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Ensino Fundamental 7º ano

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Artes<br />

<strong>Ensino</strong> <strong>Fundamental</strong><br />

<strong>7º</strong> <strong>ano</strong>


O Carnaval teve origem nas festas em<br />

que os gregos e os rom<strong>ano</strong>s comemoravam suas<br />

colheitas. Muitos séculos depois, a celebração<br />

acabou tornando-se uma brincadeira típica das<br />

cidades.<br />

No Brasil, o Carnaval foi introduzido<br />

pelos portugueses. Seu nome era entrudo —<br />

palavra que vem do latim introitus e que<br />

designa as solenidades litúrgicas da Quaresma.<br />

O Carnaval daqui foi, até a metade do<br />

século XIX, uma festa de muita sujeira e<br />

molhação. Os escravos a festejavam sujando-se<br />

uns aos outros com polvilho e farinha de trigo,<br />

ou espirrando água pelas ruas com o auxílio de<br />

uma enorme bisnaga de lata (como pode ser<br />

observado na pintura abaixo de Debret, que<br />

retrata o carnaval no Brasil escravocrata).<br />

As famílias brancas, refugiadas em<br />

suas casas, brincavam o Carnaval fazendo<br />

guerras de laranjinhas — pequenas bolas de<br />

cera que se quebravam espalhando água<br />

perfumada —, ou então, jogando de suas<br />

janelas um líquido não tão cheiroso na cabeça<br />

dos passantes.<br />

Por isso as pessoas evitavam sair às<br />

ruas durante os dias do entrudo. Isso fez com<br />

que os bailes de máscara, realizados apenas<br />

para a elite durante o Primeiro Império, e, a<br />

partir da década de 1840, para a classe média,<br />

fizessem muito sucesso.<br />

Nesses bailes, que eram pagos e feitos<br />

em teatros e hotéis do Rio de Janeiro, não se<br />

dançava o samba, mas sim o schottische, as<br />

mazurcas, as polcas, as valsas e o maxixe, que<br />

era o único ritmo genuinamente nacional.<br />

Somente em 1869, quando o ator Correia<br />

Vasques adaptou a música de uma peça<br />

francesa e deu para essa adaptação o nome de<br />

HISTÓRIA DO CARNAVAL<br />

2<br />

Apostila de Arte - <strong>7º</strong> <strong>ano</strong><br />

Zé Pereira — mesma música que é cantada até<br />

os dias de hoje—, apareceu a primeira música<br />

de Carnaval. Até então, todas as músicas eram<br />

instrumentais ou em outro idioma.<br />

O carnaval da rua, entretanto, quase<br />

não existia. Tudo à custa da violência que tinha<br />

o entrudo [há no Recife, atualmente, uma<br />

brincadeira sobrevivente do entrudo que se<br />

chama mela-mela].<br />

Alguns jornalistas da época<br />

começaram a estimular a criação de carnavais<br />

que imitassem os de Roma e de Veneza, onde<br />

as pessoas saiam às ruas fantasiadas para<br />

realizarem o corso ou as batalhas de flores.<br />

Um dos jornalistas que defendia<br />

ardorosamente esta forma de Carnaval era José<br />

de Alencar, o qual escreveu na sua coluna do<br />

"Jornal Mercantil" do Rio de Janeiro, às<br />

vésperas do Carnaval de 1855, a seguinte frase:<br />

"Confesso que esta idéia me sorri. Uma espécie<br />

de baile mascarado, às últimas horas do dia, à<br />

fresca da tarde, num belo e vasto terraço, com<br />

todo o desafogo, deve ser encantador". Foi<br />

assim, após uma campanha dos jornalistas<br />

contra o violento entrudo e a favor do elegante<br />

Carnaval venezi<strong>ano</strong>, que os desfiles de rua<br />

começaram a acontecer.<br />

A partir daí o Carnaval pode ser<br />

dividido em dois tipos distintos de<br />

manifestação: um, feito pelas classes mais ricas<br />

nos bailes de salão, nas batalhas de flores, nos<br />

corsos e desfiles de carros alegóricos; outro,<br />

feito pelas classes mais pobres nos maracatus,<br />

cordões, blocos, ranchos, frevos, troças, afoxés<br />

e, finalmente, nas escolas de samba.<br />

Assim, caótico desde seu princípio, o<br />

Carnaval brasileiro é também marcado pela<br />

divisão das classes sociais.<br />

Atualmente, tanto nos desfiles das<br />

escolas de samba do Rio e de São Paulo como<br />

nos festejos do nordeste, esta divisão ficou um<br />

pouco mais sutil, o que tornou o carnaval mais<br />

democrático, mas ainda há lugares em que ela<br />

persiste. Na Bahia, por exemplo, só pode<br />

desfilar em alguns dos blocos quem tem<br />

dinheiro para pagar pelo abadá, ou nas escolas<br />

de samba do Rio que passam por um processo<br />

de embranquecimento e de comercialização, há,<br />

vez por outra, lugares onde apenas aqueles que<br />

tem dinheiro podem brincar — os camarotes<br />

dos sambódromos do Rio e São Paulo são uma<br />

demonstração clara dessa divisão.


O surrealismo foi um movimento artístico que<br />

surgiu na França na década de 1920. Este movimento foi<br />

significativamente influenciado pelas teses psicanalíticas<br />

de Sigmund Freud, que mostram a importância do<br />

inconsciente na criatividade do ser hum<strong>ano</strong>.<br />

De acordo com Freud, o homem deve libertar<br />

sua mente da lógica imposta pelos padrões<br />

comportamentais e morais estabelecidos pela sociedade<br />

e dar vazão aos sonhos e as informações do inconsciente.<br />

O pai da psicanálise, não segue os valores sociais<br />

da burguesia como, por exemplo, o status, a família e a<br />

pátria.<br />

“Surrealismo” é uma palavra derivativa de surreal, logo<br />

significa dizer aquele ou aquilo que está fora da<br />

realidade por sua extravagância exagerada, maluquice<br />

pura, mas no sentido positivo, genial. Os artistas<br />

surrealistas desprezam os limites da razão e propõe a<br />

criação artística por outros canais: os canais do<br />

subconsciente.<br />

O marco de início do surrealismo foi a<br />

publicação do Manifesto Surrealista, feito pelo poeta e<br />

psiquiatra francês André Breton, em 1924. Neste<br />

manifesto, foram declarados os principais princípios do<br />

movimento surrealista: ausência da lógica, adoção de<br />

uma realidade "maravilhosa" (superior), exaltação da<br />

liberdade de criação, entre outros.<br />

O surrealismo procura expressar a ausência de<br />

racionalidade humana e as manifestações do<br />

subconsciente. Os surrealistas deslizam pelas águas<br />

mágicas da irrealidade, desprezando a realidade<br />

concreta e mergulhando na esfera da absoluta liberdade<br />

de expressão, movida pela energia que emana da psique.<br />

Eles almejam alcançar justamente o espaço no qual o<br />

Homem se libera de toda a repressão exercida pela<br />

Razão, escapando assim do controle constante do Ego,<br />

criando obras repletas de humor, sonhos, utopias e<br />

qualquer informação contrária a lógica.<br />

O frottage, desenhos a partir de "decalques"<br />

sobre superfícies irregulares e a colagem, montagens<br />

predominantemente incongruentes, eram alguns<br />

métodos utilizados pelos surrealistas para explorar suas<br />

potencialidades inconscientes.<br />

A FANTASIA E A IMAGINAÇÃO<br />

“A persistência da Memória”, salvador Dali (1931)<br />

MOVIMENTO SURREALISTA<br />

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Apostila de Arte - <strong>7º</strong> <strong>ano</strong><br />

O catalão Salvador Dali (1904-1989) e o belga<br />

René Magritte (1898-1967) são dois dos principais<br />

artistas do movimento surrealista.<br />

Por que você acha que a obra apresentada se<br />

chama "A persistência da memória"?<br />

O relógio é utilizado para marcar o tempo.<br />

Note que as ideias de tempo e memória estão bastante<br />

ligadas. É como se, com o passar do tempo, a memória<br />

fosse se apagando, escorrendo, assim como o tempo...<br />

Agora imagine uma sereia...<br />

René Magritte, Invenção Coletiva, 1934<br />

Provavelmente, a imagem de sereia que veio à<br />

sua cabeça não é exatamente essa que você viu no<br />

quadro acima. A obra "Invenção Coletiva", é de outro<br />

gênio do surrealismo, Magritte. O título da obra brinca<br />

com o imaginário coletivo, povoado de seres que não<br />

existem na realidade, mas que habitam a imaginação de<br />

muitas pessoas por serem difundidos em nossa cultura.<br />

Por trás dessas obras cheias de sonho, os<br />

pintores surrealistas tinham um propósito bem real. O<br />

surrealismo foi um movimento surgido num período<br />

entre guerras, e tinha o propósito de rejeitar o<br />

racionalismo e a lógica, que, usados ao extremo, haviam<br />

levado a Europa a ser destruída por armas e bombas<br />

construídas graças ao uso desmedido da ciência.<br />

A década de 1930 é conhecida como o período<br />

de expansão surrealista pelo mundo. Artistas, cineastas,<br />

dramaturgos e escritores do mundo todo assimilam as<br />

idéias e o estilo do surrealismo. Porém, no final da<br />

década de 1960 o grupo entra em crise e acaba se<br />

dissolvendo.


EXPRESSIONISMO<br />

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CUIDADO! TINTA FRESCA!<br />

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Os artistas pintaram e continuam pintando temas variados, utilizando suporte e materiais diversos.<br />

O tema é o assunto da obra.<br />

O suporte é a base que recebe a pintura, que pode ser aplicada com diferentes meios e técnicas,<br />

conforme a característica do suporte.<br />

A técnica pode ser definida como a maneira de fazer algo e o meio como a maneira de empregar<br />

determinado material.<br />

Por exemplo: Você utiliza o papel como suporte e o lápis de cor como material para ilustrar um tema.<br />

Você pode reproduzir a mesma imagem sobre outro suporte, utilizando outro material. Vamos tentar?<br />

O Afresco, por exemplo, é uma técnica de pintura feita em paredes ou tetos cuja camada de<br />

argamassa, nata de cal ou gesso, deve estar úmida para que a tinta penetre na superfície também úmida e<br />

passe a integrá-las, garantindo durabilidade a pintura.<br />

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