edição presstem 47 - Asserttem
edição presstem 47 - Asserttem
edição presstem 47 - Asserttem
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
PRESSTEM<br />
PRESTAÇÃo DE SERVIÇoS ESPECIALIZADoS<br />
ANo XIv DEZEMBRo 2012 Nº<strong>47</strong><br />
Conceição<br />
Cipolatti<br />
contrata<br />
temporários<br />
e empresas<br />
terceirizadas<br />
para produzir<br />
os seus<br />
enfeites<br />
A tributação que esfola os Serviços<br />
Para o tributarista Paulo de Barros Carvalho, alterações legislativas<br />
elevaram alíquotas, com danosas consequências ao segmento<br />
Conceição Cipolatti,<br />
a emoção do natal<br />
A empresária cria e produz a<br />
decoração de shoppings da cidade<br />
nesta época. Também pianista,<br />
Conceição aplica ali sua paixão<br />
pela arte<br />
2012, confi ança na<br />
missão cumprida!<br />
Em editorial, o presidente<br />
Vander Morales avalia 2012 como<br />
um ano produtivo face às ações<br />
institucionais promovidas em<br />
benefício da Terceirização e do<br />
Trabalho Temporário<br />
eis o maior presente<br />
dos temporários<br />
A expectativa é que 155 mil<br />
Trabalhadores Temporários sejam<br />
contratados este ano apenas para o<br />
período que antecede o Natal<br />
O MUNDO<br />
DE SERVIÇOS<br />
QUE CERCA<br />
NOSSAS VIDAS<br />
em casa, nos shoppings, na rua,<br />
nas escolas – por onde se<br />
olha há um trabalhador<br />
terceirizado ou temporário.<br />
não há como viver sem eles.<br />
mas a legislação precisa<br />
acompanhar o desenvolvimento<br />
da sociedade
PRESSTEM<br />
2
Divulgação Divulgação Marketing Cipolatti<br />
ÍNDICE<br />
18<br />
Melhor presente de Natal: um emprego<br />
28<br />
Paula Ravanelli: pela continuidade<br />
na administração pública<br />
38<br />
Escolha o nome do mascote da Copa<br />
PRESSTEM<br />
EDIção <strong>47</strong><br />
CAPA<br />
o MUNDo DoS SERvIçoS<br />
Os Serviços Especializados e o Trabalho Temporário fazem parte da vida moderna - em<br />
casa, nos shoppings, nos parques, no comércio de rua, em todo lugar. Mas a legislação<br />
é ultrapassada e engessa as atividades. >> pág 10.<br />
o CoNGRESSo E oS JovENS<br />
O presidente do Sindeprestem, Vander Morales, destacou a contribuição do setor para<br />
o crescimento do emprego e a ascenção das classes sociais no 1º Congresso de Serviços<br />
Especializados e de Trabalho Temporário. >> pág 46.<br />
CARTA Do PRESIDENTE<br />
Vander Morales<br />
ENTREvISTA<br />
UNIvERSo FEMININo<br />
TENDÊNCIAS E TECNoLoGIA<br />
RESPoNSABILIDADE SoCIAL<br />
CoNTRADIçÕES Do SISTEMA<br />
Razão Social: CNPJ:<br />
End.:<br />
Cidade: UF: CEP:<br />
Tel./Fax: e-mail (1):<br />
Site:<br />
Capital Social:<br />
e-mail (2):<br />
RESPoNSávEIS E SóCIoS:<br />
Financeiro - Nome: Cargo: e-mail:<br />
RH - Nome: Cargo: e-mail:<br />
Jurídico - Nome: Cargo: e-mail:<br />
Contabilidade - Nome: Cargo: e-mail:<br />
Presidência - Nome: Cargo: e-mail:<br />
Sócio - Nome: Cargo: e-mail:<br />
Sócio - Nome: Cargo: e-mail:<br />
Diretor - Nome: Cargo: e-mail:<br />
Atividade Principal: Registro MTE:<br />
05<br />
06<br />
20<br />
23<br />
26<br />
28<br />
30 GESTão DE TALENToS<br />
32 DIREToRIAS REGIoNAIS<br />
38 CoPA 2014<br />
40 INDICADoRES<br />
45 EvENToS<br />
50 NoTÍCIAS ASSERTEM<br />
Caro assoCiado, Filiado e sindiCalizado ao sindeprestem, atualize seus dados Cadastrais. reCorte na<br />
linha pontilhada e envie pelo FaX (11) 3215-8250 ou e-mail atualizaCao@sindeprestem.Com.br<br />
PRESSTEM<br />
3
EXPEDIENTE<br />
PRESSTEM<br />
EXPEDIENTE<br />
Produção Editorial<br />
GT Marketing e Comunicação<br />
Tel.: (11) 5053-6100<br />
gt@gtmarketing.com.br<br />
Editor Responsável<br />
Gaudêncio Torquato – MTb. 8.387 SP<br />
Assessoria de Marketing<br />
Erika Barros<br />
marketing@sindeprestem.com.br<br />
Repórteres<br />
Camila Vasconcellos<br />
Danielle Borges – MTb. 46.993 SP<br />
Giovanna Zanaroli – MTb. <strong>47</strong>.378 SP<br />
Luciana Albernaz - MTb. 52.522 SP<br />
Produção Gráfica<br />
L2 Propaganda<br />
Tel./Fax: (11) 2528-4951<br />
www.l2propaganda.com.br<br />
Direção de Arte<br />
Thais Moro<br />
Assistentes de Arte<br />
Chico Maciel<br />
Gabriela Maciel<br />
Capa<br />
Conceição Cipolatti - Marketing Cipolatti<br />
Paulo de Barros Carvalho - Divulgação<br />
Impressão<br />
Duograf<br />
(11) 3933-9100<br />
www.duograf.com.br<br />
4<br />
Tiragem<br />
10.000 exemplares<br />
Selo de FSC<br />
SINDICATO DAS EMPRESAS DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS A TERCEIROS,<br />
COLOCAÇÃO E ADMINISTRAÇÃO DE MÃO DE OBRA E DE TRABALHO<br />
TEMPORÁRIO NO ESTADO DE SÃO PAULO<br />
Av. São Luís, 258 – 18° andar<br />
CEP: 01046-915 – São Paulo – SP<br />
PABX: (11) 3215 – 8250<br />
Assessoria Jurídica: 0800-701 2449<br />
www.sindeprestem.com.br – e-mail: sindeprestem@sindeprestem.com.br<br />
DIRETORIA EXECUTIVA<br />
Vander Morales – Presidente<br />
Fernando Barbosa Calvet – Vice-Presidente<br />
Daniel Simões do Viso – Diretor Administrativo e Financeiro<br />
Sonia Regina de Souza – Diretora de Formação e Eventos<br />
Jacob Luiz Magnus – Diretor Jurídico<br />
Jismália de Oliveira Alves – Diretora de Marketing e Comunicação<br />
Ademir de Souza – Diretor Suplente<br />
Edson Ferreira – Diretor Suplente<br />
Nilza Tavoloni – Diretora de Regionais<br />
Geraldo Magela Ribeiro – Diretor de Setorização<br />
DIRETORIA REGIONAL<br />
Maria Olinda Maran Longuini – Diretora Regional do ABC<br />
Nilza Tavoloni – Diretora Regional de Americana<br />
Geraldo P. Russomano Veiga – Diretor Regional de Ribeirão Preto<br />
José Renato Quaresma – Diretor Regional Baixada Santista<br />
Everaldo Nogueira – Diretor Regional de Bauru<br />
Rosa Carvalho dos Santos – Diretora Regional de Guarulhos<br />
Walter Rosa Junior – Diretor Regional de Sorocaba<br />
Sérgio Silas Gallati – Diretor Regional do Vale do Paraíba<br />
Luiz Simões da Cunha – Diretor Regional de Campinas<br />
Cláudio Donizeti de Almeida – Diretor Regional do Alto do Tietê<br />
Reginaldo Luiz Julien Ribeiro – Diretor Regional Oeste<br />
CONSELHO CONSULTIVO<br />
Paulo Magalhães – Presidente<br />
Evando Freitas de Sousa<br />
Johannes Antonius Maria Wiegerinck<br />
José Antônio Gregório<br />
Silvio Roberto Alaimo Martins<br />
Maurice Braunstein<br />
CONSELHO FISCAL<br />
Eunice da Silva Gomes Cunha – Presidente<br />
Edmilson Luiz Formentini<br />
José Viana Lima<br />
Sezi Inoue<br />
Jackson Tadeu Ninno Soares – Suplente<br />
Marcos Fernando Franco Teixeira – Suplente<br />
NOSSAS ENTIDADES SÃO FILIADAS A<br />
NOSSAS ENTIDADES SÃO FILIADAS À<br />
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS EMPRESAS DE SERVIÇOS<br />
TERCEIRIZÁVEIS E DE TRABALHO TEMPORÁRIO<br />
Av. São Luís, 258 – 12° andar – Conj. 1208<br />
CEP: 01046-915 – Centro – São Paulo – SP<br />
Tel.: (11) 3121-0088<br />
Para localidades fora do Estado de São Paulo: 0800-109846<br />
www.asserttem.com.br – e-mail: asserttem@asserttem.com.br<br />
DIRETORIA EXECUTIVA<br />
Jismália de Oliveira Alves – Presidente<br />
Márcia dos Santos Costantini – Vice-Presidente<br />
Ademir de Souza – Diretor Administrativo e Financeiro<br />
Silvio Roberto A. Martins – Vice-Diretor Administrativo e Financeiro<br />
Evando Freitas de Souza – Diretor de Comunicações e Eventos<br />
José Antonio Gregório – Vice-Diretor de Comunicações e Eventos<br />
Marco Aurélio A. R. Silva – Diretor de Assuntos Legais<br />
Fernando Barbosa Calvet – Diretor de Assuntos Internacionais<br />
José Roberto Scalabrin – Dir. de Rel. Institucionais e Governamentais<br />
DIRETORIA REGIONAL<br />
Márcia dos Santos Costantini – Diretora Rio de Janeiro<br />
José Carlos Teixeira – Diretor Minas Gerais<br />
Danilo Padilha – Diretor Paraná<br />
Mara Bonafé – Diretora Distrito Federal<br />
CONSELHO DELIBERATIVO<br />
José Roberto Scalabrin – Presidente<br />
Silvio Roberto A. Martins<br />
Edson Ferreira<br />
José Carlos Teixeira<br />
CONSELHO FISCAL<br />
Eunice da Silva Gomes Cunha – Presidente<br />
José Viana Lima<br />
Ana Maria da Silva<br />
Suélia Luz Oliveira<br />
Danilo Padilha
Bruno<br />
Marketing Divulgação<br />
Marketing Leite<br />
Sindeprestem<br />
CARTA Do PRESIDENTE Em FoCo Vander Jan Morales, Wiegerinck, presidente Presidente do Sindeprestem do Sindeprestem<br />
e da Fenaserhtt<br />
2012, confi ança na missão cumprida!<br />
A última <strong>edição</strong> 2012 da revista Presstem exige o balanço<br />
de mais uma jornada anual do Sindeprestem. É momento de<br />
repassar as ações empreendidas, observar avanços, conferir as<br />
estratégias adotadas e aprimorá-las para o novo ano. E olhando<br />
em retrospectiva este 2012, sobressai um misto de orgulho e<br />
confiança. Afinal, ao nos lançarmos em campo para cumprir as<br />
metas estabelecidas pelo Plano Diretor da entidade, demonstramos<br />
grande capacidade de mobilização, além de muita firmeza<br />
ao defendermos a Terceirização e o Trabalho Temporário como<br />
atividades indispensáveis à geração de mão de obra formal em<br />
nosso País, permitindo ganhos de eficiência ao setor produtivo<br />
e a expansão do trabalho decente.<br />
Trabalhamos, incansável e simultaneamente, em diferentes<br />
frentes. Junto de nossos empresários, ampliamos os serviços<br />
e fortalecemos sua atividade. Mediante as autoridades<br />
do Ministério do Trabalho e do Congresso Nacional, abrimos<br />
importantes espaços de interlocução em busca de um marco<br />
institucional mais apropriado ao setor. Com as prefeituras, as<br />
Regionais e empresários locais, estendemos a experiência das<br />
Feiras de Emprego, cadastrando milhares de trabalhadores e<br />
abrindo-lhes também milhares de vagas. Com os representantes<br />
das Superintendências Regionais do Trabalho, Tribunais Regionais<br />
do Trabalho e de organizações da Indústria e do Comércio,<br />
mantivemos nossa política de diálogo, troca de informações e<br />
aproximação. Prestigiando nossas Regionais, participamos Brasil<br />
afora de encontros com os empresários do segmento ou de<br />
entidades afins. No Exterior, compartilhamos as experiências e<br />
perspectivas brasileiras em eventos promovidos pelas organizações<br />
irmãs ou Confederações.<br />
A percepção é de missão cumprida, pois, aos 21 anos e<br />
maior representante do segmento do Trabalho Temporário e<br />
da Terceirização no Brasil, o Sindeprestem exerce com afinco<br />
sua missão diária de valorizar a atividade. Temos dito reiteradamente<br />
que o arcabouço institucional brasileiro não serve mais<br />
ao desenho ocupacional da economia globalizada, à necessida-<br />
// Trabalhamos em 2012<br />
para quebrar resistências,<br />
interesses corporativos e visões<br />
preconceituosas contra o trabalho<br />
fl exível, para avançar na legislação<br />
e conquistar o reconhecimento<br />
defi nitivo a um segmento que<br />
emprega mais de 2,3 milhões<br />
de trabalhadores e incrementa<br />
economias locais e regionais<br />
através de 35 mil empresas. //<br />
de do trabalho especializado, da racionalidade nos processos e<br />
do aumento da competitividade. Entretanto, as leis brasileiras<br />
não evoluíram conforme se estabeleceram as novas relações<br />
nos contratos entre prestadores e tomadores de serviços, o que<br />
criou um enorme vácuo jurídico e colaborou para gerar um ambiente<br />
de insegurança entre os empresários.<br />
Assim, batalhamos em 2012 para quebrar resistências,<br />
interesses corporativos e visões preconceituosas contra o trabalho<br />
terceirizado e o temporário, para avançar na legislação<br />
e conquistar o reconhecimento definitivo a um segmento que<br />
emprega mais de 2,3 milhões de trabalhadores e incrementa<br />
economias locais e regionais através de 35 mil empresas. Entre<br />
as conquistas obtidas, assistimos à apresentação de dois projetos<br />
de lei na Câmara Federal, propondo ampliar a abrangência<br />
do Trabalho Temporário, atividade que permanece presa<br />
às limitações da Lei 6.019/74. Um dos projetos pretende que<br />
jovens entre 18 e 25 anos tenham mais oportunidades de trabalho,<br />
especialmente aqueles em situação de primeiro emprego.<br />
O outro estende o Trabalho Temporário à área rural, abrindo<br />
a perspectiva de tirar milhares de pessoas da informalidade e<br />
precariedade da atividade produtiva no campo.<br />
Ainda no campo institucional, o Sindeprestem acompanhou<br />
tête-à-tete no Congresso o trâmite de projetos que visam<br />
à regulamentação da Terceirização, procurando barrar o avanço<br />
de propostas que venham a engessar os contratos, em vez de<br />
alargar a aplicação da modalidade no Brasil. E também atuou<br />
intensamente pelas mudanças nos tributos e contribuições que<br />
têm sobrecarregado os custos das empresas e ameaçam a sustentabilidade<br />
dos negócios, especialmente a não cumulatividade<br />
do PIS e da Cofins.<br />
Na verdade, empunhar a bandeira da Terceirização e do<br />
Trabalho Temporário demanda resiliência, persistência e muita<br />
transparência em nossos propósitos. Exige abrir fronteiras,<br />
ocupar todos os espaços possíveis e mostrar, na prática, o impacto<br />
positivo da atividade sobre a economia, razão pela qual<br />
lançamos neste ano a sexta <strong>edição</strong> da Pesquisa Setorial Anual e<br />
o livro Fatos & Versões; estivemos no Panamá acompanhando o<br />
XI Congresso da Confederação Latino-Americana das Empresas<br />
de Trabalho Temporário e Atividades Afins (Clett&a); participamos<br />
dos eventos da Associação Brasileira de Recursos Humanos;<br />
e promovemos o 1º Congresso de Serviços Especializados<br />
e Trabalho Temporário, com a presença do secretário executivo<br />
do Ministério do Trabalho, Marcelo Aguiar dos Santos Sá, e do<br />
representante da CIETT, James Gribben.<br />
A jornada tem sido gratificante, mas, ao mesmo tempo, laboriosa,<br />
o que pede no momento o respiro de uma breve pausa<br />
de forma que possamos empreender este balanço e retomar<br />
a caminhada com motivação e energia redobradas em 2013.<br />
Que assim seja com todos os nossos parceiros, colaboradores e<br />
empresários, desejamos que fechem positivamente 2012 e que<br />
compartilhem conosco a confiança em um cenário de boas notícias<br />
no próximo ano.<br />
PRESSTEM<br />
5
PRESSTEM<br />
6<br />
ENTREVISTA<br />
Divulgação<br />
// O problema<br />
da elevada carga<br />
tributária no País não<br />
é algo que se possa<br />
resolver de imediato,<br />
mediante modificações<br />
legislativas isoladas. //<br />
paulo de barros Carvalho
setor de serviços<br />
é o que mais sofre<br />
com tributação<br />
alterações legislativas elevaram acentuadamente as alíquotas e<br />
trouxeram consequências prejudiciais aos contribuintes deste segmento,<br />
afirma o tributarista paulo de barros Carvalho, professor titular da<br />
pontifícia universidade Católica de são paulo e da universidade de<br />
são paulo. para ele, em caso de reforma tributária, o governo só<br />
perderia receita no início – e este é mais um nó para um grande acordo<br />
Por Giovanna Zanaroli<br />
Tormento do empresariado, pedra no sapato do governo. o sistema<br />
tributário brasileiro está entre os mais complexos e onerosos do mundo, com<br />
uma série de normas e obrigações acessórias que elevam o Custo Brasil. De<br />
um lado as empresas pressionam por alíquotas menores e mais justas, por<br />
sua vez o governo não sabe como alterar regras com tantas amarras legais e<br />
burocráticas e ao mesmo tempo manter a arrecadação fiscal.<br />
Medidas pontuais anunciadas recentemente, como a desoneração da folha<br />
de pagamentos (Plano Brasil Maior), redução do IPI do setor automotivo e linha<br />
branca e alterações nas alíquotas de PIS e Cofins, sinalizam a possibilidade de<br />
uma tão esperada reforma tributária, prometida há anos e jamais executada.<br />
A sociedade brasileira vive inquieta, em sucessivos debates a respeito de<br />
mecanismos para uma reforma tributária. Trata-se de puro idealismo, pois não<br />
há como pensar na possibilidade de funcionamento de um subsistema social<br />
qualquer sem a boa integração dos demais subsistemas que formam o tecido<br />
social pleno. É a opinião de paulo de barros Carvalho, unanimidade entre os<br />
especialistas do Direito Tributário. Professor titular da Pontifícia Universidade<br />
Católica de São Paulo e da Universidade de São Paulo, o advogado concedeu<br />
entrevista exclusiva para a revista <strong>presstem</strong> sobre a possibilidade de o País<br />
assistir em breve à reforma tributária.<br />
PRESSTEM<br />
7
PRESSTEM<br />
8<br />
ENTREVISTA<br />
Presstem – As recentes medidas adotadas pelo<br />
governo sinalizam o início da tão sonhada reforma<br />
tributária ou o Brasil ainda está longe de deixar<br />
de liderar o ranking dos países com a maior carga<br />
tributária do mundo?<br />
Paulo de Barros Carvalho – A desoneração<br />
da folha de pagamentos, assim como a redução<br />
do IPI de determinados setores e redução da carga<br />
tributária de produtos que compõem a cesta básica<br />
são um passo em direção à maior competitividade da<br />
indústria nacional. No entanto, vejo tais alterações<br />
como incentivos muito pontuais e que, por si só,<br />
não reduzem a complexidade do sistema tributário<br />
brasileiro. O problema da elevada carga tributária<br />
no País não é algo que se possa resolver de imediato,<br />
mediante modificações legislativas isoladas. É<br />
necessária uma reforma estrutural, a ser realizada<br />
com o esforço conjunto das pessoas políticas para que<br />
as novas disposições sejam observadas, respeitandose<br />
os direitos dos contribuintes e a rígida repartição<br />
das competências tributárias.<br />
Presstem – A burocracia exacerbada e uma<br />
enormidade de obrigações acessórias ajudam a<br />
emperrar o avanço da reforma tributária. Qual<br />
o melhor caminho para termos em nosso País<br />
impostos mais justos e simplificados?<br />
PBC – O sistema tributário brasileiro é, realmente,<br />
muito complexo. Porém, é uma questão mundial.<br />
Os espanhóis reclamam da quantidade de tributos,<br />
assim como os argentinos e os franceses também<br />
pedem pela simplificação legislativa. No Brasil,<br />
tem-se verificado frequente aumento do número<br />
de obrigações acessórias, que costumo denominar<br />
“deveres instrumentais”. Esse crescimento<br />
quantitativo deve-se ao fato de que o Fisco, com sua<br />
estrutura limitada, precisa encontrar mecanismos<br />
para controlar as atividades realizadas pelo imenso<br />
volume de contribuintes. Primeiramente, os deveres<br />
instrumentais não podem ser utilizados pelo Fisco<br />
como meros entraves ao livre exercício profissional,<br />
sob pena de caracterizarem sanções políticas,<br />
vedadas pelo ordenamento. De outro lado, creio<br />
ser possível que o aprimoramento tecnológico, com<br />
escrituração fiscal eletrônica, reduza a burocracia,<br />
facilitando o cumprimento dos deveres pelo<br />
contribuinte e o respectivo controle pelas autoridades<br />
administrativas.<br />
Presstem – O Brasil alcançou patamares<br />
elevados de empregabilidade formal. O crescimento<br />
do País não seria um bom motivo para rever regras<br />
tributárias e alíquotas, deixando-as mais justas,<br />
uma vez que a economia formal se expande e gera<br />
receita fiscal?<br />
PBC – O aumento da arrecadação tributária, a<br />
exemplo do que tem ocorrido anualmente, serviria<br />
como bom fundamento para a redução de alíquotas e<br />
equalização dos tributos. No entanto, essa tarefa não<br />
é fácil. Quem quiser modificar o sistema tributário<br />
brasileiro terá que começar pela operacionalização<br />
de cada setor das competências tributárias. A União<br />
tem vários tributos e poderia produzir uma legislação<br />
bem mais simplificada, sem que se faça reforma<br />
constitucional alguma. Isso implica perda inicial de<br />
receita, mas, a médio prazo e a longo prazo, o efeito<br />
seria outro. Seriam dois a três anos de perda inicial,<br />
mas o Poder Público não admite qualquer defasagem<br />
de arrecadação, mesmo que seja por curto período.<br />
Presstem – O Ministério da Fazenda vem<br />
sinalizando mudanças na alíquota do PIS e Cofins<br />
que deverão entrar em vigor até 2014: cobrança<br />
máxima de 9,25%. O setor de Serviços, após a<br />
informação, entrou em alerta.<br />
PBC – A meu ver, o setor de Serviços tem<br />
sido o mais atingido com as recentes alterações<br />
legislativas, que elevaram acentuadamente suas<br />
alíquotas e trouxeram consequências prejudiciais<br />
aos contribuintes deste segmento, tendo em vista a<br />
pequena quantidade de valores/insumos a compensar.<br />
Infelizmente diversas categorias foram incluídas sob<br />
o mesmo regime de tributação e idênticas alíquotas.<br />
Com isso, desatendeu ao propósito constitucional, de<br />
modo que grande número de contribuintes teve sua<br />
carga tributária efetivamente aumentada.<br />
Presstem – Como adotar políticas tributárias<br />
que não favoreçam apenas alguns setores e<br />
prejudiquem outros?<br />
PBC – A proposta de solução para esse problema,<br />
creio eu, deve passar por um estudo a respeito<br />
da cadeia circulatória ou produtiva dos diversos<br />
setores, de forma que, ao fixarem-se as alíquotas,<br />
sejam consideradas as particularidades de cada qual,<br />
especialmente a capacidade de geração de créditos<br />
em função de suas despesas. Só assim será possível<br />
aproximar-se de uma tributação que não onere<br />
diferentemente as atividades praticadas no País,<br />
sobrecarregando algumas sem critério justificador<br />
para tanto.
PRESSTEM<br />
9
PRESSTEM<br />
10<br />
CAPA<br />
um mundo cercado de<br />
serviços por todos os lados<br />
Por Danielle Borges<br />
Fazer compras no supermercado,<br />
passear no shopping ou levar a<br />
família para uma tarde no parque de<br />
diversões. os Serviços Especializados<br />
e o Trabalho Temporário estão muito<br />
mais presentes no cotidiano das<br />
pessoas do que se imagina.<br />
Você sabe quem garante o acesso<br />
seguro ao condomínio de sua<br />
residência ou escritório? Pode<br />
ser um terceirizado. Depois do<br />
reconhecimento conquistado nos<br />
últimos anos, o setor agora luta<br />
por uma legislação adequada<br />
Dois em cada três brasileiros têm o hábito de<br />
ir ao shopping pelo menos uma vez por semana.<br />
Em média, estes centros de compras recebem onze<br />
milhões de consumidores por dia e cada visita tem<br />
duração em torno de 1 hora e 25 minutos, segundo<br />
estudo divulgado pelo Ibope Inteligência em junho<br />
de 2012. Para mais da metade da população, 65%, a<br />
ida ao shopping se tornou um hábito, mas se engana<br />
quem acredita que a maioria vai para comprar. Entre<br />
os motivos que levam os brasileiros ao shopping estão<br />
passeio, serviços diversos, pagamento de contas,<br />
alimentação, caixa eletrônico e cinema. Apenas 40%<br />
vão com a intenção de fazer compras.<br />
Em todo o País há quase 500 shoppings, que<br />
representam 3% do Produto Interno Bruto (PIB). Em<br />
2011, o setor chegou a 775 mil postos de trabalho e
Divulgação<br />
o Que motiva a ida do brasileiro aos shoppinGs<br />
Divulgação<br />
Compras<br />
40<br />
Passeio<br />
faturamento superior a R$ 100 bilhões, 18% a mais<br />
em relação ao ano anterior, segundo a associação do<br />
setor. Conforto, segurança e conveniência certamente<br />
são fatores que contribuem para a preferência dos<br />
brasileiros pelo shopping center. Afinal, com a<br />
correria do cotidiano, qualquer economia de tempo<br />
com translado se torna significante. Ao caminhar pelos<br />
corredores dos shoppings, poucos, no entanto, se dão<br />
conta da estrutura necessária para que este simples<br />
passeio seja possível.<br />
Desde a entrada até a entrega do tíquete de<br />
estacionamento na saída, o consumidor tem contato<br />
direto ou indireto com diversos profissionais e<br />
Serviços Especializados contratados por meio da Terceirização:<br />
operadores de estacionamento, recepci onistas,<br />
equipes de limpeza, monitoramento, se gurança<br />
física e patrimonial, manutenção de elevadores<br />
e equipamentos como ar condicionado e escadas<br />
rolantes, ascensoristas, paisagistas e serviços de apoio<br />
ao consumidor como cinema, tarefas administrativas<br />
e Trabalho Temporário no atendimento em lojas,<br />
restaurantes e pontos de entretenimento.<br />
Os Serviços Especializados estão em todo lugar,<br />
não apenas nos shoppings. Basta que se observe, por<br />
exemplo, como estão organizadas as indústrias, suas<br />
áreas de suprimentos, desenvolvimento e inovação,<br />
16 15<br />
Alimentação<br />
Serviços<br />
10<br />
Pagamento de Conta<br />
5 5 4<br />
Banco ou<br />
Caixa Eletrônico<br />
Cinema<br />
Fonte: IBoPE Inteligência<br />
tecnologia, manutenção, segurança, manufatura,<br />
estoque, logística e comercialização. O mesmo<br />
ocorre nos supermercados, condomínios comerciais<br />
ou residenciais, lojas de departamentos, escolas,<br />
hospitais, hotéis, parques de diversões, portos,<br />
aeroportos, rodoviárias, concessionárias de serviços<br />
públicos, entre outros.<br />
Muitos serviços e produtos dos quais a sociedade<br />
usufrui não seriam possíveis, pelo menos não da forma<br />
//A Terceirização veio para<br />
fi car. oferece importantes<br />
contribuições para a redução<br />
de custos e a racionalização<br />
da produção. Em países desenvolvidos,<br />
é uma atividade<br />
largamente praticada, mas aqui é difi cultada e<br />
combatida. Corremos o risco de perder competitividade,<br />
com prejuízos para a geração de<br />
postos de trabalho e crescimento do Brasil //<br />
almir pazzianotto, advogado trabalhista, ex-ministro do<br />
trabalho e do tribunal superior do trabalho (tst)<br />
PRESSTEM<br />
11
PRESSTEM<br />
12<br />
CAPA<br />
//o Trabalho Temporário<br />
já adquiriu sua fatia dentro<br />
do mundo corporativo,<br />
desempenhando funções<br />
como forma efi caz de gerar<br />
resultados num espaço de<br />
tempo determinado. A modernização da lei<br />
é um aspecto que precisa ser revisto com<br />
urgência //<br />
leyla nascimento, presidente nacional da associação<br />
brasileira de recursos humanos (abrh)<br />
//A falta de uma<br />
regulamentação adequada<br />
dá margem a diferentes<br />
interpretações. É preciso<br />
estratégia para terceirizar de<br />
forma séria e responsável.<br />
Empresas precisam de segurança jurídica<br />
para gerar empregos de qualidade e reduzir a<br />
informalidade. Travar a Terceirização signifi ca<br />
reduzir empresas e reprimir a economia //<br />
magnus ribas apostólico, superintendente de relações do<br />
trabalho da Federação brasileira de bancos (Febraban)<br />
//Há pouco mais de vinte<br />
anos, não havia sequer representação<br />
sindical para o setor<br />
de serviços. Hoje, a atividade<br />
é considerada o futuro das<br />
relações de trabalho e está<br />
inserida em quase todos os setores<br />
da economia//<br />
drausio rangel, advogado especialista<br />
em direito Coletivo e sindical<br />
trabalho deCente:<br />
remuneraÇÃo das<br />
mais elevadas<br />
setor mÉdia salarial<br />
Serviços a empresas r$ 1.802<br />
Indústria da transformação r$ 1.648<br />
Construção civil r$ 1.488<br />
Comércio r$ 1.157<br />
Fonte: Ipema<br />
como são hoje, sem o suporte das empresas de Serviços<br />
Especializados. “A grande vantagem da Terceirização é<br />
a qualificação oferecida pelos profissionais e garantida<br />
pela prestadora contratada. Eles sabem como agir em<br />
cada departamento, conferem qualidade ao trabalho<br />
e ainda contribuem para a redução dos custos da<br />
contratante”, afirma Domenico Elias Guerriero, que<br />
gerenciou shoppings como Eldorado, Grand Plaza e<br />
Shopping ABC, todos em São Paulo.<br />
NEGAR A EVoLUÇÃo É<br />
RETRoCEDER<br />
Contra os fatos, alguns setores organizados ainda<br />
disseminam a ideia de que os Serviços Especializados<br />
ameaçam os direitos dos trabalhadores, pois dão<br />
margem à precarização da mão de obra. Para Vander<br />
Morales, presidente do Sindeprestem, tal pensamento<br />
nega a evolução das relações de trabalho e todas<br />
as transformações pelas quais a sociedade vem<br />
passando: “Quem é contra desconhece que a atual<br />
dinâmica da economia veio, sobretudo, para abrir<br />
frentes de negócios e de trabalho formal”. Para ele,<br />
a Terceirização e o Trabalho Temporário devem ser<br />
entendidos como ganho de eficiência nessa nova<br />
cadeia produtiva e como oportunidade de trabalho<br />
decente, com qualificação e remuneração justas.<br />
O fato é que não há retorno possível na marcha da<br />
História. Há muito tempo as empresas se organizam<br />
de maneira que seus sistemas produtivos funcionem<br />
em forma de rede de colaboradores, parceiros que<br />
estabelecem relações contratuais para o fornecimento
de produtos e serviços. A Terceirização permite<br />
que organizações em diferentes cidades, nações e<br />
continentes estejam conectadas em tempo real por<br />
meio de modernas tecnologias de informação e de<br />
comunicação. Assim, novas oportunidades de negócios<br />
surgem, dando origem a pequenas e médias empresas<br />
e/ou fusões, sempre culminando para a promoção do<br />
emprego formal.<br />
Para desmascarar esses equívocos e demonstrar a<br />
realidade do setor, o Sindeprestem, em parceria com a<br />
<strong>Asserttem</strong>, produziu o livro “Fatos & Versões – o que a<br />
sociedade brasileira precisa saber sobre a Terceirização<br />
e o Trabalho Temporário no Brasil”. Distribuído<br />
massivamente, o livro destaca os aspectos positivos<br />
do segmento, comumente ignorados por aqueles que<br />
insistem em negar a contribuição da Prestação de<br />
Serviços para o aumento da empregabilidade formal<br />
no País.<br />
mAPA DoS SERVIÇoS<br />
ESPECIALIZADoS<br />
Potencializar a produtividade sempre foi determinante<br />
ao progresso e ao desenvolvimento econômico<br />
desde a Revolução Industrial. Conforme a atividade<br />
produtiva foi se aperfeiçoando pelo compartilhamento<br />
de tarefas, houve ganho de competitividade, queda<br />
nos preços finais dos produtos e serviços, expansão do<br />
consumo, do emprego e da renda.<br />
A especialização dos Serviços conferiu celeridade<br />
às decisões, racionalidade no uso dos insumos,<br />
capacidade de responder rapidamente às mudanças<br />
atividades da<br />
espeCializaÇÃo de<br />
serviÇos representadas<br />
pelo sindeprestem e<br />
pela asserttem<br />
bombeiro Profi ssional habilitado a dar primeiros<br />
Civil<br />
socorros e primeiras medidas de<br />
combate a fogo e evacuação dos locais<br />
Controle Recepção, portaria, orientação de<br />
de aCesso estacionamento e atendimento<br />
estaGiÁrio Setor administrativo<br />
leitura e Leitura e entrega de contas de<br />
entreGa água, luz, gás, boletos bancários e<br />
de doCumentos documentos diversos<br />
loGÍstiCa movimentação de produtos e<br />
materiais, empacotamento e<br />
embalagem industrial<br />
reCursos Recrutamento e seleção,<br />
humanos processamento da folha de<br />
pagamentos, treinamento<br />
serviÇos manutenção, serviços gerais e<br />
auXiliares administrativos, operação de<br />
elevadores, mão de obra em telefonia<br />
e construção civil<br />
promoÇÃo e Atuação em supermercados,<br />
merChandisinG hipermercados e outros pontos<br />
de venda<br />
serviÇos a Processamento e movimentação de<br />
banCos<br />
documentos, atividades de apoio<br />
e suporte, atendimento e logística<br />
administrativa<br />
trabalhador Atuação no comércio e na indústria em<br />
temporÁrio períodos de aumento na demanda<br />
//o Brasil já passou da hora<br />
de viabilizar uma legislação<br />
moderna sobre as empresas<br />
de serviço. A Terceirização<br />
deve fazer parte do projeto de<br />
desenvolvimento econômico,<br />
político e social em nosso País. //<br />
Cândido vaccarezza, deputado federal (pt-sp)<br />
Fonte: Ipema<br />
PRESSTEM<br />
13
PRESSTEM<br />
14<br />
CAPA<br />
de mercado e de competir mediante o acirramento<br />
da concorrência. Na moderna economia, é possível<br />
encontrá-la: na indústria extrativa, de transformação<br />
e de distribuição de eletricidade, gás e água; na<br />
construção; no comércio; nos serviços prestados às<br />
empresas; atividades imobiliárias e de intermediação<br />
financeira; educação; saúde; transporte; limpeza<br />
urbana; serviços sociais; administração pública; defesa<br />
e seguridade social.<br />
De acordo com os dados do Ministério do Trabalho<br />
e Emprego, o número de trabalhadores com registro<br />
em carteira no Brasil em março deste ano chegou a<br />
46 milhões, dos quais mais de 10% eram empregados<br />
de prestadoras de serviços a outras empresas, ou seja,<br />
terceirizados e trabalhadores temporários. A média<br />
salarial do setor em fevereiro de 2012 atingiu R$ 1.802,<br />
superior à média geral da remuneração do trabalhador<br />
brasileiro no mesmo período, que foi de R$ 1.700.<br />
A 6ª Pesquisa Setorial realizada recentemente<br />
pelo Sindeprestem em conjunto com a <strong>Asserttem</strong> para<br />
mapear os segmentos de Terceirização e de Trabalho<br />
Temporário revela que há no Brasil mais de 35 mil<br />
empresas desta natureza. De acordo com o estudo,<br />
entre 2011 e 2012 houve aumento na remuneração<br />
média dos trabalhadores e no índice de contratação<br />
de jovens em situação de primeiro emprego e também<br />
de idosos.<br />
No escopo de atividades desenvolvidas por em-<br />
//A parcela de trabalhadores<br />
terceirizados na indústria só<br />
não é maior porque a falta de<br />
regulamentação leva à insegurança<br />
jurídica, o que gera<br />
efeitos como a redução da<br />
competitividade das empresas e inibição<br />
da oferta de empregos//<br />
emerson Casali, gerente executivo da Confederação nacional<br />
da indústria (Cni)<br />
FunÇÃo soCial do trabalho temporÁrio<br />
Garante o retorno ao mercado formal do trabalho<br />
Em média 30% de efetivação da mão de obra<br />
temporária<br />
oportunidade de primeiro emprego ao jovem sem<br />
experiência<br />
Possibilidade de complementação de renda para<br />
aposentados, estudantes e donas de casa<br />
Fonte: <strong>Asserttem</strong>/Sindeprestem<br />
presas representadas pelo Sindeprestem e pela<br />
<strong>Asserttem</strong>, nos últimos doze meses, o Brasil registrou o<br />
emprego formal de 810 mil trabalhadores temporários<br />
e mais 1,5 milhão de terceirizados, totalizando 2,3<br />
milhões de empregos com carteira assinada no período.<br />
O principal motivo que leva à contratação desses<br />
serviços reside na necessidade que empresas da<br />
indústria, comércio ou de serviços têm em selar<br />
parcerias com prestadores que contratem, treinem,<br />
qualifiquem e supervisionem trabalhadores para a<br />
execução de tarefas específicas, em um determinado<br />
ponto de sua cadeia produtiva, seja em períodos<br />
específicos ou de forma permanente.<br />
AUSÊNCIA DE LEGISLAÇÃo<br />
ADEQUADA SÓ PREJUDICA<br />
O Brasil é uma das nações que mais desenvolveu o<br />
setor de prestação de Serviços no mundo. É o terceiro<br />
País que mais emprega trabalhadores temporários<br />
e o quarto no ranking de mão de obra vinculada aos<br />
Serviços Especializados, de acordo com a CIETT,<br />
entidade que representa o setor internacionalmente.<br />
O Trabalho Temporário é reconhecido no Brasil<br />
principalmente pelos picos de contratações que promove<br />
em períodos com acréscimo de demanda no<br />
comércio ou na indústria, como Natal, Páscoa e Dia das<br />
Mães. Regida pela Lei 6.019/74, a atividade pressupõe<br />
a contratação por meio de uma empresa prestadora de<br />
serviços temporários para substituição de funcionários<br />
permanentes da tomadora ou para atender ao aumento<br />
extraordinário de serviços. Permanecem as regras de
carga horária, repouso semanal remunerado e salário<br />
que atenda, no mínimo, ao piso da função exercida.<br />
Segundo Vander Morales, presidente do Sindeprestem,<br />
a lei que regulamenta o Trabalho Temporário<br />
é antiga e precisa ser atualizada: “Nos últimos anos<br />
o Sindicato promoveu uma série de encontros com<br />
empresários e autoridades governamentais para<br />
de bater e apresentar propostas com o intuito de<br />
atualizar a lei para que esteja em acordo com as reais<br />
necessidades das empresas e dos trabalhadores, hoje<br />
diferentes das que existiam na década de 70, quando<br />
a lei foi criada”.<br />
Dois projetos foram apresentados à Câmara dos<br />
Deputados este ano. Um deles, o PL 3.413/2012, do<br />
deputado federal Cândido Vaccarezza (PT-SP), amplia<br />
os motivos justificadores da utilização do Trabalho<br />
Temporário, autorizando a contratação de jovens<br />
entre 18 e 25 anos para ocupar até 25% do quadro<br />
de funcionários permanentes da empresa tomadora<br />
de Serviços. Já o Projeto de Lei 3.436/2012, proposto<br />
pelo deputado federal Laércio de Oliveira (PR-SE),<br />
estende a aplicação da Lei 6.019/74 aos trabalhadores<br />
rurais, com o intuito de eliminar problemas como<br />
escravidão, informalidade e precarização, incluindoos<br />
no mercado de trabalho formal.<br />
No caso da Terceirização, a situação é mais<br />
complexa. A atividade ainda não possui uma lei<br />
específica, sendo a Súmula 331, editada pelo Tribunal<br />
Superior do Trabalho em 1994, o único dispositivo<br />
que regula as contratações. Este é um dos entraves que<br />
impedem o crescimento do setor, ao lado da alta carga<br />
tributária e da concorrência desleal. “A insegurança<br />
jurídica pela ausência de uma legislação adequada,<br />
unificada e coerente dificulta os negócios e afasta<br />
investimentos”, lamenta Vander Morales.<br />
O Congresso Nacional e o Governo Federal se<br />
debruçam há anos sobre algumas iniciativas para<br />
regulamentar a atividade. Para o presidente do<br />
Sindeprestem, a súmula do TST mais confunde que<br />
esclarece. “Como inexiste um parâmetro legal para<br />
definir atividade-meio e atividade-fim, depende da<br />
interpretação do juiz para imputar a legalidade ou não<br />
a esses contratos”.<br />
//A ausência de legislação<br />
adequada para a Terceirização<br />
constitui sério entrave para<br />
uma arrancada mais veloz<br />
da economia brasileira e<br />
prejuízo considerável para<br />
os trabalhadores. Sem regulamentação,<br />
abre-se espaço para a informalidade e para<br />
a precarização do emprego. Além disso,<br />
pela falta de fi scalização, o recolhimento de<br />
impostos em alguns casos passa a inexistir//<br />
José pastore, sociólogo, especialista<br />
em relações do trabalho<br />
//A ausência de uma lei<br />
para a Terceirização é<br />
inaceitável, assim como a<br />
não modernização da lei do<br />
Trabalho Temporário. A união<br />
dos empresários em busca<br />
da regulamentação de uma das atividades que<br />
mais empregam mão de obra formal no País é<br />
fundamental//<br />
laércio oliveira, deputado federal (pr-se)<br />
//Apesar de muito praticada<br />
no Brasil, a Terceirização<br />
ainda é pouco compreendida,<br />
daí a importância de um<br />
amplo debate que torne<br />
evidente as mudanças<br />
necessárias. Esta atividade é uma necessidade<br />
em muitos negócios. É importante reconhecêla<br />
e legalizá-la //<br />
hélio zylberstajn, presidente do instituto<br />
brasileiro de relações de emprego e trabalho<br />
(ibret) e professor da Fea-usp<br />
PRESSTEM<br />
15
PRESSTEM<br />
16<br />
CAPA<br />
//A Terceirização é uma<br />
realidade no mundo<br />
da produção e sua<br />
regulamentação, com um<br />
correto embasamento<br />
jurídico, ajudaria para que a<br />
insegurança existente tanto em empregados<br />
como em empregadores diminuísse e<br />
houvesse um real investimento na área //<br />
marcio pochmann, economista<br />
//A Terceirização faz parte de<br />
uma tendência mundial das<br />
empresas modernas. Representa<br />
verdadeira junção do<br />
aumento da produtividade, da<br />
competitividade, da efi ciência<br />
dos serviços prestados, ampliando a redução<br />
de custos//<br />
sandro mabel, deputado federal (pr-Go)<br />
Grande parte<br />
das indÚstrias<br />
Faz parCerias<br />
Com empresas de<br />
terCeirizaÇÃo e/ou de<br />
trabalho temporÁrio<br />
Grande porte 74%<br />
médio porte 63%<br />
Fonte: Confederação Nacional da Indústria (CNI)<br />
pequeno porte 42%<br />
Estudiosos do segmento têm observado que as<br />
relações contratuais entre as empresas são hoje tão<br />
complexas que não haveria, em verdade, como uma<br />
única legislação abarcar todas as proteções para<br />
situações tão diversas. Defendem, de outro modo,<br />
que ela venha como um escopo de proteção básica,<br />
deixando que os atores do processo realizem os<br />
ajustes necessários, conforme seus diferentes tipos de<br />
contrato e ramos de atividade. Mas há dois pontos que<br />
precisam ser regulamentados com urgência: a exclusão<br />
da diferenciação entre atividade-meio e atividade-fim;<br />
e a definição de responsabilidade subsidiária e/ou<br />
solidária das contratantes.<br />
De acordo com um estudo do Sindeprestem e<br />
da <strong>Asserttem</strong>, a modernização da lei de Trabalho<br />
Temporário e a regulamentação da Terceirização<br />
representariam aproximadamente 3,5 milhões de<br />
empregos com carteira assinada a mais no Brasil no<br />
prazo de três anos. Além de 450 mil novos postos<br />
temporários, propiciando a inclusão no mercado<br />
formal de 580 mil jovens em situação de primeiro<br />
emprego e o retorno de 480 mil trabalhadores da<br />
terceira idade.<br />
A possibilidade de contar com uma empresa parceira<br />
que assuma e se responsabilize por determinadas<br />
ati vidades confere agilidade aos contratantes, estabilidade<br />
em seus custos e flexibilidade para readequar<br />
procedimentos, o que reflete diretamente na produtividade<br />
e condições de competitividade. Muitas dessas<br />
empresas jamais projetariam novos investimentos ou se<br />
lançariam às inovações em seus produtos e mercados<br />
caso não pudessem contar com o suporte do Trabalho<br />
Temporário e da Terceirização.
ABRH-SP ACREDITA<br />
NO SEU POTENCIAL. TANTO<br />
QUE OFERECE FILIAÇÃO<br />
GRÁTIS POR 1 ANO!<br />
Estudantes de Graduação até 25 anos, essa é a sua chance<br />
de adquirir conhecimentos do mundo corporativo.<br />
A comunidade exclusiva da ABRH-SP<br />
na Internet. Acesse e faça parte.<br />
ESTUDANTE, VOCÊ TEM INÚMERAS<br />
VANTAGENS FILIANDO-SE À ABRH-SP.<br />
ENTRE ELAS, DESTACAMOS:<br />
■ 40% de desconto no CONARH;<br />
■ até 20% de desconto em Cursos/Seminários/<br />
Workshops realizados por parceiros promovidos/<br />
apoiados pela ABRH-SP;<br />
■ 15% de desconto nos cursos de RH realizados<br />
pela Integração Consultoria e Treinamento;<br />
■ 30% de desconto na compra de livros<br />
da Editora Qualitymark;<br />
■ 25% de desconto na compra de livros<br />
da Editora Gente;<br />
■ 25% de desconto na compra de livros<br />
da Editora Central de Negócios.<br />
ACESSE O SITE:<br />
www.abrhsp.org.br<br />
PRESSTEM<br />
17
PRESSTEM<br />
18<br />
CAPA<br />
presente de papai noel<br />
Por Giovanna Zanaroli<br />
Nenhuma outra data comemorativa é tão<br />
importante para o Trabalho Temporário quanto o<br />
Natal. Indústria e comércio funcionam a todo vapor<br />
no período que antecede o 25 de dezembro para<br />
atender a todos os consumidores que, incentivados<br />
pelo pagamento do 13º salário, vão aos shoppings,<br />
supermercados e demais centros de compras em<br />
busca de presentes, alimentos para a ceia de Natal,<br />
eletrodomésticos e eletroeletrônicos.<br />
Para quem está em busca do primeiro emprego, de<br />
uma recolocação profissional ou renda extra, é a época<br />
ideal. Em 2012, segundo pesquisa encomendada pela<br />
<strong>Asserttem</strong> e pelo Sindeprestem, a expectativa é de 155<br />
mil trabalhadores temporários sejam contratados para<br />
atuar em diferentes funções na indústria e no comércio<br />
de todo o País.<br />
Mariana Teixeira de Oliveira, de 17 anos, trabalha<br />
pela segunda vez como temporária, desta vez em uma<br />
rede de lojas de cosméticos. Desempregada há cinco<br />
meses, a jovem viu no final do ano a chance para<br />
voltar ao mercado: “Sempre há muitas vagas nesta<br />
época do ano. O bom salário oferecido foi um atrativo,<br />
mas a outra vantagem é aprender bastante e acumular<br />
experiências no meu currículo”.<br />
Boa parte dos candidatos a temporários já concorre<br />
a uma das vagas pensando na efetivação. Só neste<br />
ano a expectativa é de que 23 mil pessoas tenham<br />
seus contratos transformados em emprego efetivo.
ContrataÇÃo de<br />
temporÁrios no<br />
Final do ano<br />
natal<br />
2009 2010 2011 2012<br />
125.000 140.000 1<strong>47</strong>.000 155.000<br />
(previsão)<br />
Fonte: <strong>Asserttem</strong>/Sindeprestem<br />
É a esperança de Vanessa Santos Silva, de 27 anos,<br />
temporária em uma loja de brinquedos neste ano:<br />
“Estava desempregada e agora, que consegui ser<br />
contratada, espero ser efetivada. Sei que para isso<br />
acontecer vai depender do meu esforço e do meu<br />
empenho”.<br />
Ana Cristina Alves Silva, 28 anos, hoje é funcionária<br />
efetiva de uma fábrica de enfeites de Natal. O emprego<br />
é fruto de uma experiência como temporária em 2009<br />
e outra em 2011. Depois de ter atuado como auxiliar<br />
de produção, Ana Cristina foi contratada pela empresa<br />
no início deste ano: “O Trabalho Temporário foi uma<br />
experiência muito boa para mim, pois eu não tinha<br />
conhecimento em produção e aprendi. É uma alegria<br />
enorme participar um pouquinho do Natal das pessoas.<br />
Antes eu só vía a decoração nos shoppings, agora eu<br />
ajudo na fabricação.”<br />
Para a presidente da <strong>Asserttem</strong>, Jismália de<br />
Oliveira Alves, o contrato temporário tem um papel<br />
social muito importante: “É por meio deste tipo de<br />
contratação que as pessoas incrementam a renda para<br />
quitar dívidas e ainda têm a possibilidade de conseguir<br />
um novo emprego, com todos os direitos trabalhistas<br />
garantidos por lei”.<br />
O trabalhador temporário tem direito ao 13º<br />
salário e férias proporcionais ao período trabalhado,<br />
hora extra, FGTS, INSS e salário compatível ao piso<br />
da categoria na qual está inserida a função que irá<br />
desempenhar. “Qualquer contrato que fuja a essas<br />
especificações é informal, pois não obedece ao que<br />
está previsto na Lei 6.019/74, que rege o Trabalho<br />
Temporário”, orienta Jismália Alves.<br />
mariana teixeira:<br />
//o bom salário foi um atrativo, mas a<br />
outra vantagem é aprender bastante e<br />
acumular experiências //<br />
vanessa silva:<br />
//Ser efetivada vai depender<br />
do meu esforço //<br />
ana Cristina alves:<br />
//É uma alegria enorme participar<br />
um pouquinho do Natal das pessoas //<br />
Giovanna Zanaroli<br />
Marketing Cipolatti Giovanna Zanaroli<br />
PRESSTEM<br />
19
PRESSTEM<br />
20<br />
Divulgação<br />
UNIVERSo FEmININo<br />
nos cenários<br />
da Cipolatti,<br />
todas as<br />
emoções<br />
do Natal<br />
Apaixonada pelas artes desde a<br />
infância, a empresária Conceição<br />
Cipolatti comanda a maior empresa<br />
de decoração natalina na América<br />
Latina e encanta adultos e crianças<br />
ao transformar ideias em cenários<br />
de luzes e cores<br />
Por Camila Vasconcellos<br />
Fim de ano é sempre assim: ruas ganham<br />
iluminação especial, residências e comércio se enfeitam<br />
e os corredores de shoppings parecem ganhar vida com<br />
as decorações de Natal. Como num passe de mágica,<br />
as cidades se transformam em um espetáculo para os<br />
olhos e para o coração e, para muitos, o sentimento de<br />
renovação também vem acompanhado do otimismo nas<br />
vendas e da esperança de conseguir um emprego.<br />
É o que ocorre na empresa de Conceição Cipolatti,<br />
que há 31 anos cria e monta as mais lindas decorações<br />
natalinas de shoppings centers – com certeza você já se<br />
maravilhou com alguma delas. Com um quadro fixo de<br />
300 funcionários, a companhia chega a contratar mais<br />
650 trabalhadores temporários, que ficam de junho a<br />
dezembro na produção dos enfeites, e outros 1400, entre<br />
trabalhadores e empresas terceirizadas, para a montagem<br />
das decorações.
Divulgação<br />
Divulgação<br />
Mineira de Santa Bárbara, município a 100 km a leste<br />
de Belo Horizonte, Conceição nasceu em uma família<br />
que valorizava o Natal: “Todos os anos, montávamos<br />
um lindo presépio, sempre com as mesmas peças, numa<br />
espécie de ritual”. Desde pequena demonstrava dotes<br />
artísticos. Certa vez, modelou pequenas flores com miolo<br />
de pão e, incentivada pela mãe, dona Maria, coloriu a<br />
peça. A brincadeira virou produção de colares e brincos,<br />
que faziam sucesso na escola e eram vendidos para<br />
colegas e professoras.<br />
No entanto, a veia musical falou mais alto e o<br />
artesanato foi deixado de lado por um tempo. Aos sete<br />
anos, Conceição começou a estudar piano com sua tia<br />
Abigail e também entrou para o conservatório. Viajou<br />
por diversas cidades, em recitais e apresentações com<br />
orquestras, até se formar e se tornar a melhor pianista da<br />
capital mineira.<br />
Anos mais tarde, quando já morava em São Paulo,<br />
conheceu o arquiteto Paulo Cipolatti, com quem tem quatro<br />
filhos, e se comprometeu com as funções de dona de casa<br />
e mãe até que o marido passou por uma crise no emprego.<br />
Empenhada em ajudar, Conceição, que já dava aulas de<br />
piano e vendia roupas, percebeu que podia ir além.<br />
Foi após o pedido de um amigo, que encomendou<br />
carruagens com flores para a decoração de fim de ano<br />
do Morumbi Shopping, que ela descobriu uma nova<br />
Divulgação<br />
Divulgação<br />
possibilidade de negócio e montou um quiosque para<br />
venda de arranjos florais:<br />
– A venda de flores prosperou tanto que, todos os<br />
dias, precisávamos preparar centenas de novos arranjos.<br />
O quiosque acabou virando outra empresa e, com a<br />
participação dos filhos, já grandes, a Conceição Flores<br />
não só vendia arranjos como também fazia decorações<br />
para festas, eventos, igrejas e salões.<br />
Nessa época, os pedidos para decorações natalinas<br />
em shoppings foram crescendo. Foi quando a empresa<br />
passou a se chamar Cipolatti e a se concentrar no<br />
segmento; passou então a decorar centros comerciais,<br />
corporações, bancos, redes de varejo, condomínios,<br />
supermercados, aeroportos e outras tantas empresas<br />
no Brasil, Argentina, Uruguai, Chile e México.<br />
Hoje, a empresa está mais experiente e moderna,<br />
com ideias inovadoras e tecnologia de ponta – tudo<br />
isso sem esquecer o passado, sua origem, princípios e<br />
tradições, e sem deixar de olhar para o futuro, onde a<br />
sustentabilidade e as premissas de reduzir, reutilizar,<br />
reciclar e repensar são preocupações constantes.<br />
Com um gosto apurado para a arte, Conceição se<br />
divide entre sua sólida empresa, suas coleções de Bach,<br />
Mozart, Beethoven e Chopin, o amor pelos quatro netos<br />
e a paixão pelo dia 25 de dezembro, uma data que<br />
marcou sua vida desde a infância.<br />
PRESSTEM<br />
21
PRESSTEM<br />
22<br />
Deputado Paulo Teixeira compromete-se com o setor<br />
No encontro do deputado federal<br />
Paulo Teixeira (PT/SP) com<br />
diretores da Central Brasileira<br />
do Setor de Serviços – Cebrasse,<br />
na sede da entidade , três temas<br />
centrais estiveram à mesa:<br />
Peso da folha de pagamento – O visitante<br />
citou medidas de desoneração promovidas<br />
pelo governo Dilma para alguns<br />
segmentos econômicos. Para ele, “os serviços<br />
são setor intensivo de contratação de<br />
mão de obra, sendo fundamental que o governo<br />
analise a possibilidade de lhes estender<br />
esse benefício.”<br />
Regulamentação da Terceirização – “Se<br />
há dissenso, temos que construir um consenso<br />
para esse debate na Câmara Federal”,<br />
afirmou Teixeira, para quem o equilíbrio<br />
entre o que desejam governo, trabalhadores<br />
e classe empresarial é imprescindível<br />
para o bom andamento da questão.<br />
Registo Sindical da Cebrasse – Ao saber<br />
que há três anos a entidade solicitou seu<br />
reconhecimento pelo Ministério do Trabalho,<br />
que negou o pedido sob a alegação de<br />
que a lei não contempla esse nível de or-<br />
À mesa com Paulo Teixeira, Paulo Lofreta, Percival Maricato, Nabil Bonduk.<br />
Atrás deles, Antonio França, Fernando Calvet, Sérgio Bocalini, Autair Iuga, Amábile<br />
Pacios, Ariovaldo Caodaglio, Lívio Giosa, Virgílio Carvalho e Franklin Kuperman<br />
ganização empresarial, o parlamentar lembrou<br />
que na década de 1980 as centrais laborais<br />
também não eram previstas em lei.<br />
Para ele, “vale o mesmo para a área empresarial,<br />
e a reivindicação pode ser repensada<br />
pelo governo federal.”<br />
Resultados da visita – Dias após o encon-<br />
tro, o presidente da Cebrasse Paulo Lofreta<br />
comunicou aos diretores que o deputado<br />
havia agendado para 29 de outubro a audiência<br />
da entidade com o ministro Guido<br />
Mantega, da Fazenda. Com o ministro Brizola<br />
Neto, do Trabalho, o encontro deve<br />
ocorrer no início de novembro.<br />
Inovar o trabalho temporário, mercado que mais emprega jovens estreantes<br />
por meio de empregos tem-<br />
É porários durante calendários<br />
especiais do varejo e em<br />
períodos de férias que muitos jovens<br />
fazem sua estreia no mercado<br />
de trabalho, inclusive rapazes<br />
e moças ente entre 18 e 20<br />
anos, cujos perfis se encaixam<br />
no conceito da geração nemnem<br />
(expressão do Espanhol nini,<br />
‘ni estudian ni trabajan’).<br />
Foi essa a primeira característica<br />
dessa modalidade formal de<br />
emprego citada com bom humor<br />
por Vander Morales, presidente<br />
do Sindicato das Empresas de Serviços<br />
Terceirizáveis e Trabalho<br />
Temporário – Sindeprestem e da<br />
federação do setor (Fenaserhtt),<br />
na abertura do 1º. Congresso de<br />
Serviços Especializados e Trabalho<br />
Temporário – iniciativa de entidade,<br />
em 28 de setembro.<br />
James Gribben da CIETT, Paulo Lofreta da Cebrasse, Jismália Alves<br />
da <strong>Asserttem</strong> e Vander Morales do Sindeprestem, ao lado de Marcelo<br />
Aguiar - Secretário Executivo do Ministério do Trabalho e Emprego<br />
Forma de combate à precarização<br />
do trabalho, a atividade<br />
temporária é regulamentada<br />
pela lei 6.019/74, que precisa ser<br />
modernizada “porque seu conteúdo<br />
inibe o crescimento desse<br />
mercado”. Por isso, informou<br />
Morales, o Sindeprestem e a Fenaserhtt<br />
propuseram algumas<br />
medidas ao Executivo federal.<br />
Entre elas, a inclusão de pessoas<br />
nas faixas etárias entre 16 a 24<br />
anos e acima de 40 anos nessa<br />
forma de contratação; prazo de<br />
10 dias para empresas do segmento<br />
quitarem verbas rescisórias<br />
de contratos temporários, e<br />
ainda a exclusão de contratos da<br />
modalidade da base de cálculo<br />
de cotas de contratação de pessoas<br />
portadoras de deficiência.<br />
O secretário-executivo do Mi-<br />
nistério do Trabalho e Emprego<br />
Marcelo Aguiar falou da possibilidade<br />
de breve aprovação da<br />
atualização da lei reivindicada<br />
pelos empresários. O assunto<br />
está em análise por técnicos do<br />
M.T.E que apresentam sugestões<br />
à proposta original, para se<br />
chegar à solução que satisfaça<br />
as partes envolvidas.<br />
Para Jismália Alves, presidente<br />
da associação das empresas do<br />
setor (<strong>Asserttem</strong>), com a grande<br />
responsabilidade de representar<br />
a empregabilidade, o evento certamente<br />
daria informações de alta<br />
qualidade para os empresários.<br />
O trabalho da Cebrasse e seus<br />
associados em esforços associativistas<br />
para a melhor organização<br />
do setor foi destacado por<br />
Paulo Lofreta, presidente da entidade<br />
nacional.<br />
CENTRAL BRASILEIRA DO SETOR DE SERVIÇOS – CEBRASSE — Av. Paulista, 726 - 7ºAndar Cj. 710<br />
Bela vista — São Paulo - SP — CEP 01310-100 — Tel.: (11) 3251-0669 / Fax: (11) 3253-1864 — www.cebrasse.org.br
Divulgação<br />
Nessa interminável revolução tecnológica<br />
que transformou as relações pelo mundo, as pessoas<br />
passaram a ter mais contato com amigos e parentes<br />
distantes, retomaram amizades de infância, começaram<br />
outras, encontraram o amor de suas vidas e ampliaram<br />
seus conhecimentos. Tanta exposição pública ainda<br />
provoca divergências, mas, entre os prós e contras<br />
das redes sociais, uma ferramenta muito útil surgiu<br />
no mercado de trabalho: a contratação de mão de obra<br />
através dessas plataformas on-line, que têm o objetivo<br />
de conectar pessoas e profissionais, não apenas pela<br />
amizade, mas também pela experiência profissional.<br />
Recente pesquisa da Robert Half, empresa especializada<br />
em recrutamento, mostrou que, dos doze<br />
países pesquisados, as empresas brasileiras são as<br />
que mais se utilizam de redes sociais como LinkedIn,<br />
Twitter e Facebook para contratar profissionais. Grandes<br />
indústrias e empresas de telecomunicação - como<br />
AmBev, Ernst & Young Terco, GVT, Oi e Vale - já usam<br />
as redes, que tornam mais ágil o processo de seleção e<br />
facilitam a busca de profissionais mais adequados às<br />
vagas disponibilizadas. “Neste momento de falta de<br />
mão de obra qualificada, as redes sociais se mostram<br />
um excelente caminho para encontrar o profissional<br />
apto para a vaga, já que atualmente as pessoas estão<br />
andrea hugard Caine,<br />
diretora de certifi cação<br />
profi ssional da abrhnacional<br />
TENDÊNCIAS E TECNoLoGIA<br />
Redes sociais, ferramenta de RH<br />
Empresas se utilizam cada vez mais das ferramentas<br />
de interação social para selecionar seus colaboradores<br />
Por Luciana Albernaz<br />
conectadas ao mundo virtual de alguma forma”,<br />
explica Andrea Hugard Caine, diretora de certificação<br />
profissional da ABRH-Nacional (Associação Brasileira<br />
de Recursos Humanos).<br />
Segundo Andrea, um dos caminhos mais utilizados<br />
pelas companhias é o LinkedIn – em que o<br />
candidato cadastra seu currículo e suas referências<br />
profissionais -, pois possui mecanismos que permitem<br />
ao contratante avaliar o perfil e buscar suas referências<br />
de credibilidade: “Certamente é uma ferramenta<br />
que veio ajudar as pessoas que trabalham na área de<br />
recrutamento, principalmente nas empresas de ponta”.<br />
Ela confessa, no entanto, que já utilizou ferramentas<br />
mais informais, como o Facebook, no qual as pessoas<br />
costumam colocar seu perfil: “Uma das últimas vagas<br />
que divulguei era para trabalho em uma boa empresa,<br />
mas precisava falar espanhol. Imediatamente pedi para<br />
que minha filha divulgasse isso no Facebook dela, que<br />
1º<br />
2º<br />
3º<br />
4º<br />
5º<br />
REDES SoCIAIS mAIS<br />
ACESSADAS No BRASIL<br />
6º<br />
7º<br />
8º<br />
9º<br />
10º<br />
PRESSTEM<br />
23
PRESSTEM<br />
24<br />
TENDÊNCIAS E TECNoLoGIA<br />
tem uma rede de amigos que poderiam corresponder<br />
a esta vaga”.<br />
As redes sociais se transformaram em febre no<br />
ambiente social e também corporativo. No Brasil,<br />
as dez mais acessadas são, pela ordem: Facebook;<br />
Youtube; Orkut; Twitter; LinkedIn; Flickr; Badoo;<br />
Dihitt; Ning e Foursquare.<br />
As empresas de prestação de Serviço também<br />
já foram contaminadas pelo fenômeno das redes<br />
sociais, segundo demonstra a 6ª Pesquisa Setorial<br />
do Sindeprestem (2011/2012). Dentre as empresas<br />
pesquisadas, 87,3% delas apontaram algum tipo de<br />
impacto das redes sociais, como Orkut, Facebook<br />
e Twitter, ou nos negócios ou nos processos de<br />
recrutamento de candidatos. E 29,1% das que<br />
87,3% das prestadoras de serviços<br />
tiveram impacto das redes sociais<br />
Altíssimo Impacto – 9,1%<br />
Alto Impacto – 23,6%<br />
médio Impacto – 29,1%<br />
Pouco Impacto – 25,5%<br />
Nenhum Impacto – 12,7%<br />
(Fonte – 6ª Pesquisa Setorial 2011/2012)<br />
confirmaram a tendência responderam que houve<br />
um médio impacto; 25,5% pouco impacto; 23,6% alto<br />
impacto; 12,7% nenhum impacto e 9,1% altíssimo<br />
impacto. “Isso mostra que as prestadoras de Serviço<br />
também estão preocupadas em seguir tendências,<br />
estar atualizadas com as novidades e as facilidades nos<br />
processos de recrutamento e seleção, que é o que as<br />
redes sociais proporcionam”, explica Vander Morales,<br />
presidente do Sindeprestem.<br />
SINDEPRESTEm E ASSERTTEm<br />
No FACEBooK<br />
As redes sociais mostraram-se eficientes, principalmente<br />
no ambiente coorporativo, tanto que cada<br />
vez mais empresas e associações se utilizam dessas<br />
ferramentas para se comunicar e interagir com o seu<br />
público. Dessa forma, o Sindeprestem e a <strong>Asserttem</strong><br />
não poderiam ficar de fora.<br />
Desde princípios de novembro o sindicato e a<br />
associação também estão integrados às redes sociais,<br />
colocando à disposição informações e interagindo<br />
com comunidades e pessoas envolvidas no segmento<br />
de Prestação de Serviços Terceirizáveis e de Trabalho<br />
Temporário.<br />
Os seguidores poderão acompanhar eventos, realizações,<br />
conquistas e ideias postadas e atualizadas em<br />
tempo real. Curta o Sindeprestem e a <strong>Asserttem</strong>: www.<br />
facebook.com/sindeprestemnews e www.facebook.com/<br />
asserttem
PORTAL SINDEPRESTEM<br />
www.sindeprestem.com.br<br />
O mundo do Trabalho Temporário e dos Serviços Especializados a um clique de você.<br />
Clique:<br />
www.sindeprestem.com.br e<br />
conheça uma Entidade Sindical<br />
que realmente presta serviços<br />
para milhares de empresas.<br />
As últimas notícias do setor,<br />
os eventos, cursos e atividades<br />
do Sindicato, suas publicações,<br />
FFeira<br />
do Emprego, reuniões,<br />
Banco de Emprego e infor mações<br />
jurídicas estão disponíveis<br />
e atualizadas para nossos asso<br />
ciados, empresas, tomadoras e 25<br />
público geral.<br />
Tel.: (11) 3215 - 8250<br />
www.sindeprestem.com.br<br />
PRESSTEM
PRESSTEM<br />
26<br />
RESPoNSABILIDADE SoCIAL<br />
Guru da administração privada<br />
destaca papel social das empresas<br />
Para michael Porter, sucesso financeiro e contribuição<br />
social devem estar no centro da preocupação organizacional<br />
Por Camila Vasconcellos<br />
Implantar a sustentabilidade em uma empresa<br />
é tarefa extremamente delicada e, muitas vezes, difícil.<br />
Mas, uma vez concluída essa etapa, o desafio passa<br />
a ser o de mostrar o valor da sustentabilidade para<br />
funcionários, acionistas e clientes.<br />
Para tratar do assunto, o Instituto Ethos promoveu,<br />
em novembro, um seminário em que Michael Porter,<br />
um dos mais importantes pensadores de estratégias de<br />
negócios da atualidade, apresenta o artigo Measuring<br />
Shared Value (M<strong>edição</strong> de Valor Compartilhado).<br />
No texto, ainda inédito em português, Porter explica<br />
o conceito de “valor compartilhado”, desenvolvido<br />
por ele e por Mark Kramer, também estrategista<br />
de negócios. Para eles, criar valor compartilhado é<br />
mudar o modo de competir para melhorar o planeta,<br />
introduzindo o tripé da sustentabilidade no coração<br />
do modelo capitalista.<br />
De uma maneira mais simples, o texto mostra<br />
como um negócio já estabelecido pode contribuir<br />
para melhorar a qualidade de vida das pessoas e<br />
para o progresso social, por meio da criação de<br />
valor compartilhado. Por exemplo: empresas de<br />
alimentação que estabelecem um sistema de educação<br />
nutricional para os consumidores estão criando<br />
valor compartilhado. Indústrias farmacêuticas que<br />
investem na melhoria da saúde pública em países<br />
michael porter, um dos mais importantes<br />
pensadores de estratégias de negócios<br />
Divulgação
pobres também criam valor compartilhado, assim<br />
como as indústrias de cosméticos que desenvolvem<br />
planos para beneficiar comunidades tradicionais das<br />
florestas de onde retiram as matérias-primas para<br />
seus produtos.<br />
Porter reconhece que, embora o conceito já<br />
tenha sido abraçado por diversas companhias, as<br />
ferramentas para colocá-lo em prática e medi-lo ainda<br />
estão “na infância”. Por isso, ambos os estrategistas<br />
pesquisaram, na Universidade de Harvard, práticas<br />
de m<strong>edição</strong> já adotadas por uma dúzia de empresas<br />
que perseguem o “valor compartilhado”, como<br />
Nestlé, Intel, Novo Nordisk, Coca-Cola, entre outras.<br />
Todas elas empregam quatro etapas para verificar<br />
os resultados de suas práticas em relação ao valor<br />
compartilhado: a) identificação dos objetivos sociais<br />
a atingir; b) criação do “caso”; c) monitoramento<br />
do progresso; e d) m<strong>edição</strong> de resultados do caso e<br />
vínculo com o negócio.<br />
Assim, sucesso financeiro e contribuição social<br />
podem caminhar cada vez mais emparelhados e<br />
figurar no centro das empresas, não mais às margens.<br />
o USo Do CARRo<br />
E o AR QUE SE RESPIRA<br />
No mês de outubro, a presidente Dilma Rousseff<br />
anunciou o novo regime automotivo brasileiro, que<br />
pretende estimular a produção de carros de menor<br />
consumo de combustível, menor emissão de carbono<br />
e mais tecnologia.<br />
O novo regime valerá a partir de 2013, deverá<br />
vigorar até 2017 e as montadoras que adotarem o<br />
regime e inovarem terão redução de IPI – até o fim<br />
de 2012, a medida em vigor prevê desconto neste<br />
imposto para veículos nacionais que tenham, pelo<br />
menos, 65% de conteúdo nacional.<br />
Mas, para 2013, as regras serão<br />
outras. Para ter possibilidade de<br />
redução do IPI, as montadoras<br />
terão de cumprir três das seguintes<br />
regras: investir no mínimo<br />
0,15% da receita operacional<br />
bruta em inovação em 2013<br />
(percentual que subirá para até<br />
0,5% em 2017); ter, no mínimo,<br />
0,5% da receita operacional<br />
bruta investida em engenharia<br />
(percentual que sobe para até<br />
1% em 2017); e cumprir, no País, oito de doze etapas<br />
fabris nos veículos leves, e dez de 14 para pesados em<br />
2013 (subindo, até 2017, para de dez a doze etapas<br />
entre os leves e de doze a 14 etapas entre os pesados).<br />
Segundo o governo, a meta é que os fabricantes<br />
cheguem a um consumo médio, em toda a linha, de<br />
17,26 quilômetros por litro de gasolina (atualmente, de<br />
acordo com o ministro, a média está em 14 quilômetros<br />
por litro). No caso do álcool (etanol), a meta é chegar<br />
a 2016 com um consumo de 11,96 quilômetros por<br />
litro, contra 9,7 quilômetros atualmente.<br />
PAÍS BATE RECoRDE Em<br />
RECICLAGEm DE LATINHAS<br />
O Brasil bateu o recorde de reciclagem de latas em<br />
2011: 250 mil toneladas, o que corresponde a 98,3%<br />
do total produzido no Brasil no período, de acordo<br />
com dados da Abralatas (Associação Brasileira dos<br />
Fabricantes de Latas de Alta Reciclabilidade) e a<br />
Abal (Associação Brasileira do Alumínio). O recorde<br />
anterior era de 2009, quando 98,2% das latas foram<br />
recicladas. Com isso, o Brasil continua na liderança<br />
mundial da reciclagem deste material.<br />
PRESSTEM<br />
PRESS PRESSTEM TEM<br />
27
Divulgação<br />
PRESSTEM<br />
28<br />
CoNTRADIÇÕES Do SISTEmA<br />
A disputa partidária é um dos principais responsáveis<br />
pelo desperdício do dinheiro público no Brasil. Basta<br />
mudar o dirigente para que inúmeras ações, obras e<br />
programas sejam interrompidos para atender às novas plataformas de<br />
governo que privilegiam determinadas áreas em detrimento de outras.<br />
o vício prejudica serviços essenciais à população<br />
Por Danielle Borges<br />
As sucessivas reformas promovidas pela<br />
administração pública trazem resultados variados,<br />
alguns bastante positivos. Mesmo assim a história<br />
se repete: depois das eleições, repete-se o vício da<br />
descontinuidade. Agora, por exemplo, quase todos<br />
os prefeitos eleitos no Brasil vão assumir seus<br />
mandatos com o propósito de melhorar; mas poucos<br />
deverão reconhecer a importância de uma iniciativa<br />
tomada por seu antecessor. Na prática, cada novo<br />
administrador quer e acha que precisa deixar sua<br />
Síndrome da<br />
descontinuidade<br />
na administração<br />
pública<br />
marca pessoal, inclusive como referência em suas<br />
próximas ambições políticas.<br />
Ainda que a descontinuidade seja, a princípio,<br />
indesejável, é um dos pressupostos da alternância<br />
de poder. No entanto, quando administrada indiscriminadamente,<br />
causa insatisfação e frustração na população.<br />
A cada nova gestão são interrompidas obras,<br />
projetos e programas iniciados pela administração<br />
anterior, principalmente quando há troca de partido<br />
político, seja na esfera federal, estadual ou municipal.
oBRA DE UmA DÉCADA<br />
São inúmeros os casos famosos de descontinuidade<br />
no Brasil. Alguns exemplos estão na área do transporte<br />
público, que há muito tempo muda conforme a<br />
administração. Em São Paulo, talvez o registro mais<br />
conhecido seja o Fura-Fila, projeto malsucedido<br />
proposto por Celso Pitta, durante seu mandato (1997-<br />
2000) como solução para o trânsito da cidade. Ao final<br />
da gestão, Pitta saiu de cena deixando quase 200 pilares<br />
de sustentação fincados às margens do rio Tamanduateí,<br />
ao longo da avenida do Estado.<br />
Em seguida, quando Marta Suplicy (PT) assumiu<br />
a Prefeitura, tomou para si a responsabilidade de<br />
continuar a obra. Em sua gestão, o nome Fura-Fila<br />
mudou para Paulistão e o projeto foi readequado.<br />
Depois de Marta, José Serra (PSDB) venceu a eleição,<br />
mas sua gestão durou pouco. Assumiu o vice, Gilberto<br />
Kassab, que havia sido secretário de Planejamento de<br />
Pitta. No fim de 2005, as obras foram reiniciadas para<br />
que a linha chegasse até o extremo da Zona Leste, a<br />
Cidade Tiradentes. O nome do sistema mudou para<br />
Linha Expressa Parque Dom Pedro - Cidade Tiradentes,<br />
ou simplesmente Expresso Tiradentes.<br />
Em 2007, dez anos depois de seu início, a obra foi<br />
entregue, mas não totalmente, durante a segunda gestão<br />
de Kassab, ao custo total de R$ 861 milhões, extraídos<br />
dos cofres do Município, do Estado e do Governo<br />
Federal. O sistema de transporte, no entanto, ainda não<br />
chegou ao bairro da Zona Leste que leva seu nome. E<br />
até hoje, embaixo das colunas de concreto, é possível<br />
ver todo tipo de lixo, entulho, usuários de drogas e<br />
moradores de rua.<br />
CUSTo Do ETERNo REComEÇo<br />
Historicamente, as organizações públicas no Brasil<br />
são marcadas pela descontinuidade administrativa,<br />
levando a um constante recomeço e colocando o País<br />
na contramão do mundo globalizado. É um mal que<br />
desconsidera os avanços conquistados, fazendo crescer o<br />
desperdício de dinheiro público e o peso da burocracia.<br />
Compromissos formais institucionalmente estabelecidos<br />
precisam ser renegociados a cada novo dirigente,<br />
o que torna frágeis as instituições públicas, então<br />
vulneráveis e dependentes de uma única pessoa. Além<br />
disso, alimenta um círculo vicioso, no qual são colocados<br />
em prática somente projetos de curto prazo que possam<br />
ser concluídos em um único mandato, sempre como o<br />
objetivo do retorno político.<br />
Como consequência, cidades brasileiras têm se<br />
tornado uma colcha de retalhos de boas e más ideias,<br />
implantadas e abandonadas a cada quatro ou oito<br />
anos. Os prejuízos são visíveis. É preciso mudança de<br />
cultura para aprimorar projetos iniciados, completar os<br />
inacabados e corrigir distorções, respeitando sempre a<br />
população beneficiária dessa continuidade.<br />
CÂmARA ANALISA PRoJETo<br />
A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) já aprovou<br />
o Projeto de Lei 396/07, do deputado Chico Alencar<br />
(PSOL-RJ), que define normas gerais para a transição dos<br />
governos nos três níveis da administração - Municípios,<br />
Estados e Governo Federal. De acordo com a proposta,<br />
em até três dias depois do resultado da eleição, tanto o<br />
representante eleito quanto o atual ocupante do cargo<br />
devem nomear uma equipe de transição paritária.<br />
No entanto, o relator, deputado João Paulo Cunha<br />
(PT-SP), tirou do texto as imposições feitas a Estados e<br />
Municípios. Ele as considerou inconstitucionais, por<br />
achar que ferem a autonomia dos entes federados e a<br />
separação entre os Poderes. O governo não pretende<br />
enviar uma nova proposta à Câmara. Vai tentar, por meio<br />
da sua base de apoio, mudar o relatório do deputado João<br />
Paulo Cunha com o objetivo de incluir principalmente os<br />
Municípios na regra da transição.<br />
//É comum que, quando há uma troca<br />
de partidos, muitas informações se<br />
percam nesse processo e o novo gestor<br />
que assume leva cerca de seis meses<br />
até se inteirar dos procedimentos<br />
que merecem continuidade. Com<br />
isso, perde não só o Governo<br />
Federal, com a descontinuidade de<br />
diversos programas federais que são<br />
executados por Estados stados e<br />
Municípios, unicípios, mas perde a<br />
sociedade, porque<br />
desestabiliza a prestação<br />
dos serviços públicos.//<br />
assessora da sub-chefi a<br />
de assuntos Federativos<br />
da presidência da república,<br />
paula ravanelli<br />
PRESSTEM<br />
29<br />
Divulgação
PRESSTEM<br />
30<br />
GESTÃo DE TALENToS<br />
A invasão estrangeira<br />
no “paraíso” do<br />
mercado de trabalho<br />
Com a crise na Europa e nos Estados Unidos, o Brasil tornou-se destino de<br />
trabalhadores estrangeiros. Carente de mão de obra, o País oferece bons<br />
empregos, altos salários e, claro, muita burocracia<br />
Por Giovanna Zanaroli<br />
País tropical, abençoado por Deus, bonito<br />
por natureza e aberto à mão de obra especializada que<br />
vem de fora. Em razão de uma economia próxima da<br />
estabilidade, o Brasil tornou-se um paraíso do mercado<br />
de trabalho se comparado a países europeus e também<br />
aos Estados Unidos, fortemente impactados e ainda sob<br />
os efeitos devastadores da crise financeira iniciada em<br />
2008. Tal condição, associada à oportunidade real de<br />
emprego e consequente recomeço de vida, tem atraído<br />
milhares de estrangeiros ao País.<br />
No mesmo momento em que o desemprego na zona<br />
do Euro atinge recorde e promete continuar em alta<br />
- segundo a Comissão Europeia a previsão é de que o<br />
índice chegue a 11,3% neste ano e a 11,8% no próximo<br />
-, o Brasil é apontado como a bola da vez na economia<br />
global, o que o torna promissor e atrativo.<br />
Pesquisa feita pela empresa de recrutamento Robert<br />
Half junto a cem empresas de recursos humanos<br />
evidencia esta tendência. O interesse de profissionais<br />
estrangeiros em trabalhar no Brasil cresceu 35% nos<br />
últimos dois anos. “Os principais fatores para este<br />
aumento expressivo são por um lado a crise global,<br />
principalmente na Europa e Estados Unidos e, por outro,<br />
o fato de o Brasil ter tido um aumento de visibilidade<br />
no resto do mundo e possuir uma economia forte,<br />
democracia sólida e abertura à diversidade cultural”,<br />
aponta Fernando Mantovani, responsável pela operação<br />
da Robert Half no Brasil.<br />
Os salários pagos aqui também compensam. Na<br />
América Latina o Brasil é o País que tem a melhor<br />
remuneração em 72% dos 29 cargos analisados pela<br />
consultoria Michael Page recentemente. No setor de óleo<br />
e gás as diferenças salariais, segundo estudo, ultrapassam<br />
os 100% de um país para o outro.<br />
Divulgação
Divulgação<br />
Fernando mantovani, da robert half:<br />
“portugal, além de ser um dos países<br />
mais afetados pela crise, tem a vantagem<br />
da familiaridade com o nosso idioma.”<br />
FALTA mÃo DE oBRA No BRASIL,<br />
SoBRA No EXTERIoR<br />
Vagas abertas e nenhum profissional com especialização<br />
suficiente para preenchê-las, princi palmente<br />
nas áreas de engenharia, exploração de petróleo e<br />
tecnologia da informação, algumas das que mais sofrem<br />
com a deficiência de profissionais qualificados. Neste<br />
cenário os estrangeiros encontram um ambiente propício<br />
ao emprego no Brasil.<br />
Pela manutenção da competitividade do País, o<br />
Governo Federal anunciou uma medida para solucionar<br />
de imediato o apagão de mão de obra em áreas estratégicas.<br />
A entrada de estrangeiros qualificados será facilitada,<br />
com menor exigência de burocracia e estímulos para<br />
aumentar a permanência em solo brasileiro. Atualmente,<br />
um visto para estrangeiro demora em média oito meses e<br />
custa até R$ 15 mil.<br />
O Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) emitiu até<br />
setembro último 2.145 autorizações permanentes para<br />
estrangeiros, 4% a mais do que em 2011. Quase 1.500<br />
vistos de trabalho foram destinados para pessoas com<br />
nível de escolaridade superior completo, o que reafirma<br />
a necessidade das empresas nacionais buscarem pessoal<br />
especializado no exterior.<br />
Na opinião de Alfredo Assumpção, economista e CEO<br />
da empresa de recrutamento Fesa, que tem mais de seis<br />
mil currículos de executivos estrangeiros cadastrados no<br />
banco de dados, a ausência da qualificação profissional<br />
para áreas específicas é global: “Falta talento no mundo.<br />
Parte em função da economia caótica, parte devido a<br />
falhas na formação acadêmica, em descompasso com o<br />
que o ambiente corporativo precisa”.<br />
Para Lilian Guimarães, diretora da ABRH-SP e vicepresidente<br />
de Recursos Humanos do Banco Santander,<br />
Divulgação<br />
lilian Guimarães, da abrh-sp:<br />
“saber aproveitar o conhecimento dos<br />
estrangeiros qualifi cados signifi ca<br />
avançarmos em nossas técnicas e<br />
produtividade.”<br />
a participação de estrangeiros no mercado de trabalho<br />
brasileiro deve ser vista como uma maneira positiva de<br />
compartilhar boas práticas favorecendo a assimilação<br />
de conhecimento pelos brasileiros: “Saber aproveitar<br />
o conhecimento dos estrangeiros qualificados significa<br />
avançarmos em nossas técnicas e produtividade. As<br />
empresas devem investir e equilibrar as movimentações<br />
internacionais para manter um quadro de funcionários<br />
visionários, com sua capacidade de inovação incre mentada<br />
pelo constante fluxo de experiências diversas”.<br />
Francisco Serra e melo,<br />
32 anos, decidiu se mudar<br />
de Portugal para o Brasil<br />
em 2010. Empresário<br />
no ramo de fabricação de<br />
cosméticos, optou por São<br />
Paulo para cursar uma especialização<br />
em planejamento<br />
estratégico de marcas. Acabou trabalhando<br />
em agências de publicidade, o que o ajudou a<br />
entender melhor o mercado e a cultura brasileira.<br />
Naquele ano, conta, os europeus ainda não<br />
cogitavam sair de seus países motivados pela<br />
crise. Atualmente a situação é diferente e o Brasil<br />
mostra-se um destino promissor. “Enquanto Portugal<br />
luta pela não hipoteca fi nanceira nos próximos<br />
anos, com dívidas equiparáveis às de países<br />
egressos de guerras, o Brasil atrai investimentos.<br />
os mercados em expansão sempre contribuem<br />
para novas oportunidades e projetos com mais<br />
fertilidade em comparação com os estagnados”.<br />
PRESSTEM<br />
31<br />
31
PRESSTEM<br />
32<br />
DIREToRIAS REGIoNAIS<br />
ano de expansão para o<br />
sindeprestem no estado<br />
Por Luciana Albernaz<br />
O Sindeprestem ampliou sua presença<br />
no Estado em 2012 com o objetivo de promover maior<br />
aproximação com os empresários locais, além de levar<br />
informações sobre as ações do sindicato e as necessidades<br />
e metas para o desenvolvimento do setor de<br />
Serviços. Periodicamente, o presidente Vander Morales<br />
visitou uma regional e se reuniu com empresários<br />
das regiões durante o Café da Manhã com o Presidente,<br />
criado para estreitar o relacionamento da entidade<br />
nestes locais.<br />
Para Morales, é preciso união e mobilização da categoria<br />
para a modernização do segmento: “Por isso, o<br />
Sindeprestem decidiu ampliar a agenda de encontros<br />
no Estado e, neste ano, a participação do sindicato nas<br />
regionais foi muito intensa, pois pudemos compartilhar<br />
as oportunidades e os desafios enfrentados pelos<br />
empresários”.<br />
Os projetos do Sindeprestem para o ano que vem<br />
incluem a aprovação de lei para a Terceirização, a modernização<br />
da lei 6.019/74 do Trabalho Temporário, a<br />
volta da cumulatividade do PIS/Cofins e a desoneração<br />
da folha de pagamentos. Agenda que, para ser cumprida,<br />
precisa do apoio do empresariado: “As propostas<br />
para cada meta vêm sendo apresentadas aos empresários<br />
durante o Café com o Presidente. Agora, mais do<br />
que nunca, vamos precisar da união e mobilização de<br />
todas as empresas”. Os encontros se repetirão no próximo<br />
ano, assim como as feiras de emprego, que fazem<br />
do setor de Serviços um dos que mais contribui para a<br />
geração de postos de trabalho nas regiões.<br />
AÇÃo PELo EmPREGo<br />
No ALTo TIETÊ<br />
As cidades de Itaquaquecetuba e Suzano receberam<br />
no mês de setembro e outubro, respectivamente, o Ação<br />
pelo Emprego, evento realizado pelo Sindeprestem e<br />
a <strong>Asserttem</strong>, com o objetivo de reunir empresas com<br />
vagas disponíveis e trabalhadores em busca de um<br />
emprego, em parceria com as autoridades locais.<br />
Em Itaquaquecetuba, quinze agências de emprego<br />
da região ofertaram ao todo duas mil vagas.<br />
Estiveram presentes na feira cerca de 1.500 pessoas<br />
que, além de buscar as oportunidades, aproveitaram<br />
para confeccionar currículos e receber orientação<br />
profissional sobre a carreira.<br />
Para o secretário de Indústria e Comércio de<br />
Itaquaquecetuba, Avelino Martins de Vasconcelos,<br />
“ações como esta contribuem para a diminuição do<br />
déficit de empregos na região”. Claudio Donizetti,<br />
diretor regional do Sindeprestem no Alto Tietê,<br />
concorda: “Estamos buscando dar aos trabalhadores<br />
uma condição melhor de empregabilidade com mais<br />
possibilidades de disponibilizar seu currículo ao maior<br />
número de empresas possível, aumentando assim a<br />
chance de conquistar uma vaga”.<br />
Nos últimos três anos, a região promoveu sete<br />
edições do evento, duas delas em Itaquaquecetuba<br />
e cinco em Suzano.<br />
Fale com a regional pelo e-mail diretoria.reg.<br />
altotiete@sindeprestem.com.br – Cláudio Donizeti.
Divulgação<br />
14 mIL TEmPoRÁRIoS<br />
PARA o ABC<br />
O final do ano deverá ser bastante aquecido no<br />
comércio de toda a região do ABCD: está prevista a<br />
contratação de 14 mil Trabalhadores Temporários<br />
para suprir a demanda sazonal. Apenas em<br />
São Bernardo do Campo serão 6.500 contratos<br />
temporários, 2.800 deles para os dois shoppings<br />
que devem ser inaugurados em breve.<br />
As 225 lojas do São Bernardo Plaza Shopping,<br />
com inauguração agora em novembro, já iniciaram<br />
o processo de contratação de mão de obra. Serão<br />
1.800 trabalhadores para vagas efetivas em áreas<br />
como restaurantes, lojas de acessórios, calçados e<br />
moda adulto/infantil. O outro shopping, o Golden<br />
Square, que será inaugurado em 2013 na Avenida<br />
Kennedy, 700, também deverá movimentar as<br />
contratações na região para o próximo ano.<br />
A região do ABC tem desfrutado de bons<br />
resultados das ações locais do Sindeprestem,<br />
garante a diretora regional do sindicato, Maria<br />
Olinda Longuini: “Tivemos um saldo positivo sobre<br />
a participação dos empresários de São Bernardo do<br />
Campo e de Santo André no Café da Manhã com o<br />
Presidente. Além disso, em fevereiro de 2013 deve<br />
acontecer a 2ª Feira de Empregos em São Bernardo<br />
do Campo, com apoio da Prefeitura e da Central de<br />
Trabalho e Renda do município”.<br />
Para a diretora, a expectativa para o ano<br />
que vem é boa: “Com a reeleição de nosso atual<br />
prefeito, Luiz Marinho, e seus projetos para o novo<br />
mandato, esperamos um crescimento de novos<br />
postos de trabalho, suprindo assim o déficit que<br />
sofremos no ano de 2012”.<br />
Fale com a regional pelo e-mail diretoria.<br />
reg.abc@sindeprestem.com.br – Maria Olinda<br />
Longuini.<br />
o oTImISmo DE AmERICANA<br />
Levantamento da Associação Comercial e<br />
Industrial de Americana (ACIA) mostrou que,<br />
no período que antecedeu o Dia das Crianças, o<br />
movimento de consultas ao SCPC (Serviço Central<br />
de Proteção ao Crédito) aumentou 4,77% em relação<br />
ao mesmo período de 2011, ficando dentro da<br />
expectativa do setor, de 6%. As consultas de crédito<br />
ao SCPC levam em conta as intenções de compra a<br />
prazo ou em cheque, não registrando, portanto, as<br />
vendas com pagamento em dinheiro e com cartões<br />
de crédito e débito.<br />
Com os bons resultados, o comércio espera<br />
que o Natal, a data comemorativa mais importante<br />
para as vendas, tenha desempenho equivalente.<br />
“Seguindo a tendência de crescimento nas vendas<br />
em datas especiais ao longo de 2012, certamente<br />
nossa expectativa para dezembro é otimista”, afirma<br />
Germano Pavan Neto, presidente da ACIA e diretor<br />
do Sincovam (Sindicato dos Lojistas e do Comércio<br />
Varejista de Americana, Nova Odessa e Santa Bárbara<br />
d’Oeste).<br />
Em parceria com o Sebrae-SP, a ACIA tem<br />
levado ao empresário formalizado de Americana o<br />
Atendimento Sebrae, que oferece consultoria gratuita<br />
sobre gestão de negócios, inovação e expansão do<br />
empreendimento, a fim de promover a melhoria da<br />
competitividade. O Atendimento Sebrae é gratuito e<br />
deve acontecer durante o mês de novembro.<br />
Fale com a regional pelo e-mail diretoria.<br />
regionais@sindeprestem.com.br – Nilza Tavoloni.<br />
PRESSTEM<br />
33
PRESSTEM<br />
34<br />
DIREToRIAS REGIoNAIS<br />
À CRIANÇA<br />
No último mês de outubro, empresários de<br />
Bauru participaram, em São Paulo, da Feira do<br />
Empreendedor do Sebrae (SP), que contou com a<br />
participação de aproximadamente 50 mil pessoas,<br />
mais do que o registrado na última <strong>edição</strong>, de<br />
2010, quando o evento reuniu mais de 40 mil<br />
visitantes. Foram 354 espaços de exposições para<br />
oportunidades de negócios e soluções inovadoras,<br />
bem como atendimento e consultoria para as micro<br />
e pequenas empresas (MPEs).<br />
O Sebrae-SP colocou à disposição ônibus<br />
fretados pela entidade para levar os interessados<br />
à feira. Mais de cem empresários de Bauru<br />
foram ao evento. Lá, eles tiveram acesso às<br />
informações sobre empreendedorismo e gestão<br />
empresarial, além de orientações sobre os temas<br />
importantes, como finanças, marketing, legislação,<br />
administração, produção e comércio exterior. O<br />
destaque do evento ficou com o Espaço Copa 2014,<br />
que capacitou empresários para o mundial de<br />
futebol e para grandes eventos.<br />
A Comissão Municipal de Erradicação do<br />
Trabalho Infantil (Cometi) de Bauru realizou, em<br />
outubro, o primeiro encontro do Fórum Permanente<br />
Municipal de Prevenção e Erradicação do Trabalho<br />
Infantil. O Fórum foi realizado na OAB/Bauru e<br />
teve como tema “Trabalho Infantil e Violência” que<br />
foi explorado pelos palestrantes.<br />
Fale com a regional pelo e-mail diretoria.reg.<br />
bauru@sindeprestem.com.br – Everaldo Nogueira.<br />
Divulgação Em BAURU, PRoTEÇÃo<br />
ToSHIBA mEDICAL<br />
Em CAmPINAS<br />
Em janeiro de 2013 mais uma fábrica deverá<br />
ser instalada na cidade de Campinas. Dessa vez<br />
é a Toshiba Medical, braço de equipamentos<br />
hospitalares do grupo japonês, que irá investir<br />
R$ 60 milhões nos próximos cinco anos na<br />
unidade de produção. A cidade foi escolhida<br />
para sediar a fábrica por seu polo tecnológico e<br />
por suas universidades.<br />
Serão produzidos equipamentos de diagnóstico<br />
por imagem e softwares complementares para<br />
as máquinas de tomografia computadorizada,<br />
destinados às necessidades dos hospitais públicos.<br />
A fábrica aguarda apenas as autorizações do<br />
Ministério da Ciência e Tecnologia para iniciar<br />
a operação.<br />
A Coordenadoria de Ação Social da Companhia<br />
de Ha bitação Popular de Campinas (Cohab-<br />
Campinas) realizou em outubro a Semana do<br />
Trabalho, voltada aos beneficiários do Programa<br />
Minha Casa Minha Vida que procuram ou já<br />
possuem uma fonte de renda.<br />
Feiras de artesanato e de talentos, com a proposta<br />
de qualificar e dar oportunidade às pessoas, foram<br />
algumas das atividades realizadas nos condomínios<br />
do Minha Casa Minha Vida, como os residenciais<br />
Porto Seguro, Santa Lúcia, Jardim Bassoli e Sirius.<br />
Fale com a regional pelo e-mail diretoria.reg.<br />
campinas@sindeprestem.com.br – Luiz Simões da<br />
Cunha.<br />
Divulgação
RITmo LENTo NA<br />
BAIXADA SANTISTA<br />
Dados do Cadastro Geral de Empregados e<br />
Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho<br />
mostram que entre os meses de janeiro e setembro<br />
de 2012 a cidade de Cubatão liderou o ranking do<br />
desemprego na Baixada Santista. No período, cerca<br />
de quinze mil pessoas foram demitidas e treze mil<br />
contratadas, deixando um saldo negativo de dois mil<br />
desempregados no município.<br />
Também tiveram saldos negativos de emprego, no<br />
mesmo período, as cidades de Bertioga, Itanhaém e<br />
Peruíbe. Já a cidade de Santos teve aproximadamente<br />
61 mil contratações contra 57 mil demissões, um saldo<br />
positivo de quatro mil pessoas empregadas com carteira<br />
assinada. Mas na temporada de verão, a região poderá<br />
recuperar o déficit.<br />
De acordo com a Secretaria Municipal de Turismo<br />
(Setur) de Santos, a cidade deve receber cerca de 4,7<br />
milhões de visitantes entre 1º de dezembro e 28 de<br />
fevereiro. Dentro deste número, 1,1 milhão de pessoas<br />
será apenas da temporada de cruzeiros. Para receber<br />
adequadamente o volume de turistas a cidade começa<br />
a se preparar meses antes do início da temporada,<br />
contratando e qualificando mão de obra para hotéis,<br />
restaurantes e comércio em geral, que percebem um<br />
incremento médio de 40% nos negócios com os cruzeiros.<br />
Fale com a regional pelo e-mail diretoria.reg.<br />
baixada@sindeprestem.com.br – José Renato Quaresma.<br />
Divulgação<br />
GUARULHoS: 2º mAIoR<br />
ICmS Do ESTADo<br />
A Secretaria Estadual da Fazenda divulgou recentemente<br />
o Índice de Participação dos Municípios<br />
(IPM) referente ao ano de 2011, para ser adotado<br />
durante todo o ano de 2013. De acordo com os dados,<br />
Guarulhos é a segunda, das 645 cidades paulistas,<br />
em arrecadação de Imposto sobre Circulação de<br />
Mercadorias e Serviços (ICMS), com percentual de<br />
3,584%. O primeiro lugar ficou com São Paulo, com<br />
índice de 22,773% na participação. São Bernardo<br />
ficou em terceiro com uma taxa de 3,552% de IPM.<br />
Os fatores que implicaram no aumento da<br />
arre cadação decorreram do bom desempenho da<br />
indústria de transformação instalada na cidade,<br />
bem como o crescimento verificado nos últimos<br />
anos do setor de prestação de Serviços e comércio.<br />
Até o fim deste ano, Guarulhos deve receber a<br />
quantia de R$ 7<strong>47</strong>.982.691,39. Até o momento, a<br />
cidade já teve restituídos mais de R$ 715 milhões.<br />
Com relação à geração de empregos, há expe<br />
ctativa para a criação de 4.500 empregos<br />
indiretos, além dos 2.100 diretos, para o projeto de<br />
ampliação, modernização e exploração do Aeroporto<br />
Internacional de Guarulhos (Aeroporto Internacional<br />
Governador André Franco Montoro), ao qual o Banco<br />
Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social<br />
(BNDES) concedeu empréstimo de R$ 1,2 bilhão.<br />
Fale com a regional pelo e-mail diretoria.reg.<br />
guarulhos@sindeprestem.com.br – Rosa Carvalho<br />
dos Santos.<br />
PRESSTEM<br />
35
PRESSTEM<br />
36<br />
DIREToRIAS REGIoNAIS<br />
Divulgação<br />
BoNS NEGÓCIoS Em<br />
RIBEIRÃo PRETo<br />
Pesquisa recente mostra que o empresariado<br />
de Ribeirão Preto tem mantido a expectativa de<br />
crescimento dos negócios. O Índice de Expectativa<br />
dos Empresários, da Associação Comercial (Acirp)<br />
e Fundação para Pesquisa e Desenvolvimento da<br />
Administração, Contabilidade e Economia (Fundace),<br />
de setembro atingiu 78,4 pontos, um ganho de 0,6<br />
ponto percentual em relação ao mesmo mês de 2011.<br />
Para Fred Guimarães, economista da Acirp,<br />
este é um indício de que a economia do município<br />
continua gerando empregos e aumentando a<br />
formalização do mercado de trabalho, mesmo com<br />
elevação moderada: "Isso traduz dois panoramas<br />
distintos: de um lado a crise internacional, afetando<br />
os negócios, e, de outro, a manutenção de um<br />
mercado interno forte".<br />
Em novembro está prevista a inauguração da sexta<br />
expansão do RibeirãoShopping, que vai adicionar<br />
41 lojas ao centro de compras. Até dezembro entra<br />
em funcionamento o novo estacionamento vertical,<br />
para atender a demanda do Natal, com 1.250 vagas<br />
cobertas. As demais obras de ampliação devem seguir<br />
em 2013, com a abertura de 23 lojas, uma academia<br />
e um centro de convenções, incluindo ainda um<br />
jardim suspenso cercado por restaurantes e cafeteria.<br />
Fale com a regional pelo e-mail diretoria.<br />
reg.ribeirao@sindeprestem.com.br – Geraldo P.<br />
Russomano Veiga.<br />
CAFÉ Com PRESIDENTE<br />
NA REGIoNAL REGIoNAL oESTE<br />
O bairro da Lapa, na cidade de São Paulo, recebeu<br />
no mês de setembro o Café com Presidente, encontro<br />
promovido pelo Sindeprestem com o objetivo de<br />
discutir temas pertinentes entre os empresários das<br />
regionais, como os projetos de lei para regulamentação<br />
da Terceirização, a Lei das Licitações e as tentativas<br />
para a volta da cumulatividade do PIS/Cofins.<br />
Para Reginaldo Ribeiro, diretor da Regional<br />
Oeste, este é um momento oportuno para estreitar o<br />
relacionamento entre o sindicato e os associados: “O<br />
Sindeprestem coloca em prática diversas ações a favor<br />
da nossa categoria, por isso é tão importante estarmos<br />
juntos compartilhando dessas ações”.<br />
Durante a reunião, Vander Vander Morales, presidente presidente do<br />
Sindeprestem, informou que o sindicato está elaborando<br />
uma cartilha com informações para auxiliar os negócios<br />
dos empresários associados: “Orientaremos como se dá<br />
a formação do preço, por exemplo, especificando quais<br />
tributos incidem no nosso segmento e como é feito o<br />
cálculo do custo fixo e do custo variável”.<br />
Fale com a regional pelo e-mail diretoria.reg.oeste@<br />
sindeprestem.com.br – Reginaldo Luiz Julien Ribeiro.
Divulgação<br />
NATAL GoRDo No<br />
VALE Do PARAÍBA<br />
Informações do Departamento Intersindical de<br />
Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese),<br />
com base no Cadastro Geral de Empregados e<br />
Desempregados (Caged) e na Relação Anual de<br />
Informações Sociais (Rais), do Ministério do Trabalho,<br />
demonstram que o 13º salário, pago ao<br />
trabalhador a partir do mês de novembro, deverá<br />
injetar R$ 1,2 bilhão na economia do Vale do Paraíba,<br />
no final do ano. O valor a ser pago em 2012 será R$<br />
35 milhões superior ao de 2011, diferença que deve<br />
alavancar as vendas no comércio da região.<br />
De olho nesta oportunidade, o comércio já se<br />
prepara para atender a demanda. A instalação do<br />
novo shopping Via Vale Garden, em Taubaté, com<br />
inauguração prevista para novembro, deve aquecer<br />
as contratações temporárias para o fim do ano<br />
e aproveitar o bom momento da região. Apenas<br />
para este centro de compras, serão abertos três mil<br />
postos de trabalho, sendo 1.800 efetivos e 1.200<br />
temporários. O Shopping Vale Sul, na zona sul de<br />
São José dos Campos, estima a contratação de pelo<br />
menos 800 trabalhadores temporários neste ano.<br />
No Vale do Paraíba, de acordo com a expectativa<br />
das entidades ligadas ao comércio e aos shoppings<br />
da região, serão ao todo 4.890 vagas temporárias,<br />
mais do que o ofertado no ano passado.<br />
Fale com a regional pelo e-mail diretoria.reg.<br />
valeparaiba@sindeprestem.com.br – Sérgio Silas<br />
Gallati.<br />
NoVoS INVESTImENToS<br />
Em SoRoCABA<br />
O município de Sorocaba tem motivos para acreditar<br />
que o ano de 2013 deverá ser aquecido na área do emprego,<br />
pelo menos é o que sinalizam os novos investimentos<br />
previstos para a região, a começar pela inauguração das<br />
instalações da Walter do Brasil, em outubro.<br />
A empresa alemã, que trabalha no no desenvolvimento,<br />
produção e comercialização de ferramentas de alta<br />
tecnologia para a indústria metal-mecânica, investiu<br />
R$ 5 milhões na construção de um novo prédio, com<br />
4.200 m². O espaço vai abrigar a fábrica de ferramentas<br />
especiais, o centro de recondicionamento de ferramentas<br />
de PCD, o centro de treinamento e de tecnologia da<br />
empresa no Brasil. A Walter do Brasil está em Sorocaba<br />
desde 1996 e entre seus clientes estão indústrias como<br />
Ford e GM, entre outras grandes empresas de 34 países.<br />
Com o o olho no potencial do mercado brasileiro,<br />
a Toyota Motors decidiu ampliar a capacidade da<br />
fábrica inaugurada no último mês de agosto na região.<br />
Atualmente, a fábrica tem capacidade para produzir 70<br />
mil carros por ano em dois turnos de produção; com as<br />
modificações, pode chegar a 400 mil carros por ano.<br />
De acordo com o presidente presidente da da Toyota Mercosul,<br />
Shunichi Nakanishi, a ampliação é necessária diante<br />
da procura pelos carros da família Ethios, montado<br />
em Sorocaba: “Esse ano vamos montar oito mil carros<br />
lá em Sorocaba e já está tudo vendido. Ano que vem<br />
chegaremos perto da capacidade de 70 mil”.<br />
Fale com a regional pelo e-mail e-mail diretoria.reg.<br />
diretoria.reg.<br />
sorocaba@sindeprestem.com.br – Walter Rosa Junior.<br />
PRESSTEM<br />
37
PRESSTEM<br />
38<br />
CoPA 2014<br />
amijubi,<br />
Fuleco ou<br />
zuzeco? A<br />
escolha é sua<br />
Por Camila Vasconcellos<br />
Após ser anunciado como mascote oficial da Copa<br />
do Mundo, o Tolypeutes tricinctus terá um dos seguintes<br />
nomes em breve: Amijubi, Fuleco ou Zuzeco. A escolha<br />
se dará por meio de uma votação no site da FIFA.<br />
Apresentado pelo ex-jogador Ronaldo, membro do<br />
Conselho de Administração do COL, o tatu-bola teve seu<br />
desenho final escolhido pela FIFA e pelo COL após análise<br />
de <strong>47</strong> propostas de seis agências de publicidade brasileiras.<br />
Depois de muitas pesquisas, o desenho do tatu-bola, criado<br />
pela 100% Design, foi identificado como o favorito do<br />
principal público-alvo: crianças de 5 a 12 anos.<br />
De acordo com a ONG Associação Caatinga,<br />
idealizadora do tatu-bola como mascote, a espécie está<br />
em extinção, é 100% brasileira e o único mamífero que<br />
assume o formato de bola.<br />
"É importante destacar que o tatu-bola é uma espécie<br />
vulnerável. Temos certeza de que o mascote será amado<br />
não apenas no Brasil, mas no mundo todo", destacou<br />
Jerome Valcke, secretário-geral da Fifa.<br />
Para a Copa, outra novidade é que o tatu-bola ganhará<br />
uma música. Composta pelo sambista Arlindo Cruz, o<br />
título da canção será "Tatu bom de bola". Segundo os<br />
organizadores, esta será a primeira vez que um mascote<br />
ganhará uma música própria.<br />
ENTENDA oS NomES<br />
amijubi é a união das palavras "amizade e júbilo",<br />
duas características marcantes da personalidade do<br />
nosso mascote e que refletem a maneira de ser dos<br />
brasileiros. Além disso, esse nome está ligado ao tupi-<br />
guarani, em que a palavra "juba" quer dizer amarelo - a<br />
cor predominante do bicho.<br />
Fuleco é a mistura das palavras futebol e ecologia,<br />
dois componentes fundamentais da Copa do Mundo<br />
da FIFA Brasil 2014. O nome mostra como essas duas<br />
palavras combinam perfeitamente e ainda incentivam as<br />
pessoas a ter mais cuidado com o meio ambiente.<br />
zuzeco foi formado dos elementos principais de azul<br />
e ecologia. Azul é a cor dos mares da costa brasileira, dos<br />
rios que cruzam o País e do céu. E é também, claro, a cor<br />
da carapaça especial do mascote. Ele sabe que pertence<br />
a uma espécie vulnerável e, por isso, também sabe o<br />
quanto é importante divulgar e incentivar a consciência<br />
ecológica dos amigos do mundo inteiro.<br />
o CoNVITE AoS<br />
VoLUNTÁRIoS NA CoPA<br />
O ministro do Esporte, Aldo Rebelo, reforçou em La<br />
Plata, na Argentina, o convite para que representantes<br />
de países sul-americanos façam parte do programa<br />
de voluntariado do governo brasileiro para a Copa do<br />
Mundo da FIFA 2014 e para as Olimpíadas de 2016. O<br />
programa está em fase de consolidação e será lançado<br />
em breve. Segundo Aldo Rebelo, o Mundial de 2014<br />
Divulgação
pode ser uma janela para que os países da América do<br />
Sul reforcem seus vínculos: "A integração do Brasil e da<br />
Argentina facilita e permite a integração maior de todo<br />
o continente sul-americano. Creio, portanto, que temos<br />
uma base comum para o esforço de integração".<br />
ISENÇÃo DE ISS PARA<br />
SERVIÇoS LIGADoS À CoPA<br />
O plenário da Câmara dos Deputados aprovou,<br />
por 304 votos a 13 e duas abstenções, o Projeto de Lei<br />
Complementar 579/10, do Executivo, que permite ao<br />
Distrito Federal e aos municípios concederem isenção do<br />
Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISS) para<br />
os negócios relacionados à Copa das Confederações de<br />
2013 e à Copa do Mundo de 2014.<br />
O benefício poderá ser concedido à Federação<br />
Internacional de Futebol (Fifa), aos prestadores de<br />
Serviços da Federação, à emissora oficial da entidade,<br />
à Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e às<br />
construtoras dos estádios que façam parte do Regime<br />
Especial de Tributação (Recopa).<br />
Segundo o projeto, que incorporou sugestões de<br />
emenda do deputado Otávio Leite (PSDB-RJ), leis<br />
municipais e do Distrito Federal deverão especificar<br />
as regras para a isenção; terão ainda de apresentar<br />
estimativa da relação custo-benefício da isenção, os<br />
objetivos e as metas pretendidas, considerando os limites<br />
da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) e os níveis de<br />
investimento e emprego pretendidos. A matéria ainda<br />
será analisada pelo Senado.<br />
O relator, Leonardo Picciani (PMDB-RJ), afirmou que<br />
a isenção do ISS foi um dos compromissos assumidos<br />
pelo Brasil para sediar os grandes esportivos.<br />
Em BRASÍLIA, RESTAm 19%<br />
PARA CoNCLUSÃo DE ESTÁDIo<br />
A construção do Estádio Nacional de Brasília Mané<br />
Garrincha está com 81% de sua execução finalizada.<br />
Atualmente, quatro mil operários trabalham na obra,<br />
divididos em três turnos. O próximo passo é a montagem<br />
da cobertura.<br />
Funcionando como sistema de “roda de bicicleta<br />
invertida”, a cobertura do Estádio Nacional é composta<br />
por uma estrutura tensionada com cabos e treliças<br />
metálicas, revestida por uma membrana que cobrirá<br />
todos os assentos. Autolimpante, a membrana de 90 mil<br />
m² permite a passagem de luz natural, retém o calor e<br />
retira parte da poluição do ar. Quando exposta ao sol, a<br />
estrutura, que chegará ao Brasil em dezembro, é capaz<br />
de retirar da atmosfera gases poluentes equivalentes ao<br />
Divulgação<br />
perspectiva eletrônica do estádio<br />
nacional mané Garrincha, em brasília<br />
produzido por cerca de mil veículos por dia.<br />
Sustentável, o estádio ainda terá captação de água da<br />
chuva – tanto pela cobertura quanto pelo piso permeável<br />
em volta do complexo –, que será armazenada em cinco<br />
cisternas e em um lago que fará parte do paisagismo no<br />
entorno da arena (a água não potável será utilizada nos<br />
banheiros, na irrigação do gramado e na lavagem em geral).<br />
O Estádio Nacional vai sediar a abertura da Copa<br />
das Confederações FIFA 2013 e sete partidas da Copa do<br />
Mundo da FIFA 2014.<br />
CoPA DAS CoNFEDERAÇÕES:<br />
VENDA DE INGRESSoS Em<br />
DEZEmBRo<br />
O anúncio das sedes da Copa das Confederações<br />
FIFA 2013, em novembro, destacou a importância do<br />
evento para as economias das cidades nas quais será<br />
disputada e, principalmente, como ensaio para a Copa do<br />
Mundo de 2014. Na ocasião, a Fifa também apresentou<br />
as diferentes categorias de ingressos para o torneio, que<br />
serão vendidos a partir de dezembro.<br />
Ao escolher as cidades de Belo Horizonte, Brasília,<br />
Fortaleza, Recife, Rio de Janeiro e Salvador, o Comitê<br />
Organizador Local da Copa (COL) disse que a Copa das<br />
Confederações é “amanhã” e que os trabalhos estão em<br />
ritmo intenso para que o evento seja um espetáculo<br />
dentro do campo e na organização.<br />
Essa Copa das Confederações será a nona <strong>edição</strong> da<br />
competição promovida a cada quatro anos pela Fifa e<br />
contará, entre os dias 15 e 30 de junho, com a participação<br />
de oito equipes: o anfitrião Brasil, Espanha (campeã da<br />
Copa do Mundo de 2010), Itália (classificada na Euro 2012),<br />
Uruguai (campeão da Copa América), México (campeão da<br />
Copa Ouro da Concacaf), Japão (campeão da Copa Asiática)<br />
e Taití (campeão da Copa da Oceania). Falta decidir o<br />
classificado pela Copa Africana de Nações 2013.<br />
PRESSTEM<br />
39
PRESSTEM<br />
40<br />
INDICADoRES<br />
natal é a melhor época<br />
para o emprego temporário<br />
Para quem quer trabalhar, há oportunidades durante o ano todo, mas as<br />
chances são maiores no final do período, quando a demanda aumenta<br />
bastante tanto na indústria como no comércio. Até a chegada do Natal,<br />
mais de 150 mil vagas temporárias devem ser preenchidas em todo o<br />
Brasil. mesmo quem não tem experiência pode ser contratado<br />
Por Danielle Borges<br />
Quando chega o mês de outubro, empresas de<br />
quase todos os segmentos iniciam os preparativos para<br />
o já esperado aumento na demanda em razão das festas<br />
de final de ano. A preparação passa pela projeção de<br />
vendas, aquisição de estoque ou de matéria-prima,<br />
equipamentos e, talvez, o mais importante: a mão de obra<br />
extra que garantirá o sucesso no faturamento. Este ano,<br />
a expectativa é que 155 mil trabalhadores temporários<br />
sejam contratados apenas para o período que antecede<br />
o Natal, de acordo com o levantamento feito pelo<br />
Instituto de Pesquisas Ipema, a pedido da <strong>Asserttem</strong> e<br />
do Sindeprestem.<br />
O número de vagas temporárias colocados à<br />
disposição pelas empresas neste ano é 5,5% maior<br />
em relação ao registrado no mesmo período de 2011,<br />
quando foram contratados 1<strong>47</strong> mil trabalhadores. O<br />
otimismo do mercado de deve ao cenário econômico<br />
brasileiro favorável, em que a taxa de desemprego<br />
está mais baixa, há maior acessibilidade ao crédito,<br />
os juros bancários foram reduzidos e houve aumento<br />
Divulgação
proJeÇÕes de ContrataÇÃo temporÁria no Final de 2012<br />
na renda das famílias. Mesmo com a ameaça da crise<br />
internacional, é inegável a força comercial e emocional<br />
do Natal, que conta com o pagamento do décimo<br />
terceiro como estímulo às compras.<br />
EFETIVAÇÃo E 1º EmPREGo<br />
De acordo com a pesquisa, dos 155 mil temporários<br />
contratados até o final de dezembro, 15% poderão ser<br />
efetivados na vaga, o que representa emprego fixo para<br />
23 mil trabalhadores, 4,5% a mais que o registrado<br />
em 2011. “Para ser efetivado, o candidato precisa se<br />
dedicar, demonstrar disposição e interesse em ajudar<br />
os colegas e em aprender”, recomenda Jismália de<br />
ComÉrCio indÚstria<br />
Contratações 75% 25%<br />
principais contratantes<br />
principais funções<br />
remuneração<br />
benefícios<br />
perfil<br />
Faixa etária<br />
Comércio de rua, shoppings e<br />
supermercados<br />
Analista de crédito,<br />
atendimento, crediário,<br />
embalador, estoquista,<br />
etiquetador e vendedor<br />
Média de R$ 872, aumento de<br />
3,5%, em uma faixa que oscila<br />
entre R$ 690 a R$ 1.055<br />
vale-transporte e vale-refeição,<br />
além de possíveis prêmios por<br />
metas atingidas<br />
53% homens<br />
<strong>47</strong>% mulheres<br />
60% das contratações na faixa<br />
etária entre 18 e 39 anos<br />
Indústrias de bens de consumo como<br />
alimentos, bebidas, brinquedos, eletrônicos,<br />
vestuário e papel<br />
Auxiliar administrativo, auxiliar<br />
departamento financeiro, auxiliar de<br />
laboratório, auxiliar de serviços gerais,<br />
motorista, nutricionista, operador de<br />
empilhadeira, operador de máquinas,<br />
técnico em manutenção industrial, técnico<br />
em segurança do trabalho<br />
Média de R$ 1.155, aumento de 5%, em uma<br />
faixa que oscila entre R$ 920 a R$ 1.390<br />
vale-transporte e vale-refeição<br />
68% homens<br />
32% mulheres<br />
escolaridade 1º ou 2º grau completos 2º grau completo<br />
especificações<br />
Fácil comunicação, habilidade<br />
para o trabalho em equipe e<br />
bom atendimento serão características<br />
procuradas em um<br />
candidato<br />
65% das contratações estarão na faixa etária<br />
entre 18 e 39 anos<br />
Qualificação técnica em automação industrial,<br />
eletrotécnica, mecatrônica, química,<br />
informática, segurança do trabalho, administração,<br />
secretariado e/ou cursos para<br />
funções específicas são diferenciais<br />
Fonte: Ipema<br />
Oliveira Alves, presidente da <strong>Asserttem</strong>. A agilidade<br />
também conta bastante: “No período que antecede o<br />
Natal, a rotina é agitada e o funcionário tem de ter<br />
jogo de cintura.”<br />
Além de renda extra, o Trabalho Temporário também<br />
pode ser a primeira experiência profissional para muitos<br />
jovens. Na visão de Vander Morales, presidente do<br />
Sindeprestem, é uma excelente oportunidade de acesso<br />
ao mercado de trabalho formal: “O emprego temporário<br />
tem uma importante função social, pois permite que<br />
jovens sem experiência vivenciem a rotina de trabalho<br />
e adquiram conhecimento”. Neste ano, a expectativa é<br />
a de que 20% das vagas temporárias sejam preenchidas<br />
por jovens em situação de primeiro emprego.<br />
PRESSTEM<br />
41
PRESSTEM<br />
42<br />
INDICADoRES<br />
Trabalho Temporário fecha<br />
mais um ano em alta<br />
Seja para complementar a renda<br />
ou para adquirir experiência<br />
profissional, o emprego<br />
temporário continua sendo<br />
uma boa alternativa para quem<br />
precisa trabalhar e quer se<br />
manter na formalidade. Durante<br />
o ano todo, foram contratadas<br />
até agora quase 170 mil<br />
pessoas, considerando apenas<br />
os períodos de aumento na<br />
demanda, como férias escolares<br />
e datas comemorativas<br />
Caso a estimativa da <strong>Asserttem</strong>/<br />
Sindeprestem para o Natal seja confirmada, até o<br />
final de dezembro o setor de Trabalho Temporário<br />
pode chegar a quase 300 mil contratos firmados ao<br />
longo do ano nos termos da Lei 6.019/74, que rege<br />
a modalidade formal de contratação. Nesse caso, o<br />
total de vagas preenchidas em 2012 representará um<br />
aumento de 14% sobre o ano passado, considerando<br />
apenas os períodos de férias e épocas festivas como<br />
Páscoa, Dia das Mães e Natal.<br />
De fevereiro a julho deste ano, foram contratados<br />
117,3 mil trabalhadores, um incremento de 2,7 mil<br />
vagas na comparação com o mesmo período de 2011,<br />
quando ainda não havia informações sobre abertura<br />
de vagas nas férias de verão. Por causa do aumento<br />
na demanda, principalmente nas regiões com vocação<br />
para o turismo em temporada de calor, o primeiro<br />
Divulgação
FÉrias<br />
de verÃo<br />
2012 ContrataÇÕes eFetivaÇÕes 1º empreGo<br />
FÉrias de verÃo 25 mil 2,5 mil (10% das vagas) 6 mil (25% das vagas)<br />
pÁsCoa 70,8 mil 7 mil (10% das vagas) 12 mil (18% das vagas)<br />
dia das mÃes 30 mil 5,6 mil (18% das vagas) 4,5 mil (15% das vagas)<br />
FÉrias de Julho 16,5 mil 1 mil (6,5% das vagas) 6 mil (36% das vagas)<br />
total 142,3 mil* 16,1 mil 28,5 mil<br />
2009 2010 2011 2012<br />
--- --- --- 25 mil<br />
pÁsCoa 60 mil 63,3 mil 70,1 mil 70,8 mil<br />
dia das<br />
mÃes<br />
FÉrias<br />
de Julho<br />
balanÇo das ContrataÇÕes temporÁrias em 2012<br />
ContrataÇÕes temporÁrias<br />
nos Últimos 4 anos<br />
23,5 mil 26 mil 28 mil 30 mil<br />
12 mil 15 mil 16,5 mil 16,5 mil<br />
natal 125 mil 140 mil 1<strong>47</strong> mil 157 mil**<br />
total 220,5 mil 244,3 mil 261,6 mil 299,3 mil**<br />
** Estimativa<br />
*Total relativo somente a esses períodos sazonais<br />
Fonte: Ipema<br />
Fonte: Ipema<br />
mês do ano também fará parte do calendário oficial do<br />
Trabalho Temporário a partir de 2013. Os setores que<br />
mais contratam são os de lazer e entretenimento. Este<br />
ano, o primeiro da pesquisa nesta época, foram 25 mil<br />
vagas preenchidas em todo o Brasil, 10% de efetivação<br />
e 25% preenchidas por jovens em primeiro emprego.<br />
A compilação dos resultados de pesquisas<br />
realizadas pelo Instituto Ipema a pedido da <strong>Asserttem</strong>/<br />
Sindeprestem mostram a evolução do segmento e<br />
a sua importância para manter a estabilidade da<br />
economia nos períodos em que se torna necessário<br />
ampliar o quadro de funcionários, acelerar a produção<br />
e atender bem o público final. Desde 2009, quando o<br />
levantamento começou a ser realizado, o número de<br />
contratações ao ano cresceu aproximadamente 35%.<br />
Para quem estuda e precisa aprender na prática<br />
ou para quem está à procura de uma recolocação<br />
profissional, o Trabalho Temporário é uma excelente<br />
opção. “Os candidatos devem mostrar o seu melhor,<br />
seja no momento da entrevista ou durante o período<br />
de trabalho. O desempenho será avaliado o tempo todo<br />
e poderá ser decisivo para uma efetivação”, explica a<br />
presidente da <strong>Asserttem</strong>, Jismália de Oliveira Alves.<br />
Ter disposição, vontade de aprender, pontualidade e<br />
ser solícito com superiores e clientes são algumas das<br />
características procuradas pelos empregadores.<br />
PRESSTEM<br />
43
PRESSTEM<br />
44<br />
INDICADoRES<br />
Salário pode aumentar<br />
até 3 vezes com estudo<br />
Quanto maior a escolaridade, maior será a renda. Essa lógica ainda é válida<br />
quando o assunto é emprego. E a vantagem na remuneração recai sobre os que<br />
concluíram o ensino superior na comparação com os que só estudaram até<br />
o ensino médio<br />
Ter diploma universitário pode garantir uma<br />
renda 167% maior para o trabalhador. A conclusão<br />
é do Centro de Políticas Públicas do Insper, que fez<br />
os cruzamentos usando a Pesquisa Nacional por<br />
Amostra de Domicílios (Pnad), do IBGE. A demanda<br />
por profissionais com estudo superior vem crescendo<br />
muito, pois a oferta deste tipo de candidato aumentou<br />
bem menos do que aqueles apenas com ensino médio.<br />
especialização: Se, com ensino superior completo,<br />
a remuneração é atraente, concluir um mestrado<br />
e doutorado faz disparar o salário: por isso, insistir<br />
na especialização pode ser uma ótima opção para o<br />
trabalhador. Segundo dados da Pnad, são 92,5 milhões<br />
de brasileiros ocupados e, desse total, apenas 771.409<br />
têm mestrado ou doutorado. Ou seja, um porcentual<br />
inferior a 0,9% do total de ocupados no País. Assim,<br />
se o salário dobra em relação aos que têm diploma<br />
universitário, pode ficar 426% maior em relação a<br />
quem só concluiu o ensino médio.<br />
realidade: Infelizmente, apesar dos recentes<br />
avanços na educação, o Brasil está longe de ter seus<br />
trabalhadores com o mesmo nível de escolaridade dos<br />
países desenvolvidos e os reflexos disso aparecem no<br />
mercado de trabalho. A mão de obra ocupada no País<br />
tem, em média, apenas 8,4 anos de estudo. O ensino<br />
médio foi concluído por 46,8% dos trabalhadores.<br />
Somente 12,5% dos trabalhadores têm ensino<br />
superior completo e apenas 6,6 milhões de brasileiros<br />
estão cursando uma universidade, 73% na rede<br />
privada. As estatísticas também revelam o chamado<br />
analfabetismo funcional, representado por 20,4% das<br />
pessoas com 15 anos ou mais, com menos de quatro<br />
anos de estudo completos. Nos EUA, já em 1960,<br />
mais de 60% dos trabalhadores tinham pelo menos<br />
ensino médio completo e, hoje em dia, quase 90% da<br />
população está nessa situação.<br />
Fotofolia
O deputado federal Ricardo Berzoini, um dos<br />
parlamentares mais influentes da Câmara e do Senado,<br />
atendeu ao convite do Sindeprestem e participou no dia 27<br />
de agosto de um encontro com os empresários do setor, em<br />
São Paulo. As reivindicações e necessidades da Prestação de<br />
Serviços Especializados e do Trabalho Temporário foram<br />
ouvidas atentamente por Berzoini, que demonstrou apoio às<br />
demandas do Sindeprestem, como a aprovação de uma lei para<br />
a Terceirização e volta da cumulatividade para PIS/Cofins.<br />
Vander Morales, presidente do Sindeprestem, apresentou<br />
ao parlamentar as propostas do sindicato para a regulamentação<br />
da Terceirização. Segundo ele, o projeto de lei 4.330/04<br />
é o que melhor atende às necessidades do setor, com algumas<br />
ressalvas: “A exigência de objeto social único e de capital social<br />
mínimo, bem como a necessidade de garantia de 8% do<br />
EVENToS<br />
deputado ricardo berzoini:<br />
pis/Cofins e lei para terceirização<br />
valor do contrato, são pontos negativos. Precisamos de uma<br />
lei menos engessada, pois, do jeito que está, onera demais<br />
quem contrata e exclui da competição empresas menores”.<br />
Para o deputado, a Terceirização é necessária à economia:<br />
“São empresas com capacidade muito maior de gerir algumas<br />
atividades que a própria organização”.<br />
Quanto à desoneração das alíquotas do PIS e Cofins, com<br />
a volta da cumulatividade, Berzoini recomendou que seja<br />
feito um estudo econômico detalhado para comprovar que<br />
não haja perdas na arrecadação: “Na época da aprovação do<br />
Simples Nacional e da Lei Geral da Micro e Pequena Empresa,<br />
a Receita Federal previa queda de R$ 1,5 milhão na arrecadação.<br />
Passados três anos, estudos mostraram que houve<br />
aumento, pois muitas empresas informais foram legalizadas<br />
e passaram a contribuir”.<br />
PRESSTEM<br />
45
PRESSTEM<br />
46<br />
EVENToS<br />
trabalho para os jovens<br />
1º Congresso de Serviços Especializados e de Trabalho Temporário<br />
reuniu especialistas e empresários em São Paulo para projetar o futuro<br />
Por Giovanna Zanaroli<br />
“Um em cada cinco brasileiros entre 18 e 25 anos<br />
não trabalha nem estuda. As oportunidades que faltam<br />
para esses jovens no mercado podem ser encontradas no<br />
Trabalho Temporário, uma modalidade eficiente e formal<br />
que possibilita a ascensão profissional”. Assim o presidente<br />
do Sindeprestem, Vander Morales, expôs a significativa<br />
contribuição do setor, incluindo a Prestação de Serviços<br />
Especializados, para o crescimento do emprego formal e<br />
para a ascensão de classes sociais no País. Ele falou durante<br />
a cerimônia de abertura do 1º Congresso de Serviços<br />
Especializados e de Trabalho Temporário, realizado no<br />
final de setembro, em São Paulo.<br />
O secretário-executivo Marcelo Aguiar dos Santos Sá,<br />
representando o Ministério do Trabalho, destacou o reconhecimento<br />
do órgão a todos os que destinam esforços para<br />
a modernização das relações trabalhistas com responsabilidade<br />
e deu uma boa notícia sobre a atualização da Lei<br />
6.019/74: “Não há nada que nos impeça de avançar com o<br />
projeto que inclui o primeiro emprego como motivo justificador<br />
para a contratação de temporários. Há possibilidade<br />
de aprovação ainda neste ano”.<br />
James Gribben, paulo lofreta, Jismália de oliveira alves, marcelo<br />
aguiar dos santos sá e vander morales durante o Congresso<br />
promovido pelo sindeprestem em parceria com a asserttem.<br />
Fotos: GAMA Photo Studio/Fernando Gueiros
o TRABALHo DECENTE<br />
CoNTRA A INFoRmALIDADE<br />
A Confederação Internacional das Empresas de Serviços Terceirizáveis<br />
e de Trabalho Temporário (CIETT) esteve representada<br />
no 1º Congresso pelo irlandês James Gribben, responsável pela<br />
comunicação e assuntos econômicos da entidade. Durante sua<br />
apresentação aos empresários, Gribben destacou alguns dados<br />
mundiais do setor, em especial do Trabalho Temporário.<br />
Pesquisa feita no segundo semestre de 2009 na Alemanha,<br />
segundo James Gribben, mostrou que 75% das empresas utilizavam<br />
o trabalho temporário: “As empresas puderam se adaptar<br />
rapidamente às mudanças provocadas pela crise mundial,<br />
por isso não foram tão afetadas. O crescimento apresentado foi<br />
maior do que as que não utilizaram o Trabalho Temporário”.<br />
No Brasil os contratos de Trabalho Temporário têm duração<br />
de no máximo 180 dias. Algo fora do padrão internacional,<br />
na opinião do representante da CIETT, que relatou ser<br />
comum em outros países os temporários permaneceram por<br />
longos períodos nas contratantes: “Onde o Trabalho Temporário<br />
é crescente, a informalidade diminui”.<br />
LANÇAmENToS<br />
o livro “FAToS & VERSÕES – o que a sociedade<br />
precisa saber sobre a Terceirização no Brasil”,<br />
uma publicação do Sindeprestem com o apoio<br />
da <strong>Asserttem</strong>, foi apresentado e distribuído aos<br />
congressistas. Trata-se de um compilado de dados<br />
e conceitos sobre a Prestação de Serviços no País.<br />
Na mesma ocasião ocorreu o lançamento da 6ª<br />
Pesquisa Setorial, um mapeamento da Prestação<br />
de Serviços e do Trabalho Temporário no Brasil,<br />
com rica amostragem de números.<br />
PRESSTEM<br />
<strong>47</strong>
PRESSTEM<br />
48<br />
EVENToS<br />
setor de serviços pode ter<br />
mais espaço na Prefeitura<br />
Por Danielle Borges<br />
vander morales ao lado do então candidato à prefeitura de são paulo Fernando haddad e empresários do<br />
setor de serviços durante encontro realizado na Central brasileira do setor de serviços (Cebrasse).<br />
Ainda em junho deste ano, quando Fernando<br />
Haddad estava em início de campanha para a<br />
Prefeitura de São Paulo, o Sindeprestem promoveu, em<br />
parceria com a Central Brasileira do Setor de Serviços<br />
(Cebrasse), um encontro entre o então candidato do<br />
PT e empresários do setor de Serviços. Na ocasião<br />
Haddad apresentou sua proposta de governo e ouviu<br />
sugestões.<br />
Vander Morales, presidente do Sindeprestem e da<br />
Fenaserhtt, sugeriu que a Prefeitura melhorasse o rela-<br />
cionamento com o setor de Serviços por meio de suas<br />
secretarias: “A ideia é que o Sindeprestem, como representante<br />
dos empresários do segmento, possa participar<br />
das decisões com o objetivo de contribuir para<br />
ampliar os números referentes à empregabilidade e o<br />
combate à informalidade no município”.<br />
Agora, com a eleição de Fernando Haddad em São<br />
Paulo, o Sindeprestem espera que a promessa de campanha<br />
seja cumprida e que o setor de Serviços tenha mais<br />
espaço nas ações da Prefeitura.<br />
Daniel Neves/Sindeprestem
Benefício<br />
seguro e<br />
moderno!<br />
O Sindeprestem e a Planvale criaram<br />
um produto que transforma os benefícios<br />
em eficiente ferramenta de gestão!<br />
Ampla rede credenciada!<br />
Refeição<br />
Com os cartões Sindeprestem & Planvale os usuários<br />
possuem ampla rede de estabelecimentos credenciados,<br />
possibilitando facilidade de utilização para o usuário e<br />
garantia aos Associados do Sindeprestem de economia na<br />
administração dos benefícios obrigatórios a seus funcionários.<br />
PRESSTEM
PRESSTEM<br />
50<br />
NoTÍCIAS ASSERTTEm<br />
um ano de conquistas,<br />
outro ano de renovação<br />
Diretoria da <strong>Asserttem</strong> avalia desempenho de 2012 e revela planos para 2013<br />
Por Camila Vasconcellos<br />
Ao fi nal do primeiro ano de seu mandato como presidente<br />
da <strong>Asserttem</strong>, Jismália de Oliveira Alves avaliou que<br />
2012 foi um ano de conquistas e realizações e que sua gestão<br />
deu continuidade ao trabalho de equipe colocado em prática<br />
e desenvolvido na gestão anterior: “As ações da associação<br />
ocorreram dentro do previsto para nosso planejamento de 2012.<br />
E, de maneira bastante satisfatória, reforçamos a imagem da<br />
entidade nacionalmente, em especial nos Estados da Bahia, Rio<br />
de Janeiro e no Distrito Federal”.<br />
Com mais de 40 anos de existência, a associação, reconhecida<br />
nacional e internacionalmente como porta-voz oficial dos setores<br />
de Trabalho Temporário e de Serviços Terceirizáveis, apresentou<br />
intensa atuação ao longo de 2012 na defesa do desenvolvimento<br />
e da importância destes segmentos para a economia brasileira.<br />
Durante o ano, a <strong>Asserttem</strong> representou o Brasil no XI<br />
Congresso CLETT&A, no Panamá, e no CIETT Londres 2012;<br />
participou do 1º Congresso de Terceirização e Trabalho<br />
mara bonafé<br />
diretora regional em Brasília<br />
“Em 2012, nossas ações no Distrito<br />
Federal foram de captação de novos<br />
associados, visando o fortalecimento da<br />
<strong>Asserttem</strong> na região e a divulgação dos<br />
trabalhos que a associação tem feito<br />
em prol do Trabalho Temporário. Para isso, visitamos todas as<br />
empresas do setor, tanto em Brasília quanto nas cidades-satélite<br />
e entorno. Para 2013, queremos iniciar um trabalho de parcerias<br />
e convênios que resultem em benefícios aos associados. Além<br />
disso, manteremos as visitas institucionais a órgãos públicos<br />
e o relacionamento com o Ministério do Trabalho e o TST para<br />
acompanhar as petições da <strong>Asserttem</strong> que estão em andamento”.<br />
2012 X 2013<br />
Temporário, promovido pelo Sindeprestem, em São Paulo;<br />
apoiou o lançamento do livro “Fatos & Versões”, também<br />
do Sindeprestem, e reafirmou seu compromisso com as<br />
diretorias regionais ao agendar reuniões itinerantes com<br />
diretores e empresários locais. Também divulgou, junto com o<br />
Sindeprestem, pesquisas sobre empregabilidade para as mais<br />
importantes datas do comércio: Dia das Mães, Páscoa, Férias de<br />
Julho e Natal, e a inédita pesquisa sobre contratação nas férias<br />
de verão. A divulgação se refletiu nas inserções na mídia: de<br />
janeiro a setembro de 2012, foram quase mil.<br />
No cargo até 2014, a presidente afirmou que, para 2013, a<br />
entidade pretende reforçar sua imagem em outros Estados e<br />
continuar a desenvolver o trabalho de representação do Trabalho<br />
Temporário: “Devemos abrir regionais em mais três Estados, já<br />
no começo do ano, e dar continuidade à nossa estratégia positiva.<br />
Esperamos ser tão assertivos como fomos em 2012 e expandir a<br />
bandeira da <strong>Asserttem</strong>”.<br />
José Carlos teixeira<br />
diretor regional minas Gerais<br />
“A falta de uma Legislação clara<br />
defi nindo os princípios norteadores<br />
da Terceirização e do Trabalho Temporário,<br />
recursos modernos para gera<br />
ção de pro gresso e riqueza, tem<br />
levado a interpretações diversas sobre<br />
sua utilização e legalidade. A Súmula 331 do TST tem sido<br />
considerado o único princípio legal, aceito tanto pela justiça<br />
do Trabalho quanto pelas autoridades do MTE. A união das<br />
entidades representativas da categoria tem atuado junto aos<br />
poderes Legislativos e Executivos, que nos dá a esperança de<br />
ter em 2013 um marco regulatório para estas atividades”.<br />
márcia Costantini<br />
diretora regional no Rio de Janeiro<br />
“Entendo que 2012 tenha sido um ano de consolidação da <strong>Asserttem</strong> como referência nacional do setor de<br />
Trabalho Temporário. Fomos utilizados como fonte até para o Governo Federal. Em 2013 aumentaremos nossa<br />
representatividade em outros Estados para um maior fortalecimento da entidade”.
<strong>Asserttem</strong><br />
Trabalhando para gerar trabalho<br />
Há 42 anos, a <strong>Asserttem</strong><br />
representa no Brasil as<br />
empresas de Trabalho<br />
Temporário e de Serviços<br />
Especializados.<br />
Com associados em todo o<br />
País, a <strong>Asserttem</strong> agrega<br />
valor a este importante<br />
mercado, defendendo<br />
interesses e propondo<br />
soluções para o aumento<br />
contínuo de geração de<br />
empresas formal e renda.<br />
Tel.: (11) 3121-0088<br />
asserttem@asserttem.com.br<br />
www.asserttem.com.br<br />
PRESSTEM<br />
51
Tecnologia em RH para<br />
uma administração estratégica<br />
_Folha de pagamento<br />
• Efetivos<br />
• Temporários<br />
• Terceirizados<br />
_Faturamento<br />
_Contas a pagar e receber<br />
_Bancos<br />
_Custos<br />
_Contabilidade<br />
_Comercial (CRM) - Novo<br />
_Orçamento - Novo<br />
_Sped Contabil / Pis-Cofins / Fcont<br />
_Controle de ativo<br />
_Compras / Estoque<br />
_Portal na Web<br />
• Cadastramento de funcionários<br />
• Digitação de movimento da folha<br />
• Holerite de pagamento<br />
• Recibos de benefícios<br />
• Emissão da folha de ponto<br />
• Rescisão<br />
• Férias, etc.<br />
A Ginfor deseja<br />
a todos um<br />
Feliz Natal<br />
e próspero<br />
Ano Novo!<br />
Porque você merece ser bem tratado!<br />
(11) 5525-0670 | www.gi.com.br<br />
Rua José Debieux, 325 - São Paulo - SP | vendas@gi.com.br