Obesidade em Gatos Flatulência Canina 9 de Setembro ... - Pedigree
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9 <strong>de</strong> Set<strong>em</strong>bro - Dia do Veterinário<br />
A ciência por trás <strong>de</strong> nossas marcas<br />
<strong>Flatulência</strong> <strong>Canina</strong><br />
Dra. Catriona J. Giffard and Stella Collins<br />
<strong>Obesida<strong>de</strong></strong> <strong>em</strong> <strong>Gatos</strong><br />
WALTHAM Centre Pet Nutrition<br />
05<br />
2008
2<br />
CIÊNCIA PARA CÃES<br />
Manipulação Dietária da <strong>Flatulência</strong> Malcheirosa <strong>Canina</strong><br />
Introdução:<br />
A flatulência canina é amplamente reconhecida como<br />
um incômodo social, razão para brinca<strong>de</strong>iras e causa<br />
ocasional <strong>de</strong> <strong>de</strong>sconforto abdominal para os cães. Poucas<br />
pesquisas têm sido realizadas sobre as origens e a natureza<br />
dos gases retais caninos, seu significado clínico e fisiológico<br />
ou a eficácia dos vários tratamentos <strong>de</strong>stinados a reduzir<br />
a flatulência canina. A flatulência é uma ocorrência diária<br />
freqüente e está geralmente associada a leve ou a nenhum<br />
<strong>de</strong>sconforto. Entretanto, a produção <strong>de</strong> gases odoríferos<br />
[malcheirosos] é uma causa comum <strong>de</strong> reclamações<br />
apresentadas pelos proprietários <strong>de</strong> cães.<br />
A partir <strong>de</strong> estudos com seres humanos, sabe-se que a<br />
maior parte dos gases retais humanos são nitrogênio<br />
e oxigênio, <strong>de</strong>rivados do ar engolido e sua difusão<br />
através do sangue, mais dióxido <strong>de</strong> carbono, hidrogênio<br />
e metano, que constitu<strong>em</strong> produto <strong>de</strong> metabolismo<br />
bacteriano e <strong>de</strong> reações bioquímicas não-bacterianas<br />
transcorridas no interior dos intestinos. Os gases<br />
odoríferos constitu<strong>em</strong> menos <strong>de</strong> 1% do volume total<br />
da flatulência e a maior parte dos odores <strong>de</strong>sagradáveis<br />
se <strong>de</strong>ve aos gases formados por compostos <strong>de</strong> enxofre,<br />
particularmente o sulfeto <strong>de</strong> hidrogênio e o metanoetiol<br />
(Suárez et alii, 1997; Suárez et alii, 1998). Além <strong>de</strong> suas<br />
qualida<strong>de</strong>s odoríferas, os gases retais que contêm<br />
radicais <strong>de</strong> enxofre são potencialmente tóxicos e foram<br />
implicados na patogênese da colite ulcerativa <strong>em</strong> seres<br />
humanos (Roediger, 1997). Pod<strong>em</strong>-se, portanto, obter<br />
benefícios potenciais para a saú<strong>de</strong> tanto quanto vantagens<br />
sociais através da redução da produção ou presença<br />
(ou ambas) <strong>de</strong> gases sulfúricos no intestino grosso.<br />
Estudos realizados no Centro WALTHAM para Nutrição<br />
<strong>de</strong> Mascotes <strong>de</strong>senvolveram um método in vivo para a<br />
avaliação da flatulência canina odorífera (Collins et alii,<br />
apresentado para publicação). Esta técnica inclui uma<br />
bomba <strong>de</strong> monitoração com um <strong>de</strong>tector <strong>de</strong> sulfeto <strong>de</strong><br />
hidrogênio que gera uma medida <strong>em</strong> t<strong>em</strong>po real dos<br />
episódios <strong>de</strong> flatulência individuais, permitindo que seja<br />
<strong>de</strong>terminada a variação normal na produção retal canina<br />
<strong>de</strong> gases. Além disso, um mo<strong>de</strong>lo previsivo foi <strong>de</strong>senvolvido<br />
para permitir que a toxicida<strong>de</strong> relativa <strong>de</strong> cada <strong>em</strong>issão<br />
seja <strong>de</strong>terminada a partir dos níveis <strong>de</strong> sulfeto <strong>de</strong><br />
hidrogênio medidos no momento <strong>de</strong> sua produção. Este<br />
sist<strong>em</strong>a WALTHAM <strong>de</strong> <strong>de</strong>tecção <strong>de</strong> flatulência foi usado<br />
para <strong>de</strong>terminar o potencial <strong>de</strong> ingredientes dietários para<br />
o melhoramento da freqüência e do odor característicos<br />
da flatulência canina.<br />
Bomba <strong>de</strong>tectora<br />
<strong>de</strong> gás sulfúrico<br />
Anel <strong>em</strong> formato<br />
<strong>de</strong> “O” da correia<br />
<strong>de</strong> controle.<br />
Figura 1 – Representação esqu<strong>em</strong>ática do dispositivo<br />
<strong>de</strong> amostrag<strong>em</strong> <strong>de</strong> gases retais e um perfil representativo<br />
da flatulência d<strong>em</strong>onstrando os episódios <strong>de</strong> flatulência<br />
e os intervalos livres <strong>de</strong> flatulência. A linha básica foi<br />
<strong>de</strong>terminada <strong>em</strong> uma parte <strong>de</strong> sulfeto <strong>de</strong> hidrogênio<br />
por um milhão e todas as leituras abaixo <strong>de</strong>ste nível são<br />
ignoradas pelo dispositivo.<br />
Sist<strong>em</strong>a WALTHAM para <strong>de</strong>tecção<br />
<strong>de</strong> flatulência:<br />
Os gases retais são coletados por meio <strong>de</strong> um tubo <strong>de</strong><br />
Teflon perfurado, que é mantido próximo ao ânus do cão<br />
e ligado a uma bomba <strong>de</strong> monitoração do gás sulfúrico,<br />
carregada <strong>em</strong> um colete dorsal sobre os ombros do cão<br />
(Figura 1). Os cães usam os coletes durante cinco horas<br />
para cada período <strong>de</strong> mensuração. A bomba coletora <strong>de</strong><br />
amostras está equipada com um sensor para sulfeto <strong>de</strong><br />
hidrogênio que me<strong>de</strong> os níveis <strong>de</strong> sulfeto <strong>de</strong> hidrogênio<br />
<strong>em</strong> partes por milhão (p.p.m.) a intervalos <strong>de</strong> vinte<br />
segundos.<br />
Figura 2 – Correlação<br />
entre a taxa <strong>de</strong><br />
percepção humana da<br />
flatulência e os níveis<br />
<strong>de</strong> sulfeto <strong>de</strong> hidrogênio<br />
nos gases retais<br />
conforme medidos<br />
pela bomba coletora<br />
<strong>de</strong> amostras. Os dados<br />
representam o <strong>de</strong>svio<br />
padrão médio e os<br />
80<br />
70<br />
60<br />
50<br />
40<br />
30<br />
20<br />
10<br />
0<br />
11.30 12.30 13.30 14.30 15.30 16.30<br />
Time<br />
Intervalo livre <strong>de</strong> <strong>Flatulência</strong><br />
Linha básica @1ppm<br />
Tubo conector<br />
Fraldas <strong>de</strong> papel<br />
resultados representam 1 – nenhum odor; 2 – lev<strong>em</strong>ente<br />
perceptível; 3 – um pouco <strong>de</strong>sagradável; 4 – mau cheiro;<br />
5 – fedor insuportável.<br />
Gás Sulfúrico (ppm)<br />
100<br />
80<br />
60<br />
40<br />
20<br />
Episódios <strong>de</strong><br />
<strong>Flatulência</strong><br />
Sulfeto <strong>de</strong> Hidrogênio (ppm) r=0.92<br />
0<br />
0 1 2 3 4 5<br />
Resultados
CIÊNCIA PARA CÃES<br />
Manipulação Dietária da <strong>Flatulência</strong> Malcheirosa <strong>Canina</strong><br />
% Episódios <strong>de</strong> <strong>Flatulência</strong><br />
50<br />
40<br />
30<br />
20<br />
10<br />
0<br />
*<br />
* *<br />
1 2 3 4 5<br />
Taxa <strong>de</strong> Odor<br />
Controle<br />
Ativado<br />
Figura 3 – Distribuição <strong>de</strong> episódios <strong>de</strong> flatulência <strong>de</strong> acordo<br />
com a taxa <strong>de</strong> odor manifestada por cães alimentados com<br />
guloseimas ativadas ou guloseimas inativas (placebos)<br />
<strong>de</strong> controle. Os dados são mostrados <strong>em</strong> freqüência<br />
média, com diferenças significativas entre os tratamentos<br />
<strong>de</strong>notadas por * (p
4<br />
CIÊNCIA PARA GATOS<br />
<strong>Obesida<strong>de</strong></strong> <strong>em</strong> felinos<br />
Introdução:<br />
A obesida<strong>de</strong> é consi<strong>de</strong>rada como a forma mais comum <strong>de</strong><br />
má nutrição encontrada na clínica veterinária <strong>de</strong> pequenos<br />
animais e, como tal, representa um <strong>de</strong>safio significativo<br />
para o cirurgião veterinário. Estudos realizados na Europa<br />
e na América do Norte indicaram que entre 6% e 40% dos<br />
gatos levados a consultórios ou clínicas veterinárias estão<br />
acima do peso ou são <strong>de</strong>claradamente obesos (An<strong>de</strong>rson,<br />
1973; Scarlett et alii, 1994; Sloth, 1992).<br />
Incidência <strong>de</strong> <strong>Obesida<strong>de</strong></strong> <strong>em</strong> <strong>Gatos</strong>:<br />
Incidência Estudo<br />
6-12,5% An<strong>de</strong>rson, 1973<br />
40%<br />
Sloth, 1992<br />
Scarlett et alii, 1994<br />
25% Scarlett et alii, 1994<br />
A obesida<strong>de</strong> é conseqüência da absorção excessiva <strong>de</strong><br />
energia com referência às necessida<strong>de</strong>s <strong>em</strong> <strong>de</strong>terminado<br />
momento da vida dos animais. Em alguns casos, a<br />
obesida<strong>de</strong> po<strong>de</strong> ser secundária a um certo número <strong>de</strong><br />
outras condições. Distúrbios endócrinos e polifagia<br />
induzida por drogas talvez sejam as causas mais<br />
freqüent<strong>em</strong>ente reconhecidas para as complicações<br />
ligadas à obesida<strong>de</strong>. Todavia, os distúrbios endócrinos<br />
representam menos <strong>de</strong> 5% das causas da obesida<strong>de</strong> no<br />
ser humano (Armstrong et alii, 1951) e é provável que sua<br />
prevalência seja s<strong>em</strong>elhante entre os felinos.<br />
As terapias present<strong>em</strong>ente disponíveis para o tratamento<br />
da obesida<strong>de</strong> inclu<strong>em</strong> controle dietário, exercícios,<br />
modificações psicológicas e comportamentais, terapia<br />
medicamentosa e cirurgia. Todavia, o custo e as questões<br />
éticas envolvidas no tratamento farmacêutico e cirúrgico<br />
da obesida<strong>de</strong> tornam estas duas abordagens inaceitáveis<br />
para a maioria dos pacientes. O sucesso <strong>de</strong> séries <strong>de</strong><br />
exercícios ou modificação comportamental é fraco<br />
quando estes procedimentos são <strong>em</strong>pregados <strong>de</strong> forma<br />
isolada, porém, ao ser<strong>em</strong> combinados com terapia dietária,<br />
apresentam um efeito sinergístico. As recomendações<br />
atuais para seres humanos suger<strong>em</strong> que uma combinação<br />
<strong>de</strong>stes procedimentos é a melhor abordag<strong>em</strong> para uma<br />
perda <strong>de</strong> peso eficaz e sustentável (Weinsier et alii, 1984).<br />
De maneira s<strong>em</strong>elhante, um programa <strong>de</strong> redução <strong>de</strong> peso<br />
baseado <strong>em</strong> uma combinação <strong>de</strong> <strong>de</strong>créscimo <strong>de</strong> absorção<br />
<strong>de</strong> energia, aumento dos exercícios físicos (s<strong>em</strong>pre que<br />
possível) e controle comportamental é consi<strong>de</strong>rado a<br />
abordag<strong>em</strong> mais eficiente para a redução do peso corporal<br />
do animal companheiro.<br />
Terapia Dietária:<br />
Uma vez que o excesso <strong>de</strong> absorção <strong>de</strong> energia é a<br />
principal causa da obesida<strong>de</strong>, a terapia dietária se enfoca<br />
na restrição do consumo <strong>de</strong> energia. Embora a inanição<br />
(restrição total <strong>de</strong> absorção <strong>de</strong> energia) como método<br />
<strong>de</strong> redução <strong>de</strong> peso seja uma técnica que possa ser<br />
<strong>em</strong>pregada <strong>em</strong> algumas espécies, não <strong>de</strong>ve ser consi<strong>de</strong>rada<br />
como opção entre os gatos <strong>de</strong>vido à ligação comprovada<br />
entre a anorexia e o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> lipidose hepática<br />
idiopática [Idiopathic Hepatic Lipidosis ou IHL] (Barsanti<br />
et alii, 1977; Burrows et alii, 1981). Por esta e por outras<br />
razões, a abordag<strong>em</strong> dietária recomendada é a <strong>de</strong> restrição<br />
<strong>de</strong> energia mo<strong>de</strong>rada e controlada.<br />
Energia:<br />
Na prática, i<strong>de</strong>ntificou-se que um máximo <strong>de</strong> 15% <strong>de</strong><br />
diminuição do peso corporal é um alvo inicial a ser<br />
racionalmente buscado (Edney, 1974). Maiores reduções<br />
po<strong>de</strong>rão ser planejadas <strong>de</strong>pois que o alvo inicial tenha<br />
sido alcançado.<br />
Estudos clínicos d<strong>em</strong>onstraram que nos gatos, uma perda<br />
<strong>de</strong> peso entre 14% e 18% ao longo <strong>de</strong> <strong>de</strong>zoito s<strong>em</strong>anas<br />
po<strong>de</strong> ser obtida fornecendo-se 60% das necessida<strong>de</strong>s<br />
energéticas do animal para manutenção do peso corporal<br />
alvo (Butterwick et alii, 1994; Butterwick & Markwell,<br />
1996; Markwell et alii, 1994; Markwell et alii, 1996). Em<br />
um estudo planejado para a obtenção <strong>de</strong> ritmos mais<br />
rápidos <strong>de</strong> redução <strong>de</strong> peso, os alvos <strong>de</strong> peso foram<br />
individualizados <strong>de</strong> acordo com o grau <strong>de</strong> obesida<strong>de</strong> do<br />
animal e abrangiam <strong>de</strong> 60% a 80% do peso total no início<br />
do tratamento. Fornecendo-se 60% dos requisitos <strong>de</strong><br />
manutenção <strong>de</strong> energia a nível do peso-alvo, perdas <strong>de</strong><br />
peso da ord<strong>em</strong> <strong>de</strong> 16% a 39% (média <strong>de</strong> 20%) pu<strong>de</strong>ram<br />
ser obtidas ao longo <strong>de</strong> <strong>de</strong>zoito s<strong>em</strong>anas. Além disso, uma<br />
redução <strong>de</strong> 25% do peso <strong>de</strong> gatos obesos foi obtida s<strong>em</strong><br />
riscos para a saú<strong>de</strong> animal através da restrição da absorção<br />
<strong>de</strong> energia para 45% dos requisitos <strong>de</strong> manutenção <strong>de</strong><br />
energia com referência ao peso-alvo (85% do peso inicial)<br />
(Butterwick et alii, 1995; Markwell et alii, 1996).
CIÊNCIA PARA GATOS<br />
<strong>Obesida<strong>de</strong></strong> <strong>em</strong> felinos<br />
Ainda que isto possa servir como guia para a perda <strong>de</strong><br />
peso aproximada que possa ser esperada, uma certa<br />
quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> variações individuais <strong>de</strong>verá ocorrer. A<br />
alimentação <strong>de</strong>ve ser individualizada, a fim <strong>de</strong> acomodar<br />
as diferenças individuais no ritmo <strong>de</strong> perda <strong>de</strong> peso.<br />
Há dois métodos para redução da absorção <strong>de</strong> energia<br />
pelo animal companheiro. Uma abordag<strong>em</strong> é fornecer<br />
a dieta normal, mas <strong>em</strong> quantida<strong>de</strong>s reduzidas. Quando<br />
se <strong>em</strong>prega esta técnica, ela raramente faz parte <strong>de</strong><br />
um programa estruturado <strong>de</strong> redução <strong>de</strong> peso e,<br />
conseqüent<strong>em</strong>ente, as taxas <strong>de</strong> atrito tend<strong>em</strong> a ser altas e<br />
as taxas <strong>de</strong> sucesso baixas (An<strong>de</strong>rson & Lewis, 1980).<br />
Mais importante, a maior parte das rações comerciais para<br />
mascotes são equilibradas <strong>de</strong> modo a fornecer a absorção<br />
normal <strong>de</strong> energia e, ao restringir-se a absorção <strong>de</strong> energia,<br />
nutrientes essenciais são também restritos. Isto po<strong>de</strong><br />
resultar <strong>em</strong> estados <strong>de</strong> <strong>de</strong>ficiência perigosos.<br />
A alternativa é alimentar o gato com uma dieta preparada<br />
com baixo teor <strong>de</strong> calorias, que tenha sido especificamente<br />
formulada para a obtenção <strong>de</strong> perda <strong>de</strong> peso, ao mesmo<br />
t<strong>em</strong>po que garanta a absorção a<strong>de</strong>quada dos nutrientes<br />
essenciais a <strong>de</strong>speito da absorção restringida <strong>de</strong> energia.<br />
Isto é particularmente importante quando a dieta <strong>de</strong>verá<br />
ser fornecida a longo prazo.<br />
Proteínas:<br />
Uma parte da massa corporal magra dos indivíduos<br />
obesos também se per<strong>de</strong> como efeito <strong>de</strong> uma dieta<br />
eficiente. Todavia, uma excessiva perda <strong>de</strong> proteínas<br />
durante a redução <strong>de</strong> peso não é <strong>de</strong>sejável, porque perdas<br />
<strong>de</strong> tecidos funcionais terão <strong>de</strong> ser substituídas mais tar<strong>de</strong>.<br />
Alguns dos efeitos adversos <strong>de</strong> dietas <strong>de</strong> nível calórico<br />
muito baixo <strong>em</strong> seres humanos pod<strong>em</strong> ser relacionadas à<br />
absorção ina<strong>de</strong>quada <strong>de</strong> proteínas e à subseqüente perda<br />
<strong>de</strong> massa corporal magra (Weinsier et alii, 1984). Para os<br />
gatos, <strong>em</strong> particular, uma excessiva perda <strong>de</strong> proteínas<br />
05<br />
2008<br />
nos tecidos <strong>de</strong>ve ser evitada, uma vez que <strong>de</strong>ficiências<br />
protéicas ou <strong>de</strong> aminoácidos específicos pod<strong>em</strong> ser<br />
fatores causativos na patogênese da lipidose hepática<br />
idiopática [Idiopathic Hepatic Lipidosis ou IHL] (Bauer &<br />
Schenck, 1989; Cornelius & Jacobs, 1989).<br />
Vitaminas, sais minerais e ácidos graxos essenciais:<br />
Um certo número <strong>de</strong> probl<strong>em</strong>as <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> adversos durante<br />
a perda <strong>de</strong> peso <strong>em</strong> seres humanos foram atribuídos a<br />
possíveis <strong>de</strong>ficiências na absorção <strong>de</strong> sais minerais e/ou<br />
vitaminas (Fisler, 1992; Weinsier et alii, 1984). Não exist<strong>em</strong><br />
evidências que possam sugerir que as necessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> sais<br />
minerais, vitaminas ou ácidos graxos essenciais [Essential<br />
Fatty Acids ou EFA] dos indivíduos <strong>em</strong> dieta possam ser<br />
reduzidas, portanto <strong>de</strong>ve-se assegurar que a absorção<br />
normal seja conservada.<br />
Abordag<strong>em</strong> passo a passo:<br />
Os seguintes procedimentos são recomendados<br />
como orientação para o controle da obesida<strong>de</strong> <strong>em</strong><br />
felinos e pod<strong>em</strong> ser <strong>em</strong>pregados <strong>em</strong> combinação com<br />
programas apropriados <strong>de</strong> exercícios e <strong>de</strong> modificação<br />
comportamental.<br />
• Aconselhar o proprietário sobre a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
reduzir o peso corporal do animal, alientando as<br />
implicações médicas da obesida<strong>de</strong>;<br />
• Explicar que, i<strong>de</strong>almente, o gato <strong>de</strong>ve ser confinado<br />
ao lar durante o período <strong>de</strong> redução <strong>de</strong> peso, a fim<br />
<strong>de</strong> evitar supl<strong>em</strong>entação <strong>de</strong> sua dieta <strong>em</strong> outras<br />
fontes;<br />
• Pesar o gato e estabelecer um peso-alvo. A redução<br />
planejada não <strong>de</strong>ve representar mais <strong>de</strong> 15% do<br />
peso atual do animal;<br />
• Indicar ao proprietário quanto t<strong>em</strong>po será<br />
provavelmente necessário para atingir o pesoalvo<br />
com segurança. Uma perda <strong>de</strong> peso <strong>de</strong>ssa<br />
ord<strong>em</strong> po<strong>de</strong> ser geralmente atingida entre 16 e 20<br />
s<strong>em</strong>anas, alimentando-se o animal com 60% das<br />
necessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> energia <strong>de</strong> manutenção a nível do<br />
peso corporal alvo. A alimentação <strong>de</strong>ve ser<br />
monitorada e guloseimas ou pequenas quantida<strong>de</strong>s<br />
<strong>de</strong> comida extra não <strong>de</strong>v<strong>em</strong> ser fornecidos;<br />
• Aconselhar a pesag<strong>em</strong> cuidadosa do animal,<br />
s<strong>em</strong>pre na mesma balança e à mesma hora todas<br />
as s<strong>em</strong>anas ou a cada quinzena e encorajar o<br />
proprietário a registrar o peso <strong>em</strong> uma tabela.<br />
O texto na íntegra po<strong>de</strong> ser encontrado <strong>em</strong> www.pedigree.com.br.<br />
Fonte: WHALTAM® - Revisado pela Veterinária Thaisi dos Santos.<br />
5
6<br />
GUIA WALTHAM S.H.A.P.E. PARA GATOS<br />
Passando a ponta dos <strong>de</strong>dos contra a direção do pêlo<br />
você sente a coluna? (s<strong>em</strong> nenhuma pressão)<br />
Passando a ponta dos <strong>de</strong>dos contra a<br />
direção dos pêlos você sente facilmente<br />
os ossos dos ombros (omoplata) e<br />
da bacia?<br />
S N<br />
S N<br />
Resultado A Resultado B<br />
RESULTADO A - Estado Corporal: Extr<strong>em</strong>amente Magro<br />
Seu gato t<strong>em</strong> uma pequena quantida<strong>de</strong> ou menos do que<br />
a gorduratotal corporal<br />
RECOMENDAÇÃO: Consulte um veterinário<br />
imediatamente<br />
RESULTADO B - Estado Corporal: Magro<br />
Seu gato t<strong>em</strong> somente uma pequena quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />
gordura corporal total<br />
RECOMENDAÇÃO: Consulte um veterinário para<br />
assegurar que seu gato está recebendo a quantida<strong>de</strong> e<br />
qualida<strong>de</strong> a<strong>de</strong>quada <strong>de</strong> alimento. Reavalie sua gato a cada<br />
2 s<strong>em</strong>anas<br />
RESULTADO C - Estado Corporal: Esbelto<br />
Seu gato está no limite inferior do range i<strong>de</strong>al <strong>de</strong> gordura<br />
corporal.<br />
RECOMENDAÇÃO: Aumente um pouco a quantida<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> alimento oferecido.<br />
Monitore mensalmente utilizando o Guia S.H.A.P.E. e<br />
consulte o veterinário caso não haja alteração<br />
RESULTADO D - Estado Corporal: I<strong>de</strong>al<br />
Seu gato t<strong>em</strong> a quantida<strong>de</strong> i<strong>de</strong>al <strong>de</strong> gordura corporal.<br />
RECOMENDAÇÃO: Monitore mensalmente para<br />
assegurar que seu gato se mantenha nessa condição.<br />
Passando a ponta dos <strong>de</strong>dos contra a direção do pêlo do seu gato você<br />
sente facilmente as costelas? (s<strong>em</strong> nenhuma pressão)?<br />
Resultado C<br />
S N<br />
Passando a ponta dos seus <strong>de</strong>dos contra a direção do<br />
pêlo você sente o contorno das costelas? (aplicando um<br />
pouco <strong>de</strong> pressão?)<br />
S N<br />
Há uma camada <strong>de</strong> gordura<br />
cobrindo as costelas?<br />
S N<br />
S N<br />
Resultado D<br />
Seu gato t<strong>em</strong> uma barriga<br />
solta, caída?<br />
Alisando as laterais do seu<br />
gato você sente o equivalente<br />
à cintura?<br />
S N<br />
Seu gato t<strong>em</strong> dificulda<strong>de</strong>s<br />
locomotoras?<br />
S N<br />
Resultado E Resultado F Resultado G<br />
RESULTADO E - Estado Corporal: Com leve sobrepeso<br />
Seu gato está no limite superior do range i<strong>de</strong>al, com uma<br />
quantida<strong>de</strong> pequena extra <strong>de</strong> gordura corporal.<br />
RECOMENDAÇÃO: Procure orientação <strong>de</strong> um<br />
veterinário para garantir que você está oferecendo a<br />
quantida<strong>de</strong> correta <strong>de</strong> alimento ao seu gato e consi<strong>de</strong>re o<br />
aumento <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s fisícas.Evite <strong>de</strong>leites execessivos e<br />
monitore mensalmente utilizando o Guia S.H.A.P.E.<br />
RESULTADO F - Estado Corporal: Razoável Sobrepeso<br />
Seu gato t<strong>em</strong> excesso <strong>de</strong> gordura corporal.<br />
RECOMENDAÇÃO: Consulte veterinário para<br />
recomendações quanto a uma maneira segura <strong>de</strong> redução<br />
<strong>de</strong> peso incluindo ativida<strong>de</strong>s fisícas. Reavalie utilizando o<br />
Guia S.H.A.P.E. a cada 2 s<strong>em</strong>anas<br />
RESULTADO G - Estado Corporal: Severo Sobrepeso<br />
Seu gato t<strong>em</strong> gran<strong>de</strong> excesso <strong>de</strong> gordura corporal que<br />
afeta a sua saú<strong>de</strong> e b<strong>em</strong> estar.<br />
RECOMENDAÇÃO: Consulte veterinário<br />
imediatamente. Ele indicará um programa <strong>de</strong> redução <strong>de</strong><br />
peso seguro com aumento <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong> para melhorar as<br />
condições <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> do seu gato.<br />
Fonte: WHALTAM®
DIA DO VETERINÁRIO<br />
05<br />
2008<br />
7
8<br />
PALAVRA DO ESPECIALISTA<br />
<strong>Obesida<strong>de</strong></strong>s <strong>em</strong> <strong>Gatos</strong><br />
Muitas são as vantagens para qu<strong>em</strong> escolhe o<br />
gato como animal <strong>de</strong> estimação, mas <strong>de</strong>ntre elas<br />
a longevida<strong>de</strong> da espécie é um fator <strong>de</strong> extr<strong>em</strong>a<br />
importância. Vê-se, até com certa freqüência, gatos<br />
saudáveis e ativos com 13, 15 anos, e com certeza,<br />
a manutenção do peso corporal a<strong>de</strong>quado<br />
ao longo da vida do animal é um fator altamente<br />
relevante quando se almeja uma velhice saudável.<br />
Dieta ina<strong>de</strong>quada, se<strong>de</strong>ntarismo, distúrbios<br />
endócrinos, predisposição genética são fatores<br />
que indiscutivelmente afetam no controle da boa<br />
condição física, e <strong>de</strong>v<strong>em</strong> ser acompanhados e corrigidos<br />
quando necessário. Sabe-se que gatos são<br />
se<strong>de</strong>ntários, muitos são gulosos, mas <strong>em</strong> compensação<br />
são metódicos <strong>em</strong> seus hábitos<br />
alimentares, o que torna mais<br />
fácil controlar o ganho <strong>de</strong> peso se<br />
<strong>de</strong>s<strong>de</strong> a primeira infância for-lhe<br />
oferecida somente uma boa dieta<br />
balanceada, escolhida <strong>de</strong> acordo<br />
com seus hábitos <strong>de</strong> vida (será castrado<br />
ou reprodutor?), ambiente<br />
<strong>em</strong> que vive (casa ou apartamento?),<br />
e fatores genéticos (obesos na<br />
família?).<br />
AGENDA<br />
Programe-se e participe.<br />
CURSO DE TERAPIAS ALTERNATIVAS<br />
PARA ANIMAIS<br />
Data: 27/07/2008 a 21/12/2008<br />
Local: São Paulo - SP<br />
Informações: (11) 5061-4429<br />
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NUTRIÇÃO DE CÃES E GATOS<br />
Data: 25/10/2008 a 09/11/2008<br />
Local: Jaboticabal - SP<br />
Informações: eventos@funep.fcav.br<br />
DIAGNÓSTICO POR IMAGEM DO ABDÔMEN<br />
DE ANIMAIS DE COMPANHIA -<br />
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Data: 15/08/2008 a 15/11/2008<br />
Local: Curitiba - UFPR (virtual a distância)<br />
Informações: (41) 3253-5569<br />
pessa@ufpr.br<br />
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SERVIÇOS PARA PEQUENOS ANIMAIS<br />
Data: 27/10/2008 a 30/10/2008<br />
Local: Fortaleza - CE<br />
Informações: (85) 3257-6382<br />
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<strong>Gatos</strong> obesos na juventu<strong>de</strong> têm 4 vezes mais<br />
chances <strong>de</strong> ser<strong>em</strong> diabéticos na velhice, s<strong>em</strong> contar<br />
que muitos gatos já diabéticos pod<strong>em</strong> per<strong>de</strong>r<br />
a necessida<strong>de</strong> do uso da insulina exógena simplesmente<br />
se o sobrepeso for corrigido. O peso<br />
excessivo sobrecarrega as articulações, e um leve<br />
processo artrósico po<strong>de</strong> ser manifestado simplesmente<br />
por o gato ser gordo. Doenças cardiovasculares<br />
e respiratórias são complicadas pela obesida<strong>de</strong><br />
e não pod<strong>em</strong>os esquecer as doenças do<br />
trato urinário inferior, s<strong>em</strong>pre presentes <strong>em</strong> nossa<br />
casuística, on<strong>de</strong> se observa a alimentação ina<strong>de</strong>quada<br />
também como fator prepon<strong>de</strong>rante.<br />
Dra. Lúcia Elena Simas <strong>de</strong> Lima<br />
Médica Veterinária pela Universida<strong>de</strong><br />
Fe<strong>de</strong>ral Fluminense - UFF - 1992<br />
Mestra <strong>em</strong> Clínica Vaterinária pela UFF<br />
Médica Veterinária da Clínica Sheepdog<br />
<strong>de</strong>s<strong>de</strong> 1993.<br />
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