Apostila de Artes Visuais - Colégio Pedro II - UE Centro
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A telepresença reflete uma socieda<strong>de</strong> em re<strong>de</strong> e o caráter global das novas relações. Alguns trabalhos<br />
artísticos em meios como a internet exploram essa experiência presencial à distância”.<br />
É importante, porém, percebermos que as novas tecnologias são recursos, que po<strong>de</strong>m ser<br />
utilizados para o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> linguagens artísticas. Mas a tecnologia não é arte por si só. Para<br />
uma tecnologia se tornar arte é preciso que esteja inserida no processo <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento da<br />
linguagem <strong>de</strong> um artista. Alguns sinônimos para esta nova tendência são: arte digital, arte eletrônica,<br />
arte multimídia, arte interativa, que se multiplicam em muitas possibilida<strong>de</strong>s: software art, game art,<br />
Web art, internet art, site-specific.<br />
Objetos Encontrados (Objet trouvé)<br />
São objetos cotidianos colados em telas ou utilizados em assemblages ou instalações. A técnica<br />
foi inicialmente utilizada pelos cubistas, por volta <strong>de</strong> 1911, que incorporavam papéis impressos, palhas<br />
<strong>de</strong> encosto <strong>de</strong> ca<strong>de</strong>ira, etc., em suas colagens, e <strong>de</strong>pois pelos artistas do Pop Art.<br />
O artista brasileiro Artur Bispo do Rosário (*Sergipe 1909 ou 1911, +Rio <strong>de</strong> Janeiro 1989) colava<br />
“objetos encontrados” numa superfície plana. Seu trabalho tem forte conteúdo autobiográfico. Por conta<br />
<strong>de</strong> sua doença mental ele foi interno da Colônia Juliano Moreira no Rio <strong>de</strong> Janeiro por mais <strong>de</strong> 50 anos,<br />
on<strong>de</strong> colecionou objetos utilizados no dia a dia do hospital psiquiátrico, utilizando-os em suas obras,<br />
como por exemplo, xícaras <strong>de</strong> alumínio já <strong>de</strong>sgastadas pelo uso, coladas sobre uma placa <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira.<br />
Numa outra assemblage Biso colou vários chinelos usados sobre a ma<strong>de</strong>ira. Bispo também bordou<br />
mantos, que <strong>de</strong>senhava e escrevia com os fios que <strong>de</strong>sfiava <strong>de</strong> seu próprio uniforme! Contava histórias<br />
<strong>de</strong> viagens (ele havia sido marinheiro), <strong>de</strong>senhava os navios, paisagens e pessoas.<br />
Bispo <strong>de</strong>ixou vasta obra que po<strong>de</strong> hoje ser vista em seu antigo quarto/atelier na própria Colônia Juliano<br />
Moreira e em museus no Brasil e no exterior, como na Bienal <strong>de</strong> São Paulo, <strong>de</strong> 2012, que reservou uma<br />
sala especial só para o trabalho do artista.<br />
Arte Ambiental (Land Art)<br />
A Arte Ambiental é exposta ao ar livre, utilizando e aproveitando o ambiente externo, das ruas e<br />
da natureza. O artista Walter <strong>de</strong> Maria realiza a obra “O Campo <strong>de</strong> Luz” em 1977. O artista colocou 100<br />
pára-raios no <strong>de</strong>serto <strong>de</strong> Quemados no Novo México, EUA. A obra acontece nos dias <strong>de</strong> tempesta<strong>de</strong>. Os<br />
espectadores têm que assinar um termo <strong>de</strong> responsabilida<strong>de</strong>, isentando o artista <strong>de</strong> culpa, caso sejam<br />
eletrocutados.<br />
Instalação<br />
É a partir da década <strong>de</strong> 60 que o termo “instalação”, que até então significava a montagem (a<br />
instalação) <strong>de</strong> uma exposição, passa a nomear essa operação artística em que o espaço, o entorno, tornase<br />
parte constituinte da obra. A instalação como linguagem artística se popularizou na década <strong>de</strong> 70,<br />
<strong>de</strong>signando ambientes construídos e ocupados por objetos diversos, po<strong>de</strong>ndo estimular outros sentidos<br />
além da visão, como olfato, tato e audição.