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Caio Fábio


É insuportável ligar a televisão e ver o culto que se<br />

faz ao Monte Sinai, que gera para escravidão. Os<br />

Gálatas são o nosso jardim <strong>da</strong> infância. Nós nos<br />

tornamos PHDs do retrocesso à Lei e aos sacrifícios.<br />

Pisa-se sobre a Cruz de Cristo em nome de Jesus.<br />

Insuportável! Seja anátema!


É insuportável ver o culto à fé na fé, e também<br />

assistir descarados convites feitos em nome de<br />

Deus para que se façam novos sacrifícios, visto que<br />

o de Jesus não foi suficiente, e Deus só atende se<br />

alguém fizer voto de freqüência ao templo, e de<br />

dinheiro aos sacerdotes do engano e <strong>da</strong> ganância.<br />

Insuportável!


É insuportável assistir ao silêncio de todos os<br />

<strong>da</strong>ntes protestantes e que até hoje ofendem os<br />

cultos afro-ameríndios por seus sacrifícios, sendo<br />

que estes ain<strong>da</strong> têm razão para sacrificar, visto que<br />

não confessam e não oram em nome de Jesus ante<br />

o estelionato feito em e do nome de Jesus, quando<br />

se convi<strong>da</strong> o povo para sacrificar a Deus, tornando o<br />

sacrifício de Jesus algo menor e dispensável.<br />

Insuportável!


É insuportável ver o povo sendo levado para<br />

debaixo do jugo <strong>da</strong> Lei quando se ressuscitam as<br />

maldições to<strong>da</strong>s do Velho Testamento, e que<br />

morreram na Cruz, quando Jesus se fez maldição<br />

em nosso lugar. Insuportável!


É insuportável ver que para a maioria dos cristãos a<br />

Lei não morreu em Cristo, conforme a Palavra, visto<br />

que mantêm-na vigente como "man<strong>da</strong>mento de<br />

vi<strong>da</strong>", mas que apenas existe para gerar culpa e<br />

morte, também conforme a Escritura. Insuportável!


É insuportável ver e ouvir pastores tratando a Graça<br />

de Deus como se fosse uma parte <strong>da</strong> Revelação,<br />

como mais uma doutrina, sem discernir que não há<br />

na<strong>da</strong>, muito menos qualquer Revelação, se não<br />

houver sempre, antes, durante, depois,<br />

transcendentemente e imanentemente, Graça e<br />

apenas Graça. Misericórdia!


É insuportável ver a Bíblia sendo ensina<strong>da</strong> por<br />

cegos e que guiam outros cegos, visto que nem<br />

mesmo passaram <strong>da</strong> Bíblia como livro santo,<br />

desconhecendo a Revelação <strong>da</strong> Palavra <strong>da</strong> Graça do<br />

Evangelho de Deus. Insuportável tristeza!


É insuportável ver que os cristãos "acreditam em<br />

Deus", sem saber que na<strong>da</strong> fazem mais que os<br />

demônios quando assim professam, posto que não<br />

estamos nesta vi<strong>da</strong> para reconhecer que Deus<br />

existe, mas para amá-Lo e conhecê-Lo. Insuportável<br />

desperdício!


É insuportável enxergar que a mensagem do<br />

Evangelho foi transforma<strong>da</strong> em guia religioso, no<br />

manual <strong>da</strong> ver<strong>da</strong>de dos cristãos, mais uma doutrina<br />

<strong>da</strong> Terra. Insuportável humilhação!


É insuportável ver os que pensam que possuem a<br />

doutrina certa jamais terem a coragem de tentar<br />

vivê-la como mergulho existencial de plena<br />

confiança, mas tão somente como guia de bons<br />

costumes e de elevados padrões morais.<br />

Insuportável religiosi<strong>da</strong>de!


É insuportável ver gente tentando "estu<strong>da</strong>r Deus", e<br />

a ensinar aos outros a "anatomia do divino", ou a<br />

buscar analisar Deus como parte de um processo,<br />

no qual Deus está aprendendo junto conosco, não<br />

sabendo tais mestres que são apenas fabricantes de<br />

ídolos psicológicos. Insuportável sutileza!


É insuportável ver que há muitos que sabem, mas<br />

que na<strong>da</strong> dizem; vêem, mas na<strong>da</strong> demonstram;<br />

discernem, mas em na<strong>da</strong> confrontam; conhecem,<br />

mas tratam como se na<strong>da</strong> tivesse conseqüências…<br />

Insuportável…


É insuportável ver que se prega o método de<br />

crescimento de igreja, não a Palavra; que se convi<strong>da</strong><br />

para a igreja, não mais para Jesus; e que a ca<strong>da</strong><br />

cinco anos to<strong>da</strong> a mo<strong>da</strong> <strong>da</strong> igreja mu<strong>da</strong>, conforme o<br />

que chamam de "novo mover". Insuportável vazio!


É insuportável ouvir pastores dizendo que o que<br />

você diz é ver<strong>da</strong>de, mas que eles não têm coragem<br />

de botar a cara para apanhar, mesmo que seja pela<br />

ver<strong>da</strong>de e pela justiça do evangelho do reino de<br />

Deus. Insuportável dissimulação!


É insuportável ver um monte de homens e<br />

mulheres velhos e adultos brincando com o nome<br />

de Deus, posando de pastores, pastoras, bispos,<br />

bispas, apóstolos e apostolas, sendo que eles<br />

mesmos não se enxergam, e não percebem o<br />

espetáculo patético no qual se tornaram, e o ridículo<br />

de suas aspirações messiânicas estereotipa<strong>da</strong>s e<br />

vazias do Espírito. Insuportável jactância e loucura!


É insuportável ver Jesus sendo tratado como "poder<br />

maior" e não como único poder ver<strong>da</strong>deiro.<br />

Insuportável idolatria!


É insuportável ver o diabo ser glorificado pela<br />

frequência com a qual se menciona o seu nome nos<br />

cultos, sendo que Paulo dele falou menos de uma<br />

dúzia de vezes em to<strong>da</strong>s as suas cartas, e as alusões<br />

que Jesus fez a ele foram mínimas. No entanto,<br />

entre nós o diabo está entronizado como o inimigo<br />

de Cristo e o Senhor <strong>da</strong>s Culpas e Medos. E, assim,<br />

pela freqüência com a qual ele é mencionado, ele é<br />

crido; e seu poder cresce na alma dos humanos, a<br />

maioria dos quais sabe apenas do Medo <strong>da</strong> Lei, e<br />

na<strong>da</strong> acerca <strong>da</strong> Total Libertação que temos <strong>da</strong> Lei e<br />

do diabo na Graça de Jesus, que o despojou na Cruz.<br />

Insuportável culto!


É insuportável ver seres humanos sendo jogados<br />

fora do lugar de culto por causa de comi<strong>da</strong>, bebi<strong>da</strong>,<br />

cigarro, roupa, sexuali<strong>da</strong>de, ou catástrofes de<br />

existência. Isto enquanto se alimenta o povo com<br />

mal<strong>da</strong>de, inveja, mentira, politicagem, facções, e<br />

maldições. Insuportável é coar o mosquito e engolir<br />

o camelo!


É chega<strong>da</strong> a hora do juízo sobre a Casa de Deus!<br />

De Deus não se zomba, pois aquilo que o homem<br />

semear, isto também ceifará. A eterni<strong>da</strong>de está às<br />

portas. Então todos saberão que não minto, mas<br />

falo a ver<strong>da</strong>de, conforme a Palavra do Evangelho de<br />

Jesus.<br />

Com tremor e temor, porém certo <strong>da</strong> ver<strong>da</strong>de de<br />

Jesus.


Ricardo Gondim


Estou cansado! Cansei! Entendo que o mundo evangélico<br />

não admite que um pastor confesse o seu cansaço. Conheço<br />

as várias passagens <strong>da</strong> Bíblia que prometem restaurar os<br />

trôpegos. Compreendo que o profeta Isaías ensina que Deus<br />

restaura as forças do que não tem nenhum vigor. Também<br />

estou informado de que Jesus dá alívio para os cansados. Por<br />

isso, já me preparo para as censuras dos que se<br />

escan<strong>da</strong>lizarem com a minha confissão e me considerarem<br />

um derrotista. Contudo, não consigo dissimular: eu me acho<br />

exausto.<br />

Não, não me afadiguei com Deus ou com minha vocação.<br />

Continuo entusiasmado pelo que faço; amo o meu Deus,<br />

bem como minha família e amigos. Permaneço esperançoso.<br />

Minha fadiga nasce de outras fontes.


Canso com o discurso repetitivo e absurdo dos que<br />

mercadejam a Palavra de Deus. Já não agüento mais que se<br />

usem versículos tirados do Antigo Testamento e que se<br />

aplicavam a Israel para vender ilusões aos que lotam as<br />

igrejas em busca de alívio. Essa possibili<strong>da</strong>de mágica de<br />

reverter uma reali<strong>da</strong>de cruel me deixa arrasado porque sei<br />

que é uma propagan<strong>da</strong> enganosa. Cansei com os programas<br />

de rádio em que os pastores não anunciam mais os<br />

conteúdos do evangelho; gastam o tempo alardeando as<br />

virtudes de suas próprias instituições. Causa tédio tomar<br />

conhecimento <strong>da</strong>s infinitas campanhas e correntes de<br />

oração; to<strong>da</strong>s visando exclusivamente encher os seus<br />

templos. Considero os amuletos evangélicos horríveis.


Cansei de ter de explicar que há uma diferença<br />

brutal entre a fé bíblica e as crendices<br />

supersticiosas.<br />

Canso com a leitura simplista que algumas<br />

correntes evangélicas fazem <strong>da</strong> reali<strong>da</strong>de. Sinto-me<br />

triste quando percebo que a injustiça social é vista<br />

como uma conspiração satânica, e não como fruto<br />

de uma construção social perversa. Não consideram<br />

os séculos de preconceitos nem que existe uma<br />

economia perversa privilegiando as elites há<br />

séculos. Não aguento mais cultos de amarrar<br />

demônios ou de desfazer as maldições que pairam<br />

sobre o Brasil e o mundo.


Canso com a repetição enfadonha <strong>da</strong>s teologias<br />

sem criativi<strong>da</strong>de nem riqueza poética. Sinto pena<br />

dos teólogos que se contentam em reproduzir o que<br />

outros escreveram há séculos. Presos às molduras<br />

de suas escolas teológicas, não conseguem admitir<br />

que haja outros ângulos de leitura <strong>da</strong>s Escrituras.<br />

Convivem com uma teologia pronta. Não enxergam<br />

sua pobreza porque acreditam que basta<br />

aprofun<strong>da</strong>rem um conhecimento “científico” <strong>da</strong><br />

Bíblia e desven<strong>da</strong>rão os mistérios de Deus. A aridez<br />

fun<strong>da</strong>mentalista exaure as minhas forças.


Canso com os estereótipos pentecostais. Como é<br />

doloroso observá-los: sem uma visitação nova do<br />

Espírito Santo, buscam criar ambientes espirituais<br />

com gritos e manifestações emocionais. Não há<br />

na<strong>da</strong> mais desolador que um culto pentecostal com<br />

uma coreografia preserva<strong>da</strong>, mas sem vitali<strong>da</strong>de<br />

espiritual. Cansei, inclusive, de ouvir pia<strong>da</strong>s<br />

conta<strong>da</strong>s pelos próprios pentecostais sobre os dons<br />

espirituais.


Cansei de ouvir relatos sobre evangelistas<br />

estrangeiros que vêm ao Brasil para soprar sobre as<br />

multidões. Fico abatido com eles porque sei que<br />

provocam que as pessoas “caiam sob o poder de<br />

Deus” para tirar fotografias ou gravar os<br />

acontecimentos e depois levantar fortunas em seus<br />

países de origem.


Canso com as perguntas que me fazem sobre a<br />

conduta cristã e o legalismo. Recebo todos os dias<br />

várias mensagens eletrônicas de gente me<br />

perguntando se pode beber vinho, usar “piercing”,<br />

fazer tatuagem, se tratar com acupuntura etc., etc.<br />

A lista é enorme e parece inexaurível. Canso com<br />

essa mentali<strong>da</strong>de pequena, que não sai <strong>da</strong>s<br />

questiúnculas, que não concebe um exercício<br />

religioso mais nobre; que não pensa em grandes<br />

temas. Canso com gente que precisa de cabrestos,<br />

que não sabe ser livre e não consegue caminhar com<br />

princípios. Acho intolerável conviver com aqueles<br />

que se acomo<strong>da</strong>m com uma existência sob o<br />

domínio <strong>da</strong> lei e não do amor.


Canso com os livros evangélicos traduzidos para o<br />

português. Não tanto pelas traduções mal feitas, tampouco<br />

pelos exemplos tirados do golfe ou do basebol, que na<strong>da</strong><br />

têm a ver com a nossa reali<strong>da</strong>de. Canso com os pacotes<br />

prontos e com o pragmatismo. Já não aguento mais livros<br />

com dez leis ou vinte e um passos para qualquer coisa. Não<br />

consigo entender como uma igreja tão vibrante como a<br />

brasileira precisa copiar os exemplos lá do norte, onde a<br />

abundância é tanta que os profetas denunciam o pecado <strong>da</strong><br />

complacência entre os crentes. Cansei de ter de opinar se<br />

concordo ou não com um novo modelo de crescimento de<br />

igreja copiado e que vem sendo adotado no Brasil.


Canso com a falta de beleza artística dos<br />

evangélicos. Há pouco compareci a um show de<br />

música evangélica só para sair arrasado. A<br />

musicali<strong>da</strong>de era medíocre, a poesia sofrível e, pior,<br />

percebia-se o interesse comercial por trás do<br />

evento. Quão diferente do dia em que me sentei na<br />

Sala São Paulo para ouvir a música que Johann<br />

Sebastian Bach (1685-1750) compôs sobre os<br />

últimos capítulos do Evangelho de São João. Sob a<br />

batuta do maestro, subimos o Gólgota. A sala se<br />

encheu de um encanto mágico já nos primeiros<br />

acordes; fechei os olhos e me senti em um templo.


O maestro era um sacerdote e nós, a platéia, uma<br />

assembléia de adoradores. Não consegui conter<br />

minhas lágrimas nos movimentos dos violinos, dos<br />

oboés e <strong>da</strong>s trompas. Aquela beleza não era deste<br />

mundo. Envoltos em mistério, transcendíamos a<br />

mecânica <strong>da</strong> vi<strong>da</strong> e nos transportávamos para onde<br />

Deus habita. Minhas lágrimas naquele momento<br />

também vinham com pesar pelo distanciamento<br />

estético <strong>da</strong> atual cultura evangélica, contente com<br />

tão pouca beleza.


Canso de explicar que nem todos os pastores são<br />

gananciosos e que as igrejas não existem para<br />

enriquecer sua liderança. Cansei de ter de <strong>da</strong>r<br />

satisfações to<strong>da</strong>s as vezes que faço qualquer<br />

negócio em nome <strong>da</strong> igreja. Tenho de provar que<br />

nossa igreja não tem título protestado em cartório,<br />

que não é rica, e que vivemos com um orçamento<br />

apertado. Não há na<strong>da</strong> mais desgastante do que ser<br />

obrigado a explanar para parentes ou amigos não<br />

evangélicos que aquele último escân<strong>da</strong>lo do jornal<br />

não representa a grande maioria dos pastores que<br />

vivem dignamente.


Canso com as vai<strong>da</strong>des religiosas. É fatigante<br />

observar os líderes que adoram cargos, posições e<br />

títulos. Desdenho os conchavos políticos que<br />

possibilitam eleições para os altos escalões<br />

denominacionais. Cansei com as vai<strong>da</strong>des<br />

acadêmicas e com os mestrados e doutorados que<br />

apenas enriquecem os currículos e geram uma<br />

soberba tola. Não suporto ouvir que mais um se<br />

auto-intitulou apóstolo.


Sei que estou cansado, entretanto, não permitirei<br />

que o meu cansaço me torne um cínico. Decidi lutar<br />

para não atrofiar o meu coração.


Por isso, opto por não participar de uma máquina<br />

religiosa que fabrica ícones. Não brigarei pelos<br />

primeiros lugares nas festas solenes patrocina<strong>da</strong>s<br />

por gente importante. Jamais oferecerei meu nome<br />

para compor a lista dos preletores de qualquer<br />

conferência. Abro mão de querer adornar meu<br />

nome com títulos de qualquer espécie. Não desejo<br />

ganhar aplausos de auditórios famosos.


Buscarei o convívio dos pequenos grupos, priorizarei<br />

fazer minhas refeições com os amigos mais<br />

queridos. Meu refúgio será ao lado de pessoas<br />

simples, pois quero aprender a valorizar os<br />

momentos despretensiosos <strong>da</strong> vi<strong>da</strong>. Lerei mais<br />

poesia para entender a alma humana, mais<br />

romances para continuar sonhando e muita boa<br />

música para tornar a vi<strong>da</strong> mais bonita. Desejo<br />

meditar outras vezes diante do pôr-do-sol para, em<br />

silêncio, agradecer a Deus por sua fideli<strong>da</strong>de. Quero<br />

voltar a orar no secreto do meu quarto e a ler as<br />

Escrituras como uma carta de amor de meu Pai.


Pode ser que outros estejam tão cansados quanto<br />

eu. Se é o seu caso, convido-o então a mu<strong>da</strong>r a sua<br />

agen<strong>da</strong>; romper com as estruturas religiosas que<br />

sugam suas energias; voltar ao primeiro amor. Jesus<br />

afirmou que não adianta ganhar o mundo inteiro e<br />

perder a alma. Ain<strong>da</strong> há tempo de salvar a nossa.


Ariovaldo Ramos


Ser evangélico, pelo menos no Brasil, não significa<br />

mais ser praticante e pregador do Evangelho (Boas<br />

Novas) de Jesus Cristo, mas, a condição de membro<br />

de um segmento do Cristianismo, com ca<strong>da</strong> vez<br />

menor relacionamento histórico com a Reforma<br />

Protestante - o segmento mais complicado,<br />

controverso, dividido e contraditório do<br />

Cristianismo. O significado de ser pastor evangélico,<br />

então, é melhor nem falar, para não incorrer no risco<br />

de ser grosseiro.


Não quero mais ser evangélico! Quero voltar para<br />

Jesus Cristo, para a boa notícia que Ele é e ensinou.<br />

Voltemos a ser adoradores do Pai porque, segundo<br />

Jesus, são estes os que o Pai procura e, não, por<br />

mão de obra especializa<strong>da</strong> ou por "profissionais <strong>da</strong><br />

fé". Voltemos à consciência de que o Caminho, a<br />

Ver<strong>da</strong>de e a Vi<strong>da</strong> é uma Pessoa e não um corpo de<br />

doutrinas e/ou tradições, nasci<strong>da</strong>s <strong>da</strong> tentativa de<br />

dissecarmos Deus; de que, estar no caminho,<br />

conhecer a ver<strong>da</strong>de e desfrutar a vi<strong>da</strong> é relacionarse<br />

intensamente com essa Pessoa: Jesus de Nazaré,<br />

o Cristo, o Filho do Deus vivo.


Quero os dogmas que nascem desse encontro: uma<br />

leitura bíblica que nos faça ver Jesus Cristo e não<br />

uma leitura “bibliólatra”. Não quero a<br />

espirituali<strong>da</strong>de que se sustenta em prodígios, no<br />

mínimo discutíveis, e sim, a que se manifesta no<br />

caráter.


Chega dessa "diabose"! Voltemos à graça, à<br />

centrali<strong>da</strong>de <strong>da</strong> cruz, onde tudo foi consumado.<br />

Voltemos à consciência de que fomos achados por<br />

Ele, que começou em ca<strong>da</strong> filho Seu algo que vai<br />

completar: voltemos às orações e jejuns, não como<br />

fruto de obrigação ou moe<strong>da</strong> de troca, mas, como<br />

namoro apaixonado com o Ser amado <strong>da</strong> alma<br />

resgata<strong>da</strong>.


Voltemos ao amor, à convicção de que ser cristão é<br />

amar a Deus acima de to<strong>da</strong>s as coisas e ao próximo<br />

como a nós mesmos: voltemos aos irmãos, não<br />

como membros de um sindicato, de um clube, ou de<br />

uma socie<strong>da</strong>de anônima, mas, como membros do<br />

corpo de Cristo. Quero relacionar-me com eles<br />

como as crianças relacionam-se com os que as<br />

alimentam - em profundo amor e senso de<br />

dependência: quero voltar a ser guardião de meu<br />

irmão e não seu juiz. Voltemos ao amor que<br />

agasalha no frio, assiste na dor, dessedenta na sede,<br />

alimenta na fome, que reparte, que não usa o<br />

pronome "meu", mas, o pronome "nosso".


Para que os títulos: "pastor", "reverendo", "bispo",<br />

"apóstolo", o que eles significam, se todos são<br />

sacerdotes? Quero voltar a ser leigo! Para que o<br />

clericalismo? Voltemos, ao sermos servos uns dos<br />

outros aos dons do corpo que correm soltos e dão o<br />

tom litúrgico <strong>da</strong> reunião dos santos; ao, "onde dois<br />

ou três estiverem reunidos em meu nome, eu lá<br />

estarei" de Mateus 18.20.


Que o culto seja do povo e não dos dirigentes -<br />

chega de show! Voltemos aos presbíteros e<br />

diáconos, não como títulos, mas, como função: os<br />

que, sob unção <strong>da</strong> igreja local, cui<strong>da</strong>m <strong>da</strong><br />

ministração <strong>da</strong> Palavra, <strong>da</strong> vi<strong>da</strong> de oração <strong>da</strong><br />

comuni<strong>da</strong>de e para que ninguém tenha<br />

necessi<strong>da</strong>de, seja material, espiritual ou social.<br />

Chega de ministérios megalômanos onde o povo de<br />

Deus é mão de obra ou massa de manobra!


Para que os templos, o institucionalismo, o<br />

denominacionalismo? Voltemos às catacumbas, à<br />

igreja local. Por que o pulpitocentrismo? Voltemos<br />

ao "instruí-vos uns aos outros" (Cl 3. 16).


Por que a pressão pelo crescimento? Jesus Cristo<br />

não nos ordenou a sermos uma Igreja que cresce,<br />

mas, uma Igreja que aparece: "Assim resplandeça a<br />

vossa luz diante dos homens, para que vejam as<br />

vossas boas obras, e glorifiquem a vosso Pai, que<br />

está nos céus.“ (Mt 5.16). Vamos anunciar com<br />

nossa vi<strong>da</strong>, serviço e palavras "todo o Evangelho ao<br />

homem... a todos os homens". Deixemos o<br />

crescimento para o Espírito Santo que "acrescenta<br />

dia a dia os que haverão de ser salvos", sem<br />

adulterar a mensagem.


Chega dos herodianos que vivem a namorar o<br />

poder, a vender a si e as ovelhas ao sistema corrupto<br />

e corruptor; voltemos à escola dos profetas que<br />

denunciam a injustiça e apresentam modelos de<br />

vi<strong>da</strong> comunitária. Chega do corporativismo, onde<br />

todo mundo sabe o que acontece, mas, ninguém faz<br />

na<strong>da</strong>; voltemos ao confronto, como o de Paulo a<br />

Pedro (Gl 2.11), que dá oportuni<strong>da</strong>de ao<br />

arrependimento e aperfeiçoa, como "o ferro afia o<br />

ferro." (Pv 27.17).


Saiamos do "metodologismo". Voltemos a "ser<br />

como o vento, que sopra como quer, se ouve a sua<br />

voz mas não se sabe de onde vem e nem para onde<br />

vai" (Jo 3.8).


Não quero mais ser evangélico, como o é entendido,<br />

hoje, neste país. Quero ser só cristão. Um cristão<br />

integral, segundo a Reforma e os pais <strong>da</strong> Igreja.<br />

Adorando ao Pai, em espírito e ver<strong>da</strong>de,<br />

comungando, em busca <strong>da</strong> prática <strong>da</strong> uni<strong>da</strong>de do<br />

"novo homem", criado por Cristo à Sua imagem (Ef<br />

2.15), e praticando a missão integral.

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