Funcionários do Saae-VR preparam greve para terça-feira
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4 SINDICAL<br />
7 a 13 de Maio de 2011 • JORNAL FOLHA DO AÇO<br />
Justiça afasta presidente <strong>do</strong><br />
sindicato <strong>do</strong>s Comerciários de BM<br />
Uma dec isão da juíza da<br />
1ª Vara <strong>do</strong> Tribunal Regional<br />
<strong>do</strong> Trabalho, Linda Brandão<br />
Dias, determinou o imediato<br />
afastamento <strong>do</strong> presidente <strong>do</strong><br />
sindicato <strong>do</strong>s Comerciários de<br />
Barra Mansa, Joselito Correa,<br />
e designou uma comissão<br />
administrativa <strong>para</strong> substituí-lo,<br />
compos ta por Luiz<br />
Carlos Souza Nas cimento,<br />
Robson Valério, Sérgio Luiz<br />
Garcia Martins e José Carlos<br />
da Silva, autores da aç ão de<br />
prestaç ão de Contas . Será<br />
ess a comiss ão administrativa,<br />
que terá a incumbência de<br />
realizar uma ass embleia geral<br />
<strong>do</strong>s trabalha<strong>do</strong>res e convocar<br />
nova eleição. Na decisão,<br />
concedida liminarmente<br />
e proferida no último dia 22 de<br />
abril, o atual presidente fica,<br />
inc lusiv e, “proibi<strong>do</strong> de vir a<br />
assumir cargo administrativo<br />
ou de representação da categoria<br />
profis sional, ou de dar<br />
posse, em quaisquer c argos<br />
de diretoria, conselho fis cal<br />
ou repres entante, de uma<br />
pessoa eleita por assembléia<br />
da categoria na forma legal e<br />
estatutária”.<br />
A insatisfação de um grupo<br />
de comerciários de Barra<br />
Mansa deu iníc io ao proc esso<br />
contra o atual presidente,<br />
Jos elito Correa. Segun<strong>do</strong><br />
Baianinho: “Era um verdadeiro absur<strong>do</strong> o que vinha acontecen<strong>do</strong>”<br />
Luiz Carlos de Souza Nascimento,<br />
o popular Baianinho,<br />
membro da c omiss ão adminis<br />
trativa, “ninguém tinha<br />
ac esso ao sindicato e muito<br />
menos ao es tatuto da categoria”.<br />
As denúnc ias contra<br />
o ex-presidente v ão des de<br />
seu autoritarismo até a prá-<br />
tic a de crime, pois, segun<strong>do</strong><br />
Baianinho, o sindic alis ta c obrava<br />
taxa <strong>para</strong> realiz ar rescisões<br />
de contrato. “Era um<br />
verdadeiro abs ur<strong>do</strong> o que vinha<br />
acontecen<strong>do</strong>. Só <strong>para</strong> se<br />
ter uma ideia, o s indic ato<br />
tem hoje apenas 16 sócios e,<br />
ninguém mais, mesmo que-<br />
ren<strong>do</strong>, conseguiu virar sócio.<br />
A cobrança de taxas (referin<strong>do</strong>-se<br />
a de cus teio) <strong>para</strong> que<br />
o comerciário pudess e fazer<br />
sua rescisão de contrato era<br />
um absur<strong>do</strong>, explic ou.<br />
Outras denúncias contra a<br />
administração de Joselito são<br />
a falta de prestação de contas<br />
e o recebimento de imposto<br />
sindical direto na sede <strong>do</strong> sindicato.<br />
Para Baianinho, a situação<br />
não poderia continuar <strong>do</strong><br />
jeito que estav a há tantos<br />
anos, pois segun<strong>do</strong> ele “Joselito<br />
não comparecia nem nas<br />
audiências que eram convocadas<br />
pela Justiça”.<br />
Sindicato recusa proposta da CSN na mesa de negociação<br />
A direção <strong>do</strong> sindicato recusou<br />
a proposta apresentada<br />
pela CSN <strong>para</strong> o acor<strong>do</strong> coletivo<br />
2011 <strong>do</strong>s trabalha<strong>do</strong>res da<br />
empresa. A CSN ofereceu um<br />
reajuste salarial de 5%, muito<br />
abaixo da inflação acumulada<br />
<strong>do</strong> perío<strong>do</strong> de maio de 2010 a<br />
abril de 2011, que é calcula<strong>do</strong><br />
pelo Índice Nacional de Preços<br />
ao Consumi<strong>do</strong>r (INPC), que<br />
deverá fechar em 6,3%. “O que<br />
a empresa apresentou está<br />
fora de cogitação, queremos o<br />
percentual <strong>do</strong> INPC (6,3%) pleno<br />
e mais aumento real” disse<br />
o presidente Renato Soares.<br />
A proposta da CSN também<br />
previa uma carga extra de<br />
R$ 300 nos meses de junho e<br />
julho, reajuste de 5% no auxílio<br />
creche a partir de 1º de<br />
maio, pas s an<strong>do</strong> <strong>para</strong> R$<br />
346,50, e o mesmo percentual<br />
<strong>para</strong> o cartão alimentação,<br />
que aumentaria <strong>para</strong> R$ 210,<br />
aumentan<strong>do</strong> também a participação<br />
<strong>do</strong>s trabalha<strong>do</strong>res, de<br />
R$ 20 <strong>para</strong> R$ 21. Nos demais<br />
itens da pauta não houve avanço<br />
e a empresa informou que<br />
está discutin<strong>do</strong> internamente,<br />
o aumento <strong>do</strong> menor salário <strong>do</strong><br />
piso salarial profissional e que<br />
as horas extras são bonificadas<br />
em 100%. Além disso, as<br />
denúncias de irregularidades<br />
apresentadas pelo sindicato<br />
estão sen<strong>do</strong> apuradas pela<br />
empresa.<br />
Segun<strong>do</strong> Renato, to<strong>do</strong>s<br />
os anos a história se repete.<br />
Ou seja, a empresa vem com<br />
propostas que não atende o<br />
trabalha<strong>do</strong>r fazen<strong>do</strong> com que<br />
o sindic a<strong>do</strong>, imediatamente,<br />
recus e. Com iss o, as negociações<br />
e dis cussão de uma<br />
proposta são adiadas. “Enviamos<br />
a pauta antes <strong>do</strong> Carnaval<br />
com as reiv indicações<br />
<strong>do</strong>s trabalha<strong>do</strong>res , a empresa<br />
vai empurran<strong>do</strong> e agora<br />
vem c om uma proposta que<br />
nem de perto atende os ans<br />
eios <strong>do</strong>s companheiros”,<br />
afirmou o sindicalista<br />
Com a recusa da proposta<br />
pelo sindicato, as negociações<br />
deveram ser retomadas <strong>para</strong><br />
que uma proposta seja levada<br />
em assembleia <strong>para</strong> votação.<br />
“O tempo vai passan<strong>do</strong> e os<br />
trabalha<strong>do</strong>res ficam cada vez<br />
mais ansiosos, esperamos que<br />
a empresa nos convoque logo<br />
uma negoc iaç ão e coloque<br />
uma proposta de verdade, pois<br />
essa só pode ser piada de mal<br />
gosto”, finalizou o sindicalista.