 and 27: Descobriram tarde demais que, em su
Page 28 and 29: O problema maior que tinha era a na
Page 32 and 33: CRISTO JESUS! ... Concentrar-se. Co
Page 34 and 35: seu pescoço seus braços seus osso
Page 36 and 37: A criatura vil, a besta. UM CAÇADO
Page 38 and 39: “A dádiva exige que eu estude, e
Page 40 and 41: tantas outras atividades neurais co
Page 42 and 43: mãe humanos, irresponsáveis, gana
Page 44 and 45: - Venham aqui ver isso! - sussurrou
Page 46 and 47: Telecinesia. Telepatia. Tele-seja-l
Page 48 and 49: impostos e passagens de ônibus e d
Page 50 and 51: E conforme as gerações passam, pa
Page 52 and 53: processamento em Gigabytes por segu
Page 54 and 55: O fato é que não temos tempo e ne
Page 56 and 57: É lógico que matar pode nos traze
Page 58 and 59: de bruxaria, o bafo de alho que tin
Page 60 and 61: constituir em uma experiência bast
Page 62 and 63: E, no entanto, hoje, na noite segui
Page 64 and 65: Os subúrbios não são tão ruins,
Page 66 and 67: irracional, nos momentos em que per
Page 68 and 69: uretra... ao redor dos olhos, os po
Page 70 and 71: usca de repasto, mas posso sentir a
Page 72 and 73: Policiais inquirem ou agridem os ci
Page 74 and 75: Vi o sangue que não goteja lançar
Page 76 and 77: e mesmo centenas de ferrões de ves
Page 78 and 79: cidade era imensa, e fazia-me desco
Page 80 and 81:
vespa da terra que ataca e elimina
Page 82 and 83:
Nesse momento, a mulher riu. Riu hi
Page 84 and 85:
“Em decorrência disto, criei o h
Page 86 and 87:
Sei o que vi, e o que senti. O sang
Page 88 and 89:
durante o dia, e este se move, desa
Page 90 and 91:
“E você vai em frente, e se vira
Page 92 and 93:
Era uma experiência diferente. And
Page 94 and 95:
O cabelo castanho-claro estava pres
Page 96 and 97:
A jovem revelou o que fazia, mas n
Page 98 and 99:
metrô! Também conhecida como uma
Page 100 and 101:
- Sim, vou. Já estou ficando acost
Page 102 and 103:
- Adeus, minha querida. Como diria
Page 104 and 105:
Sua mente volta e meia desenhava or
Page 106 and 107:
- Isso... passa. Eu só preciso de
Page 108 and 109:
Você não precisa mais de nada dis
Page 110 and 111:
- E no outro, na outra noite, você
Page 112 and 113:
de despir-se dos preconceitos que a
Page 114 and 115:
Os olhos da mestiça abriram-se nov
Page 116 and 117:
morria, sofria-se. Era muita dor. I
Page 118 and 119:
Ela não fazia ideia do tempo que s
Page 120 and 121:
Era divertido poder enxergar, a pri
Page 122 and 123:
Não testou nenhuma destas possibil
Page 124 and 125:
Mais um caso sem solução veio à
Page 126 and 127:
lê, mesmo estando sentada no come
Page 128 and 129:
Ela sentia estar no fundo do poço.
Page 130 and 131:
jovem vampira com um sorriso agudo
Page 132 and 133:
Os olhos. Brasas fulgurantes. Tocha
Page 134 and 135:
químicos, os quais eram meticulosa
Page 136 and 137:
- Você tem problemas com seu sangu
Page 138 and 139:
As imagens que o morcego-professor
Page 140 and 141:
- Existem muitos relatos, alguns at
Page 142 and 143:
Carregava um caríssimo sabre trazi
Page 144 and 145:
Beco sem saída! Você está amorda
Page 146 and 147:
Você acorda ouvindo ruídos, baque
Page 148 and 149:
fluem como fachos de luz invisível
Page 150 and 151:
“A fita é dura... apertada...”
Page 152 and 153:
“Não importa...” “Ainda há
Page 154 and 155:
CENÁRIO: Um rústico e antigo sal
Page 156 and 157:
se apruma e remove seu capuz, revel
Page 158 and 159:
membro ainda não identificado, pro
Page 160 and 161:
fatores... Ah, aqui está. Como tod
Page 162 and 163:
e posso dizer que aquele sangue, an
Page 164 and 165:
contaminado causa em nosso próprio
Page 166 and 167:
visto o... sol. E só escaparam por
Page 168 and 169:
HOMEM CALVO: Equipamento? HOMEM COM
Page 170 and 171:
HOMEM CALVO: Perdoe-me, mas o senho
Page 172 and 173:
HOMEM CALVO: Não pode. Ela se mani
Page 174 and 175:
Passam-se mais instantes em que nin
Page 176 and 177:
HOMEM: (olha arregalado para a mulh
Page 178 and 179:
experiências. Animais que caçam e
Page 180 and 181:
e a mente desta adorável mulher de
Page 182 and 183:
“Noite passada, você disse que e
Page 184 and 185:
Girando 360º no ar durante um mome
Page 186 and 187:
criatura. E orgulhava-se de tais ca
Page 188 and 189:
Girando os olhos e sacudindo a cabe
Page 190 and 191:
E toda essa revolução de costumes
Page 192 and 193:
Foi recebido por uma ensurdecedora
Page 194 and 195:
- Não vai tirar porra nenhuma! - b
Page 196 and 197:
“Não vai tirar porra nenhuma!”
Page 198 and 199:
a jaqueta militar destroçada, o De
Page 200 and 201:
seu ponto de origem, provavelmente
Page 202 and 203:
Sem parar de olhar o capuz, pergunt
Page 204 and 205:
Ele precisava torcer para que seu e
Page 206 and 207:
- O pessoal do esgoto que conseguiu
Page 208 and 209:
que serviam para serem seviciados p
Page 210 and 211:
venenoso, que corroia carnes e osso
Page 212 and 213:
deixou me matarem, não quis fazer
Page 214 and 215:
Os caninos protuberantes nos maxila
Page 216 and 217:
Deus do céu, ele pensava, revirand
Page 218 and 219:
E relembrava do passado. Com o exte
Page 220 and 221:
um estado de letargia, uma pantomim
Page 222 and 223:
daquele relatório, e de outros a e
Page 224 and 225:
“O estômago desapareceu...”
Page 226 and 227:
Ele sabia que estava diante de uma
Page 228 and 229:
Uma voz que lhe era de algum modo f
Page 230 and 231:
“O único valor que a vida tem é
Page 232 and 233:
a total falta de imunidade à luz d
Page 234 and 235:
Você a conhece, e sabe que o que p
Page 236 and 237:
não se preocupou em aprender, e o
Page 238 and 239:
que faz com que a gente se entenda
Page 240 and 241:
A pequena arma de fogo prateada...
Page 242 and 243:
estrada de chão, e sua mandíbula
Page 244 and 245:
Você desloca a cabeça levemente,
Page 246 and 247:
O carro continuava balançando, chu
Page 248 and 249:
A humanidade inteira é uma grande
Page 250 and 251:
250 Doença e Cura Epílogo Apesar
Page 252 and 253:
período da noite, ao passo que, de
Page 256:
Editora Alcance - Rua Bororó, 5 -
show all

Capítulo 1 - MagicJebb

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

Delete template?

Save as template?