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Ecos de Boticas- Original - atual

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Periodicida<strong>de</strong>: Mensal - Fevereiro <strong>de</strong> 2011 - Ano X, Nº 345 Director: Salvador Pereira Martins 0,50 Euros<br />

Entrevista – Fernando Campos, Presi<strong>de</strong>nte da Câmara Municipal <strong>de</strong> <strong>Boticas</strong><br />

“Temos 17 milhões <strong>de</strong> euros<br />

em obras com fundos comunitários<br />

aprovados”<br />

Páginas 10 e 11<br />

Apesar do corte do Governo,<br />

o Orçamento da Câmara <strong>de</strong><br />

<strong>Boticas</strong> para 2011 foi reforçado<br />

com mais <strong>de</strong> cinco milhões<br />

<strong>de</strong> euros em relação ao ano<br />

anterior. Este ano há mais fundos<br />

comunitários e a priorida<strong>de</strong><br />

do município é executar todas<br />

as obras co-financiadas pela<br />

União Europeia.<br />

A Paz <strong>de</strong> São Sebastião<br />

reinou em Couto <strong>de</strong> Dornelas<br />

Este ano, a 20 <strong>de</strong> Janeiro,<br />

as <strong>de</strong>savenças entre<br />

o povo e a igreja <strong>de</strong><br />

Couto <strong>de</strong> Dornelas<br />

adormeceram na paz<br />

<strong>de</strong> São Sebastião. Pela<br />

primeira vez, foi o padre<br />

Silvério, pároco <strong>de</strong> <strong>Boticas</strong>,<br />

quem abençoou as<br />

carnes na festa do mártir.<br />

Tribunal <strong>de</strong>u razão à Igreja sobre Casa do<br />

Santo, mas o povo apresentou recurso<br />

O diferendo à volta da Casa do Santo, que divi<strong>de</strong> população e Igreja, encontra-se<br />

actualmente em fase <strong>de</strong> recurso interposto por uma acção popular,<br />

após o Tribunal Judicial <strong>de</strong> <strong>Boticas</strong> ter dado razão à Comissão Fabriqueira,<br />

consi<strong>de</strong>rando válida a escritura <strong>de</strong> justificação <strong>de</strong> posse.<br />

Páginas 6 e 7<br />

SOCIEDADE<br />

Com apenas<br />

uma funcionária<br />

ao balcão, há filas<br />

<strong>de</strong> espera no<br />

único posto <strong>de</strong><br />

CTT do concelho<br />

POLÍTICA<br />

CULTURA<br />

EDUCAÇÃO<br />

Página 3<br />

Concelho já<br />

começou a<br />

celebrar 175<br />

anos Página 12<br />

Grupo <strong>de</strong> Teatro<br />

Fórum <strong>Boticas</strong><br />

leva<br />

o “Inspector<br />

Geral” a Lisboa<br />

Página 20<br />

ENTREVISTA - ZÉ MARIA<br />

“<strong>Boticas</strong> é uma<br />

terra <strong>de</strong> que gosto<br />

muito”<br />

Página 17<br />

Aos 33 anos, o jogador do Belenenses faz<br />

um balanço da sua carreira, mas não pensa<br />

<strong>de</strong>ixar para já o futsal. Vem muitas vezes a<br />

<strong>Boticas</strong>, pois o seu pai é natural <strong>de</strong> Ardãos.


Block Nots<br />

Salvador P. Martins<br />

Prosseguem num ritmo galopante e a<br />

uma velocida<strong>de</strong> supersónica os trabalhos<br />

<strong>de</strong> melhoramento e remo<strong>de</strong>lação <strong>de</strong> parte<br />

das ruas Padre Cândido <strong>de</strong> Lemos, da Liberda<strong>de</strong>,<br />

do Eiró e do Olival, recentemente<br />

iniciados pelas empresas <strong>de</strong> construção<br />

e obras públicas a quem o·respectivo concurso<br />

ditou a inerente adjudicação.<br />

Ao que nos é dado constatar, das diversas<br />

fases da intervenção, consta a substituição<br />

das infra-estruturas básicas, tais<br />

como ramais <strong>de</strong> água, saneamento, energia<br />

eléctrica e telefone.<br />

Numa fase posterior proce<strong>de</strong>r-se-á à<br />

total reconversão dos passeios, substituindo<br />

o actual piso <strong>de</strong> cimento por paralelepípedo<br />

granítico <strong>de</strong> reduzidas dimensões, la<strong>de</strong>ado<br />

por guias <strong>de</strong> suporte lateral <strong>de</strong> igual<br />

substância.<br />

Manifestando total concordância com<br />

os incómodos que estes trabalhos inexoravelmente<br />

implicam, apela-se no entanto<br />

à estóica paciência e abnegada compreensão<br />

dos moradores das habitações contíguas,<br />

fazendo-lhes também lembrar que<br />

o progresso cobra habitualmente elevados<br />

custos <strong>de</strong> comodida<strong>de</strong>.<br />

A justa compensação, essa, advirá infalivelmente<br />

do conforto <strong>de</strong> que os resi<strong>de</strong>ntes<br />

naquelas áreas irão posteriormente<br />

usufruir.<br />

Além do mais, e como diz o povo na<br />

sua douta sabedoria, não há bem que sempre<br />

dure, nem mal que nunca se acabe!...<br />

Com 85 anos <strong>de</strong> ida<strong>de</strong>, faleceu a 17<br />

<strong>de</strong> Janeiro no hospital <strong>de</strong> Chaves, on<strong>de</strong> dias<br />

antes havia sido internada; a Senhora TE-<br />

OLINDA QUEIROGA, que possuía casa<br />

<strong>de</strong> habitação em Sangunhedo, freguesia <strong>de</strong><br />

<strong>Boticas</strong>.<br />

Viúva há cerca <strong>de</strong> 21 anos <strong>de</strong> Ilídio<br />

Fernan<strong>de</strong>s, era mãe <strong>de</strong> Joaquim Fernan<strong>de</strong>s,<br />

radicado nos Estados Unidos, e ainda<br />

<strong>de</strong> Eugénia, Acácio e Teresa, resi<strong>de</strong>ntes<br />

nesta Vila.<br />

A saudosa extinta era há mais <strong>de</strong> uma<br />

década utente do Lar <strong>de</strong> Acamados da<br />

Santa Casa da Misericórdia <strong>de</strong> <strong>Boticas</strong>,<br />

instalado no Centro <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> local e <strong>de</strong>batia-se<br />

com uma situação <strong>de</strong> total <strong>de</strong>pendência<br />

dos cuidados alimentares, medicamentosos<br />

e sanitários ali ministrados. O<br />

corpo esteve <strong>de</strong>positado na casa <strong>de</strong> repouso<br />

da Vila, sendo ali velado por familiares<br />

e pelos inúmeros amigos da família.<br />

As cerimonias fúnebres, com missa <strong>de</strong><br />

corpo presente, <strong>de</strong>correram na Igreja <strong>de</strong><br />

Nossa Senhora da Livração e foram par-<br />

2<br />

ticipadas por um numeroso grupo <strong>de</strong> bombeiros<br />

<strong>de</strong> <strong>Boticas</strong>, atenta a condição <strong>de</strong><br />

membros daquela Associação <strong>de</strong>tida por<br />

vários familiares, nomeadamente filho, neto<br />

e sobrinhos.<br />

O cortejo funerário, constituído por uma<br />

autêntica multidão <strong>de</strong> amigos e conhecidos,<br />

rumou posteriormente ao cemitério municipal,<br />

on<strong>de</strong> agora repousa.<br />

Objecto <strong>de</strong> recente e profunda requalificação<br />

ao nível da sua função rodoviária,<br />

a rua <strong>de</strong> Camões, em pleno casco urbano<br />

da Vila, acaba <strong>de</strong> ser dotada na área lateral<br />

esquerda, no sentido ascen<strong>de</strong>nte, <strong>de</strong> um<br />

arranjo urbanístico que transformou para<br />

melhor o seu já anterior atraente visual.<br />

Com a aquisição há vários meses <strong>de</strong> uma<br />

faixa <strong>de</strong> terreno adjacente àquela via, foi<br />

possível ali implantar um parque <strong>de</strong> estacionamento<br />

para vários veículos automóveis<br />

particulares e afectação temporária <strong>de</strong> dois<br />

lugares disponíveis para táxis.<br />

Porque a área adquirida suplantou a<br />

estritamente necessária para os fins que lhe<br />

estão adstritos, <strong>de</strong>cidiram os serviços técnicos<br />

da câmara Municipal proce<strong>de</strong>r à plantação<br />

<strong>de</strong> diversas espécies botânicas no seu<br />

remanescente.<br />

Com o progressivo <strong>de</strong>senvolvimento<br />

<strong>de</strong>stas espécies arbóreas e subsequente<br />

aumento da frondosida<strong>de</strong> da sua copa,<br />

quem sabe um dia ali po<strong>de</strong>remos <strong>de</strong>sfrutar<br />

<strong>de</strong> um aprazível parque <strong>de</strong> lazer? Porque<br />

condições para o efeito não lhe faltam, dêmos<br />

tempo ao tempo e aguar<strong>de</strong>mos pacientemente<br />

para ver e dali colher o proveitoso<br />

benefício.<br />

Prestes a completar 88 anos <strong>de</strong> ida<strong>de</strong>,<br />

circunstância que ocorreria no dia 14 do<br />

corrente mês, faleceu em <strong>Boticas</strong>, a 4 <strong>de</strong><br />

Fevereiro, a senhora MARIA DONSÍLIA<br />

SILVA GONÇALVES, carinhosamente<br />

conhecida na Vila por CISNANDA e que<br />

tinha casa <strong>de</strong> habitação na Travessa do<br />

Pascoal.<br />

Viúva há cerca <strong>de</strong> 16 anos <strong>de</strong> Cesisnando<br />

Pereira Neiva, <strong>de</strong> quem herdou aquele<br />

apelido popular, era mãe <strong>de</strong> Fátima, Cristina<br />

, Cândida , Domingos, Luís e João,<br />

todos vivos nesta data.<br />

A saudosa extinta era utente do Lar <strong>de</strong><br />

Acamados da Santa Casa da Misericórdia<br />

há aproximadamente 7 anos, em função <strong>de</strong><br />

um episódio <strong>de</strong> doença <strong>de</strong> que foi acometida<br />

com latentes sequelas que lhe <strong>de</strong>bilitaram<br />

a autonomia, tornando-a parcialmente<br />

<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte dos cuidados <strong>de</strong> terceiros. Com-<br />

Fevereiro <strong>de</strong> 2011<br />

plicações posteriores viriam ainda a condicionar<br />

o seu já débil estado, pelo facto<br />

<strong>de</strong> ter sido submetida à amputação <strong>de</strong> uma<br />

perna. Senhora alegre e extrovertida, integrava<br />

praticamente <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a fundação<br />

o Grupo <strong>de</strong> Danças e Cantares Regionais<br />

<strong>de</strong> <strong>Boticas</strong> agremiação pela qual nutria<br />

uma exacerbada e intensa paixão. E era<br />

pela sua jovialida<strong>de</strong> o elemento mais acarinhado<br />

no seio <strong>de</strong>ste Grupo.<br />

A corroborar esta afirmação vincamos<br />

o facto <strong>de</strong> ter exprimido em vida a vonta<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> envergar o seu traje quando partisse<br />

<strong>de</strong>ste mundo para o Além. Tal <strong>de</strong>sejo<br />

foi naturalmente satisfeito pela família,<br />

que não escon<strong>de</strong>u a emoção <strong>de</strong> a ver partir<br />

envolta nas vestes que tanto lhe alegravam<br />

o coração.<br />

Lembramos ainda que o Grupo <strong>de</strong> cantares<br />

fez-se representar <strong>de</strong>vidamente trajado<br />

no funeral da D.Cisnanda, o que a<br />

família profunda e sentidamente reconhece,<br />

aqui manifestando a sua sincera gratidão<br />

por este carinhoso gesto.<br />

A 7 <strong>de</strong> Fevereiro foi celebrada missa<br />

<strong>de</strong> sétimo dia por seu eterno <strong>de</strong>scanso.<br />

Em paz consigo e com todos os que a<br />

ro<strong>de</strong>avam em vida, é assim que a sua alma<br />

agora repousa na Eternida<strong>de</strong>!<br />

No hospital <strong>de</strong> Chaves, on<strong>de</strong> a 18 <strong>de</strong><br />

Novembro havia sido internado, faleceu<br />

com 83 anos <strong>de</strong> ida<strong>de</strong>, em pleno dia <strong>de</strong><br />

Natal (25 <strong>de</strong> Dezembro / 2010), o senhor<br />

José Albertino Vilela, com residência na<br />

freguesia da Granja, popularmente conhecido<br />

por Tino.<br />

O saudoso extinto era solteiro e pai <strong>de</strong><br />

Luís Filipe Teixeira Vilela, emigrado em<br />

França. Vivia sozinho na sua casa <strong>de</strong> habitação<br />

situada na dita freguesia da Granja.<br />

Trabalhador rural assíduo e profundo<br />

conhecedor das técnicas agrícolas voltadas<br />

para as mais diversificadas áreas <strong>de</strong>sta<br />

activida<strong>de</strong>, sempre foi solicitado por<br />

vários proprietários da Granja e <strong>Boticas</strong>,<br />

especialmente para o cultivo das diversas<br />

espécies vitícolas, hortícolas e leguminosas.<br />

Entre os mais fiéis empregadores e<br />

preten<strong>de</strong>ntes aos seus cobiçados serviços,<br />

<strong>de</strong>stacamos as famílias Miranda e Dr.<br />

Orlando Costa (ambas <strong>de</strong> boa memória)<br />

e actualmente o Sr. Carmim Osvaldo<br />

Gonçalves, <strong>de</strong>sta vila. O corpo esteve<br />

<strong>de</strong>positado em câmara ar<strong>de</strong>nte na casa<br />

<strong>de</strong> repouso da Granja e as cerimónias fúnebres,<br />

com missa <strong>de</strong> corpo presente, foram<br />

celebradas na igreja paroquial da<br />

mesma freguesia. Seguidamente foi sepultado<br />

no cemitério da localida<strong>de</strong>.


Fevereiro <strong>de</strong> 2011 3<br />

Socieda<strong>de</strong><br />

Com apenas uma funcionária ao balcão, há filas<br />

<strong>de</strong> espera no único posto <strong>de</strong> CTT do concelho<br />

Em dias <strong>de</strong> feira, chegam a estar mais<br />

<strong>de</strong> 30 pessoas à porta dos CTT <strong>de</strong> <strong>Boticas</strong>,<br />

sobretudo quando os aposentados<br />

<strong>de</strong> todo concelho se <strong>de</strong>slocam em<br />

massa para receber as reformas ou pagar<br />

facturas no único posto <strong>de</strong> correios<br />

do concelho. A empresa admite que “po<strong>de</strong>rão<br />

verificar-se esperas maiores episodicamente”,<br />

mas <strong>de</strong>fen<strong>de</strong> que a afluência<br />

média <strong>de</strong> público “não é sequer<br />

suficiente para ocupar completamente<br />

o tempo <strong>de</strong> serviço” da única funcionária<br />

ao balcão.<br />

Longas filas e muita<br />

espera são duas imagens<br />

frequentes no posto <strong>de</strong><br />

Correios <strong>de</strong> <strong>Boticas</strong>. Em<br />

<strong>de</strong>terminadas alturas do<br />

mês, e sobretudo nos dias<br />

<strong>de</strong> feira, altura em que os<br />

idosos do concelho se <strong>de</strong>slocam<br />

à vila para receber<br />

reformas e pagar contas<br />

<strong>de</strong> água, luz e telefone, as<br />

filas chegam ao outro lado<br />

da rua. Nem sempre foi<br />

assim, mas há cerca <strong>de</strong><br />

três anos, Lur<strong>de</strong>s Dias é<br />

a única funcionária a<br />

aten<strong>de</strong>r o público ao balcão<br />

do único posto dos<br />

CTT em todo o concelho.<br />

Há quem compreenda<br />

e aguar<strong>de</strong> pacientemente<br />

a vez, ou quem aproveite<br />

para <strong>de</strong>spachar outros<br />

afazeres e volte uma, duas<br />

ou três vezes. Do outro<br />

lado da rua, o barbeiro<br />

José Montanha costuma<br />

ver mais <strong>de</strong> 15 pessoas à<br />

porta dos CTT em algumas<br />

manhãs. “As pessoas<br />

queixam-se que têm<br />

que voltar lá várias vezes”,<br />

confirma. Por vezes, acaba-se<br />

o dinheiro para pagar<br />

reformas e a funcionária<br />

é obrigada a fechar<br />

a porta para ir abastecerse<br />

ao banco. Entretanto,<br />

espera tudo cá fora.<br />

Muitos reclamam, mas<br />

no geral exiate compreensão.<br />

“Chegam a esperar<br />

horas. Devia ter mais uma<br />

funcionária para evitar<br />

esta situação”, diz o Sr.<br />

João Luís, que acaba <strong>de</strong><br />

sair do posto e vem <strong>de</strong><br />

Falando com a população<br />

da vila, quase<br />

todos concordam<br />

que a funcionária<br />

está sempre “cheia<br />

<strong>de</strong> trabalho” e que<br />

pelo menos “nos dias<br />

<strong>de</strong> muito serviço, <strong>de</strong>via<br />

haver mais uma<br />

pessoa”, como antigamente<br />

uma al<strong>de</strong>ia do concelho,<br />

acrescentando que já ouviu<br />

reclamações “<strong>de</strong> pessoas<br />

que vêm <strong>de</strong> longe”.<br />

Falando com a população<br />

da vila, quase todos concordam<br />

que a funcionária<br />

está sempre “cheia <strong>de</strong> trabalho”<br />

e que pelo menos<br />

“nos dias <strong>de</strong> muito serviço,<br />

<strong>de</strong>via haver mais uma<br />

pessoa”, como antigamente.<br />

“Vem gente <strong>de</strong> Barroso<br />

inteiro! No balcão, a<br />

funcionária, às vezes, vêse<br />

aflita!”, comenta também<br />

Laurinda Magro.<br />

Empresa diz que<br />

afluência média <strong>de</strong> público<br />

“não justifica colocação<br />

<strong>de</strong> mais nenhuma<br />

pessoa na loja”<br />

Mas a visão dos CTT<br />

é bem diferente. Questionado<br />

pelo <strong>Ecos</strong> <strong>de</strong> <strong>Boticas</strong>,<br />

o gabinete <strong>de</strong> imprensa<br />

da empresa, <strong>de</strong>tida a<br />

100% pelo Estado, admite<br />

que “po<strong>de</strong>rão verificarse<br />

esperas maiores episodicamente,<br />

em dias <strong>de</strong> fei-<br />

ra e em dias <strong>de</strong> maior procura<br />

<strong>de</strong> pagamento <strong>de</strong><br />

vales (pensões e rendimentos<br />

mínimos)”. Contudo,<br />

o responsável pela<br />

comunicação da empresa,<br />

Pedro Rodrigues, <strong>de</strong>fen<strong>de</strong><br />

que “o posto <strong>de</strong> <strong>Boticas</strong><br />

tem uma afluência média<br />

<strong>de</strong> público que não justifica<br />

a colocação <strong>de</strong> mais<br />

nenhuma pessoa na loja,<br />

sendo a actual composição<br />

a ajustada às necessida<strong>de</strong>s<br />

da população servida”.<br />

Quanto ao fecho da<br />

porta, em dias <strong>de</strong> pagamento<br />

<strong>de</strong> vales, Pedro Rodrigues<br />

realça que “estes<br />

ocorrem apenas episodicamente<br />

e por períodos<br />

curtos, nunca superiores a<br />

10 minutos, sendo forçados<br />

por razões <strong>de</strong> operacionalida<strong>de</strong><br />

da estação”.<br />

De novo, o responsável<br />

dos CTT sublinha que “a<br />

afluência <strong>de</strong> clientes e a<br />

activida<strong>de</strong> no posto referido<br />

não é sequer suficiente<br />

para ocupar completamente<br />

o tempo <strong>de</strong> serviço<br />

da funcionária aí colocada”.<br />

Além disso, os<br />

botiquenses nunca <strong>de</strong>ram<br />

ao uso ao livro <strong>de</strong> reclamações,<br />

pois “nunca chegou<br />

ao nosso conhecimento<br />

qualquer reclamação<br />

em relação ao tempo <strong>de</strong><br />

atendimento na loja <strong>de</strong><br />

<strong>Boticas</strong>”, remata.<br />

No posto, os dias mais<br />

complicados são os <strong>de</strong> feira,<br />

principalmente no início<br />

do mês, mas mesmo<br />

em dias normais, as entra-<br />

das e saídas são constantes<br />

e a funcionária<br />

parece não ter mãos a<br />

medir. Ao balcão do posto<br />

<strong>de</strong> <strong>Boticas</strong>, Lur<strong>de</strong>s<br />

Dias aten<strong>de</strong> clientes uns<br />

a seguir aos outros, ao<br />

mesmo tempo que respon<strong>de</strong><br />

às chamadas telefónicas.<br />

“Faz o servi-<br />

Para o responsável<br />

dos CTT, “a afluência <strong>de</strong><br />

clientes e a activida<strong>de</strong> no<br />

posto referido não é sequer<br />

suficiente para ocupar<br />

completamente o tempo<br />

<strong>de</strong> serviço da funcionária<br />

aí colocada”<br />

ço <strong>de</strong> duas!”, comenta<br />

um cliente, o Sr.<br />

António, que nos dias<br />

mais críticos vem<br />

sempre durante a tar<strong>de</strong><br />

porque “<strong>de</strong> manhã<br />

é gente que eu sei<br />

lá!”.<br />

Sandra Pereira


Saú<strong>de</strong><br />

Na quinta-feira, dia 24 <strong>de</strong><br />

Fevereiro, a petição pública a<br />

favor da criação <strong>de</strong> uma Unida<strong>de</strong><br />

Local <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> (ULS),<br />

que reuniu mais <strong>de</strong> 6300 assinaturas,<br />

vai ser <strong>de</strong>batida em plenário<br />

na Assembleia da República.<br />

Durante a manhã, os seis<br />

autarcas do Alto Tâmega,<br />

acompanhados dos vereadores,<br />

presi<strong>de</strong>ntes <strong>de</strong> junta e membros<br />

eleitos das assembleias municipais,<br />

serão ouvidos pelos grupos<br />

parlamentares no sentido <strong>de</strong> os<br />

sensibilizar para a importância<br />

da questão que será <strong>de</strong>batida<br />

durante a tar<strong>de</strong>.<br />

Para o presi<strong>de</strong>nte da Câmara<br />

<strong>de</strong> <strong>Boticas</strong>, Fernando Campos,<br />

trata-se <strong>de</strong> “uma vitória da<br />

persistência”, já que o município<br />

botiquense foi “uma das vozes<br />

mais críticas na <strong>de</strong>núncia da<br />

actual situação, em que os cidadãos<br />

fugiam para outras unida<strong>de</strong>s<br />

<strong>de</strong> saú<strong>de</strong> porque não tinham<br />

segurança na forma como<br />

eram atendidos e nas condições<br />

que eram prestadas em Chaves”.<br />

Ao <strong>Ecos</strong> <strong>de</strong> <strong>Boticas</strong>, Fernando<br />

Campos recordou que<br />

“não havia meios humanos, nem<br />

4<br />

Fevereiro <strong>de</strong> 2011<br />

Debate no Parlamento sobre Unida<strong>de</strong> Local <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong><br />

no Alto Tâmega é “uma vitória da persistência”<br />

Na quinta-feira 24 <strong>de</strong> Fevereiro, autarcas,<br />

presi<strong>de</strong>ntes <strong>de</strong> juntas e <strong>de</strong>putados municipais<br />

do Alto Tâmega estarão em Lisboa para <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>r<br />

a criação <strong>de</strong> uma Unida<strong>de</strong> Local <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong><br />

no Alto Tâmega, com se<strong>de</strong> em Chaves. O<br />

presi<strong>de</strong>nte da Câmara <strong>de</strong> <strong>Boticas</strong> diz que o município<br />

foi “uma das vozes mais críticas na <strong>de</strong>núncia<br />

da actual situação” e espera que o Governo<br />

“<strong>de</strong>sta vez dê ouvidos às necessida<strong>de</strong>s<br />

das populações”.<br />

“Esta luta toda não<br />

foi por bairrismo balofo,<br />

nem por vaida<strong>de</strong><br />

ferida. Foi porque<br />

fundamentalmente<br />

nos preocupava a forma<br />

como eram prestados<br />

cuidados <strong>de</strong><br />

saú<strong>de</strong> à nossa população.<br />

Se melhorar, já<br />

valeu a pena”, consi<strong>de</strong>ra<br />

Fernando Campos<br />

materiais. Havia situações absolutamente<br />

caricatas <strong>de</strong> macas<br />

nos corredores, às vezes não<br />

havia papel higiénico, outras<br />

vezes não havia lençóis para<br />

mudar... Havia uma situação<br />

que era insustentável”.<br />

Por isso, a discussão <strong>de</strong> uma<br />

ULS no Parlamento “é a prova<br />

provada <strong>de</strong> que tínhamos razão<br />

<strong>de</strong> que havia necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

alterar a situação. (…) Não sendo<br />

possível reactivar os serviços<br />

que o Hospital <strong>de</strong> Chaves<br />

prestava há 10 anos, em que<br />

toda a gente se sentia seguro<br />

com a sua saú<strong>de</strong> porque tinha<br />

expectativas altas e confiança<br />

nos serviços e no pessoal, esta<br />

parece-me a melhor solução <strong>de</strong><br />

todas as outras possíveis”, concluiu.<br />

Os autarcas do Alto Tâmega<br />

acreditam que a reivindicação<br />

será atendida, uma vez que<br />

pelo menos dois projectos <strong>de</strong><br />

resolução, dos grupos parlamentares<br />

do PSD e PCP, serão<br />

apresentados no sentido <strong>de</strong> recomendar<br />

ao Governo a criação<br />

<strong>de</strong> uma ULS, tal como vai acontecendo<br />

pelo país e mais recentemente<br />

em Bragança, para<br />

efectivar um serviço <strong>de</strong> maior<br />

proximida<strong>de</strong> aos utentes. Pela<br />

sua parte, Fernando Campos<br />

espera que os projectos <strong>de</strong> resolução<br />

sejam aprovados e que<br />

“<strong>de</strong>pois o Governo não seja,<br />

como é costume, autista, cego,<br />

surdo e mudo e que, <strong>de</strong>sta vez,<br />

dê ouvidos às necessida<strong>de</strong>s das<br />

populações”. Até porque “esta<br />

luta toda não foi por bairrismo<br />

balofo, nem por vaida<strong>de</strong> ferida.<br />

Foi porque fundamentalmente<br />

nos preocupava a forma como<br />

eram prestados cuidados <strong>de</strong> saú<strong>de</strong><br />

à nossa população. Se melhorar,<br />

já valeu a pena”, rematou.<br />

Para os municípios do Alto<br />

Tâmega, a vantagem da criação<br />

<strong>de</strong> uma ULS passa pelo facto<br />

<strong>de</strong> uma gestão mais autónoma<br />

do Hospital <strong>de</strong> Chaves po<strong>de</strong>r<br />

permitir mais interligação com<br />

os centros <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> da região e<br />

até cobrir situações mais difíceis,<br />

como por exemplo a falta<br />

<strong>de</strong> médicos no Centro <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> Ribeira <strong>de</strong> Pena. “Po<strong>de</strong><br />

permitir que haja reforço on<strong>de</strong><br />

Feitas as recolhas, a esperança<br />

é encontrar um dador compatível<br />

Foram duas semanas <strong>de</strong> solidarieda<strong>de</strong> em Chaves<br />

para ajudar a salvar o Igor, <strong>de</strong> 7 anos. Depois <strong>de</strong> no dia<br />

30 <strong>de</strong> Janeiro os Kits <strong>de</strong> recolha terem esgotado, no dia<br />

5 <strong>de</strong> Fevereiro quase 500 pessoas <strong>de</strong>ram o seu contributo,<br />

disponibilizando uma recolha <strong>de</strong> amostra <strong>de</strong> sangue.<br />

As recolhas aconteceram nos Bombeiros Voluntários<br />

<strong>de</strong> Chaves e, agora, a expectativa é po<strong>de</strong>r encontrar<br />

um dador compatível <strong>de</strong> medula óssea.<br />

Igor Silva, <strong>de</strong> 7 anos, sofre da doença - “Síndrome<br />

Mielodisplásico” - precisando <strong>de</strong> um transplante <strong>de</strong><br />

Medula Óssea.<br />

Redacção<br />

há necessida<strong>de</strong> e cedência on<strong>de</strong><br />

eventualmente possa haver excesso.<br />

É essa solidarieda<strong>de</strong> que<br />

é mais fácil gerar entre nós que<br />

temos os mesmos problemas”,<br />

explicou Fernando Campos. Até<br />

porque “a afluência a Vila Real<br />

O município botiquense foi “uma das vozes<br />

mais críticas na <strong>de</strong>núncia da actual situação”,<br />

“em que os cidadãos fugiam para outras<br />

unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> porque não tinham<br />

segurança na forma como eram atendidos e<br />

nas condições que eram prestadas em Chaves”<br />

pela ineficácia do Hospital <strong>de</strong><br />

Chaves fazia com que aqueles<br />

habitualmente já servidos por<br />

Vila Real estivessem a ser também<br />

mal servidos. Esperemos<br />

que agora toda a gente passe a<br />

ser melhor servida porque vamos<br />

evitar uma gran<strong>de</strong> concentração<br />

em Vila Real prestando<br />

serviços em Chaves”, rematou<br />

o autarca.<br />

Sandra Pereira<br />

Agra<strong>de</strong>cimento<br />

A família <strong>de</strong> Igor Silva vem, por este meio, agra<strong>de</strong>cer<br />

profundamente a todas as pessoas que, generosamente,<br />

aceitaram o pedido <strong>de</strong> solidarieda<strong>de</strong> e se disponoibilizaram<br />

para fazer a recolha <strong>de</strong> amostra <strong>de</strong> sangue,<br />

na esperança <strong>de</strong> po<strong>de</strong>r encontar um dador compatível<br />

<strong>de</strong> medula óssea.<br />

A todos, o nosso muito obrigado.


Fevereiro <strong>de</strong> 2011 5<br />

Economia<br />

UTAD quer criar floresta com árvores mais<br />

resistentes ao fogo em <strong>Boticas</strong> e Ribeira <strong>de</strong> Pena<br />

No último Verão, o<br />

fogo consumiu parte da<br />

maior mancha <strong>de</strong> pinheiro<br />

bravo da Europa<br />

nos concelhos <strong>de</strong><br />

<strong>Boticas</strong> e Ribeira <strong>de</strong><br />

Pena. Para evitar que<br />

este cenário dantesco<br />

se repita, a Universida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> Trás-os-Montes e<br />

Alto Douro sugeriu ao<br />

Governo criar uma<br />

zona florestal mais resistente<br />

aos incêndios.<br />

Fernando Campos garante<br />

que, se a i<strong>de</strong>ia for<br />

aprovada, terá todo o<br />

apoio<br />

A Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Trás-os-<br />

Montes e Alto Douro (UTAD)<br />

remeteu uma proposta à secretaria<br />

<strong>de</strong> Estado das Florestas<br />

com vista a criar uma “floresta<br />

piloto” mais resistente ao fogo.<br />

O principal objectivo do projecto<br />

é recuperar a área atingida<br />

pelo gran<strong>de</strong> incêndio que afectou<br />

os concelhos <strong>de</strong> Ribeira <strong>de</strong><br />

Pena e <strong>Boticas</strong> no Verão <strong>de</strong><br />

2010 e evitar futuros danos nos<br />

ecossistemas da região do Barroso.<br />

De acordo com o professor<br />

do Departamento <strong>de</strong> Ciências<br />

Florestais da UTAD, Hermínio<br />

Botelho, a i<strong>de</strong>ia é aproveitar os<br />

cerca <strong>de</strong> quatro mil hectares <strong>de</strong><br />

área ardida nos dois concelhos<br />

para criar uma “área piloto”<br />

com espécies mais resilientes.<br />

Assim, algumas áreas <strong>de</strong> pinhei-<br />

“A i<strong>de</strong>ia da UTAD em<br />

recuperar essa área ardida,<br />

sem ter uma continuida<strong>de</strong><br />

tão gran<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

pinheiro bravo e com<br />

áreas <strong>de</strong> protecção das<br />

produções para que não<br />

haja os riscos que houve<br />

neste incêndio, não<br />

<strong>de</strong>ixará naturalmente<br />

<strong>de</strong> merecer o nosso<br />

apoio e empenho na sua<br />

concretização”, consi<strong>de</strong>rou<br />

Fernando Campos<br />

ro bravo (uma espécie altamente<br />

inflamável) teriam <strong>de</strong> ser reconvertidas,<br />

ao mesmo tempo<br />

que a área <strong>de</strong> carvalhal ou <strong>de</strong><br />

outras espécies mais resistentes<br />

seria aumentada, <strong>de</strong> forma<br />

a criar <strong>de</strong>scontinuida<strong>de</strong> para a<br />

www.hotelriobeca.com<br />

De Abel e Aldina Barroso<br />

RESTAURANTE<br />

CASAMENTOS - BAPTIZADOS- ANIVERSÁRIOS<br />

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Presunto, Alheira, Chouriça e Cozido Barrosão<br />

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passagem do fogo.<br />

“É um projecto que ainda<br />

não conhecemos em pormenor<br />

e que aguardamos que nos seja<br />

remetido. Mas a i<strong>de</strong>ia da UTAD<br />

em recuperar essa área ardida,<br />

sem ter uma continuida<strong>de</strong> tão<br />

gran<strong>de</strong> <strong>de</strong> pinheiro bravo e com<br />

áreas <strong>de</strong> protecção das produções<br />

para que não haja os riscos<br />

que houve neste incêndio,<br />

não <strong>de</strong>ixará naturalmente <strong>de</strong><br />

merecer o nosso apoio e empenho<br />

na sua concretização”, consi<strong>de</strong>rou<br />

o presi<strong>de</strong>nte da Câmara<br />

Municipal <strong>de</strong> <strong>Boticas</strong>, Fernando<br />

Campos, acrescentando<br />

que na altura do gran<strong>de</strong> incêndio,<br />

que na parte botiquense atingiu<br />

mais severamente Covas do<br />

Barroso, solicitou ao Secretário<br />

<strong>de</strong> Estado da Protecção Civil<br />

apoio para as populações afectadas<br />

e apontou a urgência <strong>de</strong><br />

recuperar a área ardida, o que<br />

até à data não obteve resposta.<br />

Ano Internacional das<br />

Florestas será assinalado em<br />

<strong>Boticas</strong><br />

No sentido <strong>de</strong> minimizar os<br />

impactos do incêndio do Verão<br />

passado e proce<strong>de</strong>r à reflorestação<br />

da área ardida, as duas<br />

autarquias também apresentaram<br />

uma candidatura ao Programa<br />

<strong>de</strong> Desenvolvimento<br />

Rural (PRODER), que aguarda<br />

resposta, informou, ainda,<br />

Agostinho Pinto, presi<strong>de</strong>nte da<br />

Câmara <strong>de</strong> Ribeira <strong>de</strong> Pena.<br />

“Dado que a floresta é uma<br />

riqueza importante para a região<br />

e para a economia do país e que<br />

Ribeira <strong>de</strong> Pena viu a sua mancha<br />

florestal severamente atingida<br />

[principalmente nas freguesias<br />

<strong>de</strong> Canedo e Penalonga],<br />

temos interesse em recuperar<br />

essa área e vamos colaborar”<br />

com a UTAD, garantiu também<br />

o autarca ribeirapenense, que<br />

No Ano Internacional<br />

das Florestas,<br />

<strong>Boticas</strong> terá iniciativas<br />

<strong>de</strong> sensibilização<br />

da comunida<strong>de</strong> sobre<br />

os cuidados a ter na<br />

protecção <strong>de</strong> um dos<br />

maiores recursos do<br />

concelho<br />

admite que possa ser necessário<br />

“outro or<strong>de</strong>namento da floresta<br />

ou aumentar os pontos <strong>de</strong><br />

água”. Alternativas que terão <strong>de</strong><br />

ser estudadas por técnicos especializados,<br />

acrescentou. Nesse<br />

sentido, a UTAD tem um<br />

Grupo <strong>de</strong> Fogos Florestais, que<br />

é pioneiro a nível internacional<br />

na investigação dos incêndios<br />

florestais, nomeadamente no<br />

que respeita à prevenção e uso<br />

controlado do fogo.<br />

Este mês foi também marcado<br />

pelo arranque do Ano Internacional<br />

das Florestas, que se<br />

assinala durante todo o ano <strong>de</strong><br />

2011. Embora consi<strong>de</strong>re ser um<br />

“trabalho diário”, Fernando<br />

Campos avançou que o município<br />

<strong>de</strong> <strong>Boticas</strong> terá “iniciativas<br />

<strong>de</strong> sensibilização da comunida<strong>de</strong><br />

sobre os cuidados a ter na<br />

protecção da floresta”, um dos<br />

maiores recursos do concelho e<br />

que a nível nacional gera 3,1%<br />

do Produto Interno Bruto (PIB)<br />

e assegura a manutenção <strong>de</strong><br />

260 mil postos <strong>de</strong> trabalho.<br />

Sandra Pereira


<strong>Boticas</strong> – Tradições<br />

“São Mame<strong>de</strong> te leve<strong>de</strong><br />

São Vicente te acrescente<br />

Eu a comer e tu a crescer<br />

Deus te ponha a virtu<strong>de</strong>,<br />

qu’eu da minha parte fiz o que<br />

pu<strong>de</strong>”<br />

A bênção da massa do pão<br />

inicia-se junto ao forno comunitário<br />

uma semana antes do dia<br />

em que será renovada a promessa<br />

que os antepassados fizeram<br />

a São Sebastião, quando<br />

pediram protecção contra os<br />

invasores franceses. Mas hoje,<br />

como todos os dias 20 <strong>de</strong> Janeiro,<br />

já fumega melhor a chaminé<br />

da Casa do Santo, em Vila<br />

Gran<strong>de</strong> <strong>de</strong> Dornelas, graças às<br />

esmolas recolhidas no ano passado.<br />

“Antes tinha 20×25 cm,<br />

não tinha tiragem nenhuma”,<br />

explica Paulo Sanches, um dos<br />

15 mordomos da festa, her<strong>de</strong>iros<br />

dos lavradores mais abastados<br />

que ao longo dos tempos<br />

mantiveram a oferenda do banquete<br />

a todos os que por lá param<br />

nesse dia.<br />

Na Casa do Santo, já se<br />

aglomeram e reencontram as<br />

gentes. Este ano, a missa é celebrada<br />

pela primeira vez pelo<br />

pároco <strong>de</strong> <strong>Boticas</strong>, o padre Silvério<br />

Guimarães, que confi<strong>de</strong>ncia<br />

sentir “uma alegria muito<br />

gran<strong>de</strong> ao ver este povo unido<br />

e tanta gente <strong>de</strong> fora. Alegrame<br />

que a gran<strong>de</strong> maioria vá à<br />

eucaristia”. Em frente a mais<br />

<strong>de</strong> um milhar <strong>de</strong> broas, os membros<br />

da Comissão Fabriqueira<br />

carregam pacificamente a Cruz<br />

para a bênção…<br />

- Isto é só paz e amor ao<br />

contrário do que as pessoas<br />

pintam! O Couto não é um<br />

local <strong>de</strong> pessoas más. É um<br />

local <strong>de</strong> pessoas justas!<br />

Quem repõe os pontos nos<br />

is é Xavier Barreto, presi<strong>de</strong>nte<br />

da Junta <strong>de</strong> Freguesia <strong>de</strong> Couto<br />

6<br />

Fevereiro <strong>de</strong> 2011<br />

A Paz <strong>de</strong> São Sebastião rei<br />

Este ano, a 20 <strong>de</strong> Janeiro, as <strong>de</strong>savenças<br />

entre o povo e a igreja <strong>de</strong> Couto <strong>de</strong> Dornelas<br />

adormeceram na paz <strong>de</strong> São Sebastião. Pela<br />

primeira vez, foi o padre Silvério, pároco <strong>de</strong><br />

<strong>Boticas</strong>, quem abençoou as carnes na festa do<br />

mártir. À volta do “potedo”, on<strong>de</strong> se reatam<br />

laços comunitários travados <strong>de</strong>s<strong>de</strong> as Invasões<br />

Francesas, a história da freguesia e das suas<br />

gentes conta-se a várias vozes<br />

Por Sandra Pereira<br />

<strong>de</strong> Dornelas, que cumprimenta<br />

tudo e todos, contagiando-os<br />

com a sua característica boa<br />

disposição. E convém mesmo<br />

dizê-lo, porque se hoje reina a<br />

paz do Senhor, a tempesta<strong>de</strong><br />

sobre o registo da Casa do Santo,<br />

que opõe o povo à Igreja, ainda<br />

vai no adro… Paulo Sanches<br />

não consegue conter-se: “a única<br />

ligação da Igreja à festa é a<br />

promessa ao São Sebastião.<br />

Todos os anos, a missa celebrada<br />

é paga pela comissão <strong>de</strong><br />

mordomos. São 50 euros pelo<br />

serviço religioso. A Igreja nunca<br />

contribuiu para a festa!”. E<br />

pensar que há seis anos, quando<br />

o conflito estalou com o antigo<br />

pároco Fernando Guerra, a<br />

missa <strong>de</strong> São Sebastião custava-lhes<br />

150 euros… relembra o<br />

actual tesoureiro da junta <strong>de</strong><br />

Dornelas.<br />

Mas 21 potes já estão ao<br />

lume e fumegam quase 500 quilos<br />

<strong>de</strong> carne e 100 <strong>de</strong> arroz.<br />

“Pensa-se que é muito trabalho,<br />

mas eles já estão habituados e<br />

organizados”, ouve-se. “Se houvesse<br />

mais dinheiro, em vez <strong>de</strong><br />

um forno, haveria dois!”, ri Pau-<br />

lo Sanches.<br />

Moer a farinha, peneirá-la,<br />

cozer a massa do pão no forno,<br />

pôr <strong>de</strong> molho e lavar a carne,<br />

cozer o arroz. Este proce<strong>de</strong>r<br />

Maria Fernanda Barreto, da Vila<br />

Pequena, já o conhece há 20<br />

anos. “Gosto <strong>de</strong> vir ajudar! É<br />

tradição da terra e não queria<br />

que acabasse. Mas a gente não<br />

tem vagar para fazer tudo, isto<br />

é uma festa muito trabalhosa.<br />

Passam aqui noites sem dormir”.<br />

Entre danças, cantares e<br />

comeres…<br />

Raiados pelo sol, as gentes<br />

<strong>de</strong> Couto <strong>de</strong> Dornelas e curiosos<br />

das redon<strong>de</strong>zas renovam a<br />

promessa secular, cada vez<br />

mais convictos do amparo do<br />

Mártir São Sebastião. Do Minho,<br />

vêm <strong>de</strong> Barcelos, Guima-<br />

rães e Famalicão. Mas também<br />

há aqui galegos, franceses, italianos<br />

e até compatriotas do<br />

Brasil. E emigrantes das Américas.<br />

“Antigamente, era quase<br />

só as pessoas aqui da al<strong>de</strong>ia na<br />

festa. Há cerca <strong>de</strong> 10 ou 15<br />

anos, através da comunicação<br />

social ou pela boca <strong>de</strong> um amigo,<br />

as pessoas vão conhecendo<br />

e há mais gente”, comenta Paulo<br />

Sanches, acrescentando que<br />

nem os mordomos, nem a Câmara<br />

Municipal <strong>de</strong> <strong>Boticas</strong>, gastaram<br />

um cêntimo em publicida<strong>de</strong>.<br />

“A olho”, haverá certamente<br />

mais <strong>de</strong> 5000 pessoas.<br />

Este ano, há novida<strong>de</strong>s: tigelas<br />

<strong>de</strong> barro para a sopa, adornadas<br />

com o nome do Santo<br />

numa fábrica <strong>de</strong> Barcelos, vendidas<br />

pelo simbólico preço <strong>de</strong><br />

um euro, em nome da higiene.<br />

Não há crise, “fica <strong>de</strong> recordação!”.<br />

Mas muitos, sabendo o<br />

que a casa gasta, já vêm “armados”<br />

com talheres, pratos,<br />

copos, vinho, rissóis e outros<br />

acepipes para ir petiscando.<br />

Encosta acima, lá vão 700 metros<br />

<strong>de</strong> mesa estreita. Dois <strong>de</strong>spenseiros<br />

vão na frente para<br />

esten<strong>de</strong>r as toalhas <strong>de</strong> linho.<br />

Seguem-se as broas, dispostas<br />

religiosamente a uma distância<br />

<strong>de</strong> cerca <strong>de</strong> metro e meio com<br />

a ajuda <strong>de</strong> uma vara <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira,<br />

que já tem mais anos que<br />

todos os habitantes aqui da freguesia.<br />

Os restantes <strong>de</strong>spenseiros<br />

rompem entre a multidão, que<br />

não arreda pé do lugar conquistado,<br />

para finalizar o ritual: colocar<br />

o prato <strong>de</strong> carne por cima<br />

da broa, e a malga <strong>de</strong> arroz ao<br />

lado.<br />

- Dêem esmola ao Mártir!<br />

A ver se ganhamos para<br />

o arroz! Toca a abrir as carteiras!<br />

Em alto e bom som apregoa<br />

António Batista, que esten<strong>de</strong><br />

o cestinho para a esmola,<br />

antes que o fiel corte o primeiro<br />

pedaço <strong>de</strong> broa após<br />

beijar o Santo protector dos<br />

animais. “Estamos em crise!<br />

Mais moedas do que notas,<br />

mas as pessoas dão sempre”,<br />

ri-se. Ilídio Rodrigues, <strong>de</strong> Capeludos<br />

<strong>de</strong> Aguiar, dá <strong>de</strong> boa<br />

<strong>de</strong> vonta<strong>de</strong> para que “continuem<br />

a fazer a festinha. As coisas<br />

antigas nunca <strong>de</strong>vem terminar”.<br />

Risos, conversas, abraços.<br />

Chegou a hora do repasto. Cozido<br />

na calda da carne, no pote<br />

e ao lume, arroz tão saboroso<br />

não é todos os dias. Toca a<br />

aproveitar enquanto se entoam<br />

uns cantares populares,<br />

em tempos saídos da voz das<br />

avós. “Venho porque tenho<br />

muita fé! E acredito que a<br />

maioria das pessoas é isso que<br />

as traz…”, diz com um largo<br />

sorriso nos lábios a botiquense<br />

Palmira Carneiro, que já<br />

não vinha há 15 anos. “Conheci<br />

a cozinha antiga, no centro<br />

da al<strong>de</strong>ia. Hoje, <strong>de</strong>parei-me<br />

com outra com mais espaço e<br />

melhores condições. São uns<br />

heróis com todo este trabalho!<br />

É <strong>de</strong> louvar a função que prestam”.<br />

Daqui, há quem siga<br />

para ser abençoado com a feijoada<br />

das Alturas do Barroso<br />

ou para a Venda Nova, que<br />

também louva o Mártir.


Fevereiro <strong>de</strong> 2011 7<br />

nou em Couto <strong>de</strong> Dornelas<br />

… e o dom <strong>de</strong> bem receber<br />

do Barroso<br />

- Entre, entre, e coma<br />

aqui uma feijoada!<br />

Hoje é o dia <strong>de</strong> graça do presi<strong>de</strong>nte<br />

do Junta <strong>de</strong> Freguesia<br />

<strong>de</strong> Couto <strong>de</strong> Dornelas, Xavier<br />

Barreto. Tem casa cheia, com<br />

pessoas <strong>de</strong> vários pontos do<br />

país e do mundo. Há os que vieram<br />

para o ócio, boa mesa e<br />

conversa <strong>de</strong> língua afiada, outros<br />

pela fé ou para solidificar<br />

amiza<strong>de</strong>s. Dizia há pouco o padre<br />

Silvério que “os do Barroso<br />

tiveram sempre o dom <strong>de</strong> receber<br />

bem, serem abertos e generosos”.<br />

“É uma festa que <strong>de</strong>via ter<br />

toda a atenção, mas não tem<br />

toda a que merece. Gostava <strong>de</strong><br />

ver, por exemplo, o presi<strong>de</strong>nte<br />

da Câmara na mesa com as<br />

pessoas, mas não participa…<br />

Tinha todo o gosto”, espicaça<br />

Xavier Barreto. As alfinetadas<br />

lançadas à “capital” já não são<br />

<strong>de</strong> hoje, os “cêntimos” da Câmara<br />

<strong>de</strong> <strong>Boticas</strong> continuam a<br />

não chegar à freguesia, mas o<br />

povo rebel<strong>de</strong> e <strong>de</strong> partido in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte<br />

resiste politicamente,<br />

tal como os gauleses enfrentaram<br />

os romanos em tempos,<br />

com 33 votos “sacados” nas últimas<br />

eleições. “O Couto continua<br />

a ser um ponto <strong>de</strong> diferença!”,<br />

ri-se Xavier Barreto.<br />

O São Sebastião gosta <strong>de</strong><br />

muito fiéis a adorá-lo, mas não<br />

é atracção turística. Mexer, num<br />

pormenor que fosse, seria estragar<br />

a festa, diz o jovem presi<strong>de</strong>nte<br />

<strong>de</strong> junta, <strong>de</strong> 34 anos. Se<br />

mais mil viessem, seria o cabo<br />

dos trabalhos… A verda<strong>de</strong> é que<br />

Vila Gran<strong>de</strong> não está habituada<br />

a 5 mil pessoas e autocarros<br />

cheios <strong>de</strong> excursionistas reformados…<br />

“Os acessos são responsabilida<strong>de</strong><br />

da Câmara Municipal,<br />

que <strong>de</strong>via zelar por isso”,<br />

trava logo Xavier Barreto.<br />

“Mas o que me choca são as<br />

paragens <strong>de</strong> autocarro em metal<br />

num ambiente totalmente<br />

rural. Deviam ser <strong>de</strong> pedra, mas<br />

isso são erros <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão camarária”.<br />

Os tempos mudaram. Aqui<br />

e em todo o mundo rural. “As<br />

pessoas <strong>de</strong>ixaram <strong>de</strong> matar porcos<br />

e produzir carne em casa,<br />

temos que a comprar. Outros<br />

<strong>de</strong>ixaram <strong>de</strong> fazer pão e temos<br />

que comprar a farinha, o trigo e<br />

o centeio fora. O milho (ainda!)<br />

é da al<strong>de</strong>ia”, informa Paulo Sanches.<br />

É a“<strong>de</strong>smultiplicação dos<br />

pães” sustentada pela lei da<br />

natureza. Na freguesia, “a al<strong>de</strong>ia<br />

<strong>de</strong> Casal tem dois moradores<br />

e a <strong>de</strong> Lousas quatro…”.<br />

Mas ainda há esperança. Falase<br />

<strong>de</strong> um projecto <strong>de</strong> uma casa<br />

<strong>de</strong> turismo rural na freguesia,<br />

que vai vivendo <strong>de</strong> algum proveito<br />

do que a floresta dá. Mas<br />

os 3 mil hectares do concelho<br />

podiam dar mais rendimento, na<br />

opinião do mordomo.<br />

É tudo cíclico, <strong>de</strong>sdramatiza<br />

Xavier Barreto. E neste ponto,<br />

tem uma curiosa tese que acalenta<br />

a chama <strong>de</strong> que melhores<br />

dias virão. Ora, ouçam:<br />

- “Todo o Interior já passou<br />

por fases idênticas a esta. Já no<br />

tempo <strong>de</strong> D. Fernando e nas<br />

Leis <strong>de</strong> Sesmarias se <strong>de</strong>batia<br />

este problema da agricultura e<br />

<strong>de</strong> fixar as pessoas, da necessida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> cultivar as terras e tudo<br />

o mais. Penso que o melhor conselheiro<br />

político é o historiador.<br />

Temo-nos cingido à economia,<br />

tem <strong>de</strong> ter rentabilida<strong>de</strong>, tem que<br />

ter competitivida<strong>de</strong>. São coisas<br />

totalmente estúpidas porque o<br />

que interessa é sustentabilida<strong>de</strong>!<br />

O São Sebastião, que é tão<br />

velhinho, é advogado <strong>de</strong> três<br />

coisas base para toda a socieda<strong>de</strong>:<br />

paz, fome e peste. Se tivermos<br />

saú<strong>de</strong>, se estivermos a<br />

viver em paz e com a barriga<br />

cheia, o que precisamos mais?<br />

A felicida<strong>de</strong> <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> da ambição<br />

<strong>de</strong> cada um. Penso que os<br />

jovens andam enganados.”<br />

Às vezes, o sucesso po<strong>de</strong><br />

estar à porta <strong>de</strong> casa, diz-se.<br />

Um dia, haverá quem procure<br />

viver <strong>de</strong> ar puro, sossego e comida<br />

boa, ou “biológica”. Em<br />

Dornelas, agra<strong>de</strong>ce-se tudo isso<br />

a S. Sebastião. “É uma festa que<br />

A receita <strong>de</strong><br />

S. Sebastião<br />

- 2000 quilos <strong>de</strong> farinha<br />

- 1200 broas<br />

- 100 quilos <strong>de</strong> arroz<br />

- 500 quilos <strong>de</strong> carne<br />

- 700 metros <strong>de</strong> mesa<br />

- 21 potes ao lume<br />

- 10 a 15 mordomos<br />

- 50 a 70 ajudantes na festa<br />

- 3000 euros é quanto<br />

ren<strong>de</strong> em média a festa<br />

- 5 a 6 mil visitantes, em dia<br />

<strong>de</strong> semana. 7 a 8 mil ao fim<strong>de</strong>-semana<br />

mostra a coragem <strong>de</strong>sta gente.<br />

Do campo, mas <strong>de</strong> uma tenacida<strong>de</strong><br />

inexcedível e que, por conseguinte,<br />

enfrenta todos os sacrifícios.<br />

Estão a trabalhar há<br />

mais <strong>de</strong> 15 dias para juntar dinheiro<br />

e comestíveis. Hoje são<br />

menos, mas muito unidos, com<br />

um lote <strong>de</strong> gente nova à frente<br />

para enfrentar as dificulda<strong>de</strong>s”.<br />

Está tudo dito. Mas <strong>de</strong> on<strong>de</strong><br />

vem tão rasgado elogio a estas<br />

almas indomáveis!? Do padre<br />

Silvério Guimarães. Seja ou não<br />

num copo <strong>de</strong> água, não importa<br />

a tempesta<strong>de</strong>, a bonança lá virá.<br />

Tribunal <strong>de</strong>u razão à Igreja sobre<br />

Casa do Santo, mas o povo apresentou<br />

recurso<br />

O diferendo à volta da Casa do Santo, que divi<strong>de</strong> população<br />

e Igreja, encontra-se actualmente em fase <strong>de</strong> recurso<br />

interposto por uma acção popular, após o Tribunal Judicial <strong>de</strong><br />

<strong>Boticas</strong> ter dado razão à Comissão Fabriqueira, consi<strong>de</strong>rando<br />

válida a escritura <strong>de</strong> justificação <strong>de</strong> posse, num julgamento<br />

que iniciou em Abril <strong>de</strong> 2008. Entretanto, a freguesia <strong>de</strong> Couto<br />

<strong>de</strong> Dornelas esteve quatro anos sem pároco. No ano passado,<br />

veio o padre Delfim e, há meio ano, o padre Silvério<br />

Guimarães <strong>de</strong> <strong>Boticas</strong>. Depois dos azedumes com o antigo<br />

pároco da freguesia, Fernando Guerra, as relações são “boas”,<br />

garante Paulo Sanches, tesoureiro da Junta <strong>de</strong> Freguesia. “Estamos<br />

tão habituados a isto que já não há diferendo!”.<br />

O presi<strong>de</strong>nte da Junta, Xavier Barreto, insiste que a Casa<br />

está mal registada por usucapião, uma vez que ficou provado<br />

que não tem mais <strong>de</strong> 20 anos, e <strong>de</strong>fen<strong>de</strong> que tem <strong>de</strong> ficar nas<br />

mãos da comunida<strong>de</strong>, porque foi construída por volta <strong>de</strong> 1990<br />

por populares <strong>de</strong> todas as crenças religiosas e ninguém imagina<br />

voltar a pôr potes ao lume em casa <strong>de</strong> um agricultor, algo<br />

que não acontece <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 1994. Além disso, “os mordomos é<br />

que sabem das necessida<strong>de</strong>s da festa” e não têm que estar a<br />

pedinchar à porta da Igreja para fazer obras ou alterações,<br />

acrescenta Paulo Sanches. “Fique <strong>de</strong> um lado ou do outro, o<br />

importante é que a festa <strong>de</strong>ve continuar. Gostaria que <strong>de</strong>ssem<br />

as mãos”, aponta, por sua vez, o padre Silvério, convencido<br />

que tudo se resume à falta <strong>de</strong> diálogo. Xavier Barreto relativiza:<br />

“A saga continua, mas a Casa não vai fugir <strong>de</strong> Dornelas!”.


Paulo Sá Machado<br />

Contos Co(n)tados<br />

8<br />

Continuamos hoje a divulgar aspectos<br />

<strong>de</strong>ste Concelho encantado e encantador<br />

que nos tem levado a pesquisar, o que prover<br />

sobre <strong>Boticas</strong>.<br />

Assim e numa Feira <strong>de</strong> Livros, encontrámos<br />

uma interessante obra <strong>de</strong> Maria<br />

Olinda Rodrigues Santana – “Documentação<br />

Foraleira Dionisina <strong>de</strong> Trás-os-<br />

Montes”, Professora no Departamento <strong>de</strong><br />

Letras da Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Trás-os-Montes<br />

e Alto Douro, que nos veio ensinar<br />

muito sobre os Aforamentos, nesta região<br />

e com <strong>de</strong>staque para algumas povoações<br />

que a partir <strong>de</strong> 6 <strong>de</strong> Novembro <strong>de</strong> 1836,<br />

passaram a integrar o Município <strong>de</strong> <strong>Boticas</strong>.<br />

Nesta sua obra <strong>de</strong>stacamos os Aforamentos<br />

<strong>de</strong> Carvalhelhos, Sesserigo, Curros,<br />

Vilarinho, Lavradas e Mosteirão(?),<br />

concedidos pelo Rei D. Dinis, cognominado<br />

“O Lavrador”.<br />

Aforamento é um tipo <strong>de</strong> documento<br />

foraleiro, on<strong>de</strong> são concedidas <strong>de</strong>terminadas<br />

benesses, acto <strong>de</strong> concessão <strong>de</strong> privilégios<br />

e <strong>de</strong>veres sobre uma proprieda<strong>de</strong><br />

cedida em enfiteuse (arrendamento<br />

prolongado ou <strong>de</strong>finitivo, que mais tar<strong>de</strong><br />

daria, em direito ao chamado, “direito consuetudinário”)<br />

para exploração ou usufruto<br />

ao seu ocupante, pelo proprietário. Era<br />

um acto jurídico privado que se praticou<br />

até à década <strong>de</strong> 1960 em Portugal. Os aforamentos<br />

podiam ser concedidos pelos<br />

reis, por pessoas públicas (por exemplo,<br />

mosteiros, Or<strong>de</strong>ns religiosas, etc.) ou privadas,<br />

casas senhoriais por exemplo; e geralmente<br />

eram feitos especificando um<br />

certo número <strong>de</strong> gerações em que o foro<br />

(quantia em dinheiro ou espécies, ou ambas,<br />

paga anualmente ao senhorio do<br />

foro).<br />

Mas voltando aos nossos Aforamentos,<br />

começámos pelo <strong>de</strong> Carvalhelhos, datado<br />

<strong>de</strong> 12 <strong>de</strong> Dezembro <strong>de</strong> 1288, on<strong>de</strong> diz<br />

que D. Dinis, através da Chancelaria, Livro<br />

I, folhas 245v e 246r outorga um aforamento<br />

colectivo aos povoadores <strong>de</strong><br />

Carvalhelhos constituído por oito casas,<br />

seguindo-se as condições dos mesmos,<br />

conforme documento que se junta.<br />

Também e nas mesmas condições do<br />

aforamento <strong>de</strong> Carvalhelhos, em 27 <strong>de</strong><br />

Dezembro <strong>de</strong> 1288 é concedido a Curros,<br />

no mesmo livro a folhas 247r A, B.<br />

outorga quatro casas.<br />

Outros lugares se seguirão na nossa<br />

<strong>de</strong>scrição, e eu <strong>de</strong>creto o aforamento para<br />

todos os nossos leitores: façam o favor<br />

<strong>de</strong> serem felizes.<br />

Fevereiro <strong>de</strong> 2011<br />

AO AFORAMENTOS DE CARVALHELHOS<br />

E DE CURROS


Fevereiro <strong>de</strong> 2011 9<br />

Economia local<br />

As obras <strong>de</strong> construção do<br />

Centro Europeu <strong>de</strong> Documentação<br />

e Interpretação da Escultura<br />

Castreja (CEDIEC), mais<br />

propriamente do Núcleo Interpretativo<br />

do Castro do Lesenho,<br />

As obras no Parque <strong>de</strong> Natureza<br />

e Biodiversida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>Boticas</strong><br />

já arrancaram. Este projecto<br />

<strong>de</strong>stina-se a promover a<br />

correcta gestão <strong>de</strong> espaços protegidos<br />

e a preservação da biodiversida<strong>de</strong>,<br />

ao mesmo tempo<br />

que preten<strong>de</strong> ser um pólo dinamizador<br />

da economia local, travando<br />

o êxodo rural a que se tem<br />

assistido nos últimos anos e constitui<br />

uma referência básica para<br />

o <strong>de</strong>senvolvimento rural sustentável<br />

em áreas <strong>de</strong> montanha.<br />

Obras do CEDIEC vão arrancar<br />

O Núcleo Interpretativo do Castro do Lesenho,<br />

um dos dois que compõem o CEDIEC, ficará<br />

localizado na antiga casa florestal<br />

que ficará na antiga casa florestal,<br />

vão arrancar em breve,<br />

tendo já sido assinado o auto <strong>de</strong><br />

consignação da empreitada<br />

com a empresa Teixeira, Pinto<br />

e Soares, Lda., <strong>de</strong> Amarante,<br />

vencedora do concurso público<br />

para a construção <strong>de</strong>sta infraestrutura.<br />

O Núcleo Interpretativo do<br />

Castro do Lesenho é um dos<br />

dois que compõem o CEDIEC,<br />

que contará também com um<br />

Núcleo <strong>de</strong> Musealização, Documentação<br />

e Investigação, que<br />

ficará sediado na envolvente do<br />

Museu Rural <strong>de</strong> <strong>Boticas</strong>.<br />

Trata-se <strong>de</strong> um projecto <strong>de</strong><br />

preservação do património arqueológico,<br />

que prevê a constituição<br />

<strong>de</strong> um núcleo <strong>de</strong> conhecimento,<br />

capitalizando um conjunto<br />

abundante <strong>de</strong> recursos<br />

existentes no concelho e contribuindo<br />

para um <strong>de</strong>senvolvimento<br />

sustentado através da<br />

criação <strong>de</strong> equipamentos <strong>de</strong><br />

carácter cultural, que possibilitem<br />

centralizar acções <strong>de</strong> preservação<br />

da memória colectiva<br />

da região e, ao mesmo tempo,<br />

efectuar a sua divulgação, inter-<br />

Economia local<br />

Parque <strong>de</strong> Natureza e Biodiversida<strong>de</strong> já está em<br />

construção<br />

As obras <strong>de</strong> construção do Parque <strong>de</strong> Natureza<br />

e Biodiversida<strong>de</strong>, localizado na zona da<br />

Relva, junto à Ponte Pedrinha, já arrancaram,<br />

prevendo-se que possa ficar concluído ainda durante<br />

este ano.<br />

Para tal fim, a área escolhida<br />

preten<strong>de</strong> ser um centro mo<strong>de</strong>lo<br />

<strong>de</strong>ste <strong>de</strong>sempenho básico,<br />

no qual será possível reunir todo<br />

um conjunto <strong>de</strong> informações e<br />

mecanismos <strong>de</strong> gestão ambiental<br />

que contribuam para a dinamização<br />

da região montanhosa<br />

barrosã e, ao mesmo tempo,<br />

para o estímulo da auto-sustentabilida<strong>de</strong><br />

energética da mesma.<br />

Com o projecto “<strong>Boticas</strong> –<br />

Natureza e Biodiversida<strong>de</strong>”, o<br />

município preten<strong>de</strong> “tornar a<br />

área <strong>de</strong> intervenção, correspon<strong>de</strong>nte<br />

aos antigos viveiros da<br />

Relva, num espaço inovador,<br />

com recurso às novas tecnologias,<br />

valorizar os recursos endógenos<br />

existentes na região<br />

(mel, carne barrosã, produtos<br />

tradicionais, entre outros) e permitir<br />

a participação dos cidadãos<br />

em medidas <strong>de</strong> gestão que<br />

promovam a preservação <strong>de</strong><br />

áreas com elevado valor ecológico<br />

na região.<br />

Para a implementação <strong>de</strong>ste<br />

projecto foram envolvidas instituições<br />

com competências nesta<br />

área, nomeadamente, o Instituto<br />

da Conservação da Natureza<br />

e da Biodiversida<strong>de</strong><br />

(ICNB) e a Autorida<strong>de</strong> Flores-<br />

ligando-a com a oferta e a promoção<br />

turística. O CEDIEC não<br />

será um espaço isolado, mas<br />

sim o ponto <strong>de</strong> partida e <strong>de</strong> ligação<br />

com outros pólos essenciais<br />

à valorização do património<br />

cultural do concelho <strong>de</strong> <strong>Boticas</strong>.<br />

A implementação <strong>de</strong>ste projecto<br />

resulta <strong>de</strong> uma candidatura<br />

apresentada no âmbito do<br />

Programa ON.2, Eixo Prioritá-<br />

O município preten<strong>de</strong><br />

tornar o parque<br />

num espaço<br />

inovador, com recurso<br />

às novas tecnologias,valorizando<br />

os recursos<br />

endógenos existentes<br />

na região e permitindo<br />

a participação<br />

dos cidadãos<br />

tal Nacional (AFN, ex-DGRF),<br />

no sentido <strong>de</strong> prestarem toda a<br />

colaboração técnica necessária<br />

rio III – Valorização e Qualificação<br />

Ambiental e Territorial,<br />

aprovada com um investimento<br />

total elegível <strong>de</strong> 893.199,87 €,<br />

através do qual é assegurado<br />

um financiamento FEDER no<br />

valor global <strong>de</strong> 714.559,90 €<br />

com uma taxa <strong>de</strong> comparticipação<br />

<strong>de</strong> 80 %.<br />

Redacção<br />

a uma boa persecução dos objectivos,<br />

bem como a Universida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> Trás-os-Montes e Alto<br />

Douro (UTAD), que cooperará<br />

em acções <strong>de</strong> acompanhamento<br />

científico e técnico.<br />

A implementação do Parque<br />

<strong>de</strong> Natureza e Biodiversida<strong>de</strong><br />

resulta <strong>de</strong> uma candidatura<br />

apresentada no âmbito do Programa<br />

ON.2, Eixo Prioritário<br />

IIII – Valorização e Qualificação<br />

Ambiental e Territorial, com<br />

um investimento total elegível <strong>de</strong><br />

3.018.858,04 €, através do qual<br />

é assegurado um financiamento<br />

FEDER no valor global <strong>de</strong><br />

2.415.086,43€ com uma taxa <strong>de</strong><br />

comparticipação <strong>de</strong> 80%.<br />

Redacção


Entrevista – Fernando Campos, Presi<strong>de</strong>nte da Câmara Municipal <strong>de</strong> <strong>Boticas</strong><br />

O Orçamento da Câmara<br />

Municipal <strong>de</strong> <strong>Boticas</strong> para<br />

2011 é <strong>de</strong> 19 milhões 280 mil<br />

euros, mais 5 milhões e 530<br />

mil euros do que no ano passado.<br />

A que se <strong>de</strong>ve este<br />

aumento?<br />

O Orçamento teve um aumento<br />

significativo em relação<br />

a 2010, que advém do conjunto<br />

<strong>de</strong> financiamentos comunitários,<br />

que iniciaram no ano passado,<br />

e este ano, como vai ser o<br />

da execução, tinha que ser contemplado<br />

com um maior volume<br />

financeiro.<br />

Contudo, da parte do Governo,<br />

houve um corte <strong>de</strong><br />

cerca <strong>de</strong> 600 mil euros nas<br />

verbas para a autarquia em<br />

10<br />

Fevereiro <strong>de</strong> 2011<br />

Temos 17 milhões <strong>de</strong> euros em obras<br />

Apesar do corte do Governo, o Orçamento<br />

da Câmara <strong>de</strong> <strong>Boticas</strong> para 2011 foi reforçado<br />

com mais <strong>de</strong> cinco milhões <strong>de</strong> euros em relação<br />

ao ano anterior. Em entrevista ao <strong>Ecos</strong> <strong>de</strong> <strong>Boticas</strong>,<br />

o presi<strong>de</strong>nte da Câmara Municipal <strong>de</strong><br />

<strong>Boticas</strong>, Fernando Campos, explica que este<br />

ano há mais fundos comunitários e que a priorida<strong>de</strong><br />

do município é executar todas as obras<br />

co-financiadas pela União Europeia. Por outro<br />

lado, a crise bateu à porta <strong>de</strong> todos os municípios<br />

e o executivo <strong>de</strong> <strong>Boticas</strong> quer poupar perto<br />

<strong>de</strong> 400 mil euros com cortes nas <strong>de</strong>spesas<br />

correntes e nas transferências para juntas e<br />

associações. Fernando Campos <strong>de</strong>ixa, contudo,<br />

a garantia <strong>de</strong> que vai “continuar a apoiar e a<br />

investir na acção social <strong>de</strong> uma forma reforçada”.<br />

Por Sandra Pereira<br />

“A fábrica da Euronet,<br />

que é a maior<br />

empregadora do<br />

concelho e é uma históriainteressantíssima<br />

<strong>de</strong> sucesso, já<br />

nos comunicou que<br />

vai fazer mais investimento,<br />

aumentar<br />

as instalações e criar<br />

mais cerca <strong>de</strong> 40<br />

postos <strong>de</strong> trabalhos<br />

em Setembro”<br />

relação a 2010. Vai condicionar<br />

a activida<strong>de</strong> do executivo?<br />

O primeiro corte já tinha criado<br />

alguns problemas, o segundo<br />

naturalmente é fortemente<br />

condicionador da nossa activida<strong>de</strong>.<br />

Somos um município do<br />

Interior, com problemas <strong>de</strong> receitas<br />

próprias, portanto retirar<br />

essa verba é criar fortes dificulda<strong>de</strong>s<br />

à sua gestão. Felizmente,<br />

temos uma elevada capacida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> endividamento. Espero<br />

não ser necessário, mas toda a<br />

nossa estratégia passa por optimizar<br />

o aproveitamento dos fundos<br />

comunitários. Se para isso<br />

tivermos <strong>de</strong> recorrer a financiamento<br />

para colmatar o corte<br />

que o Governo fez, não <strong>de</strong>ixaremos<br />

<strong>de</strong> o fazer!<br />

Com os fundos comunitários,<br />

que obras vão avançar<br />

este ano?<br />

Não sabemos como vai ser<br />

o futuro, mas seguramente não<br />

vai ser risonho relativamente a<br />

novos fundos comunitários. As<br />

próximas gerações não enten<strong>de</strong>riam<br />

se não fizéssemos o esforço<br />

<strong>de</strong> não <strong>de</strong>ixar nenhuma<br />

obra financiada por fazer. É a<br />

nossa primeira <strong>de</strong>cisão, nem que<br />

para isso tenhamos <strong>de</strong> cortar em<br />

tudo o resto! Temos cerca <strong>de</strong><br />

17 milhões <strong>de</strong> euros em obras<br />

com fundos comunitários aprovados<br />

que vamos executar: o<br />

Centro <strong>de</strong> Artes Nadir Afonso,<br />

o Parque Natureza e Biodiver-<br />

“Nem que o município<br />

recorra ao<br />

endividamento, porque<br />

tem capacida<strong>de</strong><br />

para isso, a nossa<br />

intenção é executar<br />

todas as obras <strong>de</strong><br />

fundos comunitários”<br />

sida<strong>de</strong>, o Parque Arqueológico<br />

do Vale do Terva, o Centro Europeu<br />

<strong>de</strong> Documentação e Interpretação<br />

da Escultura Castreja<br />

(CEDIEC), o Hotel Rural<br />

e muitas outras. Muitas já iniciaram<br />

o ano passado, o gran<strong>de</strong><br />

ano <strong>de</strong> investimento é este e<br />

muitas continuam para o próximo<br />

ano.<br />

O que será inaugurado<br />

este ano?<br />

Temos um compromisso que<br />

o Centro <strong>de</strong> Artes Nadir Afonso<br />

terá o Presi<strong>de</strong>nte da República<br />

na inauguração. Esperemos<br />

que no final do ano seja a<br />

primeira obra significativa que<br />

vamos inaugurar.<br />

Tal como outras autarquias<br />

do Alto Tâmega, <strong>Boticas</strong><br />

também vai reduzir <strong>de</strong>spesas<br />

este ano?<br />

Sim. Fizemos um plano <strong>de</strong><br />

contenção <strong>de</strong> gastos, nomeadamente<br />

na redução <strong>de</strong> horas ex-<br />

traordinárias, combustíveis, telecomunicações,<br />

energia eléctrica.<br />

Queremos reduzir a factura<br />

da iluminação pública em 50%,<br />

<strong>de</strong>sligando muitos pontos <strong>de</strong> luz<br />

que estejam em locais on<strong>de</strong> não<br />

sejam necessários, passando<br />

inclusivamente a <strong>de</strong>sligar a luz<br />

em certos períodos, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que<br />

não ponham em causa a segurança<br />

e bem-estar das pessoas.<br />

Em tudo o que são <strong>de</strong>spesas<br />

correntes, como aquecimento,<br />

papel, material e consumíveis,<br />

queremos fazer uma redução<br />

significativa até ao limite <strong>de</strong><br />

funcionamento. Pelo nosso cálculo,<br />

po<strong>de</strong>mos poupar 150 a 200<br />

mil euros com este plano <strong>de</strong> contenção.<br />

As juntas <strong>de</strong> freguesia<br />

também viram as transferências<br />

reduzidas 19,5% para<br />

38.950 euros em relação a<br />

2010, e as associações e instituições<br />

sem fins lucrativos<br />

em 35% para 150.207 euros…<br />

Sim. Reduzimos tudo ao mínimo<br />

com cortes nunca inferiores<br />

a 20, 25%. Com estes cortes<br />

[e das <strong>de</strong>spesas correntes],<br />

vamos conseguir uma economia<br />

perto dos 400 mil euros.<br />

Como reagiram?<br />

Não ficaram satisfeitos, mas<br />

compreen<strong>de</strong>ram porque explicámos<br />

o corte <strong>de</strong> que fomos<br />

alvo. Foi um corte cego. O Governo<br />

não foi capaz <strong>de</strong> ser equi-<br />

librado nos cortes que foram<br />

necessários fazer e continua a<br />

<strong>de</strong>scriminar muito as regiões do<br />

Interior. Ainda agora, esta i<strong>de</strong>ia<br />

peregrina da reformulação do<br />

mapa autárquico numa altura <strong>de</strong><br />

crise não é para dar nada aos<br />

do Interior! Se não houvesse o<br />

quadro <strong>de</strong> municípios, muitas<br />

regiões do país que ainda vêem<br />

chegar um bocadinho do Orçamento<br />

<strong>de</strong> Estado, nunca veriam<br />

chegar um centavo!<br />

As medidas <strong>de</strong> apoio social<br />

também vão ser afectadas<br />

pelo plano <strong>de</strong> contenção?<br />

Contrariamente ao que o<br />

“Provavelmente,<br />

muito em breve, haverá<br />

uma unida<strong>de</strong><br />

hoteleira <strong>de</strong> gran<strong>de</strong><br />

relevância e com<br />

particularida<strong>de</strong>s<br />

muito interessantes<br />

na área do município<br />

<strong>de</strong> <strong>Boticas</strong>”<br />

Governo quer fazer, que é cortar<br />

nos subsídios, achamos que<br />

é em momentos <strong>de</strong> crise que<br />

mais faz falta o apoio das instituições<br />

públicas. Não só não<br />

cortamos apoios, como nalgumas<br />

situações estamos disponíveis<br />

para reforçar alguns. Se a


Fevereiro <strong>de</strong> 2011 11<br />

com fundos comunitários aprovados<br />

população já era carenciada,<br />

num momento <strong>de</strong> crise mais<br />

carenciada fica. Vamos continuar<br />

a apoiar e a investir na<br />

acção social <strong>de</strong> uma forma reforçada<br />

para que os nossos<br />

munícipes possam resistir melhor<br />

a essa política absurda e<br />

contrária aos interesses do país<br />

que o Governo tem vindo a implementar.<br />

Que apoios vão ser reforçados?<br />

Apoio aos idosos, jovens, <strong>de</strong>sempregados,<br />

procurando criar<br />

melhoria da qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida<br />

<strong>de</strong>ntro da nossa capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

intervenção. Não é criar empregos,<br />

mas ajudá-los. Em parceria<br />

com a Misericórdia, queremos<br />

prestar todo o apoio para<br />

que a ninguém falte medicamentos<br />

e alimentação, que é o mais<br />

importante.<br />

A Câmara tem recebido<br />

mais solicitações a nível social?<br />

Temos sentido uma maior<br />

procura para a aquisição <strong>de</strong><br />

medicamentos e tem havido<br />

uma procura significativa <strong>de</strong><br />

apoios por pessoas que estão a<br />

passar por dificulda<strong>de</strong>s. A comunida<strong>de</strong><br />

tem respondido através<br />

da Cruz Vermelha, dando<br />

apoio para ser distribuído. O<br />

município, directamente ou em<br />

parceria com a Misericórdia,<br />

tem respondido a todas as solicitações.<br />

Por feitio, a nossa gente<br />

tem alguma dificulda<strong>de</strong> em<br />

pedir apoio, há muita pobreza<br />

envergonhada e é contra essa<br />

que temos lutado. Os nossos<br />

serviços sociais estão atentos,<br />

estão no terreno com a discrição<br />

que estas situações impõem<br />

e exigem.<br />

“Estamos no ranking dos<br />

melhores municípios em prazo<br />

<strong>de</strong> pagamento”<br />

Num ano <strong>de</strong> crise económica<br />

em que se antevê um<br />

aumento do <strong>de</strong>semprego,<br />

como é que o município vai<br />

inverter essa conjuntura negativa?<br />

Apoiando as pessoas. Felizmente,<br />

nós estamos em contraciclo.<br />

Por exemplo, a fábrica da<br />

Euronet, que é a maior empre-<br />

gadora do concelho e é uma história<br />

interessantíssima <strong>de</strong> sucesso,<br />

já nos comunicou que vai<br />

fazer mais investimento, aumentar<br />

as suas instalações e criar<br />

mais cerca <strong>de</strong> 40 postos <strong>de</strong> trabalhos<br />

em Setembro. Por outro<br />

lado, a Câmara vai apoiar a Santa<br />

Casa da Misericórdia com a<br />

cedência <strong>de</strong> terreno para a<br />

construção <strong>de</strong> uma Unida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

Cuidados Continuados. A candidatura<br />

está feita, esperamos<br />

que seja aprovada até ao final<br />

<strong>de</strong>ste mês. É um investimento<br />

<strong>de</strong> cerca <strong>de</strong> 2 milhões <strong>de</strong> euros,<br />

que a Câmara vai apoiar. Tem<br />

interesse pelo serviço que vai<br />

prestar, <strong>de</strong> apoio social a todos<br />

os que necessitam <strong>de</strong>ssa unida<strong>de</strong>,<br />

mas também pelos postos <strong>de</strong><br />

trabalho que vai criar. No município,<br />

estamos a criar condições<br />

para criar emprego para<br />

po<strong>de</strong>rmos resistir melhor à crise.<br />

Os investimentos previstos<br />

são mais direccionados<br />

para promover o turismo no<br />

concelho…<br />

A capacida<strong>de</strong> hoteleira era<br />

uma falha que sentíamos para<br />

po<strong>de</strong>rmos respon<strong>de</strong>r à procura<br />

dos equipamentos que temos<br />

feito. Para isso, fizemos uma<br />

candidatura para transformar a<br />

nossa Pousada <strong>de</strong> Juventu<strong>de</strong><br />

num Hotel Rural. Neste momento,<br />

já temos financiamento<br />

garantido para a construção. No<br />

entanto, não vai resolver o problema<br />

e há instituições privadas<br />

que estão em conversações<br />

connosco para investir numa<br />

unida<strong>de</strong> hoteleira <strong>de</strong> alta qualida<strong>de</strong>.<br />

Provavelmente, muito em<br />

breve, haverá uma unida<strong>de</strong> hoteleira<br />

<strong>de</strong> gran<strong>de</strong> relevância e<br />

com particularida<strong>de</strong>s muito interessantes<br />

que vai aparecer na<br />

área do município <strong>de</strong> <strong>Boticas</strong>.<br />

A promoção do património<br />

histórico e ambiental do<br />

concelho também é outra forte<br />

aposta …<br />

Em parceria com Montalegre,<br />

estamos a alargar a área<br />

<strong>de</strong> intervenção do Ecomuseu<br />

para <strong>Boticas</strong> e a acelerar a recuperação<br />

e integração <strong>de</strong> um<br />

conjunto <strong>de</strong> unida<strong>de</strong>s museológicas,<br />

nomeadamente nas Alturas<br />

e Covas do Barroso, com a<br />

renovação do nosso Museu<br />

Rural. Vamos criar condições<br />

para que, nesta área abrangen-<br />

“Por feitio, a nossa<br />

gente tem alguma<br />

dificulda<strong>de</strong> em pedir<br />

apoio, há muita pobrezaenvergonhada<br />

e é contra essa<br />

que temos lutado.<br />

Os nossos serviços<br />

sociais estão atentos,<br />

estão no terreno<br />

com a discrição<br />

que estas situações<br />

impõem e exigem”<br />

te do Barroso, o Ecomuseu tenha<br />

uma intervenção profunda<br />

e continue a ser o caso <strong>de</strong> sucesso<br />

que tem sido.<br />

Ainda assim, há obras<br />

que vão ficar no papel?<br />

Nem que o município recorra<br />

ao endividamento, porque<br />

tem capacida<strong>de</strong> para isso, a nossa<br />

intenção é executar todas as<br />

obras <strong>de</strong> fundos comunitários.<br />

Naturalmente que <strong>de</strong>ixaremos<br />

<strong>de</strong> fazer algumas obras <strong>de</strong> manutenção<br />

e pequenos investimentos<br />

que faríamos normalmente.<br />

São pequenas reparações,<br />

beneficiações e pavimentações<br />

que vamos ter <strong>de</strong> <strong>de</strong>ixar<br />

<strong>de</strong> fazer para canalizar todos os<br />

recursos para as obras financiadas.<br />

Neste momento, não po<strong>de</strong>ríamos<br />

ter tomado outra <strong>de</strong>cisão.<br />

Muitas das obras que iremos<br />

executar, se não forem feitas<br />

agora, nunca mais o serão.<br />

Optámos por fazer estas e atrasámos<br />

outras, que teremos capacida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> fazer no futuro.<br />

Como foi acolhida esta<br />

opção pelas juntas <strong>de</strong> freguesias?<br />

Tivemos o cuidado <strong>de</strong> conversar<br />

com as freguesias e <strong>de</strong><br />

explicar a nossa estratégia. O<br />

facto do Orçamento e plano <strong>de</strong><br />

activida<strong>de</strong>s terem sido aprovados<br />

e terem a anuência <strong>de</strong> todos<br />

significa que é o melhor<br />

caminho.<br />

Como está o nível <strong>de</strong> endividamento<br />

do município?<br />

Tem todas as condições<br />

“Se houver evolução no sentido <strong>de</strong><br />

que as tarifas da água sejam suportáveis,<br />

a Câmara po<strong>de</strong> repensar<br />

posição <strong>de</strong> autonomia”<br />

Depois <strong>de</strong> um encontro com os autarcas <strong>de</strong> Trás-os-<br />

Montes e Alto Douro, que <strong>de</strong>correu a 26 <strong>de</strong> Janeiro no<br />

Porto, a ministra do Ambiente, Dulce Pássaro, admitiu<br />

rever a discrepância <strong>de</strong> tarifas cobradas pela Águas <strong>de</strong><br />

Portugal no litoral e no interior e prometeu apresentar<br />

uma proposta até ao final <strong>de</strong>ste mês. Qual a posição <strong>de</strong><br />

<strong>Boticas</strong>?<br />

Nunca fizemos a ligação à Águas <strong>de</strong> Portugal. Achámos<br />

que essa solução ia dar problemas, como se está a comprovar,<br />

e portanto servimo-nos sempre dos nossos sistemas autónomos<br />

que têm boas condições e água <strong>de</strong> excelente qualida<strong>de</strong>.<br />

Fomos obrigados a associar-nos à empresa e estamos expectantes<br />

sobre o que vai ser a <strong>de</strong>cisão da ministra. Embora <strong>de</strong><br />

momento não nos diga respeito directamente, se houver evolução<br />

no sentido <strong>de</strong> que as tarifas sejam suportáveis, a Câmara<br />

po<strong>de</strong> repensar e reequacionar esta posição <strong>de</strong> autonomia.<br />

Acredita que serão <strong>de</strong>finidos preços suportáveis?<br />

Tenho dúvidas do que o que for apresentado em Fevereiro<br />

seja algo que os municípios possam consi<strong>de</strong>rar satisfatório. Com<br />

a responsabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vice-presi<strong>de</strong>nte da Associação Nacional<br />

<strong>de</strong> Municípios Portugueses, tenho dificulda<strong>de</strong> em perceber<br />

enquadramentos legais, a não ser que haja alteração da legislação,<br />

mas vamos aguardar. É um problema sério e o Governo<br />

tem <strong>de</strong> encontrar uma solução porque os municípios não po<strong>de</strong>m<br />

suportar as tarifas que são colocadas.<br />

S. P.<br />

para todo esse volume <strong>de</strong> investimento,<br />

que com as próximas<br />

candidaturas chegará a 20 milhões<br />

<strong>de</strong> euros. O município tem<br />

uma excelente saú<strong>de</strong> financeira,<br />

que permite que tudo isso<br />

seja feito e capacida<strong>de</strong> para<br />

endividar-se para a parte não<br />

financiada por fundos comunitários,<br />

ficando muito aquém daqueles<br />

que são os níveis <strong>de</strong> endividamento<br />

que o município<br />

po<strong>de</strong> ter nos termos da lei.<br />

E ao nível da dívida a curto<br />

prazo?<br />

Praticamente não temos.<br />

<strong>Boticas</strong> é um município que<br />

paga pontualmente os seus fornecedores.<br />

Há muita gente a<br />

concorrer às obras em <strong>Boticas</strong><br />

porque sabem que são pagas<br />

atempadamente, quer às empresas,<br />

quer aos fornecedores<br />

normais. Pagamos a 30 ou 40<br />

dias. Estamos no ranking dos<br />

melhores municípios em prazo<br />

<strong>de</strong> pagamento.<br />

No ano passado, <strong>Boticas</strong><br />

foi notícia por ser um dos<br />

concelhos transmontanos<br />

on<strong>de</strong> o <strong>de</strong>semprego mais<br />

subiu. Perante o cenário actual,<br />

como vê 2011?<br />

As minhas perspectivas<br />

para 2011 não são famosas.<br />

Tudo o que o Governo do país<br />

<strong>de</strong>via ter feito e não fez conduziu-nos<br />

a esta situação, da qual<br />

vamos sair, mas com muito suor,<br />

sangue e lágrimas. As privações<br />

que o povo português vai passar<br />

são muito significativas e<br />

lamentavelmente quem as vai<br />

sentir mais são os mais carenciados.<br />

Mesmo assim, permitiame<br />

<strong>de</strong>ixar uma palavra <strong>de</strong> esperança:<br />

se exigirmos ao Governo<br />

que fale verda<strong>de</strong>, todos estamos<br />

disponíveis a colaborar.<br />

Não po<strong>de</strong>mos é pactuar com<br />

esta política <strong>de</strong> ocultação da<br />

realida<strong>de</strong>.<br />

Por último, este ano o<br />

concelho celebra 175 anos.<br />

Como vai ser comemorado?<br />

A 18 <strong>de</strong> Janeiro, foi recriada<br />

a primeira reunião da Câmara<br />

Municipal. Há um conjunto <strong>de</strong><br />

activida<strong>de</strong>s que vão ser anunciadas<br />

brevemente, que vão culminar<br />

no dia 6 <strong>de</strong> Novembro,<br />

que é o dia da publicação do <strong>de</strong>creto<br />

real que cria o concelho<br />

<strong>de</strong> <strong>Boticas</strong>.


No passado dia 18 <strong>de</strong> Janeiro,<br />

arrancaram as comemorações<br />

dos 175 anos da criação<br />

do concelho <strong>de</strong> <strong>Boticas</strong>,<br />

tendo sido realizada, para o<br />

efeito, uma recriação da primeira<br />

reunião da Câmara Municipal,<br />

contando com uma encenação<br />

<strong>de</strong> um grupo <strong>de</strong> jovens<br />

alunos do Agrupamento<br />

<strong>de</strong> Escolas Gomes Monteiro,<br />

<strong>Boticas</strong>, no Auditório Municipal,<br />

perante uma numerosa plateia.<br />

12<br />

1º PARTICIPANTES<br />

Po<strong>de</strong>m concorrer, cidadãos nacionais<br />

ou estrangeiros que apresentem quadras<br />

escritas em Língua Portuguesa sobre<br />

todos ou qualquer dos temas propostos.<br />

2º TEMAS<br />

São os seguintes os temas propostos:<br />

- O Concelho <strong>de</strong> <strong>Boticas</strong>: gentes e<br />

belezas<br />

- Guerreiro Galaico<br />

- Vinho dos Mortos<br />

3º ENTREGA DAS QUADRAS<br />

Entrega das quadras participantes.<br />

As quadras <strong>de</strong>vem ser entregues até<br />

30 <strong>de</strong> Junho <strong>de</strong> 2011 em carta <strong>de</strong>vidamente<br />

fechada e enviada para o Município<br />

<strong>de</strong> <strong>Boticas</strong>, Concurso <strong>de</strong> Quadras<br />

do 175º Aniversário, Praça do Município,<br />

5460-304 <strong>Boticas</strong>.<br />

- Em mão – No secretariado do Concurso<br />

a funcionar na Se<strong>de</strong> do Município.-<br />

Por correio – em carta <strong>de</strong>vidamente<br />

fechada.- Via internet para o seguinte<br />

en<strong>de</strong>reço electrónico:<br />

concursoquadras@cm-boticas.pt<br />

Fevereiro <strong>de</strong> 2011<br />

Política<br />

Concelho já começou a celebrar 175 anos<br />

Comemorações vão prolongar-se durante<br />

todo o ano <strong>de</strong> 2011, terminando<br />

no dia 6 <strong>de</strong> Novembro, data em que se<br />

assinala o Feriado Municipal<br />

As comemorações dos 175<br />

anos do concelho prolongarse-ão<br />

durante todo o ano <strong>de</strong><br />

2011, terminando no dia 6 <strong>de</strong><br />

Novembro, data em que se<br />

assinala o feriado Municipal. O<br />

concelho <strong>de</strong> <strong>Boticas</strong> foi criado<br />

a 6 <strong>de</strong> Novembro <strong>de</strong> 1836, no<br />

âmbito <strong>de</strong> uma reforma administrativa<br />

realizada em Trás-os-<br />

Montes, correspon<strong>de</strong>ndo a<br />

uma parte da antiga Terra do<br />

Barroso.<br />

Redacção<br />

175 Anos do Concelho <strong>de</strong> <strong>Boticas</strong><br />

Concurso <strong>de</strong> Quadras<br />

No âmbito das Comemorações dos 175 Anos do Concelho<br />

<strong>de</strong> <strong>Boticas</strong>, o Município vai lançar um CONCURSO DE QUA-<br />

DRAS a nível nacional, cujos temas são: “<strong>Boticas</strong>: gentes e<br />

belezas”; “O Guerreiro Galaico” esculturas encontradas no<br />

Castro <strong>de</strong> Lesenho, freguesia <strong>de</strong> S. Salvador <strong>de</strong> Viveiro, no<br />

Concelho <strong>de</strong> <strong>Boticas</strong> e integradas no acervo do Museu Nacional<br />

<strong>de</strong> Arqueologia, em Lisboa e “O Vinho dos Mortos” tão<br />

característico do nosso Concelho e que nos reporta ao tempo<br />

das Invasões Francesas.<br />

Regulamento<br />

4º IDENTIFICAÇÃO DOS PAR-<br />

TICIPANTES (Obrigatória)<br />

Os participantes <strong>de</strong>verão indicar ao<br />

Secretariado do Concurso:<br />

Nome completo<br />

Nº do Cartão <strong>de</strong> cidadão ou bilhete <strong>de</strong><br />

i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong><br />

Morada<br />

Profissão<br />

Número <strong>de</strong> telefone ou telemóvel<br />

En<strong>de</strong>reço electrónico (caso tenha)<br />

Nome artístico ou pseudónimo (se preten<strong>de</strong>r<br />

participar <strong>de</strong>sta forma)<br />

5º CONSTITUIÇÃO DO JÚRI<br />

O Júri será presidido pela Senhora<br />

Vereadora da Educação, e ainda um elemento<br />

representante do Agrupamento<br />

<strong>de</strong> Escolas Gomes Monteiro<br />

-Um representante do Ecomuseu do<br />

Barroso<br />

-Um assessor da área da Cultura da C.M.<br />

<strong>de</strong> <strong>Boticas</strong><br />

-Um membro da Comissão Organizadora<br />

das Comemorações dos 175º Aniversário<br />

do Concelho <strong>de</strong> <strong>Boticas</strong>.<br />

O Júri reunirá em instalações da Câmara<br />

Municipal e lavrará acta da <strong>de</strong>cisão<br />

final.<br />

6º ANÚNCIO DOS VENCEDORES<br />

O anúncio dos vencedores será feito<br />

em cerimónia pública a realizar em Agosto<br />

<strong>de</strong> 2011.<br />

7º PRÉMIOS<br />

Serão premiados as três quadras mais<br />

votadas pelo Júri:<br />

1ª Classificada - €500,00 (quinhentos<br />

euros)<br />

2ª Classificada - € 250,00 (duzentos e<br />

cinquenta euros)<br />

3ª Classificada - € 100,00 (cem euros)<br />

Caso o Júri o entenda po<strong>de</strong>rão ser<br />

atribuídas Menções Honrosas<br />

8º DIVULGAÇÃO DOS PREMIA-<br />

DOS<br />

As quadras vencedoras serão publicadas<br />

no Jornal “<strong>Ecos</strong> <strong>de</strong> <strong>Boticas</strong>” e no<br />

site da CMB e lidas aos microfones da<br />

Rádio Fórum <strong>Boticas</strong>.<br />

9º DISPOSIÇÕES FINAIS<br />

A inscrição neste “Concurso <strong>de</strong> Quadra<br />

do 175º Aniversário do Concelho <strong>de</strong><br />

<strong>Boticas</strong>” pressupõe a aceitação plena<br />

<strong>de</strong>ste regulamento.<br />

Não haverá recurso das <strong>de</strong>cisões do<br />

Júri.


Fevereiro <strong>de</strong> 2011 13<br />

A intervenção a realizar<br />

na Rua João <strong>de</strong> Deus<br />

preten<strong>de</strong> privilegiar a circulação<br />

pedonal, incentivando<br />

a instalação <strong>de</strong> co-<br />

Núcleo antigo do concelho alvo<br />

<strong>de</strong> obras <strong>de</strong> requalificação<br />

Já estão em curso as obras <strong>de</strong> requalificação e valorização<br />

da Rua João <strong>de</strong> Deus, integradas no projecto “<strong>Boticas</strong><br />

Viva: Regeneração do Núcleo Antigo”, uma empreitada dos<br />

projectos contemplados na operação <strong>de</strong> revitalização dos<br />

espaços urbanos com um investimento <strong>de</strong> cerca <strong>de</strong> quatro<br />

milhões <strong>de</strong> euros na requalificação do núcleo antigo da se<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> concelho<br />

mércio na rua, mantendo,<br />

no entanto, o trânsito automóvel<br />

(embora <strong>de</strong> forma<br />

mais restrita, já que se<br />

realizará apenas no senti-<br />

do ascen<strong>de</strong>nte), <strong>de</strong> modo<br />

a permitir o acesso às habitações<br />

e ao comércio,<br />

para a realização <strong>de</strong> cargas<br />

e <strong>de</strong>scargas.<br />

A intervenção contempla<br />

a repavimentação e a<br />

criação <strong>de</strong> um elemento<br />

central em placas <strong>de</strong> granito,<br />

surgindo simetricamente<br />

um pavimento em<br />

paralelo, que <strong>de</strong>fine a zona<br />

da passagem automóvel.<br />

Paralelamente às faixas<br />

<strong>de</strong> rodagem automóvel,<br />

surge a área pedonal, <strong>de</strong>finida<br />

por duas faixas, uma<br />

em lajeado (na ligação à<br />

faixa <strong>de</strong> rodagem) e outra<br />

em cubo <strong>de</strong> granito<br />

(junto às habitações). No<br />

cruzamento com a Rua<br />

dos Casais será reconstruída<br />

a rotunda existente.<br />

Paralelamente, estão<br />

também a ser requalificadas<br />

a Rua <strong>de</strong> Sangunhedo,<br />

a Avenida do Eiró e a<br />

envolvente ao Centro Escolar<br />

<strong>de</strong> <strong>Boticas</strong>, mais<br />

concretamente as ruas do<br />

Olival e a Padre Cândido<br />

Lemos. Nestas intervenções<br />

procuram-se re<strong>de</strong>finir<br />

as faixas <strong>de</strong> rodagem<br />

e as áreas <strong>de</strong> circulação<br />

BOLETIM DE ASSINATURA<br />

Desejo tornar-me assinante do “ECOS DE BOTICAS” a<br />

partir <strong>de</strong>sta data, com assinatura renovável no seu termo.<br />

Nome: _________________________________________________<br />

CAR CARTÃO CAR TÃO<br />

Morada:_________________________________________________<br />

Código Postal: __________Localida<strong>de</strong>:______________________<br />

País_________________________ Telefone:__________________<br />

E-mail_____________________________<br />

Forma <strong>de</strong> Pagamento: Cheque n.º:_________________ Outra<br />

Enviar o cupão para:<br />

Edifício da Camionagem 1º, sala 2<br />

5460-315 BOTICAS<br />

Telef.: 276 415 222<br />

E-mail: ecos<strong>de</strong>boticas@sapo.pt<br />

pedonal, sendo ainda criadas<br />

novas infra-estruturas<br />

<strong>de</strong> drenagem <strong>de</strong> águas<br />

pluviais e reestruturadas<br />

as re<strong>de</strong>s <strong>de</strong> iluminação e<br />

telecomunicações.<br />

A Requalificação do<br />

Núcleo Antigo da Vila <strong>de</strong><br />

<strong>Boticas</strong> resulta <strong>de</strong> uma<br />

candidatura apresentada<br />

no âmbito do Programa<br />

ON.2, Eixo Prioritário IV<br />

Contribuinte n.º : _________________ Data ___/___/______<br />

(Assinatura)<br />

– Qualificação do Sistema<br />

Urbano, com um investimento<br />

total elegível <strong>de</strong><br />

958.326,00 € através do<br />

qual é assegurado um financiamento<br />

FEDER no<br />

valor global <strong>de</strong><br />

670.828,20€ com uma<br />

taxa <strong>de</strong> comparticipação<br />

<strong>de</strong> 70%.<br />

Assinatura Anual<br />

Redacção<br />

Portugal...............10,00 euros<br />

Europa.................22,00 euros<br />

Resto do Mundo....25,00 euros


Cultura<br />

Natural <strong>de</strong> Ardãos, no concelho<br />

<strong>de</strong> <strong>Boticas</strong>, o escritor João<br />

Chaves apresentou, na sextafeira<br />

18 <strong>de</strong> Fevereiro, o seu primeiro<br />

livro “A Gata Pataniscas<br />

e Outros Contos” na Biblioteca<br />

Municipal <strong>de</strong> Chaves. “A i<strong>de</strong>ia<br />

<strong>de</strong> publicar este livro surgiu <strong>de</strong>pois<br />

<strong>de</strong> pessoas que leram a história<br />

mostrarem o seu agrado.<br />

Man<strong>de</strong>i para a editora e daí até<br />

ser publicado <strong>de</strong>morou pouco<br />

tempo”, contou ao <strong>Ecos</strong> João<br />

Chaves, que frequentou o ensino<br />

primário em <strong>Boticas</strong>.<br />

Nascido a 23 <strong>de</strong> Setembro<br />

<strong>de</strong> 1954 em Ardãos, João Chaves<br />

frequentou o Liceu Nacional<br />

<strong>de</strong> Chaves. Ainda na cida<strong>de</strong><br />

flaviense, concluiu o Curso <strong>de</strong><br />

Magistério Primário e licenciou-<br />

José Veiga<br />

Co<strong>de</strong>ssoso<br />

Poesia<br />

14<br />

Jaime Afonso<br />

Alturas do Barroso<br />

Poesia<br />

I<br />

Já passaram 70 anos<br />

Quando eu andava na escola<br />

Éramos 40 alunos ou mais<br />

E poucos levavam saú<strong>de</strong><br />

II<br />

Ao acabarem as aulas<br />

Por volta do meio-dia<br />

Íamos a correr para cãs<br />

Comer a sopa do outro dia<br />

Fevereiro <strong>de</strong> 2011<br />

Professor natural <strong>de</strong> Ardãos apresenta<br />

primeiro livro <strong>de</strong> contos<br />

João Chaves, um professor nascido em Ardãos,<br />

apresentou na Biblioteca Municipal <strong>de</strong><br />

Chaves o seu primeiro livro “A Gata Pataniscas<br />

e Outros Contos”.<br />

se em Línguas e Literaturas<br />

Mo<strong>de</strong>rnas na Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Letras<br />

da Universida<strong>de</strong> do Porto.<br />

É na Invicta on<strong>de</strong> é actualmente<br />

professor, na EB 2,3 D. António<br />

Ferreira Gomes, em Ermesin<strong>de</strong>.<br />

Ainda assim, “<strong>Boticas</strong> é<br />

sempre o concelho da terra<br />

on<strong>de</strong> nasci, como tal temos sempre<br />

as nossas raízes aí. Ainda<br />

tenho lá os meus pais”, afirmou<br />

o escritor. Contudo, uma vez que<br />

parte da sua vida <strong>de</strong> estudante<br />

foi passada em Chaves e foi<br />

professor nas escolas secundárias<br />

Fernão Magalhães, Dr. Júlio<br />

Martins e na então Escola<br />

Preparatória <strong>de</strong> Chaves (hoje<br />

Nadir Afonso), fazia mais sentido<br />

apresentar o livro nesta cida<strong>de</strong>,<br />

explicou.<br />

CHORAVA<br />

Eu vi aquele velhinho que chorava,<br />

Com fome e com frio, no seu leito,<br />

Chorava sem apoio e sem carinho,<br />

Assim, esta vida não tem jeito.<br />

Não tens on<strong>de</strong> dormir, on<strong>de</strong> comer,<br />

As pedra da rua são o teu leito,<br />

E tu que já nada po<strong>de</strong>s fazer,<br />

A não ser mostrares o teu respeito.<br />

Recordo todo o bem que tu fizeste,<br />

A todos gostavas <strong>de</strong> dar a mão,<br />

A quantos tua mão lhe esten<strong>de</strong>ste,<br />

Guardando-te <strong>de</strong>ntro do seu coração.<br />

Acredita meu amigo, foi a vida,<br />

A vida que Deus te <strong>de</strong>u para viver,<br />

Por vezes uma vida tão sofrida,<br />

Que sofremos do nascer até morrer.<br />

Levanta a cabeça, meu amigo,<br />

Tú sabes por aquilo que passaste,<br />

Acredita meu amigo, estou contigo,<br />

Contigo e jamais eu vou <strong>de</strong>ixar-te.<br />

João Chaves<br />

Na apresentação pública em<br />

Chaves, João Chaves leu o primeiro<br />

parágrafo da sua obra,<br />

que fala das “carapaças” que<br />

às vezes pomos, mas que não<br />

correspon<strong>de</strong>m a quem realmente<br />

somos, pois se no início todos<br />

tomam a Gata Pataniscas por<br />

vaidosa e renegada, com o po<strong>de</strong>r<br />

das suas palavras, acaba<br />

por ser a heroína aclamada.<br />

“Quando as escrevi não foi com<br />

a intenção <strong>de</strong> serem para crianças<br />

ou para adultos, eram histórias!”,<br />

explicou João Chaves,<br />

que ficou surpreendido quando<br />

a “Gata Pataniscas” se tornou<br />

o segundo livro mais requisitado<br />

na sua escola. “Seria agradável<br />

saber que as pessoas <strong>de</strong><br />

Chaves e <strong>Boticas</strong> lêem estas<br />

histórias”, acrescentou.<br />

Este é um livro <strong>de</strong> fábulas e<br />

aventuras, que nos leva numa<br />

fantástica viagem marítima às<br />

costas <strong>de</strong> um atum e revela as<br />

histórias recheadas <strong>de</strong> mistério<br />

e sabedoria da avó da Ritinha,<br />

mas também fala <strong>de</strong> poluição,<br />

serieda<strong>de</strong> da política e ética.<br />

“Estamos num tempo em que<br />

grassa por aí fora a corrupção<br />

e a falta <strong>de</strong> carácter. Se começarmos<br />

um bocadinho a chamar<br />

a atenção para a dita moral e<br />

para a verda<strong>de</strong>, não será mal<br />

nenhum”, consi<strong>de</strong>rou João Chaves.<br />

Po<strong>de</strong>mos esperar mais livros?<br />

“Tenho outras histórias<br />

escritas, mas <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> da disposição!”,<br />

riu-se João Chaves, que<br />

não exclui a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> um<br />

dia regressar à terra que o viu<br />

nascer, “on<strong>de</strong> as horas são dias”<br />

e não o contrário.<br />

Recordar o Passado<br />

III<br />

Alguns andavam <strong>de</strong>scalços<br />

De calças rotas com os tomatinhos <strong>de</strong> fora<br />

E não se falava em crise<br />

Como se fala agora<br />

IV<br />

Os culpados da mesma crise<br />

Se tivessem passado tão maus bocados<br />

Dividiam o que lhes sobra<br />

Pelos idosos maltratados<br />

V<br />

Os idosos e as crianças<br />

Deviam ser mais informados<br />

Para quando há eleições<br />

Não serem tão enganados.<br />

Sandra Pereira


Fevereiro <strong>de</strong> 2011 15<br />

<strong>Boticas</strong> a<strong>de</strong>re à Campanha<br />

Nacional para o Direito<br />

à Alimentação<br />

Iniciativa visa fornecer aos cidadãos e<br />

famílias carenciadas meios <strong>de</strong> alimentação<br />

que resultam do aproveitamento dos<br />

excessos <strong>de</strong> produção, nomeadamente <strong>de</strong><br />

restaurantes ou cantinas<br />

O Município <strong>de</strong> <strong>Boticas</strong> a<strong>de</strong>riu<br />

à “Campanha Nacional para<br />

o Direito à Alimentação”, uma<br />

iniciativa promovida pela Associação<br />

da Hotelaria, Restauração<br />

e Similares <strong>de</strong> Portugal<br />

(AHRESP), que conta com o<br />

Alto Patrocínio do Presi<strong>de</strong>nte da<br />

República e é subscrita pela<br />

Associação Nacional <strong>de</strong> Municípios<br />

Portugueses (ANMP).<br />

O principal objectivo <strong>de</strong>sta<br />

iniciativa é fornecer aos cidadãos<br />

e famílias carenciadas<br />

meios <strong>de</strong> alimentação que resultam<br />

do aproveitamento dos ex-<br />

cessos <strong>de</strong> produção, <strong>de</strong>signadamente<br />

<strong>de</strong> restaurantes ou cantinas.<br />

No âmbito da a<strong>de</strong>são à iniciativa,<br />

a participação do Município<br />

<strong>de</strong> <strong>Boticas</strong> passa pela sinalização<br />

das famílias e cidadãos<br />

carenciados e pela indicação<br />

das instituições <strong>de</strong> Solidarieda<strong>de</strong><br />

Social existentes no concelho<br />

e <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong>stas i<strong>de</strong>ntificar<br />

aquelas que possuem meios próprios<br />

<strong>de</strong> transporte <strong>de</strong> alimentos<br />

e as que possuem refeitórios<br />

on<strong>de</strong> possa ser possível acolher<br />

os exce<strong>de</strong>ntes <strong>de</strong> refeições<br />

A Delegação <strong>de</strong> <strong>Boticas</strong> da Cruz Vermelha Portuguesa, no âmbito da sua presença na XIIIª.<br />

Feira Gastronómica do Porco, realizada nos passados dias 14, 15 e 16 <strong>de</strong> Janeiro, vem, através<br />

<strong>de</strong>ste meio, agra<strong>de</strong>cer publicamente, a todas as entida<strong>de</strong>s, organismos, empresas, estabelecimentos<br />

comerciais e pessoas, que <strong>de</strong> uma ou <strong>de</strong> outra forma, com ela colaboraram, nas activida<strong>de</strong>s<br />

<strong>de</strong>senvolvidas no nosso stand instalado na feira, bem como na rifa e respectivo sorteio, organizados<br />

na mesma ocasião.<br />

Assim, para além <strong>de</strong> todas as pessoas que compraram as rifas e que jogaram na nossa roleta,<br />

agra<strong>de</strong>cemos também à Câmara Municipal <strong>de</strong> <strong>Boticas</strong>, pela disponibilização do espaço, e às<br />

seguintes pessoas, organismos e estabelecimentos comerciais, pela oferta <strong>de</strong> produtos e géneros,<br />

<strong>de</strong>stinados, quer à rifa, quer à nossa roleta:<br />

Restaurante Gina; Casa Cunha; Ourinácio; Casa <strong>de</strong> Vilar “A Lavra”; Restaurante Marialva;<br />

Café Central; Bar Fernan<strong>de</strong>s; Café Expresso; Talhos Luís e Dina; Talho “O Brasileiro”; Talho do<br />

Município; Casa do Fumeiro (Gracinda Dias e Esteves); Casa <strong>de</strong> Flores e Decoração (Matil<strong>de</strong><br />

Amália Pires); Casa das Flores (Paula Baía); Florista Bem-me-quer; Cantinho Charmoso; Óptica<br />

Cristina; Paraíso Infantil (Vitória da Fonte); Mini Preço; Supermercado Reis; Supermercado Flor<br />

do Nóro; Botimercados; Café “A Cave”; Vinho dos Mortos (Armindo Pereira); Arlindo Pinheiro;<br />

Paulo Sá Machado; Maria Queiroga; Zulmira Forte e Cooperativa Agrícola <strong>de</strong> <strong>Boticas</strong>.<br />

Aproveitamos ainda o ensejo para agra<strong>de</strong>cer também a todas as pessoas que nos agraciaram<br />

com as suas amáveis ofertas aquando do cantar dos Reis, que o Grupo <strong>de</strong> Cantares <strong>de</strong>sta Delegação<br />

realizou na se<strong>de</strong> do Concelho, nos dias 3, 4, 5 e 6 <strong>de</strong> Janeiro último.<br />

A todos, o nosso reconhecido agra<strong>de</strong>cimento pelo Vosso contributo, que muito ajudará a melhorar<br />

e a fortalecer a nossa solidária missão.<br />

O Presi<strong>de</strong>nte da Delegação,<br />

(Ricardo Mota, Dr.)<br />

ou parte <strong>de</strong>las.<br />

Ao Município cabe ainda o<br />

papel <strong>de</strong> sensibilizar potenciais<br />

parceiros nesta iniciativa, nomeadamente<br />

os estabelecimentos<br />

<strong>de</strong> restauração do concelho e<br />

incentivá-los a a<strong>de</strong>rir a esta causa<br />

social, cabendo-lhe também<br />

proce<strong>de</strong>r, posteriormente, à distribuição<br />

<strong>de</strong> senhas facultadas<br />

pelos restaurantes a<strong>de</strong>rentes e<br />

indicar unida<strong>de</strong>s on<strong>de</strong> po<strong>de</strong>rão<br />

ser levantadas refeições.<br />

Redacção<br />

DELEGAÇÃO DE BOTICAS<br />

AGRADECIMENTO<br />

<strong>Boticas</strong>, 15 <strong>de</strong> Fevereiro <strong>de</strong> 2011<br />

Casa das Flores<br />

- <strong>de</strong> Paula Baía-<br />

Flores naturais e artificiais<br />

para casamentos e funerais<br />

e outras ocasiões<br />

(Lembranças para casamentos,<br />

Comunhões e Baptizados)<br />

ATENDIMENTO<br />

PERMANENTE<br />

Estação da Camionagem - Loja E<br />

5460-307 BOTICAS<br />

Agora,<br />

com Armazém<br />

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Telf.: 276 418 286 Fax: 276 418 285<br />

De João Paulo Barja<br />

Artigos<br />

Caça e Pesca<br />

Rua Eng.º Cal<strong>de</strong>ira Pais, bl 1Loja 2 - 5460 <strong>Boticas</strong><br />

Telef.: 276 414 149 Telem.: 966 021 811<br />

e-mail: barjagricola@net.novis.pt


Futsal I Divisão<br />

Perdida boa oportunida<strong>de</strong><br />

para pontuar fora<br />

17ª Jornada -29/1/2011 – Pavilhão Municipal <strong>de</strong> Vizela<br />

FJ Antunes 4 – 3 GD <strong>Boticas</strong><br />

A formação Transmontana<br />

chegou a estar a vencer por 2-<br />

0, com golos <strong>de</strong> Regufe e Simas,<br />

mas consentiu a reviravolta<br />

no jogo. Simas ainda voltou a<br />

empatar, mas a Fundação Jorge<br />

Antunes fez o 4-3 final.<br />

Belenenses levou a melhor<br />

18ª Jornada -5/2/2011 – Pavilhão Municipal <strong>de</strong> <strong>Boticas</strong><br />

GD <strong>Boticas</strong> 0 – 2 Belenenses<br />

Dois golos mal consentidos<br />

ainda na primeira parte<br />

resolveram um jogo que acabou<br />

por não ter uma história<br />

diferente <strong>de</strong>vido à gran<strong>de</strong><br />

exibição <strong>de</strong> Marcão, na hora<br />

da <strong>de</strong>spedida da baliza dos<br />

azuis <strong>de</strong> Belém.<br />

Regresso às vitórias<br />

19ª Jornada -12/2/2011 - Pavilhão da Escola EB 2,3 <strong>de</strong><br />

Alpendorada<br />

Alpendorada 1 – 10 GD <strong>Boticas</strong><br />

O Alpendorada apresentava-se<br />

como o adversário i<strong>de</strong>al<br />

para o GD <strong>Boticas</strong> regressar às<br />

vitórias no campeonato e foi isso<br />

mesmo que aconteceu num jogo<br />

sem surpresas, excepto a estreia<br />

a marcar <strong>de</strong> Miguel Moreno,<br />

júnior do <strong>Boticas</strong>, que <strong>de</strong>u<br />

o contributo aos seniores.<br />

1 Benfica<br />

2 Sporting<br />

3 Belenenses<br />

4 Inst. 18ª D. João Jornada V -12/02/2011<br />

5 Freixieiro<br />

0-7 Benfica<br />

6Alpendorada<br />

<strong>Boticas</strong><br />

1-10 <strong>Boticas</strong><br />

7 AD Fundão<br />

8 FJ Belenenses<br />

Antunes 6-7 AMSAC<br />

9 Modicus FJ Antunes 4-3 Inst. D. João V<br />

10 AMSAC<br />

Vit.Olivais 7-2 Mogadouro<br />

11 Vit.Olivais<br />

12 Rio Ave Modicus 4-6 Sporting<br />

13 Alpendorada Rio Ave 1-0 AD Fundão<br />

14 Mogadouro<br />

15<br />

1<br />

20ª Jornada -05/03/2011<br />

1<br />

Benfica<br />

2 Sporting <strong>Boticas</strong> Benfica<br />

3 Belenenses AMSAC Alpendorada<br />

4Inst.<br />

Inst. D. João VV<br />

Belenenses<br />

5 Freixieiro Mogadouro FJ Antunes<br />

6 <strong>Boticas</strong> Sporting Vit.Olivais<br />

7 AD Fundão Modicus<br />

8 FJ Antunes Rio Ave Freixieiro<br />

9 Modicus<br />

10 AMSAC<br />

11 Vit.Olivais<br />

GD <strong>Boticas</strong>:<br />

Cinco inicial: Cláudio, Lincon,<br />

Mancuso, Davi<strong>de</strong> e Romário<br />

Jogaram ainda: Paulinho, Tiaguinho,<br />

Estrela, Regufe e Simas<br />

Treinador: Emídio Rodrigues<br />

Ao intervalo: 1 – 2<br />

GD <strong>Boticas</strong>:<br />

Cinco inicial: Cláudio, Mancuso,<br />

Romário, Tiago e Regufe<br />

Jogaram ainda: Paulinho, Lincon,<br />

Simas, Estrela e Tiaguinho<br />

Treinador: Emídio Rodrigues<br />

Ao intervalo: 0 – 2<br />

GD <strong>Boticas</strong>:<br />

Cinco inicial: Claúdio, Romário,<br />

Tiago, Lincon e Davi<strong>de</strong><br />

Jogaram ainda: Paulinho,<br />

Estrela, Tiaguinho, Mancuso, Simas,<br />

Regufe e Miguel Moreno<br />

Treinador: Emídio Rodrigues<br />

Ao intervalo: 0 – 5<br />

1 Benfica<br />

2 Sporting<br />

3 Belenenses<br />

4 Inst. D. João V<br />

5 Freixieiro<br />

6 <strong>Boticas</strong><br />

7 AD Fundão<br />

8 FJ Antunes<br />

9 Modicus<br />

10 AMSAC<br />

11 Vit.Olivais<br />

12 Rio Ave<br />

13 Alpendorada<br />

14 Mogadouro<br />

15<br />

1<br />

P J V E D GM GS<br />

51 19 16<br />

48 19 15<br />

44 19 14<br />

35 19 11<br />

31 19 10<br />

30 19 9<br />

29 19 9<br />

27 19 8<br />

26 19 7<br />

21 19 6<br />

18 19 5<br />

17 19 5<br />

4 19 1<br />

1 19 0<br />

3<br />

3<br />

2<br />

2<br />

1<br />

3<br />

2<br />

3<br />

5<br />

3<br />

3<br />

2<br />

1<br />

1<br />

0 120 28<br />

1 104 33<br />

3 98 40<br />

6 81 57<br />

8 78 73<br />

7 76 54<br />

8 62 50<br />

8 65 55<br />

7 62 64<br />

10 66 75<br />

11 65 87<br />

12 50 66<br />

17 35 195<br />

18 32 117<br />

16<br />

Foi um final dramático que<br />

se viveu em <strong>Boticas</strong> na Taça <strong>de</strong><br />

Portugal. A equipa do <strong>Boticas</strong><br />

começou a ganhar, com golo <strong>de</strong><br />

Estrela, mas ainda antes do intervalo<br />

a formação <strong>de</strong> Belém<br />

<strong>de</strong>u a volta ao jogo. Simas já no<br />

segundo tempo ainda fez o empate,<br />

mas já mesmo no final do<br />

jogo, a um segundo do fim, a<br />

equipa do Belenenses conquistou<br />

a vitória.<br />

GD <strong>Boticas</strong>:<br />

Cinco inicial: Cláudio, Regufe,<br />

Romário, Mancuso e Tiago<br />

Jogaram ainda: Paulinho, Lincon,<br />

Simas, Estrela e Davi<strong>de</strong><br />

Treinador: Emídio Rodrigues<br />

Associação <strong>de</strong> Caçadores <strong>de</strong> <strong>Boticas</strong><br />

CONVOCATÓRIA<br />

Fevereiro <strong>de</strong> 2011<br />

Oitavos <strong>de</strong> final da Taça <strong>de</strong> Portugal <strong>de</strong> Futsal<br />

GD <strong>Boticas</strong> 2 – 3 Belenenses (Int. 1.2)<br />

Taça acabou para o <strong>Boticas</strong><br />

no último segundo do jogo<br />

Grupo Desportivo <strong>de</strong> <strong>Boticas</strong><br />

Convocatória <strong>de</strong> Assembleia Geral - 30 <strong>de</strong> Março <strong>de</strong> 2011<br />

CONVOCATÓRIA<br />

Nos termos do art. 28º dos Estatutos do GRUPO DESPORTIVO DE BOTICAS, convoco a Assembleia<br />

Geral, para reunião a <strong>de</strong>correr no dia 30 <strong>de</strong> Março <strong>de</strong> 2011, pelas 20h30, no Auditório Municipal <strong>de</strong> <strong>Boticas</strong>,<br />

com a seguinte or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> trabalhos:<br />

1 – Apresentação, Discussão e Aprovação do Relatório e Contas do ano financeiro <strong>de</strong> 2011.<br />

2 – Discussão e Preparação do acto eleitoral para o biénio 2011-2013.<br />

3 – Outros Assuntos <strong>de</strong> Interesse para o clube.<br />

Nos termos do art. 29º n.º 2 daqueles Estatutos, a Assembleia Geral, no caso <strong>de</strong> inexistência <strong>de</strong> maioria<br />

absoluta dos sócios com direito a voto, será realizada meia hora <strong>de</strong>pois, pelas 21H00, em segunda convocação,<br />

in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente do número <strong>de</strong> sócios presentes.<br />

<strong>Boticas</strong>, 21 <strong>de</strong> Fevereiro <strong>de</strong> 2011<br />

O Presi<strong>de</strong>nte da Mesa da Assembleia Geral,<br />

Prof. Carlos Bernardino Gonçalves Teixeira<br />

Nota: O acto eleitoral <strong>de</strong>correrá no final do mês <strong>de</strong> Maio em dia a convocar.<br />

AMÉRICO PEREIRA BARROSO, Presi<strong>de</strong>nte da Assembleia Geral da Associação <strong>de</strong> Caçadores<br />

<strong>de</strong> <strong>Boticas</strong>, ao abrigo do art°23° dos estatutos, vem convocar uma Assembleia Geral Ordinária<br />

para o dia 27 <strong>de</strong> Fevereiro (Domingo).<br />

A Assembleia Geral terá lugar na Casa Florestal pelas 10.00 Horas. Se à hora marcada não<br />

estiverem a maioria dos sócios funcionará uma hora mais tar<strong>de</strong> com qualquer número.<br />

Or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> trabalhos:<br />

- Parecer sobre relatório do Conselho Fiscal das contas 2009- 2010<br />

- Eleições dos Corpos Gerentes para o Biénio 2011/2013<br />

- Outros Assuntos<br />

<strong>Boticas</strong> 06 <strong>de</strong> Fevereiro <strong>de</strong> 2011<br />

O Presi<strong>de</strong>nte da Assembleia Geral<br />

Eng.º Américo Pereira Barroso<br />

<strong>Ecos</strong> <strong>de</strong> <strong>Boticas</strong> Nº 345- 21 <strong>de</strong> Fevereiro <strong>de</strong> 2011


Fevereiro <strong>de</strong> 2011 17<br />

Zé Maria em entrevista<br />

“<strong>Boticas</strong> é uma terra<br />

<strong>de</strong> que gosto muito”<br />

Aos 33 anos, Zé Maria já conquistou tudo o que havia para conquistar<br />

em Portugal no futsal, e até na Europa já se sagrou campeão europeu<br />

<strong>de</strong> clubes, tudo pelo Benfica. Agora no Belenenses, o jogador <strong>de</strong> futsal<br />

quer continuar à procura <strong>de</strong> títulos e não pensa para já no final da carreira.<br />

Sempre que po<strong>de</strong>, Zé Maria visita <strong>Boticas</strong>, terra que conhece<br />

bem. Ao <strong>Ecos</strong> <strong>de</strong> <strong>Boticas</strong>, o jogador do Belenenses fez um balanço da<br />

sua carreira, bem como uma análise do estado do futsal em Portugal.<br />

ECOS <strong>de</strong> <strong>Boticas</strong>: Qual é<br />

a sua ligação a <strong>Boticas</strong>?<br />

Zé Maria: O meu pai é <strong>de</strong><br />

Ardãos e passo muitas vezes<br />

férias em <strong>Boticas</strong>. É uma terra<br />

que gosto muito, on<strong>de</strong> passei<br />

muitas férias e sempre que posso<br />

vou a <strong>Boticas</strong>.<br />

Como começou o futsal<br />

para si?<br />

Começou <strong>de</strong>s<strong>de</strong> pequenino,<br />

<strong>de</strong>s<strong>de</strong> aos oito anos até agora<br />

aos 33 anos. Sempre tive uma<br />

paixão pelo futsal. Tive hipóteses<br />

<strong>de</strong> jogar futebol 11, mas nunca<br />

gostei. Sempre quis estar no<br />

futsal e no meu bairro havia lá<br />

um campo, on<strong>de</strong> passava <strong>de</strong><br />

manhã à noite a jogar futsal.<br />

Que balanço faz da sua<br />

carreira?<br />

Faço um balanço muito positivo<br />

pois a nível do campeonato<br />

português consegui ganhar<br />

tudo pelo Benfica, bem como a<br />

UEFA Cup a nível da Europa.<br />

Realizei tudo o que podia realizar<br />

como jogador e espero continuar<br />

a realizar.<br />

Como se <strong>de</strong>u a mudança<br />

para o Belenenses?<br />

A minha priorida<strong>de</strong> era man-<br />

ter-me num clube com mentalida<strong>de</strong><br />

ganhadorae que procure<br />

ganhar títulos, era essa a minha<br />

priorida<strong>de</strong> quando saí do Benfica.<br />

As expectativas é <strong>de</strong> conseguirmos<br />

um lugar no Play-off,<br />

o mais acima possível, e ganharmos<br />

a taça. Temos uma<br />

equipa nova, e estamos a trabalhar<br />

bem.<br />

Que avaliação faz do estado<br />

do futsal em Portugal,<br />

quer em equipas, quer a selecção?<br />

O futsal em Portugal já teve<br />

melhores dias. Não se admite<br />

um campeonato só ter três equipas<br />

profissionais na primeira divisão,<br />

quando, comparado com<br />

Espanha, são todas profissionais.<br />

A diferença entre os dois<br />

países é mesmo o profissionalismo,<br />

pois têm uma estrutura<br />

profissional. Nesta altura é complicado<br />

para evoluir, pois a crise<br />

é <strong>de</strong>sculpa para tudo. Mas<br />

era bom manter uma organização<br />

à parte da fe<strong>de</strong>ração, como<br />

em Espanha, para tentar melhorar.<br />

A selecção tem bons resultados<br />

mas se virmos a maior<br />

parte dos jogadores vêm das<br />

equipas profissionais ou dos que<br />

jogam fora do país. Vejo com<br />

alguma apreensão a falta <strong>de</strong> formação.<br />

Vejo que nos clubes<br />

gran<strong>de</strong>s há muitos jovens que<br />

não têm lugar nas equipas principais,<br />

bem como o facto <strong>de</strong> os<br />

clubes apostarem nos jogadores<br />

brasileiros e não darem oportunida<strong>de</strong><br />

aos portugueses. Não<br />

adianta existir uma boa formação<br />

se, <strong>de</strong>pois, quando se chega<br />

a sénior, não ter on<strong>de</strong> jogar.<br />

Pensa já no final da carreira?<br />

Ainda não pensei nisso, para<br />

já ainda só penso em jogar e não<br />

penso na minha ida<strong>de</strong>. Enquanto<br />

tiver força, vonta<strong>de</strong> e capacida<strong>de</strong><br />

vou continuar a jogar.<br />

Como viu a subida do <strong>Boticas</strong><br />

até à primeira divisão.<br />

Vê-se que é uma terra que<br />

gosta <strong>de</strong> futsal?<br />

Para mim foi uma enorme<br />

alegria quando soube que o <strong>Boticas</strong><br />

estava na primeira divisão.<br />

Vir jogar a <strong>Boticas</strong> é sempre<br />

uma enorme alegria. Mas o <strong>Boticas</strong><br />

tem também a política <strong>de</strong><br />

ir buscar muitos brasileiros…<br />

Cada vez que fui jogar a <strong>Boticas</strong><br />

o pavilhão estava cheio <strong>de</strong><br />

gente e sente-se que as pessoas<br />

gostam <strong>de</strong> futsal.<br />

É possível ver o Zé Maria<br />

no <strong>Boticas</strong> num futuro<br />

próximo?<br />

Não sei. Se receber uma boa<br />

proposta do <strong>Boticas</strong> nunca se<br />

sabe (risos) .<br />

Diogo Caldas<br />

Tratamos toda a documentação relacionada com os funerais


II Eliminatória da Taça Distrital <strong>de</strong> Futsal Júnior Masculino <strong>de</strong> Vila Real<br />

Reviravolta dá final ao <strong>Boticas</strong><br />

O GD <strong>Boticas</strong> foi a Vila Pouca <strong>de</strong><br />

Aguiar garantir a qualificação para a<br />

final da Taça Distrital <strong>de</strong> Júniores <strong>de</strong><br />

Futsal ao vencer por 4-3 a equipa da<br />

casa. Os finalistas já estão encontrados,<br />

com o <strong>Boticas</strong> a <strong>de</strong>frontar o Hóquei<br />

Flaviense.<br />

Os visitantes chegaram ao<br />

golo, fazendo o primeiro da partida<br />

por André Alves. No segundo<br />

tempo a CSLB Vila Pouca<br />

consumou a reviravolta, e fez<br />

mesmo o 3-1. Marcaram para a<br />

equipa da casa Xico, Miguel e<br />

Ricardinho. Mas o <strong>Boticas</strong> voltou<br />

a respon<strong>de</strong>r, reduziu, empa-<br />

18<br />

tou e <strong>de</strong>u novamente a volta<br />

ao jogo, com golos <strong>de</strong> André<br />

Alves, Miguel Moreno e João<br />

Barroso. A equipa da casa<br />

ainda dispôs <strong>de</strong> livres <strong>de</strong> 10<br />

metros, mas quando foi necessário<br />

Vítor opôs-se, segurando<br />

assim a vitória.<br />

Diogo Caldas<br />

8ª Jornada do Campeonato Distrital <strong>de</strong> Futsal <strong>de</strong> Juniores <strong>de</strong> Vila Real: GD <strong>Boticas</strong> 1 – 2 CSLB Vila Pouca (Int. 1-1)<br />

Depois da passagem à final da equipa treinada por Davi<strong>de</strong><br />

Moura, <strong>de</strong>rrotando a Casa do Benfica em Vila Pouca,<br />

foi a vez da equipa <strong>de</strong> Litos se “vingar” e vencer o <strong>Boticas</strong>,<br />

colocando-se em boa posição para se sagrarem campeões<br />

distritais e afastando os botiquenses da luta pelo título.<br />

Foi um jogo <strong>de</strong> muito <strong>Boticas</strong> para a CSLB Vila Pouca<br />

que se apresentou no passado domingo dia 20 <strong>de</strong> Fevereiro<br />

em <strong>Boticas</strong>. Apesar da vitória dos visitantes, a formação da<br />

casa esteve em bom plano, dominou a partida, teve momentos<br />

<strong>de</strong> bom futsal e criou oportunida<strong>de</strong>s, mas a eficácia foi<br />

um problema, bem como o guarda-re<strong>de</strong>s da Casa do Benfica.<br />

Ainda no primeiro tempo o <strong>Boticas</strong> chegou ao golo inaugural<br />

aos 12 minutos, por André Alves, no único duelo que<br />

venceu com o guarda-re<strong>de</strong>s Fábio. Pouco <strong>de</strong>pois Esteves<br />

acertou no poste e ainda antes do intervalo Kiko estabeleceu<br />

a igualda<strong>de</strong>.<br />

No segundo tempo os primeiros <strong>de</strong>z minutos foram <strong>de</strong><br />

muitas oportunida<strong>de</strong>s para a equipa da casa, mas o golo não<br />

apareceu e foi já aos 38 minutos <strong>de</strong> jogo que Ricardinho<br />

marcou o golo que valeu a li<strong>de</strong>rança isolada do campeonato<br />

para a CSLB Vila Pouca, com 19 pontos, mais dois que o<br />

Hóquei Flaviense. O <strong>Boticas</strong> mantém os 13 pontos.<br />

Diogo Caldas<br />

Acabou por ganhar a CSLB Vila Pouca, que ficou<br />

em boa posição para ser campeã distrital, mas quem<br />

jogou foram os da casa, com uma exibição consistente,<br />

com momentos <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong>, on<strong>de</strong> apenas faltou a finalização.<br />

Mas se a boa recuperação dos jovens botiquenses<br />

no campeonato acabou a duas jornadas do<br />

fim com esta <strong>de</strong>rrota, a equipa <strong>de</strong> juniores tem ainda<br />

uma prova para mostrar que a evolução foi gran<strong>de</strong>.<br />

GD <strong>Boticas</strong> e Hóquei Flaviense encontram-se para a<br />

final da Taça Distrital.<br />

“Os miúdos assimilaram bem as i<strong>de</strong>ias. No primeiro<br />

jogo com a CSLB Vila Pouca per<strong>de</strong>mos 7-3 e quando<br />

virou o ano e já com três meses <strong>de</strong> trabalho a equipa<br />

ficou bastante melhor”, explica Davi<strong>de</strong> Moura, treinador<br />

da equipa, confessando que no início da época<br />

apesar <strong>de</strong> ver qualida<strong>de</strong> na equipa via também muito<br />

trabalho pela frente. “Faltavam muitos conceitos <strong>de</strong><br />

futsal e havia muitos vícios <strong>de</strong> futebol 11. Melhoraram<br />

Fevereiro <strong>de</strong> 2011<br />

CSLB Vila Pouca 3 – 4 GD <strong>Boticas</strong><br />

Pavilhão Desp. Dr. Francisco Gomes Costa<br />

GD <strong>Boticas</strong>: cinco inicial: Vítor, Telmo, Miguel<br />

Moreno, André Fernan<strong>de</strong>s e André Alves<br />

Jogaram ainda: Rafa, João Barroso, Daniel<br />

Moreno, César Freitas, Pedro Esteves e Ricardo<br />

Treinador: Davi<strong>de</strong> Moura<br />

Ao intervalo: 0 – 1<br />

Casa do Benfica <strong>de</strong>ixa <strong>Boticas</strong> fora da luta pelo campeonato<br />

20/2/2011 – Pavilhão Municipal <strong>de</strong> <strong>Boticas</strong><br />

GD <strong>Boticas</strong>: cinco inicial: Vítor, Telmo, André Alves, André Fernan<strong>de</strong>s e Esteves<br />

Jogaram ainda: Moreno, João Barroso, Rafa, César, Daniel e Ricardo<br />

Treinador: Davi<strong>de</strong> Moura<br />

CSLB Vila Pouca: cinco inicial: Fábio, Ricardinho, Patrick II, Kiko, Luís Pinto<br />

Jogaram ainda: Samuel, Patrick I, Micael, Rafael, Pedro Santos, Ricardo e Octávio<br />

Treinador: Litos<br />

Boa evolução da equipa <strong>de</strong> juniores vale presença na final da taça<br />

Com os resultados obtidos no inicio da época seriam poucos os que acreditavam<br />

que a equipa <strong>de</strong> juniores do <strong>Boticas</strong> estaria nas <strong>de</strong>cisões do título distrital<br />

<strong>de</strong> juniores, mas quem esteve presente no passado domingo no Pavilhão Municipal<br />

<strong>de</strong> <strong>Boticas</strong> foi assistir à partida mais importante para a <strong>de</strong>cisão do campeonato.<br />

bastante e estão <strong>de</strong> parabéns porque em três meses <strong>de</strong><br />

trabalho evoluíram para um nível bem mais elevado do<br />

que tínhamos”, consi<strong>de</strong>ra.<br />

A final da taça distrital <strong>de</strong> juniores acaba por ser a<br />

oportunida<strong>de</strong> i<strong>de</strong>al para “coroar” esta época. “A final<br />

é um prémio para estes atletas, a primeira final que<br />

eles têm. Queremos fazer um bom jogo e ganhar”, atira<br />

o treinador.<br />

Treinos com os seniores ajudaram a evoluir<br />

Com o plantel sénior da primeira divisão nacional<br />

<strong>de</strong>sfalcado, acabaram por ser os juniores a dar o seu<br />

contributo nos treinos para manter a qualida<strong>de</strong> do trabalho,<br />

que se tornou também uma oportunida<strong>de</strong> para<br />

motivar e melhorar a equipa <strong>de</strong> juniores. “Ajudou também<br />

à subida <strong>de</strong> rendimento da equipa”, consi<strong>de</strong>ra<br />

Davi<strong>de</strong>.<br />

Davi<strong>de</strong> Moura,<br />

treinado, do GD <strong>Boticas</strong>:<br />

“Per<strong>de</strong>mos nos minutos<br />

finais. Fomos melhor<br />

em todo o jogo e<br />

criamos as melhores situações.<br />

Apresentamos<br />

um nível bastante elevado.<br />

Parabéns à equipa<br />

da Casa do Benfica que<br />

não baixou os braços e<br />

soube sofrer”.<br />

Litos, treinador da<br />

CSLB Vila Pouca:<br />

“Gran<strong>de</strong> jogo <strong>de</strong> futsal,<br />

on<strong>de</strong> <strong>de</strong>u realmente prazer<br />

ver o jogo. A equipa<br />

do <strong>Boticas</strong> esteve superior<br />

e está muito bem<br />

orientada. Nós concretizamos<br />

as oportunida<strong>de</strong>s<br />

criadas”.<br />

Para Emídio Rodrigues, treinador do GD <strong>Boticas</strong>,<br />

os jovens botiquenses têm dado um bom contributo.<br />

“O Davi<strong>de</strong> tem feito um bom trabalho. Dão mais qualida<strong>de</strong><br />

ao treino e têm boa atitu<strong>de</strong>”, explica o técnico.<br />

Já houve até um golo <strong>de</strong> um júnior na equipa sénior.<br />

Miguel Moreno, que foi pela segunda vez convocado<br />

para os seniores, facturou na goleada ao Alpendorada.<br />

“Foi uma bola já meia perdida que dividi com um adversário<br />

e <strong>de</strong>u golo”, conta Miguel Moreno, confessando<br />

que não estava à espera <strong>de</strong> jogar, mas que tentou<br />

fazer aquilo que tem feito nos treinos.<br />

O treinador da equipa que milita na 1ª Divisão conta<br />

que com o resultado resolvido acaba por ser um<br />

objectivo “rodar ao máximo” o plantel, e, neste caso,<br />

<strong>de</strong> “dar uma motivação extra”. “Estão muito longe <strong>de</strong><br />

estarem prontos para um campeonato <strong>de</strong> primeira divisão”,<br />

avisa Emídio Rodrigues, consi<strong>de</strong>rando que será<br />

preciso um ou dois anos <strong>de</strong> trabalho e evolução.<br />

Para o jovem jogador do <strong>Boticas</strong>, a equipa <strong>de</strong> juniores<br />

ganhou “competitivida<strong>de</strong>, força e experiência”. Da<br />

mesma forma pensa André Alves, o capitão dos juniores.<br />

“Estamos mais competitivos e conseguimos ganhar<br />

jogos que antes não conseguíamos”, atira, consi<strong>de</strong>rando<br />

gran<strong>de</strong> a evolução “em termos físicos e técnicos”.<br />

Diogo Caldas


Fevereiro <strong>de</strong> 2011 19<br />

ANÚNCIOS<br />

ALUGA-SE<br />

Aluga-se uma casa em <strong>Boticas</strong><br />

É favor falar na Rua <strong>de</strong> Santo Aleixo, nº 17<br />

Ou Por telefone: 276 415 171<br />

VENDE-SE<br />

Em <strong>Boticas</strong><br />

Na Rua Camilo Castelo Branco Nº 45 e 47<br />

Antiga casa dos Carmelinos<br />

com gran<strong>de</strong> Quintal Anexo à casa<br />

Possibilida<strong>de</strong> para apartamentos ou Hotel<br />

Contacto em <strong>Boticas</strong> - Carlos - 919 864 353<br />

Estados Unidos - Carminda- 001 908 687 3670<br />

CARTÓRIO NOTARIAL<br />

DE BOTICAS<br />

Certifico, para efeitos <strong>de</strong> publicação,<br />

que por escritura lavrada<br />

neste Cartório em 04/02/<br />

2011, a folhas vinte e quatro e<br />

seguinte, do livro <strong>de</strong> notas para<br />

escrituras diversas número 79-<br />

C. Márcio Carneiro Gomes,<br />

NIF 231 251 785, solteiro,<br />

maior, natural da freguesia <strong>de</strong><br />

Alturas do Barroso, on<strong>de</strong> resi<strong>de</strong><br />

na Travessa do Cruzeiro. n°3,<br />

lugar <strong>de</strong> Vilarinho Seco, concelho<br />

<strong>de</strong> <strong>Boticas</strong>, DECLAROU:<br />

Que, é dono e legítimo possuidor,<br />

com exclusão <strong>de</strong> outrem<br />

do prédio rústico, composto <strong>de</strong><br />

terreno <strong>de</strong> mato, sito no Caminho<br />

da Lomba, freguesia <strong>de</strong> Alturas<br />

do Barroso. concelho <strong>de</strong><br />

<strong>Boticas</strong>, com a área <strong>de</strong> quatrocentos<br />

e cinquenta e dois metros<br />

quadrados, a confrontar <strong>de</strong><br />

norte, com Baldio, sul, Domingos<br />

Coelho Gomes, nascente,<br />

Caminho e poente com José<br />

Tribunal Judicial <strong>de</strong><br />

<strong>Boticas</strong><br />

Secção Única<br />

Rua 5 <strong>de</strong> Outubro -<br />

5460-304 <strong>Boticas</strong><br />

Telef 2764l0520 Fax<br />

276410529 Mail:<br />

boticas.tc@uíbunais.org.pt<br />

Processo 102/ 10.5TBBTC<br />

Reforma <strong>de</strong> Documentos<br />

N/ Referência: 172467<br />

Data: ver data certificada<br />

pelo sistema<br />

CARTÓRIO NOTARIAL<br />

DE BOTICAS<br />

Certifico, para efeitos <strong>de</strong> publicação,<br />

que por escritura lavrada<br />

neste cartório em 14/02/2011,<br />

a folhas trinta e uma e seguinte,<br />

do livro <strong>de</strong> notas para escrituras<br />

diversas número 79-C, Adérito<br />

Vaz Pinto, solteiro, maior, natural<br />

da freguesia <strong>de</strong> Negrões, concelho<br />

<strong>de</strong> Montalegre, resi<strong>de</strong>nte<br />

na Rua Coronel Bento Roma,<br />

Edifício Marrocos, 1º, sala 2, em<br />

Chaves, que outorga na qualida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> procurador <strong>de</strong> VITOR<br />

AUGUSTO ALVES BARROS,<br />

Nif 235096369, e mulher<br />

Christelle Couto da Silva, Nif<br />

249999137, casados sob o regime<br />

<strong>de</strong> comunhão <strong>de</strong> adquiridos,<br />

resi<strong>de</strong>ntes no lugar e freguesia <strong>de</strong><br />

Sapiãos, concelho <strong>de</strong> <strong>Boticas</strong>,<br />

DECLAROU:<br />

Que o seu marido é dono, com<br />

exclusão <strong>de</strong> outrém, do prédio<br />

rústico, composto <strong>de</strong> terreno <strong>de</strong><br />

mato, sito no Tornadouro, freguesia<br />

<strong>de</strong> Sapiãos, concelho <strong>de</strong><br />

Afonso Cadime, inscrito na respectiva<br />

matriz em nome <strong>de</strong>le justificante,<br />

sob o artigo 3405, com<br />

o valor patrimonial tributário e<br />

atribuído <strong>de</strong> 200,00 Euros.<br />

Que, não é <strong>de</strong>tentor <strong>de</strong> qualquer<br />

título formal que legitime a<br />

posse do aludido prédio, tendo-o<br />

adquirido, por doação, nunca reduzida<br />

a escritura publica, <strong>de</strong> seu<br />

avô Venâncio Gonçalves Carneiro,<br />

viúvo, já falecido, resi<strong>de</strong>nte<br />

em Vilarinho Seco, em dia e mês<br />

que não po<strong>de</strong> precisar, do ano <strong>de</strong><br />

mil novecentos e oitenta e Sete.<br />

Que, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> então, até à presente<br />

data, logo há mais <strong>de</strong> vinte<br />

anos, sem interrupção e oposição<br />

<strong>de</strong> quem quer que seja, possui<br />

o aludido prédio, por si ou por<br />

intermédio <strong>de</strong> outrém, gozando<br />

<strong>de</strong> todas as utilida<strong>de</strong>s por ele proporcionadas,<br />

nomeadamente roçando<br />

o mato, colhendo os seus<br />

frutos e rendimentos, pagando as<br />

suas contribuições e impostos,<br />

tudo sempre com ânimo <strong>de</strong> quem<br />

Requerente: José Barroso<br />

Pereira<br />

Requerido: Axa Portugal ¯<br />

Companhia <strong>de</strong> Seguros S.A.<br />

ANÚNCIO<br />

(alínea C) do artº 1072° do<br />

CPC)<br />

O/A Dr(a). Jorge Vasco Moreira<br />

Jorge Soares, Mm (ª) Juiz<br />

<strong>de</strong> Direito do(a) Secção Única —<br />

Tribunal Judicial <strong>de</strong> <strong>Boticas</strong><br />

Faz saber que, por sentença<br />

proferida nos autos acima i<strong>de</strong>n-<br />

<strong>Boticas</strong>, com a área <strong>de</strong> mil metros<br />

quadrados, a confrontar <strong>de</strong><br />

norte, com caminho Público, sul,<br />

Avelino Rosa Fernando, nascente,<br />

Rua do Calhau Rachado e poente<br />

com Baldio, inscrito na respectiva<br />

matriz em nome <strong>de</strong>le justificante,<br />

sob o artigo 5314, com<br />

o valor patrimonial tributário <strong>de</strong><br />

180,00 Euros.<br />

Que, não é <strong>de</strong>tentor <strong>de</strong> qualquer<br />

título formal que legitime a<br />

posse do aludido prédio, tendo-o<br />

adquirido, ainda no estado <strong>de</strong> solteiro,<br />

em dia e mês que não po<strong>de</strong><br />

precisar, do ano <strong>de</strong> mil novecentos<br />

e oitenta e quatro, por doação,<br />

nunca reduzida a escritura<br />

pública, <strong>de</strong> Avelino Barros, viúvo,<br />

já falecido, resi<strong>de</strong>nte que foi<br />

em Sapiãos.<br />

Que, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> então, até à presente<br />

data, logo há mais <strong>de</strong> vinte<br />

anos, sem interrupção e oposição<br />

<strong>de</strong> quem quer que seja, possui<br />

o aludido prédio, gozando <strong>de</strong> todas<br />

as utilida<strong>de</strong>s por ele proporcionadas,<br />

nomeadamente roçando<br />

o mato, colhendo os seus fru-<br />

exerce direito próprio, consi<strong>de</strong>rando-se<br />

e sendo consi<strong>de</strong>rado<br />

como seu único dono, na convicção<br />

<strong>de</strong> que não lesa direitos<br />

<strong>de</strong> outrem, posse esta que iniciou<br />

e mantém <strong>de</strong> boa fé, pacífica,<br />

porque sem violência, contínua<br />

e publicamente, à vista e<br />

com o conhecimento <strong>de</strong> toda a<br />

gente e sem oposição <strong>de</strong> ninguém.<br />

Que, dadas as enunciadas características<br />

<strong>de</strong> tal posse, adquiriu<br />

o dito prédio por USUCA-<br />

PIÃO, título esse que, por sua<br />

natureza não é susceptível <strong>de</strong> ser<br />

comprovado pelos meios extrajudiciais<br />

normais.<br />

Está conforme.<br />

Cartório Notarial <strong>de</strong> <strong>Boticas</strong>,<br />

04 <strong>de</strong> Fevereiro <strong>de</strong> 201l.<br />

A Adjunta - Notária,<br />

Helena Maria Caiado Ferrão<br />

<strong>Ecos</strong> <strong>de</strong> <strong>Boticas</strong>, Nº 345 -21<br />

<strong>de</strong> Fevereiro <strong>de</strong> 2011<br />

tificados, foi consi<strong>de</strong>rado sem<br />

valor os títulos <strong>de</strong>saparecidos:<br />

708852, 708853 e 708854 sem<br />

prejuízo dos direitos que o portador<br />

do referido título possa<br />

exercer contra o requerente.<br />

O/A Juiz <strong>de</strong> Direito,<br />

Dr(a). Jorge Vasco Moreira<br />

Jorge Soares<br />

Oficial <strong>de</strong> Justiça<br />

Ana da Silva Neves<br />

<strong>Ecos</strong> <strong>de</strong> <strong>Boticas</strong>, Nº 345-21<br />

<strong>de</strong> Fevereiro <strong>de</strong> 2011<br />

tos e rendimentos, pagando as<br />

suas contribuições e impostos,<br />

tudo sempre com ânimo <strong>de</strong> quem<br />

exerce direito próprio, consi<strong>de</strong>rando-se<br />

e sendo consi<strong>de</strong>rado<br />

como seu único dono, na convicção<br />

<strong>de</strong> que não lesa direitos<br />

<strong>de</strong> outrem, posse esta que iniciou<br />

e mantêm <strong>de</strong> boa fé, pacifica,<br />

porque sem violência, contínua<br />

e publicamente, à vista e<br />

com o conhecimento <strong>de</strong> toda a<br />

gente e sem oposição <strong>de</strong> ninguém.<br />

Que, dadas as enunciadas características<br />

<strong>de</strong> tal posse, adquiriu<br />

o dito prédio por USUCA-<br />

PIÃO, título esse que, por sua<br />

natureza não é susceptível <strong>de</strong> ser<br />

comprovado pelos meios extrajudiciais<br />

normais.<br />

Está conforme.<br />

Cartório Notarial <strong>de</strong> <strong>Boticas</strong>,<br />

14 <strong>de</strong> Fevereiro <strong>de</strong> 2011-02-18<br />

A Adjunta - Notária,<br />

(Helena Maria Caiado Ferrão)<br />

<strong>Ecos</strong> <strong>de</strong> <strong>Boticas</strong>, Nº 345-21<br />

<strong>de</strong> Fevereiro <strong>de</strong> 2011<br />

NECROLOGIA<br />

AGRADECIMENTO<br />

MARIA DONSÍLIA SILVA GONÇALVES<br />

(CISNANDA)<br />

A Família <strong>de</strong> MARIA DONSÍLIA SILVA GONÇALVES, profundamente<br />

reconhecida pelas inúmeras manifestações <strong>de</strong> solidarieda<strong>de</strong><br />

recebidas aquando do <strong>de</strong>senlace <strong>de</strong>ste seu querido familiar, vem por<br />

este meio tornar pública a sua gratidão ao Grupo Folclórico <strong>de</strong> <strong>Boticas</strong><br />

e a todas as pessoas que participaram nas exéquias e missa <strong>de</strong> sétimo<br />

dia.<br />

A FAMÍLIA<br />

AGRADECIMENTO<br />

TEOLINDA QUEIROGA<br />

A família <strong>de</strong> TEOLINDA QUEIROGA, nomeadamente os filhos,<br />

noras, genro e netos, na impossibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> o fazer pessoalmente, vem<br />

por este meio sentidamente agra<strong>de</strong>cer a todas as pessoas que lhe<br />

manifestaram o seu pesar aquando do <strong>de</strong>senlace <strong>de</strong>ste seu ente querido<br />

e bem assim às que participaram nas exéquias e missa <strong>de</strong> sétimo<br />

dia.<br />

A FAMÍLIA<br />

Agra<strong>de</strong>cimento<br />

José Albertino Vilela<br />

(Tino)<br />

Granja<br />

A Família <strong>de</strong> José Albertino Vilela, da Granja, na impossibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> o<br />

fazer pessoalmente, vem por este meio agra<strong>de</strong>cer a todas as pessoas que<br />

participaram nas exéquias <strong>de</strong>ste seu familiar.<br />

A FAMÍLIA<br />

Ficha Técnica - <strong>Ecos</strong> <strong>de</strong> <strong>Boticas</strong><br />

<strong>Ecos</strong> <strong>de</strong> <strong>Boticas</strong>. Se<strong>de</strong>/Redação: Edifício Camionagem, Sala 2, 1ª, 5460<br />

<strong>Boticas</strong>.Telef.: 276 415 222. E-mail: ecos<strong>de</strong>boticas@sapo.pt. Director: Salvador<br />

Pereira Martins: Director <strong>de</strong> Informação: Paulo Chaves (CP 7282).<br />

Redacção: Sandra Pereira (CP 9045 ) e Diogo Caldas (Jornalista Estagiário).<br />

Composição e Montagem Valérie Carneiro. Colaboradores: José<br />

Manuel, João Dias, Domingos Oliveira, Jaime Pinho, Jaime Afonso, Miguel<br />

Monteiro, Fernando Queiroga, Artur Couto, Augusto Fernan<strong>de</strong>s, Ricardo<br />

Mota, Paulo Chaves, José Carlos Barros, José Carlos G. Maduro, José Carlos<br />

Silva, Teotónio Silva Gonçalves, José Gomes Ferreira Veiga, Hélio Martins,<br />

Cristina Barros e Sara Ponteira. Registo <strong>de</strong> Proprieda<strong>de</strong>: n.º 116302<br />

<strong>de</strong> 12 <strong>de</strong> Maio <strong>de</strong> 1992. Periodicida<strong>de</strong>: Mensal. PVP:0,50 Euros. Proprieda<strong>de</strong>:<br />

Difundir&Divulgar, Lda, Contribuinte nº509507093. Gerentes e sócios<br />

com mais <strong>de</strong> 10% <strong>de</strong> capital: Valérie Morais Carneiro. Impressão: Coraze.<br />

Tiragem - 1800 exemplares.


Assim, em 28 <strong>de</strong> Agosto <strong>de</strong><br />

2010, levou ao palco do Auditório<br />

Municipal <strong>de</strong> <strong>Boticas</strong>, a peça<br />

“Inspector Geral”, texto <strong>de</strong> Ni-<br />

Kolay Gogol, um proeminente<br />

escritor russo <strong>de</strong> origem ucraniana,<br />

nascido no início do século<br />

XIX.<br />

É precisamente com a apresentação<br />

<strong>de</strong>sta peça, engraçada<br />

e hilariante, que exige um<br />

pouco mais <strong>de</strong> estofo por parte<br />

dos actores (refira-se que a<br />

peça dura cerca <strong>de</strong> 2 horas),<br />

que, na nossa opinião, este grupo<br />

<strong>de</strong> teatro amador, começa a<br />

evi<strong>de</strong>nciar uma soli<strong>de</strong>z e uma<br />

consistência que prometem dar<br />

20<br />

Grupo <strong>de</strong> Teatro Fórum <strong>Boticas</strong> levou<br />

o “Inspector Geral” a Lisboa<br />

Depois <strong>de</strong> a10 <strong>de</strong> Maio <strong>de</strong> 2008 ter apresentado<br />

a peça “Avarias”, no Auditório Municipal<br />

<strong>de</strong> <strong>Boticas</strong> e, mais tar<strong>de</strong>, a 28 e 29 <strong>de</strong> Agosto<br />

<strong>de</strong> 2009, exibir “Sonho <strong>de</strong> Uma Noite <strong>de</strong> Verão”,<br />

no Jardim do Toural, o Grupo <strong>de</strong> Teatro<br />

Fórum <strong>Boticas</strong> apostou agora numa peça mais<br />

elaborada e que é reveladora do <strong>de</strong>senvolvimento<br />

e da maturida<strong>de</strong> <strong>de</strong>ste jovem grupo <strong>de</strong><br />

teatro botiquense.<br />

bons frutos, a médio/longo prazo.<br />

De facto, a peça é apresentada<br />

pela segunda vez, no Auditório<br />

Municipal <strong>de</strong> <strong>Boticas</strong>, no<br />

dia 6 <strong>de</strong> Novembro <strong>de</strong> 2010, no<br />

âmbito das comemorações do<br />

feriado municipal <strong>de</strong> <strong>Boticas</strong>, e<br />

<strong>de</strong> novo colhe gran<strong>de</strong>s aplausos<br />

<strong>de</strong> uma plateia entusiasmada,<br />

que aplaudiu <strong>de</strong> pé, ao fim <strong>de</strong> 2<br />

horas <strong>de</strong> boa disposição.<br />

Ora <strong>de</strong>pois <strong>de</strong>ste entusiasmo<br />

e reconhecimento por parte do<br />

público botiquense, é chegada a<br />

hora <strong>de</strong> actuar fora <strong>de</strong> portas, e<br />

no dia 27 <strong>de</strong> Novembro <strong>de</strong> 2010,<br />

através do convite da Associa-<br />

ção Cultural Extrapolar, o grupo<br />

apresenta <strong>de</strong> novo o “Inspector<br />

Geral”, <strong>de</strong>sta vez no Teatro<br />

Municipal da bonita cida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> Espinho, com o apoio da Junta<br />

<strong>de</strong> Freguesia local, voltando<br />

a colher rasgados elogios por<br />

parte do muito público presente.<br />

No dia 22 <strong>de</strong> Janeiro <strong>de</strong>ste<br />

ano, o Grupo ruma à capital do<br />

país, para apresentar <strong>de</strong> novo<br />

esta peça, <strong>de</strong>sta feita na Socieda<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> Instrução Guilherme<br />

Cossoul, associação cultural já<br />

com uma forte tradição e com<br />

uma dinâmica muito interessante<br />

e que já foi presidida pelo<br />

encenador <strong>de</strong>ste Grupo <strong>de</strong> Teatro,<br />

Hermínio Fernan<strong>de</strong>s.<br />

Novamente se verificou a<br />

excelente prestação e o muito<br />

público que marcou presença,<br />

on<strong>de</strong> se podiam contar alguns<br />

botiquenses radicados na capital,<br />

que não per<strong>de</strong>ram a oportunida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> ir ver os seus conterrâneos<br />

a actuar, não <strong>de</strong>u o tempo<br />

por mal empregue, assistindo<br />

a um espectáculo divertido e<br />

hilariante, aplaudindo e elogiando<br />

o <strong>de</strong>sempenho dos actores,<br />

que actuaram com um profissionalismo<br />

exemplar e souberam<br />

manter bem controladas as situações<br />

mais inesperadas e que<br />

sempre acontecem num espectáculo<br />

<strong>de</strong>sta natureza.<br />

É <strong>de</strong> facto muito interessante<br />

verificar que, num meio pequeno<br />

e rural como <strong>Boticas</strong>, um<br />

pouco afastado dos gran<strong>de</strong>s<br />

centros urbanos e culturais, nasce<br />

um grupo <strong>de</strong> teatro amador,<br />

que vai ganhando estofo e experiência<br />

e que po<strong>de</strong> chegar<br />

bem longe, assim o queiram os<br />

seus membros e dinamizadores.<br />

Fevereiro <strong>de</strong> 2011<br />

De referir que este jovem<br />

grupo foi criado no seio da Fórum<br />

<strong>Boticas</strong> – Associação Recreativa<br />

e Cultural e integra jovens<br />

e promissores actores do<br />

nosso concelho, orientados por<br />

Hermínio Fernan<strong>de</strong>s e está mais<br />

que provado que estão empenhados<br />

em agitar culturalmente<br />

a nossa terra na arte <strong>de</strong> bem<br />

representar.<br />

A semente está lançada,<br />

esperando-se que, agora, muitos<br />

outros possam agarrar o<br />

<strong>de</strong>safio e integrar este grupo,<br />

contribuindo para que o Teatro<br />

venha a impor-se em <strong>Boticas</strong><br />

como um espectáculo para todos<br />

e provando que na nossa<br />

terra há muita gente talentosa<br />

que po<strong>de</strong> emprestar o seu talento<br />

a favor do <strong>de</strong>senvolvimento<br />

recreativo e cultural do nosso<br />

concelho.

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