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Periodicida<strong>de</strong>: Mensal - Fevereiro <strong>de</strong> 2011 - Ano X, Nº 345 Director: Salvador Pereira Martins 0,50 Euros<br />
Entrevista – Fernando Campos, Presi<strong>de</strong>nte da Câmara Municipal <strong>de</strong> <strong>Boticas</strong><br />
“Temos 17 milhões <strong>de</strong> euros<br />
em obras com fundos comunitários<br />
aprovados”<br />
Páginas 10 e 11<br />
Apesar do corte do Governo,<br />
o Orçamento da Câmara <strong>de</strong><br />
<strong>Boticas</strong> para 2011 foi reforçado<br />
com mais <strong>de</strong> cinco milhões<br />
<strong>de</strong> euros em relação ao ano<br />
anterior. Este ano há mais fundos<br />
comunitários e a priorida<strong>de</strong><br />
do município é executar todas<br />
as obras co-financiadas pela<br />
União Europeia.<br />
A Paz <strong>de</strong> São Sebastião<br />
reinou em Couto <strong>de</strong> Dornelas<br />
Este ano, a 20 <strong>de</strong> Janeiro,<br />
as <strong>de</strong>savenças entre<br />
o povo e a igreja <strong>de</strong><br />
Couto <strong>de</strong> Dornelas<br />
adormeceram na paz<br />
<strong>de</strong> São Sebastião. Pela<br />
primeira vez, foi o padre<br />
Silvério, pároco <strong>de</strong> <strong>Boticas</strong>,<br />
quem abençoou as<br />
carnes na festa do mártir.<br />
Tribunal <strong>de</strong>u razão à Igreja sobre Casa do<br />
Santo, mas o povo apresentou recurso<br />
O diferendo à volta da Casa do Santo, que divi<strong>de</strong> população e Igreja, encontra-se<br />
actualmente em fase <strong>de</strong> recurso interposto por uma acção popular,<br />
após o Tribunal Judicial <strong>de</strong> <strong>Boticas</strong> ter dado razão à Comissão Fabriqueira,<br />
consi<strong>de</strong>rando válida a escritura <strong>de</strong> justificação <strong>de</strong> posse.<br />
Páginas 6 e 7<br />
SOCIEDADE<br />
Com apenas<br />
uma funcionária<br />
ao balcão, há filas<br />
<strong>de</strong> espera no<br />
único posto <strong>de</strong><br />
CTT do concelho<br />
POLÍTICA<br />
CULTURA<br />
EDUCAÇÃO<br />
Página 3<br />
Concelho já<br />
começou a<br />
celebrar 175<br />
anos Página 12<br />
Grupo <strong>de</strong> Teatro<br />
Fórum <strong>Boticas</strong><br />
leva<br />
o “Inspector<br />
Geral” a Lisboa<br />
Página 20<br />
ENTREVISTA - ZÉ MARIA<br />
“<strong>Boticas</strong> é uma<br />
terra <strong>de</strong> que gosto<br />
muito”<br />
Página 17<br />
Aos 33 anos, o jogador do Belenenses faz<br />
um balanço da sua carreira, mas não pensa<br />
<strong>de</strong>ixar para já o futsal. Vem muitas vezes a<br />
<strong>Boticas</strong>, pois o seu pai é natural <strong>de</strong> Ardãos.
Block Nots<br />
Salvador P. Martins<br />
Prosseguem num ritmo galopante e a<br />
uma velocida<strong>de</strong> supersónica os trabalhos<br />
<strong>de</strong> melhoramento e remo<strong>de</strong>lação <strong>de</strong> parte<br />
das ruas Padre Cândido <strong>de</strong> Lemos, da Liberda<strong>de</strong>,<br />
do Eiró e do Olival, recentemente<br />
iniciados pelas empresas <strong>de</strong> construção<br />
e obras públicas a quem o·respectivo concurso<br />
ditou a inerente adjudicação.<br />
Ao que nos é dado constatar, das diversas<br />
fases da intervenção, consta a substituição<br />
das infra-estruturas básicas, tais<br />
como ramais <strong>de</strong> água, saneamento, energia<br />
eléctrica e telefone.<br />
Numa fase posterior proce<strong>de</strong>r-se-á à<br />
total reconversão dos passeios, substituindo<br />
o actual piso <strong>de</strong> cimento por paralelepípedo<br />
granítico <strong>de</strong> reduzidas dimensões, la<strong>de</strong>ado<br />
por guias <strong>de</strong> suporte lateral <strong>de</strong> igual<br />
substância.<br />
Manifestando total concordância com<br />
os incómodos que estes trabalhos inexoravelmente<br />
implicam, apela-se no entanto<br />
à estóica paciência e abnegada compreensão<br />
dos moradores das habitações contíguas,<br />
fazendo-lhes também lembrar que<br />
o progresso cobra habitualmente elevados<br />
custos <strong>de</strong> comodida<strong>de</strong>.<br />
A justa compensação, essa, advirá infalivelmente<br />
do conforto <strong>de</strong> que os resi<strong>de</strong>ntes<br />
naquelas áreas irão posteriormente<br />
usufruir.<br />
Além do mais, e como diz o povo na<br />
sua douta sabedoria, não há bem que sempre<br />
dure, nem mal que nunca se acabe!...<br />
Com 85 anos <strong>de</strong> ida<strong>de</strong>, faleceu a 17<br />
<strong>de</strong> Janeiro no hospital <strong>de</strong> Chaves, on<strong>de</strong> dias<br />
antes havia sido internada; a Senhora TE-<br />
OLINDA QUEIROGA, que possuía casa<br />
<strong>de</strong> habitação em Sangunhedo, freguesia <strong>de</strong><br />
<strong>Boticas</strong>.<br />
Viúva há cerca <strong>de</strong> 21 anos <strong>de</strong> Ilídio<br />
Fernan<strong>de</strong>s, era mãe <strong>de</strong> Joaquim Fernan<strong>de</strong>s,<br />
radicado nos Estados Unidos, e ainda<br />
<strong>de</strong> Eugénia, Acácio e Teresa, resi<strong>de</strong>ntes<br />
nesta Vila.<br />
A saudosa extinta era há mais <strong>de</strong> uma<br />
década utente do Lar <strong>de</strong> Acamados da<br />
Santa Casa da Misericórdia <strong>de</strong> <strong>Boticas</strong>,<br />
instalado no Centro <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> local e <strong>de</strong>batia-se<br />
com uma situação <strong>de</strong> total <strong>de</strong>pendência<br />
dos cuidados alimentares, medicamentosos<br />
e sanitários ali ministrados. O<br />
corpo esteve <strong>de</strong>positado na casa <strong>de</strong> repouso<br />
da Vila, sendo ali velado por familiares<br />
e pelos inúmeros amigos da família.<br />
As cerimonias fúnebres, com missa <strong>de</strong><br />
corpo presente, <strong>de</strong>correram na Igreja <strong>de</strong><br />
Nossa Senhora da Livração e foram par-<br />
2<br />
ticipadas por um numeroso grupo <strong>de</strong> bombeiros<br />
<strong>de</strong> <strong>Boticas</strong>, atenta a condição <strong>de</strong><br />
membros daquela Associação <strong>de</strong>tida por<br />
vários familiares, nomeadamente filho, neto<br />
e sobrinhos.<br />
O cortejo funerário, constituído por uma<br />
autêntica multidão <strong>de</strong> amigos e conhecidos,<br />
rumou posteriormente ao cemitério municipal,<br />
on<strong>de</strong> agora repousa.<br />
Objecto <strong>de</strong> recente e profunda requalificação<br />
ao nível da sua função rodoviária,<br />
a rua <strong>de</strong> Camões, em pleno casco urbano<br />
da Vila, acaba <strong>de</strong> ser dotada na área lateral<br />
esquerda, no sentido ascen<strong>de</strong>nte, <strong>de</strong> um<br />
arranjo urbanístico que transformou para<br />
melhor o seu já anterior atraente visual.<br />
Com a aquisição há vários meses <strong>de</strong> uma<br />
faixa <strong>de</strong> terreno adjacente àquela via, foi<br />
possível ali implantar um parque <strong>de</strong> estacionamento<br />
para vários veículos automóveis<br />
particulares e afectação temporária <strong>de</strong> dois<br />
lugares disponíveis para táxis.<br />
Porque a área adquirida suplantou a<br />
estritamente necessária para os fins que lhe<br />
estão adstritos, <strong>de</strong>cidiram os serviços técnicos<br />
da câmara Municipal proce<strong>de</strong>r à plantação<br />
<strong>de</strong> diversas espécies botânicas no seu<br />
remanescente.<br />
Com o progressivo <strong>de</strong>senvolvimento<br />
<strong>de</strong>stas espécies arbóreas e subsequente<br />
aumento da frondosida<strong>de</strong> da sua copa,<br />
quem sabe um dia ali po<strong>de</strong>remos <strong>de</strong>sfrutar<br />
<strong>de</strong> um aprazível parque <strong>de</strong> lazer? Porque<br />
condições para o efeito não lhe faltam, dêmos<br />
tempo ao tempo e aguar<strong>de</strong>mos pacientemente<br />
para ver e dali colher o proveitoso<br />
benefício.<br />
Prestes a completar 88 anos <strong>de</strong> ida<strong>de</strong>,<br />
circunstância que ocorreria no dia 14 do<br />
corrente mês, faleceu em <strong>Boticas</strong>, a 4 <strong>de</strong><br />
Fevereiro, a senhora MARIA DONSÍLIA<br />
SILVA GONÇALVES, carinhosamente<br />
conhecida na Vila por CISNANDA e que<br />
tinha casa <strong>de</strong> habitação na Travessa do<br />
Pascoal.<br />
Viúva há cerca <strong>de</strong> 16 anos <strong>de</strong> Cesisnando<br />
Pereira Neiva, <strong>de</strong> quem herdou aquele<br />
apelido popular, era mãe <strong>de</strong> Fátima, Cristina<br />
, Cândida , Domingos, Luís e João,<br />
todos vivos nesta data.<br />
A saudosa extinta era utente do Lar <strong>de</strong><br />
Acamados da Santa Casa da Misericórdia<br />
há aproximadamente 7 anos, em função <strong>de</strong><br />
um episódio <strong>de</strong> doença <strong>de</strong> que foi acometida<br />
com latentes sequelas que lhe <strong>de</strong>bilitaram<br />
a autonomia, tornando-a parcialmente<br />
<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte dos cuidados <strong>de</strong> terceiros. Com-<br />
Fevereiro <strong>de</strong> 2011<br />
plicações posteriores viriam ainda a condicionar<br />
o seu já débil estado, pelo facto<br />
<strong>de</strong> ter sido submetida à amputação <strong>de</strong> uma<br />
perna. Senhora alegre e extrovertida, integrava<br />
praticamente <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a fundação<br />
o Grupo <strong>de</strong> Danças e Cantares Regionais<br />
<strong>de</strong> <strong>Boticas</strong> agremiação pela qual nutria<br />
uma exacerbada e intensa paixão. E era<br />
pela sua jovialida<strong>de</strong> o elemento mais acarinhado<br />
no seio <strong>de</strong>ste Grupo.<br />
A corroborar esta afirmação vincamos<br />
o facto <strong>de</strong> ter exprimido em vida a vonta<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> envergar o seu traje quando partisse<br />
<strong>de</strong>ste mundo para o Além. Tal <strong>de</strong>sejo<br />
foi naturalmente satisfeito pela família,<br />
que não escon<strong>de</strong>u a emoção <strong>de</strong> a ver partir<br />
envolta nas vestes que tanto lhe alegravam<br />
o coração.<br />
Lembramos ainda que o Grupo <strong>de</strong> cantares<br />
fez-se representar <strong>de</strong>vidamente trajado<br />
no funeral da D.Cisnanda, o que a<br />
família profunda e sentidamente reconhece,<br />
aqui manifestando a sua sincera gratidão<br />
por este carinhoso gesto.<br />
A 7 <strong>de</strong> Fevereiro foi celebrada missa<br />
<strong>de</strong> sétimo dia por seu eterno <strong>de</strong>scanso.<br />
Em paz consigo e com todos os que a<br />
ro<strong>de</strong>avam em vida, é assim que a sua alma<br />
agora repousa na Eternida<strong>de</strong>!<br />
No hospital <strong>de</strong> Chaves, on<strong>de</strong> a 18 <strong>de</strong><br />
Novembro havia sido internado, faleceu<br />
com 83 anos <strong>de</strong> ida<strong>de</strong>, em pleno dia <strong>de</strong><br />
Natal (25 <strong>de</strong> Dezembro / 2010), o senhor<br />
José Albertino Vilela, com residência na<br />
freguesia da Granja, popularmente conhecido<br />
por Tino.<br />
O saudoso extinto era solteiro e pai <strong>de</strong><br />
Luís Filipe Teixeira Vilela, emigrado em<br />
França. Vivia sozinho na sua casa <strong>de</strong> habitação<br />
situada na dita freguesia da Granja.<br />
Trabalhador rural assíduo e profundo<br />
conhecedor das técnicas agrícolas voltadas<br />
para as mais diversificadas áreas <strong>de</strong>sta<br />
activida<strong>de</strong>, sempre foi solicitado por<br />
vários proprietários da Granja e <strong>Boticas</strong>,<br />
especialmente para o cultivo das diversas<br />
espécies vitícolas, hortícolas e leguminosas.<br />
Entre os mais fiéis empregadores e<br />
preten<strong>de</strong>ntes aos seus cobiçados serviços,<br />
<strong>de</strong>stacamos as famílias Miranda e Dr.<br />
Orlando Costa (ambas <strong>de</strong> boa memória)<br />
e actualmente o Sr. Carmim Osvaldo<br />
Gonçalves, <strong>de</strong>sta vila. O corpo esteve<br />
<strong>de</strong>positado em câmara ar<strong>de</strong>nte na casa<br />
<strong>de</strong> repouso da Granja e as cerimónias fúnebres,<br />
com missa <strong>de</strong> corpo presente, foram<br />
celebradas na igreja paroquial da<br />
mesma freguesia. Seguidamente foi sepultado<br />
no cemitério da localida<strong>de</strong>.
Fevereiro <strong>de</strong> 2011 3<br />
Socieda<strong>de</strong><br />
Com apenas uma funcionária ao balcão, há filas<br />
<strong>de</strong> espera no único posto <strong>de</strong> CTT do concelho<br />
Em dias <strong>de</strong> feira, chegam a estar mais<br />
<strong>de</strong> 30 pessoas à porta dos CTT <strong>de</strong> <strong>Boticas</strong>,<br />
sobretudo quando os aposentados<br />
<strong>de</strong> todo concelho se <strong>de</strong>slocam em<br />
massa para receber as reformas ou pagar<br />
facturas no único posto <strong>de</strong> correios<br />
do concelho. A empresa admite que “po<strong>de</strong>rão<br />
verificar-se esperas maiores episodicamente”,<br />
mas <strong>de</strong>fen<strong>de</strong> que a afluência<br />
média <strong>de</strong> público “não é sequer<br />
suficiente para ocupar completamente<br />
o tempo <strong>de</strong> serviço” da única funcionária<br />
ao balcão.<br />
Longas filas e muita<br />
espera são duas imagens<br />
frequentes no posto <strong>de</strong><br />
Correios <strong>de</strong> <strong>Boticas</strong>. Em<br />
<strong>de</strong>terminadas alturas do<br />
mês, e sobretudo nos dias<br />
<strong>de</strong> feira, altura em que os<br />
idosos do concelho se <strong>de</strong>slocam<br />
à vila para receber<br />
reformas e pagar contas<br />
<strong>de</strong> água, luz e telefone, as<br />
filas chegam ao outro lado<br />
da rua. Nem sempre foi<br />
assim, mas há cerca <strong>de</strong><br />
três anos, Lur<strong>de</strong>s Dias é<br />
a única funcionária a<br />
aten<strong>de</strong>r o público ao balcão<br />
do único posto dos<br />
CTT em todo o concelho.<br />
Há quem compreenda<br />
e aguar<strong>de</strong> pacientemente<br />
a vez, ou quem aproveite<br />
para <strong>de</strong>spachar outros<br />
afazeres e volte uma, duas<br />
ou três vezes. Do outro<br />
lado da rua, o barbeiro<br />
José Montanha costuma<br />
ver mais <strong>de</strong> 15 pessoas à<br />
porta dos CTT em algumas<br />
manhãs. “As pessoas<br />
queixam-se que têm<br />
que voltar lá várias vezes”,<br />
confirma. Por vezes, acaba-se<br />
o dinheiro para pagar<br />
reformas e a funcionária<br />
é obrigada a fechar<br />
a porta para ir abastecerse<br />
ao banco. Entretanto,<br />
espera tudo cá fora.<br />
Muitos reclamam, mas<br />
no geral exiate compreensão.<br />
“Chegam a esperar<br />
horas. Devia ter mais uma<br />
funcionária para evitar<br />
esta situação”, diz o Sr.<br />
João Luís, que acaba <strong>de</strong><br />
sair do posto e vem <strong>de</strong><br />
Falando com a população<br />
da vila, quase<br />
todos concordam<br />
que a funcionária<br />
está sempre “cheia<br />
<strong>de</strong> trabalho” e que<br />
pelo menos “nos dias<br />
<strong>de</strong> muito serviço, <strong>de</strong>via<br />
haver mais uma<br />
pessoa”, como antigamente<br />
uma al<strong>de</strong>ia do concelho,<br />
acrescentando que já ouviu<br />
reclamações “<strong>de</strong> pessoas<br />
que vêm <strong>de</strong> longe”.<br />
Falando com a população<br />
da vila, quase todos concordam<br />
que a funcionária<br />
está sempre “cheia <strong>de</strong> trabalho”<br />
e que pelo menos<br />
“nos dias <strong>de</strong> muito serviço,<br />
<strong>de</strong>via haver mais uma<br />
pessoa”, como antigamente.<br />
“Vem gente <strong>de</strong> Barroso<br />
inteiro! No balcão, a<br />
funcionária, às vezes, vêse<br />
aflita!”, comenta também<br />
Laurinda Magro.<br />
Empresa diz que<br />
afluência média <strong>de</strong> público<br />
“não justifica colocação<br />
<strong>de</strong> mais nenhuma<br />
pessoa na loja”<br />
Mas a visão dos CTT<br />
é bem diferente. Questionado<br />
pelo <strong>Ecos</strong> <strong>de</strong> <strong>Boticas</strong>,<br />
o gabinete <strong>de</strong> imprensa<br />
da empresa, <strong>de</strong>tida a<br />
100% pelo Estado, admite<br />
que “po<strong>de</strong>rão verificarse<br />
esperas maiores episodicamente,<br />
em dias <strong>de</strong> fei-<br />
ra e em dias <strong>de</strong> maior procura<br />
<strong>de</strong> pagamento <strong>de</strong><br />
vales (pensões e rendimentos<br />
mínimos)”. Contudo,<br />
o responsável pela<br />
comunicação da empresa,<br />
Pedro Rodrigues, <strong>de</strong>fen<strong>de</strong><br />
que “o posto <strong>de</strong> <strong>Boticas</strong><br />
tem uma afluência média<br />
<strong>de</strong> público que não justifica<br />
a colocação <strong>de</strong> mais<br />
nenhuma pessoa na loja,<br />
sendo a actual composição<br />
a ajustada às necessida<strong>de</strong>s<br />
da população servida”.<br />
Quanto ao fecho da<br />
porta, em dias <strong>de</strong> pagamento<br />
<strong>de</strong> vales, Pedro Rodrigues<br />
realça que “estes<br />
ocorrem apenas episodicamente<br />
e por períodos<br />
curtos, nunca superiores a<br />
10 minutos, sendo forçados<br />
por razões <strong>de</strong> operacionalida<strong>de</strong><br />
da estação”.<br />
De novo, o responsável<br />
dos CTT sublinha que “a<br />
afluência <strong>de</strong> clientes e a<br />
activida<strong>de</strong> no posto referido<br />
não é sequer suficiente<br />
para ocupar completamente<br />
o tempo <strong>de</strong> serviço<br />
da funcionária aí colocada”.<br />
Além disso, os<br />
botiquenses nunca <strong>de</strong>ram<br />
ao uso ao livro <strong>de</strong> reclamações,<br />
pois “nunca chegou<br />
ao nosso conhecimento<br />
qualquer reclamação<br />
em relação ao tempo <strong>de</strong><br />
atendimento na loja <strong>de</strong><br />
<strong>Boticas</strong>”, remata.<br />
No posto, os dias mais<br />
complicados são os <strong>de</strong> feira,<br />
principalmente no início<br />
do mês, mas mesmo<br />
em dias normais, as entra-<br />
das e saídas são constantes<br />
e a funcionária<br />
parece não ter mãos a<br />
medir. Ao balcão do posto<br />
<strong>de</strong> <strong>Boticas</strong>, Lur<strong>de</strong>s<br />
Dias aten<strong>de</strong> clientes uns<br />
a seguir aos outros, ao<br />
mesmo tempo que respon<strong>de</strong><br />
às chamadas telefónicas.<br />
“Faz o servi-<br />
Para o responsável<br />
dos CTT, “a afluência <strong>de</strong><br />
clientes e a activida<strong>de</strong> no<br />
posto referido não é sequer<br />
suficiente para ocupar<br />
completamente o tempo<br />
<strong>de</strong> serviço da funcionária<br />
aí colocada”<br />
ço <strong>de</strong> duas!”, comenta<br />
um cliente, o Sr.<br />
António, que nos dias<br />
mais críticos vem<br />
sempre durante a tar<strong>de</strong><br />
porque “<strong>de</strong> manhã<br />
é gente que eu sei<br />
lá!”.<br />
Sandra Pereira
Saú<strong>de</strong><br />
Na quinta-feira, dia 24 <strong>de</strong><br />
Fevereiro, a petição pública a<br />
favor da criação <strong>de</strong> uma Unida<strong>de</strong><br />
Local <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> (ULS),<br />
que reuniu mais <strong>de</strong> 6300 assinaturas,<br />
vai ser <strong>de</strong>batida em plenário<br />
na Assembleia da República.<br />
Durante a manhã, os seis<br />
autarcas do Alto Tâmega,<br />
acompanhados dos vereadores,<br />
presi<strong>de</strong>ntes <strong>de</strong> junta e membros<br />
eleitos das assembleias municipais,<br />
serão ouvidos pelos grupos<br />
parlamentares no sentido <strong>de</strong> os<br />
sensibilizar para a importância<br />
da questão que será <strong>de</strong>batida<br />
durante a tar<strong>de</strong>.<br />
Para o presi<strong>de</strong>nte da Câmara<br />
<strong>de</strong> <strong>Boticas</strong>, Fernando Campos,<br />
trata-se <strong>de</strong> “uma vitória da<br />
persistência”, já que o município<br />
botiquense foi “uma das vozes<br />
mais críticas na <strong>de</strong>núncia da<br />
actual situação, em que os cidadãos<br />
fugiam para outras unida<strong>de</strong>s<br />
<strong>de</strong> saú<strong>de</strong> porque não tinham<br />
segurança na forma como<br />
eram atendidos e nas condições<br />
que eram prestadas em Chaves”.<br />
Ao <strong>Ecos</strong> <strong>de</strong> <strong>Boticas</strong>, Fernando<br />
Campos recordou que<br />
“não havia meios humanos, nem<br />
4<br />
Fevereiro <strong>de</strong> 2011<br />
Debate no Parlamento sobre Unida<strong>de</strong> Local <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong><br />
no Alto Tâmega é “uma vitória da persistência”<br />
Na quinta-feira 24 <strong>de</strong> Fevereiro, autarcas,<br />
presi<strong>de</strong>ntes <strong>de</strong> juntas e <strong>de</strong>putados municipais<br />
do Alto Tâmega estarão em Lisboa para <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>r<br />
a criação <strong>de</strong> uma Unida<strong>de</strong> Local <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong><br />
no Alto Tâmega, com se<strong>de</strong> em Chaves. O<br />
presi<strong>de</strong>nte da Câmara <strong>de</strong> <strong>Boticas</strong> diz que o município<br />
foi “uma das vozes mais críticas na <strong>de</strong>núncia<br />
da actual situação” e espera que o Governo<br />
“<strong>de</strong>sta vez dê ouvidos às necessida<strong>de</strong>s<br />
das populações”.<br />
“Esta luta toda não<br />
foi por bairrismo balofo,<br />
nem por vaida<strong>de</strong><br />
ferida. Foi porque<br />
fundamentalmente<br />
nos preocupava a forma<br />
como eram prestados<br />
cuidados <strong>de</strong><br />
saú<strong>de</strong> à nossa população.<br />
Se melhorar, já<br />
valeu a pena”, consi<strong>de</strong>ra<br />
Fernando Campos<br />
materiais. Havia situações absolutamente<br />
caricatas <strong>de</strong> macas<br />
nos corredores, às vezes não<br />
havia papel higiénico, outras<br />
vezes não havia lençóis para<br />
mudar... Havia uma situação<br />
que era insustentável”.<br />
Por isso, a discussão <strong>de</strong> uma<br />
ULS no Parlamento “é a prova<br />
provada <strong>de</strong> que tínhamos razão<br />
<strong>de</strong> que havia necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
alterar a situação. (…) Não sendo<br />
possível reactivar os serviços<br />
que o Hospital <strong>de</strong> Chaves<br />
prestava há 10 anos, em que<br />
toda a gente se sentia seguro<br />
com a sua saú<strong>de</strong> porque tinha<br />
expectativas altas e confiança<br />
nos serviços e no pessoal, esta<br />
parece-me a melhor solução <strong>de</strong><br />
todas as outras possíveis”, concluiu.<br />
Os autarcas do Alto Tâmega<br />
acreditam que a reivindicação<br />
será atendida, uma vez que<br />
pelo menos dois projectos <strong>de</strong><br />
resolução, dos grupos parlamentares<br />
do PSD e PCP, serão<br />
apresentados no sentido <strong>de</strong> recomendar<br />
ao Governo a criação<br />
<strong>de</strong> uma ULS, tal como vai acontecendo<br />
pelo país e mais recentemente<br />
em Bragança, para<br />
efectivar um serviço <strong>de</strong> maior<br />
proximida<strong>de</strong> aos utentes. Pela<br />
sua parte, Fernando Campos<br />
espera que os projectos <strong>de</strong> resolução<br />
sejam aprovados e que<br />
“<strong>de</strong>pois o Governo não seja,<br />
como é costume, autista, cego,<br />
surdo e mudo e que, <strong>de</strong>sta vez,<br />
dê ouvidos às necessida<strong>de</strong>s das<br />
populações”. Até porque “esta<br />
luta toda não foi por bairrismo<br />
balofo, nem por vaida<strong>de</strong> ferida.<br />
Foi porque fundamentalmente<br />
nos preocupava a forma como<br />
eram prestados cuidados <strong>de</strong> saú<strong>de</strong><br />
à nossa população. Se melhorar,<br />
já valeu a pena”, rematou.<br />
Para os municípios do Alto<br />
Tâmega, a vantagem da criação<br />
<strong>de</strong> uma ULS passa pelo facto<br />
<strong>de</strong> uma gestão mais autónoma<br />
do Hospital <strong>de</strong> Chaves po<strong>de</strong>r<br />
permitir mais interligação com<br />
os centros <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> da região e<br />
até cobrir situações mais difíceis,<br />
como por exemplo a falta<br />
<strong>de</strong> médicos no Centro <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> Ribeira <strong>de</strong> Pena. “Po<strong>de</strong><br />
permitir que haja reforço on<strong>de</strong><br />
Feitas as recolhas, a esperança<br />
é encontrar um dador compatível<br />
Foram duas semanas <strong>de</strong> solidarieda<strong>de</strong> em Chaves<br />
para ajudar a salvar o Igor, <strong>de</strong> 7 anos. Depois <strong>de</strong> no dia<br />
30 <strong>de</strong> Janeiro os Kits <strong>de</strong> recolha terem esgotado, no dia<br />
5 <strong>de</strong> Fevereiro quase 500 pessoas <strong>de</strong>ram o seu contributo,<br />
disponibilizando uma recolha <strong>de</strong> amostra <strong>de</strong> sangue.<br />
As recolhas aconteceram nos Bombeiros Voluntários<br />
<strong>de</strong> Chaves e, agora, a expectativa é po<strong>de</strong>r encontrar<br />
um dador compatível <strong>de</strong> medula óssea.<br />
Igor Silva, <strong>de</strong> 7 anos, sofre da doença - “Síndrome<br />
Mielodisplásico” - precisando <strong>de</strong> um transplante <strong>de</strong><br />
Medula Óssea.<br />
Redacção<br />
há necessida<strong>de</strong> e cedência on<strong>de</strong><br />
eventualmente possa haver excesso.<br />
É essa solidarieda<strong>de</strong> que<br />
é mais fácil gerar entre nós que<br />
temos os mesmos problemas”,<br />
explicou Fernando Campos. Até<br />
porque “a afluência a Vila Real<br />
O município botiquense foi “uma das vozes<br />
mais críticas na <strong>de</strong>núncia da actual situação”,<br />
“em que os cidadãos fugiam para outras<br />
unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> porque não tinham<br />
segurança na forma como eram atendidos e<br />
nas condições que eram prestadas em Chaves”<br />
pela ineficácia do Hospital <strong>de</strong><br />
Chaves fazia com que aqueles<br />
habitualmente já servidos por<br />
Vila Real estivessem a ser também<br />
mal servidos. Esperemos<br />
que agora toda a gente passe a<br />
ser melhor servida porque vamos<br />
evitar uma gran<strong>de</strong> concentração<br />
em Vila Real prestando<br />
serviços em Chaves”, rematou<br />
o autarca.<br />
Sandra Pereira<br />
Agra<strong>de</strong>cimento<br />
A família <strong>de</strong> Igor Silva vem, por este meio, agra<strong>de</strong>cer<br />
profundamente a todas as pessoas que, generosamente,<br />
aceitaram o pedido <strong>de</strong> solidarieda<strong>de</strong> e se disponoibilizaram<br />
para fazer a recolha <strong>de</strong> amostra <strong>de</strong> sangue,<br />
na esperança <strong>de</strong> po<strong>de</strong>r encontar um dador compatível<br />
<strong>de</strong> medula óssea.<br />
A todos, o nosso muito obrigado.
Fevereiro <strong>de</strong> 2011 5<br />
Economia<br />
UTAD quer criar floresta com árvores mais<br />
resistentes ao fogo em <strong>Boticas</strong> e Ribeira <strong>de</strong> Pena<br />
No último Verão, o<br />
fogo consumiu parte da<br />
maior mancha <strong>de</strong> pinheiro<br />
bravo da Europa<br />
nos concelhos <strong>de</strong><br />
<strong>Boticas</strong> e Ribeira <strong>de</strong><br />
Pena. Para evitar que<br />
este cenário dantesco<br />
se repita, a Universida<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> Trás-os-Montes e<br />
Alto Douro sugeriu ao<br />
Governo criar uma<br />
zona florestal mais resistente<br />
aos incêndios.<br />
Fernando Campos garante<br />
que, se a i<strong>de</strong>ia for<br />
aprovada, terá todo o<br />
apoio<br />
A Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Trás-os-<br />
Montes e Alto Douro (UTAD)<br />
remeteu uma proposta à secretaria<br />
<strong>de</strong> Estado das Florestas<br />
com vista a criar uma “floresta<br />
piloto” mais resistente ao fogo.<br />
O principal objectivo do projecto<br />
é recuperar a área atingida<br />
pelo gran<strong>de</strong> incêndio que afectou<br />
os concelhos <strong>de</strong> Ribeira <strong>de</strong><br />
Pena e <strong>Boticas</strong> no Verão <strong>de</strong><br />
2010 e evitar futuros danos nos<br />
ecossistemas da região do Barroso.<br />
De acordo com o professor<br />
do Departamento <strong>de</strong> Ciências<br />
Florestais da UTAD, Hermínio<br />
Botelho, a i<strong>de</strong>ia é aproveitar os<br />
cerca <strong>de</strong> quatro mil hectares <strong>de</strong><br />
área ardida nos dois concelhos<br />
para criar uma “área piloto”<br />
com espécies mais resilientes.<br />
Assim, algumas áreas <strong>de</strong> pinhei-<br />
“A i<strong>de</strong>ia da UTAD em<br />
recuperar essa área ardida,<br />
sem ter uma continuida<strong>de</strong><br />
tão gran<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
pinheiro bravo e com<br />
áreas <strong>de</strong> protecção das<br />
produções para que não<br />
haja os riscos que houve<br />
neste incêndio, não<br />
<strong>de</strong>ixará naturalmente<br />
<strong>de</strong> merecer o nosso<br />
apoio e empenho na sua<br />
concretização”, consi<strong>de</strong>rou<br />
Fernando Campos<br />
ro bravo (uma espécie altamente<br />
inflamável) teriam <strong>de</strong> ser reconvertidas,<br />
ao mesmo tempo<br />
que a área <strong>de</strong> carvalhal ou <strong>de</strong><br />
outras espécies mais resistentes<br />
seria aumentada, <strong>de</strong> forma<br />
a criar <strong>de</strong>scontinuida<strong>de</strong> para a<br />
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De Abel e Aldina Barroso<br />
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passagem do fogo.<br />
“É um projecto que ainda<br />
não conhecemos em pormenor<br />
e que aguardamos que nos seja<br />
remetido. Mas a i<strong>de</strong>ia da UTAD<br />
em recuperar essa área ardida,<br />
sem ter uma continuida<strong>de</strong> tão<br />
gran<strong>de</strong> <strong>de</strong> pinheiro bravo e com<br />
áreas <strong>de</strong> protecção das produções<br />
para que não haja os riscos<br />
que houve neste incêndio,<br />
não <strong>de</strong>ixará naturalmente <strong>de</strong><br />
merecer o nosso apoio e empenho<br />
na sua concretização”, consi<strong>de</strong>rou<br />
o presi<strong>de</strong>nte da Câmara<br />
Municipal <strong>de</strong> <strong>Boticas</strong>, Fernando<br />
Campos, acrescentando<br />
que na altura do gran<strong>de</strong> incêndio,<br />
que na parte botiquense atingiu<br />
mais severamente Covas do<br />
Barroso, solicitou ao Secretário<br />
<strong>de</strong> Estado da Protecção Civil<br />
apoio para as populações afectadas<br />
e apontou a urgência <strong>de</strong><br />
recuperar a área ardida, o que<br />
até à data não obteve resposta.<br />
Ano Internacional das<br />
Florestas será assinalado em<br />
<strong>Boticas</strong><br />
No sentido <strong>de</strong> minimizar os<br />
impactos do incêndio do Verão<br />
passado e proce<strong>de</strong>r à reflorestação<br />
da área ardida, as duas<br />
autarquias também apresentaram<br />
uma candidatura ao Programa<br />
<strong>de</strong> Desenvolvimento<br />
Rural (PRODER), que aguarda<br />
resposta, informou, ainda,<br />
Agostinho Pinto, presi<strong>de</strong>nte da<br />
Câmara <strong>de</strong> Ribeira <strong>de</strong> Pena.<br />
“Dado que a floresta é uma<br />
riqueza importante para a região<br />
e para a economia do país e que<br />
Ribeira <strong>de</strong> Pena viu a sua mancha<br />
florestal severamente atingida<br />
[principalmente nas freguesias<br />
<strong>de</strong> Canedo e Penalonga],<br />
temos interesse em recuperar<br />
essa área e vamos colaborar”<br />
com a UTAD, garantiu também<br />
o autarca ribeirapenense, que<br />
No Ano Internacional<br />
das Florestas,<br />
<strong>Boticas</strong> terá iniciativas<br />
<strong>de</strong> sensibilização<br />
da comunida<strong>de</strong> sobre<br />
os cuidados a ter na<br />
protecção <strong>de</strong> um dos<br />
maiores recursos do<br />
concelho<br />
admite que possa ser necessário<br />
“outro or<strong>de</strong>namento da floresta<br />
ou aumentar os pontos <strong>de</strong><br />
água”. Alternativas que terão <strong>de</strong><br />
ser estudadas por técnicos especializados,<br />
acrescentou. Nesse<br />
sentido, a UTAD tem um<br />
Grupo <strong>de</strong> Fogos Florestais, que<br />
é pioneiro a nível internacional<br />
na investigação dos incêndios<br />
florestais, nomeadamente no<br />
que respeita à prevenção e uso<br />
controlado do fogo.<br />
Este mês foi também marcado<br />
pelo arranque do Ano Internacional<br />
das Florestas, que se<br />
assinala durante todo o ano <strong>de</strong><br />
2011. Embora consi<strong>de</strong>re ser um<br />
“trabalho diário”, Fernando<br />
Campos avançou que o município<br />
<strong>de</strong> <strong>Boticas</strong> terá “iniciativas<br />
<strong>de</strong> sensibilização da comunida<strong>de</strong><br />
sobre os cuidados a ter na<br />
protecção da floresta”, um dos<br />
maiores recursos do concelho e<br />
que a nível nacional gera 3,1%<br />
do Produto Interno Bruto (PIB)<br />
e assegura a manutenção <strong>de</strong><br />
260 mil postos <strong>de</strong> trabalho.<br />
Sandra Pereira
<strong>Boticas</strong> – Tradições<br />
“São Mame<strong>de</strong> te leve<strong>de</strong><br />
São Vicente te acrescente<br />
Eu a comer e tu a crescer<br />
Deus te ponha a virtu<strong>de</strong>,<br />
qu’eu da minha parte fiz o que<br />
pu<strong>de</strong>”<br />
A bênção da massa do pão<br />
inicia-se junto ao forno comunitário<br />
uma semana antes do dia<br />
em que será renovada a promessa<br />
que os antepassados fizeram<br />
a São Sebastião, quando<br />
pediram protecção contra os<br />
invasores franceses. Mas hoje,<br />
como todos os dias 20 <strong>de</strong> Janeiro,<br />
já fumega melhor a chaminé<br />
da Casa do Santo, em Vila<br />
Gran<strong>de</strong> <strong>de</strong> Dornelas, graças às<br />
esmolas recolhidas no ano passado.<br />
“Antes tinha 20×25 cm,<br />
não tinha tiragem nenhuma”,<br />
explica Paulo Sanches, um dos<br />
15 mordomos da festa, her<strong>de</strong>iros<br />
dos lavradores mais abastados<br />
que ao longo dos tempos<br />
mantiveram a oferenda do banquete<br />
a todos os que por lá param<br />
nesse dia.<br />
Na Casa do Santo, já se<br />
aglomeram e reencontram as<br />
gentes. Este ano, a missa é celebrada<br />
pela primeira vez pelo<br />
pároco <strong>de</strong> <strong>Boticas</strong>, o padre Silvério<br />
Guimarães, que confi<strong>de</strong>ncia<br />
sentir “uma alegria muito<br />
gran<strong>de</strong> ao ver este povo unido<br />
e tanta gente <strong>de</strong> fora. Alegrame<br />
que a gran<strong>de</strong> maioria vá à<br />
eucaristia”. Em frente a mais<br />
<strong>de</strong> um milhar <strong>de</strong> broas, os membros<br />
da Comissão Fabriqueira<br />
carregam pacificamente a Cruz<br />
para a bênção…<br />
- Isto é só paz e amor ao<br />
contrário do que as pessoas<br />
pintam! O Couto não é um<br />
local <strong>de</strong> pessoas más. É um<br />
local <strong>de</strong> pessoas justas!<br />
Quem repõe os pontos nos<br />
is é Xavier Barreto, presi<strong>de</strong>nte<br />
da Junta <strong>de</strong> Freguesia <strong>de</strong> Couto<br />
6<br />
Fevereiro <strong>de</strong> 2011<br />
A Paz <strong>de</strong> São Sebastião rei<br />
Este ano, a 20 <strong>de</strong> Janeiro, as <strong>de</strong>savenças<br />
entre o povo e a igreja <strong>de</strong> Couto <strong>de</strong> Dornelas<br />
adormeceram na paz <strong>de</strong> São Sebastião. Pela<br />
primeira vez, foi o padre Silvério, pároco <strong>de</strong><br />
<strong>Boticas</strong>, quem abençoou as carnes na festa do<br />
mártir. À volta do “potedo”, on<strong>de</strong> se reatam<br />
laços comunitários travados <strong>de</strong>s<strong>de</strong> as Invasões<br />
Francesas, a história da freguesia e das suas<br />
gentes conta-se a várias vozes<br />
Por Sandra Pereira<br />
<strong>de</strong> Dornelas, que cumprimenta<br />
tudo e todos, contagiando-os<br />
com a sua característica boa<br />
disposição. E convém mesmo<br />
dizê-lo, porque se hoje reina a<br />
paz do Senhor, a tempesta<strong>de</strong><br />
sobre o registo da Casa do Santo,<br />
que opõe o povo à Igreja, ainda<br />
vai no adro… Paulo Sanches<br />
não consegue conter-se: “a única<br />
ligação da Igreja à festa é a<br />
promessa ao São Sebastião.<br />
Todos os anos, a missa celebrada<br />
é paga pela comissão <strong>de</strong><br />
mordomos. São 50 euros pelo<br />
serviço religioso. A Igreja nunca<br />
contribuiu para a festa!”. E<br />
pensar que há seis anos, quando<br />
o conflito estalou com o antigo<br />
pároco Fernando Guerra, a<br />
missa <strong>de</strong> São Sebastião custava-lhes<br />
150 euros… relembra o<br />
actual tesoureiro da junta <strong>de</strong><br />
Dornelas.<br />
Mas 21 potes já estão ao<br />
lume e fumegam quase 500 quilos<br />
<strong>de</strong> carne e 100 <strong>de</strong> arroz.<br />
“Pensa-se que é muito trabalho,<br />
mas eles já estão habituados e<br />
organizados”, ouve-se. “Se houvesse<br />
mais dinheiro, em vez <strong>de</strong><br />
um forno, haveria dois!”, ri Pau-<br />
lo Sanches.<br />
Moer a farinha, peneirá-la,<br />
cozer a massa do pão no forno,<br />
pôr <strong>de</strong> molho e lavar a carne,<br />
cozer o arroz. Este proce<strong>de</strong>r<br />
Maria Fernanda Barreto, da Vila<br />
Pequena, já o conhece há 20<br />
anos. “Gosto <strong>de</strong> vir ajudar! É<br />
tradição da terra e não queria<br />
que acabasse. Mas a gente não<br />
tem vagar para fazer tudo, isto<br />
é uma festa muito trabalhosa.<br />
Passam aqui noites sem dormir”.<br />
Entre danças, cantares e<br />
comeres…<br />
Raiados pelo sol, as gentes<br />
<strong>de</strong> Couto <strong>de</strong> Dornelas e curiosos<br />
das redon<strong>de</strong>zas renovam a<br />
promessa secular, cada vez<br />
mais convictos do amparo do<br />
Mártir São Sebastião. Do Minho,<br />
vêm <strong>de</strong> Barcelos, Guima-<br />
rães e Famalicão. Mas também<br />
há aqui galegos, franceses, italianos<br />
e até compatriotas do<br />
Brasil. E emigrantes das Américas.<br />
“Antigamente, era quase<br />
só as pessoas aqui da al<strong>de</strong>ia na<br />
festa. Há cerca <strong>de</strong> 10 ou 15<br />
anos, através da comunicação<br />
social ou pela boca <strong>de</strong> um amigo,<br />
as pessoas vão conhecendo<br />
e há mais gente”, comenta Paulo<br />
Sanches, acrescentando que<br />
nem os mordomos, nem a Câmara<br />
Municipal <strong>de</strong> <strong>Boticas</strong>, gastaram<br />
um cêntimo em publicida<strong>de</strong>.<br />
“A olho”, haverá certamente<br />
mais <strong>de</strong> 5000 pessoas.<br />
Este ano, há novida<strong>de</strong>s: tigelas<br />
<strong>de</strong> barro para a sopa, adornadas<br />
com o nome do Santo<br />
numa fábrica <strong>de</strong> Barcelos, vendidas<br />
pelo simbólico preço <strong>de</strong><br />
um euro, em nome da higiene.<br />
Não há crise, “fica <strong>de</strong> recordação!”.<br />
Mas muitos, sabendo o<br />
que a casa gasta, já vêm “armados”<br />
com talheres, pratos,<br />
copos, vinho, rissóis e outros<br />
acepipes para ir petiscando.<br />
Encosta acima, lá vão 700 metros<br />
<strong>de</strong> mesa estreita. Dois <strong>de</strong>spenseiros<br />
vão na frente para<br />
esten<strong>de</strong>r as toalhas <strong>de</strong> linho.<br />
Seguem-se as broas, dispostas<br />
religiosamente a uma distância<br />
<strong>de</strong> cerca <strong>de</strong> metro e meio com<br />
a ajuda <strong>de</strong> uma vara <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira,<br />
que já tem mais anos que<br />
todos os habitantes aqui da freguesia.<br />
Os restantes <strong>de</strong>spenseiros<br />
rompem entre a multidão, que<br />
não arreda pé do lugar conquistado,<br />
para finalizar o ritual: colocar<br />
o prato <strong>de</strong> carne por cima<br />
da broa, e a malga <strong>de</strong> arroz ao<br />
lado.<br />
- Dêem esmola ao Mártir!<br />
A ver se ganhamos para<br />
o arroz! Toca a abrir as carteiras!<br />
Em alto e bom som apregoa<br />
António Batista, que esten<strong>de</strong><br />
o cestinho para a esmola,<br />
antes que o fiel corte o primeiro<br />
pedaço <strong>de</strong> broa após<br />
beijar o Santo protector dos<br />
animais. “Estamos em crise!<br />
Mais moedas do que notas,<br />
mas as pessoas dão sempre”,<br />
ri-se. Ilídio Rodrigues, <strong>de</strong> Capeludos<br />
<strong>de</strong> Aguiar, dá <strong>de</strong> boa<br />
<strong>de</strong> vonta<strong>de</strong> para que “continuem<br />
a fazer a festinha. As coisas<br />
antigas nunca <strong>de</strong>vem terminar”.<br />
Risos, conversas, abraços.<br />
Chegou a hora do repasto. Cozido<br />
na calda da carne, no pote<br />
e ao lume, arroz tão saboroso<br />
não é todos os dias. Toca a<br />
aproveitar enquanto se entoam<br />
uns cantares populares,<br />
em tempos saídos da voz das<br />
avós. “Venho porque tenho<br />
muita fé! E acredito que a<br />
maioria das pessoas é isso que<br />
as traz…”, diz com um largo<br />
sorriso nos lábios a botiquense<br />
Palmira Carneiro, que já<br />
não vinha há 15 anos. “Conheci<br />
a cozinha antiga, no centro<br />
da al<strong>de</strong>ia. Hoje, <strong>de</strong>parei-me<br />
com outra com mais espaço e<br />
melhores condições. São uns<br />
heróis com todo este trabalho!<br />
É <strong>de</strong> louvar a função que prestam”.<br />
Daqui, há quem siga<br />
para ser abençoado com a feijoada<br />
das Alturas do Barroso<br />
ou para a Venda Nova, que<br />
também louva o Mártir.
Fevereiro <strong>de</strong> 2011 7<br />
nou em Couto <strong>de</strong> Dornelas<br />
… e o dom <strong>de</strong> bem receber<br />
do Barroso<br />
- Entre, entre, e coma<br />
aqui uma feijoada!<br />
Hoje é o dia <strong>de</strong> graça do presi<strong>de</strong>nte<br />
do Junta <strong>de</strong> Freguesia<br />
<strong>de</strong> Couto <strong>de</strong> Dornelas, Xavier<br />
Barreto. Tem casa cheia, com<br />
pessoas <strong>de</strong> vários pontos do<br />
país e do mundo. Há os que vieram<br />
para o ócio, boa mesa e<br />
conversa <strong>de</strong> língua afiada, outros<br />
pela fé ou para solidificar<br />
amiza<strong>de</strong>s. Dizia há pouco o padre<br />
Silvério que “os do Barroso<br />
tiveram sempre o dom <strong>de</strong> receber<br />
bem, serem abertos e generosos”.<br />
“É uma festa que <strong>de</strong>via ter<br />
toda a atenção, mas não tem<br />
toda a que merece. Gostava <strong>de</strong><br />
ver, por exemplo, o presi<strong>de</strong>nte<br />
da Câmara na mesa com as<br />
pessoas, mas não participa…<br />
Tinha todo o gosto”, espicaça<br />
Xavier Barreto. As alfinetadas<br />
lançadas à “capital” já não são<br />
<strong>de</strong> hoje, os “cêntimos” da Câmara<br />
<strong>de</strong> <strong>Boticas</strong> continuam a<br />
não chegar à freguesia, mas o<br />
povo rebel<strong>de</strong> e <strong>de</strong> partido in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte<br />
resiste politicamente,<br />
tal como os gauleses enfrentaram<br />
os romanos em tempos,<br />
com 33 votos “sacados” nas últimas<br />
eleições. “O Couto continua<br />
a ser um ponto <strong>de</strong> diferença!”,<br />
ri-se Xavier Barreto.<br />
O São Sebastião gosta <strong>de</strong><br />
muito fiéis a adorá-lo, mas não<br />
é atracção turística. Mexer, num<br />
pormenor que fosse, seria estragar<br />
a festa, diz o jovem presi<strong>de</strong>nte<br />
<strong>de</strong> junta, <strong>de</strong> 34 anos. Se<br />
mais mil viessem, seria o cabo<br />
dos trabalhos… A verda<strong>de</strong> é que<br />
Vila Gran<strong>de</strong> não está habituada<br />
a 5 mil pessoas e autocarros<br />
cheios <strong>de</strong> excursionistas reformados…<br />
“Os acessos são responsabilida<strong>de</strong><br />
da Câmara Municipal,<br />
que <strong>de</strong>via zelar por isso”,<br />
trava logo Xavier Barreto.<br />
“Mas o que me choca são as<br />
paragens <strong>de</strong> autocarro em metal<br />
num ambiente totalmente<br />
rural. Deviam ser <strong>de</strong> pedra, mas<br />
isso são erros <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão camarária”.<br />
Os tempos mudaram. Aqui<br />
e em todo o mundo rural. “As<br />
pessoas <strong>de</strong>ixaram <strong>de</strong> matar porcos<br />
e produzir carne em casa,<br />
temos que a comprar. Outros<br />
<strong>de</strong>ixaram <strong>de</strong> fazer pão e temos<br />
que comprar a farinha, o trigo e<br />
o centeio fora. O milho (ainda!)<br />
é da al<strong>de</strong>ia”, informa Paulo Sanches.<br />
É a“<strong>de</strong>smultiplicação dos<br />
pães” sustentada pela lei da<br />
natureza. Na freguesia, “a al<strong>de</strong>ia<br />
<strong>de</strong> Casal tem dois moradores<br />
e a <strong>de</strong> Lousas quatro…”.<br />
Mas ainda há esperança. Falase<br />
<strong>de</strong> um projecto <strong>de</strong> uma casa<br />
<strong>de</strong> turismo rural na freguesia,<br />
que vai vivendo <strong>de</strong> algum proveito<br />
do que a floresta dá. Mas<br />
os 3 mil hectares do concelho<br />
podiam dar mais rendimento, na<br />
opinião do mordomo.<br />
É tudo cíclico, <strong>de</strong>sdramatiza<br />
Xavier Barreto. E neste ponto,<br />
tem uma curiosa tese que acalenta<br />
a chama <strong>de</strong> que melhores<br />
dias virão. Ora, ouçam:<br />
- “Todo o Interior já passou<br />
por fases idênticas a esta. Já no<br />
tempo <strong>de</strong> D. Fernando e nas<br />
Leis <strong>de</strong> Sesmarias se <strong>de</strong>batia<br />
este problema da agricultura e<br />
<strong>de</strong> fixar as pessoas, da necessida<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> cultivar as terras e tudo<br />
o mais. Penso que o melhor conselheiro<br />
político é o historiador.<br />
Temo-nos cingido à economia,<br />
tem <strong>de</strong> ter rentabilida<strong>de</strong>, tem que<br />
ter competitivida<strong>de</strong>. São coisas<br />
totalmente estúpidas porque o<br />
que interessa é sustentabilida<strong>de</strong>!<br />
O São Sebastião, que é tão<br />
velhinho, é advogado <strong>de</strong> três<br />
coisas base para toda a socieda<strong>de</strong>:<br />
paz, fome e peste. Se tivermos<br />
saú<strong>de</strong>, se estivermos a<br />
viver em paz e com a barriga<br />
cheia, o que precisamos mais?<br />
A felicida<strong>de</strong> <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> da ambição<br />
<strong>de</strong> cada um. Penso que os<br />
jovens andam enganados.”<br />
Às vezes, o sucesso po<strong>de</strong><br />
estar à porta <strong>de</strong> casa, diz-se.<br />
Um dia, haverá quem procure<br />
viver <strong>de</strong> ar puro, sossego e comida<br />
boa, ou “biológica”. Em<br />
Dornelas, agra<strong>de</strong>ce-se tudo isso<br />
a S. Sebastião. “É uma festa que<br />
A receita <strong>de</strong><br />
S. Sebastião<br />
- 2000 quilos <strong>de</strong> farinha<br />
- 1200 broas<br />
- 100 quilos <strong>de</strong> arroz<br />
- 500 quilos <strong>de</strong> carne<br />
- 700 metros <strong>de</strong> mesa<br />
- 21 potes ao lume<br />
- 10 a 15 mordomos<br />
- 50 a 70 ajudantes na festa<br />
- 3000 euros é quanto<br />
ren<strong>de</strong> em média a festa<br />
- 5 a 6 mil visitantes, em dia<br />
<strong>de</strong> semana. 7 a 8 mil ao fim<strong>de</strong>-semana<br />
mostra a coragem <strong>de</strong>sta gente.<br />
Do campo, mas <strong>de</strong> uma tenacida<strong>de</strong><br />
inexcedível e que, por conseguinte,<br />
enfrenta todos os sacrifícios.<br />
Estão a trabalhar há<br />
mais <strong>de</strong> 15 dias para juntar dinheiro<br />
e comestíveis. Hoje são<br />
menos, mas muito unidos, com<br />
um lote <strong>de</strong> gente nova à frente<br />
para enfrentar as dificulda<strong>de</strong>s”.<br />
Está tudo dito. Mas <strong>de</strong> on<strong>de</strong><br />
vem tão rasgado elogio a estas<br />
almas indomáveis!? Do padre<br />
Silvério Guimarães. Seja ou não<br />
num copo <strong>de</strong> água, não importa<br />
a tempesta<strong>de</strong>, a bonança lá virá.<br />
Tribunal <strong>de</strong>u razão à Igreja sobre<br />
Casa do Santo, mas o povo apresentou<br />
recurso<br />
O diferendo à volta da Casa do Santo, que divi<strong>de</strong> população<br />
e Igreja, encontra-se actualmente em fase <strong>de</strong> recurso<br />
interposto por uma acção popular, após o Tribunal Judicial <strong>de</strong><br />
<strong>Boticas</strong> ter dado razão à Comissão Fabriqueira, consi<strong>de</strong>rando<br />
válida a escritura <strong>de</strong> justificação <strong>de</strong> posse, num julgamento<br />
que iniciou em Abril <strong>de</strong> 2008. Entretanto, a freguesia <strong>de</strong> Couto<br />
<strong>de</strong> Dornelas esteve quatro anos sem pároco. No ano passado,<br />
veio o padre Delfim e, há meio ano, o padre Silvério<br />
Guimarães <strong>de</strong> <strong>Boticas</strong>. Depois dos azedumes com o antigo<br />
pároco da freguesia, Fernando Guerra, as relações são “boas”,<br />
garante Paulo Sanches, tesoureiro da Junta <strong>de</strong> Freguesia. “Estamos<br />
tão habituados a isto que já não há diferendo!”.<br />
O presi<strong>de</strong>nte da Junta, Xavier Barreto, insiste que a Casa<br />
está mal registada por usucapião, uma vez que ficou provado<br />
que não tem mais <strong>de</strong> 20 anos, e <strong>de</strong>fen<strong>de</strong> que tem <strong>de</strong> ficar nas<br />
mãos da comunida<strong>de</strong>, porque foi construída por volta <strong>de</strong> 1990<br />
por populares <strong>de</strong> todas as crenças religiosas e ninguém imagina<br />
voltar a pôr potes ao lume em casa <strong>de</strong> um agricultor, algo<br />
que não acontece <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 1994. Além disso, “os mordomos é<br />
que sabem das necessida<strong>de</strong>s da festa” e não têm que estar a<br />
pedinchar à porta da Igreja para fazer obras ou alterações,<br />
acrescenta Paulo Sanches. “Fique <strong>de</strong> um lado ou do outro, o<br />
importante é que a festa <strong>de</strong>ve continuar. Gostaria que <strong>de</strong>ssem<br />
as mãos”, aponta, por sua vez, o padre Silvério, convencido<br />
que tudo se resume à falta <strong>de</strong> diálogo. Xavier Barreto relativiza:<br />
“A saga continua, mas a Casa não vai fugir <strong>de</strong> Dornelas!”.
Paulo Sá Machado<br />
Contos Co(n)tados<br />
8<br />
Continuamos hoje a divulgar aspectos<br />
<strong>de</strong>ste Concelho encantado e encantador<br />
que nos tem levado a pesquisar, o que prover<br />
sobre <strong>Boticas</strong>.<br />
Assim e numa Feira <strong>de</strong> Livros, encontrámos<br />
uma interessante obra <strong>de</strong> Maria<br />
Olinda Rodrigues Santana – “Documentação<br />
Foraleira Dionisina <strong>de</strong> Trás-os-<br />
Montes”, Professora no Departamento <strong>de</strong><br />
Letras da Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Trás-os-Montes<br />
e Alto Douro, que nos veio ensinar<br />
muito sobre os Aforamentos, nesta região<br />
e com <strong>de</strong>staque para algumas povoações<br />
que a partir <strong>de</strong> 6 <strong>de</strong> Novembro <strong>de</strong> 1836,<br />
passaram a integrar o Município <strong>de</strong> <strong>Boticas</strong>.<br />
Nesta sua obra <strong>de</strong>stacamos os Aforamentos<br />
<strong>de</strong> Carvalhelhos, Sesserigo, Curros,<br />
Vilarinho, Lavradas e Mosteirão(?),<br />
concedidos pelo Rei D. Dinis, cognominado<br />
“O Lavrador”.<br />
Aforamento é um tipo <strong>de</strong> documento<br />
foraleiro, on<strong>de</strong> são concedidas <strong>de</strong>terminadas<br />
benesses, acto <strong>de</strong> concessão <strong>de</strong> privilégios<br />
e <strong>de</strong>veres sobre uma proprieda<strong>de</strong><br />
cedida em enfiteuse (arrendamento<br />
prolongado ou <strong>de</strong>finitivo, que mais tar<strong>de</strong><br />
daria, em direito ao chamado, “direito consuetudinário”)<br />
para exploração ou usufruto<br />
ao seu ocupante, pelo proprietário. Era<br />
um acto jurídico privado que se praticou<br />
até à década <strong>de</strong> 1960 em Portugal. Os aforamentos<br />
podiam ser concedidos pelos<br />
reis, por pessoas públicas (por exemplo,<br />
mosteiros, Or<strong>de</strong>ns religiosas, etc.) ou privadas,<br />
casas senhoriais por exemplo; e geralmente<br />
eram feitos especificando um<br />
certo número <strong>de</strong> gerações em que o foro<br />
(quantia em dinheiro ou espécies, ou ambas,<br />
paga anualmente ao senhorio do<br />
foro).<br />
Mas voltando aos nossos Aforamentos,<br />
começámos pelo <strong>de</strong> Carvalhelhos, datado<br />
<strong>de</strong> 12 <strong>de</strong> Dezembro <strong>de</strong> 1288, on<strong>de</strong> diz<br />
que D. Dinis, através da Chancelaria, Livro<br />
I, folhas 245v e 246r outorga um aforamento<br />
colectivo aos povoadores <strong>de</strong><br />
Carvalhelhos constituído por oito casas,<br />
seguindo-se as condições dos mesmos,<br />
conforme documento que se junta.<br />
Também e nas mesmas condições do<br />
aforamento <strong>de</strong> Carvalhelhos, em 27 <strong>de</strong><br />
Dezembro <strong>de</strong> 1288 é concedido a Curros,<br />
no mesmo livro a folhas 247r A, B.<br />
outorga quatro casas.<br />
Outros lugares se seguirão na nossa<br />
<strong>de</strong>scrição, e eu <strong>de</strong>creto o aforamento para<br />
todos os nossos leitores: façam o favor<br />
<strong>de</strong> serem felizes.<br />
Fevereiro <strong>de</strong> 2011<br />
AO AFORAMENTOS DE CARVALHELHOS<br />
E DE CURROS
Fevereiro <strong>de</strong> 2011 9<br />
Economia local<br />
As obras <strong>de</strong> construção do<br />
Centro Europeu <strong>de</strong> Documentação<br />
e Interpretação da Escultura<br />
Castreja (CEDIEC), mais<br />
propriamente do Núcleo Interpretativo<br />
do Castro do Lesenho,<br />
As obras no Parque <strong>de</strong> Natureza<br />
e Biodiversida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>Boticas</strong><br />
já arrancaram. Este projecto<br />
<strong>de</strong>stina-se a promover a<br />
correcta gestão <strong>de</strong> espaços protegidos<br />
e a preservação da biodiversida<strong>de</strong>,<br />
ao mesmo tempo<br />
que preten<strong>de</strong> ser um pólo dinamizador<br />
da economia local, travando<br />
o êxodo rural a que se tem<br />
assistido nos últimos anos e constitui<br />
uma referência básica para<br />
o <strong>de</strong>senvolvimento rural sustentável<br />
em áreas <strong>de</strong> montanha.<br />
Obras do CEDIEC vão arrancar<br />
O Núcleo Interpretativo do Castro do Lesenho,<br />
um dos dois que compõem o CEDIEC, ficará<br />
localizado na antiga casa florestal<br />
que ficará na antiga casa florestal,<br />
vão arrancar em breve,<br />
tendo já sido assinado o auto <strong>de</strong><br />
consignação da empreitada<br />
com a empresa Teixeira, Pinto<br />
e Soares, Lda., <strong>de</strong> Amarante,<br />
vencedora do concurso público<br />
para a construção <strong>de</strong>sta infraestrutura.<br />
O Núcleo Interpretativo do<br />
Castro do Lesenho é um dos<br />
dois que compõem o CEDIEC,<br />
que contará também com um<br />
Núcleo <strong>de</strong> Musealização, Documentação<br />
e Investigação, que<br />
ficará sediado na envolvente do<br />
Museu Rural <strong>de</strong> <strong>Boticas</strong>.<br />
Trata-se <strong>de</strong> um projecto <strong>de</strong><br />
preservação do património arqueológico,<br />
que prevê a constituição<br />
<strong>de</strong> um núcleo <strong>de</strong> conhecimento,<br />
capitalizando um conjunto<br />
abundante <strong>de</strong> recursos<br />
existentes no concelho e contribuindo<br />
para um <strong>de</strong>senvolvimento<br />
sustentado através da<br />
criação <strong>de</strong> equipamentos <strong>de</strong><br />
carácter cultural, que possibilitem<br />
centralizar acções <strong>de</strong> preservação<br />
da memória colectiva<br />
da região e, ao mesmo tempo,<br />
efectuar a sua divulgação, inter-<br />
Economia local<br />
Parque <strong>de</strong> Natureza e Biodiversida<strong>de</strong> já está em<br />
construção<br />
As obras <strong>de</strong> construção do Parque <strong>de</strong> Natureza<br />
e Biodiversida<strong>de</strong>, localizado na zona da<br />
Relva, junto à Ponte Pedrinha, já arrancaram,<br />
prevendo-se que possa ficar concluído ainda durante<br />
este ano.<br />
Para tal fim, a área escolhida<br />
preten<strong>de</strong> ser um centro mo<strong>de</strong>lo<br />
<strong>de</strong>ste <strong>de</strong>sempenho básico,<br />
no qual será possível reunir todo<br />
um conjunto <strong>de</strong> informações e<br />
mecanismos <strong>de</strong> gestão ambiental<br />
que contribuam para a dinamização<br />
da região montanhosa<br />
barrosã e, ao mesmo tempo,<br />
para o estímulo da auto-sustentabilida<strong>de</strong><br />
energética da mesma.<br />
Com o projecto “<strong>Boticas</strong> –<br />
Natureza e Biodiversida<strong>de</strong>”, o<br />
município preten<strong>de</strong> “tornar a<br />
área <strong>de</strong> intervenção, correspon<strong>de</strong>nte<br />
aos antigos viveiros da<br />
Relva, num espaço inovador,<br />
com recurso às novas tecnologias,<br />
valorizar os recursos endógenos<br />
existentes na região<br />
(mel, carne barrosã, produtos<br />
tradicionais, entre outros) e permitir<br />
a participação dos cidadãos<br />
em medidas <strong>de</strong> gestão que<br />
promovam a preservação <strong>de</strong><br />
áreas com elevado valor ecológico<br />
na região.<br />
Para a implementação <strong>de</strong>ste<br />
projecto foram envolvidas instituições<br />
com competências nesta<br />
área, nomeadamente, o Instituto<br />
da Conservação da Natureza<br />
e da Biodiversida<strong>de</strong><br />
(ICNB) e a Autorida<strong>de</strong> Flores-<br />
ligando-a com a oferta e a promoção<br />
turística. O CEDIEC não<br />
será um espaço isolado, mas<br />
sim o ponto <strong>de</strong> partida e <strong>de</strong> ligação<br />
com outros pólos essenciais<br />
à valorização do património<br />
cultural do concelho <strong>de</strong> <strong>Boticas</strong>.<br />
A implementação <strong>de</strong>ste projecto<br />
resulta <strong>de</strong> uma candidatura<br />
apresentada no âmbito do<br />
Programa ON.2, Eixo Prioritá-<br />
O município preten<strong>de</strong><br />
tornar o parque<br />
num espaço<br />
inovador, com recurso<br />
às novas tecnologias,valorizando<br />
os recursos<br />
endógenos existentes<br />
na região e permitindo<br />
a participação<br />
dos cidadãos<br />
tal Nacional (AFN, ex-DGRF),<br />
no sentido <strong>de</strong> prestarem toda a<br />
colaboração técnica necessária<br />
rio III – Valorização e Qualificação<br />
Ambiental e Territorial,<br />
aprovada com um investimento<br />
total elegível <strong>de</strong> 893.199,87 €,<br />
através do qual é assegurado<br />
um financiamento FEDER no<br />
valor global <strong>de</strong> 714.559,90 €<br />
com uma taxa <strong>de</strong> comparticipação<br />
<strong>de</strong> 80 %.<br />
Redacção<br />
a uma boa persecução dos objectivos,<br />
bem como a Universida<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> Trás-os-Montes e Alto<br />
Douro (UTAD), que cooperará<br />
em acções <strong>de</strong> acompanhamento<br />
científico e técnico.<br />
A implementação do Parque<br />
<strong>de</strong> Natureza e Biodiversida<strong>de</strong><br />
resulta <strong>de</strong> uma candidatura<br />
apresentada no âmbito do Programa<br />
ON.2, Eixo Prioritário<br />
IIII – Valorização e Qualificação<br />
Ambiental e Territorial, com<br />
um investimento total elegível <strong>de</strong><br />
3.018.858,04 €, através do qual<br />
é assegurado um financiamento<br />
FEDER no valor global <strong>de</strong><br />
2.415.086,43€ com uma taxa <strong>de</strong><br />
comparticipação <strong>de</strong> 80%.<br />
Redacção
Entrevista – Fernando Campos, Presi<strong>de</strong>nte da Câmara Municipal <strong>de</strong> <strong>Boticas</strong><br />
O Orçamento da Câmara<br />
Municipal <strong>de</strong> <strong>Boticas</strong> para<br />
2011 é <strong>de</strong> 19 milhões 280 mil<br />
euros, mais 5 milhões e 530<br />
mil euros do que no ano passado.<br />
A que se <strong>de</strong>ve este<br />
aumento?<br />
O Orçamento teve um aumento<br />
significativo em relação<br />
a 2010, que advém do conjunto<br />
<strong>de</strong> financiamentos comunitários,<br />
que iniciaram no ano passado,<br />
e este ano, como vai ser o<br />
da execução, tinha que ser contemplado<br />
com um maior volume<br />
financeiro.<br />
Contudo, da parte do Governo,<br />
houve um corte <strong>de</strong><br />
cerca <strong>de</strong> 600 mil euros nas<br />
verbas para a autarquia em<br />
10<br />
Fevereiro <strong>de</strong> 2011<br />
Temos 17 milhões <strong>de</strong> euros em obras<br />
Apesar do corte do Governo, o Orçamento<br />
da Câmara <strong>de</strong> <strong>Boticas</strong> para 2011 foi reforçado<br />
com mais <strong>de</strong> cinco milhões <strong>de</strong> euros em relação<br />
ao ano anterior. Em entrevista ao <strong>Ecos</strong> <strong>de</strong> <strong>Boticas</strong>,<br />
o presi<strong>de</strong>nte da Câmara Municipal <strong>de</strong><br />
<strong>Boticas</strong>, Fernando Campos, explica que este<br />
ano há mais fundos comunitários e que a priorida<strong>de</strong><br />
do município é executar todas as obras<br />
co-financiadas pela União Europeia. Por outro<br />
lado, a crise bateu à porta <strong>de</strong> todos os municípios<br />
e o executivo <strong>de</strong> <strong>Boticas</strong> quer poupar perto<br />
<strong>de</strong> 400 mil euros com cortes nas <strong>de</strong>spesas<br />
correntes e nas transferências para juntas e<br />
associações. Fernando Campos <strong>de</strong>ixa, contudo,<br />
a garantia <strong>de</strong> que vai “continuar a apoiar e a<br />
investir na acção social <strong>de</strong> uma forma reforçada”.<br />
Por Sandra Pereira<br />
“A fábrica da Euronet,<br />
que é a maior<br />
empregadora do<br />
concelho e é uma históriainteressantíssima<br />
<strong>de</strong> sucesso, já<br />
nos comunicou que<br />
vai fazer mais investimento,<br />
aumentar<br />
as instalações e criar<br />
mais cerca <strong>de</strong> 40<br />
postos <strong>de</strong> trabalhos<br />
em Setembro”<br />
relação a 2010. Vai condicionar<br />
a activida<strong>de</strong> do executivo?<br />
O primeiro corte já tinha criado<br />
alguns problemas, o segundo<br />
naturalmente é fortemente<br />
condicionador da nossa activida<strong>de</strong>.<br />
Somos um município do<br />
Interior, com problemas <strong>de</strong> receitas<br />
próprias, portanto retirar<br />
essa verba é criar fortes dificulda<strong>de</strong>s<br />
à sua gestão. Felizmente,<br />
temos uma elevada capacida<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> endividamento. Espero<br />
não ser necessário, mas toda a<br />
nossa estratégia passa por optimizar<br />
o aproveitamento dos fundos<br />
comunitários. Se para isso<br />
tivermos <strong>de</strong> recorrer a financiamento<br />
para colmatar o corte<br />
que o Governo fez, não <strong>de</strong>ixaremos<br />
<strong>de</strong> o fazer!<br />
Com os fundos comunitários,<br />
que obras vão avançar<br />
este ano?<br />
Não sabemos como vai ser<br />
o futuro, mas seguramente não<br />
vai ser risonho relativamente a<br />
novos fundos comunitários. As<br />
próximas gerações não enten<strong>de</strong>riam<br />
se não fizéssemos o esforço<br />
<strong>de</strong> não <strong>de</strong>ixar nenhuma<br />
obra financiada por fazer. É a<br />
nossa primeira <strong>de</strong>cisão, nem que<br />
para isso tenhamos <strong>de</strong> cortar em<br />
tudo o resto! Temos cerca <strong>de</strong><br />
17 milhões <strong>de</strong> euros em obras<br />
com fundos comunitários aprovados<br />
que vamos executar: o<br />
Centro <strong>de</strong> Artes Nadir Afonso,<br />
o Parque Natureza e Biodiver-<br />
“Nem que o município<br />
recorra ao<br />
endividamento, porque<br />
tem capacida<strong>de</strong><br />
para isso, a nossa<br />
intenção é executar<br />
todas as obras <strong>de</strong><br />
fundos comunitários”<br />
sida<strong>de</strong>, o Parque Arqueológico<br />
do Vale do Terva, o Centro Europeu<br />
<strong>de</strong> Documentação e Interpretação<br />
da Escultura Castreja<br />
(CEDIEC), o Hotel Rural<br />
e muitas outras. Muitas já iniciaram<br />
o ano passado, o gran<strong>de</strong><br />
ano <strong>de</strong> investimento é este e<br />
muitas continuam para o próximo<br />
ano.<br />
O que será inaugurado<br />
este ano?<br />
Temos um compromisso que<br />
o Centro <strong>de</strong> Artes Nadir Afonso<br />
terá o Presi<strong>de</strong>nte da República<br />
na inauguração. Esperemos<br />
que no final do ano seja a<br />
primeira obra significativa que<br />
vamos inaugurar.<br />
Tal como outras autarquias<br />
do Alto Tâmega, <strong>Boticas</strong><br />
também vai reduzir <strong>de</strong>spesas<br />
este ano?<br />
Sim. Fizemos um plano <strong>de</strong><br />
contenção <strong>de</strong> gastos, nomeadamente<br />
na redução <strong>de</strong> horas ex-<br />
traordinárias, combustíveis, telecomunicações,<br />
energia eléctrica.<br />
Queremos reduzir a factura<br />
da iluminação pública em 50%,<br />
<strong>de</strong>sligando muitos pontos <strong>de</strong> luz<br />
que estejam em locais on<strong>de</strong> não<br />
sejam necessários, passando<br />
inclusivamente a <strong>de</strong>sligar a luz<br />
em certos períodos, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que<br />
não ponham em causa a segurança<br />
e bem-estar das pessoas.<br />
Em tudo o que são <strong>de</strong>spesas<br />
correntes, como aquecimento,<br />
papel, material e consumíveis,<br />
queremos fazer uma redução<br />
significativa até ao limite <strong>de</strong><br />
funcionamento. Pelo nosso cálculo,<br />
po<strong>de</strong>mos poupar 150 a 200<br />
mil euros com este plano <strong>de</strong> contenção.<br />
As juntas <strong>de</strong> freguesia<br />
também viram as transferências<br />
reduzidas 19,5% para<br />
38.950 euros em relação a<br />
2010, e as associações e instituições<br />
sem fins lucrativos<br />
em 35% para 150.207 euros…<br />
Sim. Reduzimos tudo ao mínimo<br />
com cortes nunca inferiores<br />
a 20, 25%. Com estes cortes<br />
[e das <strong>de</strong>spesas correntes],<br />
vamos conseguir uma economia<br />
perto dos 400 mil euros.<br />
Como reagiram?<br />
Não ficaram satisfeitos, mas<br />
compreen<strong>de</strong>ram porque explicámos<br />
o corte <strong>de</strong> que fomos<br />
alvo. Foi um corte cego. O Governo<br />
não foi capaz <strong>de</strong> ser equi-<br />
librado nos cortes que foram<br />
necessários fazer e continua a<br />
<strong>de</strong>scriminar muito as regiões do<br />
Interior. Ainda agora, esta i<strong>de</strong>ia<br />
peregrina da reformulação do<br />
mapa autárquico numa altura <strong>de</strong><br />
crise não é para dar nada aos<br />
do Interior! Se não houvesse o<br />
quadro <strong>de</strong> municípios, muitas<br />
regiões do país que ainda vêem<br />
chegar um bocadinho do Orçamento<br />
<strong>de</strong> Estado, nunca veriam<br />
chegar um centavo!<br />
As medidas <strong>de</strong> apoio social<br />
também vão ser afectadas<br />
pelo plano <strong>de</strong> contenção?<br />
Contrariamente ao que o<br />
“Provavelmente,<br />
muito em breve, haverá<br />
uma unida<strong>de</strong><br />
hoteleira <strong>de</strong> gran<strong>de</strong><br />
relevância e com<br />
particularida<strong>de</strong>s<br />
muito interessantes<br />
na área do município<br />
<strong>de</strong> <strong>Boticas</strong>”<br />
Governo quer fazer, que é cortar<br />
nos subsídios, achamos que<br />
é em momentos <strong>de</strong> crise que<br />
mais faz falta o apoio das instituições<br />
públicas. Não só não<br />
cortamos apoios, como nalgumas<br />
situações estamos disponíveis<br />
para reforçar alguns. Se a
Fevereiro <strong>de</strong> 2011 11<br />
com fundos comunitários aprovados<br />
população já era carenciada,<br />
num momento <strong>de</strong> crise mais<br />
carenciada fica. Vamos continuar<br />
a apoiar e a investir na<br />
acção social <strong>de</strong> uma forma reforçada<br />
para que os nossos<br />
munícipes possam resistir melhor<br />
a essa política absurda e<br />
contrária aos interesses do país<br />
que o Governo tem vindo a implementar.<br />
Que apoios vão ser reforçados?<br />
Apoio aos idosos, jovens, <strong>de</strong>sempregados,<br />
procurando criar<br />
melhoria da qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida<br />
<strong>de</strong>ntro da nossa capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
intervenção. Não é criar empregos,<br />
mas ajudá-los. Em parceria<br />
com a Misericórdia, queremos<br />
prestar todo o apoio para<br />
que a ninguém falte medicamentos<br />
e alimentação, que é o mais<br />
importante.<br />
A Câmara tem recebido<br />
mais solicitações a nível social?<br />
Temos sentido uma maior<br />
procura para a aquisição <strong>de</strong><br />
medicamentos e tem havido<br />
uma procura significativa <strong>de</strong><br />
apoios por pessoas que estão a<br />
passar por dificulda<strong>de</strong>s. A comunida<strong>de</strong><br />
tem respondido através<br />
da Cruz Vermelha, dando<br />
apoio para ser distribuído. O<br />
município, directamente ou em<br />
parceria com a Misericórdia,<br />
tem respondido a todas as solicitações.<br />
Por feitio, a nossa gente<br />
tem alguma dificulda<strong>de</strong> em<br />
pedir apoio, há muita pobreza<br />
envergonhada e é contra essa<br />
que temos lutado. Os nossos<br />
serviços sociais estão atentos,<br />
estão no terreno com a discrição<br />
que estas situações impõem<br />
e exigem.<br />
“Estamos no ranking dos<br />
melhores municípios em prazo<br />
<strong>de</strong> pagamento”<br />
Num ano <strong>de</strong> crise económica<br />
em que se antevê um<br />
aumento do <strong>de</strong>semprego,<br />
como é que o município vai<br />
inverter essa conjuntura negativa?<br />
Apoiando as pessoas. Felizmente,<br />
nós estamos em contraciclo.<br />
Por exemplo, a fábrica da<br />
Euronet, que é a maior empre-<br />
gadora do concelho e é uma história<br />
interessantíssima <strong>de</strong> sucesso,<br />
já nos comunicou que vai<br />
fazer mais investimento, aumentar<br />
as suas instalações e criar<br />
mais cerca <strong>de</strong> 40 postos <strong>de</strong> trabalhos<br />
em Setembro. Por outro<br />
lado, a Câmara vai apoiar a Santa<br />
Casa da Misericórdia com a<br />
cedência <strong>de</strong> terreno para a<br />
construção <strong>de</strong> uma Unida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
Cuidados Continuados. A candidatura<br />
está feita, esperamos<br />
que seja aprovada até ao final<br />
<strong>de</strong>ste mês. É um investimento<br />
<strong>de</strong> cerca <strong>de</strong> 2 milhões <strong>de</strong> euros,<br />
que a Câmara vai apoiar. Tem<br />
interesse pelo serviço que vai<br />
prestar, <strong>de</strong> apoio social a todos<br />
os que necessitam <strong>de</strong>ssa unida<strong>de</strong>,<br />
mas também pelos postos <strong>de</strong><br />
trabalho que vai criar. No município,<br />
estamos a criar condições<br />
para criar emprego para<br />
po<strong>de</strong>rmos resistir melhor à crise.<br />
Os investimentos previstos<br />
são mais direccionados<br />
para promover o turismo no<br />
concelho…<br />
A capacida<strong>de</strong> hoteleira era<br />
uma falha que sentíamos para<br />
po<strong>de</strong>rmos respon<strong>de</strong>r à procura<br />
dos equipamentos que temos<br />
feito. Para isso, fizemos uma<br />
candidatura para transformar a<br />
nossa Pousada <strong>de</strong> Juventu<strong>de</strong><br />
num Hotel Rural. Neste momento,<br />
já temos financiamento<br />
garantido para a construção. No<br />
entanto, não vai resolver o problema<br />
e há instituições privadas<br />
que estão em conversações<br />
connosco para investir numa<br />
unida<strong>de</strong> hoteleira <strong>de</strong> alta qualida<strong>de</strong>.<br />
Provavelmente, muito em<br />
breve, haverá uma unida<strong>de</strong> hoteleira<br />
<strong>de</strong> gran<strong>de</strong> relevância e<br />
com particularida<strong>de</strong>s muito interessantes<br />
que vai aparecer na<br />
área do município <strong>de</strong> <strong>Boticas</strong>.<br />
A promoção do património<br />
histórico e ambiental do<br />
concelho também é outra forte<br />
aposta …<br />
Em parceria com Montalegre,<br />
estamos a alargar a área<br />
<strong>de</strong> intervenção do Ecomuseu<br />
para <strong>Boticas</strong> e a acelerar a recuperação<br />
e integração <strong>de</strong> um<br />
conjunto <strong>de</strong> unida<strong>de</strong>s museológicas,<br />
nomeadamente nas Alturas<br />
e Covas do Barroso, com a<br />
renovação do nosso Museu<br />
Rural. Vamos criar condições<br />
para que, nesta área abrangen-<br />
“Por feitio, a nossa<br />
gente tem alguma<br />
dificulda<strong>de</strong> em pedir<br />
apoio, há muita pobrezaenvergonhada<br />
e é contra essa<br />
que temos lutado.<br />
Os nossos serviços<br />
sociais estão atentos,<br />
estão no terreno<br />
com a discrição<br />
que estas situações<br />
impõem e exigem”<br />
te do Barroso, o Ecomuseu tenha<br />
uma intervenção profunda<br />
e continue a ser o caso <strong>de</strong> sucesso<br />
que tem sido.<br />
Ainda assim, há obras<br />
que vão ficar no papel?<br />
Nem que o município recorra<br />
ao endividamento, porque<br />
tem capacida<strong>de</strong> para isso, a nossa<br />
intenção é executar todas as<br />
obras <strong>de</strong> fundos comunitários.<br />
Naturalmente que <strong>de</strong>ixaremos<br />
<strong>de</strong> fazer algumas obras <strong>de</strong> manutenção<br />
e pequenos investimentos<br />
que faríamos normalmente.<br />
São pequenas reparações,<br />
beneficiações e pavimentações<br />
que vamos ter <strong>de</strong> <strong>de</strong>ixar<br />
<strong>de</strong> fazer para canalizar todos os<br />
recursos para as obras financiadas.<br />
Neste momento, não po<strong>de</strong>ríamos<br />
ter tomado outra <strong>de</strong>cisão.<br />
Muitas das obras que iremos<br />
executar, se não forem feitas<br />
agora, nunca mais o serão.<br />
Optámos por fazer estas e atrasámos<br />
outras, que teremos capacida<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> fazer no futuro.<br />
Como foi acolhida esta<br />
opção pelas juntas <strong>de</strong> freguesias?<br />
Tivemos o cuidado <strong>de</strong> conversar<br />
com as freguesias e <strong>de</strong><br />
explicar a nossa estratégia. O<br />
facto do Orçamento e plano <strong>de</strong><br />
activida<strong>de</strong>s terem sido aprovados<br />
e terem a anuência <strong>de</strong> todos<br />
significa que é o melhor<br />
caminho.<br />
Como está o nível <strong>de</strong> endividamento<br />
do município?<br />
Tem todas as condições<br />
“Se houver evolução no sentido <strong>de</strong><br />
que as tarifas da água sejam suportáveis,<br />
a Câmara po<strong>de</strong> repensar<br />
posição <strong>de</strong> autonomia”<br />
Depois <strong>de</strong> um encontro com os autarcas <strong>de</strong> Trás-os-<br />
Montes e Alto Douro, que <strong>de</strong>correu a 26 <strong>de</strong> Janeiro no<br />
Porto, a ministra do Ambiente, Dulce Pássaro, admitiu<br />
rever a discrepância <strong>de</strong> tarifas cobradas pela Águas <strong>de</strong><br />
Portugal no litoral e no interior e prometeu apresentar<br />
uma proposta até ao final <strong>de</strong>ste mês. Qual a posição <strong>de</strong><br />
<strong>Boticas</strong>?<br />
Nunca fizemos a ligação à Águas <strong>de</strong> Portugal. Achámos<br />
que essa solução ia dar problemas, como se está a comprovar,<br />
e portanto servimo-nos sempre dos nossos sistemas autónomos<br />
que têm boas condições e água <strong>de</strong> excelente qualida<strong>de</strong>.<br />
Fomos obrigados a associar-nos à empresa e estamos expectantes<br />
sobre o que vai ser a <strong>de</strong>cisão da ministra. Embora <strong>de</strong><br />
momento não nos diga respeito directamente, se houver evolução<br />
no sentido <strong>de</strong> que as tarifas sejam suportáveis, a Câmara<br />
po<strong>de</strong> repensar e reequacionar esta posição <strong>de</strong> autonomia.<br />
Acredita que serão <strong>de</strong>finidos preços suportáveis?<br />
Tenho dúvidas do que o que for apresentado em Fevereiro<br />
seja algo que os municípios possam consi<strong>de</strong>rar satisfatório. Com<br />
a responsabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vice-presi<strong>de</strong>nte da Associação Nacional<br />
<strong>de</strong> Municípios Portugueses, tenho dificulda<strong>de</strong> em perceber<br />
enquadramentos legais, a não ser que haja alteração da legislação,<br />
mas vamos aguardar. É um problema sério e o Governo<br />
tem <strong>de</strong> encontrar uma solução porque os municípios não po<strong>de</strong>m<br />
suportar as tarifas que são colocadas.<br />
S. P.<br />
para todo esse volume <strong>de</strong> investimento,<br />
que com as próximas<br />
candidaturas chegará a 20 milhões<br />
<strong>de</strong> euros. O município tem<br />
uma excelente saú<strong>de</strong> financeira,<br />
que permite que tudo isso<br />
seja feito e capacida<strong>de</strong> para<br />
endividar-se para a parte não<br />
financiada por fundos comunitários,<br />
ficando muito aquém daqueles<br />
que são os níveis <strong>de</strong> endividamento<br />
que o município<br />
po<strong>de</strong> ter nos termos da lei.<br />
E ao nível da dívida a curto<br />
prazo?<br />
Praticamente não temos.<br />
<strong>Boticas</strong> é um município que<br />
paga pontualmente os seus fornecedores.<br />
Há muita gente a<br />
concorrer às obras em <strong>Boticas</strong><br />
porque sabem que são pagas<br />
atempadamente, quer às empresas,<br />
quer aos fornecedores<br />
normais. Pagamos a 30 ou 40<br />
dias. Estamos no ranking dos<br />
melhores municípios em prazo<br />
<strong>de</strong> pagamento.<br />
No ano passado, <strong>Boticas</strong><br />
foi notícia por ser um dos<br />
concelhos transmontanos<br />
on<strong>de</strong> o <strong>de</strong>semprego mais<br />
subiu. Perante o cenário actual,<br />
como vê 2011?<br />
As minhas perspectivas<br />
para 2011 não são famosas.<br />
Tudo o que o Governo do país<br />
<strong>de</strong>via ter feito e não fez conduziu-nos<br />
a esta situação, da qual<br />
vamos sair, mas com muito suor,<br />
sangue e lágrimas. As privações<br />
que o povo português vai passar<br />
são muito significativas e<br />
lamentavelmente quem as vai<br />
sentir mais são os mais carenciados.<br />
Mesmo assim, permitiame<br />
<strong>de</strong>ixar uma palavra <strong>de</strong> esperança:<br />
se exigirmos ao Governo<br />
que fale verda<strong>de</strong>, todos estamos<br />
disponíveis a colaborar.<br />
Não po<strong>de</strong>mos é pactuar com<br />
esta política <strong>de</strong> ocultação da<br />
realida<strong>de</strong>.<br />
Por último, este ano o<br />
concelho celebra 175 anos.<br />
Como vai ser comemorado?<br />
A 18 <strong>de</strong> Janeiro, foi recriada<br />
a primeira reunião da Câmara<br />
Municipal. Há um conjunto <strong>de</strong><br />
activida<strong>de</strong>s que vão ser anunciadas<br />
brevemente, que vão culminar<br />
no dia 6 <strong>de</strong> Novembro,<br />
que é o dia da publicação do <strong>de</strong>creto<br />
real que cria o concelho<br />
<strong>de</strong> <strong>Boticas</strong>.
No passado dia 18 <strong>de</strong> Janeiro,<br />
arrancaram as comemorações<br />
dos 175 anos da criação<br />
do concelho <strong>de</strong> <strong>Boticas</strong>,<br />
tendo sido realizada, para o<br />
efeito, uma recriação da primeira<br />
reunião da Câmara Municipal,<br />
contando com uma encenação<br />
<strong>de</strong> um grupo <strong>de</strong> jovens<br />
alunos do Agrupamento<br />
<strong>de</strong> Escolas Gomes Monteiro,<br />
<strong>Boticas</strong>, no Auditório Municipal,<br />
perante uma numerosa plateia.<br />
12<br />
1º PARTICIPANTES<br />
Po<strong>de</strong>m concorrer, cidadãos nacionais<br />
ou estrangeiros que apresentem quadras<br />
escritas em Língua Portuguesa sobre<br />
todos ou qualquer dos temas propostos.<br />
2º TEMAS<br />
São os seguintes os temas propostos:<br />
- O Concelho <strong>de</strong> <strong>Boticas</strong>: gentes e<br />
belezas<br />
- Guerreiro Galaico<br />
- Vinho dos Mortos<br />
3º ENTREGA DAS QUADRAS<br />
Entrega das quadras participantes.<br />
As quadras <strong>de</strong>vem ser entregues até<br />
30 <strong>de</strong> Junho <strong>de</strong> 2011 em carta <strong>de</strong>vidamente<br />
fechada e enviada para o Município<br />
<strong>de</strong> <strong>Boticas</strong>, Concurso <strong>de</strong> Quadras<br />
do 175º Aniversário, Praça do Município,<br />
5460-304 <strong>Boticas</strong>.<br />
- Em mão – No secretariado do Concurso<br />
a funcionar na Se<strong>de</strong> do Município.-<br />
Por correio – em carta <strong>de</strong>vidamente<br />
fechada.- Via internet para o seguinte<br />
en<strong>de</strong>reço electrónico:<br />
concursoquadras@cm-boticas.pt<br />
Fevereiro <strong>de</strong> 2011<br />
Política<br />
Concelho já começou a celebrar 175 anos<br />
Comemorações vão prolongar-se durante<br />
todo o ano <strong>de</strong> 2011, terminando<br />
no dia 6 <strong>de</strong> Novembro, data em que se<br />
assinala o Feriado Municipal<br />
As comemorações dos 175<br />
anos do concelho prolongarse-ão<br />
durante todo o ano <strong>de</strong><br />
2011, terminando no dia 6 <strong>de</strong><br />
Novembro, data em que se<br />
assinala o feriado Municipal. O<br />
concelho <strong>de</strong> <strong>Boticas</strong> foi criado<br />
a 6 <strong>de</strong> Novembro <strong>de</strong> 1836, no<br />
âmbito <strong>de</strong> uma reforma administrativa<br />
realizada em Trás-os-<br />
Montes, correspon<strong>de</strong>ndo a<br />
uma parte da antiga Terra do<br />
Barroso.<br />
Redacção<br />
175 Anos do Concelho <strong>de</strong> <strong>Boticas</strong><br />
Concurso <strong>de</strong> Quadras<br />
No âmbito das Comemorações dos 175 Anos do Concelho<br />
<strong>de</strong> <strong>Boticas</strong>, o Município vai lançar um CONCURSO DE QUA-<br />
DRAS a nível nacional, cujos temas são: “<strong>Boticas</strong>: gentes e<br />
belezas”; “O Guerreiro Galaico” esculturas encontradas no<br />
Castro <strong>de</strong> Lesenho, freguesia <strong>de</strong> S. Salvador <strong>de</strong> Viveiro, no<br />
Concelho <strong>de</strong> <strong>Boticas</strong> e integradas no acervo do Museu Nacional<br />
<strong>de</strong> Arqueologia, em Lisboa e “O Vinho dos Mortos” tão<br />
característico do nosso Concelho e que nos reporta ao tempo<br />
das Invasões Francesas.<br />
Regulamento<br />
4º IDENTIFICAÇÃO DOS PAR-<br />
TICIPANTES (Obrigatória)<br />
Os participantes <strong>de</strong>verão indicar ao<br />
Secretariado do Concurso:<br />
Nome completo<br />
Nº do Cartão <strong>de</strong> cidadão ou bilhete <strong>de</strong><br />
i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong><br />
Morada<br />
Profissão<br />
Número <strong>de</strong> telefone ou telemóvel<br />
En<strong>de</strong>reço electrónico (caso tenha)<br />
Nome artístico ou pseudónimo (se preten<strong>de</strong>r<br />
participar <strong>de</strong>sta forma)<br />
5º CONSTITUIÇÃO DO JÚRI<br />
O Júri será presidido pela Senhora<br />
Vereadora da Educação, e ainda um elemento<br />
representante do Agrupamento<br />
<strong>de</strong> Escolas Gomes Monteiro<br />
-Um representante do Ecomuseu do<br />
Barroso<br />
-Um assessor da área da Cultura da C.M.<br />
<strong>de</strong> <strong>Boticas</strong><br />
-Um membro da Comissão Organizadora<br />
das Comemorações dos 175º Aniversário<br />
do Concelho <strong>de</strong> <strong>Boticas</strong>.<br />
O Júri reunirá em instalações da Câmara<br />
Municipal e lavrará acta da <strong>de</strong>cisão<br />
final.<br />
6º ANÚNCIO DOS VENCEDORES<br />
O anúncio dos vencedores será feito<br />
em cerimónia pública a realizar em Agosto<br />
<strong>de</strong> 2011.<br />
7º PRÉMIOS<br />
Serão premiados as três quadras mais<br />
votadas pelo Júri:<br />
1ª Classificada - €500,00 (quinhentos<br />
euros)<br />
2ª Classificada - € 250,00 (duzentos e<br />
cinquenta euros)<br />
3ª Classificada - € 100,00 (cem euros)<br />
Caso o Júri o entenda po<strong>de</strong>rão ser<br />
atribuídas Menções Honrosas<br />
8º DIVULGAÇÃO DOS PREMIA-<br />
DOS<br />
As quadras vencedoras serão publicadas<br />
no Jornal “<strong>Ecos</strong> <strong>de</strong> <strong>Boticas</strong>” e no<br />
site da CMB e lidas aos microfones da<br />
Rádio Fórum <strong>Boticas</strong>.<br />
9º DISPOSIÇÕES FINAIS<br />
A inscrição neste “Concurso <strong>de</strong> Quadra<br />
do 175º Aniversário do Concelho <strong>de</strong><br />
<strong>Boticas</strong>” pressupõe a aceitação plena<br />
<strong>de</strong>ste regulamento.<br />
Não haverá recurso das <strong>de</strong>cisões do<br />
Júri.
Fevereiro <strong>de</strong> 2011 13<br />
A intervenção a realizar<br />
na Rua João <strong>de</strong> Deus<br />
preten<strong>de</strong> privilegiar a circulação<br />
pedonal, incentivando<br />
a instalação <strong>de</strong> co-<br />
Núcleo antigo do concelho alvo<br />
<strong>de</strong> obras <strong>de</strong> requalificação<br />
Já estão em curso as obras <strong>de</strong> requalificação e valorização<br />
da Rua João <strong>de</strong> Deus, integradas no projecto “<strong>Boticas</strong><br />
Viva: Regeneração do Núcleo Antigo”, uma empreitada dos<br />
projectos contemplados na operação <strong>de</strong> revitalização dos<br />
espaços urbanos com um investimento <strong>de</strong> cerca <strong>de</strong> quatro<br />
milhões <strong>de</strong> euros na requalificação do núcleo antigo da se<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> concelho<br />
mércio na rua, mantendo,<br />
no entanto, o trânsito automóvel<br />
(embora <strong>de</strong> forma<br />
mais restrita, já que se<br />
realizará apenas no senti-<br />
do ascen<strong>de</strong>nte), <strong>de</strong> modo<br />
a permitir o acesso às habitações<br />
e ao comércio,<br />
para a realização <strong>de</strong> cargas<br />
e <strong>de</strong>scargas.<br />
A intervenção contempla<br />
a repavimentação e a<br />
criação <strong>de</strong> um elemento<br />
central em placas <strong>de</strong> granito,<br />
surgindo simetricamente<br />
um pavimento em<br />
paralelo, que <strong>de</strong>fine a zona<br />
da passagem automóvel.<br />
Paralelamente às faixas<br />
<strong>de</strong> rodagem automóvel,<br />
surge a área pedonal, <strong>de</strong>finida<br />
por duas faixas, uma<br />
em lajeado (na ligação à<br />
faixa <strong>de</strong> rodagem) e outra<br />
em cubo <strong>de</strong> granito<br />
(junto às habitações). No<br />
cruzamento com a Rua<br />
dos Casais será reconstruída<br />
a rotunda existente.<br />
Paralelamente, estão<br />
também a ser requalificadas<br />
a Rua <strong>de</strong> Sangunhedo,<br />
a Avenida do Eiró e a<br />
envolvente ao Centro Escolar<br />
<strong>de</strong> <strong>Boticas</strong>, mais<br />
concretamente as ruas do<br />
Olival e a Padre Cândido<br />
Lemos. Nestas intervenções<br />
procuram-se re<strong>de</strong>finir<br />
as faixas <strong>de</strong> rodagem<br />
e as áreas <strong>de</strong> circulação<br />
BOLETIM DE ASSINATURA<br />
Desejo tornar-me assinante do “ECOS DE BOTICAS” a<br />
partir <strong>de</strong>sta data, com assinatura renovável no seu termo.<br />
Nome: _________________________________________________<br />
CAR CARTÃO CAR TÃO<br />
Morada:_________________________________________________<br />
Código Postal: __________Localida<strong>de</strong>:______________________<br />
País_________________________ Telefone:__________________<br />
E-mail_____________________________<br />
Forma <strong>de</strong> Pagamento: Cheque n.º:_________________ Outra<br />
Enviar o cupão para:<br />
Edifício da Camionagem 1º, sala 2<br />
5460-315 BOTICAS<br />
Telef.: 276 415 222<br />
E-mail: ecos<strong>de</strong>boticas@sapo.pt<br />
pedonal, sendo ainda criadas<br />
novas infra-estruturas<br />
<strong>de</strong> drenagem <strong>de</strong> águas<br />
pluviais e reestruturadas<br />
as re<strong>de</strong>s <strong>de</strong> iluminação e<br />
telecomunicações.<br />
A Requalificação do<br />
Núcleo Antigo da Vila <strong>de</strong><br />
<strong>Boticas</strong> resulta <strong>de</strong> uma<br />
candidatura apresentada<br />
no âmbito do Programa<br />
ON.2, Eixo Prioritário IV<br />
Contribuinte n.º : _________________ Data ___/___/______<br />
(Assinatura)<br />
– Qualificação do Sistema<br />
Urbano, com um investimento<br />
total elegível <strong>de</strong><br />
958.326,00 € através do<br />
qual é assegurado um financiamento<br />
FEDER no<br />
valor global <strong>de</strong><br />
670.828,20€ com uma<br />
taxa <strong>de</strong> comparticipação<br />
<strong>de</strong> 70%.<br />
Assinatura Anual<br />
Redacção<br />
Portugal...............10,00 euros<br />
Europa.................22,00 euros<br />
Resto do Mundo....25,00 euros
Cultura<br />
Natural <strong>de</strong> Ardãos, no concelho<br />
<strong>de</strong> <strong>Boticas</strong>, o escritor João<br />
Chaves apresentou, na sextafeira<br />
18 <strong>de</strong> Fevereiro, o seu primeiro<br />
livro “A Gata Pataniscas<br />
e Outros Contos” na Biblioteca<br />
Municipal <strong>de</strong> Chaves. “A i<strong>de</strong>ia<br />
<strong>de</strong> publicar este livro surgiu <strong>de</strong>pois<br />
<strong>de</strong> pessoas que leram a história<br />
mostrarem o seu agrado.<br />
Man<strong>de</strong>i para a editora e daí até<br />
ser publicado <strong>de</strong>morou pouco<br />
tempo”, contou ao <strong>Ecos</strong> João<br />
Chaves, que frequentou o ensino<br />
primário em <strong>Boticas</strong>.<br />
Nascido a 23 <strong>de</strong> Setembro<br />
<strong>de</strong> 1954 em Ardãos, João Chaves<br />
frequentou o Liceu Nacional<br />
<strong>de</strong> Chaves. Ainda na cida<strong>de</strong><br />
flaviense, concluiu o Curso <strong>de</strong><br />
Magistério Primário e licenciou-<br />
José Veiga<br />
Co<strong>de</strong>ssoso<br />
Poesia<br />
14<br />
Jaime Afonso<br />
Alturas do Barroso<br />
Poesia<br />
I<br />
Já passaram 70 anos<br />
Quando eu andava na escola<br />
Éramos 40 alunos ou mais<br />
E poucos levavam saú<strong>de</strong><br />
II<br />
Ao acabarem as aulas<br />
Por volta do meio-dia<br />
Íamos a correr para cãs<br />
Comer a sopa do outro dia<br />
Fevereiro <strong>de</strong> 2011<br />
Professor natural <strong>de</strong> Ardãos apresenta<br />
primeiro livro <strong>de</strong> contos<br />
João Chaves, um professor nascido em Ardãos,<br />
apresentou na Biblioteca Municipal <strong>de</strong><br />
Chaves o seu primeiro livro “A Gata Pataniscas<br />
e Outros Contos”.<br />
se em Línguas e Literaturas<br />
Mo<strong>de</strong>rnas na Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Letras<br />
da Universida<strong>de</strong> do Porto.<br />
É na Invicta on<strong>de</strong> é actualmente<br />
professor, na EB 2,3 D. António<br />
Ferreira Gomes, em Ermesin<strong>de</strong>.<br />
Ainda assim, “<strong>Boticas</strong> é<br />
sempre o concelho da terra<br />
on<strong>de</strong> nasci, como tal temos sempre<br />
as nossas raízes aí. Ainda<br />
tenho lá os meus pais”, afirmou<br />
o escritor. Contudo, uma vez que<br />
parte da sua vida <strong>de</strong> estudante<br />
foi passada em Chaves e foi<br />
professor nas escolas secundárias<br />
Fernão Magalhães, Dr. Júlio<br />
Martins e na então Escola<br />
Preparatória <strong>de</strong> Chaves (hoje<br />
Nadir Afonso), fazia mais sentido<br />
apresentar o livro nesta cida<strong>de</strong>,<br />
explicou.<br />
CHORAVA<br />
Eu vi aquele velhinho que chorava,<br />
Com fome e com frio, no seu leito,<br />
Chorava sem apoio e sem carinho,<br />
Assim, esta vida não tem jeito.<br />
Não tens on<strong>de</strong> dormir, on<strong>de</strong> comer,<br />
As pedra da rua são o teu leito,<br />
E tu que já nada po<strong>de</strong>s fazer,<br />
A não ser mostrares o teu respeito.<br />
Recordo todo o bem que tu fizeste,<br />
A todos gostavas <strong>de</strong> dar a mão,<br />
A quantos tua mão lhe esten<strong>de</strong>ste,<br />
Guardando-te <strong>de</strong>ntro do seu coração.<br />
Acredita meu amigo, foi a vida,<br />
A vida que Deus te <strong>de</strong>u para viver,<br />
Por vezes uma vida tão sofrida,<br />
Que sofremos do nascer até morrer.<br />
Levanta a cabeça, meu amigo,<br />
Tú sabes por aquilo que passaste,<br />
Acredita meu amigo, estou contigo,<br />
Contigo e jamais eu vou <strong>de</strong>ixar-te.<br />
João Chaves<br />
Na apresentação pública em<br />
Chaves, João Chaves leu o primeiro<br />
parágrafo da sua obra,<br />
que fala das “carapaças” que<br />
às vezes pomos, mas que não<br />
correspon<strong>de</strong>m a quem realmente<br />
somos, pois se no início todos<br />
tomam a Gata Pataniscas por<br />
vaidosa e renegada, com o po<strong>de</strong>r<br />
das suas palavras, acaba<br />
por ser a heroína aclamada.<br />
“Quando as escrevi não foi com<br />
a intenção <strong>de</strong> serem para crianças<br />
ou para adultos, eram histórias!”,<br />
explicou João Chaves,<br />
que ficou surpreendido quando<br />
a “Gata Pataniscas” se tornou<br />
o segundo livro mais requisitado<br />
na sua escola. “Seria agradável<br />
saber que as pessoas <strong>de</strong><br />
Chaves e <strong>Boticas</strong> lêem estas<br />
histórias”, acrescentou.<br />
Este é um livro <strong>de</strong> fábulas e<br />
aventuras, que nos leva numa<br />
fantástica viagem marítima às<br />
costas <strong>de</strong> um atum e revela as<br />
histórias recheadas <strong>de</strong> mistério<br />
e sabedoria da avó da Ritinha,<br />
mas também fala <strong>de</strong> poluição,<br />
serieda<strong>de</strong> da política e ética.<br />
“Estamos num tempo em que<br />
grassa por aí fora a corrupção<br />
e a falta <strong>de</strong> carácter. Se começarmos<br />
um bocadinho a chamar<br />
a atenção para a dita moral e<br />
para a verda<strong>de</strong>, não será mal<br />
nenhum”, consi<strong>de</strong>rou João Chaves.<br />
Po<strong>de</strong>mos esperar mais livros?<br />
“Tenho outras histórias<br />
escritas, mas <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> da disposição!”,<br />
riu-se João Chaves, que<br />
não exclui a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> um<br />
dia regressar à terra que o viu<br />
nascer, “on<strong>de</strong> as horas são dias”<br />
e não o contrário.<br />
Recordar o Passado<br />
III<br />
Alguns andavam <strong>de</strong>scalços<br />
De calças rotas com os tomatinhos <strong>de</strong> fora<br />
E não se falava em crise<br />
Como se fala agora<br />
IV<br />
Os culpados da mesma crise<br />
Se tivessem passado tão maus bocados<br />
Dividiam o que lhes sobra<br />
Pelos idosos maltratados<br />
V<br />
Os idosos e as crianças<br />
Deviam ser mais informados<br />
Para quando há eleições<br />
Não serem tão enganados.<br />
Sandra Pereira
Fevereiro <strong>de</strong> 2011 15<br />
<strong>Boticas</strong> a<strong>de</strong>re à Campanha<br />
Nacional para o Direito<br />
à Alimentação<br />
Iniciativa visa fornecer aos cidadãos e<br />
famílias carenciadas meios <strong>de</strong> alimentação<br />
que resultam do aproveitamento dos<br />
excessos <strong>de</strong> produção, nomeadamente <strong>de</strong><br />
restaurantes ou cantinas<br />
O Município <strong>de</strong> <strong>Boticas</strong> a<strong>de</strong>riu<br />
à “Campanha Nacional para<br />
o Direito à Alimentação”, uma<br />
iniciativa promovida pela Associação<br />
da Hotelaria, Restauração<br />
e Similares <strong>de</strong> Portugal<br />
(AHRESP), que conta com o<br />
Alto Patrocínio do Presi<strong>de</strong>nte da<br />
República e é subscrita pela<br />
Associação Nacional <strong>de</strong> Municípios<br />
Portugueses (ANMP).<br />
O principal objectivo <strong>de</strong>sta<br />
iniciativa é fornecer aos cidadãos<br />
e famílias carenciadas<br />
meios <strong>de</strong> alimentação que resultam<br />
do aproveitamento dos ex-<br />
cessos <strong>de</strong> produção, <strong>de</strong>signadamente<br />
<strong>de</strong> restaurantes ou cantinas.<br />
No âmbito da a<strong>de</strong>são à iniciativa,<br />
a participação do Município<br />
<strong>de</strong> <strong>Boticas</strong> passa pela sinalização<br />
das famílias e cidadãos<br />
carenciados e pela indicação<br />
das instituições <strong>de</strong> Solidarieda<strong>de</strong><br />
Social existentes no concelho<br />
e <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong>stas i<strong>de</strong>ntificar<br />
aquelas que possuem meios próprios<br />
<strong>de</strong> transporte <strong>de</strong> alimentos<br />
e as que possuem refeitórios<br />
on<strong>de</strong> possa ser possível acolher<br />
os exce<strong>de</strong>ntes <strong>de</strong> refeições<br />
A Delegação <strong>de</strong> <strong>Boticas</strong> da Cruz Vermelha Portuguesa, no âmbito da sua presença na XIIIª.<br />
Feira Gastronómica do Porco, realizada nos passados dias 14, 15 e 16 <strong>de</strong> Janeiro, vem, através<br />
<strong>de</strong>ste meio, agra<strong>de</strong>cer publicamente, a todas as entida<strong>de</strong>s, organismos, empresas, estabelecimentos<br />
comerciais e pessoas, que <strong>de</strong> uma ou <strong>de</strong> outra forma, com ela colaboraram, nas activida<strong>de</strong>s<br />
<strong>de</strong>senvolvidas no nosso stand instalado na feira, bem como na rifa e respectivo sorteio, organizados<br />
na mesma ocasião.<br />
Assim, para além <strong>de</strong> todas as pessoas que compraram as rifas e que jogaram na nossa roleta,<br />
agra<strong>de</strong>cemos também à Câmara Municipal <strong>de</strong> <strong>Boticas</strong>, pela disponibilização do espaço, e às<br />
seguintes pessoas, organismos e estabelecimentos comerciais, pela oferta <strong>de</strong> produtos e géneros,<br />
<strong>de</strong>stinados, quer à rifa, quer à nossa roleta:<br />
Restaurante Gina; Casa Cunha; Ourinácio; Casa <strong>de</strong> Vilar “A Lavra”; Restaurante Marialva;<br />
Café Central; Bar Fernan<strong>de</strong>s; Café Expresso; Talhos Luís e Dina; Talho “O Brasileiro”; Talho do<br />
Município; Casa do Fumeiro (Gracinda Dias e Esteves); Casa <strong>de</strong> Flores e Decoração (Matil<strong>de</strong><br />
Amália Pires); Casa das Flores (Paula Baía); Florista Bem-me-quer; Cantinho Charmoso; Óptica<br />
Cristina; Paraíso Infantil (Vitória da Fonte); Mini Preço; Supermercado Reis; Supermercado Flor<br />
do Nóro; Botimercados; Café “A Cave”; Vinho dos Mortos (Armindo Pereira); Arlindo Pinheiro;<br />
Paulo Sá Machado; Maria Queiroga; Zulmira Forte e Cooperativa Agrícola <strong>de</strong> <strong>Boticas</strong>.<br />
Aproveitamos ainda o ensejo para agra<strong>de</strong>cer também a todas as pessoas que nos agraciaram<br />
com as suas amáveis ofertas aquando do cantar dos Reis, que o Grupo <strong>de</strong> Cantares <strong>de</strong>sta Delegação<br />
realizou na se<strong>de</strong> do Concelho, nos dias 3, 4, 5 e 6 <strong>de</strong> Janeiro último.<br />
A todos, o nosso reconhecido agra<strong>de</strong>cimento pelo Vosso contributo, que muito ajudará a melhorar<br />
e a fortalecer a nossa solidária missão.<br />
O Presi<strong>de</strong>nte da Delegação,<br />
(Ricardo Mota, Dr.)<br />
ou parte <strong>de</strong>las.<br />
Ao Município cabe ainda o<br />
papel <strong>de</strong> sensibilizar potenciais<br />
parceiros nesta iniciativa, nomeadamente<br />
os estabelecimentos<br />
<strong>de</strong> restauração do concelho e<br />
incentivá-los a a<strong>de</strong>rir a esta causa<br />
social, cabendo-lhe também<br />
proce<strong>de</strong>r, posteriormente, à distribuição<br />
<strong>de</strong> senhas facultadas<br />
pelos restaurantes a<strong>de</strong>rentes e<br />
indicar unida<strong>de</strong>s on<strong>de</strong> po<strong>de</strong>rão<br />
ser levantadas refeições.<br />
Redacção<br />
DELEGAÇÃO DE BOTICAS<br />
AGRADECIMENTO<br />
<strong>Boticas</strong>, 15 <strong>de</strong> Fevereiro <strong>de</strong> 2011<br />
Casa das Flores<br />
- <strong>de</strong> Paula Baía-<br />
Flores naturais e artificiais<br />
para casamentos e funerais<br />
e outras ocasiões<br />
(Lembranças para casamentos,<br />
Comunhões e Baptizados)<br />
ATENDIMENTO<br />
PERMANENTE<br />
Estação da Camionagem - Loja E<br />
5460-307 BOTICAS<br />
Agora,<br />
com Armazém<br />
e atendimento<br />
na Zona Empresarial<br />
do Padrão, Lote 6<br />
BOTICAS<br />
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De João Paulo Barja<br />
Artigos<br />
Caça e Pesca<br />
Rua Eng.º Cal<strong>de</strong>ira Pais, bl 1Loja 2 - 5460 <strong>Boticas</strong><br />
Telef.: 276 414 149 Telem.: 966 021 811<br />
e-mail: barjagricola@net.novis.pt
Futsal I Divisão<br />
Perdida boa oportunida<strong>de</strong><br />
para pontuar fora<br />
17ª Jornada -29/1/2011 – Pavilhão Municipal <strong>de</strong> Vizela<br />
FJ Antunes 4 – 3 GD <strong>Boticas</strong><br />
A formação Transmontana<br />
chegou a estar a vencer por 2-<br />
0, com golos <strong>de</strong> Regufe e Simas,<br />
mas consentiu a reviravolta<br />
no jogo. Simas ainda voltou a<br />
empatar, mas a Fundação Jorge<br />
Antunes fez o 4-3 final.<br />
Belenenses levou a melhor<br />
18ª Jornada -5/2/2011 – Pavilhão Municipal <strong>de</strong> <strong>Boticas</strong><br />
GD <strong>Boticas</strong> 0 – 2 Belenenses<br />
Dois golos mal consentidos<br />
ainda na primeira parte<br />
resolveram um jogo que acabou<br />
por não ter uma história<br />
diferente <strong>de</strong>vido à gran<strong>de</strong><br />
exibição <strong>de</strong> Marcão, na hora<br />
da <strong>de</strong>spedida da baliza dos<br />
azuis <strong>de</strong> Belém.<br />
Regresso às vitórias<br />
19ª Jornada -12/2/2011 - Pavilhão da Escola EB 2,3 <strong>de</strong><br />
Alpendorada<br />
Alpendorada 1 – 10 GD <strong>Boticas</strong><br />
O Alpendorada apresentava-se<br />
como o adversário i<strong>de</strong>al<br />
para o GD <strong>Boticas</strong> regressar às<br />
vitórias no campeonato e foi isso<br />
mesmo que aconteceu num jogo<br />
sem surpresas, excepto a estreia<br />
a marcar <strong>de</strong> Miguel Moreno,<br />
júnior do <strong>Boticas</strong>, que <strong>de</strong>u<br />
o contributo aos seniores.<br />
1 Benfica<br />
2 Sporting<br />
3 Belenenses<br />
4 Inst. 18ª D. João Jornada V -12/02/2011<br />
5 Freixieiro<br />
0-7 Benfica<br />
6Alpendorada<br />
<strong>Boticas</strong><br />
1-10 <strong>Boticas</strong><br />
7 AD Fundão<br />
8 FJ Belenenses<br />
Antunes 6-7 AMSAC<br />
9 Modicus FJ Antunes 4-3 Inst. D. João V<br />
10 AMSAC<br />
Vit.Olivais 7-2 Mogadouro<br />
11 Vit.Olivais<br />
12 Rio Ave Modicus 4-6 Sporting<br />
13 Alpendorada Rio Ave 1-0 AD Fundão<br />
14 Mogadouro<br />
15<br />
1<br />
20ª Jornada -05/03/2011<br />
1<br />
Benfica<br />
2 Sporting <strong>Boticas</strong> Benfica<br />
3 Belenenses AMSAC Alpendorada<br />
4Inst.<br />
Inst. D. João VV<br />
Belenenses<br />
5 Freixieiro Mogadouro FJ Antunes<br />
6 <strong>Boticas</strong> Sporting Vit.Olivais<br />
7 AD Fundão Modicus<br />
8 FJ Antunes Rio Ave Freixieiro<br />
9 Modicus<br />
10 AMSAC<br />
11 Vit.Olivais<br />
GD <strong>Boticas</strong>:<br />
Cinco inicial: Cláudio, Lincon,<br />
Mancuso, Davi<strong>de</strong> e Romário<br />
Jogaram ainda: Paulinho, Tiaguinho,<br />
Estrela, Regufe e Simas<br />
Treinador: Emídio Rodrigues<br />
Ao intervalo: 1 – 2<br />
GD <strong>Boticas</strong>:<br />
Cinco inicial: Cláudio, Mancuso,<br />
Romário, Tiago e Regufe<br />
Jogaram ainda: Paulinho, Lincon,<br />
Simas, Estrela e Tiaguinho<br />
Treinador: Emídio Rodrigues<br />
Ao intervalo: 0 – 2<br />
GD <strong>Boticas</strong>:<br />
Cinco inicial: Claúdio, Romário,<br />
Tiago, Lincon e Davi<strong>de</strong><br />
Jogaram ainda: Paulinho,<br />
Estrela, Tiaguinho, Mancuso, Simas,<br />
Regufe e Miguel Moreno<br />
Treinador: Emídio Rodrigues<br />
Ao intervalo: 0 – 5<br />
1 Benfica<br />
2 Sporting<br />
3 Belenenses<br />
4 Inst. D. João V<br />
5 Freixieiro<br />
6 <strong>Boticas</strong><br />
7 AD Fundão<br />
8 FJ Antunes<br />
9 Modicus<br />
10 AMSAC<br />
11 Vit.Olivais<br />
12 Rio Ave<br />
13 Alpendorada<br />
14 Mogadouro<br />
15<br />
1<br />
P J V E D GM GS<br />
51 19 16<br />
48 19 15<br />
44 19 14<br />
35 19 11<br />
31 19 10<br />
30 19 9<br />
29 19 9<br />
27 19 8<br />
26 19 7<br />
21 19 6<br />
18 19 5<br />
17 19 5<br />
4 19 1<br />
1 19 0<br />
3<br />
3<br />
2<br />
2<br />
1<br />
3<br />
2<br />
3<br />
5<br />
3<br />
3<br />
2<br />
1<br />
1<br />
0 120 28<br />
1 104 33<br />
3 98 40<br />
6 81 57<br />
8 78 73<br />
7 76 54<br />
8 62 50<br />
8 65 55<br />
7 62 64<br />
10 66 75<br />
11 65 87<br />
12 50 66<br />
17 35 195<br />
18 32 117<br />
16<br />
Foi um final dramático que<br />
se viveu em <strong>Boticas</strong> na Taça <strong>de</strong><br />
Portugal. A equipa do <strong>Boticas</strong><br />
começou a ganhar, com golo <strong>de</strong><br />
Estrela, mas ainda antes do intervalo<br />
a formação <strong>de</strong> Belém<br />
<strong>de</strong>u a volta ao jogo. Simas já no<br />
segundo tempo ainda fez o empate,<br />
mas já mesmo no final do<br />
jogo, a um segundo do fim, a<br />
equipa do Belenenses conquistou<br />
a vitória.<br />
GD <strong>Boticas</strong>:<br />
Cinco inicial: Cláudio, Regufe,<br />
Romário, Mancuso e Tiago<br />
Jogaram ainda: Paulinho, Lincon,<br />
Simas, Estrela e Davi<strong>de</strong><br />
Treinador: Emídio Rodrigues<br />
Associação <strong>de</strong> Caçadores <strong>de</strong> <strong>Boticas</strong><br />
CONVOCATÓRIA<br />
Fevereiro <strong>de</strong> 2011<br />
Oitavos <strong>de</strong> final da Taça <strong>de</strong> Portugal <strong>de</strong> Futsal<br />
GD <strong>Boticas</strong> 2 – 3 Belenenses (Int. 1.2)<br />
Taça acabou para o <strong>Boticas</strong><br />
no último segundo do jogo<br />
Grupo Desportivo <strong>de</strong> <strong>Boticas</strong><br />
Convocatória <strong>de</strong> Assembleia Geral - 30 <strong>de</strong> Março <strong>de</strong> 2011<br />
CONVOCATÓRIA<br />
Nos termos do art. 28º dos Estatutos do GRUPO DESPORTIVO DE BOTICAS, convoco a Assembleia<br />
Geral, para reunião a <strong>de</strong>correr no dia 30 <strong>de</strong> Março <strong>de</strong> 2011, pelas 20h30, no Auditório Municipal <strong>de</strong> <strong>Boticas</strong>,<br />
com a seguinte or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> trabalhos:<br />
1 – Apresentação, Discussão e Aprovação do Relatório e Contas do ano financeiro <strong>de</strong> 2011.<br />
2 – Discussão e Preparação do acto eleitoral para o biénio 2011-2013.<br />
3 – Outros Assuntos <strong>de</strong> Interesse para o clube.<br />
Nos termos do art. 29º n.º 2 daqueles Estatutos, a Assembleia Geral, no caso <strong>de</strong> inexistência <strong>de</strong> maioria<br />
absoluta dos sócios com direito a voto, será realizada meia hora <strong>de</strong>pois, pelas 21H00, em segunda convocação,<br />
in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente do número <strong>de</strong> sócios presentes.<br />
<strong>Boticas</strong>, 21 <strong>de</strong> Fevereiro <strong>de</strong> 2011<br />
O Presi<strong>de</strong>nte da Mesa da Assembleia Geral,<br />
Prof. Carlos Bernardino Gonçalves Teixeira<br />
Nota: O acto eleitoral <strong>de</strong>correrá no final do mês <strong>de</strong> Maio em dia a convocar.<br />
AMÉRICO PEREIRA BARROSO, Presi<strong>de</strong>nte da Assembleia Geral da Associação <strong>de</strong> Caçadores<br />
<strong>de</strong> <strong>Boticas</strong>, ao abrigo do art°23° dos estatutos, vem convocar uma Assembleia Geral Ordinária<br />
para o dia 27 <strong>de</strong> Fevereiro (Domingo).<br />
A Assembleia Geral terá lugar na Casa Florestal pelas 10.00 Horas. Se à hora marcada não<br />
estiverem a maioria dos sócios funcionará uma hora mais tar<strong>de</strong> com qualquer número.<br />
Or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> trabalhos:<br />
- Parecer sobre relatório do Conselho Fiscal das contas 2009- 2010<br />
- Eleições dos Corpos Gerentes para o Biénio 2011/2013<br />
- Outros Assuntos<br />
<strong>Boticas</strong> 06 <strong>de</strong> Fevereiro <strong>de</strong> 2011<br />
O Presi<strong>de</strong>nte da Assembleia Geral<br />
Eng.º Américo Pereira Barroso<br />
<strong>Ecos</strong> <strong>de</strong> <strong>Boticas</strong> Nº 345- 21 <strong>de</strong> Fevereiro <strong>de</strong> 2011
Fevereiro <strong>de</strong> 2011 17<br />
Zé Maria em entrevista<br />
“<strong>Boticas</strong> é uma terra<br />
<strong>de</strong> que gosto muito”<br />
Aos 33 anos, Zé Maria já conquistou tudo o que havia para conquistar<br />
em Portugal no futsal, e até na Europa já se sagrou campeão europeu<br />
<strong>de</strong> clubes, tudo pelo Benfica. Agora no Belenenses, o jogador <strong>de</strong> futsal<br />
quer continuar à procura <strong>de</strong> títulos e não pensa para já no final da carreira.<br />
Sempre que po<strong>de</strong>, Zé Maria visita <strong>Boticas</strong>, terra que conhece<br />
bem. Ao <strong>Ecos</strong> <strong>de</strong> <strong>Boticas</strong>, o jogador do Belenenses fez um balanço da<br />
sua carreira, bem como uma análise do estado do futsal em Portugal.<br />
ECOS <strong>de</strong> <strong>Boticas</strong>: Qual é<br />
a sua ligação a <strong>Boticas</strong>?<br />
Zé Maria: O meu pai é <strong>de</strong><br />
Ardãos e passo muitas vezes<br />
férias em <strong>Boticas</strong>. É uma terra<br />
que gosto muito, on<strong>de</strong> passei<br />
muitas férias e sempre que posso<br />
vou a <strong>Boticas</strong>.<br />
Como começou o futsal<br />
para si?<br />
Começou <strong>de</strong>s<strong>de</strong> pequenino,<br />
<strong>de</strong>s<strong>de</strong> aos oito anos até agora<br />
aos 33 anos. Sempre tive uma<br />
paixão pelo futsal. Tive hipóteses<br />
<strong>de</strong> jogar futebol 11, mas nunca<br />
gostei. Sempre quis estar no<br />
futsal e no meu bairro havia lá<br />
um campo, on<strong>de</strong> passava <strong>de</strong><br />
manhã à noite a jogar futsal.<br />
Que balanço faz da sua<br />
carreira?<br />
Faço um balanço muito positivo<br />
pois a nível do campeonato<br />
português consegui ganhar<br />
tudo pelo Benfica, bem como a<br />
UEFA Cup a nível da Europa.<br />
Realizei tudo o que podia realizar<br />
como jogador e espero continuar<br />
a realizar.<br />
Como se <strong>de</strong>u a mudança<br />
para o Belenenses?<br />
A minha priorida<strong>de</strong> era man-<br />
ter-me num clube com mentalida<strong>de</strong><br />
ganhadorae que procure<br />
ganhar títulos, era essa a minha<br />
priorida<strong>de</strong> quando saí do Benfica.<br />
As expectativas é <strong>de</strong> conseguirmos<br />
um lugar no Play-off,<br />
o mais acima possível, e ganharmos<br />
a taça. Temos uma<br />
equipa nova, e estamos a trabalhar<br />
bem.<br />
Que avaliação faz do estado<br />
do futsal em Portugal,<br />
quer em equipas, quer a selecção?<br />
O futsal em Portugal já teve<br />
melhores dias. Não se admite<br />
um campeonato só ter três equipas<br />
profissionais na primeira divisão,<br />
quando, comparado com<br />
Espanha, são todas profissionais.<br />
A diferença entre os dois<br />
países é mesmo o profissionalismo,<br />
pois têm uma estrutura<br />
profissional. Nesta altura é complicado<br />
para evoluir, pois a crise<br />
é <strong>de</strong>sculpa para tudo. Mas<br />
era bom manter uma organização<br />
à parte da fe<strong>de</strong>ração, como<br />
em Espanha, para tentar melhorar.<br />
A selecção tem bons resultados<br />
mas se virmos a maior<br />
parte dos jogadores vêm das<br />
equipas profissionais ou dos que<br />
jogam fora do país. Vejo com<br />
alguma apreensão a falta <strong>de</strong> formação.<br />
Vejo que nos clubes<br />
gran<strong>de</strong>s há muitos jovens que<br />
não têm lugar nas equipas principais,<br />
bem como o facto <strong>de</strong> os<br />
clubes apostarem nos jogadores<br />
brasileiros e não darem oportunida<strong>de</strong><br />
aos portugueses. Não<br />
adianta existir uma boa formação<br />
se, <strong>de</strong>pois, quando se chega<br />
a sénior, não ter on<strong>de</strong> jogar.<br />
Pensa já no final da carreira?<br />
Ainda não pensei nisso, para<br />
já ainda só penso em jogar e não<br />
penso na minha ida<strong>de</strong>. Enquanto<br />
tiver força, vonta<strong>de</strong> e capacida<strong>de</strong><br />
vou continuar a jogar.<br />
Como viu a subida do <strong>Boticas</strong><br />
até à primeira divisão.<br />
Vê-se que é uma terra que<br />
gosta <strong>de</strong> futsal?<br />
Para mim foi uma enorme<br />
alegria quando soube que o <strong>Boticas</strong><br />
estava na primeira divisão.<br />
Vir jogar a <strong>Boticas</strong> é sempre<br />
uma enorme alegria. Mas o <strong>Boticas</strong><br />
tem também a política <strong>de</strong><br />
ir buscar muitos brasileiros…<br />
Cada vez que fui jogar a <strong>Boticas</strong><br />
o pavilhão estava cheio <strong>de</strong><br />
gente e sente-se que as pessoas<br />
gostam <strong>de</strong> futsal.<br />
É possível ver o Zé Maria<br />
no <strong>Boticas</strong> num futuro<br />
próximo?<br />
Não sei. Se receber uma boa<br />
proposta do <strong>Boticas</strong> nunca se<br />
sabe (risos) .<br />
Diogo Caldas<br />
Tratamos toda a documentação relacionada com os funerais
II Eliminatória da Taça Distrital <strong>de</strong> Futsal Júnior Masculino <strong>de</strong> Vila Real<br />
Reviravolta dá final ao <strong>Boticas</strong><br />
O GD <strong>Boticas</strong> foi a Vila Pouca <strong>de</strong><br />
Aguiar garantir a qualificação para a<br />
final da Taça Distrital <strong>de</strong> Júniores <strong>de</strong><br />
Futsal ao vencer por 4-3 a equipa da<br />
casa. Os finalistas já estão encontrados,<br />
com o <strong>Boticas</strong> a <strong>de</strong>frontar o Hóquei<br />
Flaviense.<br />
Os visitantes chegaram ao<br />
golo, fazendo o primeiro da partida<br />
por André Alves. No segundo<br />
tempo a CSLB Vila Pouca<br />
consumou a reviravolta, e fez<br />
mesmo o 3-1. Marcaram para a<br />
equipa da casa Xico, Miguel e<br />
Ricardinho. Mas o <strong>Boticas</strong> voltou<br />
a respon<strong>de</strong>r, reduziu, empa-<br />
18<br />
tou e <strong>de</strong>u novamente a volta<br />
ao jogo, com golos <strong>de</strong> André<br />
Alves, Miguel Moreno e João<br />
Barroso. A equipa da casa<br />
ainda dispôs <strong>de</strong> livres <strong>de</strong> 10<br />
metros, mas quando foi necessário<br />
Vítor opôs-se, segurando<br />
assim a vitória.<br />
Diogo Caldas<br />
8ª Jornada do Campeonato Distrital <strong>de</strong> Futsal <strong>de</strong> Juniores <strong>de</strong> Vila Real: GD <strong>Boticas</strong> 1 – 2 CSLB Vila Pouca (Int. 1-1)<br />
Depois da passagem à final da equipa treinada por Davi<strong>de</strong><br />
Moura, <strong>de</strong>rrotando a Casa do Benfica em Vila Pouca,<br />
foi a vez da equipa <strong>de</strong> Litos se “vingar” e vencer o <strong>Boticas</strong>,<br />
colocando-se em boa posição para se sagrarem campeões<br />
distritais e afastando os botiquenses da luta pelo título.<br />
Foi um jogo <strong>de</strong> muito <strong>Boticas</strong> para a CSLB Vila Pouca<br />
que se apresentou no passado domingo dia 20 <strong>de</strong> Fevereiro<br />
em <strong>Boticas</strong>. Apesar da vitória dos visitantes, a formação da<br />
casa esteve em bom plano, dominou a partida, teve momentos<br />
<strong>de</strong> bom futsal e criou oportunida<strong>de</strong>s, mas a eficácia foi<br />
um problema, bem como o guarda-re<strong>de</strong>s da Casa do Benfica.<br />
Ainda no primeiro tempo o <strong>Boticas</strong> chegou ao golo inaugural<br />
aos 12 minutos, por André Alves, no único duelo que<br />
venceu com o guarda-re<strong>de</strong>s Fábio. Pouco <strong>de</strong>pois Esteves<br />
acertou no poste e ainda antes do intervalo Kiko estabeleceu<br />
a igualda<strong>de</strong>.<br />
No segundo tempo os primeiros <strong>de</strong>z minutos foram <strong>de</strong><br />
muitas oportunida<strong>de</strong>s para a equipa da casa, mas o golo não<br />
apareceu e foi já aos 38 minutos <strong>de</strong> jogo que Ricardinho<br />
marcou o golo que valeu a li<strong>de</strong>rança isolada do campeonato<br />
para a CSLB Vila Pouca, com 19 pontos, mais dois que o<br />
Hóquei Flaviense. O <strong>Boticas</strong> mantém os 13 pontos.<br />
Diogo Caldas<br />
Acabou por ganhar a CSLB Vila Pouca, que ficou<br />
em boa posição para ser campeã distrital, mas quem<br />
jogou foram os da casa, com uma exibição consistente,<br />
com momentos <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong>, on<strong>de</strong> apenas faltou a finalização.<br />
Mas se a boa recuperação dos jovens botiquenses<br />
no campeonato acabou a duas jornadas do<br />
fim com esta <strong>de</strong>rrota, a equipa <strong>de</strong> juniores tem ainda<br />
uma prova para mostrar que a evolução foi gran<strong>de</strong>.<br />
GD <strong>Boticas</strong> e Hóquei Flaviense encontram-se para a<br />
final da Taça Distrital.<br />
“Os miúdos assimilaram bem as i<strong>de</strong>ias. No primeiro<br />
jogo com a CSLB Vila Pouca per<strong>de</strong>mos 7-3 e quando<br />
virou o ano e já com três meses <strong>de</strong> trabalho a equipa<br />
ficou bastante melhor”, explica Davi<strong>de</strong> Moura, treinador<br />
da equipa, confessando que no início da época<br />
apesar <strong>de</strong> ver qualida<strong>de</strong> na equipa via também muito<br />
trabalho pela frente. “Faltavam muitos conceitos <strong>de</strong><br />
futsal e havia muitos vícios <strong>de</strong> futebol 11. Melhoraram<br />
Fevereiro <strong>de</strong> 2011<br />
CSLB Vila Pouca 3 – 4 GD <strong>Boticas</strong><br />
Pavilhão Desp. Dr. Francisco Gomes Costa<br />
GD <strong>Boticas</strong>: cinco inicial: Vítor, Telmo, Miguel<br />
Moreno, André Fernan<strong>de</strong>s e André Alves<br />
Jogaram ainda: Rafa, João Barroso, Daniel<br />
Moreno, César Freitas, Pedro Esteves e Ricardo<br />
Treinador: Davi<strong>de</strong> Moura<br />
Ao intervalo: 0 – 1<br />
Casa do Benfica <strong>de</strong>ixa <strong>Boticas</strong> fora da luta pelo campeonato<br />
20/2/2011 – Pavilhão Municipal <strong>de</strong> <strong>Boticas</strong><br />
GD <strong>Boticas</strong>: cinco inicial: Vítor, Telmo, André Alves, André Fernan<strong>de</strong>s e Esteves<br />
Jogaram ainda: Moreno, João Barroso, Rafa, César, Daniel e Ricardo<br />
Treinador: Davi<strong>de</strong> Moura<br />
CSLB Vila Pouca: cinco inicial: Fábio, Ricardinho, Patrick II, Kiko, Luís Pinto<br />
Jogaram ainda: Samuel, Patrick I, Micael, Rafael, Pedro Santos, Ricardo e Octávio<br />
Treinador: Litos<br />
Boa evolução da equipa <strong>de</strong> juniores vale presença na final da taça<br />
Com os resultados obtidos no inicio da época seriam poucos os que acreditavam<br />
que a equipa <strong>de</strong> juniores do <strong>Boticas</strong> estaria nas <strong>de</strong>cisões do título distrital<br />
<strong>de</strong> juniores, mas quem esteve presente no passado domingo no Pavilhão Municipal<br />
<strong>de</strong> <strong>Boticas</strong> foi assistir à partida mais importante para a <strong>de</strong>cisão do campeonato.<br />
bastante e estão <strong>de</strong> parabéns porque em três meses <strong>de</strong><br />
trabalho evoluíram para um nível bem mais elevado do<br />
que tínhamos”, consi<strong>de</strong>ra.<br />
A final da taça distrital <strong>de</strong> juniores acaba por ser a<br />
oportunida<strong>de</strong> i<strong>de</strong>al para “coroar” esta época. “A final<br />
é um prémio para estes atletas, a primeira final que<br />
eles têm. Queremos fazer um bom jogo e ganhar”, atira<br />
o treinador.<br />
Treinos com os seniores ajudaram a evoluir<br />
Com o plantel sénior da primeira divisão nacional<br />
<strong>de</strong>sfalcado, acabaram por ser os juniores a dar o seu<br />
contributo nos treinos para manter a qualida<strong>de</strong> do trabalho,<br />
que se tornou também uma oportunida<strong>de</strong> para<br />
motivar e melhorar a equipa <strong>de</strong> juniores. “Ajudou também<br />
à subida <strong>de</strong> rendimento da equipa”, consi<strong>de</strong>ra<br />
Davi<strong>de</strong>.<br />
Davi<strong>de</strong> Moura,<br />
treinado, do GD <strong>Boticas</strong>:<br />
“Per<strong>de</strong>mos nos minutos<br />
finais. Fomos melhor<br />
em todo o jogo e<br />
criamos as melhores situações.<br />
Apresentamos<br />
um nível bastante elevado.<br />
Parabéns à equipa<br />
da Casa do Benfica que<br />
não baixou os braços e<br />
soube sofrer”.<br />
Litos, treinador da<br />
CSLB Vila Pouca:<br />
“Gran<strong>de</strong> jogo <strong>de</strong> futsal,<br />
on<strong>de</strong> <strong>de</strong>u realmente prazer<br />
ver o jogo. A equipa<br />
do <strong>Boticas</strong> esteve superior<br />
e está muito bem<br />
orientada. Nós concretizamos<br />
as oportunida<strong>de</strong>s<br />
criadas”.<br />
Para Emídio Rodrigues, treinador do GD <strong>Boticas</strong>,<br />
os jovens botiquenses têm dado um bom contributo.<br />
“O Davi<strong>de</strong> tem feito um bom trabalho. Dão mais qualida<strong>de</strong><br />
ao treino e têm boa atitu<strong>de</strong>”, explica o técnico.<br />
Já houve até um golo <strong>de</strong> um júnior na equipa sénior.<br />
Miguel Moreno, que foi pela segunda vez convocado<br />
para os seniores, facturou na goleada ao Alpendorada.<br />
“Foi uma bola já meia perdida que dividi com um adversário<br />
e <strong>de</strong>u golo”, conta Miguel Moreno, confessando<br />
que não estava à espera <strong>de</strong> jogar, mas que tentou<br />
fazer aquilo que tem feito nos treinos.<br />
O treinador da equipa que milita na 1ª Divisão conta<br />
que com o resultado resolvido acaba por ser um<br />
objectivo “rodar ao máximo” o plantel, e, neste caso,<br />
<strong>de</strong> “dar uma motivação extra”. “Estão muito longe <strong>de</strong><br />
estarem prontos para um campeonato <strong>de</strong> primeira divisão”,<br />
avisa Emídio Rodrigues, consi<strong>de</strong>rando que será<br />
preciso um ou dois anos <strong>de</strong> trabalho e evolução.<br />
Para o jovem jogador do <strong>Boticas</strong>, a equipa <strong>de</strong> juniores<br />
ganhou “competitivida<strong>de</strong>, força e experiência”. Da<br />
mesma forma pensa André Alves, o capitão dos juniores.<br />
“Estamos mais competitivos e conseguimos ganhar<br />
jogos que antes não conseguíamos”, atira, consi<strong>de</strong>rando<br />
gran<strong>de</strong> a evolução “em termos físicos e técnicos”.<br />
Diogo Caldas
Fevereiro <strong>de</strong> 2011 19<br />
ANÚNCIOS<br />
ALUGA-SE<br />
Aluga-se uma casa em <strong>Boticas</strong><br />
É favor falar na Rua <strong>de</strong> Santo Aleixo, nº 17<br />
Ou Por telefone: 276 415 171<br />
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Em <strong>Boticas</strong><br />
Na Rua Camilo Castelo Branco Nº 45 e 47<br />
Antiga casa dos Carmelinos<br />
com gran<strong>de</strong> Quintal Anexo à casa<br />
Possibilida<strong>de</strong> para apartamentos ou Hotel<br />
Contacto em <strong>Boticas</strong> - Carlos - 919 864 353<br />
Estados Unidos - Carminda- 001 908 687 3670<br />
CARTÓRIO NOTARIAL<br />
DE BOTICAS<br />
Certifico, para efeitos <strong>de</strong> publicação,<br />
que por escritura lavrada<br />
neste Cartório em 04/02/<br />
2011, a folhas vinte e quatro e<br />
seguinte, do livro <strong>de</strong> notas para<br />
escrituras diversas número 79-<br />
C. Márcio Carneiro Gomes,<br />
NIF 231 251 785, solteiro,<br />
maior, natural da freguesia <strong>de</strong><br />
Alturas do Barroso, on<strong>de</strong> resi<strong>de</strong><br />
na Travessa do Cruzeiro. n°3,<br />
lugar <strong>de</strong> Vilarinho Seco, concelho<br />
<strong>de</strong> <strong>Boticas</strong>, DECLAROU:<br />
Que, é dono e legítimo possuidor,<br />
com exclusão <strong>de</strong> outrem<br />
do prédio rústico, composto <strong>de</strong><br />
terreno <strong>de</strong> mato, sito no Caminho<br />
da Lomba, freguesia <strong>de</strong> Alturas<br />
do Barroso. concelho <strong>de</strong><br />
<strong>Boticas</strong>, com a área <strong>de</strong> quatrocentos<br />
e cinquenta e dois metros<br />
quadrados, a confrontar <strong>de</strong><br />
norte, com Baldio, sul, Domingos<br />
Coelho Gomes, nascente,<br />
Caminho e poente com José<br />
Tribunal Judicial <strong>de</strong><br />
<strong>Boticas</strong><br />
Secção Única<br />
Rua 5 <strong>de</strong> Outubro -<br />
5460-304 <strong>Boticas</strong><br />
Telef 2764l0520 Fax<br />
276410529 Mail:<br />
boticas.tc@uíbunais.org.pt<br />
Processo 102/ 10.5TBBTC<br />
Reforma <strong>de</strong> Documentos<br />
N/ Referência: 172467<br />
Data: ver data certificada<br />
pelo sistema<br />
CARTÓRIO NOTARIAL<br />
DE BOTICAS<br />
Certifico, para efeitos <strong>de</strong> publicação,<br />
que por escritura lavrada<br />
neste cartório em 14/02/2011,<br />
a folhas trinta e uma e seguinte,<br />
do livro <strong>de</strong> notas para escrituras<br />
diversas número 79-C, Adérito<br />
Vaz Pinto, solteiro, maior, natural<br />
da freguesia <strong>de</strong> Negrões, concelho<br />
<strong>de</strong> Montalegre, resi<strong>de</strong>nte<br />
na Rua Coronel Bento Roma,<br />
Edifício Marrocos, 1º, sala 2, em<br />
Chaves, que outorga na qualida<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> procurador <strong>de</strong> VITOR<br />
AUGUSTO ALVES BARROS,<br />
Nif 235096369, e mulher<br />
Christelle Couto da Silva, Nif<br />
249999137, casados sob o regime<br />
<strong>de</strong> comunhão <strong>de</strong> adquiridos,<br />
resi<strong>de</strong>ntes no lugar e freguesia <strong>de</strong><br />
Sapiãos, concelho <strong>de</strong> <strong>Boticas</strong>,<br />
DECLAROU:<br />
Que o seu marido é dono, com<br />
exclusão <strong>de</strong> outrém, do prédio<br />
rústico, composto <strong>de</strong> terreno <strong>de</strong><br />
mato, sito no Tornadouro, freguesia<br />
<strong>de</strong> Sapiãos, concelho <strong>de</strong><br />
Afonso Cadime, inscrito na respectiva<br />
matriz em nome <strong>de</strong>le justificante,<br />
sob o artigo 3405, com<br />
o valor patrimonial tributário e<br />
atribuído <strong>de</strong> 200,00 Euros.<br />
Que, não é <strong>de</strong>tentor <strong>de</strong> qualquer<br />
título formal que legitime a<br />
posse do aludido prédio, tendo-o<br />
adquirido, por doação, nunca reduzida<br />
a escritura publica, <strong>de</strong> seu<br />
avô Venâncio Gonçalves Carneiro,<br />
viúvo, já falecido, resi<strong>de</strong>nte<br />
em Vilarinho Seco, em dia e mês<br />
que não po<strong>de</strong> precisar, do ano <strong>de</strong><br />
mil novecentos e oitenta e Sete.<br />
Que, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> então, até à presente<br />
data, logo há mais <strong>de</strong> vinte<br />
anos, sem interrupção e oposição<br />
<strong>de</strong> quem quer que seja, possui<br />
o aludido prédio, por si ou por<br />
intermédio <strong>de</strong> outrém, gozando<br />
<strong>de</strong> todas as utilida<strong>de</strong>s por ele proporcionadas,<br />
nomeadamente roçando<br />
o mato, colhendo os seus<br />
frutos e rendimentos, pagando as<br />
suas contribuições e impostos,<br />
tudo sempre com ânimo <strong>de</strong> quem<br />
Requerente: José Barroso<br />
Pereira<br />
Requerido: Axa Portugal ¯<br />
Companhia <strong>de</strong> Seguros S.A.<br />
ANÚNCIO<br />
(alínea C) do artº 1072° do<br />
CPC)<br />
O/A Dr(a). Jorge Vasco Moreira<br />
Jorge Soares, Mm (ª) Juiz<br />
<strong>de</strong> Direito do(a) Secção Única —<br />
Tribunal Judicial <strong>de</strong> <strong>Boticas</strong><br />
Faz saber que, por sentença<br />
proferida nos autos acima i<strong>de</strong>n-<br />
<strong>Boticas</strong>, com a área <strong>de</strong> mil metros<br />
quadrados, a confrontar <strong>de</strong><br />
norte, com caminho Público, sul,<br />
Avelino Rosa Fernando, nascente,<br />
Rua do Calhau Rachado e poente<br />
com Baldio, inscrito na respectiva<br />
matriz em nome <strong>de</strong>le justificante,<br />
sob o artigo 5314, com<br />
o valor patrimonial tributário <strong>de</strong><br />
180,00 Euros.<br />
Que, não é <strong>de</strong>tentor <strong>de</strong> qualquer<br />
título formal que legitime a<br />
posse do aludido prédio, tendo-o<br />
adquirido, ainda no estado <strong>de</strong> solteiro,<br />
em dia e mês que não po<strong>de</strong><br />
precisar, do ano <strong>de</strong> mil novecentos<br />
e oitenta e quatro, por doação,<br />
nunca reduzida a escritura<br />
pública, <strong>de</strong> Avelino Barros, viúvo,<br />
já falecido, resi<strong>de</strong>nte que foi<br />
em Sapiãos.<br />
Que, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> então, até à presente<br />
data, logo há mais <strong>de</strong> vinte<br />
anos, sem interrupção e oposição<br />
<strong>de</strong> quem quer que seja, possui<br />
o aludido prédio, gozando <strong>de</strong> todas<br />
as utilida<strong>de</strong>s por ele proporcionadas,<br />
nomeadamente roçando<br />
o mato, colhendo os seus fru-<br />
exerce direito próprio, consi<strong>de</strong>rando-se<br />
e sendo consi<strong>de</strong>rado<br />
como seu único dono, na convicção<br />
<strong>de</strong> que não lesa direitos<br />
<strong>de</strong> outrem, posse esta que iniciou<br />
e mantém <strong>de</strong> boa fé, pacífica,<br />
porque sem violência, contínua<br />
e publicamente, à vista e<br />
com o conhecimento <strong>de</strong> toda a<br />
gente e sem oposição <strong>de</strong> ninguém.<br />
Que, dadas as enunciadas características<br />
<strong>de</strong> tal posse, adquiriu<br />
o dito prédio por USUCA-<br />
PIÃO, título esse que, por sua<br />
natureza não é susceptível <strong>de</strong> ser<br />
comprovado pelos meios extrajudiciais<br />
normais.<br />
Está conforme.<br />
Cartório Notarial <strong>de</strong> <strong>Boticas</strong>,<br />
04 <strong>de</strong> Fevereiro <strong>de</strong> 201l.<br />
A Adjunta - Notária,<br />
Helena Maria Caiado Ferrão<br />
<strong>Ecos</strong> <strong>de</strong> <strong>Boticas</strong>, Nº 345 -21<br />
<strong>de</strong> Fevereiro <strong>de</strong> 2011<br />
tificados, foi consi<strong>de</strong>rado sem<br />
valor os títulos <strong>de</strong>saparecidos:<br />
708852, 708853 e 708854 sem<br />
prejuízo dos direitos que o portador<br />
do referido título possa<br />
exercer contra o requerente.<br />
O/A Juiz <strong>de</strong> Direito,<br />
Dr(a). Jorge Vasco Moreira<br />
Jorge Soares<br />
Oficial <strong>de</strong> Justiça<br />
Ana da Silva Neves<br />
<strong>Ecos</strong> <strong>de</strong> <strong>Boticas</strong>, Nº 345-21<br />
<strong>de</strong> Fevereiro <strong>de</strong> 2011<br />
tos e rendimentos, pagando as<br />
suas contribuições e impostos,<br />
tudo sempre com ânimo <strong>de</strong> quem<br />
exerce direito próprio, consi<strong>de</strong>rando-se<br />
e sendo consi<strong>de</strong>rado<br />
como seu único dono, na convicção<br />
<strong>de</strong> que não lesa direitos<br />
<strong>de</strong> outrem, posse esta que iniciou<br />
e mantêm <strong>de</strong> boa fé, pacifica,<br />
porque sem violência, contínua<br />
e publicamente, à vista e<br />
com o conhecimento <strong>de</strong> toda a<br />
gente e sem oposição <strong>de</strong> ninguém.<br />
Que, dadas as enunciadas características<br />
<strong>de</strong> tal posse, adquiriu<br />
o dito prédio por USUCA-<br />
PIÃO, título esse que, por sua<br />
natureza não é susceptível <strong>de</strong> ser<br />
comprovado pelos meios extrajudiciais<br />
normais.<br />
Está conforme.<br />
Cartório Notarial <strong>de</strong> <strong>Boticas</strong>,<br />
14 <strong>de</strong> Fevereiro <strong>de</strong> 2011-02-18<br />
A Adjunta - Notária,<br />
(Helena Maria Caiado Ferrão)<br />
<strong>Ecos</strong> <strong>de</strong> <strong>Boticas</strong>, Nº 345-21<br />
<strong>de</strong> Fevereiro <strong>de</strong> 2011<br />
NECROLOGIA<br />
AGRADECIMENTO<br />
MARIA DONSÍLIA SILVA GONÇALVES<br />
(CISNANDA)<br />
A Família <strong>de</strong> MARIA DONSÍLIA SILVA GONÇALVES, profundamente<br />
reconhecida pelas inúmeras manifestações <strong>de</strong> solidarieda<strong>de</strong><br />
recebidas aquando do <strong>de</strong>senlace <strong>de</strong>ste seu querido familiar, vem por<br />
este meio tornar pública a sua gratidão ao Grupo Folclórico <strong>de</strong> <strong>Boticas</strong><br />
e a todas as pessoas que participaram nas exéquias e missa <strong>de</strong> sétimo<br />
dia.<br />
A FAMÍLIA<br />
AGRADECIMENTO<br />
TEOLINDA QUEIROGA<br />
A família <strong>de</strong> TEOLINDA QUEIROGA, nomeadamente os filhos,<br />
noras, genro e netos, na impossibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> o fazer pessoalmente, vem<br />
por este meio sentidamente agra<strong>de</strong>cer a todas as pessoas que lhe<br />
manifestaram o seu pesar aquando do <strong>de</strong>senlace <strong>de</strong>ste seu ente querido<br />
e bem assim às que participaram nas exéquias e missa <strong>de</strong> sétimo<br />
dia.<br />
A FAMÍLIA<br />
Agra<strong>de</strong>cimento<br />
José Albertino Vilela<br />
(Tino)<br />
Granja<br />
A Família <strong>de</strong> José Albertino Vilela, da Granja, na impossibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> o<br />
fazer pessoalmente, vem por este meio agra<strong>de</strong>cer a todas as pessoas que<br />
participaram nas exéquias <strong>de</strong>ste seu familiar.<br />
A FAMÍLIA<br />
Ficha Técnica - <strong>Ecos</strong> <strong>de</strong> <strong>Boticas</strong><br />
<strong>Ecos</strong> <strong>de</strong> <strong>Boticas</strong>. Se<strong>de</strong>/Redação: Edifício Camionagem, Sala 2, 1ª, 5460<br />
<strong>Boticas</strong>.Telef.: 276 415 222. E-mail: ecos<strong>de</strong>boticas@sapo.pt. Director: Salvador<br />
Pereira Martins: Director <strong>de</strong> Informação: Paulo Chaves (CP 7282).<br />
Redacção: Sandra Pereira (CP 9045 ) e Diogo Caldas (Jornalista Estagiário).<br />
Composição e Montagem Valérie Carneiro. Colaboradores: José<br />
Manuel, João Dias, Domingos Oliveira, Jaime Pinho, Jaime Afonso, Miguel<br />
Monteiro, Fernando Queiroga, Artur Couto, Augusto Fernan<strong>de</strong>s, Ricardo<br />
Mota, Paulo Chaves, José Carlos Barros, José Carlos G. Maduro, José Carlos<br />
Silva, Teotónio Silva Gonçalves, José Gomes Ferreira Veiga, Hélio Martins,<br />
Cristina Barros e Sara Ponteira. Registo <strong>de</strong> Proprieda<strong>de</strong>: n.º 116302<br />
<strong>de</strong> 12 <strong>de</strong> Maio <strong>de</strong> 1992. Periodicida<strong>de</strong>: Mensal. PVP:0,50 Euros. Proprieda<strong>de</strong>:<br />
Difundir&Divulgar, Lda, Contribuinte nº509507093. Gerentes e sócios<br />
com mais <strong>de</strong> 10% <strong>de</strong> capital: Valérie Morais Carneiro. Impressão: Coraze.<br />
Tiragem - 1800 exemplares.
Assim, em 28 <strong>de</strong> Agosto <strong>de</strong><br />
2010, levou ao palco do Auditório<br />
Municipal <strong>de</strong> <strong>Boticas</strong>, a peça<br />
“Inspector Geral”, texto <strong>de</strong> Ni-<br />
Kolay Gogol, um proeminente<br />
escritor russo <strong>de</strong> origem ucraniana,<br />
nascido no início do século<br />
XIX.<br />
É precisamente com a apresentação<br />
<strong>de</strong>sta peça, engraçada<br />
e hilariante, que exige um<br />
pouco mais <strong>de</strong> estofo por parte<br />
dos actores (refira-se que a<br />
peça dura cerca <strong>de</strong> 2 horas),<br />
que, na nossa opinião, este grupo<br />
<strong>de</strong> teatro amador, começa a<br />
evi<strong>de</strong>nciar uma soli<strong>de</strong>z e uma<br />
consistência que prometem dar<br />
20<br />
Grupo <strong>de</strong> Teatro Fórum <strong>Boticas</strong> levou<br />
o “Inspector Geral” a Lisboa<br />
Depois <strong>de</strong> a10 <strong>de</strong> Maio <strong>de</strong> 2008 ter apresentado<br />
a peça “Avarias”, no Auditório Municipal<br />
<strong>de</strong> <strong>Boticas</strong> e, mais tar<strong>de</strong>, a 28 e 29 <strong>de</strong> Agosto<br />
<strong>de</strong> 2009, exibir “Sonho <strong>de</strong> Uma Noite <strong>de</strong> Verão”,<br />
no Jardim do Toural, o Grupo <strong>de</strong> Teatro<br />
Fórum <strong>Boticas</strong> apostou agora numa peça mais<br />
elaborada e que é reveladora do <strong>de</strong>senvolvimento<br />
e da maturida<strong>de</strong> <strong>de</strong>ste jovem grupo <strong>de</strong><br />
teatro botiquense.<br />
bons frutos, a médio/longo prazo.<br />
De facto, a peça é apresentada<br />
pela segunda vez, no Auditório<br />
Municipal <strong>de</strong> <strong>Boticas</strong>, no<br />
dia 6 <strong>de</strong> Novembro <strong>de</strong> 2010, no<br />
âmbito das comemorações do<br />
feriado municipal <strong>de</strong> <strong>Boticas</strong>, e<br />
<strong>de</strong> novo colhe gran<strong>de</strong>s aplausos<br />
<strong>de</strong> uma plateia entusiasmada,<br />
que aplaudiu <strong>de</strong> pé, ao fim <strong>de</strong> 2<br />
horas <strong>de</strong> boa disposição.<br />
Ora <strong>de</strong>pois <strong>de</strong>ste entusiasmo<br />
e reconhecimento por parte do<br />
público botiquense, é chegada a<br />
hora <strong>de</strong> actuar fora <strong>de</strong> portas, e<br />
no dia 27 <strong>de</strong> Novembro <strong>de</strong> 2010,<br />
através do convite da Associa-<br />
ção Cultural Extrapolar, o grupo<br />
apresenta <strong>de</strong> novo o “Inspector<br />
Geral”, <strong>de</strong>sta vez no Teatro<br />
Municipal da bonita cida<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> Espinho, com o apoio da Junta<br />
<strong>de</strong> Freguesia local, voltando<br />
a colher rasgados elogios por<br />
parte do muito público presente.<br />
No dia 22 <strong>de</strong> Janeiro <strong>de</strong>ste<br />
ano, o Grupo ruma à capital do<br />
país, para apresentar <strong>de</strong> novo<br />
esta peça, <strong>de</strong>sta feita na Socieda<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> Instrução Guilherme<br />
Cossoul, associação cultural já<br />
com uma forte tradição e com<br />
uma dinâmica muito interessante<br />
e que já foi presidida pelo<br />
encenador <strong>de</strong>ste Grupo <strong>de</strong> Teatro,<br />
Hermínio Fernan<strong>de</strong>s.<br />
Novamente se verificou a<br />
excelente prestação e o muito<br />
público que marcou presença,<br />
on<strong>de</strong> se podiam contar alguns<br />
botiquenses radicados na capital,<br />
que não per<strong>de</strong>ram a oportunida<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> ir ver os seus conterrâneos<br />
a actuar, não <strong>de</strong>u o tempo<br />
por mal empregue, assistindo<br />
a um espectáculo divertido e<br />
hilariante, aplaudindo e elogiando<br />
o <strong>de</strong>sempenho dos actores,<br />
que actuaram com um profissionalismo<br />
exemplar e souberam<br />
manter bem controladas as situações<br />
mais inesperadas e que<br />
sempre acontecem num espectáculo<br />
<strong>de</strong>sta natureza.<br />
É <strong>de</strong> facto muito interessante<br />
verificar que, num meio pequeno<br />
e rural como <strong>Boticas</strong>, um<br />
pouco afastado dos gran<strong>de</strong>s<br />
centros urbanos e culturais, nasce<br />
um grupo <strong>de</strong> teatro amador,<br />
que vai ganhando estofo e experiência<br />
e que po<strong>de</strong> chegar<br />
bem longe, assim o queiram os<br />
seus membros e dinamizadores.<br />
Fevereiro <strong>de</strong> 2011<br />
De referir que este jovem<br />
grupo foi criado no seio da Fórum<br />
<strong>Boticas</strong> – Associação Recreativa<br />
e Cultural e integra jovens<br />
e promissores actores do<br />
nosso concelho, orientados por<br />
Hermínio Fernan<strong>de</strong>s e está mais<br />
que provado que estão empenhados<br />
em agitar culturalmente<br />
a nossa terra na arte <strong>de</strong> bem<br />
representar.<br />
A semente está lançada,<br />
esperando-se que, agora, muitos<br />
outros possam agarrar o<br />
<strong>de</strong>safio e integrar este grupo,<br />
contribuindo para que o Teatro<br />
venha a impor-se em <strong>Boticas</strong><br />
como um espectáculo para todos<br />
e provando que na nossa<br />
terra há muita gente talentosa<br />
que po<strong>de</strong> emprestar o seu talento<br />
a favor do <strong>de</strong>senvolvimento<br />
recreativo e cultural do nosso<br />
concelho.