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Capelas de Aveiro

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Falando, como falam todas as pessoas do bairro ao seu amigo, protector e<br />

confi<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> todas as horas, o poeta chama-lhe a atenção para o seguinte:<br />

S. Gonçalinho não <strong>de</strong>ixe<br />

Desaparecer do mar<br />

A farturinha <strong>de</strong> peixe<br />

4<br />

Sustento do nosso lar<br />

E por certo na i<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> prevenir algum <strong>de</strong>vasso ou brincalhão, vai dizendo:<br />

S. Gonçalinho é lugar<br />

De entranhada <strong>de</strong>voção<br />

Do bairro da Beira-Mar<br />

5<br />

Que o traz no coração .<br />

Mas o poeta, brincando também, não se inibe <strong>de</strong> lembrar ao bondoso santo,<br />

naturalmente integrado no comportamento geral das gentes do seu bairro, a<br />

importância e mesmo a necessida<strong>de</strong> dos valimentos, enquanto “casamenteiro das<br />

velhas”:<br />

Diz ele nos seus versos, a propósito <strong>de</strong> uma “velha” menos feliz:<br />

Atentai S. Gonçalinho<br />

Na cavaca que já sou<br />

Nem lançada com jeitinho<br />

6<br />

O fulano me agarrou .

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