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Diretora - Departamento de Relações Internacionais da PUC Minas

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11º MINI ONU<br />

Gabinete Militar Brasileiro<br />

Guerra <strong>da</strong>s Malvinas – 1982<br />

Guia <strong>de</strong> Estudos<br />

<strong>Diretora</strong><br />

Naiara Serpa Rocha<br />

Diretores Assistentes<br />

Daniele Cardoso<br />

Marcella Chompré


SUMÁRIO<br />

1.APRESENTAÇÕES ............................................................................................................... 5<br />

1.1. DIRETORA .......................................................................................................................... 5<br />

1.2. DIRETORAS ASSISTENTES .................................................................................................... 5<br />

2.INTRODUÇÃO ...................................................................................................................... 7<br />

3.HISTÓRIA DAS MALVINAS ............................................................................................... 8<br />

3.1. O INTERESSE INGLÊS ........................................................................................................... 9<br />

3.2. O INTERESSE ARGENTINO ................................................................................................... 9<br />

3.3. O FIM DO CONFLITO .......................................................................................................... 10<br />

4.MALVINAS, O BRASIL E A RESOLUÇÃO DO CONFLITO ......................................... 11<br />

5.DITADURA MILITAR BRASILEIRA ............................................................................... 13<br />

6.O GABINETE MILITAR BRASILEIRO 1982 .................................................................. 14<br />

6.1. ESTRUTURA DO COMITÊ E SEUS MEMBROS ........................................................................ 14<br />

6.1.1. Ministério <strong>da</strong> Marinha ................................................................................................... 14<br />

6.1.2. Ministério do Exército ................................................................................................... 15<br />

6.1.3. Ministério <strong>da</strong>s <strong>Relações</strong> Exteriores ................................................................................ 16<br />

6.1.4. Ministério <strong>da</strong> Aeronáutica ............................................................................................. 16<br />

6.1.5. Secretaria <strong>de</strong> Comunicação Social ................................................................................ 16<br />

6.1.6. Ministério <strong>da</strong>s Comunicações ........................................................................................ 17<br />

6.1.7. Gabinete Militar ............................................................................................................ 17<br />

6.1.8. Gabinete Civil ............................................................................................................... 17<br />

6.1.9. Serviço Nacional <strong>de</strong> Informações ................................................................................... 17<br />

6.1.10. Estado-Maior <strong>da</strong>s Forças Arma<strong>da</strong>s ............................................................................... 18<br />

1. 7.REGRAS DO COMITÊ ................................................................................................ 18<br />

7.1. MESA ............................................................................................................................... 18<br />

7.2. MODERAÇÃO .................................................................................................................... 19<br />

7.3. COMUNICAÇÃO E IMPRENSA .............................................................................................. 19<br />

7.4. QUÓRUM .......................................................................................................................... 20<br />

8.PROCESSO DECISÓRIO ................................................................................................... 20<br />

9.QUESTÕES PARA ORIENTACAO DOS DEBATES ....................................................... 20<br />

3


10.BIBLIOGRAFIA ................................................................................................................ 22<br />

11. ANEXOS ............................................................................................................................... 23<br />

4


1. APRESENTAÇÕES<br />

1.1. <strong>Diretora</strong><br />

Chamo-me Naiara Serpa Rocha e esta é a minha quarta participação no Mo<strong>de</strong>lo Intercolegial<br />

<strong>da</strong>s Nações Uni<strong>da</strong>s. Minha atuação em tal projeto iniciou-se como voluntária acadêmica do Comitê<br />

PNUD 1 no ano <strong>de</strong> 2007, participei ain<strong>da</strong>, do Gabinete Soviético no ano <strong>de</strong> 2008, como diretora-<br />

assistente. Já no ano <strong>de</strong> 2009, tive o imenso prazer <strong>de</strong> tomar parte na edição comemorativa do<br />

mo<strong>de</strong>lo - décimo Mini Onu - como <strong>Diretora</strong> <strong>da</strong> Corte Internacional <strong>de</strong> Justiça, que julgou o caso<br />

relativo ao corpo diplomático e consular dos Estados Unidos em Teerã - (Estados Unidos <strong>da</strong><br />

América v. Irã).<br />

Neste ano tenho o gran<strong>de</strong> privilégio <strong>de</strong> ser <strong>Diretora</strong> novamente, ao lado <strong>de</strong> minhas<br />

assistentes que se apresentarão logo abaixo, com mais um Comitê inovador e <strong>de</strong>safiador, o Gabinete<br />

Militar Brasileiro <strong>de</strong> 1982. Meu objetivo em formular tal tema consiste em uma atenção maior às<br />

articulações diplomáticas brasileiras no que concerne ao envolvimento do país no confronto <strong>da</strong><br />

Guerra <strong>da</strong>s Malvinas, sobretudo, em um período obscuro <strong>de</strong> nossa história, que foi a Ditadura<br />

Militar. Espero que possamos trabalhar em conjunto e fazer mais uma vez que seja memorável<br />

nossa participação em mais uma edição do Mini Onu.<br />

1.2. <strong>Diretora</strong>s Assistentes<br />

5<br />

Naiara Serpa Rocha<br />

Faço parte do Comitê Gabinete Militar Brasileiro como diretora assistente, meu nome é<br />

Daniele Cardoso do Nascimento e estou no início do quarto período <strong>de</strong> <strong>Relações</strong> <strong>Internacionais</strong>,<br />

turno manhã. Tive a oportuni<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> participar <strong>da</strong> décima edição do projeto MINI ONU como<br />

voluntária acadêmica do comitê União Africana. To<strong>da</strong> a experiência foi muito gratificante, pu<strong>de</strong><br />

perceber importância <strong>de</strong>ste projeto para a vi<strong>da</strong> acadêmica <strong>de</strong> todos os interessados. É uma<br />

oportuni<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolver senso crítico e trabalho em equipe. O Gabinete Militar Brasileiro <strong>de</strong><br />

1982 me atraiu por abor<strong>da</strong>r uma área, on<strong>de</strong> existe pouca ênfase e estudo; acredito que a Guerra <strong>da</strong>s<br />

1 A sigla PNUD refere-se ao Programa <strong>da</strong>s Nações Uni<strong>da</strong>s para o Desenvolvimento.


Malvinas sob uma percepção militar brasileira será um importante complemento. Po<strong>de</strong>remos<br />

enten<strong>de</strong>r a guerra em si e como o Brasil se portou diante <strong>de</strong> tal fato internacional, como organizou<br />

suas <strong>de</strong>cisões e articulou sua barganha política.<br />

Daniele Cardoso<br />

Chamo-me Marcella Chompré Silva, sou graduan<strong>da</strong> do quinto período do curso <strong>de</strong> <strong>Relações</strong><br />

<strong>Internacionais</strong> pela Pontifícia Universi<strong>da</strong><strong>de</strong> Católica <strong>de</strong> <strong>Minas</strong> Gerais. Esta é minha segun<strong>da</strong><br />

participação do projeto <strong>de</strong> simulação Mini Onu, sendo que a primeira foi como voluntária<br />

acadêmica do Comitê <strong>da</strong> Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) no ano <strong>de</strong> 2009.<br />

Participar <strong>de</strong> um Comitê militar é uma experiência muito gratificante, visto que este tipo <strong>de</strong><br />

simulação se mostra mais dinâmica durante as negociações.<br />

A questão militar brasileira é um tema que muito <strong>de</strong>sperta meu interesse, sendo idéia<br />

central do meu ensaio <strong>da</strong> monografia, que trabalhará o impacto que a MINUSTAH (missão <strong>de</strong> paz<br />

coman<strong>da</strong><strong>da</strong> pelo Brasil no Haiti) gera sobre a economia e as capaci<strong>da</strong><strong>de</strong>s militares brasileiras. Por<br />

este motivo, surgiu meu interesse <strong>de</strong> trabalhar no Gabinete Militar Brasileiro <strong>de</strong> 1982, a fim <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>senvolver meu conhecimento sobre a postura militar do Brasil mediante conflitos.<br />

Marcella Chompré<br />

6


2. INTRODUÇÃO<br />

Ao iniciar nossos estudos para o Comitê Gabinete Militar Brasileiro <strong>de</strong> 1982 (GMB),<br />

faz-se extremamente importante enten<strong>de</strong>r a completa conjuntura na qual se insere o tema a ser<br />

discutido. O envolvimento na Guerra <strong>da</strong>s Malvinas <strong>de</strong>ve ser analisado com cui<strong>da</strong>do e atenção, sem<br />

que, contudo, se negligencie o cenário interno brasileiro, marcado pela ditadura militar.<br />

Com a finali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> auxiliar os estudos do Comitê GMB. Este guia foi elaborado, <strong>de</strong><br />

maneira que todo o seu conteúdo foi constituído <strong>de</strong> forma a fornecer informações seguras para o<br />

auxílio dos futuros <strong>de</strong>legados que comporão o Comitê em questão.<br />

Cabe ressaltar, que apesar <strong>de</strong> incorporar os elementos básicos para o entendimento<br />

do projeto <strong>de</strong> simulação, outras fontes <strong>de</strong> estudo po<strong>de</strong>m e <strong>de</strong>vem ser utiliza<strong>da</strong>s para que haja<br />

aprimoramento do conhecimento acerca <strong>da</strong>s questões que serão discuti<strong>da</strong>s no ambiente <strong>de</strong><br />

simulação. Aconselha-se a busca <strong>de</strong> fontes seguras, para que <strong>de</strong>ssa forma se evite a obtenção <strong>de</strong><br />

recursos e instrumentos falaciosos, que po<strong>de</strong>m porventura, confundir e com isso comprometer o<br />

an<strong>da</strong>mento e os <strong>de</strong>bates <strong>de</strong>ntro do Gabinete Militar Brasileiro.<br />

Lembra-se ain<strong>da</strong>, <strong>da</strong> importância do uso contínuo <strong>da</strong>s informações posta<strong>da</strong>s no blog<br />

oficial do GMB – www.gmb1982.wordprees.com – espaço <strong>de</strong>stinado à disponibilização <strong>de</strong> fontes<br />

<strong>de</strong> estudos e questões relevantes para o papel <strong>de</strong> ca<strong>da</strong> ator <strong>de</strong>ntro do Comitê. O blog ain<strong>da</strong> servirá<br />

como fonte <strong>de</strong> comunicação entre a mesa diretora e os membros que farão parte do GMB. A<strong>de</strong>mais,<br />

para quaisquer dúvi<strong>da</strong>s e mais informações não hesitem em entrar em contato através do e-mail:<br />

naiara_sr@yahoo.com.br.<br />

Na esperança <strong>de</strong> que obtenhamos uma excelente simulação, a mesa diretora <strong>de</strong>ste<br />

Comitê, <strong>de</strong>seja a todos um ótimo processo <strong>de</strong> preparação e estudos.<br />

7


3. HISTÓRIA DAS MALVINAS<br />

De acordo com Jaguaribe (1985), em 1592 as Ilhas Malvinas foram <strong>de</strong>scobertas pelo<br />

navegador inglês John Davis e estas permaneceram por muito tempo sem <strong>de</strong>spertar o interesse <strong>de</strong><br />

outras nações. O nome "Falklands", segundo o autor, foi <strong>da</strong>do por John Strong em 1690, em<br />

homenagem ao Viscon<strong>de</strong> <strong>de</strong> Falkand, já o nome "Malvinas" <strong>de</strong>riva do nome francês Îles Malouines,<br />

<strong>da</strong>do em 1764 por Louis Antoine <strong>de</strong> Bougainville em referência à ci<strong>da</strong><strong>de</strong> francesa <strong>de</strong> Saint-Malo.<br />

Segundo Pascoe e Pepper (2008), os primeiros a ocuparem <strong>de</strong> fato as Ilhas Malvinas foram<br />

os franceses, porém, em 1765, John Byron (Britânico), ignorando a presença francesa nas Ilhas<br />

estabeleceu uma base inglesa na região oci<strong>de</strong>ntal <strong>da</strong> Malvina, em Egmont. No ano <strong>de</strong> 1766 a<br />

França, por sua vez, ven<strong>de</strong>u sua base <strong>de</strong> ocupação para a Espanha.<br />

Segundo Jaguaribe (1985), a Espanha, <strong>de</strong>scontente com a presença inglesa na região<br />

<strong>de</strong>clarou guerra aos britânicos com intuito <strong>de</strong> reclamar a posse <strong>de</strong> todo o território. Entretanto, a<br />

disputa chegou ao fim no ano seguinte, uma vez que entre as partes beligerantes firmou-se um<br />

acordo on<strong>de</strong> a porção oriental seria <strong>de</strong> posse espanhola, e a região oci<strong>de</strong>ntal britânica.<br />

A Argentina, no início do século XIX, <strong>de</strong> acordo com Jaguaribe, começou a <strong>de</strong>monstrar seu<br />

interesse pelo território. No ano <strong>de</strong> 1828 os argentinos instauraram nas Malvinas uma colônia, e no<br />

ano <strong>de</strong> 1829, Luis Vernet foi nomeado governador <strong>da</strong> nova colônia argentina. Assim, já em 1831<br />

tem-se a soberania Argentina sobre as Malvinas, como her<strong>de</strong>ira e sucessora <strong>da</strong> então possessão<br />

espanhola na região. Tal ocupação argentina não foi bem aceita pelos ingleses, que no ano <strong>de</strong>1833<br />

invadiram as Ilhas, mas a Argentina mantevesse firme em sua reivindicação, pois acreditava que as<br />

ilhas faziam parte <strong>de</strong> seu território e consi<strong>de</strong>raram a invasão realiza<strong>da</strong> pelos britânicos arbitraria.<br />

Entretanto, Jaguaribe (1985) afirma que a Argentina, um país que havia se tornado<br />

in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte recentemente, não dispunha <strong>de</strong> uma estrutura interna coesa, sua economia era<br />

extremamente <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> mercados externos e <strong>de</strong>vido a outros agravantes não tinha como<br />

enfrentar um Estado tão po<strong>de</strong>roso como o inglês.<br />

Assim, <strong>de</strong> acordo com o mesmo, a Grã Bretanha não <strong>de</strong>ixou suas bases nas Malvinas e o<br />

impasse se prolongou até a operação militar argentina no dia 2 <strong>de</strong> Abril <strong>de</strong> 1982. Segundo Cairo<br />

(1996), as razões pelas quais as Ilhas Malvinas eram <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> importância tanto para a Argentina<br />

como para Grã Bretanha po<strong>de</strong>m ser explica<strong>da</strong>s pelo interesse econômico <strong>de</strong>vido à possível<br />

existência <strong>de</strong> petróleo na plataforma continental e também a lucrativi<strong>da</strong><strong>de</strong> que po<strong>de</strong>ria ser alcança<strong>da</strong><br />

<strong>de</strong>vido à riqueza <strong>da</strong> pesca.<br />

8


3.1. O Interesse Inglês<br />

Segundo Lorenz (2006), o interesse britânico pela posse <strong>da</strong>s Ilhas Malvinas e <strong>da</strong>tado <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o<br />

século XVI, em que o governo inglês vem disputando o direito à soberania local, primeiro com o<br />

Império Espanhol e a França durante os séculos XIX, e no século XX com a Argentina.<br />

Inicialmente os argumentos britânicos, segundo Maia (2009), estavam concentrados na<br />

importância estratégica e logística do arquipélago, visto que a posse do mesmo po<strong>de</strong>ria ser<br />

favorável em caso <strong>de</strong> conflitos no Atlântico Sul, além <strong>de</strong> garantir a presença inglesa na América do<br />

Sul. Segundo reportagem especial <strong>da</strong> BBC (2002), durante o início do século XX o po<strong>de</strong>r britânico<br />

havia sido posto em xeque pela <strong>de</strong>vastação gera<strong>da</strong> pela Segun<strong>da</strong> Guerra Mundial e pela conseqüente<br />

Guerra Fria. A luta britânica na Guerra <strong>da</strong>s Malvinas po<strong>de</strong> ser vista como mecanismo <strong>de</strong> reassumir<br />

um papel <strong>de</strong> <strong>de</strong>staque político e reativar a auto-estima <strong>de</strong> seu país.<br />

Segundo Maia (2007), durante a Guerra <strong>da</strong>s Malvinas o discurso britânico se pautava no fato<br />

<strong>de</strong> que a população <strong>da</strong>s Ilhas é basicamente britânica e contrária à transferência <strong>de</strong> po<strong>de</strong>r para a<br />

Argentina. Logo, seria obrigação do governo inglês preserva o interesse <strong>da</strong> população local <strong>de</strong><br />

permanecer sob o domínio britânico. Desta forma iria garantir, segundo a coroa britânica, o direito à<br />

auto<strong>de</strong>terminação <strong>da</strong> população e a segurança <strong>da</strong>s Ilhas Malvinas.<br />

3.2. O Interesse Argentino<br />

O interesse dos argentinos em ter a posse <strong>da</strong>s Ilhas Malvinas, segundo Jaguaribe, po<strong>de</strong> ser<br />

<strong>de</strong>scrito basicamente pelo <strong>de</strong>sejo do governo em reconquistar a confiança e sua credibili<strong>da</strong><strong>de</strong> junto à<br />

nação. No período em questão a Argentina se encontrava com gran<strong>de</strong>s dificul<strong>da</strong><strong>de</strong>s em sua<br />

conjuntura econômica e política, uma vez que as conseqüências do regime militar <strong>de</strong>sequilibraram<br />

todo o país e sua população. Obter a posse <strong>da</strong> ilhas Malvinas representava também uma tentativa do<br />

governo argentino <strong>de</strong> reconquistar o apoio <strong>de</strong> seu povo.<br />

Sendo assim, o General Galtieri, segundo Jaguaribe, resolveu ocupar militarmente as<br />

Malvinas para mobilizar patrioticamente o país e po<strong>de</strong>-se afirmar que o mesmo obteve sucesso em<br />

sua ação. Contudo, conforme <strong>de</strong>scrito por Jaguaribe, o governo dos Estados Unidos <strong>da</strong> América<br />

(EUA), através <strong>da</strong> figura do presi<strong>de</strong>nte Reagan tentou dissuadir o General Galtieri <strong>de</strong> iniciar um<br />

confronto armado pela posse do território em questão, em contraparti<strong>da</strong>, a primeira ministra<br />

britânica, Margaret Thatcher adotou imediatamente uma retaliação militar.<br />

9


Segundo Jaguaribe, o Conselho <strong>de</strong> Segurança <strong>da</strong>s Nações Uni<strong>da</strong>s ain<strong>da</strong> tentou coor<strong>de</strong>nar<br />

uma ação <strong>de</strong> retira<strong>da</strong> <strong>da</strong>s tropas argentinas, e o secretário do Estado americano, Alexandre Haig,<br />

quis tentar uma solução diplomática, on<strong>de</strong> os EUA tentariam ser o mediador do conflito, porém, tal<br />

não obteve sucesso, uma vez que nenhuma <strong>da</strong>s partes queria ce<strong>de</strong>r.<br />

3.3. O fim do conflito<br />

Segundo Jaguaribe (1985), com o fracasso <strong>da</strong> mediação norte americana, os EUA apoiaram<br />

o Estado britânico e assim ofereceram á Grã Bretanha todo tipo <strong>de</strong> aju<strong>da</strong>. O impasse continuou<br />

entre Argentina e Grã-Bretanha e na primeira semana <strong>de</strong> maio foi registrado um confronto naval.<br />

Segundo Ramalho (2010), o saldo final <strong>da</strong> guerra foi a morte <strong>de</strong> 649 sol<strong>da</strong>dos argentinos,<br />

255 britânicos e 3 civis <strong>da</strong>s ilhas. Dessa maneira, o Reino Unido recupera o arquipélago. Na<br />

Argentina, <strong>de</strong> acordo com Jaguaribe, a <strong>de</strong>rrota no conflito fortaleceu a que<strong>da</strong> <strong>da</strong> Junta militar que<br />

governava o país e com isso houve a restauração <strong>da</strong> <strong>de</strong>mocracia como forma <strong>de</strong> governo.<br />

10


4. MALVINAS, O BRASIL E A RESOLUÇÃO DO CONFLITO<br />

De acordo com Maia (2007) no ano <strong>de</strong> 1982, Argentina e Inglaterra travaram um conflito<br />

armado com intuito <strong>de</strong> reclamarem a posse <strong>da</strong>s ilhas Malvinas. Des<strong>de</strong> 1829 o conjunto <strong>de</strong> ilhas<br />

estava sob domínio dos argentinos, contudo, do ano <strong>de</strong> 1833 até 1982 os ingleses se apossaram do<br />

território. A fim <strong>de</strong> reconquistar o arquipélago, o governo Argentino <strong>de</strong>ci<strong>de</strong> atacar enviando<br />

mergulhadores às Malvinas com o objetivo <strong>de</strong> iniciarem a ocupação do local.<br />

Vários embates foram travados entre os sol<strong>da</strong>dos ingleses e argentinos, o que culminou com<br />

o rompimento <strong>da</strong>s relações diplomáticas entre os dois países. A repercussão internacional fez com<br />

que terceiros Estados se envolvessem no conflito. Os Estados Unidos <strong>da</strong> América, por exemplo,<br />

promoveram uma série <strong>de</strong> embargos econômicos à Argentina com intuito <strong>de</strong> coagirem tal governo a<br />

retroce<strong>de</strong>r no confronto.<br />

Segundo Moraes (2006), no mês <strong>de</strong> junho <strong>de</strong> 1982, o Brasil escoltou o pouso do<br />

bombar<strong>de</strong>iro Vulcan2, aeronave <strong>da</strong> Força Aérea Inglesa, que apresentava problemas mecânicos e<br />

estava carrega<strong>da</strong> <strong>de</strong> armamentos, em seu solo nacional. Desse momento em diante, o governo<br />

brasileiro estava diretamente comprometido com ambas as nações, uma vez que suas <strong>de</strong>cisões<br />

acerca dos futuros procedimentos a serem tomados a respeito do piloto inglês, <strong>da</strong> aeronave e todo o<br />

carregamento bélico, seriam interpreta<strong>da</strong>s por ambas as partes do confronto, e também pelas <strong>de</strong>mais<br />

nações do mundo. Fatores que condicionavam as relações exteriores brasileiras com tais Estados a<br />

possíveis <strong>de</strong>sacordos e abalos.<br />

No contexto <strong>de</strong> ditadura em que se encontrava o Brasil na época, o general e presi<strong>de</strong>nte João<br />

Baptista Figueiredo, se encontrava em um gran<strong>de</strong> dilema para <strong>de</strong>finir a estratégia brasileira que<br />

melhor aprouvesse à situação. O país visava manter o status <strong>de</strong> neutrali<strong>da</strong><strong>de</strong>, e resolver o infortúnio<br />

entre as nações <strong>de</strong> maneira diplomática sem ren<strong>de</strong>r maiores comprometimentos aos brasileiros.<br />

Entretanto, “os ingleses reclamavam que, ao mesmo tempo em que retinha o avião, o<br />

governo brasileiro fazia vista grossa para a passagem pelo Brasil, em escala técnica, <strong>de</strong> aviões com<br />

armamentos vindos <strong>da</strong> Líbia rumo à Argentina.“ (MORAES, 2006, p. 1). Tais acusações<br />

pressionavam ain<strong>da</strong> mais as ações brasileiras no que tange a resolução <strong>de</strong> tal impasse.<br />

As ações brasileiras estavam <strong>de</strong>masia<strong>da</strong>mente criva<strong>da</strong>s pelas ameaças e riscos impostos<br />

tanto pelas circustâncias do confronto quanto pelas partes envolvi<strong>da</strong>s. As atitu<strong>de</strong>s do Brasil<br />

contavam ain<strong>da</strong> com fatores que impactavam mais gravemente a maneira <strong>de</strong> como proce<strong>de</strong>r, a<br />

escassez <strong>de</strong> tempo, as influências do próprio conflito, as pressões inglesas e argentinas eram uma<br />

2 Ver anexo 1.<br />

11


combinação que contribuiam para o peso e responsabili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> postura que seria adota<strong>da</strong> pelo<br />

governo brasileiro.<br />

A questão <strong>da</strong> diplomacia brasileira estava sobremaneira complica<strong>da</strong>, uma vez que, <strong>de</strong> acordo<br />

com Moraes (2006) vários instrumentos do direito internacional po<strong>de</strong>riam ser evocados naquele<br />

momento como, por exemplo, o princípio <strong>de</strong> neutrali<strong>da</strong><strong>de</strong> tanto em relação à Argentina quanto à<br />

Inglaterra.<br />

A melhor resolução <strong>de</strong>fini<strong>da</strong> para o entrave triangular, naquele momento, foi a liberação do<br />

piloto inglês para retornar ao seu país <strong>de</strong> origem, e a <strong>de</strong>volução do bombar<strong>de</strong>iro Vulcan às Forças<br />

inglesas, porém, o mesmo retornaria completamente <strong>de</strong>scarregado, para que <strong>de</strong>ssa maneira ficassem<br />

claras as reais intensões do Brasil <strong>de</strong> não intervir no conflito, evitando <strong>de</strong>ssa forma maiores<br />

implicações com as partes do conflito.<br />

A Guerra <strong>da</strong>s Malvinas foi encerra<strong>da</strong> com a rendição do governo argentino no fim do mês<br />

<strong>de</strong> junho. A prepon<strong>de</strong>rância bélica inglesa em <strong>de</strong>trimento <strong>da</strong>s forças argentinas eram<br />

<strong>de</strong>masia<strong>da</strong>mente significativas, a série <strong>de</strong> ataques ingleses à pontos estratégicos específicos<br />

argentinos minaram as forças <strong>da</strong> Argentina. O <strong>de</strong>sfecho <strong>da</strong> Guerra fez com que o arquipélago<br />

ficasse sobre forças inglesas e assim permanecem até os dias atuais.<br />

12


5. DITADURA MILITAR BRASILEIRA<br />

O golpe militar que instaurou a ditadura militar no Brasil no ano <strong>de</strong> 1964, teve como<br />

principal característica, segundo Gonçalves e Miyamoto, a autori<strong>da</strong><strong>de</strong> em que os militares<br />

assumiram o governo e com ele a guar<strong>da</strong> <strong>da</strong> tutela do Estado brasileiro. “O movimento <strong>de</strong> 64<br />

marcou o fim do papel tradicional <strong>de</strong> po<strong>de</strong>r mo<strong>de</strong>rado dos militares e inaugurou uma nova fase, em<br />

que estes passaram a exercer efetivamente o po<strong>de</strong>r <strong>de</strong> Estados”. (SILVA apud GONÇALVES E<br />

MYIAMOTO, 1993, p. 3).<br />

O motivo o que originou o Golpe <strong>de</strong> 1964, <strong>de</strong> acordo com os autores citados acima, se<br />

justifica na postura mais esquerdista adota<strong>da</strong> pelo governo <strong>de</strong> João Goulart. Vários setores <strong>da</strong><br />

população brasileira estavam <strong>de</strong>scontentes com as ações <strong>de</strong> tal governo e com isso o <strong>de</strong>scontrole<br />

político <strong>da</strong> elite brasileiro se fez uma importante circunstância para que assim os militares<br />

implemetassem suas ações. “Nesse sentido, o golpe militar preencheu expectativas <strong>de</strong> todos os<br />

setores que sentiam impotentes para restabelecer o equilíbrio político[...](GONÇALVES E<br />

MYIAMOTO, 1993, p. 3).<br />

Em março do ano <strong>de</strong> 1979, o militar previsto para governar o último ano <strong>de</strong> ditadura era o<br />

General João Baptista Oliveira Figueiredo, segundo Gonçalves e Miyamoto, Figueiredo <strong>de</strong>veria<br />

cumprir a última etapa <strong>de</strong> abertura política, criando assim as bases para a implantação <strong>da</strong> <strong>de</strong>mcracia.<br />

Porém, essa etapa <strong>de</strong> adoção dos preceitos <strong>de</strong>mocráticas não foi posta em prática conforme era<br />

previsto. “A crise econômica interna, acentua<strong>da</strong> pelo quadro recessivo externo, atiçando a<br />

impaciência <strong>da</strong> socie<strong>da</strong><strong>de</strong> pelas reformas, condicionou uma série <strong>de</strong> percalços.”( GONÇALVES E<br />

MYIAMOTO, 1993, p. 3).<br />

Assim, o governo Figueiredo em sua política externa, <strong>de</strong>vido aos agravantes externos,<br />

sempre buscou implementar ações que envolvessem vários países, segundo Gonçalves e Miyamoto,<br />

porém, sempre conce<strong>de</strong>ndo gran<strong>de</strong> foco aos países fronteriços, uma vez que os mesmo são<br />

importantes Estados na conjuntura regional <strong>da</strong> América Latina, principalmente a Argentina.<br />

13


6. O GABINETE MILITAR BRASILEIRO 1982<br />

O Gabinete Militar Brasileiro reunido em junho do ano <strong>de</strong> 1982, quando o então Presi<strong>de</strong>nte<br />

General João Baptista Oliveira Figueiredo, convocou seus Ministros <strong>de</strong> Estado e Chefes <strong>de</strong><br />

Gabinetes tinha como finali<strong>da</strong><strong>de</strong> discussão e analise sobre as perspectivas e soluções para Guerra<br />

<strong>da</strong>s Malvinas a partir do envolvimento do país no caso do pouso <strong>de</strong> urgência <strong>da</strong> aeronave inglesa<br />

em território nacional.<br />

A pauta <strong>da</strong> reunião se foca nas condições brasileiras em agir <strong>de</strong> maneira a garantir<br />

primeiramente a segurança nacional e posteriormente evitar prováveis “embaraços” diplomáticos<br />

entre Brasil – Argentina e Brasil – Inglaterra e o possível envolvimento <strong>da</strong> nação brasileira no<br />

confronto.<br />

Os atores terão que agir fun<strong>da</strong>mentando sua postura na conjuntura brasileira no conflito.<br />

Diversos documentos serão disponibilizados via o blog do Comitê<br />

(www.gmb1982.wordpress.com), bem como introduzidos ao Comitê sendo que os mesmos servirão<br />

como instrumento <strong>de</strong> trabalho para os membros do Gabinete, que terão que formular uma resolução<br />

para o caso baseado nas informações disponibiliza<strong>da</strong>s em um período <strong>de</strong> tempo extramente curto,<br />

uma vez que o conflito é contun<strong>de</strong>nte e as pressões externas agu<strong>da</strong>s.<br />

6.1. Estrutura do Comitê e seus Membros<br />

O Gabinete será composto por trinta dois membros que representarão aos ministérios e os<br />

órgãos nacionais que serão <strong>de</strong>scritos abaixo. A presidência do Brasil, tanto a figura do presi<strong>de</strong>nte<br />

quanto seu vice, será representa<strong>da</strong> pela mesa do Comitê, <strong>Diretora</strong> e Diretores Assistentes,<br />

respectivamente. Os outros trinta componentes, cargos <strong>de</strong>stinados aos futuros <strong>de</strong>legados do Comitê,<br />

serão ministros e representantes militares que na época exerciam as funções que serão especifica<strong>da</strong>s<br />

abaixo <strong>de</strong> acordo com as agências e órgãos presentes no Comitê GMB 1982.<br />

6.1.1. Ministério <strong>da</strong> Marinha<br />

14


Segundo a Marinha do Brasil, tal órgão tem como missão ser capaz <strong>de</strong> organizar e empregar<br />

todo o seu po<strong>de</strong>rio naval, para que <strong>de</strong>ssa forma seja garanti<strong>da</strong> a segurança <strong>da</strong> nação brasileira, com<br />

vistas a manter a or<strong>de</strong>m no país. O órgão ain<strong>da</strong> <strong>de</strong>ve prestar auxílio ao governo no que concerne às<br />

questões <strong>de</strong> envolvimento internacional com o objetivo <strong>de</strong> salvaguar<strong>da</strong>r todos os interesses<br />

nacionais. O Ministério <strong>da</strong> Marinha, ain<strong>da</strong> coloca à disposição <strong>da</strong> socie<strong>da</strong><strong>de</strong> brasileira to<strong>da</strong> sua<br />

equipe e serviços navais, aeronavais e seus fuzileiros a fim <strong>de</strong> que se cumpra sua missão perante seu<br />

país, seja em questões nacionais ou internacionais. Os membros do Gabinete Militar representantes<br />

<strong>da</strong>s forças navais são os senhores:<br />

1. MAXIMIANO EDUARDO DA SILVA FONSECA<br />

2. ROBERTO ÂNDERSEN CAVALCÂNTI<br />

3. JOSÉ GERARDO THEÓPHILO ALBANO DE<br />

4. ALFREDO KARAM<br />

5. RAPHAEL AZEVEDO BRANCO<br />

6.1.2. Ministério do Exército<br />

O Exército Brasileiro tem como objetivo organizar as forças terrestres <strong>de</strong> modo que se<br />

garanta a proteção <strong>da</strong> Pátria. Ain<strong>da</strong> <strong>de</strong>ve sempre se prontificar para atuar junto ao governo em<br />

quaisquer tipos <strong>de</strong> operações seja internacionais ou internas, <strong>de</strong> modo a todo instante apoiar a<br />

política externa <strong>da</strong> nação. Representarão as forças terrestres brasileiras os senhores:<br />

6. WÁLTER PIRES DE CARVALHO E ALBUQUERQUE<br />

7. ERNÂNI AYROSA DA SILVA<br />

8. ANTÔNIO FERREIRA MARQUES<br />

9. TULIO CHAGAS NOGUEIRA<br />

10. ALZIR BENJAMIM CHALOUB<br />

15


6.1.3. Ministério <strong>da</strong>s <strong>Relações</strong> Exteriores<br />

O Ministério <strong>da</strong>s <strong>Relações</strong> Exteriores tem como função a administração, <strong>de</strong> forma a auxiliar<br />

o Presi<strong>de</strong>nte, <strong>da</strong>s questões <strong>de</strong> formulação e resolução <strong>da</strong>s políticas exteriores <strong>da</strong> nação. Bem como<br />

zelar pelas relações diplomáticas brasileiras com as <strong>de</strong>mais nações do mundo e organismos<br />

internacionais, e ain<strong>da</strong> resguar<strong>da</strong>r os interesses nacionais perante o ambiente externo. Abaixo os<br />

representantes do órgão em questão:<br />

11. RAMIRO ELYSIO SARAIVA GUERREIRO<br />

12. JOÃO CLEMENTE BAENA SOARES<br />

13. CARLOS CALERO RODRIGUES<br />

6.1.4. Ministério <strong>da</strong> Aeronáutica<br />

A missão <strong>da</strong> Força Aérea Brasileira (FAB) é <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>r a nação brasileira no que concerne ao<br />

uso do espaço aéreo, assim como a <strong>de</strong>fesa dos pontos externos aéreos que, porventura, coloquem a<br />

segurança <strong>da</strong> socie<strong>da</strong><strong>de</strong> brasileira em risco. A aeronáutica <strong>de</strong>ve manter vigilância, controle, <strong>de</strong>fesa e<br />

organização <strong>de</strong> todos os espaços aéreos que cobrem o país. O órgão <strong>de</strong>ve sempre pautar suas ações<br />

em concordância com o governo nacional. A FAB será representa<strong>da</strong> pelas seguintes figuras:<br />

14. DÉLIO JARDIM DE MATTOS<br />

15. LEONARDO TEIXEIRA COLLARES<br />

16. PAULO DE ABREU COUTINHO<br />

17. RODOLFO BECKER REIFSCHNEIDER<br />

18. BERTHOLINO JOAQUM GONÇALVES NETO<br />

6.1.5. Secretaria <strong>de</strong> Comunicação Social<br />

Órgão responsável pela publicação <strong>de</strong> to<strong>da</strong>s as ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong>senvolvi<strong>da</strong>s pelos parlamentares<br />

em conjunto e convergência com a presidência <strong>da</strong> república. Representante do órgão:<br />

19. EMMANUEL VARGAS LEAL<br />

16


6.1.6. Ministério <strong>da</strong>s Comunicações<br />

O Ministério <strong>da</strong>s Comunicações é a agência responsável pela fiscalização <strong>de</strong> todos os canais<br />

<strong>de</strong> publicização <strong>de</strong> todos os setores <strong>de</strong> comunicação nacional. Agentes responsáveis pela<br />

representação <strong>de</strong> tal organismo:<br />

20. HAROLDO CORRÊA DE MATTOS<br />

21. RÔMULO VILLAR FURTADO<br />

6.1.7. Gabinete Militar<br />

As atribuições do Gabinete Militar Brasileiro consistem em assessorar sempre a presidência<br />

em suas <strong>de</strong>cisões e formulações políticas, tanto internas quanto externas em todos os setores. Bem<br />

como, organizar eventos, como reuniões <strong>de</strong> ministros nacionais e representações e autori<strong>da</strong><strong>de</strong>s<br />

externas para resolução ou promoção <strong>de</strong> ações que sempre <strong>de</strong>fen<strong>da</strong>m o interesse nacional e<br />

resguar<strong>de</strong>m a pátria. Os representantes do Gabinete são:<br />

22. DANILO VENTURINI<br />

23. RUBEM CARLOS LUDWIG<br />

6.1.8. Gabinete Civil<br />

O Gabinete Civil (Casa Civil) é um órgão que auxilia a presidência no que diz respeito às<br />

ações <strong>de</strong> política interna com vistas em coor<strong>de</strong>nar e integrar as ações do governo nacional.<br />

Representante do Gabinete Civil:<br />

24. JOÃO LEITÃO ABREU<br />

6.1.9. Serviço Nacional <strong>de</strong> Informações<br />

17


O Serviço Nacional <strong>de</strong> Informações tem como função coor<strong>de</strong>nar e supervisionar to<strong>da</strong>s as<br />

informações relativas aos assuntos <strong>de</strong> interesse à segurança nacional. Dessa maneira, o órgão é<br />

ligado diretamente à presidência <strong>da</strong> república, e <strong>de</strong>ve operacionalizar suas ações <strong>de</strong> acordo com os<br />

interesses nacionais. Representante do Serviço Nacional <strong>de</strong> Informações:<br />

25. OCTÁVIO AGUIAR DE MEDEIROS<br />

6.1.10. Estado-Maior <strong>da</strong>s Forças Arma<strong>da</strong>s<br />

O Estado- Maior <strong>da</strong>s Forças Arma<strong>da</strong>s tem como competência dirigir as forças arma<strong>da</strong>s<br />

brasileiras (Exército, Marinha e Aeronáutica), garantindo <strong>de</strong>ssa forma a manutenção <strong>da</strong> segurança<br />

nacional. Promover a <strong>de</strong>fesa nacional, bem como implementar as estratégias militares estipula<strong>da</strong>s<br />

para resolução <strong>de</strong> qualquer situação ferisse a integri<strong>da</strong><strong>de</strong> do país. Os representantes do órgão no<br />

Comitê GMB 1982, são os senhores:<br />

26. WALDIR DE VASCONCELOS<br />

27. JOSÉ CALVENTE ARANDA<br />

28. ALACYR FREDERICO WERNER<br />

29. ARTHUR RICART DA COSTA<br />

30. JOSÉ MAGALHÃES DA SILVEIRA<br />

7. REGRAS DO COMITÊ<br />

7.1. Mesa<br />

A mesa será composta pelo Presi<strong>de</strong>nte e seu Vice-Presi<strong>de</strong>nte. Os mesmos possuem a função<br />

<strong>de</strong>: exercer as ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>ração; coor<strong>de</strong>nar os trabalhos articulados <strong>de</strong>ntro Do Gabinete;<br />

18


<strong>de</strong>finir o início e término <strong>de</strong> ca<strong>da</strong> sessão. A mesa também se responsabiliza por manter a<br />

organização do Comitê e possui também plena autonomia <strong>de</strong>cisória.<br />

Os <strong>de</strong>legados que comporão o Gabinete Militar Brasileiro só serão reconhecidos mediante<br />

i<strong>de</strong>ntificação concedi<strong>da</strong> aos mesmos para que assim <strong>de</strong>sempenhem suas respectivas funções. Os<br />

ministros do GMB 1982 se comprometerão a cumprir as regras estipula<strong>da</strong>s neste guia com a<br />

finali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> regular as discussões do mesmo; os ministros também são responsáveis em manter o<br />

<strong>de</strong>coro ao longo <strong>da</strong> simulação, respeitar todos os membros do Comitê, tanto as outras<br />

representações quanto a equipe técnica e <strong>de</strong> coor<strong>de</strong>nação <strong>de</strong> todo o staff do mo<strong>de</strong>lo. Deman<strong>da</strong>-se,<br />

também, que todos os membros do GMB 1982 mantenham o compromisso <strong>de</strong> se a<strong>de</strong>quarem às<br />

normas <strong>de</strong> linguagem a ser utiliza<strong>da</strong> no ambiente <strong>de</strong> simulação, assim como os padrões <strong>de</strong><br />

vestimentas a<strong>de</strong>qua<strong>da</strong>s para participarem do Comitê.<br />

7.2. Mo<strong>de</strong>ração<br />

A mo<strong>de</strong>ração dos <strong>de</strong>bates do Gabinete Militar Brasileiro será <strong>de</strong> responsabili<strong>da</strong><strong>de</strong> do<br />

Presi<strong>de</strong>nte <strong>da</strong> nação, o General João Baptista Oliveira Figueiredo, e na impossibili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong>ste seu<br />

Vice-Presi<strong>de</strong>nte Antônio Aureliano Chaves <strong>de</strong> Mendonça (<strong>Diretora</strong>s assistentes) assumirá a direção<br />

do Gabinete.<br />

7.3. Comunicação e imprensa<br />

A imprensa terá liber<strong>da</strong><strong>de</strong> para freqüentar as sessões do Gabinete Militar, a menos que os<br />

membros do mesmo julguem necessário sigilo acerca <strong>da</strong> discussão. Vale ressaltar que a imprensa<br />

po<strong>de</strong>rá assistir as <strong>de</strong>liberações <strong>de</strong>ntro do GMB 1982, entretanto a elaboração e publicações ficam<br />

<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes <strong>da</strong> aprovação <strong>da</strong> mesa, juntamente com os órgãos competentes, Ministério <strong>da</strong><br />

Comunicação e Serviço Nacional <strong>de</strong> Informações.<br />

Ain<strong>da</strong> lembra-se que a imprensa não terá nenhum tipo <strong>de</strong> representação ativa <strong>de</strong>ntro do<br />

Comitê. A imprensa ain<strong>da</strong> <strong>de</strong>verá apresentar à Mesa, que repassará ao GMB, todo e qualquer tipo<br />

<strong>de</strong> texto antes do mesmo ser enviado para publicação, que ocorrerá somente se for pertinente tanto à<br />

dinâmica do GMB quanto às análises <strong>da</strong> mesa.<br />

19


7.4. Quórum<br />

Para o início <strong>de</strong> ca<strong>da</strong> sessão far-se-á necessária, no mínimo, um terço <strong>da</strong> presença <strong>da</strong>s<br />

<strong>de</strong>legações, ou seja, <strong>de</strong>z membros. Apenas com este número as sessões po<strong>de</strong>rão ser inicia<strong>da</strong>s com o<br />

consentimento <strong>da</strong> mesa.<br />

8. PROCESSO DECISÓRIO<br />

Os processos <strong>de</strong> resolução <strong>de</strong>verão ser pautados em to<strong>da</strong>s as informações introduzi<strong>da</strong>s no<br />

Comitê, bem como em todos os argumentos discutidos e todos os documentos analisados. O corpo<br />

<strong>de</strong> texto <strong>da</strong> resolução a ser <strong>de</strong>senvolvi<strong>da</strong> <strong>de</strong>ve conter to<strong>da</strong>s e quaisquer razões nas quais a mesma se<br />

fun<strong>da</strong>menta, assim como mencionar os nomes <strong>de</strong> todos os <strong>de</strong>legados que contribuíram para com a<br />

sua elaboração. Em segui<strong>da</strong> a mesma <strong>de</strong>ve ser introduzi<strong>da</strong> à Mesa para apreciação e se aprova<strong>da</strong><br />

po<strong>de</strong>rá ser li<strong>da</strong> por um dos elaboradores para todo o Comitê, logo após, a mesma será posta em<br />

discussão e em segui<strong>da</strong> será iniciado o processo <strong>de</strong> votação.<br />

Para que seja aprova<strong>da</strong> a Mesa realizará votação por chama<strong>da</strong>, on<strong>de</strong> todos os <strong>de</strong>legados<br />

serão questionados, em or<strong>de</strong>m alfabética, quanto ao seu posicionamento e <strong>de</strong>verão se pronunciar a<br />

favor, contra, a favor com direitos, contra com direitos e ou po<strong>de</strong>m passar a vez <strong>de</strong> votar a princípio.<br />

Aos <strong>de</strong>legados que utilizarem o recurso <strong>de</strong> passar, os mesmo serão questionados no final <strong>da</strong><br />

chama<strong>da</strong> e só po<strong>de</strong>rão se posicionar a favor ou contra. Àqueles que votarem favor ou contra com<br />

direitos po<strong>de</strong>rão justificar seu voto perante aos <strong>de</strong>mais membros do Comitê. A questão só é<br />

aprova<strong>da</strong> com a obtenção <strong>da</strong> maioria qualifica<strong>da</strong>, ou seja, 2/3 do Comitê.<br />

9. QUESTÕES PARA ORIENTAÇÃO DOS DEBATES<br />

A fim <strong>de</strong> melhor orientar o <strong>de</strong>bate acerca do envolvimento brasileiro na Guerra <strong>da</strong>s<br />

Malvinas, faz-se importante ter em mente pontos específicos para reflexão. Salienta-se que o caso<br />

<strong>da</strong>s Malvinas representa um gran<strong>de</strong> momento <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão para política externa brasileira do período,<br />

por isso e importante que <strong>de</strong>termina<strong>da</strong>s questões sejam claras para todos os membros do presente<br />

20


Comitê, <strong>de</strong> maneira, que todos tenham ciência <strong>da</strong>s implicações e possíveis conseqüências <strong>de</strong> to<strong>da</strong>s<br />

as <strong>de</strong>cisões acerta<strong>da</strong>s <strong>de</strong>ntro do Gabinete.<br />

1. A atual conjuntura política interna do Brasil <strong>de</strong>ve-se enfatizar a dinâmica do período <strong>da</strong><br />

Ditadura Militar;<br />

2. <strong>Relações</strong> econômicas do Brasil com ambas as partes;<br />

3. Posição geográfica do Brasil;<br />

4. Implicações políticas caso tome-se parte no conflito, in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> qual lado;<br />

5. Custo <strong>de</strong> mobilização do Estado-Maior <strong>da</strong>s Forcas Arma<strong>da</strong>s;<br />

6. Capaci<strong>da</strong><strong>de</strong>s bélicas do Brasil, caso seja necessário envolvimento bélico;<br />

7. Tratado <strong>de</strong> Neutrali<strong>da</strong><strong>de</strong>;<br />

8. Implicações econômicas caso se tome parte em algum lado do conflito;<br />

9. Opinião publica interna e influencia no regime político interno e na política externa<br />

brasileira;<br />

10. Repercussão internacional <strong>da</strong> postura brasileira perante o conflito.<br />

21


10. BIBLIOGRAFIA<br />

ABIN. O Serviço Nacional <strong>de</strong> Informações. Disponível em:<br />

Acesso em: 21 abr. 2010.<br />

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Acesso em: 21 abr.<br />

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Britânico. Editora Novo Século, 1995<br />

CÂMARA DOS DEPUTADOS. Estrutura Administrativa. Disponível em:<br />

Acesso em:<br />

21 abr. 2010.<br />

CASA CIVIL. Competência. Disponível em:<br />

Acesso em: 21 abr. 2010.<br />

EXÉRCITO BRASILEIRO. Missão e Visão <strong>de</strong> Futuro. Disponível em:<br />

Acesso em: 21 abr.2010.<br />

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JAGUARIBE, Helio. Reflexões sobre o Atlântico Sul. Volume 3, Editora Paz e Terra, 1985.<br />

MAIA, Fernando. 25 anos <strong>da</strong> Guerra <strong>da</strong>s Malvinas. Disponível em: <<br />

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LORENZ, Fe<strong>de</strong>rico Guillermo . How our enemy ma<strong>de</strong> us better. In: History To<strong>da</strong>y; Sep 2006; 56,<br />

9; Aca<strong>de</strong>mic Research Library pg. 31.<br />

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MINISTERIO DAS COMUNICAÇÕES. Portal <strong>da</strong>s Comunicações. Disponível em: <<br />

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MINISTERIO DA DEFESA. Conheça o MD. Disponível em: <<br />

https://www.<strong>de</strong>fesa.gov.br/conheca_md/in<strong>de</strong>x.php?page=historico> Acesso em: 21 abr. 2010.<br />

MINISTERIO DAS RELAÇOES EXTERIORES. Conheça o Ministério. Disponível em:<br />

Acesso em: 21<br />

abr. 2010.<br />

22


MORAES, Marcelo. Arquivos revelam que Brasil pen<strong>de</strong>u pela Argentina na Guerra <strong>da</strong>s<br />

Malvinas. Disponível em: <br />

Acesso em: 25 out. 2009.<br />

PASCOE, Graham; PEPPER, Peter. Mas Allá <strong>de</strong> la Historia Oficial La Vera<strong>de</strong>ra Historia <strong>de</strong><br />

Las Falklands/Malvinas. Disponível em: Acesso em: 21<br />

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Acesso em: 10 out. 2009<br />

RAMALHO, Roberto. Ilhas Malvinas ou Falklands. Disponível em:<<br />

http://www.webartigos.com/articles/33219/1/A-Guerra-<strong>da</strong>s-Malvinas-ou-Falklands/pagina1.html><br />

Acesso em: 21 abr. 2010.<br />

REPUBLICA FEDERATIVA DO BRASIL. Histórico. Disponível em:<br />

Acesso em: 21 abr. 2010.<br />

23


11. ANEXOS<br />

11.1. Anexo 1 bombar<strong>de</strong>iro Vulcan<br />

O Bombar<strong>de</strong>iro Vulcan, chamado também <strong>de</strong> projeto 698, foi i<strong>de</strong>alizado no final <strong>de</strong> 1940<br />

com o objetivo <strong>de</strong> fazer o transporte <strong>de</strong> armas e materiais bélicos para a áreas <strong>de</strong> confronto. O<br />

bombar<strong>de</strong>iro po<strong>de</strong> ultrapassar a veloci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong>930km/h, a uma altitu<strong>de</strong> <strong>de</strong> 15.000 metros. O<br />

bombar<strong>de</strong>iro é capaz <strong>de</strong> suportar a carga <strong>de</strong> 4.500 kg.<br />

Foto1<br />

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Foto 2<br />

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Foto 3

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