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servidor público - FASP-RJ

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6 ENTREVISTA<br />

CORREIO DA <strong>FASP</strong>-<strong>RJ</strong><br />

UM MINUTO E MEIO DE ATRASO<br />

Usando um lugar bem comum, entra ano, sai ano e as nossas autoridades<br />

não conseguem resolver problemas que elas mesmas criaram e<br />

que prejudicam cada vez mais a nossa população, mormente em épocas<br />

festivas como os fins e início de cada ano, acumulado com as fases das<br />

férias. Entre esses problemas, o caos aéreo tem levado ao arrependimento<br />

um número expressivo de pessoas que pagam caro para viajar e<br />

tiveram os seus planos frustrados com atrasos ou cancelamento de<br />

voos praticados pelas atuais companhias aéreas. As pessoas protestam,<br />

reclamam seus direitos e o Ministro responsável pelo setor diz que<br />

vai tomar providência, vai penalizar os responsáveis e não acontece<br />

absolutamente nada.<br />

Todos esses problemas apareceram depois, que os que mandam no<br />

País, resolveram acabar com aquela que foi ao longo de mais de sete<br />

décadas, o orgulho da aviação comercial brasileira. A VARIG chegou a<br />

ser a quinta maior e melhor empresa<br />

aérea comerci- al do mundo,<br />

atingindo ao per- centual de 98% -<br />

noventa e oito por cento - em<br />

eficiência e pontu- alidade. Era<br />

questão de honra para os milhares<br />

de <strong>servidor</strong>es que tinham o orgulho<br />

de pertencer aos quadros da<br />

Companhia.<br />

Hoje, as empre- sas que aí estão,<br />

não estão engaja- das no sentimento<br />

maior do dever cumprido<br />

e as autoridades ocupam cargos,<br />

como simples pau mandado, e tudo<br />

continua como Trinitário Albacete está. O descaso,<br />

a indisciplina, o pouco caso, os<br />

cancelamentos, os atrasos continuam e vão continuar, porque ninguém<br />

tem responsabilidade... ninguém responde pela<br />

incompetência...ninguém vai preso. O que estamos externando está<br />

sendo mostrado todos os dias no noticiário escrito, falado e televisado.<br />

Toda essa falta de respeito nos faz refletir o que representa o atraso<br />

no cumprimento de qualquer compromisso e nos reporta à cidade de<br />

Moscou, aonde, um dia, o Transiberiano chegou atrasado. O jornal<br />

PRAVDA estampou na primeira página a composição e o maquinista<br />

responsável por tal ofensa ao povo russo. “Aquele irresponsável deveria<br />

ser preso, condenado à forca, à prisão perpétua, ao batalhão de<br />

fuzilamento, mas a honra do povo russo tinha que ser lavada”, como<br />

disse o meu intérprete na sua chegada ao hotel, naquela manhã, mostrando<br />

indignado a primeira página. Com tanto desejo de vingança,<br />

quis saber a extensão do atraso do trem Transiberiano que, desde 1891,<br />

percorre a estrada que vai da cidade de Vladivostok, junto ao mar do<br />

Japão, durante 7 dias e 7 noites transportando passageiros e carga ao<br />

longo dos seus 9.297km até chegar à Moscou.<br />

Afinal, qual foi o atraso? – 90 segundos (um minuto e meio). Na sua<br />

opinião, o maquinista merecia tudo o que o intérprete expôs. Olhando<br />

para o lado de cá, o que merecem as nossas autoridades responsáveis<br />

pela quebra da VARIG e a incompetência e ineficiência das empresas<br />

aéreas que acham que vão substituir aquela organização que representou<br />

no exterior, o Brasil, com eficiência e pontualidade, não se tendo<br />

notícias de que algum dos seus aviões tenha se atrasado os 90 segundos<br />

do atraso do Transiberiano.<br />

Trinitário Albacete - Jornalista<br />

COLABORADORES<br />

Para o próximo número do Jornal Correio da<br />

<strong>FASP</strong>-<strong>RJ</strong>, solicitamos que as matérias sejam<br />

enviadas até o dia 6 de fevereiro de 2009. Não<br />

aceitaremos matérias fora do prazo estipulado.<br />

Agradecemos a colaboração de todos.<br />

1º Bimestre / 2009<br />

Saúde e Segurança no Trabalho um<br />

Ato de Respeito à Dignidade Humana<br />

Há mais de vinte anos, venho lutando<br />

para implantação de um Programa de Saúde<br />

e Segurança no Trabalho para o Servidor<br />

Público Estadual.<br />

Realizamos vários eventos sobre o<br />

‘’Tema” tanto como palestrante e mesmo<br />

como coordenador desses eventos.<br />

O que observei aos longos desses anos<br />

foi o descaso ou ignorância dos lideres<br />

sindicais sobre o assunto. Em dezembro<br />

de 2006 participei do 1º Fórum sobre<br />

valorização e capacitação dos <strong>servidor</strong>es<br />

<strong>público</strong> do Estado do Rio de<br />

Janeiro, no Centro de Convenções do<br />

Hotel Glória <strong>RJ</strong>, como palestrante e coordenador<br />

da Comissão de Saúde do<br />

Fórum, indicado pelo Dr. Marcos Vinício<br />

Gomes Pedro, Presidente da <strong>FASP</strong>-<br />

<strong>RJ</strong>. Nesse fórum defendemos o SIS-<br />

TEMA INTEGRADO DE ASSISTÊN-<br />

CIA À SAÚDE DOS SERVIDORES<br />

DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO -<br />

SIASE<strong>RJ</strong>. Há um projeto de lei arquivado<br />

na Alerj (ASSEMBLÉIA LEGIS-<br />

Há cerca de vinte anos, um grupo, pequeno,<br />

mas atuante, de economistas, tendo<br />

à frente o Sr. Milton Fridman e seus<br />

sequazes desenterraram e disseminaram<br />

pelo mundo as teses do denominado liberalismo<br />

econômico. Deram-lhe roupagens<br />

novas, maquiaram-no e o apresentaram<br />

como a grande solução para a humanidade,<br />

evidentemente sob a ótica deles que,<br />

conforme diziam o importante é o lucro!<br />

O primeiro passo foi conduzir o Estado<br />

como instituição a um processo de satanização.<br />

Diziam: O Estado é um elefante<br />

branco, pesado, deve ser sacrificado em<br />

benefício da iniciativa privada que é a verdadeira<br />

panacéia, tudo solucionará. Uma<br />

tarefa se apresentou diante de tais economistas:<br />

Como se apropriar do<br />

Estado?Criou-se uma mídia subserviente<br />

e atuante que fornecia toda a cobertura. O<br />

passo seguinte foi a destruição através da<br />

quebra da máquina administrativa e seus<br />

mantenedores - os funcionários <strong>público</strong>s.<br />

Os primeiros a cairem foram os aposentados<br />

acusados de toda sorte de insucessos;<br />

lembram-se de quando o Sr.Fernando<br />

Henrique qualificou-os de vagabundos? Tal<br />

adjetivação fazia parte do processo de desnacionalização<br />

que se avizinhava.<br />

Começou então a entrega deslavada do<br />

Estado à denominada iniciativa privada.<br />

Funcionário Público, apresentado como o<br />

grande vilão passou a sofrer toda sorte de<br />

vexames: Perdeu a assistência social; salários<br />

cada vez mais aviltados. As diversas<br />

LATIVA) que transforma o IASE<strong>RJ</strong> em<br />

centro de referência na saúde dos <strong>servidor</strong>es<br />

(projeto de lei 1845/2000) onde<br />

através de adesão todos os Municípios<br />

do Estado do Rio de Janeiro poderão<br />

filiar seus funcionários.<br />

Temos também na ALE<strong>RJ</strong> o projeto de<br />

lei que cria na estrutura do Estado as<br />

categorias de Servidores especializados<br />

em saúde e segurança no trabalho. (projeto<br />

de lei 1843/2000) como Engenheiro<br />

de Segurança do Trabalho, Médico do<br />

Trabalho, Enfermeiro do Trabalho, Auxiliar<br />

de Enfermagem do Trabalho, e Técnico<br />

de Segurança do Trabalho. Infelizmente<br />

nos quadros de <strong>servidor</strong>es das<br />

várias Secretarias de Estado, não constam<br />

esses importantes profissionais que<br />

juridicamente e tecnicamente são preparados<br />

para exercer essa função; A falta<br />

desses especialistas provoca nos gestores<br />

<strong>público</strong>s criticas não honrosas ao<br />

absenteísmo dos <strong>servidor</strong>es.<br />

Porém o fato é.... O Patrão Estado,<br />

FALA SERVIDOR!<br />

não sabe como vai a saúde dos seus<br />

funcionários. É incapaz de dizer quantos<br />

são os alcoólatras ou dependentes de<br />

outras drogas licitas ou elícitas. Quantos<br />

são hipertensos, diabéticos, que sofrem<br />

da síndrome do pânico ou doenças que<br />

afetem seu aparelho motor ou respiratório.<br />

Por tudo isso fico feliz de ser mais<br />

uma vez indicado pelo Dr Marcos Vinício<br />

Gomes Pedro para ser o representante<br />

da <strong>FASP</strong>-<strong>RJ</strong> na Comissão Intersetorial<br />

de Saúde do Trabalhador (CIST),<br />

do Conselho Estadual de Saúde (CES)<br />

vinculado administrativamente à Secretaria<br />

de Estado de Saúde e Defesa Cível<br />

(SESDEC).Temos que acreditar que só<br />

a união de todos fortalecerá a qualidade<br />

do serviço <strong>público</strong>.<br />

Suli Ayres Sorrilha<br />

Diretor de Ação Social, Esporte e<br />

Cultura da Associação dos<br />

Funcionários do IASE<strong>RJ</strong>-AFIASE<strong>RJ</strong><br />

Técnico de Segurança do Trabalho<br />

Rara oportunidade<br />

categorias funcionais submetidas a um processo<br />

desestimulante de trabalho. As instituições<br />

foram tomadas “de assalto”, hospitais,<br />

escolas, tudo abandonado! O projeto<br />

neoliberal era mais ganancioso e, além das<br />

empresas que comprava abaixo do valor<br />

real, passou a se infiltrar através da denominada<br />

“terceirização” na máquina estatal.<br />

O resultado significou a falta de hospitais,<br />

e o IASE<strong>RJ</strong> é um exemplo. Verbas<br />

enormes que anteriormente se destinavam<br />

às funções constitucionais do Estado fluíram<br />

para auxilio a bancos que até hoje<br />

ostentam lucros exorbitantes. Socorro de<br />

toda espécie foram destinados para empresas<br />

particulares em detrimento do coletivo,<br />

do povo já que lucro privado caminha somente<br />

para o bolso do proprietário. Analisemos<br />

então o que aconteceu com SAÚDE,<br />

EDUCAÇÃO e SEGURANÇA<br />

Através do processo de eleição foi formada<br />

uma bancada extremamente poderosa<br />

de representante de hospitais e planos<br />

de saúde particulares, o que ocasionou o<br />

total abandono dos hospitais <strong>público</strong>s. Em<br />

decorrência da pressão salarial desestimulante,<br />

médicos e enfermeiros se afastaram<br />

o que propiciou a criação das denominadas<br />

cooperativas. Conta-se a dedo os hospitais<br />

<strong>público</strong>s que funcionam de forma ainda<br />

que sofrível.<br />

Educação é o que se constata observando<br />

as filas para matrícula. Salários ridículos<br />

impedem os professores de estudarem<br />

e oferecerem à nossa mocidade a formação<br />

mínima necessária para participarem<br />

de um mundo cada vez mais exigente.<br />

O ensino possível não condiciona a<br />

inserção no mercado de trabalho e, em con-<br />

seqüência grande parte de nossa juventude<br />

desamparada e sem perspectivas, adentra<br />

por caminhos contrários ao que seria<br />

denominado digno. As manchetes dos jornais<br />

esclarecem melhor.<br />

O ESTADO BRASILEIRO É UM ES-<br />

TADO DELINQUENTE! Ele descumpre<br />

decisões judiciais, não assume responsabilidades<br />

nem mesmo as que lhe são específicas<br />

por imposições constitucionais.<br />

Estranhamente exige o que não cumpre! A<br />

um povo abandonado, a uma juventude<br />

desrespeitada, mutilada em seus mais elementares<br />

direitos quando se apresentam<br />

as bolhas da fervura inevitável opõe seu<br />

ultimo recurso - seu braço armado - a Polícia.<br />

O triste é que este policial, também<br />

um abandonado vê-se na tarefa de defender<br />

um Estado também delinquente. É uma<br />

briga de gato e rato entre duas vítimas de<br />

um mesmo mal. A gênese do crime reside<br />

na miséria em que se debate nosso povo.<br />

Quantas vezes nas calçadas, observando<br />

um monturo, vemos um saco de lixo que,<br />

na realidade é uma criança dormindo?<br />

É chegada a hora em que as forças<br />

comprometidas com um Estado nacional<br />

forte, realmente voltado para os interesses<br />

do povo tomem suas rédeas e o funcionalismo<br />

<strong>público</strong>, das classes mais sofridas e<br />

demonizadas, tem um papel importantíssimo<br />

a desempenhar. Para iniciar, devemos<br />

formar grupos de estudo de política e filosofia<br />

e discutir o que fazer cada um em sua<br />

possibilidade.<br />

Gilberto Vieira Mello<br />

Inspetor de Polícia e Diretor da<br />

COLPOL

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