Enfermidades neoplásicas - Labmor.ufpr.br
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Doenças Neoplásicas<<strong>br</strong> />
Disciplina de Doença das Aves<<strong>br</strong> />
Curso de Medicina Veterinária<<strong>br</strong> />
Profa. Elizabeth Santin
Doenças Neoplásicas<<strong>br</strong> />
• Introdução<<strong>br</strong> />
– São basicamente três<<strong>br</strong> />
enfermidades virais aviárias<<strong>br</strong> />
caracterizadas pela presença<<strong>br</strong> />
tumores com diferentes<<strong>br</strong> />
agentes etiológicos.<<strong>br</strong> />
• Doença de Marek;<<strong>br</strong> />
• Complexo Leucótico aviário;<<strong>br</strong> />
• Reticuloendoteliose
Doenças Neoplásicas<<strong>br</strong> />
• Introdução<<strong>br</strong> />
- Causam alta mortalidade e<<strong>br</strong> />
condenação de carcaça;<<strong>br</strong> />
- No caso da leucose aviária<<strong>br</strong> />
pode ter comprometimento<<strong>br</strong> />
grave em reprodutoras devido<<strong>br</strong> />
a transmissão vertical<<strong>br</strong> />
congênita e hereditária.
Doenças Neoplásicas<<strong>br</strong> />
• Doença de Marek<<strong>br</strong> />
– 1907 – Marek descreveu a doença<<strong>br</strong> />
caracterizada por infiltração<<strong>br</strong> />
mononuclear em nervos periféricos<<strong>br</strong> />
em galos que apresentavam<<strong>br</strong> />
paresia.<<strong>br</strong> />
– Nos anos 60 ficou muito conhecida<<strong>br</strong> />
esta doença caracterizada por<<strong>br</strong> />
linfomas viscerais, sendo o<<strong>br</strong> />
herpesvírus descrito como o agente<<strong>br</strong> />
etiológico;
Doenças Neoplásicas<<strong>br</strong> />
• Doença de Marek<<strong>br</strong> />
– Ainda em 1960 a atenuação e<<strong>br</strong> />
utilização do vírus em vacinas<<strong>br</strong> />
representaram um dos<<strong>br</strong> />
maiores avanços no controle<<strong>br</strong> />
desta doença;<<strong>br</strong> />
– Foi a primeira vacina efetiva<<strong>br</strong> />
contra câncer em todas as<<strong>br</strong> />
espécies.
Doenças Neoplásicas<<strong>br</strong> />
• Doença de Marek<<strong>br</strong> />
Etiologia<<strong>br</strong> />
– Família: herpesvirideae<<strong>br</strong> />
– Herpesvírus<<strong>br</strong> />
• HV1 – Doença de Marek;<<strong>br</strong> />
• HV2 – Isolado de galinhas<<strong>br</strong> />
• HV3 ou HVT – Isolado de Perus<<strong>br</strong> />
• Somente HV1 é oncogênico.
Doenças Neoplásicas<<strong>br</strong> />
• Doença de Marek<<strong>br</strong> />
Etiologia<<strong>br</strong> />
Herpesvírus<<strong>br</strong> />
• As partículas do HV são encontradas<<strong>br</strong> />
no núcleo das células, sendo<<strong>br</strong> />
constituído de uma fita dupla de DNA.<<strong>br</strong> />
• São envelopados e a infecção da<<strong>br</strong> />
célula está associado à absorção e<<strong>br</strong> />
penetração com posterior replicação<<strong>br</strong> />
das partículas virais dentro da célula<<strong>br</strong> />
infectada.<<strong>br</strong> />
• Antígeno B produzido pelo gene gB é o<<strong>br</strong> />
produto proteico associado com<<strong>br</strong> />
resposta imune no hospedeiro;
Doenças Neoplásicas<<strong>br</strong> />
• Doença de Marek<<strong>br</strong> />
Etiologia<<strong>br</strong> />
Herpesvírus<<strong>br</strong> />
• Ocorrem três tipos de infecção<<strong>br</strong> />
– Latente<<strong>br</strong> />
– Produtiva, caracterizada pela<<strong>br</strong> />
replicação do DNA viral com morte<<strong>br</strong> />
celular e produção de partículas virais;<<strong>br</strong> />
– Transformante, quando altera o<<strong>br</strong> />
fenótipo da célula só ocorre com HV1,<<strong>br</strong> />
e estão relacionados aos genes 132,<<strong>br</strong> />
pp38 e meq.
Doenças Neoplásicas<<strong>br</strong> />
• Doença de Marek<<strong>br</strong> />
Etiologia<<strong>br</strong> />
Herpesvírus<<strong>br</strong> />
– Em linfomas são detectados<<strong>br</strong> />
antígenos de superfície associados<<strong>br</strong> />
ao tumor chamados MATSA<<strong>br</strong> />
(Marek associated tumor surface<<strong>br</strong> />
antigen);<<strong>br</strong> />
– O DNA viral pode se integrar ao<<strong>br</strong> />
DNA da célula hospedeira;
Doenças Neoplásicas<<strong>br</strong> />
• Doença de Marek<<strong>br</strong> />
Etiologia<<strong>br</strong> />
Herpesvírus<<strong>br</strong> />
HV1- patótipos<<strong>br</strong> />
– mMDV – moderado;<<strong>br</strong> />
– vMDV – virulento<<strong>br</strong> />
– vvMDV – muito virulento
Doenças Neoplásicas<<strong>br</strong> />
• Doença de Marek<<strong>br</strong> />
Etiologia<<strong>br</strong> />
Herpesvírus<<strong>br</strong> />
• Inativado 10 minutos pH3 ou 11<<strong>br</strong> />
• So<strong>br</strong>evive:<<strong>br</strong> />
– 2 semanas/4 o C<<strong>br</strong> />
– 4 dias/25 o C<<strong>br</strong> />
– 18 hrs/37 o C<<strong>br</strong> />
– 30 min/56 o C<<strong>br</strong> />
– 10 min/10 o C
PI = 2 a 4 semanas<<strong>br</strong> />
Galinhas e<<strong>br</strong> />
codornas<<strong>br</strong> />
japonesas<<strong>br</strong> />
Trato<<strong>br</strong> />
respiratório,<<strong>br</strong> />
e digestório<<strong>br</strong> />
Cadeia Epidemiológica<<strong>br</strong> />
Porta<<strong>br</strong> />
de entrada<<strong>br</strong> />
Hospedeiro<<strong>br</strong> />
susceptível<<strong>br</strong> />
Agente<<strong>br</strong> />
etiológico Reservório<<strong>br</strong> />
Vias<<strong>br</strong> />
de transmissão<<strong>br</strong> />
Herpesvírus<<strong>br</strong> />
Vias<<strong>br</strong> />
de eliminação<<strong>br</strong> />
Aves<<strong>br</strong> />
infectadas,<<strong>br</strong> />
Fezes,<<strong>br</strong> />
saliva,<<strong>br</strong> />
folículo da<<strong>br</strong> />
pena<<strong>br</strong> />
Horizontal e<<strong>br</strong> />
vertical congênita<<strong>br</strong> />
???? (contaminação<<strong>br</strong> />
da casca do ovo)
Doenças Neoplásicas<<strong>br</strong> />
• Doença de Marek<<strong>br</strong> />
• Patogenia<<strong>br</strong> />
– 4 fases de Infecção<<strong>br</strong> />
• Produtiva restritiva: alterações<<strong>br</strong> />
degenerativas primárias;<<strong>br</strong> />
• Latente<<strong>br</strong> />
• Citolítica com imunossupressão<<strong>br</strong> />
permanente;<<strong>br</strong> />
• Proliferativa: tumoração
Doenças Neoplásicas<<strong>br</strong> />
• Doença de Marek<<strong>br</strong> />
• Patogenia<<strong>br</strong> />
– Partículas virais entram pelo<<strong>br</strong> />
Trato respiratório;<<strong>br</strong> />
– Atacam células fagocíticas;<<strong>br</strong> />
– Chegam ao baço, bursa e<<strong>br</strong> />
timo onde infectam células B;<<strong>br</strong> />
– Ocorre reação inflamatória<<strong>br</strong> />
nestes órgãos;
Doenças Neoplásicas<<strong>br</strong> />
• Doença de Marek<<strong>br</strong> />
• Patogenia<<strong>br</strong> />
– Ocorre imunossupressão;<<strong>br</strong> />
– Aves resistentes podem<<strong>br</strong> />
desenvolver a forma latente da<<strong>br</strong> />
infecção;<<strong>br</strong> />
– Aves sensíveis vão desenvolver a<<strong>br</strong> />
terceira fase da infecção;<<strong>br</strong> />
– Pode haver formação de tumores
Doenças Neoplásicas<<strong>br</strong> />
• Doença de Marek<<strong>br</strong> />
• Sinais clínicos e Lesões:<<strong>br</strong> />
– Sinais nervosos são variáveis<<strong>br</strong> />
dependendo do nervo afetado, pode<<strong>br</strong> />
haver paralisia completa, opstótono,<<strong>br</strong> />
torcicolo, asas caídas, afecção do<<strong>br</strong> />
nervo vago que pode levar a<<strong>br</strong> />
disfunção do papo (papo pendular)<<strong>br</strong> />
– Em casos agudos a ave pode<<strong>br</strong> />
apresentar uma ataxia e mortalidade,<<strong>br</strong> />
ou podem apresentar severa<<strong>br</strong> />
depressão e morte sem nenhum<<strong>br</strong> />
sinal clínico característico.
Doenças Neoplásicas<<strong>br</strong> />
• Doença de Marek<<strong>br</strong> />
• Sinais clínicos e Lesões:<<strong>br</strong> />
– Alguns animais podem apresentar<<strong>br</strong> />
cegueira com infiltração linfóide na<<strong>br</strong> />
íris.<<strong>br</strong> />
– Morte ocorre devido a severa<<strong>br</strong> />
desidratação e anorexia devido a<<strong>br</strong> />
impossibilidade dos animais se<<strong>br</strong> />
locomoverem até os comedouros e<<strong>br</strong> />
bebedouros.
Doenças Neoplásicas<<strong>br</strong> />
• Doença de Marek<<strong>br</strong> />
• Sinais clínicos e Lesões:<<strong>br</strong> />
– Antigamente a morbidade podia<<strong>br</strong> />
atingir 30%, sendo que a mortalidade<<strong>br</strong> />
era em igual número. Hoje após o<<strong>br</strong> />
emprego de vacinas esse número foi<<strong>br</strong> />
reduzido para 5% em poedeiras e<<strong>br</strong> />
0.1% em frangos;<<strong>br</strong> />
– Alterações macroscópicas podem<<strong>br</strong> />
ser eventualmente observadas em<<strong>br</strong> />
nervos periféricos (celíaco,<<strong>br</strong> />
mesentérico e ciático) e gânglios<<strong>br</strong> />
mas nunca no cére<strong>br</strong>o.
Doenças Neoplásicas<<strong>br</strong> />
• Doença de Marek<<strong>br</strong> />
• Sinais clínicos e Lesões:<<strong>br</strong> />
– Nos nervos pode se observar<<strong>br</strong> />
alterações no tamanho, presença de<<strong>br</strong> />
estriações, coloração amarelada ou<<strong>br</strong> />
edema.<<strong>br</strong> />
– Microscopicamente é uma lesão de<<strong>br</strong> />
caráter inflamatório, caracterizada<<strong>br</strong> />
por infiltração de linfócitos, edema,<<strong>br</strong> />
desmielinização e proliferação das<<strong>br</strong> />
células de Schwann, ou neoplásico<<strong>br</strong> />
consistindo de massas de<<strong>br</strong> />
linfoblastos, desmielinização e<<strong>br</strong> />
proliferação das células de Schwann.
Doenças Neoplásicas<<strong>br</strong> />
• Doença de Marek<<strong>br</strong> />
• Sinais clínicos e Lesões:<<strong>br</strong> />
– Os tumores podem ocorrer em<<strong>br</strong> />
qualquer lugar, mas principalmente<<strong>br</strong> />
fígado, baço, rins, coração, gônadas<<strong>br</strong> />
e íris. A estirpe do vírus e linhagem<<strong>br</strong> />
do hospedeiro influenciam neste<<strong>br</strong> />
aspecto. As lesões tumorais nos<<strong>br</strong> />
diversos órgãos são proliferativas,<<strong>br</strong> />
com presença de pequenos e médios<<strong>br</strong> />
linfócitos e células reticulares<<strong>br</strong> />
primitivas.
Doenças Neoplásicas<<strong>br</strong> />
• Doença de Marek<<strong>br</strong> />
• Sinais clínicos e Lesões:<<strong>br</strong> />
– Na bursa pode haver atrofia das<<strong>br</strong> />
camadas cortical e medular, com<<strong>br</strong> />
formação de cistos e infiltração<<strong>br</strong> />
linfóide interfolicular.<<strong>br</strong> />
– Pode haver aplasia de medula<<strong>br</strong> />
óssea e presença de tumores.
• Doença de Marek<<strong>br</strong> />
• Sinais clínicos e Lesões:
Doenças Neoplásicas<<strong>br</strong> />
• Doença de Marek<<strong>br</strong> />
• Imunidade<<strong>br</strong> />
– imunidade celular e humoral;<<strong>br</strong> />
– Vacinas de vírus inativados<<strong>br</strong> />
desenvolve imunidade contra todos<<strong>br</strong> />
os tipos de infecção enquanto que o<<strong>br</strong> />
uso de vacinas com células tumorais<<strong>br</strong> />
apenas protege contra a formação de<<strong>br</strong> />
tumores.<<strong>br</strong> />
– Imunidade humoral é necessária<<strong>br</strong> />
para diminuir a proliferação viral
Doenças Neoplásicas<<strong>br</strong> />
• Doença de Marek<<strong>br</strong> />
• Imunidade<<strong>br</strong> />
– imunidade mediada por células T<<strong>br</strong> />
inibe a infecção.<<strong>br</strong> />
– Vacinas vivas com as estirpes HVT e<<strong>br</strong> />
HV 2 ou inativadas da estirpe HV 1 é<<strong>br</strong> />
direcionada contra antígenos dos<<strong>br</strong> />
vírus e tumores, reduzindo a<<strong>br</strong> />
replicação viral e também a infecção<<strong>br</strong> />
latente.
Doenças Neoplásicas<<strong>br</strong> />
•DIAGNÓSTICO<<strong>br</strong> />
– Lesões tumorais em nervos periféricos e<<strong>br</strong> />
vísceras e histopatologia destes tumores<<strong>br</strong> />
apresentando infiltração proliferativa;<<strong>br</strong> />
– Uso de PCR, imunohistoquímica<<strong>br</strong> />
– O isolamento pode ser feito em células<<strong>br</strong> />
de rins de galinhas e fi<strong>br</strong>oblasto de<<strong>br</strong> />
em<strong>br</strong>ião de galinha.<<strong>br</strong> />
– Uso de aves sentinelas não vacinadas<<strong>br</strong> />
onde se efetua o isolamento do vírus em<<strong>br</strong> />
lesões ou células <strong>br</strong>ancas do sangue.
Lesões em cultivo celular
Doenças Neoplásicas<<strong>br</strong> />
• Prevenção e controle<<strong>br</strong> />
– Não existe tratamento sendo<<strong>br</strong> />
que a vacinação representa a<<strong>br</strong> />
estratégia principal para<<strong>br</strong> />
prevenção e controle da<<strong>br</strong> />
doença de Marek.<<strong>br</strong> />
– A vacina atinge efetividade<<strong>br</strong> />
superior a 90% em condições<<strong>br</strong> />
comerciais.
Doenças Neoplásicas<<strong>br</strong> />
• Prevenção e controle<<strong>br</strong> />
– Vacinas são administradas logo<<strong>br</strong> />
após a eclosão ou in ovo aos 18<<strong>br</strong> />
dias de incubação.<<strong>br</strong> />
– É necessário sete dias para que a<<strong>br</strong> />
imunidade sólida seja estabelecida.<<strong>br</strong> />
– Técnicas de boa biossegurança<<strong>br</strong> />
com sistema all in all out,<<strong>br</strong> />
desinfecção, boa intervalo de vazio<<strong>br</strong> />
sanitário podem melhorar muito o<<strong>br</strong> />
controle e a prevenção da doença<<strong>br</strong> />
de Marek
Doenças Neoplásicas<<strong>br</strong> />
• Complexo Leucótico Aviário<<strong>br</strong> />
• Introdução<<strong>br</strong> />
São neoplasia malignas e<<strong>br</strong> />
benignas das galinhas<<strong>br</strong> />
causadas por retrovírus das<<strong>br</strong> />
aves. Como todos esses<<strong>br</strong> />
vírus pertencem a mesma<<strong>br</strong> />
família, são descritos como o<<strong>br</strong> />
complexo leucótico aviário.
Doenças Neoplásicas<<strong>br</strong> />
• Complexo Leucótico Aviário<<strong>br</strong> />
• Introdução<<strong>br</strong> />
A incidência da “Doença do<<strong>br</strong> />
Fígado Grande” ou leucose<<strong>br</strong> />
linfóide foi muito comum em<<strong>br</strong> />
linhagens de matrizes leves.<<strong>br</strong> />
A partir de 1970 novos testes<<strong>br</strong> />
laboratoriais foram descobertos<<strong>br</strong> />
possibilitando o emprego de um<<strong>br</strong> />
programa de erradicação da<<strong>br</strong> />
doença.
Doenças Neoplásicas<<strong>br</strong> />
• Complexo Leucótico Aviário<<strong>br</strong> />
• Introdução<<strong>br</strong> />
A Além de causar leucose<<strong>br</strong> />
linfóide, foi demonstrado que<<strong>br</strong> />
estes vírus afetam<<strong>br</strong> />
negativamente a idade para<<strong>br</strong> />
atingir a maturidade sexual,<<strong>br</strong> />
produção de ovos por fêmea<<strong>br</strong> />
alojada, peso de ovo,<<strong>br</strong> />
mortalidade total e peso<<strong>br</strong> />
corporal.
Doenças Neoplásicas<<strong>br</strong> />
• Complexo Leucótico Aviário<<strong>br</strong> />
Etiologia<<strong>br</strong> />
- F. Retrovirideae<<strong>br</strong> />
-Retrovírus da leucose aviária<<strong>br</strong> />
(ALV)<<strong>br</strong> />
-Subgrupos A,B,C,D,E e J.<<strong>br</strong> />
-Subgrupo J é o mais comum.<<strong>br</strong> />
-Subgrupo E é considerado<<strong>br</strong> />
endógeno de baixa patogenicidade
Doenças Neoplásicas<<strong>br</strong> />
• Complexo Leucótico Aviário<<strong>br</strong> />
Etiologia<<strong>br</strong> />
- RNA diplóide.<<strong>br</strong> />
- O vírus adere o envelope na célula<<strong>br</strong> />
infectada, ligando-se a um receptor<<strong>br</strong> />
específico para o subgrupo do vírus.<<strong>br</strong> />
- O RNA viral então é liberado na célula<<strong>br</strong> />
hospedeira e por ação da transcriptase<<strong>br</strong> />
reversa é transformado em DNA.
Doenças Neoplásicas<<strong>br</strong> />
• Complexo Leucótico Aviário<<strong>br</strong> />
Etiologia<<strong>br</strong> />
- Este DNA formado vai até o núcleo da<<strong>br</strong> />
célula e se integra ao DNA celular.<<strong>br</strong> />
- A formação de novos virions depende da<<strong>br</strong> />
síntese de RNA e proteínas que são<<strong>br</strong> />
produzidas no citoplasma e que por<<strong>br</strong> />
<strong>br</strong>otamento saem da célula infectada.
Doenças Neoplásicas<<strong>br</strong> />
• Complexo Leucótico Aviário<<strong>br</strong> />
Transmissão<<strong>br</strong> />
- Podem ser isolados de infecções<<strong>br</strong> />
naturais em galinhas, perus, faisões,<<strong>br</strong> />
codornas e perdizes.<<strong>br</strong> />
- Podem ser transmitidos<<strong>br</strong> />
horizontalmente ou verticalmente;<<strong>br</strong> />
- A transmissão vertical pode ser<<strong>br</strong> />
congênita ou hereditária.
Doenças Neoplásicas<<strong>br</strong> />
• Complexo Leucótico Aviário<<strong>br</strong> />
Transmissão<<strong>br</strong> />
- Transmissão horizontal ocorre<<strong>br</strong> />
quando em qualquer idade no caso<<strong>br</strong> />
da leucose aviária;<<strong>br</strong> />
- Poucas aves são infectadas<<strong>br</strong> />
verticalmente, mas depois essas aves<<strong>br</strong> />
acabam disseminando o vírus de<<strong>br</strong> />
forma horizontal para outras aves<<strong>br</strong> />
dentro do lote.
Doenças Neoplásicas<<strong>br</strong> />
• Complexo Leucótico Aviário<<strong>br</strong> />
Formas da Enfermidade<<strong>br</strong> />
1 – sem viremia e sem anticorpos: ave<<strong>br</strong> />
não infectada em um lote infectado<<strong>br</strong> />
ou ave resistente a infecção<<strong>br</strong> />
2- com viremia e com anticorpos:<<strong>br</strong> />
geralmente foram infectadas<<strong>br</strong> />
horizontalmente desenvolveram<<strong>br</strong> />
anticorpos mas ainda não<<strong>br</strong> />
controlaram a infecção
Doenças Neoplásicas<<strong>br</strong> />
• Complexo Leucótico Aviário<<strong>br</strong> />
Formas da Enfermidade<<strong>br</strong> />
3- Sem viremia e com anticorpos: aves<<strong>br</strong> />
infectadas de forma horizontal,<<strong>br</strong> />
desenvolveram anticorpos e<<strong>br</strong> />
controlaram a viremia<<strong>br</strong> />
4 – com viremia e sem anticorpos:<<strong>br</strong> />
aves infectadas de forma vertical,<<strong>br</strong> />
apresentam anticorpos mas excretam<<strong>br</strong> />
o vírus. São mais susceptíveis a<<strong>br</strong> />
desenvolverem tumores.
PI = 2 a 4 semanas<<strong>br</strong> />
Galinhas,<<strong>br</strong> />
perus,<<strong>br</strong> />
faisões,<<strong>br</strong> />
perdizes e<<strong>br</strong> />
codornas<<strong>br</strong> />
Trato<<strong>br</strong> />
respiratório,<<strong>br</strong> />
e digestório<<strong>br</strong> />
Cadeia Epidemiológica<<strong>br</strong> />
Porta<<strong>br</strong> />
de entrada<<strong>br</strong> />
Hospedeiro<<strong>br</strong> />
susceptível<<strong>br</strong> />
Agente<<strong>br</strong> />
etiológico Reservório<<strong>br</strong> />
Vias<<strong>br</strong> />
de transmissão<<strong>br</strong> />
Retrovírus da<<strong>br</strong> />
Leucose Aviária<<strong>br</strong> />
Vias<<strong>br</strong> />
de eliminação<<strong>br</strong> />
Aves<<strong>br</strong> />
infectadas,<<strong>br</strong> />
Fezes,<<strong>br</strong> />
saliva,<<strong>br</strong> />
Horizontal e<<strong>br</strong> />
vertical congênita<<strong>br</strong> />
(sêmen, albumen) e<<strong>br</strong> />
hereditária (DNA)
Doenças Neoplásicas<<strong>br</strong> />
• Complexo Leucótico Aviário<<strong>br</strong> />
Patogenia<<strong>br</strong> />
As células alvo são as células da<<strong>br</strong> />
bursa de Fa<strong>br</strong>icius.<<strong>br</strong> />
Somente um ou dois linfomas se<<strong>br</strong> />
desenvolvem após 14 a 25 semanas<<strong>br</strong> />
de vida das aves, e se espalham para<<strong>br</strong> />
outros órgãos como baço e fígado.
Doenças Neoplásicas<<strong>br</strong> />
• Complexo Leucótico Aviário<<strong>br</strong> />
Sinais Clínicos<<strong>br</strong> />
Podem não apresentar nenhum sinal<<strong>br</strong> />
de doença, ou apresentar sinais<<strong>br</strong> />
gerais de ave doente, como<<strong>br</strong> />
inapetência, fraqueza, aumento de<<strong>br</strong> />
fígado, manchas de uratos, etc.<<strong>br</strong> />
Geralmente ocorre mortalidade alta<<strong>br</strong> />
no início da maturidade e deve-se<<strong>br</strong> />
ainda estudar a ação dos hormônios<<strong>br</strong> />
reprodutivos neste aspecto.
Doenças Neoplásicas<<strong>br</strong> />
• Complexo Leucótico Aviário<<strong>br</strong> />
Lesões<<strong>br</strong> />
Tumores em diversos órgãos, de<<strong>br</strong> />
coloração <strong>br</strong>anco, cinzenta, difusos<<strong>br</strong> />
ou focais.<<strong>br</strong> />
leucose linfóide - tumores na bolsa,<<strong>br</strong> />
tonsilas, podendo não ser detectados<<strong>br</strong> />
macroscopicamente.<<strong>br</strong> />
leucose mielóide - tumores em<<strong>br</strong> />
ossos.
Lesões
Lesões
Doenças Neoplásicas<<strong>br</strong> />
• Complexo Leucótico Aviário<<strong>br</strong> />
Lesões<<strong>br</strong> />
Histopatologia a diferenciação para<<strong>br</strong> />
doença de Marek é que não possuem<<strong>br</strong> />
características infiltrativas, mas sim<<strong>br</strong> />
formam nódulos que causam<<strong>br</strong> />
compressão no órgão afetado.
Doenças Neoplásicas<<strong>br</strong> />
• Complexo Leucótico Aviário<<strong>br</strong> />
Diagnóstico<<strong>br</strong> />
histopatologia fígado, baço, bursa de<<strong>br</strong> />
Fa<strong>br</strong>icius, timo, nervo ciático e<<strong>br</strong> />
qualquer outro órgão com tumor.<<strong>br</strong> />
Histórico<<strong>br</strong> />
Isolamento (soro, plasma e linfócitos<<strong>br</strong> />
sanguíneos periféricos), realizado<<strong>br</strong> />
em ovos em<strong>br</strong>ionados ou<<strong>br</strong> />
preferencialmente em cultivos<<strong>br</strong> />
celulares (fi<strong>br</strong>oblastos).
Doenças Neoplásicas<<strong>br</strong> />
• Complexo Leucótico Aviário<<strong>br</strong> />
Diagnóstico<<strong>br</strong> />
ELISA de captura (direto) para<<strong>br</strong> />
proteína p27 são encontrados<<strong>br</strong> />
comercialmente e são utilizado na clara<<strong>br</strong> />
do ovo, fezes, swabs vaginais e<<strong>br</strong> />
cloacais.<<strong>br</strong> />
Testes de imunohistoquímica.<<strong>br</strong> />
RT-PCR : albúmen e mecônio, para<<strong>br</strong> />
verificar transmissão vertical; swab<<strong>br</strong> />
cloacal para verificar a presença do<<strong>br</strong> />
agente no lote)
Doenças Neoplásicas<<strong>br</strong> />
•Complexo Leucótico Aviário<<strong>br</strong> />
Prevenção e controle<<strong>br</strong> />
- Verificar a eficiência da vacinação<<strong>br</strong> />
para o vírus da doença de Marek;<<strong>br</strong> />
- Obter pintos de boa imunidade<<strong>br</strong> />
materna contra doenças infecciosas<<strong>br</strong> />
imunossupressoras;<<strong>br</strong> />
- Diminuir o número de vacinações<<strong>br</strong> />
no primeiro dia;
Doenças Neoplásicas<<strong>br</strong> />
•Complexo Leucótico Aviário<<strong>br</strong> />
Prevenção e controle<<strong>br</strong> />
- Controlar parasitas;<<strong>br</strong> />
- Controle de micotoxicoses;<<strong>br</strong> />
-Evitar manejo que causem estresse<<strong>br</strong> />
(alterações <strong>br</strong>uscas de temperatura,<<strong>br</strong> />
alta densidade, inadequado<<strong>br</strong> />
fornecimento de água e ração)<<strong>br</strong> />
- Não esquecer boas práticas gerais<<strong>br</strong> />
de biossegurança.
Doenças Neoplásicas<<strong>br</strong> />
• Reticuloendoteliose<<strong>br</strong> />
• Introdução<<strong>br</strong> />
– Alterações provocadas por<<strong>br</strong> />
retrovírus que causam neoplasias<<strong>br</strong> />
agudas nas células reticulares e<<strong>br</strong> />
crônica nos tecidos linfóides.<<strong>br</strong> />
– Austrália e EUA associadas a<<strong>br</strong> />
vacinas contra doença de Marek e<<strong>br</strong> />
bouba.<<strong>br</strong> />
– É caracterizada como a síndrome<<strong>br</strong> />
da ave refugo.
Doenças Neoplásicas<<strong>br</strong> />
• Reticuloendoteliose<<strong>br</strong> />
• Etiologia<<strong>br</strong> />
• É causada por um retrovírus distinto<<strong>br</strong> />
morfologicamente, imunologicamente<<strong>br</strong> />
e estruturalmente daqueles da leucose<<strong>br</strong> />
aviária.<<strong>br</strong> />
• São vírus RNA de fita simples<<strong>br</strong> />
envelopados, sendo sua replicação e<<strong>br</strong> />
transmissão semelhante aos da<<strong>br</strong> />
leucose aviária.
Doenças Neoplásicas<<strong>br</strong> />
• Reticuloendoteliose<<strong>br</strong> />
• Patogenia<<strong>br</strong> />
• A maioria das espécies aviárias pode<<strong>br</strong> />
albergar o vírus. A transmissão pode ser<<strong>br</strong> />
vertical ou horizontal como da leucose<<strong>br</strong> />
aviária, sendo que a transmissão vertical é<<strong>br</strong> />
menos eficiente.<<strong>br</strong> />
• A doença pode apresentar uma neoplasia<<strong>br</strong> />
aguda das células reticulares, neoplasia<<strong>br</strong> />
crônica ou síndrome da doença da ave<<strong>br</strong> />
refugo.
PI = 3 dias<<strong>br</strong> />
Aves<<strong>br</strong> />
Trato<<strong>br</strong> />
respiratório,<<strong>br</strong> />
e digestório<<strong>br</strong> />
Cadeia Epidemiológica<<strong>br</strong> />
Porta<<strong>br</strong> />
de entrada<<strong>br</strong> />
Hospedeiro<<strong>br</strong> />
susceptível<<strong>br</strong> />
Agente<<strong>br</strong> />
etiológico Reservório<<strong>br</strong> />
Vias<<strong>br</strong> />
de transmissão<<strong>br</strong> />
Retrovírus do grupo das<<strong>br</strong> />
endotelioses<<strong>br</strong> />
Vias<<strong>br</strong> />
de eliminação<<strong>br</strong> />
Aves<<strong>br</strong> />
infectadas,<<strong>br</strong> />
Fezes,<<strong>br</strong> />
saliva,<<strong>br</strong> />
Horizontal e<<strong>br</strong> />
vertical hereditária<<strong>br</strong> />
(DNA)
Doenças Neoplásicas<<strong>br</strong> />
• Reticuloendoteliose<<strong>br</strong> />
• Formas clínicas<<strong>br</strong> />
1. Neoplasia aguda:<<strong>br</strong> />
• cepa T do vírus, mortalidade de até<<strong>br</strong> />
100% do lote em seis dias p.i.<<strong>br</strong> />
• Sem sinais clínicos, apenas fígado e<<strong>br</strong> />
baço aumentado com lesões focais<<strong>br</strong> />
difusas<<strong>br</strong> />
• Histologicamente apresentam<<strong>br</strong> />
infiltração de células do sistema<<strong>br</strong> />
reticuloendotelial.
Doenças Neoplásicas<<strong>br</strong> />
• Reticuloendoteliose<<strong>br</strong> />
• Formas clínicas<<strong>br</strong> />
2. Neoplasia crônica:<<strong>br</strong> />
• Semelhante a leucose aviária.
Doenças Neoplásicas<<strong>br</strong> />
• Reticuloendoteliose<<strong>br</strong> />
• Formas clínicas<<strong>br</strong> />
3. Síndrome da ave refugo:<<strong>br</strong> />
• Não há tumores.<<strong>br</strong> />
• Atrofia do timo, bursa, enterite,<<strong>br</strong> />
anemia e aumento dos nervos<<strong>br</strong> />
periféricos;<<strong>br</strong> />
• Causa severa imunossupressão e<<strong>br</strong> />
pode afetar 50% do lote.
Doenças Neoplásicas<<strong>br</strong> />
• Reticuloendoteliose<<strong>br</strong> />
• Diagnóstico<<strong>br</strong> />
• Isolamento, a partir de soro,<<strong>br</strong> />
células tumorais e outros em<<strong>br</strong> />
cultivos celulares e observar os<<strong>br</strong> />
efeitos citopáticos. Confirmar a<<strong>br</strong> />
presença do agente com<<strong>br</strong> />
imunofluorescência.<<strong>br</strong> />
• RT- PCR
Doenças Neoplásicas<<strong>br</strong> />
• Reticuloendoteliose<<strong>br</strong> />
• Prevenção e Controle<<strong>br</strong> />
• Biossegurança<<strong>br</strong> />
• Medidas de monitoria e controle<<strong>br</strong> />
em avós que deve ser<<strong>br</strong> />
empregada pelas Empresas de<<strong>br</strong> />
linhagens de aves.