UNIDADE FETO-PLACENTÁRIA MORFOLOGIA - aefml
UNIDADE FETO-PLACENTÁRIA MORFOLOGIA - aefml
UNIDADE FETO-PLACENTÁRIA MORFOLOGIA - aefml
You also want an ePaper? Increase the reach of your titles
YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.
<strong>UNIDADE</strong> <strong>FETO</strong>-<strong>PLACENTÁRIA</strong><br />
<strong>MORFOLOGIA</strong><br />
Licenciatura em Medicina<br />
FML - 2007
Placenta - 1<br />
Generalidades<br />
Das componentes da placenta, o<br />
TROFOBLASTO<br />
é o mais variável quanto à estrutura, função e<br />
desenvolvimento, tendo os seguintes papéis:<br />
• Invasão das art. espiraladas<br />
• Nutrição do ovo<br />
• Endócrino, essencial à manutenção da gravidez
Placenta - 2
Placenta - 3<br />
Art. espiraladas
Placenta - 4<br />
Invasão das artérias espiraladas pelo trofoblasto
Placenta – Anatomia macroscópica - 1<br />
• Órgão discóide, diâm. 15-20cm, peso 400-600g<br />
(1/7 peso do RN)<br />
• Inserção usual na metade superior da cavidade<br />
uterina<br />
• Cordão umbilical geralmente inserido próximo do<br />
centro da face fetal<br />
• As membranas destacam-se da margem<br />
• Na gravidez gemelar pode haver 1 ou mais placentas<br />
(depende do nº de ovos implantados e do tipo de segmentação)
Placenta – Anatomia macroscópica - 2<br />
Face fetal<br />
Face materna
Placenta – Anatomia macroscópica - 3<br />
Placenta – Gravidez gemelar monocoriónica
Placenta – Anatomia macroscópica - 4<br />
Componente materna (1/5 da placenta de termo)<br />
• Superfície rugosa, dividida por sulcos em 10-40<br />
lóbulos ou cotilédones cobertos por decídua basal<br />
• Restos de vasos uterinos alterados pela penetração<br />
trofoblástica<br />
• Substância fibrinóide, restos celulares, coágulos<br />
sanguíneos
Placenta – Anatomia macroscópica - 5<br />
Componente fetal (4/5 da placenta de termo)<br />
Vilosidades coriais (Unidades funcionais) :<br />
• Terminações ramificadas dos vasos fetais<br />
• Expostas ao sangue materno (trocas F-M)<br />
• Maioria livre no espaço intervilositário (EIV)<br />
• Algumas vilosidades de fixação à decídua basal<br />
Face fetal da placenta:<br />
• Coberta por âmnios, membrana transparente e brilhante,<br />
através dos quais se vêm os vasos fetais ramificando-se antes<br />
de penetrarem no tecido placentário
Placenta – Anatomia microscópica - 1<br />
Vilosidades coriais<br />
São as <strong>UNIDADE</strong>S FUNCIONAIS<br />
da placenta<br />
Formadas, de dentro para fora, por:<br />
• Estroma mesenquimatoso com vasos<br />
• Camada de citotrofoblasto<br />
• Camada de sincíciotrofoblasto
Placenta – Anatomia microscópica - 2<br />
Vilosidades coriais<br />
Citotrofoblasto<br />
• Camada única de células cubóides<br />
• Prolifera por mitose<br />
Sincício<br />
• Provém da transformação do citotrofoblasto<br />
Com a evolução da gravidez:<br />
• Síncício Menos espesso<br />
• Citotrofoblasto Vestigial<br />
• Os vasos aproximam-se da superfície vilositária
Placenta – Anatomia microscópica - 3<br />
Vilosidade jovem
Placenta – Anatomia microscópica - 4<br />
Vilosidade madura<br />
Início 2º T.<br />
Grav. termo
Placenta – Anatomia microscópica - 5
Ultra-estrutura da vilosidade corial<br />
Microvilosidades<br />
Sincício<br />
Capilar fetal<br />
Memb. basal<br />
EIV
Placenta – Função endócrina-1<br />
Esteróides<br />
Produzidos no sincício:<br />
• Rico em organitos celulares<br />
• Aparelho enzimático, mas incompleto<br />
• Necessita de substratos produzidos pelo feto (conceito de<br />
Unidade Feto-Placentária) e pela mãe<br />
Exemplo:<br />
– MÃE: Acetato, colesterol, deidroepiandrosterona<br />
– PLACENTA: Pregnanolona, Progesterona<br />
– <strong>FETO</strong>: Pregnanolona placentária, Sulfato de deidroepiandrosterona<br />
– PLACENTA: Estriol
Placenta – Função endócrina-2<br />
Síntese de esteróides – Exemplo<br />
MÃE - Acetato, colesterol, DHEA - MÃE<br />
PLACENTA: Pregnanolona Progesterona<br />
(Sulfatação)<br />
<strong>FETO</strong>: (Hidroxilação) DHEA-Sulfato<br />
PLACENTA: (Aromatização) Estriol
Placenta – Função endócrina-3<br />
Síntese de esteróides – Exemplo (2)<br />
Para que todos os fenómenos sejam possíveis, são<br />
necessárias as seguintes enzimas:<br />
Da placenta:<br />
– Sulfatase<br />
– 3-ol-desidrogenase U F P !<br />
Do feto:<br />
– 16-hidroxilase
Placenta – Circulação fetal<br />
CORDÃO UMBILICAL<br />
<strong>FETO</strong> 2 artérias<br />
(Sangue DESOXIGENADO)<br />
PLACENTA (Face fetal) VILOSIDADES<br />
Divisão sucessiva das art. Capilares Vénulas<br />
PLACENTA (Face fetal) CORDÃO UMBILICAL<br />
Troncos venosos Uma veia<br />
(Sangue OXIGENADO)<br />
<strong>FETO</strong>
Placenta – Circulação materna<br />
MIOMÉTRIO PLACA BASAL<br />
Artérias espiraladas Orif. entrada artérias<br />
Orif. drenagem venosa<br />
ESPAÇO INTERVILOSITÁRIO<br />
Fluxo de alta pressão de sangue arterial (± 80 mmHg) <br />
Banha as vilosidades TROCAS <br />
Sangue desoxigenado Orif. de drenagem<br />
PLACA BASAL (Decídua) MIOMÉTRIO<br />
Lagos sanguíneos venosos Veias uterinas
Placenta – Circulação no E.I.V.
Placenta – Circulação<br />
Circulação no E.I.V.<br />
• Fluxo sanguíneo materno:<br />
– 20 sem. 300 ml/min.<br />
– 40 sem. 600 ml/min.<br />
• Volume do EIV 150-250 ml<br />
• Superfície total das vilosidades 11 m 2
Placenta – Aspectos morfo-clínicos-1<br />
Formação da placenta - I<br />
• 70º dia pós-concepção – Placenta definitiva<br />
• As vilosidades da zona do ovo que aderiu à<br />
decídua desenvolvem-se, formando o córion<br />
frondoso, estrutura inicial da placenta<br />
• As da restante superfície ovular, orientada para a<br />
cavidade uterina, atrofiam-se, formando o córion<br />
leve
Placenta – Aspectos morfo-clínicos-2<br />
Formação da placenta - II<br />
• O saco gestacional cresce, levando o córion leve ao<br />
contacto com decídua da parede uterina oposta,<br />
formando a DECÍDUA CAPSULARIS, que envolve o<br />
saco gestacional<br />
• D. capsularis + Âmnios Membranas ovulares<br />
• O nº de vilosidades é determinado no momento da<br />
placentação, havendo apenas aumento da sua<br />
segmentação e do seu volume
Placenta – Aspectos morfo-clínicos-3<br />
Anomalias da placenta com significado clínico:<br />
A placenta pode não ser discóide por:<br />
• Placentação em local desfavorável<br />
• Inserção anómala do cordão umbilical:<br />
– Inserção marginal (Placenta em “maça de armas”)<br />
– Inserção velamentosa (Os vasos umbilicais separam-se e<br />
correm sob a membranas antes de entrarem na placenta)
Placenta – Aspectos morfo-clínicos-4<br />
Anomalias da placenta com significado clínico:<br />
• Placenta sucenturiada<br />
Um cotilédone aberrante ligado ao disco placentário por 1 artéria e 1<br />
veia<br />
• Outras anomalias:<br />
• Placenta membranácea<br />
• Placenta extra-corial<br />
• Hemangiomas da placenta:<br />
Presentes em 1% das placentas, a maioria SEM significado; os +<br />
volumosos Hidrâmnios, hemorragia
Placenta – Aspectos morfo-clínicos-5<br />
Anomalias da placenta com significado clínico:<br />
Acretismo placentário<br />
A invasão do trofoblasto ultrapassa a decídua e<br />
chega ao miométrio<br />
• Placenta acreta: Toca o miométrio<br />
• Placenta increta: Penetra o miométrio<br />
• Placenta percreta: Chega à serosa
Placenta – Aspectos morfo-clínicos-6
Placenta – Aspectos morfo-clínicos-7<br />
Placenta sucenturiada
Placenta – Aspectos morfo-clínicos-8<br />
Inserção marginal do C.U (Placenta em “maça de armas”)
Placenta – Aspectos morfo-clínicos-9<br />
Placenta velamentosa
Placenta – Aspectos morfo-clínicos-10<br />
Acretismo placentário<br />
Tec. placentário<br />
Miométrio<br />
Placenta<br />
Miométrio
Membranas ovulares-1<br />
Formação das membranas ovulares:<br />
• Cerca das 14 semanas, o ÂMNIOS, distendido pelo pelo<br />
líquido amniótico, encosta-se ao CÓRION, encerrando o<br />
celoma extra-embrionário, formando as membranas<br />
ovulares definitivas (âmnios + córion + decídua vera)<br />
• As membranas só têm vascularização nas fases iniciais<br />
da gravidez<br />
• Na 2ª metade da gravidez são avasculares, pelo que<br />
deixam de contribuir para a produção e remoção do<br />
líquido amniótico
Membranas ovulares-2<br />
13 sem.<br />
Âmnios<br />
L.A.<br />
Celoma extra-embrionário<br />
Córion
Membranas ovulares-3
Cordão umbilical-1<br />
Generalidades<br />
• O C.U. é a estrutura que liga o feto à placenta<br />
• No termo mede cerca de 50 cm (20-70 cm)<br />
• Diâmetro de 1,0 a 2,5 cm<br />
• Totalmente coberto por âmnios<br />
• Contém 2 artérias e 1 veia envolvidas por<br />
material mucóide (geleia de Warthon)
Cordão umbilical-2<br />
Anomalias<br />
• Inserção marginal e velamentosa<br />
• Anomalias do comprimento (70cm)<br />
• Nós, verdadeiros ou falsos<br />
• Circulares ao corpo fetal<br />
• Torsão<br />
• Onfalite<br />
• Varizes, tumores, edema, …<br />
• Artéria única (1/500 gestações, 6% nos gémeos)
Cordão umbilical-3<br />
Nó verdadeiro do cordão umbilical
Líquido amniótico-1
Líquido amniótico-2<br />
Produção<br />
• 1ª metade da gravidez:<br />
• Transudação do plasma materno, através das<br />
membranas<br />
• Transudação do plasma fetal, através da pele ainda<br />
não queratinizada<br />
• 2ª metade da gravidez:<br />
• Produção de URINA pelo rim fetal<br />
• Pequena contribuição do fluido traqueo-brônquico e da<br />
transudação pelo C.U.
Líquido amniótico-3<br />
Remoção<br />
• Fases iniciais da gravidez:<br />
– Âmnios (ainda vascularizado)<br />
• 2ª e 3º trimestres:<br />
– Deglutição fetal (300-700 ml/dia no termo)<br />
No final da gestação o LA é renovado,<br />
pelo menos, 3 vezes por dia
Líquido amniótico-5<br />
Volume<br />
• 1ª metade da gravidez:<br />
• Crescimento de tipo exponencial (20 sem. ± 500 ml)<br />
• 2ª metade da gravidez :<br />
• Crescimento aritmético até às 37-38 sem. (±1000 ml)<br />
decrescendo ± 125 ml/sem. até ao parto<br />
• Na gravidez prolongada o LA pode ser muito reduzido<br />
(< 500 ml)
Líquido amniótico-6<br />
Volume do LA ao longo da gravidez