As “mulheres” do Odelmo - Revista Mercado
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CiênCia<br />
Macacos sentem<br />
e movem objetos<br />
virtuais só com a<br />
força <strong>do</strong> pensamento<br />
MaRketing<br />
Orienta<strong>do</strong> pela<br />
simplicidade, Steve<br />
Jobs criou desejos<br />
que beiram a <strong>do</strong>ença<br />
aLiMentaçãO<br />
Cercada de mitos, a<br />
carne suína não é a<br />
vilã da saúde como<br />
se imagina<br />
ano 6 número 46 Outubro 2011 | R$ 8,50<br />
<strong>As</strong> <strong>“mulheres”</strong><br />
<strong>do</strong> <strong>Odelmo</strong><br />
Quase metade das secretarias municipais de Uberlândia é<br />
competentemente administrada por mulheres. Mas quem<br />
são elas e o que fazem? Conheça a tropa de elite<br />
<strong>do</strong> prefeito <strong>Odelmo</strong> Leão que usa saia, batom e blush
merca<strong>do</strong><br />
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<strong>Revista</strong> MERCADO | Outubro 2011<br />
<strong>As</strong> <strong>“mulheres”</strong> <strong>do</strong> <strong>Odelmo</strong><br />
Destaque entre as mais importantes cidades brasileiras, Uberlândia não para de<br />
se superar: é a segunda maior cidade <strong>do</strong> interior de Minas Gerais; primeira cidade <strong>do</strong><br />
esta<strong>do</strong> e segunda <strong>do</strong> Brasil em saneamento básico; eleita em 2009 o melhor transporte<br />
público <strong>do</strong> país; premiada com o “Destaque de Ouro” na performance aterro<br />
sanitário; detentora <strong>do</strong> Prêmio Gestor Eficiente da Merenda Escolar e <strong>do</strong> Selo Qualidade<br />
em Educação Infantil; única cidade das Américas escolhida para representar os<br />
países emergentes na exposição “Better City, Better Life” (melhor qualidade de vida<br />
da população); ganha<strong>do</strong>ra <strong>do</strong> prêmio “Bibi Vogel” pela excelência em aleitamento<br />
materno e baixo índice de mortalidade infantil; citada no livro 1000 X Architecture of<br />
the Americas (Canadá) como modelo em transporte urbano; maior polo atacadista<br />
brasileiro; segun<strong>do</strong> merca<strong>do</strong> consumi<strong>do</strong>r <strong>do</strong> esta<strong>do</strong>, enfim, são conquistas e mais<br />
conquistas que não deixam dúvida da força <strong>do</strong> município, que a cada dia progride<br />
mais e tem à sua frente uma administração extremamente compromissada com o<br />
desenvolvimento - e o melhor de tu<strong>do</strong>, sustentável.<br />
Mas chama a atenção o fato de que, liderada pelo prefeito <strong>Odelmo</strong> Leão, a administração<br />
municipal de Uberlândia tem uma particularidade que a diferencia da<br />
maioria: quase metade <strong>do</strong> secretaria<strong>do</strong> é lidera<strong>do</strong> por mulheres. Isso reforça que a<br />
competência também pode andar de saia e usar batom e blush - e, como disse Guevara,<br />
“sem perder a ternura”. Ana, Marli, Iracema, Valkíria, Mônica e Raquel são mulheres<br />
que estão fazen<strong>do</strong> a diferença e ajudan<strong>do</strong> o prefeito na condução <strong>do</strong> município<br />
que vai pouco a pouco se transforman<strong>do</strong> e conquistan<strong>do</strong> números exponenciais<br />
no cenário nacional.<br />
É justamente para falar das mulheres <strong>do</strong> <strong>Odelmo</strong> que pensamos e elaboramos<br />
a nossa matéria de capa desta edição. É para mostrar quem são e quais responsabilidades<br />
têm, pois não podem passar anônimas pessoas que, como diz o próprio<br />
prefeito, tão competentemente administram as secretarias municipais que lhes foram<br />
designadas. Afinal, estamos num momento de plena ascensão feminina em<br />
que, por exemplo, temos uma mulher ocupan<strong>do</strong> o cargo mais alto <strong>do</strong> país pela<br />
primeira vez na história.<br />
<strong>As</strong>sim, as secretárias municipais que integram o governo de <strong>Odelmo</strong> Leão são<br />
prova de que com o avanço e amadurecimento das gerações, o sexo feminino veio<br />
ganhan<strong>do</strong> maior credibilidade e espaço no mun<strong>do</strong> <strong>do</strong>s negócios e da política. Elas,<br />
as mulheres <strong>do</strong> <strong>Odelmo</strong>, espelham o desejo da mulher moderna de se realizar profissionalmente<br />
e de desempenhar novos papéis sociais, papéis que vão além de<br />
mãe e esposa.<br />
Toda essa postura, muito além de ser uma forma de independência financeira,<br />
promoveu uma igualdade em relação ao homem.<br />
Portanto, ao nosso leitor, apresentamos as mulheres <strong>do</strong> prefeito <strong>Odelmo</strong>.<br />
Boa leitura!<br />
Eval<strong>do</strong> Pighini<br />
Editor
merca<strong>do</strong> 46<br />
índice<br />
Na prefeitura de Uberlândia,<br />
quase metade das secretarias<br />
são comandadas por mulheres<br />
que ajudam o prefeito <strong>Odelmo</strong><br />
Leão na administração de um<br />
<strong>do</strong>s municípios mais prósperos<br />
<strong>do</strong> Brasil. Elas são prova de que<br />
competência também pode usar<br />
saia, batom e blush<br />
<strong>Revista</strong> MERCADO | Outubro 2011<br />
Capa<br />
22<br />
28<br />
Ciência<br />
Nos EUA, brasileiro lidera<br />
pesquisa com macacos, que<br />
sentem e movem objetos<br />
virtuais usan<strong>do</strong> apenas o<br />
pensamento; estu<strong>do</strong> faz<br />
parte <strong>do</strong> Projeto Walk Again<br />
e foi publica<strong>do</strong> na revista<br />
Nature. Novas etapas ocorrem<br />
no Brasil, no Instituto de<br />
Canal Livre ...............................................8<br />
Artigo ..................................................... 10<br />
Conversa ............................................... 12<br />
Energia .................................................. 58<br />
Bazar ...................................................... 74<br />
Dica de Leitura ................................... 80<br />
Vem aí o novo Suzuki SX4, que<br />
deve ser lança<strong>do</strong> até o final <strong>do</strong> ano.<br />
O crossover também deve ganhar<br />
futuramente uma versão sedan. O<br />
motor e a potência <strong>do</strong> novo Suzuki<br />
SX4 2012 foram melhora<strong>do</strong>s em<br />
Neurociências de Natal<br />
Franchising .......................................... 14<br />
Literatura .............................................. 82<br />
relação à versão anterior<br />
36 Trabalho<br />
Política ................................................... 16<br />
Profissões em Filme ......................... 84<br />
Turismo 66<br />
Medicina ............................................... 20<br />
Sustentabilidade ............................... 86<br />
É normal as pessoas escolherem<br />
a área de atuação segun<strong>do</strong> as<br />
aptidões, aquilo que se chama<br />
de vocação. Mas, ao longo da<br />
vida, pode surgir o interesse<br />
por outra coisa. É o caso de<br />
um engenheiro que fez de um<br />
hobby a sua nova profissão<br />
Agronegócios ..................................... 26<br />
Gestão ................................................... 38<br />
Decoração ............................................ 42<br />
Comportamento ............................... 52<br />
40 46 54<br />
Inovação Marketing<br />
O Governo de Minas acaba de<br />
firmar parceria com a Federação<br />
das Indústrias <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> de<br />
Minas Gerais (FIEMG), visan<strong>do</strong><br />
estreitar mais a sua relação<br />
com o segmento empresarial e<br />
trabalhar por uma aproximação<br />
maior deste com a universidade e<br />
centros de pesquisa<br />
Ponto de vista ..................................... 88<br />
In Foco ................................................... 90<br />
Causos empresariais ........................ 92<br />
Geral ....................................................... 94<br />
Enquanto o mun<strong>do</strong> evolui<br />
tecnologicamente, o futuro<br />
e o passa<strong>do</strong> caminham la<strong>do</strong><br />
a la<strong>do</strong>. Marcas e design retrô<br />
ganham popularidade entre<br />
os consumi<strong>do</strong>res. Coca-Cola,<br />
Brastemp, Nestlé, Devassa, Mabel<br />
e Grana<strong>do</strong> apostam na tendência<br />
Veículos<br />
Apaixone-se por Curaçao. Situada<br />
no Caribe, a 53 Km da costa<br />
Venezuelana, essa ilha paradisíaca<br />
oferece uma boa estrutura<br />
turística, além de uma exuberante<br />
vida submarina. Curaçao celebrou<br />
neste mês o seu primeiro ano<br />
como país<br />
Alimentação<br />
<strong>As</strong>socia<strong>do</strong> a níveis eleva<strong>do</strong>s de<br />
colesterol no sangue, verminoses,<br />
alergias e obesidade, o consumo<br />
de carne suína é rechea<strong>do</strong> de<br />
preconceitos, contu<strong>do</strong>, ela não<br />
é a vilã da saúde, como muita<br />
gente imagina<br />
60<br />
Outubro 2011<br />
<strong>Revista</strong> MERCADO | Outubro 2011
merca<strong>do</strong><br />
canal livre<br />
“Bons negócios”<br />
Sou de Belo Horizonte, mas moro e trabalho em Uberlândia<br />
há três anos, como representante comercial. Isso me<br />
leva a estar em trânsito quase que semanalmente entre<br />
as duas cidades. Portanto, me sinto à vontade em afirmar<br />
que Uberlândia hoje não deixa nada a desejar à nossa capital<br />
em vários quesitos; agora mais, quan<strong>do</strong> li a matéria<br />
da edição de setembro que focou o potencial e estrutura<br />
uberlandense para eventos de negócios.<br />
Alcides Nunes Shuttler<br />
Representante comercial<br />
________________________________________________<br />
Triângulo Mineiro<br />
Muito se tem fala<strong>do</strong> na divisão <strong>do</strong> Pará para criação <strong>do</strong>s<br />
esta<strong>do</strong>s de Carajás e Tapajós, cujo plebiscito está marca<strong>do</strong><br />
para dezembro. Pergunto: por que ninguém fala<br />
ou se movimenta em prol da criação <strong>do</strong> esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> Triângulo?<br />
Afinal, trata-se de uma região que, sem dúvida<br />
alguma, reúne totais condições de ser independente,<br />
vide as duas matérias de capa desta revista, uma que<br />
fala de Araguari e Uberlândia e outra que fala só de<br />
Uberlândia. Especificamente, na última edição, a de setembro,<br />
outra reportagem mostrou investimentos que<br />
a Vale irá fazer em Patrocínio e Uberaba (R$ 3,8 bilhões)<br />
e que a British Petroleum planeja para Tupaciguara (R$<br />
1,14 bilhão). Enfim, creio que o Triângulo emancipa<strong>do</strong>,<br />
sem ter que recolher aos cofres de Minas, iria se tornar<br />
em pouco tempo uma das unidades mais desenvolvidas<br />
e progressistas deste país.<br />
Alaor Fagundes Figueira<br />
<strong>As</strong>sistente Administrativo<br />
________________________________________________<br />
Bom Portugal<br />
Como boa portuguesa que sou - vim para o Brasil aos 19<br />
anos e por cá fiquei -, gostei muito da matéria mostran<strong>do</strong><br />
a gastronomia <strong>do</strong> meu Portugal. Porém, particularmente,<br />
eu acrescentaria mais uma receita às que foram<br />
publicadas: o Coelho à Caça<strong>do</strong>r. É de dar água na boca.<br />
Com um vinho madeira então... Quem se interessar em<br />
experimentar, na internet é fácil encontrar receitas deste<br />
prato. Vale a pena.<br />
Maria Santa Conceição<br />
Professora aposentada<br />
Saudades de Amsterdã<br />
Li com prazer, mas também com certa tristeza, a reportagem<br />
sobre Amsterdã (Holanda) publicada por esta<br />
revista. Prazer por já ter i<strong>do</strong> lá e poder curtir as maravilhas<br />
daquela cidade, e tristeza por não ter mais previsão<br />
de quan<strong>do</strong> poderei voltar. Foi uma viagem fantástica e<br />
aconselho a quem puder, que faça. Vale a pena.<br />
Júlia Pinheiro Castellanni<br />
________________________________________________<br />
A<strong>do</strong>ção no Brasil<br />
É difícil entender e aceitar a existência de tantas crianças<br />
à espera de a<strong>do</strong>ção em nosso país, como foi mostra<strong>do</strong> em<br />
matéria publicada por esta revista. Esse grande número,<br />
a meu ver, está relaciona<strong>do</strong> à exigência <strong>do</strong>s candidatos a<br />
pais, que procuram mais por crianças brancas e perfeitas,<br />
com bem diz a reportagem. Com isso, as crianças de cor<br />
negra, muitas das vezes, passam a vida inteira, até alcançar<br />
a maioridade, privadas de uma família e viven<strong>do</strong> em<br />
abrigos. <strong>As</strong>sim, o que esperar <strong>do</strong>s adultos de amanhã? Sou<br />
branca e, eu e meu mari<strong>do</strong>, pela impossibilidade de ter<br />
filhos, a<strong>do</strong>tamos duas crianças lindas, uma parda e outra<br />
negra; e elas só nos trouxeram alegrias até hoje. Uma está<br />
se forman<strong>do</strong> médica e outra quer ser professora, assim<br />
com eu. Esse meu testemunho é para pedir aos candidatos<br />
a pais que não façam distinção, pois a satisfação e o<br />
sentimento não estão na pele, mas no amor e na intenção.<br />
Lucelaine Damásio Men<strong>do</strong>nça<br />
Uberaba<br />
________________________________________________<br />
Dinheiro público?!<br />
Por que é que no Brasil todas as obras que envolvem investimento<br />
público nunca são acabadas de acor<strong>do</strong> os valores<br />
previstos inicialmente? Só para citar alguns exemplos, a recém-inaugurada<br />
ponte sobre o Rio Negro, pela presidente<br />
Dilma, custaria inicialmente R$ 574,8 milhões, em novembro<br />
de 2007, mas, ao final, custou 90% mais, quase R$ 1,1<br />
bilhão de reais; outra obra que serve de exemplo, que assim<br />
como tantas outras tem a ver com a Copa de 2014 no<br />
Brasil, é a reforma <strong>do</strong> Maracanã que, inicialmente, custaria<br />
cerca de R$ 600 milhões, mas, agora, já se aproxima de R$<br />
1 bilhão. No caso da ponte, o Ministério Público Federal<br />
(MPF) está investigan<strong>do</strong> o caso, mas dá para imaginar que<br />
não vai dar em nada.<br />
A pergunta é, para onde vai, ou melhor, para quais bolsos<br />
vão tanto dinheiro?<br />
Eduar<strong>do</strong> Lopes<br />
Estudante de Direito<br />
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Mensagens, comentários, sugestões e críticas sobre o conteú<strong>do</strong> editorial da <strong>Revista</strong> MeRCaDO para o Canal Livre:<br />
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<strong>As</strong> correspondências poderão ser publicadas de forma reduzida. Envie, em anexo, nome completo, profissão e cidade de origem<br />
8 | <strong>Revista</strong> MERCADO | Outubro 2011
merca<strong>do</strong><br />
artigo *Clésio andrade é sena<strong>do</strong>r por Minas Gerais e presidente da<br />
Confederação Nacional <strong>do</strong> Transporte (CNT).<br />
Código Florestal, equilíbrio<br />
entre produção e preservação<br />
Por Clésio Andrade*<br />
O<br />
atual Código Florestal em vigor, Lei 4.771,<br />
de 1965, em revisão pelo Congresso Nacional,<br />
exige a recomposição ambiental de<br />
57,4 milhões de hectares hoje destina<strong>do</strong>s<br />
à produção agrosilvopastoril. Para atender<br />
a essa exigência, seria necessário reduzir em aproximadamente<br />
um quarto a produção agropecuária nacional.<br />
Especificamente em relação ao café, a exigência em<br />
vigor imporia a redução de 24,7% da produção, o equivalente<br />
a 664 mil toneladas. Minas Gerais, que produz a metade<br />
<strong>do</strong> café brasileiro, teria que deixar de produzir 334,7<br />
mil toneladas <strong>do</strong> grão, ou seja, 12,5% da safra nacional.<br />
No Espírito Santo, seriam outras 234,7 mil toneladas.<br />
Vale ressaltar a contribuição <strong>do</strong> café para a balança<br />
comercial brasileira, US$ 5,8 bilhões, <strong>do</strong>s quais US$<br />
2,04 bilhões deixariam de se concretizar, caso houvesse<br />
o corte na produção. A estimativa de redução total nas<br />
exportações <strong>do</strong>s principais produtos chega aos US$ 36,3<br />
bilhões, sen<strong>do</strong> menos US$ 7,61 bilhões em soja; US$ 2,99<br />
bilhões em milho; US$ 9,39 bilhões em cana de açúcar;<br />
US$ 7,55 bilhões em bovinos; US$ 1,98 bilhão em suínos;<br />
e US$ 4,69 bilhões em frangos.<br />
Essas são estimativas da Confederação Nacional da Agricultura<br />
(CNA), com base em análise de da<strong>do</strong>s públicos forneci<strong>do</strong>s<br />
pelo IBGE e pelo INPE, que apontam apenas três unidades<br />
da federação que ainda não ultrapassaram o limite legal<br />
para exploração agropecuária: Distrito Federal, Piauí e Bahia.<br />
Os da<strong>do</strong>s apresenta<strong>do</strong>s às três comissões temáticas<br />
<strong>do</strong> Sena<strong>do</strong> Federal que examinaram o assunto, no último<br />
dia 15, pela CNA e não contesta<strong>do</strong>s, podem ser ainda<br />
mais graves em relação ao café, pois a cultura típica de altitude<br />
ocupa historicamente terrenos classifica<strong>do</strong>s como<br />
Áreas de Preservação Permanente (APP), principalmente<br />
em pequenas e médias propriedades familiares.<br />
O principal argumento contra o cultivo <strong>do</strong> café nesse<br />
tipo de terreno é o perigo de erosão. Porém, o agricultor<br />
atual já aprendeu e aplica técnicas de contenção, como a<br />
correta a<strong>do</strong>ção das curvas de nível e cultivo em plataformas,<br />
pois se não fizer isso, ficará com o prejuízo de perder<br />
sua lavoura. Ele é o principal interessa<strong>do</strong> em manter um<br />
cultivo que já se faz presente há décadas.<br />
Pelas características, a quase totalidade de cafeicultores<br />
nessas condições são os pequenos produtores<br />
familiares, que querem ver seus plantios considera<strong>do</strong>s<br />
atividade agrícola consolidada para, com isso, terem segurança<br />
jurídica para continuar a produzir.<br />
É preciso, pois, ponderar com equilíbrio a exigência<br />
de recuperação ambiental de 57,5 milhões de hectares,<br />
diante da realidade de que 60% <strong>do</strong> território nacional já<br />
são cobertos por florestas e de que existem 85,8 milhões<br />
de hectares de matas nativas nos estabelecimentos rurais,<br />
estes ocupan<strong>do</strong> 38,7% <strong>do</strong> território nacional.<br />
O Brasil já é o país com o maior percentual de cobertura<br />
florestal no mun<strong>do</strong>. Para cumprir a exigência legal,<br />
teria de aumentar em 6,7% a cobertura florestal existente,<br />
o que contribuiria com 0,44% de cobertura florestal<br />
a mais no planeta. Um custo econômico e social que representa<br />
um sacrifício talvez desnecessário para o país,<br />
agrava<strong>do</strong> pelo fato de representar também a perda de<br />
mais de 1,13 milhão de empregos. B
merca<strong>do</strong><br />
conversa thiago Castro é Superintendente <strong>do</strong> Center Shopping Uberlândia<br />
Preza<strong>do</strong> leitor,<br />
Quero chamar a sua atenção para<br />
o atual momento da indústria <strong>do</strong>s<br />
Shoppings Centers no Brasil, com destaque<br />
para a cidade de Uberländia,<br />
que conta com um empreendimento<br />
de ponta no setor, o Center Shopping.<br />
De uns anos para cá, o aumento<br />
<strong>do</strong> poder de consumo da classe média<br />
emergente, a estabilidade econômica<br />
e a demanda cada vez maior<br />
por centros de compra que viabilizem,<br />
além de um mix diversifica<strong>do</strong><br />
de lojas, lazer e serviços como lotéricas,<br />
bancos e supermerca<strong>do</strong>s em um<br />
único lugar, sem dúvida potencializaram<br />
o crescimento da indústria de<br />
shoppings centers no país. Da<strong>do</strong>s da<br />
<strong>As</strong>sociação Brasileira de Shoppings<br />
Centers (Abrasce) indicam que o setor<br />
fechou 2010 com um faturamento<br />
de R$ 87 bilhões.<br />
Outro movimento importante sinaliza<strong>do</strong><br />
por este setor é a interiorização,<br />
<strong>do</strong> ponto de vista geográfico.<br />
Shoppings <strong>do</strong> interior se tornaram<br />
um grande atrativo para as grandes<br />
marcas até pouco tempo concentradas<br />
nas capitais e grandes centros.<br />
Seguin<strong>do</strong> essa tendência de merca<strong>do</strong>,<br />
o Center Shopping tornou-se referência<br />
para a região <strong>do</strong> Triângulo<br />
Mineiro e Alto Paranaíba. O empreendimento<br />
abrange uma extensa<br />
área de influência com mais de 2<br />
milhões de habitantes e registra um<br />
fluxo de mais de 1 milhão de consumi<strong>do</strong>res<br />
por mês.<br />
Considera<strong>do</strong> o 8º maior<br />
shopping <strong>do</strong> Brasil, o Center<br />
Shopping (,,,) é o maior<br />
centro de compras <strong>do</strong> interior<br />
de Minas e referência para<br />
consumi<strong>do</strong>res de toda a região<br />
Em pleno desenvolvimento por<br />
meio de projetos de revitalização e<br />
expansão, o Center Shopping conta<br />
atualmente com 300 lojas, ten<strong>do</strong><br />
a presença das principais redes <strong>do</strong><br />
varejo - Fast Shop, Renner, Saraiva,<br />
Etna, C&A, McDonald’s, Lojas Americanas,<br />
Ponto Frio, Ricar<strong>do</strong> Eletro,<br />
Riachuelo, Centauro, Siberian, Burger<br />
King, Magazine Luiza -, além<br />
de outras grandes marcas exclusivas,<br />
como Calvin Klein, Capodarte,<br />
Richard’s e Le Lis Blanc. Considera<strong>do</strong><br />
o 8º maior shopping <strong>do</strong> Brasil, o<br />
Center Shopping, que no segun<strong>do</strong><br />
semestre de 2010 passou a ser administra<strong>do</strong><br />
pela BRMALLS, maior<br />
opera<strong>do</strong>ra de shoppings centers da<br />
América Latina, é o maior centro de<br />
compras <strong>do</strong> interior de Minas e referência<br />
para consumi<strong>do</strong>res de toda a<br />
região. Uma estrutura que contempla<br />
to<strong>do</strong>s os benefícios que fazem<br />
<strong>do</strong>s shoppings centers um sucesso<br />
junto a consumi<strong>do</strong>res de todas as<br />
faixas etárias - opções diversificadas<br />
de compra, serviços e lazer com comodidade,<br />
praticidade, ambiente<br />
agradável e segurança.<br />
A última expansão, inaugurada<br />
no primeiro semestre de 2010,<br />
que significou um crescimento de<br />
89,3 mil m² na área <strong>do</strong> shopping,<br />
também vem atender à demanda<br />
crescente por novos espaços por<br />
parte de investi<strong>do</strong>res que veem no<br />
empreendimento e na cidade de<br />
Uberlândia um merca<strong>do</strong> altamente<br />
promissor. O projeto traz o que há<br />
de mais atual em arquitetura e as novidades<br />
aplicadas pelo segmento de<br />
shoppings centers, conceito que já<br />
está sen<strong>do</strong> aplica<strong>do</strong> às demais áreas<br />
<strong>do</strong> Shopping no projeto de revitalização<br />
das instalações mais antigas.<br />
Outro projeto que destaca o pleno<br />
crescimento <strong>do</strong> Center Shopping é<br />
a construção de uma nova Praça de<br />
Alimentação no piso 2, com previsão<br />
de inauguração em 2012.<br />
Dois outros grandes projetos<br />
também terão impacto na operação<br />
<strong>do</strong> Center Shopping: a inauguração<br />
da torre comercial e da torre 2 <strong>do</strong><br />
Plaza Shopping Hotel, previstas para<br />
o segun<strong>do</strong> semestre de 2012. <strong>As</strong><br />
duas torres, juntamente com o Plaza<br />
Shopping Hotel e o Center Convention,<br />
agregam mais serviços e oportunidades,<br />
aumentam o fluxo de<br />
consumi<strong>do</strong>res e potencializam o desempenho<br />
<strong>do</strong> Shopping, reforçan<strong>do</strong><br />
o conceito mixed use.<br />
Enfim, estamos trabalhan<strong>do</strong> para<br />
reafirmar o compromisso de oferecer<br />
o melhor para clientes e lojistas,<br />
além de consolidar o posicionamento<br />
<strong>do</strong> Center Shopping como<br />
o maior e mais completo shopping<br />
center de Uberlândia e região. B
merca<strong>do</strong><br />
franchising & negócios<br />
Administra<strong>do</strong>r de franquia<br />
“Produtos e preço são responsabilidade da marca.<br />
O franquea<strong>do</strong> tem de buscar resulta<strong>do</strong>s a partir da gestão de pessoa”<br />
Por Carlos Ruben Pinto*<br />
Ao aderir a uma franquia,<br />
o franquea<strong>do</strong>,<br />
normalmente, paga<br />
uma taxa inicial pelo<br />
know-how, pelos méto<strong>do</strong>s<br />
de trabalho, pelas experiências<br />
e pelos acertos <strong>do</strong> franquea<strong>do</strong>r.<br />
To<strong>do</strong> esse aprendiza<strong>do</strong> só terá valor<br />
se o franquea<strong>do</strong> se sentir realmente<br />
capacita<strong>do</strong> para administrar com<br />
eficiência a sua empresa, se for capaz<br />
de usar bem os novos conhecimentos<br />
adquiri<strong>do</strong>s.<br />
A empresa franqueada é, por lei,<br />
econômica e juridicamente distinta<br />
da empresa franquea<strong>do</strong>ra, porém<br />
cada franquia deve ter um bom<br />
planejamento e objetivos claros, de<br />
acor<strong>do</strong> com sua área de atuação,<br />
em sintonia com o que for defini<strong>do</strong><br />
pelo franquea<strong>do</strong>r para toda a rede.<br />
O franquea<strong>do</strong>r espera que cada um<br />
de seus franquea<strong>do</strong>s administre sua<br />
unidade com entusiasmo, de forma<br />
correta e disciplinada, para fazer<br />
frente à competição diária inerente<br />
ao mun<strong>do</strong> <strong>do</strong>s negócios.<br />
O franquea<strong>do</strong> deve treinar bem<br />
sua equipe, motivar, exigir competências<br />
e cobrar resulta<strong>do</strong>s. To<strong>do</strong>s<br />
devem ter um alto grau de profissionalismo.<br />
Para isso, é preciso acompanhar<br />
diariamente as operações<br />
da unidade, com o objetivo de verificar<br />
se quem executa coopera com<br />
a empresa, e se o que faz tem a necessária<br />
qualidade. Senão, é preciso<br />
*Carlos Ruben Pinto é administra<strong>do</strong>r de Empresas,<br />
Consultor de Franquias e Varejo - (31) 3282-6688 -<br />
carlos@mdsfranchising.com.br<br />
decidir rápi<strong>do</strong> pela troca, dispensan<strong>do</strong><br />
de imediato, quan<strong>do</strong> for o caso,<br />
os indiferentes e preguiçosos, sem<br />
complacência. Se o franquea<strong>do</strong> não<br />
tiver coragem e agilidade para fazer<br />
a substituição necessária, é melhor<br />
desistir de ser empresário e procurar<br />
um emprego. É fundamental<br />
que to<strong>do</strong>s na equipe entendam que<br />
devem ser produtivos, que estão na<br />
empresa para vencer a batalha diária<br />
da competição, são eles é que<br />
têm que se pagar e fazer o negócio<br />
dar lucro.<br />
O franquea<strong>do</strong> precisa proteger<br />
o negócio, persistir sempre e administrar<br />
com entusiasmo, fazen<strong>do</strong><br />
sua empresa tornar-se cada vez mais<br />
competitiva. É importante saber cobrar<br />
<strong>do</strong> franquea<strong>do</strong>r a assistência<br />
necessária quan<strong>do</strong> sentir dificuldades<br />
na gestão operacional diária, incluin<strong>do</strong><br />
administração de estoques,<br />
preços, negociação com fornece<strong>do</strong>res,<br />
prospecção e/ou manutenção<br />
de clientes etc., visan<strong>do</strong> sempre a um<br />
resulta<strong>do</strong> operacional satisfatório.<br />
Toda empresa, independente <strong>do</strong><br />
tamanho e número de funcionários,<br />
pode e deve ser vista em três níveis:<br />
estratégico, tático e operacional. O<br />
franquea<strong>do</strong>, como to<strong>do</strong> empresário,<br />
tem papéis importantes em cada<br />
um destes níveis. No nível estratégico,<br />
ele precisa ver a empresa como<br />
um to<strong>do</strong>: produtos, serviços e merca<strong>do</strong>.<br />
No nível tático, prevalece sua<br />
(Alberto Oyama - <strong>do</strong>no de 15 unidades Contém 1g)<br />
capacidade de liderança, sua estrutura<br />
e racionalização <strong>do</strong>s trabalhos.<br />
E no nível operacional é preciso saber<br />
como a tecnologia é utilizada na<br />
empresa, na produção, organização,<br />
atendimento e vendas.<br />
O franquea<strong>do</strong> precisa entender<br />
que não basta comprar uma franquia,<br />
é preciso apaixonar-se pelo<br />
negócio, estar permanentemente<br />
inquieto, firme, alerta em relação às<br />
oportunidades <strong>do</strong> merca<strong>do</strong>, orienta<strong>do</strong><br />
para competir e, sobretu<strong>do</strong>,<br />
saber administrar bem a empresa<br />
nos três níveis cita<strong>do</strong>s, para tê-la<br />
em suas mãos. O fato de estar no<br />
franchising participan<strong>do</strong> de uma<br />
rede faz suas chances serem bem<br />
melhores! Basta olhar para o merca<strong>do</strong><br />
e ver as empresas independentes<br />
organizan<strong>do</strong>-se em centrais<br />
de negócio e a<strong>do</strong>tan<strong>do</strong> uma marca<br />
comum. Os independentes e experientes<br />
estão se unin<strong>do</strong>, forman<strong>do</strong><br />
redes de farmácia, de lojas de móveis,<br />
de papelaria, de supermerca<strong>do</strong>s,<br />
de material de construção,<br />
Toda empresa, independente <strong>do</strong> tamanho e número de funcionários, pode e deve<br />
ser vista em três níveis: estratégico, tático e operacional<br />
14 | <strong>Revista</strong> MERCADO | Outubro 2011<br />
entre outras. Eles sabem que é difícil<br />
competir sozinho, em rede têm<br />
muito mais poder de negociação e<br />
condições de divulgar mais e melhor<br />
sua marca, produtos e serviços.<br />
Portanto, cabe ao franquea<strong>do</strong> fazer<br />
a sua franquia dar certo, trabalhan<strong>do</strong><br />
firme, acreditan<strong>do</strong> em si mesmo,<br />
para realizar o seu sonho de ser um<br />
empresário bem-sucedi<strong>do</strong>. B<br />
Para uma boa impressão<br />
não basta só jogar tinta no papel...<br />
Tem que saber o que faz.<br />
Faça como a <strong>Revista</strong> MERCADO,<br />
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merca<strong>do</strong><br />
política<br />
Cidade das Águas<br />
Governo de Minas inaugura no Triângulo Mineiro um <strong>do</strong>s maiores complexos<br />
<strong>do</strong> mun<strong>do</strong> para educação e pesquisa em águas<br />
Da Redação com Agência Minas | Fotos: Carlos Alberto/Secom MG<br />
O<br />
vice-governa<strong>do</strong>r Alberto<br />
Pinto Coelho, acompanha<strong>do</strong><br />
<strong>do</strong> ministro<br />
da Educação, Fernan<strong>do</strong><br />
Haddad, inaugurou,<br />
atriz Cleo Pires foi designada embaixa<strong>do</strong>ra<br />
das Águas da Unesco.<br />
Participaram da cerimônia os secretários<br />
de Esta<strong>do</strong>, Bilac Pinto (Desenvolvimento<br />
Regional de Política<br />
no final de setembro, em Frutal, Urbana) e Narcio Rodrigues (Ciên-<br />
no Triângulo Mineiro, a Cidade das cia, Tecnologia e Ensino Superior); o<br />
Águas, um <strong>do</strong>s maiores projetos <strong>do</strong> presidente <strong>do</strong> Unesco HidroEX, pro-<br />
mun<strong>do</strong> volta<strong>do</strong>s para a educação e fessor Otávio Elísio Alves de Brito; o<br />
pesquisa em águas. O complexo reu- presidente <strong>do</strong> Conselho Mundial das<br />
nirá instituições estaduais, federais e Águas, Loic Fauchon; o diretor da<br />
privadas, nacionais e internacionais, Unesco no Brasil, Lucien Muñoz; e a<br />
em um mesmo ambiente de convi- presidente da Fundação Cousteau,<br />
vência e interatividade. Na ocasião, a Francine Cousteau; além de depu-<br />
16 | <strong>Revista</strong> MERCADO | Outubro 2011<br />
Carlos Alberto/Secom<br />
MG) legenda: O vicegoverna<strong>do</strong>r,<br />
Alberto Pinto<br />
Coelho, na inauguração<br />
<strong>do</strong> prédio <strong>do</strong> HidroEx, na<br />
Cidade das Águas A atriz Cléo Pires, em destaque entre as autoridades presentes, foi escolhida embaixa<strong>do</strong>ra das<br />
Águas da Unesco<br />
ta<strong>do</strong>s estaduais e federais, representantes<br />
de instituições de ensino e<br />
lideranças locais.<br />
A criação da Cidade das Águas<br />
é uma iniciativa conjunta <strong>do</strong> Governo<br />
de Minas com o governo federal,<br />
apoiada pela Unesco. Já foram investi<strong>do</strong>s<br />
R$ 50 milhões na consolidação<br />
<strong>do</strong> conglomera<strong>do</strong>, com a previsão<br />
de mais R$ 80 milhões nos próximos<br />
<strong>do</strong>is anos, totalizan<strong>do</strong> R$ 130 milhões<br />
de investimento <strong>do</strong>s governos<br />
estadual e federal.<br />
Todas as instituições presentes<br />
na Cidade das Águas terão como<br />
eixo central a gestão, preservação e<br />
recuperação das águas, superficiais<br />
e subterrâneas. Outro objetivo será<br />
a formação de uma nova geração<br />
de líderes na gestão da água. Além<br />
de atender ao Brasil, a Cidade das<br />
Águas tem suas atividades voltadas<br />
também para a América Latina e<br />
para a África de Língua Portuguesa.<br />
Em pronunciamento, o vice-governa<strong>do</strong>r,<br />
Alberto Pinto Coelho, ressaltou<br />
o papel <strong>do</strong> Unesco HidroEX<br />
para o desenvolvimento sustentável<br />
<strong>do</strong> esta<strong>do</strong> e <strong>do</strong> país por meio da educação.<br />
“Cumpre-se o princípio complementar,<br />
o de ‘pensar localmente<br />
e agir globalmente’, pois o Centro<br />
Internacional de Educação, Capacitação<br />
e Pesquisa Aplicada em Água -<br />
Unesco/Hidroex será celeiro de uma<br />
nova geração de líderes na gestão<br />
da água e difundirá a educação ambiental<br />
no Brasil e no mun<strong>do</strong>”, disse.<br />
Já o ministro da Educação, Fernan<strong>do</strong><br />
Haddad, ressaltou a parceria<br />
com o Governo de Minas, já que a<br />
Cidade das Águas é um <strong>do</strong>s projetos<br />
estratégicos <strong>do</strong> Ministério da Educação.<br />
“Essa parceria entre o Governo<br />
de Minas e o governo federal é histórica,<br />
e nunca foi tão forte como nos<br />
últimos anos”, disse.<br />
Con<strong>do</strong>mínio<br />
Durante o evento, o vice-governa<strong>do</strong>r<br />
autorizou o Unesco HidroEX a<br />
se filiar como membro permanente<br />
<strong>do</strong> Conselho Mundial de Águas, sedia<strong>do</strong><br />
em Marselha, França, com o<br />
objetivo de fortalecer o compromisso<br />
das ações relacionadas à preservação<br />
da água.<br />
Alberto Pinto Coelho também<br />
anunciou a proposta de criação <strong>do</strong><br />
primeiro Con<strong>do</strong>mínio Temático de<br />
Instituições de Ensino Superior e de<br />
Pesquisa e Desenvolvimento, que<br />
terá sede na Cidade das Águas e reunirá<br />
universidades que se dedicarão<br />
à pesquisa e a projetos relaciona<strong>do</strong>s<br />
à água: Ufla (Lavras), UFV (Viçosa),<br />
Ufop (Ouro Preto), UFMG, UFTM (Triângulo<br />
Mineiro), UFU (Uberlândia) e<br />
PUC Minas.<br />
Visita às instalações<br />
Alberto Pinto Coelho foi recebi<strong>do</strong><br />
no aeroporto de Frutal pela prefeita<br />
Maria Cecília Marchi Borges (Ciça), ao<br />
som da Banda Municipal Major Lara.<br />
Ele estava acompanha<strong>do</strong> <strong>do</strong> ministro<br />
da Educação, Fernan<strong>do</strong> Haddad,<br />
e <strong>do</strong> secretário de Esta<strong>do</strong> de Ciência,<br />
Tecnologia e Ensino Superior, Narcio<br />
Rodrigues. O vice-governa<strong>do</strong>r chegou<br />
ao auditório da Uemg de Frutal<br />
e, após os pronunciamentos, fez<br />
uma visita para conhecer as instalações<br />
<strong>do</strong> Unesco HidroEX. A<br />
<strong>Revista</strong> MERCADO | Outubro 2011 | 17
merca<strong>do</strong><br />
política<br />
Alberto Pinto Coelho e o ministro da Educação, Fernan<strong>do</strong> Haddad, durante a assinatura <strong>do</strong><br />
<strong>do</strong>cumento que oficializou a criação da Cidade das Águas, em Frutal, no Triângulo Mineiro<br />
A inauguração marca a entrada<br />
em funcionamento da nova<br />
sede <strong>do</strong> Centro Internacional de<br />
Educação, Capacitação e Pesquisa<br />
Aplicada em Águas (Unesco<br />
HidroEX). Ele foi cria<strong>do</strong> em 2009<br />
pelo Governo de Minas, com o<br />
objetivo de planejar, coordenar,<br />
executar, controlar e avaliar programas<br />
e projetos de defesa e<br />
preservação <strong>do</strong> meio ambiente,<br />
relativos à gestão das águas e <strong>do</strong>s<br />
recursos hídricos.<br />
Na nova sede <strong>do</strong> Unesco Hidro-<br />
EX, além da administração, funcionarão<br />
três laboratórios, duas salas<br />
de reunião, cinco salas para projetos,<br />
uma sala multimeios, entre<br />
outras dependências. Atualmente,<br />
17 projetos estão sen<strong>do</strong> executa<strong>do</strong>s<br />
pelo HidroEX em parceria com<br />
diversas instituições. Juntos, os<br />
projetos envolvem recursos de R$<br />
21 milhões.<br />
18 | <strong>Revista</strong> MERCADO | Outubro 2011<br />
Estu<strong>do</strong> das águas <strong>do</strong> Triângulo<br />
Durante o evento, também foi<br />
anunciada a parceria <strong>do</strong> Unesco HidroEX<br />
com a Sectes, Embrapa, UFV,<br />
Unifei (Itajubá), Companhia de Pesquisa<br />
de Recursos Minerais, UFMG,<br />
UFRJ, Copasa e instituições da Alemanha,<br />
dentre elas a University of<br />
Applied Science Weihenstephan-<br />
-Tries<strong>do</strong>rf e a Technische Universität<br />
Dresden, para estu<strong>do</strong>s das águas<br />
superficiais e subterrâneas <strong>do</strong> Triângulo<br />
Mineiro. O projeto de parceria<br />
custará R$ 2,5 milhões, custea<strong>do</strong>s<br />
pelas instituições alemãs.<br />
A Cidade das Águas terá unidades<br />
avançadas da Agência Nacional de<br />
Águas (ANA), Empresa Brasileira de<br />
Pesquisa Agropecuária (Embrapa),<br />
Instituto Federal <strong>do</strong> Triângulo Mineiro<br />
(IFTM), Universidade Federal <strong>do</strong> Triângulo<br />
Mineiro (UFTM), Universidade<br />
Federal de Minas Gerais (UFMG), Em-<br />
presa de <strong>As</strong>sistência Técnica e Extensão<br />
Rural (Emater), Instituto Mineiro<br />
de Gestão das Águas (Igam), Instituto<br />
Estadual de Florestas (IEF) e Instituto<br />
Nacional da Água (INA), instituição<br />
esta que ainda está sen<strong>do</strong> criada pelo<br />
governo federal. Novas entidades<br />
ainda podem participar <strong>do</strong> projeto.<br />
Espaço Cousteau<br />
A Cidade das Águas vai abrigar o<br />
Espaço Cousteau para as águas, projeto<br />
a ser desenvolvi<strong>do</strong> pelo Instituto<br />
Federal <strong>do</strong> Triângulo Mineiro (IFTM)<br />
em parceria com a HidroEX. Trata-se<br />
de moderna estrutura arquitetônica,<br />
dentro <strong>do</strong>s melhores padrões internacionais,<br />
para abrigar um amplo espaço<br />
de visitação com a exposição das atividades<br />
de pesquisa desenvolvidas pelo<br />
Comandante Cousteau pelos rios e<br />
mares <strong>do</strong> mun<strong>do</strong>, incluin<strong>do</strong> o material<br />
de expedição pela Amazônia. B
merca<strong>do</strong><br />
medicina<br />
Neuronavega<strong>do</strong>r faz<br />
sucesso em Uberlândia<br />
Além de ser utiliza<strong>do</strong> em cirurgias cerebrais complexas, o equipamento<br />
ajuda na fixação de parafusos em casos de intervenção na coluna<br />
Por Alitéia Milagres<br />
O objetivo da neuronavegação é ter imagens reais durante a cirurgia das estruturas <strong>do</strong> cérebro ou<br />
da coluna antes mesmo de iniciar o procedimento, permitin<strong>do</strong> que o médico vá direto ao ponto,<br />
minimizan<strong>do</strong>, assim, o risco de lesar outras estruturas próximas à área de interesse e retirar o máximo,<br />
ou toda a lesão com maior segurança<br />
20 | <strong>Revista</strong> MERCADO | Outubro 2011<br />
Imagem cedida pelo Hospital Santa Genoveva<br />
Uma equipe liderada<br />
pelos neurocirurgiões<br />
Samuel Caputo de Castro<br />
e Guilherme Duarte<br />
de Castro, <strong>do</strong> Hospital<br />
Santa Genoveva, de Uberlândia,<br />
realizou com sucesso uma neurocirurgia<br />
na cabeça de uma paciente,<br />
utilizan<strong>do</strong> um equipamento de<br />
neuronavegação para a remoção de<br />
uma lesão benigna, de localização<br />
profunda no lobo frontal. A tecnologia<br />
é de última geração e o procedimento<br />
foi inédito na história <strong>do</strong><br />
hospital. A cirurgia durou cerca de<br />
duas horas e meia e foi feita numa<br />
mulher de 28 anos, internada em<br />
decorrência de uma crise de <strong>do</strong>r de<br />
cabeça intensa, rigidez na nuca e<br />
crise epiléptica (quadro de hemorragia<br />
cerebral), ocasionada por uma<br />
má formação vascular <strong>do</strong> sistema<br />
nervoso central, conhecida pela<br />
classe médica como “cavernosa”.<br />
O que acontece<br />
é que, assim<br />
como o GPS<br />
orienta o<br />
motorista com<br />
relação ao<br />
seu destino, o<br />
equipamento<br />
orienta e indica o<br />
caminho (via de<br />
acesso) para o<br />
cirurgião atingir<br />
a estrutura a ser<br />
removida<br />
O médico Samuel Caputo explica<br />
que a tecnologia <strong>do</strong> neuronavega<strong>do</strong>r<br />
é de última geração e pode ser comparada<br />
a um Sistema Global de Posicionamento<br />
(GPS): “O que acontece é<br />
que, assim como o GPS orienta o motorista<br />
com relação ao seu destino, o<br />
equipamento orienta e indica o caminho<br />
(via de acesso) para o cirurgião<br />
atingir a estrutura a ser removida. A<br />
diferença é que com o GPS as coordenadas<br />
são postadas em um mapa<br />
Na prática, para o procedimento<br />
com o neuronavega<strong>do</strong>r, o cirurgião<br />
manuseia um instrumento<br />
que transmite um sinal capta<strong>do</strong><br />
pelo minissatélite. O satélite transmite<br />
para o computa<strong>do</strong>r. A ponta<br />
<strong>do</strong> instrumento - naturalmente estéril<br />
- é mostrada nas imagens da<br />
Ressonância Magnética (RM) nas<br />
três dimensões armazenadas no<br />
computa<strong>do</strong>r ao alcance da visão<br />
<strong>do</strong> neurocirurgião, direcionan<strong>do</strong>-o<br />
através <strong>do</strong> caminho a ser percorri<strong>do</strong><br />
na abertura da pele e <strong>do</strong> osso<br />
até atingir a lesão. “<strong>As</strong>sim, conseguimos<br />
atuar em áreas com lesões<br />
tumorais profundas <strong>do</strong> cérebro ou<br />
próximos a áreas nobres, porque<br />
a tecnologia é capaz de direcionar<br />
de forma exata os acessos por<br />
onde “o bisturi” pode entrar, a fim<br />
de chegar ao destino final”, disse o<br />
neurocirurgião Guilherme Duarte<br />
de Castro. Segun<strong>do</strong> ele, além de o<br />
procedimento tornar o trauma cirúrgico<br />
menor e a cirurgia mais precisa,<br />
ainda garante a qualidade no<br />
tratamento cirúrgico, sem contar<br />
que diminui o tempo da intervenção<br />
e a chance de lesões durante o<br />
ato cirúrgico.<br />
Além de ser utiliza<strong>do</strong> para tratar<br />
lesões no cérebro, o instrumento<br />
também pode ser manusea<strong>do</strong> em<br />
cirurgias de coluna para a fixação<br />
de parafusos, por exemplo, e em<br />
outras especialidades. “Nesse caso,<br />
além da precisão da cirurgia ser<br />
maior que a convencional, a recuperação<br />
também acaba sen<strong>do</strong> mais<br />
rápida”, esclarece Caputo.<br />
O procedimento<br />
que retrata a superfície <strong>do</strong> solo em<br />
duas dimensões - a estrada -, usan<strong>do</strong><br />
um satélite como referência. Já o<br />
neuronavega<strong>do</strong>r tem uma referência<br />
(como um minissatélite) dentro da<br />
sala de cirurgia e o alvo é localiza<strong>do</strong><br />
em três dimensões. O ponto a ser<br />
atingi<strong>do</strong> é mostra<strong>do</strong> “on time” na tela<br />
de um computa<strong>do</strong>r, nas imagens da<br />
ressonância magnética previamente<br />
realizada (vide imagem com o mapa<br />
da lesão, na abertura da reportagem).<br />
A intenção é<br />
simplificar o<br />
procedimento,<br />
tornan<strong>do</strong> a<br />
incisão e o<br />
trauma cirúrgico<br />
os menores<br />
possíveis para<br />
o paciente<br />
Em ambos os casos, os <strong>do</strong>is<br />
neurocirurgiões, Samuel Caputo e<br />
Guilherme Duarte, são objetivos ao<br />
afirmarem que o aparelho é utiliza<strong>do</strong><br />
em cirurgias eletivas ou aquelas<br />
que não se caracterizam como urgência<br />
ou emergência, e o paciente<br />
não corre risco imediato de morte.<br />
“O méto<strong>do</strong> não substitui a cirurgia<br />
convencional e a necessidade de<br />
um amplo conhecimento anatômico.<br />
É um complemento das técnicas<br />
habituais. No caso, a intenção é<br />
simplificar o procedimento, tornan<strong>do</strong><br />
a incisão e o trauma cirúrgico os<br />
menores possíveis para o paciente”,<br />
reforça Caputo. B<br />
<strong>Revista</strong> MERCADO | Outubro 2011 | 21
merca<strong>do</strong><br />
ciência<br />
Foto: AFP Photo/Duke University/Katie Zhuang<br />
A força da mente <strong>do</strong>s macacos<br />
Símios sentem e movem objetos virtuais usan<strong>do</strong> apenas o<br />
pensamento; estu<strong>do</strong> que faz parte <strong>do</strong> Projeto Walk Again é lidera<strong>do</strong><br />
por brasileiro e foi publica<strong>do</strong> na revista Nature. Novas etapas ocorrem<br />
no Brasil, no Instituto de Neurociências de Natal<br />
Da Redação com Agência<br />
A<br />
história de ficção <strong>do</strong> recém-lança<strong>do</strong><br />
filme “Planeta<br />
<strong>do</strong>s Macacos: A Origem”<br />
(Rise of the Planet<br />
of the Apes/ Twentieth<br />
Century-Fox Film Corporation/EUA-<br />
2011), que mostra uma rebelada raça<br />
de macacos superinteligentes, pode<br />
não estar assim tão distante da realidade,<br />
não no que depender da cada<br />
vez mais comprovada capacidade<br />
de raciocínio <strong>do</strong>s símios. No começo<br />
deste mês, o laboratório de neuro-<br />
22 | <strong>Revista</strong> MERCADO | Outubro 2011<br />
ciências da Universidade de Duke,<br />
<strong>do</strong>s EUA, concluiu a segunda etapa<br />
<strong>do</strong> Projeto Walk Again, cuja meta é<br />
restaurar a mobilidade de pacientes<br />
tetraplégicos e paraplégicos e fazer<br />
um jovem paraplégico dar o pontapé<br />
inicial da Copa de 2014. Pela primeira<br />
vez, <strong>do</strong>is macacos conseguiram<br />
identificar a textura de objetos<br />
virtuais, além de mover um avatar<br />
usan<strong>do</strong> somente a atividade elétrica<br />
<strong>do</strong> cérebro. Essa demonstração<br />
aconteceu em via de mão dupla, ou<br />
No Projeto Walk Again, apenas com<br />
o poder <strong>do</strong> cérebro, os macacos<br />
aprenderam não só a como<br />
controlar um braço virtual, mas<br />
também a sentir texturas de objetos<br />
seja, entre o cérebro de um primata<br />
e um corpo virtual. O estu<strong>do</strong> foi publica<strong>do</strong><br />
no dia 5 de outubro, no site<br />
da revista científica Nature.<br />
O Projeto Walk Again, lidera<strong>do</strong><br />
pelo neurocientista Dr. Miguel Nicolelis,<br />
faz parte de um consórcio internacional<br />
sem fins lucrativos, cria<strong>do</strong><br />
por uma equipe de cientistas brasileiros,<br />
americanos, suíços e alemães,<br />
que visa a restaurar a mobilidade<br />
de corpo inteiro para os pacientes<br />
tetraplégicos. Para tanto, é utilizada<br />
uma interface cérebro-máquina, implementada<br />
em conjunto com um<br />
exoesqueleto robótico de corpo inteiro.<br />
A partir de 2012, o projeto será<br />
desenvolvi<strong>do</strong> no Brasil pela equipe<br />
<strong>do</strong> Instituto de Neurociências de Natal<br />
Edmond e Lilly Safra (IINN-ELS). A<br />
ideia é que o Walk Again se estenda<br />
no Brasil pela próxima década.<br />
A experiência, na prática<br />
Os macacos, sem mover nenhuma<br />
parte <strong>do</strong> seu corpo real, usaram<br />
a atividade elétrica de seus cérebros<br />
para dirigir as mãos virtuais de um<br />
avatar até a superfície de objetos<br />
virtuais. Uma vez que o contato com<br />
os objetos foi estabeleci<strong>do</strong>, os macacos<br />
foram capazes de diferenciar<br />
as texturas destes, expressas como<br />
padrões de sinais elétricos, transmiti<strong>do</strong>s<br />
continuamente para o cérebro<br />
desses animais. Três diferentes<br />
padrões elétricos correspondiam a<br />
cada uma das três texturas de objetos<br />
diferentes.<br />
(...) no futuro será possível a<br />
pacientes tetraplégicos aproveitar<br />
essa tecnologia não apenas para<br />
mover seus braços e mãos e<br />
voltar a andar, mas também para<br />
sentir a textura de objetos<br />
O neurocientista brasileiro Dr. Miguel Nicolelis é quem lidera o<br />
projeto Walk Again que, por meio de experiência com macacos, se<br />
propõe a restaurar a mobilidade de tetraplégicos e paraplégicos<br />
Pelo fato de nenhuma parte <strong>do</strong><br />
corpo real <strong>do</strong>s animais ter si<strong>do</strong> envolvida<br />
na operação dessa interface<br />
cérebro-máquina-cérebro, os experimentos<br />
sugerem que, no futuro,<br />
pacientes severamente paralisa<strong>do</strong>s<br />
devi<strong>do</strong> a uma lesão da medula espinhal<br />
poderão tirar proveito dessa tecnologia.<br />
E isso acontecerá não só para<br />
recuperar a mobilidade, mas também<br />
para ter o senti<strong>do</strong> <strong>do</strong> tato restaura<strong>do</strong>.<br />
“Com a nova etapa <strong>do</strong> estu<strong>do</strong> concluída,<br />
no futuro será possível a pacientes<br />
tetraplégicos aproveitar essa tecnologia<br />
não apenas para mover seus<br />
braços e mãos e voltar a andar, mas<br />
também para sentir a textura de obje-<br />
Foto: Cristóbal Corral Vega<br />
tos coloca<strong>do</strong>s em suas mãos, ou perceber<br />
detalhes táteis das superfícies<br />
<strong>do</strong> terreno sobre o qual eles passeiam<br />
com a ajuda de um exoesqueleto robótico”,<br />
disse Nicolelis.<br />
Para o Dr. Nicolelis, o<br />
“sucesso notável com<br />
primatas é o que nos faz<br />
acreditar que os humanos<br />
poderão realizar a mesma<br />
tarefa com muito mais<br />
facilidade num futuro<br />
próximo”<br />
A interação entre o cérebro e um<br />
avatar virtual foi totalmente independente<br />
<strong>do</strong> corpo real <strong>do</strong> animal, pois<br />
os macacos não mexeram os braços<br />
nem as mãos de verdade. Eles sequer<br />
usaram sua pele real para tocar<br />
os objetos e identificar a sua textura.<br />
É quase como a criação de um novo<br />
canal sensorial, por meio <strong>do</strong> qual o<br />
cérebro pode continuar a processar<br />
a informação que até o experimento<br />
não era mais capaz de realizar.<br />
“O sucesso notável com primatas<br />
é o que nos faz acreditar que os humanos<br />
poderão realizar a mesma tarefa<br />
com muito mais facilidade num<br />
futuro próximo”, disse Nicolelis. “Esperamos<br />
que nos próximos anos essa<br />
tecnologia ajude a restaurar uma vida<br />
mais autônoma para muitos pacientes<br />
que estão atualmente bloquea<strong>do</strong>s,<br />
sem a capacidade de se mover<br />
ou de ter qualquer sensação tátil”,<br />
explica o neurocientista. A<br />
<strong>Revista</strong> MERCADO | Outubro 2011 | 23<br />
Foto: Divulgação
merca<strong>do</strong><br />
ciência<br />
Avatar <strong>do</strong> macaco: resulta<strong>do</strong>s<br />
fornecem novas evidências<br />
de que é possível criar um<br />
exoesqueleto robótico, para que<br />
pacientes paralisa<strong>do</strong>s possam<br />
explorar e receber feedbacks <strong>do</strong><br />
mun<strong>do</strong> exterior<br />
Os resulta<strong>do</strong>s fornecem novas<br />
evidências de que é possível criar<br />
um exoesqueleto robótico, para que<br />
pacientes paralisa<strong>do</strong>s possam explorar<br />
e receber feedbacks <strong>do</strong> mun<strong>do</strong><br />
exterior. Tal exoesqueleto será diretamente<br />
controla<strong>do</strong> pela atividade<br />
cerebral voluntária <strong>do</strong> paciente, a<br />
fim de permitir que este se mova de<br />
forma autônoma. Simultaneamente,<br />
sensores distribuí<strong>do</strong>s em to<strong>do</strong> o<br />
exoesqueleto geram um tipo de feedback<br />
tátil necessário para o cérebro<br />
identificar a textura, a forma e a tem-<br />
peratura <strong>do</strong>s objetos, assim como<br />
muitas características da superfície<br />
sobre a qual os pacientes andam.<br />
O estu<strong>do</strong> teve como autores,<br />
além <strong>do</strong> Dr. Miguel Nicolelis, Joseph<br />
E. O’Doherty, Mikhail A. Lebedev, Peter<br />
J. IFFT, Katie Z. Zhuang, to<strong>do</strong>s <strong>do</strong><br />
nota<br />
Centro de Neurociência da Universidade<br />
de Duke, e Shokur Solaiman<br />
e Hannes Bleuler, da Escola Politécnica<br />
Federal da Lausanne (EPFL), em<br />
Lausanne, Suíça. Este trabalho foi financia<strong>do</strong><br />
pelo Instituto Nacional de<br />
Saúde <strong>do</strong>s EUA.<br />
Instituto Internacional de Neurociências de Natal (RN) Edmond<br />
e Lily Safra - Funda<strong>do</strong> em 2003, o IINN-ELS é um <strong>do</strong>s melhores<br />
exemplos <strong>do</strong> salto qualitativo na vida acadêmica e científica<br />
brasileira. Durante esse perío<strong>do</strong>, o Instituto tem da<strong>do</strong> sua<br />
contribuição e mostra<strong>do</strong> ao Brasil e ao mun<strong>do</strong> sua capacidade<br />
de produzir e disseminar conhecimento pela via da produção<br />
científica e pelo esforço desenvolvi<strong>do</strong> em vários níveis para<br />
transformar Natal em uma referência mundial de pesquisa<br />
biomédica, de educação científica infanto-juvenil e também num<br />
paradigma de desenvolvimento socioeconômico. B
merca<strong>do</strong><br />
agronegócios<br />
que farão parte da política. O trabalho<br />
conta com o apoio da Fundação<br />
de Amparo à Pesquisa <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> de<br />
Minas Gerais (Fapemig)”, informa.<br />
Napoleão acrescenta que o manual<br />
será utiliza<strong>do</strong> por técnicos de<br />
campo da Emater-MG, Epamig e<br />
IMA, instituições vinculadas à Secretaria<br />
da Agricultura, bem como pelas<br />
secretarias municipais de Agricultura.<br />
“Os técnicos aproveitarão todas<br />
as oportunidades, especialmente<br />
os dias de campo, para repassar aos<br />
produtores as informações contidas<br />
na publicação”, diz o subsecretário.<br />
Produtores rurais mineiros serão orienta<strong>do</strong>s a desenvolver suas atividades baseadas na Política<br />
Estadual de Conservação <strong>do</strong> Solo e Água a partir de 2012 O subsecretário <strong>do</strong><br />
Agronegócio da Seapa,<br />
Bal<strong>do</strong>ne<strong>do</strong> Napoleão,<br />
diz que os agricultores e<br />
Negócios sustentáveis em<br />
campos mineiros<br />
Política de conservação <strong>do</strong> solo e da água vai orientar produção rural<br />
no esta<strong>do</strong><br />
Por Agência Esta<strong>do</strong><br />
A<br />
partir de 2012, os produtores<br />
rurais mineiros<br />
poderão desenvolver<br />
suas atividades ten<strong>do</strong><br />
como referência a Política<br />
Estadual de Conservação de<br />
Solo e Água, que está sen<strong>do</strong> estruturada<br />
sob a coordenação da<br />
Subsecretaria <strong>do</strong> Agronegócio da<br />
26 | <strong>Revista</strong> MERCADO | Outubro 2011<br />
Secretaria de Agricultura, Pecuária<br />
e Abastecimento (Seapa). A elaboração<br />
da política - um conjunto de<br />
normas e orientações para a a<strong>do</strong>ção<br />
de boas práticas nas propriedades<br />
agrícolas e pecuárias - foi aprovada<br />
pelo Conselho Diretor das Ações de<br />
Manejo de Solos (CDSOLO) cria<strong>do</strong><br />
pela secretaria.<br />
Segun<strong>do</strong> o subsecretário Bal<strong>do</strong>ne<strong>do</strong><br />
Arthur Napoleão, a política é um<br />
passo indispensável para a criação <strong>do</strong><br />
Plano Estadual de Conservação de<br />
Solo e Água. “Atualmente, a subsecretaria<br />
está organizan<strong>do</strong> a publicação<br />
de um manual com informações<br />
legais, técnicas e gerenciais relacionadas<br />
à conservação de solo e água<br />
pecuaristas serão induzi<strong>do</strong>s<br />
a utilizar boas ações de<br />
conservação <strong>do</strong> solo e<br />
da água diante de um<br />
cenário com alto índice de<br />
degradação das áreas de<br />
produção rural<br />
Os contatos, conforme explica<br />
Napoleão, terão por objetivo induzir<br />
os agricultores e pecuaristas a utilizar<br />
boas ações de conservação <strong>do</strong> solo e<br />
da água diante de um cenário com<br />
alto índice de degradação das áreas<br />
de produção rural. Da<strong>do</strong>s da Emater<br />
mostram que, em Minas Gerais, estão<br />
degrada<strong>do</strong>s ou em processo de<br />
degradação entre 5 e 6 milhões de<br />
hectares, cerca de um terço da área<br />
de pastagem e produção agrícola.<br />
“Em alguns casos, como o <strong>do</strong> Vale<br />
<strong>do</strong> Rio Doce, há terras transformadas<br />
em deserto”, descreve o subsecretário.<br />
Uma das principais medidas para<br />
recuperar as pastagens é a a<strong>do</strong>ção<br />
<strong>do</strong> sistema de Integração Lavoura,<br />
Pecuária e Floresta (ILPF) com o<br />
plantio direto, ou seja, sem aração e<br />
gradagem para preparo <strong>do</strong> solo destina<strong>do</strong><br />
ao cultivo.<br />
Em pastagens recuperadas por<br />
meio desse sistema, é possível a<br />
manutenção de <strong>do</strong>is a três animais<br />
por hectare, enquanto nas áreas<br />
degradadas a ocupação possível é<br />
da ordem de 0,3 a 0,5 cabeça por<br />
hectare. Além disso, na agricultura,<br />
estão sen<strong>do</strong> obti<strong>do</strong>s, em Minas Gerais,<br />
de 120 a 130 sacos de 60 quilos<br />
de milho por hectare em lavouras<br />
com plantio direto em áreas de pastagens<br />
recuperadas.<br />
Suporte <strong>do</strong> conhecimento<br />
Com base no programa que será<br />
apresenta<strong>do</strong> no manual da Política<br />
de Conservação de Solo e Água de<br />
Minas Gerais, os técnicos vão orientar<br />
os agricultores sobre os princípios<br />
da erosão, como utilizar o solo,<br />
fazer o manejo da água e a<strong>do</strong>tar<br />
méto<strong>do</strong>s para recomposição das<br />
áreas degradadas.<br />
De acor<strong>do</strong> com o superintendente<br />
de Desenvolvimento Agropecuário<br />
e Silvicultura da Subsecretaria<br />
<strong>do</strong> Agronegócio, Bruno de<br />
Barros Ribeiro de Oliveira, em todas<br />
as etapas <strong>do</strong> trabalho os agricultores<br />
e pecuaristas vão receber informações<br />
gerais sobre a importância<br />
da preservação ambiental como fator<br />
indispensável à sustentabilidade<br />
de seus programas de produção.<br />
“<strong>As</strong> práticas de manejo <strong>do</strong> solo e<br />
uso da água a serem apresentadas no<br />
manual são básicas para o aumento<br />
da produção de alimentos com qualidade”,<br />
ressalta o superintendente.<br />
Ele ainda observa que a proposta é<br />
fazer uma publicação de referência,<br />
porque será elaborada com a participação<br />
de professores, técnicos e pesquisa<strong>do</strong>res<br />
da Universidade Federal<br />
de Viçosa (UFV), Universidade Federal<br />
de Lavras (Ufla) e Emater-MG. B<br />
Na região <strong>do</strong> Vale <strong>do</strong> Rio Doce, no norte <strong>do</strong> esta<strong>do</strong>, há<br />
terras que foram transformadas em deserto, segun<strong>do</strong> alerta<br />
Bal<strong>do</strong>ne<strong>do</strong> Napoleão<br />
<strong>Revista</strong> MERCADO | Outubro 2011 | 27
merca<strong>do</strong><br />
capa<br />
<strong>As</strong> <strong>“mulheres”</strong> <strong>do</strong> <strong>Odelmo</strong><br />
Sexo frágil, que nada. Na prefeitura de Uberlândia, quase metade das<br />
secretarias municipais são comandadas por mulheres que, alinhadas<br />
ao prefeito <strong>Odelmo</strong> Leão, são prova de que competência também<br />
pode estar de saia, batom e blush<br />
Por Margareth Castro<br />
Uberlândia, no Triângulo<br />
Mineiro, é a segunda<br />
maior cidade <strong>do</strong> interior<br />
de Minas Gerais. Foi, em<br />
setembro, o quarto município<br />
que mais gerou emprego; é<br />
a primeira cidade <strong>do</strong> esta<strong>do</strong> e a segunda<br />
<strong>do</strong> país em saneamento básico;<br />
em 2009, foi eleita a cidade de<br />
melhor transporte público <strong>do</strong> Brasil;<br />
e recebeu também o prêmio “Destaque<br />
de Ouro”, na performance<br />
aterro sanitário. E esses são apenas<br />
alguns destaques <strong>do</strong> município, que<br />
28 | <strong>Revista</strong> MERCADO | Outubro 2011<br />
está entre os que apresentam os melhores<br />
índices de desenvolvimento<br />
em território nacional. A conquista<br />
disso é o reflexo <strong>do</strong> trabalho <strong>do</strong> prefeito<br />
<strong>Odelmo</strong> Leão (PP) que, em seu<br />
segun<strong>do</strong> mandato, procura dividir<br />
com o seu secretaria<strong>do</strong> os méritos<br />
<strong>do</strong> sucesso na sua administração.<br />
Mas chama a atenção o fato de que<br />
das 16 secretarias municipais, sete,<br />
quase a metade, são ocupadas por<br />
mulheres, escolhidas, principalmente,<br />
pela competência técnica, segun<strong>do</strong><br />
define o próprio prefeito.<br />
É perceptível a presença feminina<br />
na Administração Municipal de<br />
Uberlândia. Excluin<strong>do</strong> o segun<strong>do</strong> escalão,<br />
são seis as mulheres de <strong>Odelmo</strong><br />
- uma delas acumula a direção de<br />
duas secretarias - à frente de cargos<br />
estratégicos. Diferentemente <strong>do</strong> que<br />
ocorre em outras prefeituras <strong>do</strong> país,<br />
onde elas são escolhidas normalmente<br />
para exercer cargos relaciona<strong>do</strong>s<br />
ao social, em Uberlândia, as<br />
mulheres estão em secretarias estratégicas.<br />
São comandadas pelo sexo<br />
feminino as secretarias de Governo<br />
(Ana Paula Procópio Junqueira), Comunicação<br />
Social e Estratégia (Ana<br />
Paula Procópio Junqueira), Administração<br />
(Marli Vieira da Silva Melazo),<br />
Desenvolvimento Social (Iracema<br />
Barbosa Marques), Agropecuária e<br />
Abastecimento (Valkíria Borges Naves<br />
Lorena), Cultura (Mônica Debs<br />
Diniz) e Meio Ambiente (Raquel<br />
Mendes Carvalho).<br />
O prefeito <strong>Odelmo</strong> Leão enfatiza<br />
que sua escolha foi puramente técnica,<br />
mas ressalta que é uma característica<br />
dele ter sempre mulheres<br />
desempenhan<strong>do</strong> funções estratégicas<br />
ao seu la<strong>do</strong>. “Desde o primeiro<br />
mandato, em 2005, tenho sempre<br />
trabalha<strong>do</strong> com as mulheres. Isso<br />
pela dedicação, competência, eficiência,<br />
zelo e responsabilidade delas<br />
na área profissional”, disse. <strong>Odelmo</strong><br />
Leão completou dizen<strong>do</strong> que reconhece<br />
esses predica<strong>do</strong>s femininos.<br />
“E onde pude contar com as servi<strong>do</strong>ras<br />
públicas, aproveitei para mostrar<br />
que há uma valorização <strong>do</strong> seu dia a<br />
dia. Das seis secretárias, três são servi<strong>do</strong>ras”,<br />
afirmou.<br />
Para todas elas, a escolha <strong>do</strong><br />
prefeito, muito mais <strong>do</strong> que estratégia<br />
política, é baseada na confiança<br />
e no respeito ao trabalho que<br />
elas realizaram ao longo de suas<br />
vidas. <strong>As</strong> secretárias concordam<br />
que é uma mudança revolucionária<br />
de comportamento, pois até 24<br />
de fevereiro de 1932 as mulheres<br />
não votavam, embora concordem<br />
também que a presença <strong>do</strong> sexo<br />
feminino nas instâncias de decisão<br />
política deveria ser maior. Até 2009,<br />
no Brasil, as mulheres representavam<br />
apenas 9% da Câmara Federal<br />
e cerca de 12% <strong>do</strong>s assentos nas<br />
<strong>As</strong>sembleias Legislativas. Já nas Câmaras<br />
Municipais, eram 12%; e nos<br />
executivos municipais, 9%.<br />
A primeira-dama, Ana Paula Junqueira,<br />
que acumula as secretarias<br />
de Governo e Comunicação Social<br />
e Estratégia, reforça que o prefeito<br />
sempre valorizou as mulheres e<br />
lembra que quan<strong>do</strong> <strong>Odelmo</strong> Leão<br />
foi líder <strong>do</strong> governo na Câmara <strong>do</strong>s<br />
Deputa<strong>do</strong>s, em Brasília, por oito<br />
anos consecutivos, o gabinete da<br />
liderança era chefia<strong>do</strong> por uma mulher.<br />
E no escritório particular dele,<br />
Leila Guimarães era a chefe de gabinete<br />
“Com o <strong>Odelmo</strong>, a mulher<br />
tem vez, voz e toma decisões. Não<br />
há imposições. Com ele, elas podem<br />
discutir”, ressaltou.<br />
No entanto, Ana Paula ressalta<br />
que a participação da mulher na política<br />
ainda precisa melhorar, já que<br />
elas são a maioria das eleitoras. No<br />
Brasil, nas últimas eleições, pouco<br />
mais de 70,3 milhões eram eleitoras,<br />
representan<strong>do</strong> 51.82% <strong>do</strong> total de<br />
135,8 milhões de eleitores. Em Minas,<br />
o porcentual de mulheres era<br />
de 51.33%, ou seja, 872,5 mulheres<br />
para um universo de 14,5 milhões<br />
de eleitores.<br />
A polivalente secretária diz ainda<br />
que é contra a lei que determina um<br />
percentual de participação feminina<br />
nos parti<strong>do</strong>s. Para ela, a mulher tem<br />
que ter consciência da importância<br />
de sua participação na política, sem a<br />
obrigatoriedade de participar. “É preciso<br />
gostar <strong>do</strong> que se faz, pois com<br />
amor faz-se bem feito”, acrescentou. A<br />
“Desde o primeiro mandato,<br />
em 2005, tenho sempre<br />
trabalha<strong>do</strong> com as mulheres.<br />
Isso pela dedicação,<br />
competência, eficiência, zelo<br />
e responsabilidade delas na<br />
área profissional”<br />
<strong>Revista</strong> MERCADO | Outubro 2011 | 29
merca<strong>do</strong><br />
capa<br />
Outras mulheres<br />
O reconhecimento pelo trabalho<br />
das mulheres em seu governo<br />
é tão verdadeiro, que durante<br />
Viviane Guimarães de Oliveira<br />
Ana Paula Junqueira,<br />
secretária municipal de<br />
Governo e de Comunicação<br />
Social e Estratégia<br />
30 | <strong>Revista</strong> MERCADO | Outubro 2011<br />
a entrevista, o prefeito <strong>Odelmo</strong><br />
Leão citou duas mulheres cujas<br />
participações são relevantes para<br />
a administração municipal.<br />
Viviane Guimarães de Oliveira,<br />
chefe <strong>do</strong> controle interno e servi<strong>do</strong>ra<br />
municipal há 19 anos, é responsável<br />
pela arrecadação e execução<br />
da administração, ou seja,<br />
é o órgão fiscaliza<strong>do</strong>r interno. “Eu<br />
não faço nada sem ela aprovar”,<br />
disse <strong>Odelmo</strong> Leão.<br />
A outra mulher citada pelo<br />
prefeito é Leila Magalhães, diretora<br />
de Administração da Secretaria<br />
Municipal de Saúde. Servi<strong>do</strong>ra pública<br />
federal, ela está há 20 anos<br />
com o prefeito. Ela mu<strong>do</strong>u-se para<br />
Uberlândia há 18 meses, e é responsável<br />
pela área mais técnica<br />
da Secretaria de Saúde.<br />
Perfis: quem são as secretárias municipais<br />
Ana Paula Junqueira é esposa<br />
<strong>do</strong> prefeito <strong>Odelmo</strong> Leão e<br />
tem uma filha de 19 anos desse<br />
relacionamento. Presidente <strong>do</strong><br />
Parti<strong>do</strong> Progressista (PP) em Uberlândia,<br />
tomou gosto pela política<br />
desde que começou a trabalhar<br />
na Federação de Agricultura de<br />
Minas Gerais (Faemg), já na área<br />
de assessoria de comunicação.<br />
“Gosto de política, <strong>do</strong>s basti<strong>do</strong>res,<br />
da organização. Mas trabalho apenas<br />
para quem gosto e em quem<br />
acredito”, disse.<br />
No ano passa<strong>do</strong>, surgiram comentários<br />
na cidade de que ela seria<br />
a sucessora <strong>do</strong> prefeito, o que<br />
ela descarta veementemente. “Não<br />
tenho pretensões políticas, não<br />
preten<strong>do</strong> ser candidata a nada.<br />
Gosto das articulações. Foi um assunto<br />
que surgiu talvez por eu estar<br />
à frente da secretaria de Governo,<br />
mas que já passou”, explicou.<br />
“Conheci o prefeito <strong>Odelmo</strong><br />
Leão em Brasília e gosto de trabalhar<br />
com ele porque ele tem senso<br />
de observação, deixa metas claras”,<br />
observa Leila Magalhães.<br />
Leila Magalhães<br />
Tímida e com um jeito simples,<br />
diz que acumular as funções de primeira-dama<br />
<strong>do</strong> município e duas<br />
secretarias para ela é normal e que<br />
vê este como um trabalho como<br />
qualquer outro, que exige responsabilidade,<br />
compromisso, dedicação.<br />
“Das três funções, a que exerço<br />
menos é a de primeira-dama”,<br />
avaliou. Para ela, cada área tem a<br />
sua importância e peculiaridades.<br />
“Das três<br />
funções, a que<br />
exerço menos<br />
é a de primeiradama”<br />
Na secretaria de Governo, Ana<br />
Paula é responsável por checar toda<br />
a <strong>do</strong>cumentação que chega à prefeitura<br />
antes de ir para o prefeito. A<br />
Secretaria é responsável ainda por<br />
integrar todas as outras secretarias,<br />
para que trabalhem em rede. “Faço<br />
a parte burocrática. O trabalho é<br />
uma rotina”, disse.<br />
Já na Secretaria de Comunicação<br />
e Estratégia, Ana Paula ajuda a<br />
organizar as pautas e a fazer o meio<br />
de campo com a imprensa. Ela assumiu<br />
a pasta há cerca de um ano e<br />
meio e para os servi<strong>do</strong>res que trabalham<br />
com ela, não poderia haver<br />
pessoa melhor para assumir a Secretaria.<br />
“Por ter acesso a to<strong>do</strong>s os<br />
papéis que chegam à prefeitura e<br />
estar ao la<strong>do</strong> <strong>do</strong> prefeito, ela, mais<br />
<strong>do</strong> que ninguém, sabe o que acontece<br />
dentro da prefeitura e o que<br />
deve e como deve ser divulga<strong>do</strong><br />
para a comunidade”, afirmou o jornalista<br />
Marden Rangel.<br />
Ana Paula Junqueira nasceu em<br />
Varginha e criou-se em Caxambu.<br />
Formou-se em Relações Públicas<br />
pela Faculdade Newton Paiva, em<br />
Belo Horizonte, e depois de trabalhar<br />
na Faemg e com vários políticos,<br />
como Tancre<strong>do</strong> Neves e Alísson Paulinelli,<br />
foi trabalhar com o prefeito<br />
<strong>Odelmo</strong> Leão, na época, deputa<strong>do</strong><br />
federal, em Brasília. Há 16 anos veio<br />
morar em Uberlândia.<br />
Mesmo com vários parentes na<br />
política, Ana Paula não acredita que<br />
isso a tenha influencia<strong>do</strong> a gostar<br />
de política e a trabalhar com ela.<br />
“Sempre fui uma pessoa futriqueira,<br />
inquieta, que gosta de aprender as<br />
coisas”, justificou. Faltan<strong>do</strong> pouco<br />
mais de um ano de mandato, ela<br />
diz que o principal desafio à frente<br />
das secretarias é concluir o que já<br />
está sen<strong>do</strong> feito da melhor maneira<br />
possível. Para quan<strong>do</strong> terminar<br />
o mandato, ela também já tem planos.<br />
“Vou cuidar <strong>do</strong>s meus cavalos”,<br />
concluiu com uma risada.<br />
Aos 72 anos, a uberlandense<br />
Marli Melazo sempre foi uma mulher<br />
à frente <strong>do</strong> seu tempo. Fez<br />
Marli Vieira da Silva Melazzo,<br />
secretária municipal de<br />
Administração<br />
curso técnico de Contabilidade em<br />
uma época em que as mulheres faziam<br />
apenas o Normal; depois cursou<br />
a faculdade de Ciências Econômicas<br />
da Universidade Federal de<br />
Uberlândia (UFU), sen<strong>do</strong> aluna da<br />
primeira turma <strong>do</strong> curso de Ciências<br />
Contábeis e Econômicas.<br />
Marli Melazo começou a trabalhar<br />
antes <strong>do</strong>s 18 anos, aposentou-<br />
-se como <strong>do</strong>cente em junho de<br />
1991, mas continuou sua rotina até<br />
decidir-se, em 2005, a ficar em casa<br />
e descansar. Mas, em 2006, recebeu<br />
o convite <strong>do</strong> prefeito <strong>Odelmo</strong> Leão<br />
para assumir a Secretaria de Administração<br />
e topou mais esse desafio,<br />
mesmo não sen<strong>do</strong> da política<br />
partidária. “Não tenho pretensões<br />
políticas, sou técnica, gosto de trabalhar”,<br />
enfatizou.<br />
Apesar de ter desenvolvi<strong>do</strong> uma<br />
carreira acadêmica, Marli Melazo<br />
sempre atuou na área contábil e<br />
financeira. Exerceu cargos administrativos,<br />
como chefe de departamento,<br />
coordena<strong>do</strong>ra de curso,<br />
vice-diretora de faculdade, pró-reitora<br />
administrativa. Além da área<br />
pública, também tem experiência<br />
na iniciativa privada. Trabalhou<br />
por 15 anos em um laboratório de<br />
produtos farmacêuticos, 10 anos na<br />
Encol e 3 anos na faculdade Esamc,<br />
de Uberlândia. “O convite para assumir<br />
a Secretaria de Administração<br />
me pegou de surpresa, mas foi uma<br />
honra aceitá-lo”, disse.<br />
Marli Melazo foi nomeada secretária<br />
em 7 de dezembro de 2006, ainda<br />
no primeiro mandato <strong>do</strong> prefeito<br />
<strong>Odelmo</strong> Leão, e depois foi convidada<br />
a permanecer no segun<strong>do</strong> mandato.<br />
Ela diz que a Secretaria exige<br />
conhecimento técnico e é uma Secretaria<br />
“pesada”, que atende toda<br />
a prefeitura em determinadas áreas.<br />
“A prefeitura tem entre 12 e 13 mil<br />
servi<strong>do</strong>res, to<strong>do</strong>s sob a responsabilidade<br />
da Secretaria. São várias diretorias<br />
e núcleos”, contou.<br />
“Não tenho<br />
pretensões<br />
políticas, sou<br />
técnica, gosto<br />
de trabalhar”<br />
Apesar de ter fugi<strong>do</strong> aos padrões<br />
da época, Marli Melazo diz<br />
que não vê diferença de capacidade<br />
entre um homem e uma mulher, e<br />
enxerga o fato de ter si<strong>do</strong> escolhida<br />
para assumir a pasta com normalidade,<br />
pois isto se deu basea<strong>do</strong><br />
em suas experiências profissionais.<br />
“Não sou feminista. Acredito que<br />
temos como ocupar os nossos lugares.<br />
Sempre soube o que queria e<br />
fui atrás. Temos que buscar nossas<br />
competências”, disse.<br />
Além <strong>do</strong> número de servi<strong>do</strong>res<br />
e obrigações junto à Secretaria, um<br />
<strong>do</strong>s maiores desafios da secretária<br />
é administrar um orçamento de<br />
aproximadamente R$ 67 milhões e<br />
com previsão em 2012 para R$ 74<br />
milhões. Para ela, em to<strong>do</strong>s esses<br />
anos como secretária, foram vários A<br />
<strong>Revista</strong> MERCADO | Outubro 2011 | 31
merca<strong>do</strong><br />
capa<br />
os desafios, entre eles regularizar,<br />
regulamentar e organizar o processo<br />
de gestão em várias áreas. Ao assumir,<br />
teve a liberdade para escolher<br />
as chefias de setores, mas preferiu<br />
manter as que já estavam e diz que<br />
o trabalho que realizou até agora só<br />
foi possível graças à equipe que tem,<br />
formada por pessoas de confiança,<br />
que têm ideais, objetivos. “Não tenho<br />
me<strong>do</strong> de propor, de discutir. Há<br />
liberdade para se chegar às melhores<br />
decisões”, completou.<br />
Até o fim <strong>do</strong> mandato, Marli Melazo<br />
tem como meta terminar os<br />
projetos já inicia<strong>do</strong>s, promover mais<br />
um concurso, que deve sair até fevereiro,<br />
fazer o reprojeto da área de<br />
compras, armazenagem e distribuição<br />
e ainda fazer o levantamento e<br />
organização de bens e imóveis da<br />
Diretoria de Patrimônio. “Quero deixar<br />
tu<strong>do</strong> organiza<strong>do</strong> para o próximo<br />
que assumir”, admitiu, completan<strong>do</strong><br />
que a partir de 2013 pretende ficar<br />
quieta, curtin<strong>do</strong> sua aposenta<strong>do</strong>ria.<br />
Mônica Debs Diniz, secretária<br />
municipal de Cultura<br />
Mônica Debs é natural de Araguari,<br />
mas sempre morou e estu<strong>do</strong>u<br />
em Uberlândia. Formada em licenciatura<br />
plena em Educação Artística<br />
e com bacharela<strong>do</strong> em Música, foi<br />
32 | <strong>Revista</strong> MERCADO | Outubro 2011<br />
professora e diretora <strong>do</strong> Conservatório<br />
Estadual de Música Cora Pavan Capparelli<br />
por 10 anos e sempre esteve<br />
em contato com a cultura da cidade.<br />
À frente da Secretaria Municipal<br />
de Cultura desde o primeiro mandato<br />
<strong>do</strong> prefeito <strong>Odelmo</strong> Leão, filiou-<br />
-se ao Parti<strong>do</strong> Progressista (PP), mas<br />
afirma não ter nenhuma pretensão<br />
política, embora venha de uma família<br />
tradicional de políticos. “Sempre<br />
recebi convites para me filiar a<br />
vários parti<strong>do</strong>s e agora decidi fazer<br />
parte de um grupo em que tenho<br />
contato com as pessoas e gosto <strong>do</strong><br />
trabalho”, justificou.<br />
A Secretaria de Cultura tem 26<br />
anos de criação, e quan<strong>do</strong> Mônica<br />
Debs assumiu, ela tinha um orçamento<br />
de 0,6% e passava por uma<br />
estruturação. Hoje, o orçamento<br />
é de quase 1%, cerca de R$ 12 milhões,<br />
e a Secretaria tem 300 servi<strong>do</strong>res.<br />
Para Mônica Debs, o maior<br />
desafio em se trabalhar com cultura<br />
é estabelecer políticas públicas que<br />
tenham equilíbrio entre a classe artística<br />
e o poder público.<br />
“Uberlândia<br />
é (...) onde<br />
as pessoas<br />
têm sede de<br />
cultura”<br />
Entre as realizações de sua gestão,<br />
estão a criação <strong>do</strong> Conselho<br />
de Cultura, o estabelecimento de<br />
programas que abrigam uma série<br />
de projetos, a realização da Conferência<br />
Intermunicipal e Municipal<br />
de Cultura, a restauração da Casa da<br />
Cultura e <strong>do</strong> Merca<strong>do</strong> Municipal, a<br />
digitalização <strong>do</strong> acervo da Biblioteca<br />
Municipal, a reforma <strong>do</strong> imóvel<br />
da Banda Municipal e vários outros.<br />
Além disso, ela destaca os <strong>do</strong>is ônibus-biblioteca<br />
e ressalta que Uber-<br />
lândia é a única cidade que tem<br />
duas bibliotecas volantes.<br />
Mesmo com todas essas realizações,<br />
os desafios até o fim <strong>do</strong> mandato<br />
não são poucos. Mônica Debs<br />
destaca o término das obras até novembro<br />
de 2012 <strong>do</strong> Teatro Municipal<br />
e a continuidade de projetos, como<br />
as Oficinas de Palco Móvel, que levam<br />
cultura aos bairros mais distantes<br />
da cidade, e o projeto Cinema<br />
para To<strong>do</strong>s. Segun<strong>do</strong> a secretária, o<br />
cenário cultural de Uberlândia é muito<br />
diferente <strong>do</strong> encontra<strong>do</strong> em 2005.<br />
“Uberlândia é uma colcha de retalhos<br />
dentro da área cultural, uma cidade<br />
surpreendente, onde as pessoas têm<br />
sede de cultura e onde a cultura ocupa<br />
espaços públicos”, concluiu.<br />
Iracema Barbosa Marques<br />
- secretária municipal de<br />
Desenvolvimento Social<br />
Formada em Comunicação Social<br />
pela Universidade Federal de Minas<br />
Gerais (UFMG), em Belo Horizonte,<br />
Iracema Barbosa teve contato com<br />
a área social ainda na faculdade, durante<br />
estágio na faculdade de Medicina<br />
e depois na Fundação Mendes<br />
Pimentel. Tomou gosto pelo social<br />
e mesmo ten<strong>do</strong> trabalha<strong>do</strong> alguns<br />
anos na sua área de formação, em veículos<br />
de comunicação, como o jornal<br />
Primeira Hora, onde foi repórter, e na<br />
TV Paranaíba, também como repórter<br />
e depois editora-chefe, foi na Secretaria<br />
de Desenvolvimento Social que se<br />
realizou profissionalmente.<br />
Servi<strong>do</strong>ra municipal, Iracema Barbosa<br />
diz que o convite para assumir a<br />
pasta de Desenvolvimento Social foi<br />
um reconhecimento <strong>do</strong> trabalho que<br />
ela vem realizan<strong>do</strong> há anos, já que<br />
atuou em todas as áreas da Secretaria.<br />
“É um reconhecimento e o que<br />
temos que fazer é devolver isso com<br />
trabalho”, completou.<br />
Filiada ao PP, a secretária diz que<br />
to<strong>do</strong> ser é essencialmente político e<br />
que é necessário participar da política<br />
partidária. Para ela, as mulheres precisam<br />
se conscientizar da força que<br />
têm, tanto na questão de população<br />
eleitoral quanto efetiva. Mesmo sen<strong>do</strong><br />
uma pessoa engajada na política,<br />
Iracema Barbosa afirma que não tem<br />
pretensões políticas, porque gosta de<br />
atuar nos basti<strong>do</strong>res.<br />
“É um<br />
reconhecimento<br />
e o que temos<br />
que fazer é<br />
devolver isso<br />
com trabalho”<br />
Entre os desafios da pasta, Iracema<br />
Barbosa ressalta que suprir as demandas<br />
que surgem em uma cidade<br />
que cresce em grandes proporções é<br />
o mais difícil, mas diz que to<strong>do</strong> o esforço<br />
é gratificante quan<strong>do</strong> se consegue<br />
mensurar os resulta<strong>do</strong>s. Exemplo<br />
disso são as mais de 30 mil pessoas<br />
que receberam qualificação profissional<br />
nestes seis anos de governo, por<br />
meio <strong>do</strong>s projetos sociais da Secretaria.<br />
Até o fim <strong>do</strong> mandato, pretende<br />
implementar outros três projetos, os<br />
quais não revelou, e diz que o maior<br />
desafio é concretizar e ampliar o trabalho<br />
que já está sen<strong>do</strong> realiza<strong>do</strong><br />
com o objetivo de melhorar a qualidade<br />
de vida das pessoas menos favorecidas.<br />
Quer terminar o mandato<br />
com a certeza <strong>do</strong> dever cumpri<strong>do</strong>.<br />
Para ela, o fato de o prefeito <strong>Odelmo</strong><br />
Leão ter escolhi<strong>do</strong> tantas mulheres<br />
para administrar a cidade juntamente<br />
com ele mostra o quanto é<br />
uma pessoa sábia e sensível. “Ele sabe<br />
que as pessoas que estão com ele são<br />
as que poderão trabalhar e dar uma<br />
resposta para o que ele exige, independente<br />
<strong>do</strong> sexo. “É um exemplo de<br />
político para o Brasil”, elogiou.<br />
Walkíria Borges Naves<br />
Lorena, Secretária Municipal<br />
de Agropecuária e<br />
Abastecimento<br />
Walkíria Naves, Secretária Municipal<br />
de Agropecuária e Abastecimento,<br />
é o que se pode dizer a pessoa<br />
certa no lugar certo. Formada em<br />
Veterinária pela Universidade Federal<br />
de Uberlândia (UFU), natural de Indianópolis<br />
(MG) e filha de produtores<br />
rurais, ela sempre teve o pé na zona<br />
rural. E orgulha-se de conhecer e vivenciar<br />
as necessidades <strong>do</strong> homem<br />
<strong>do</strong> campo, o que, ela garante, ajuda<br />
muito no desenvolvimento de seu<br />
trabalho, no dia a dia e nas decisões<br />
que toma. “Sou técnica, política exige<br />
profissionalismo”, disse. Embora seja<br />
filiada ao PP há três meses, garante<br />
não ter pretensões de se candidatar a<br />
nenhum cargo político.<br />
Walkíria Naves também tem experiência<br />
na área política. Foi secretária<br />
de Obras e Fomento na área rural<br />
em Bom Jesus de Goiás. Em 1994, veio<br />
para Uberlândia e prestou concurso<br />
para o cargo de médica veterinária,<br />
no qual passou em primeiro lugar.<br />
Trabalhou em praticamente todas as<br />
áreas da Secretaria de Agropecuária<br />
e Abastecimento, como o Serviço de<br />
Inspeção Municipal (Sim), a Diretoria<br />
de Abastecimento e Inspeção e a <strong>As</strong>sessoria<br />
de Projetos. <strong>As</strong>sumiu o cargo<br />
em abril deste ano e acredita que o<br />
convite veio por trabalhar na área de<br />
projetos, ter conhecimento técnico e<br />
experiência na execução prática. “Na<br />
agricultura não se trabalha apenas<br />
com o produtor. Trabalha-se na cadeia<br />
produtiva”, disse.<br />
Em 2006, foi realiza<strong>do</strong> um levantamento<br />
rural para conhecer o<br />
público da Secretaria. Agora, esse levantamento<br />
está sen<strong>do</strong> refeito para<br />
atualizações. “Esse é um grande desafio<br />
para a área, porque Uberlândia<br />
tem um desenvolvimento ímpar e<br />
a política pública para a zona rural<br />
é diferente”, disse Walkíria Naves.<br />
Segun<strong>do</strong> ela, o setor rural é muito<br />
dinâmico, muda constantemente,<br />
porque depende de merca<strong>do</strong>. “Precisamos<br />
acompanhar o campo, porque<br />
o produtor rural precisa de geração<br />
de renda, infraestrutura, agilidade,<br />
modernidade. Para o produtor rural,<br />
é preciso criar oportunidades e<br />
mostrar-lhe que há caminhos para o<br />
desenvolvimento”, explicou.<br />
“O produtor<br />
rural precisa<br />
de geração<br />
de renda,<br />
infraestrutura,<br />
agilidade,<br />
modernidade” A<br />
<strong>Revista</strong> MERCADO | Outubro 2011 | 33
merca<strong>do</strong><br />
capa<br />
Para conseguir implementar<br />
to<strong>do</strong>s os projetos propostos,<br />
Walkíria Naves precisa administrar<br />
um orçamento de pouco<br />
mais de R$ 9,4 milhões e cerca<br />
de 100 servi<strong>do</strong>res. Para o ano que<br />
vem, está previsto um orçamento<br />
de mais de R$ 11,2 milhões. Além<br />
das reestruturações que foram<br />
feitas e de fortalecer alguns projetos,<br />
como o resgate de parcerias<br />
com sindicatos, associações e<br />
conselhos comunitários, Walkíria<br />
Naves tem grandes desafios pela<br />
frente. Entre eles está a conclusão<br />
<strong>do</strong> levantamento rural e o<br />
plantio de um milhão de mudas<br />
de eucalipto, que inclui a <strong>do</strong>ação<br />
da muda, a preparação <strong>do</strong> solo e<br />
a assistência técnica ao produtor<br />
rural. Esse projeto tem um prazo<br />
de quatro meses para ser implanta<strong>do</strong><br />
em função <strong>do</strong> perío<strong>do</strong> chuvoso.<br />
Serão 600 hectares de eucalipto<br />
planta<strong>do</strong>s.<br />
Outro projeto é incentivar a<br />
produção e a venda de frango<br />
caipira no município, com requisitos<br />
da defesa sanitária e carac-<br />
Raquel Mendes Carvalho -<br />
Secretária Municipal de Meio<br />
Ambiente<br />
34 | <strong>Revista</strong> MERCADO | Outubro 2011<br />
terísticas de segurança alimentar.<br />
Tem também o Programa<br />
de Inclusão Produtiva a partir de<br />
2012, cujo objetivo é dar oportunidade<br />
ao filho <strong>do</strong> produtor de<br />
estudar e de se qualificar e o projeto<br />
de turismo rural. O objetivo<br />
é despertar no produtor rural o<br />
empreende<strong>do</strong>rismo.<br />
Natural de Uberlândia, Raquel<br />
Mendes Carvalho formou-<br />
-se em Arquitetura na Universidade<br />
Estadual de Londrina (PR)<br />
e especializou-se na PUC de<br />
Campinas em Gestão e Desenho<br />
Urbano. Em 1991, entrou para a<br />
prefeitura em um cargo comissiona<strong>do</strong>,<br />
mas em 1995 prestou<br />
concurso para a área.<br />
No currículo profissional há<br />
algumas experiências, como assessora<br />
de planejamento, meio<br />
ambiente e trânsito, na área de<br />
urbanismo. Raquel Mendes participou<br />
de alguns projetos importantes<br />
na cidade, como o corre<strong>do</strong>r<br />
de ônibus da Avenida João<br />
Naves de Ávila, os projetos <strong>do</strong>s<br />
parques Siquierolli e Linear <strong>do</strong> Rio<br />
Uberabinha e ainda <strong>do</strong> replantio<br />
de árvores de grande porte, com<br />
aproveitamento de 78% das espécies<br />
transplantadas. Com todas<br />
as suas responsabilidades frente<br />
à Secretaria, Raquel Mendes precisa<br />
se des<strong>do</strong>brar para atender os<br />
clientes de seu escritório.<br />
Raquel Mendes assumiu a<br />
gestão da secretaria há 2 anos<br />
e 3 meses e confessa que ficou<br />
surpresa com o convite. “Sempre<br />
me vi muito técnica, mas parceira,<br />
independente <strong>do</strong> cargo que<br />
exercia”, disse. Com um orçamento<br />
em 2011 de aproximadamente<br />
R$ 5 milhões e com previsão para<br />
2012 de R$ 6,05 milhões, Raquel<br />
Mendes diz que muitos projetos<br />
são viabiliza<strong>do</strong>s por meio de parcerias.<br />
A secretaria tem 160 servi<strong>do</strong>res<br />
que, segun<strong>do</strong> ela, formam<br />
uma equipe integrada.<br />
“Sempre me vi<br />
muito técnica,<br />
mas parceira,<br />
independente<br />
<strong>do</strong> cargo que<br />
exercia”<br />
Entre os projetos viabiliza<strong>do</strong>s<br />
no perío<strong>do</strong> de sua gestão, a secretária<br />
destaca a implantação da<br />
coleta seletiva e o trabalho realiza<strong>do</strong><br />
com os cata<strong>do</strong>res de recicláveis.<br />
Outro desafio foi a gestão de<br />
pessoas. “Foi um grande aprendiza<strong>do</strong>,<br />
mas a equipe tem me ajuda<strong>do</strong><br />
a crescer”, disse.<br />
Empolgada com o trabalho e<br />
a profissão, Raquel Mendes, que<br />
é solteira, diz que sempre foi uma<br />
workaholic e, por isso, não teve<br />
muito tempo para se dedicar à<br />
vida pessoal. Ela mora com a mãe<br />
e conta que é ela que a tem ensina<strong>do</strong><br />
a estabelecer medidas.<br />
Para o próximo ano, Raquel<br />
Mendes tem como meta concluir a<br />
construção <strong>do</strong>s galpões da coleta<br />
seletiva e ainda terminar as obras<br />
<strong>do</strong> Parque Linear <strong>do</strong> Uberabinha<br />
e <strong>do</strong>s outros parques da cidade,<br />
além de dar andamento ao plano<br />
de arborização <strong>do</strong> município, que<br />
já foi aprova<strong>do</strong> pelo Codema.<br />
“Os desafios no poder público<br />
são diferentes. <strong>As</strong> obras são<br />
maiores, com recursos vultosos<br />
e avaliações a longo prazo. Mas<br />
é um trabalho extremamente<br />
gratificante. É bom andar pela cidade<br />
e ver que um projeto meu<br />
resultou em uma solução para a<br />
população. Sei de cada árvore<br />
que plantei nesta cidade”, disse<br />
Raquel Mendes. B
merca<strong>do</strong><br />
trabalho<br />
De hobby à profissão<br />
Geralmente, as pessoas escolhem a área de atuação de acor<strong>do</strong> com<br />
suas aptidões, aquilo que chamamos de vocação. Mas pode surgir o<br />
interesse por áreas distintas daquela escolhida anteriormente; assim,<br />
o que começa como um hobby pode tornar-se uma profissão<br />
Por Ana Paula Horta | Fotos: Henrique Gualtieri<br />
O<br />
dicionário define profissão<br />
como atividade<br />
desenvolvida em conformidade<br />
com a própria<br />
vocação. De fato,<br />
quan<strong>do</strong> alguém escolhe a área na<br />
qual vai trabalhar por um longo perío<strong>do</strong>,<br />
e quem sabe até a vida toda, a<br />
aptidão é a primeira coisa observada.<br />
Contu<strong>do</strong>, ao longo <strong>do</strong>s anos, as<br />
pessoas adquirem mais experiências<br />
e maior maturidade, e podem vir a<br />
descobrir interesses em outras áreas.<br />
<strong>As</strong>sim, surgem os hobbies, atividades<br />
que geralmente não visam ao retorno<br />
financeiro, mas à satisfação pessoal.<br />
O ex-engenheiro, e agora<br />
artista plástico, César Lins<br />
36 | <strong>Revista</strong> MERCADO | Outubro 2011<br />
Do <strong>do</strong>mínio da arte exata, nasceu<br />
o <strong>do</strong>m para a arte criativa. Foi assim<br />
que o engenheiro César Lins tornou-<br />
-se o artista plástico César Lins. O que,<br />
no começo, era um simples hobby, virou<br />
trabalho de verdade. E César não<br />
deixou de la<strong>do</strong> os conhecimentos da<br />
área de engenharia, pelo contrário,<br />
ele os usa para dar vida e forma à sua<br />
arte. “Como trabalho com esculturas<br />
em metal, os conhecimentos adquiri<strong>do</strong>s<br />
na engenharia me permitem criar<br />
e materializar minhas criações e projetos”,<br />
explica o artista.<br />
E não foram poucas as informações<br />
e os conhecimentos técnicos<br />
que o profissional buscou na sua primeira<br />
formação, a de engenheiro. “Do<br />
campo das ciências exatas, trouxe a<br />
visão concreta e objetiva que, unida à<br />
abstração da arte, me permite ter um<br />
espectro amplo e mais rico. <strong>As</strong> técnicas<br />
industriais, tal como usinagem,<br />
soldagem e pintura, assim como os<br />
conhecimentos de materiais, me permitem<br />
concretizar meus projetos com<br />
maior facilidade”, conta.<br />
Segun<strong>do</strong> o artista, para criar esculturas<br />
em aço sensíveis à decoração<br />
e à arquitetura, a técnica é essencial<br />
na hora de traduzir o que ele capta<br />
<strong>do</strong> ambiente ou da necessidade <strong>do</strong><br />
O que antes era apenas um hobby tornou-se uma profissão<br />
consolidada para César Lins<br />
Título: #98<br />
Dimensão: 55x27x27 cm<br />
Material: aço pinta<strong>do</strong> - amarelo<br />
Ano: 2009<br />
cliente: “A arte, na verdade, é a materialização<br />
da expressão humana, das<br />
suas emoções e percepções. Sen<strong>do</strong><br />
assim, a técnica é fundamental para<br />
recriar de forma fidedigna as necessidades<br />
e intenções <strong>do</strong> artista”.<br />
Para César, ter conhecimentos<br />
em outro campo é excelente para<br />
o pleno desenvolvimento <strong>do</strong> seu<br />
trabalho: “Esses conhecimentos<br />
agregam valor ao trabalho <strong>do</strong> artista,<br />
imprimin<strong>do</strong> nas obras determinadas<br />
características que as tornam<br />
mais ricas e completas. Como<br />
atuo em campos completamente<br />
opostos - engenharia e arte -, consigo<br />
ter uma visão mais completa<br />
das questões que permeiam, principalmente,<br />
o deslocamento entre<br />
o concreto e o abstrato, peculiaridade<br />
que proporciona equilíbrio e<br />
serenidade na hora de idealizar as<br />
esculturas”, encerra. B<br />
Série: 12<br />
Cod.: #98<br />
<strong>Revista</strong> MERCADO | Outubro 2011 | 37
merca<strong>do</strong><br />
gestão<br />
Você sabe o que é o BA<br />
(Business Analytcs)?<br />
Como o conceito de análises preditivas pode mudar a gestão de TI<br />
Da IT4CIO<br />
Após o crescimento e<br />
aceitação <strong>do</strong> BI (Business<br />
Intelligence) no<br />
merca<strong>do</strong> brasileiro,<br />
outro conjunto de técnicas<br />
e ferramentas desponta como<br />
méto<strong>do</strong> importante para a boa gestão<br />
organizacional: o BA (Business<br />
Analytics), que consiste na realização<br />
de análises preditivas, juntan<strong>do</strong> al-<br />
goritmos e mineração de da<strong>do</strong>s para<br />
gerar conhecimento futuro, tendências<br />
e previsões. A frase mais utilizada<br />
para demarcar a diferença entre<br />
BI e BA é “com o BI, olha-se para o<br />
passa<strong>do</strong>. Com o BA, para o futuro”.<br />
“Ainda não a<strong>do</strong>tamos nenhuma<br />
tecnologia de BA, mas com certeza<br />
será interessante pensar nisto num<br />
futuro próximo. O grande benefício<br />
que vislumbro é de passar o enfoque<br />
estratégico da produtividade para a<br />
competitividade, <strong>do</strong> “espelho retrovisor”<br />
(reação) para uma visão preditiva<br />
(pró-atividade)”, afirma Maurizio<br />
Calcopietro, CEO da Ferrero.<br />
Historicamente, o conceito de<br />
BA nasceu dentro de comunidades<br />
científicas que debatiam a necessidade<br />
de avaliar informações organi-<br />
zacionais em tempo real, baseadas<br />
em complexos modelos matemáticos,<br />
para tentar prever o futuro das<br />
empresas. O diferencial é que, com<br />
o BA, é possível analisar informações<br />
de diversas fontes externas, incluin<strong>do</strong><br />
as redes sociais.<br />
Uma das aplicações mais importantes<br />
<strong>do</strong> BA é que as análises, em<br />
vez de apenas ajudar na resolução<br />
de um problema histórico, podem<br />
servir para identificar oportunidades<br />
futuras de negócio, auxilian<strong>do</strong><br />
na tomada de decisões rápidas<br />
diante de um grande volume de da<strong>do</strong>s<br />
e informações.<br />
É o caso da Sicredi. “Neste momento,<br />
estamos aprimoran<strong>do</strong> nossas<br />
tecnologias, construin<strong>do</strong> uma<br />
arquitetura orientada a serviços, utilizan<strong>do</strong><br />
ferramentas de ponta para as<br />
camadas de Processos de Negócio,<br />
Workflow e Gestão de Documentos.<br />
Nosso objetivo será atingi<strong>do</strong> com<br />
a expansão <strong>do</strong> BA e as vantagens<br />
competitivas que essa técnica oferece”,<br />
observa Denilson Mascarenhas,<br />
diretor executivo de TI e Serviços <strong>do</strong><br />
Banco Cooperativo Sicredi.<br />
Denilson Mascarenhas, diretor executivo de TI da Sicredi,<br />
empresa que já utiliza o BA entre suas ferramentas de gestão<br />
CRM com BA: uma arma poderosa<br />
Outra aplicação nova e potente<br />
<strong>do</strong> Business Analytics é uni-lo às ferramentas<br />
de CRM (Customer Relationship<br />
Management) já usadas em<br />
larga escala dentro das organizações<br />
e responsáveis, muitas vezes, pelo<br />
armazenamento de grande quantidade<br />
de da<strong>do</strong>s de consumi<strong>do</strong>res e<br />
fornece<strong>do</strong>res.<br />
Se o CRM da empresa já for <strong>do</strong><br />
Um <strong>do</strong>s casos recentes de grande<br />
repercussão nacional é a utilização<br />
<strong>do</strong> conceito de BA pela BCBS<br />
(Blue Cross and Blue Shield System).<br />
A empresa atua no segmento de<br />
seguro saúde e acumulou grande<br />
quantidade de reclamações durante<br />
os anos.<br />
Foi então que, a partir de um<br />
enorme banco de da<strong>do</strong>s consolida<strong>do</strong>s<br />
com todas as informações<br />
O caso da BCBS<br />
tipo que capta informações de redes<br />
sociais, melhor ainda. <strong>As</strong>sim, a<br />
empresa consegue usar os da<strong>do</strong>s <strong>do</strong><br />
CRM para melhorar a interação com<br />
os clientes. Outro benefício é que a<br />
movimentação pode ajudar a gerar<br />
vendas adicionais no caso de contato<br />
<strong>do</strong>s clientes, já que análises de<br />
da<strong>do</strong>s de clientes são recebidas e visualizadas<br />
em tempo real.<br />
sobre seus clientes (hoje ti<strong>do</strong> como<br />
um <strong>do</strong>s maiores de da<strong>do</strong>s de saúde<br />
no mun<strong>do</strong>, com informações de<br />
mais de 100 milhões de pessoas),<br />
a Blue Cross passou a gerenciar de<br />
mo<strong>do</strong> diferencia<strong>do</strong> e competitivo<br />
seus custos.<br />
Segun<strong>do</strong> a empresa, grande<br />
parte <strong>do</strong>s custos vinha <strong>do</strong>s cuida<strong>do</strong>s<br />
dispensa<strong>do</strong>s a porta<strong>do</strong>res<br />
de <strong>do</strong>enças crônicas. Cerca de 5%<br />
<strong>do</strong>s usuários <strong>do</strong>s seguros respondiam<br />
por 55% <strong>do</strong>s custos. Com<br />
as informações obtidas por ferramentas<br />
de BI e BA, a empresa,<br />
hoje, consegue identificar antes<br />
<strong>do</strong> contrato quais são os clientes<br />
mais predispostos a desenvolver<br />
uma <strong>do</strong>ença crônica.<br />
Agora, da<strong>do</strong>s anteriores mostram<br />
a probabilidade de se desenvolver<br />
algumas <strong>do</strong>enças, tais como o<br />
diabetes. <strong>As</strong>sim, a empresa utiliza os<br />
da<strong>do</strong>s para localizar médicos especializa<strong>do</strong>s<br />
em <strong>do</strong>enças crônicas mais<br />
próximos <strong>do</strong>s pacientes de alto risco,<br />
reduzin<strong>do</strong> o custo com tratamentos<br />
caros e de longo prazo.<br />
Merca<strong>do</strong><br />
Apesar de ainda estar nos estágios<br />
iniciais, analistas afirmam<br />
que o BA anda ganhan<strong>do</strong> cada<br />
vez mais espaço no merca<strong>do</strong><br />
brasileiro. Por aqui, os maiores<br />
desafios ainda são encontrar as<br />
melhores combinações de da<strong>do</strong>s<br />
e ferramentas. B<br />
<strong>Revista</strong> MERCADO | Outubro 2011 | 39
merca<strong>do</strong><br />
inovação<br />
Governo de Minas e FIEMG<br />
uni<strong>do</strong>s pela inovação<br />
Da Agência Minas<br />
O<br />
Governo de Minas<br />
pretende estreitar ainda<br />
mais a relação com o<br />
segmento empresarial<br />
e trabalhar por uma<br />
maior aproximação deste com a<br />
universidade e centros de pesquisa.<br />
Esse foi um <strong>do</strong>s compromissos<br />
firma<strong>do</strong>s pelo secretário de Esta<strong>do</strong><br />
de Ciência, Tecnologia e Ensino<br />
40 | <strong>Revista</strong> MERCADO | Outubro 2011<br />
Superior, Narcio Rodrigues, junto à<br />
diretoria da Federação das Indústrias<br />
<strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> de Minas Gerais (FIEMG),<br />
para que a inovação chegue à<br />
sociedade com mais rapidez. A<br />
reunião aconteceu este mês na sede<br />
da FIEMG, em Belo Horizonte.<br />
Com a presença de toda a diretoria<br />
da FIEMG, inclusive <strong>do</strong>s vice-<br />
-presidentes regionais, o secretário<br />
falou da plataforma <strong>do</strong> Governo <strong>do</strong><br />
Esta<strong>do</strong> para os setores de tecnologia<br />
e inovação e da preocupação<br />
em fazer com que os projetos possam<br />
apresentar resulta<strong>do</strong>s efetivos.<br />
Ele citou a Cidade da Ciência e <strong>do</strong><br />
Conhecimento; a Rede de Inovação<br />
Tecnológica e Cidadania Digital; a<br />
Cidade das Águas e a expansão <strong>do</strong><br />
ensino superior, por meio da Uni-<br />
Foto: Divulgação<br />
versidade <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> de Minas Gerais<br />
(Uemg), que deverá encampar seis<br />
fundações <strong>do</strong> interior que já utilizam<br />
a chancela Uemg.<br />
Narcio Rodrigues disse que<br />
há grande interesse <strong>do</strong> governo<br />
mineiro em continuar atrain<strong>do</strong><br />
centros de Pesquisa, Desenvolvimento<br />
e Inovação (P, D &<br />
I) para o esta<strong>do</strong>. Lembrou que<br />
Minas possui 84 Centros Vocacionais<br />
Tecnológicos (CVTs) em<br />
81 municípios. Apesar de ser<br />
a maior rede <strong>do</strong> Brasil, ela será<br />
ampliada para 104 CVTs, que<br />
serão transforma<strong>do</strong>s em polos<br />
de educação a distância para<br />
oferecer a to<strong>do</strong>s os cidadãos a<br />
possibilidade de fazer um curso<br />
superior e de ganhar espaço no<br />
merca<strong>do</strong> de trabalho.<br />
Minas possui 84 Centros<br />
Vocacionais Tecnológicos (CVTs)<br />
em 81 municípios e, apesar de<br />
ser a maior rede <strong>do</strong> Brasil, será<br />
ampliada para 104 CVTs<br />
De acor<strong>do</strong> com o secretário, a<br />
Sectes coordena quatro importantes<br />
Arranjos Produtivos Locais (APLs)<br />
foca<strong>do</strong>s em tecnologia e inovação:<br />
biotecnologia, eletroeletrônicos,<br />
bioenergia e software. Ele ressaltou<br />
a existência das incuba<strong>do</strong>ras e <strong>do</strong>s<br />
parques tecnológicos de Viçosa - já<br />
inaugura<strong>do</strong> - Belo Horizonte e Itajubá<br />
- que serão inaugura<strong>do</strong>s nos próximos<br />
meses -, além <strong>do</strong>s parques de<br />
O presidente da FIEMG, Olavo Macha<strong>do</strong>, prontificou-se em ser<br />
parceiro <strong>do</strong> Governo de Minas e em ampliar a relação com a Sectes<br />
Foto: Divulgação<br />
Uberaba, Juiz de Fora e Lavras.<br />
Narcio Rodrigues explicou ainda<br />
a importância <strong>do</strong>s polos de excelência<br />
<strong>do</strong> Leite, Café, Mineral e<br />
Metalúrgico, Florestas, Recursos<br />
Hídricos, Genética Bovina e Inovação<br />
Ambiental, este último recentemente<br />
lança<strong>do</strong> pelo Governo de<br />
Minas em parceria com Instituto<br />
Inhotim, em Brumadinho. E, por<br />
fim, falou sobre os Polos de Inovação<br />
e <strong>do</strong> Teia MG, que trabalha a<br />
construção da cidadania digital e a<br />
formação de empreende<strong>do</strong>res.<br />
O presidente da FIEMG, Olavo<br />
Macha<strong>do</strong>, colocou-se como parceiro<br />
<strong>do</strong> Governo de Minas e manifestou<br />
interesse em ampliar a relação<br />
com a Sectes, considerada pela<br />
entidade empresarial como fundamental<br />
no processo de inovação da<br />
indústria mineira. No que se refere<br />
à parceria estabelecida entre a Fundação<br />
Centro Tecnológico de Minas<br />
Gerais (Cetec) e o Serviço Nacional<br />
de Aprendizagem Industrial (Senai),<br />
Macha<strong>do</strong> antecipou que está<br />
conhecen<strong>do</strong> diversas experiências<br />
bem-sucedidas no exterior para<br />
implantá-las em Minas, levan<strong>do</strong> em<br />
consideração a realidade local.<br />
Outros pontos da agenda conjunta<br />
da Sectes e FIEMG foram coloca<strong>do</strong>s<br />
pelo secretário Narcio Rodrigues,<br />
como a bienal <strong>do</strong> design,<br />
que será sediada em Minas Gerais;<br />
o complexo aeronáutico, que integrará<br />
os polos de Itajubá, Tupaciguara<br />
e Lagoa Santa; e o aeroporto<br />
de Goianá, na Zona da Mata. A reestruturação<br />
da Uemg com uma vertente<br />
na inovação foi amplamente<br />
reconhecida como necessária pelo<br />
empresaria<strong>do</strong>, sobretu<strong>do</strong> com investimentos<br />
em novos cursos para<br />
tecnólogos e engenheiros.<br />
O Sul e o Noroeste de Minas,<br />
por meio das regionais da FIEMG,<br />
pediram ao secretário que a Sectes<br />
esteja presente em ações de inovação<br />
nessas regiões. Narcio Rodrigues<br />
ressaltou a importância da articulação<br />
política para que o Governo de<br />
Minas possa chegar mais perto da<br />
sociedade e beneficie os segmentos<br />
interessa<strong>do</strong>s na inovação e na construção<br />
da cidadania. B<br />
<strong>Revista</strong> MERCADO | Outubro 2011 | 41
merca<strong>do</strong><br />
decoração<br />
Funcionalidade e beleza<br />
Os nichos são uma boa pedida para organizar os ambientes de forma<br />
fácil e prática. Esse recurso pode ser personaliza<strong>do</strong> e transmitir um clima<br />
moderno, extroverti<strong>do</strong> ou clássico, dependen<strong>do</strong> da intenção <strong>do</strong> mora<strong>do</strong>r<br />
Da Redação com Mão Dupla | Fotos Daniel Mansur<br />
42 | <strong>Revista</strong> MERCADO | Outubro 2011<br />
Otimizar os espaços. Eis<br />
o grande desafio da<br />
decoração atualmente.<br />
Mais <strong>do</strong> que nunca, o<br />
ambiente precisa ser<br />
bonito e funcional. E aproveitar cada<br />
cantinho com possibilidades de uso<br />
não é tarefa fácil. Para fazer direito o dever<br />
de casa, muitos profissionais estão<br />
apostan<strong>do</strong> nos nichos. Quem entende<br />
<strong>do</strong> assunto sabe que eles são uma opção<br />
inteligente, charmosa e prática.<br />
Os nichos podem ser usa<strong>do</strong>s em<br />
qualquer ambiente <strong>do</strong> lar para diversas<br />
funções. Seja para enfeitar<br />
ou acomodar objetos, essa é uma<br />
alternativa que confere maior liberdade<br />
na hora de decorar. E o melhor<br />
é que eles podem ser revesti<strong>do</strong>s com<br />
vários materiais, assim dá para inserir<br />
um tom romântico, moderninho ou<br />
clássico, a gosto <strong>do</strong> mora<strong>do</strong>r. “Os nichos<br />
podem ser revesti<strong>do</strong>s com to<strong>do</strong><br />
o material possível, como madeiras,<br />
vidros, espelho, papel de parede e<br />
muito mais”, explica a designer de<br />
interiores Iara Santos. A<br />
<strong>Revista</strong> MERCADO | Outubro 2011 | 43
merca<strong>do</strong><br />
decoração<br />
Os nichos podem ser revesti<strong>do</strong>s<br />
por diversos materiais, como:<br />
madeira, vidro e espelho<br />
44 | <strong>Revista</strong> MERCADO | Outubro 2011<br />
O merca<strong>do</strong> oferece uma variedade<br />
de opções de cores e formatos de nichos.<br />
“Os nichos em tons claros transmitem<br />
a ideia de amplitude. Boa opção<br />
para espaços muito aperta<strong>do</strong>s”, ensina<br />
Iara. Além disso, para aqueles que gostam<br />
de personalização, dá para ousar<br />
mais e aplicar um design criativo nos<br />
nichos. “Essas peças podem ter formas<br />
simétricas, assimétricas, re<strong>do</strong>ndas,<br />
ovais, quadradas e retangulares. Com<br />
A designer de interiores<br />
Iara Santos destaca a<br />
aplicabilidade <strong>do</strong>s nichos,<br />
que podem ficar em qualquer<br />
ambiente <strong>do</strong> lar e servem a<br />
diversas funções<br />
criatividade pode-se abusar bastante<br />
desse recurso e enriquecer a decoração”,<br />
destaca a designer.<br />
A profissional dá uma dica preciosa<br />
de como usar os nichos no ambiente<br />
de forma sofisticada: “Gosto muito<br />
de abrir vãos na parede para poder<br />
encaixar um nicho. Nesse caso, a sacada<br />
é inserir uma iluminação especial,<br />
principalmente em corre<strong>do</strong>res longos,<br />
no hall de circulação ou de entrada.<br />
O resulta<strong>do</strong> estético é muito bonito.<br />
O espaço fica chique e atraente”.<br />
Os nichos são modernos e a instalação<br />
e a manutenção deles é bem<br />
simples! Agora, de posse dessas informações<br />
e dicas, é hora de aproveitar<br />
todas as vantagens <strong>do</strong>s nichos e de<br />
organizar a casa de forma descontraída<br />
e criativa. B
merca<strong>do</strong><br />
marketing<br />
A hora de mudar de marca<br />
Sete anos é o tempo médio para uma marca envelhecer e começar a<br />
morrer. Especialistas ensinam como evitar isso<br />
Por Janaina Depiné (Lead)<br />
To<strong>do</strong> produto tem prazo<br />
de validade, mas será<br />
que essa prerrogativa<br />
vale também para uma<br />
marca? Essa é a pergunta<br />
que muitos empresários se fazem<br />
quan<strong>do</strong> percebem que estão fican<strong>do</strong><br />
para trás nos negócios. A resposta é<br />
46 | <strong>Revista</strong> MERCADO | Outubro 2011<br />
sim, uma marca também envelhece<br />
e se desgasta. Promessas que ela traduzia<br />
deixam de ser significativas em<br />
determina<strong>do</strong> momento e o cliente<br />
parte em busca de quem possa lhe<br />
entregar o que ele deseja.<br />
Então, qual seria a hora de barrar<br />
essa ameaça? O diretor da Ovni<br />
A Coca-Cola, apesar de<br />
campeoníssima no gosto <strong>do</strong><br />
consumi<strong>do</strong>r, está sempre se<br />
reinventan<strong>do</strong><br />
Propaganda e especialista em arquitetura<br />
de marca, o publicitário<br />
Fauser Ramos, explica: “Uma marca<br />
é como uma pessoa: nasce, cresce<br />
e, antes que ela morra, temos que<br />
intervir nela. Do nascimento até o<br />
desgaste temos um perío<strong>do</strong> de cinco<br />
a sete anos”.<br />
O publicitário Fauser Ramos, especialista em arquitetura de marca,<br />
alerta que uma marca nasce, cresce e, antes que morra, é preciso<br />
intervir nela<br />
Nesse tempo, cada caso exige<br />
uma solução. Algumas vezes a marca<br />
pede uma cirurgia plástica completa,<br />
outras um pequeno lifting resolve.<br />
Veja o caso da Coca-Cola. Líder mundial<br />
no merca<strong>do</strong> de refrigerantes<br />
ela não para de se reinventar. Seja<br />
a logomarca (linha <strong>do</strong> tempo) ou<br />
slogan. A frase “A grande bebida da<br />
temperança nacional” (1906) foi sen<strong>do</strong><br />
adaptada a cada época. Nos anos<br />
60, virou “<strong>As</strong> coisas vão melhor com<br />
Coca-Cola”. Já em 70, na geração paz<br />
e amor, foi mudada para “Coca-Cola<br />
dá mais vida”. Nos anos 80: “Emoção<br />
pra valer”. Na década de 90: “Sempre<br />
Coca-Cola”. E um <strong>do</strong>s mais recentes:<br />
“Gostoso é viver”.<br />
Outro bom exemplo é o caso da<br />
Rider. Com o slogan “Dê férias para<br />
os seus pés” a sandália era um sucesso<br />
na década de 90. Entretanto,<br />
a Rider envelheceu junto com seu<br />
público, bem diferente das sandálias<br />
Havaianas, que eram consideradas<br />
de segunda linha e hoje, com um<br />
novo reposicionamento, são um sucesso<br />
mundial.<br />
Como mudar<br />
Quan<strong>do</strong> o cuida<strong>do</strong> é constante,<br />
pequenos ajustes mantêm a logomarca<br />
sempre atual. É o caso <strong>do</strong><br />
Netviagem, primeiro e maior portal<br />
de vendas online de passagens ro<strong>do</strong>viárias<br />
<strong>do</strong> Brasil, cujas mudanças<br />
foram bem sutis, pois o objetivo<br />
era dar maior harmonia e equilíbrio<br />
aos seus componentes. A marca<br />
foi desenvolvida em 1999, mas<br />
tornou-se conhecida somente nos<br />
últimos seis anos, com a massificação<br />
da internet. Por isso, a direção<br />
da empresa decidiu que era hora<br />
de rejuvenescê-la. “Para melhor traduzir<br />
o bom momento da empresa,<br />
sem esquecer a sua história, foram<br />
dadas curvas mais leves à tipografia.<br />
<strong>As</strong> cores eram muito impactantes e<br />
foram suavizadas com um leve dégradé.<br />
Essa transição de cores revela<br />
o novo momento de crescimento<br />
da empresa e a transparência nos<br />
negócios. <strong>As</strong> fontes foram equilibradas<br />
com o traço azul, que liga <strong>do</strong>is<br />
pontos, para traduzir uma de nossas<br />
razões de existir, que é a de levar<br />
clientes de um lugar a outro, sem<br />
complicações, de forma clara e objetiva”,<br />
explica o analista de marketing<br />
da empresa, Fabiano Salvo. A<br />
<strong>Revista</strong> MERCADO | Outubro 2011 | 47
merca<strong>do</strong><br />
marketing<br />
Algumas empresas resistem à<br />
mudança, mas não há dúvida de<br />
que é preciso rejuvenescer. Um bom<br />
exemplo é o caso <strong>do</strong> Colégio Atenas.<br />
A marca existe há mais de 30 anos.<br />
Quan<strong>do</strong> passou por uma reforma da<br />
estrutura física, a direção viu que era<br />
hora de mudar.<br />
Foram 30 dias de imersão no<br />
merca<strong>do</strong> <strong>do</strong> cliente para encontrar<br />
os elementos que traduzissem com<br />
perfeição o conceito <strong>do</strong> colégio.<br />
O resulta<strong>do</strong> foi uma marca criada<br />
para o Colégio Atenas que possui<br />
<strong>do</strong>is elementos marcantes: o círculo<br />
azul e o lápis. O círculo representa<br />
o planeta Terra e o lápis simboliza<br />
o conhecimento. Juntos, significam<br />
que somente através <strong>do</strong> estu<strong>do</strong> é<br />
possível ter acesso a um novo mun<strong>do</strong><br />
e desbravar novos horizontes. Na<br />
junção <strong>do</strong>s <strong>do</strong>is elementos, é possível<br />
visualizar a letra ‘A’ vazada, que<br />
representa a inicial de ‘Atenas’.<br />
“A papelaria é bastante ousada<br />
e original. O papel de carta, por<br />
exemplo, é uma réplica de uma folha<br />
de caderno. Foi confeccionada uma<br />
faca digital para garantir um acabamento<br />
perfeito à peça”, explica<br />
Fauser Ramos. Tanta originalidade<br />
rendeu prêmio à agência. A papelaria<br />
levou o Ouro no Festgraf 2010 na<br />
categoria Identidade Visual.<br />
Ivan Batista da Silva, diretor <strong>do</strong><br />
Atenas, reconhece a demora em<br />
48 | <strong>Revista</strong> MERCADO | Outubro 2011<br />
Recauchutagem depois <strong>do</strong>s 30<br />
mudar a marca. “Por ser uma marca<br />
registrada, tínhamos a ideia de que<br />
não poderia ser modificada. Acreditávamos<br />
também que ao mudá-la<br />
perderíamos a propriedade da marca”,<br />
explica.<br />
Depois de perceber que a marca<br />
antiga já não causava mais im-<br />
pacto e buscar uma nova identidade<br />
visual por meio da agência, ele<br />
comemora. “A marca era muito antiga<br />
e já não despertava interesse.<br />
Hoje é muito significativa. Bem trabalhada,<br />
ficou com uma configuração<br />
leve, agradável, mais jovial. Foi<br />
muito elogiada e agora os alunos<br />
a colocam em tu<strong>do</strong> que fazem. Sinal<br />
de que agra<strong>do</strong>u realmente. Em<br />
suma, deu uma nova imagem ao<br />
colégio”, comemora.<br />
Uma marca bem posicionada e<br />
bem feita traduz o bom momento da<br />
empresa. “Quan<strong>do</strong> o cliente moderniza<br />
a marca passa, a ser percebi<strong>do</strong><br />
de forma diferente pelos seus clientes,<br />
colabora<strong>do</strong>res e concorrência. É<br />
o que chamamos de efeito <strong>do</strong>minó e<br />
isso pode se reverter em bons negócios”,<br />
diz Fauser Ramos.<br />
Às vezes, o empresário não é<br />
muito liga<strong>do</strong> ao design e mantém a<br />
mesma marca por muitos e muitos<br />
anos simplesmente por acreditar<br />
que ela funciona, “mas, certamente,<br />
se ele tivesse um reposicionamento,<br />
poderia gerar ainda mais negócios”,<br />
emenda o publicitário.<br />
Por fim, o que garante uma boa<br />
identidade visual é um bom conjunto.<br />
Clareza de informação, o trabalho<br />
de um especialista e um design<br />
com conteú<strong>do</strong>. Pesquise como os<br />
clientes percebem a sua marca.<br />
Avalie se o seu produto ou o público<br />
mu<strong>do</strong>u e mantenha um olhar<br />
atento constantemente. Afinal, antes<br />
que sua marca comece a envelhecer,<br />
é hora de agir! B
merca<strong>do</strong><br />
marketing<br />
<strong>As</strong> lições de Steve Jobs<br />
para o Marketing<br />
Inovação, design, experiência e excelência nortearam o cofunda<strong>do</strong>r da Apple<br />
Do Mun<strong>do</strong> Marketing<br />
Steve Jobs reinventou o<br />
merca<strong>do</strong> de telefonia<br />
móvel com o iPhone, o<br />
de comunicação com o<br />
iPad, o de entretenimento<br />
com o ipod e sua App Store, além<br />
da Pixar, criou uma experiência única<br />
com seus computa<strong>do</strong>res pessoais<br />
e forjou um <strong>do</strong>s mais bem acaba<strong>do</strong>s<br />
modelos de negócios na Apple<br />
ao orientá-la pela inovação e pelo<br />
design. É daqueles visionários que<br />
transformam o mun<strong>do</strong> para sempre<br />
e que nos deixa muitas lições.<br />
To<strong>do</strong>s os produtos de sucesso<br />
lança<strong>do</strong>s enquanto Jobs dava as<br />
cartas ganharam vida a partir de um<br />
pensamento orienta<strong>do</strong> pela simplicidade.<br />
Para muitos deles, não havia<br />
sequer uma demanda latente, mas<br />
criaram desejos que beiram a <strong>do</strong>ença.<br />
Filas de quase um dia inteiro<br />
para adquirir um produto são a prova<br />
disso. Steve Jobs mu<strong>do</strong>u a forma<br />
de fazer Marketing no mun<strong>do</strong>. Ou<br />
fez uso da forma mais inteligente<br />
vista até então.<br />
Jobs criou uma marca valiosa e<br />
principalmente amada e a<strong>do</strong>rada<br />
por milhares de pessoas em to<strong>do</strong><br />
o mun<strong>do</strong>. Desde então, não se fala<br />
mais em Branding sem citar o exemplo<br />
da maçã mordida. O líder aclama<strong>do</strong><br />
pelas escolas de negócios <strong>do</strong><br />
mun<strong>do</strong> inteiro e também por seus<br />
pares no terreno da tecnologia levou<br />
até o último nível o conceito<br />
que transforma os produtos em experiências,<br />
o varejo em experiência,<br />
e um evento em algo espera<strong>do</strong>. Nenhuma<br />
loja no mun<strong>do</strong> vende mais<br />
por metro quadra<strong>do</strong> <strong>do</strong> que a Apple<br />
Store e nenhum evento na área de<br />
tecnologia chama mais atenção que<br />
os lançamentos de seus produtos.<br />
Mun<strong>do</strong> perde um gênio<br />
Steve Jobs morreu na quarta-<br />
-feira, 5 de outubro, em sua casa,<br />
em Palo Alto, na Califórnia, por volta<br />
das 15h. O atesta<strong>do</strong> indica ‘parada<br />
respiratória’ como a causa imediata<br />
da morte com ‘metástase de tumor<br />
neuroendócrino de pâncreas’ como<br />
a condição subjacente que provocou<br />
os problemas respiratórios. Não<br />
foi feita autópsia em Jobs, identifica<strong>do</strong><br />
como um empresário da indústria<br />
da alta tecnologia com educação<br />
‘universitária incompleta’ na certidão<br />
divulgada pelo Departamento<br />
de Saúde Pública <strong>do</strong> Conda<strong>do</strong> de<br />
Santa Clara.<br />
Jobs morreu aos 56 anos. A reconhecida<br />
figura <strong>do</strong> mun<strong>do</strong> tecnológico<br />
foi sepultada <strong>do</strong>is dias depois na<br />
mesma cidade onde morava. Quan<strong>do</strong><br />
faleceu, estava rodea<strong>do</strong> por sua<br />
esposa e família mais próxima.<br />
Ele lutou com problemas de saúde,<br />
mas disse muito pouco sobre<br />
sua batalha contra o câncer desde<br />
que se submeteu a uma cirurgia em<br />
2004. Quan<strong>do</strong> renunciou ao cargo<br />
de presidente-executivo da Apple,<br />
em agosto, entregan<strong>do</strong> o coman<strong>do</strong><br />
Pouquíssimas empresas no mun<strong>do</strong><br />
conseguem transportar seus valores,<br />
seu DNA, sua essência e seu propósito<br />
de marca de forma tão tangível<br />
e sensitiva em seus produtos e em<br />
suas lojas. Isso porque é muito difícil<br />
encontrar exemplos como o de Steve<br />
Jobs. Como bem disse Barack Obama,<br />
Jobs foi “bravo o suficiente para pensar<br />
diferente, bravo o suficiente para<br />
achar que podia mudar o mun<strong>do</strong> e talentoso<br />
o suficiente para fazê-lo”.<br />
Pensar diferente e ter coragem<br />
para mudar. Fácil no discurso, difícil<br />
na prática. Infelizmente, reserva<strong>do</strong> a<br />
poucos profissionais e a poucas empresas.<br />
Digamos que Jobs teve muita<br />
facilidade em se diferenciar e criar<br />
produtos que se transformaram em<br />
sinônimos de categoria. Afinal, está<br />
tu<strong>do</strong> igual. A inovação é cada vez<br />
da empresa ao chefe de Operações<br />
Tim Cook, Jobs disse simplesmente<br />
que já não podia cumprir com seus<br />
deveres à frente <strong>do</strong> cargo.<br />
Steve Jobs é o cria<strong>do</strong>r da Apple,<br />
maior empresa de capital aberto <strong>do</strong><br />
mun<strong>do</strong>, <strong>do</strong> estúdio de animação Pixar<br />
e pai de produtos como o Macintosh,<br />
o iPod, o iPhone e o iPad.<br />
I<strong>do</strong>latra<strong>do</strong> pelos consumi<strong>do</strong>res<br />
de seus produtos e por boa parte <strong>do</strong>s<br />
funcionários da empresa que fun<strong>do</strong>u<br />
em uma garagem no Vale <strong>do</strong> Silício,<br />
na Califórnia, aju<strong>do</strong>u a transformar a<br />
Pense diferente<br />
mais escassa. Poucos pensam diferente<br />
e têm coragem para mudar o<br />
status quo. Poucos têm a coragem de<br />
transformar um merca<strong>do</strong>, o mun<strong>do</strong>.<br />
Mas só terá um Steve Jobs nos<br />
livros de história. O que chama atenção<br />
é que ele não inventou nada,<br />
“apenas” reinventou. Para isso, teve<br />
como meta nada menos que a excelência,<br />
como disseram os funda<strong>do</strong>res<br />
<strong>do</strong> Google. Não que seja uma tarefa<br />
menos árdua. Pelo contrário. Mas<br />
aqui também mora uma boa reflexão:<br />
a de que é possível transformar uma<br />
indústria pensan<strong>do</strong> diferente e de<br />
forma simples. O mun<strong>do</strong> já está complexo<br />
demais. Difícil demais. Simplificar<br />
as coisas nunca foi tão urgente. E<br />
Jobs fez isso como ninguém nos últimos<br />
anos. É uma pena não tê-lo mais<br />
entre a gente para nos ajudar.<br />
maior companhia de capital aberto<br />
<strong>do</strong> mun<strong>do</strong> em valor de merca<strong>do</strong>. Jobs<br />
foi um <strong>do</strong>s maiores defensores da popularização<br />
da tecnologia. Ele acreditava<br />
que computa<strong>do</strong>res e gadgets<br />
deveriam ser fáceis o suficiente para<br />
serem opera<strong>do</strong>s por qualquer pessoa,<br />
como gostava de repetir em um<br />
de seus bordões prediletos, que era:<br />
“simplesmente funciona” (em inglês,<br />
“it just works”). O impacto dessa visão<br />
foi além de sua companhia e aju<strong>do</strong>u<br />
a puxar a evolução de produtos como<br />
o Win<strong>do</strong>ws, da Microsoft. B<br />
<strong>Revista</strong> MERCADO | Outubro 2011 | 51
merca<strong>do</strong><br />
comportamento<br />
Como lidar com o bullying<br />
nas escolas<br />
Causas das agressões devem ser debatidas dentro e fora da sala de<br />
aula. Segun<strong>do</strong> psicóloga, o professor precisa repensar o seu lugar<br />
como educa<strong>do</strong>r<br />
Da Redação<br />
Tema recorrente no noticiário,<br />
o bullying apresenta<br />
consequências que<br />
trazem muito sofrimento<br />
para suas vítimas. Entre<br />
elas, me<strong>do</strong>, baixa autoestima, dificuldade<br />
de relacionamento e de<br />
concentração e diminuição <strong>do</strong> rendimento<br />
escolar. Por isso, é preciso<br />
que suas causas sejam debatidas<br />
dentro e fora da escola. Dentro desta<br />
problemática, a psicóloga Bruna Vaz,<br />
<strong>do</strong> CPPL (www.cppl.com.br), alerta<br />
para a necessidade de se modificar a<br />
forma de olhar para crianças e a<strong>do</strong>-<br />
52 | <strong>Revista</strong> MERCADO | Outubro 2011<br />
lescentes. “Esse é um desafio para<br />
que o professor repense seu lugar<br />
de educa<strong>do</strong>r e passe a agir de forma<br />
atuante em sala de aula”, afirma.<br />
Na opinião da psicóloga, os profissionais<br />
devem prestar mais atenção<br />
em questões que estão além <strong>do</strong>s<br />
aspectos pedagógicos, mas que têm<br />
influência direta na escolaridade. Nas<br />
escolas, a maioria <strong>do</strong>s atos de bullying<br />
ocorre fora da visão <strong>do</strong>s adultos.<br />
Grande parte das vítimas não reage<br />
nem fala sobre a agressão sofrida. Por<br />
isso, a grande dificuldade no combate<br />
a esse tipo de ato. A omissão <strong>do</strong>s<br />
pais também é um fator que tem se<br />
mostra<strong>do</strong> favorável ao bullying, que<br />
passa a ser, nesse caso, uma forma<br />
negativa de atraí-los até a escola. O<br />
comportamento é observa<strong>do</strong> tanto<br />
em jovens como em crianças pequenas<br />
que não têm a vida escolar acompanhada<br />
pelos pais.<br />
O jovem que atua de forma<br />
agressiva, antissocial,<br />
muitas vezes está revelan<strong>do</strong><br />
um pedi<strong>do</strong> de ajuda<br />
Foto: Reprodução<br />
No entanto, além de ser um gera<strong>do</strong>r<br />
de grande sofrimento para a<br />
vítima, o bullying também é um indício<br />
de que se deve dar mais atenção<br />
ao autor das ofensas e agressões,<br />
uma vez que a agressividade<br />
pode configurar uma maneira de<br />
encobrir dificuldades vivenciadas<br />
dentro de casa. Ou seja, o jovem<br />
que atua de forma agressiva, antissocial,<br />
muitas vezes está revelan<strong>do</strong><br />
um pedi<strong>do</strong> de ajuda.<br />
Para ser considera<strong>do</strong> bullying,<br />
deve-se ter um conjunto de atitudes<br />
violentas intencionais, de caráter físico<br />
ou psicológico, e sem motivo<br />
aparente. Nessas agressões, existe<br />
níti<strong>do</strong> desequilíbrio de poder entre<br />
as partes envolvidas. Para Bruna,<br />
o termo geralmente é confundi<strong>do</strong><br />
dentro <strong>do</strong> âmbito escolar. Para ela,<br />
o bullying não pode ser associa<strong>do</strong> à<br />
violência propriamente dita. “Existe<br />
um aumento no requinte de crueldade<br />
em cada caso, o que pode levar<br />
a uma associação errônea entre casos<br />
de violência que não podem ser<br />
analisa<strong>do</strong>s to<strong>do</strong>s da mesma forma.<br />
Muitos deles nem sequer podem ser<br />
chama<strong>do</strong>s de bullying”, comenta.<br />
Existe um aumento no<br />
requinte de crueldade<br />
em cada caso, o que<br />
pode levar a uma<br />
associação errônea<br />
entre casos de violência<br />
que não podem ser<br />
analisa<strong>do</strong>s to<strong>do</strong>s da<br />
mesma forma. Muitos<br />
deles nem sequer<br />
podem ser chama<strong>do</strong>s de<br />
bullying”<br />
Para tentar reduzir os casos de<br />
bullying, a psicóloga Bruna Vaz indica<br />
que o fenômeno deve ser trata<strong>do</strong><br />
em conjunto pelos pais e a escola. A<br />
melhor saída para os pais é o estreitamento<br />
da relação com a escola,<br />
passan<strong>do</strong> a agir como participantes<br />
da vida escolar <strong>do</strong> filho. Já os professores,<br />
devem lidar com essa problemática<br />
abordan<strong>do</strong>-a de maneira<br />
delicada e propon<strong>do</strong> aulas mais participativas.<br />
A sugestão é propor trabalhos<br />
de compartilhamento de informação<br />
com a formação de equipes. B
merca<strong>do</strong><br />
alimentação<br />
Carne suína: de bandida<br />
a mocinha<br />
<strong>As</strong>socia<strong>do</strong> a níveis eleva<strong>do</strong>s de colesterol no sangue, verminoses, alergias<br />
e obesidade, o consumo de carne suína é rechea<strong>do</strong> de preconceitos,<br />
contu<strong>do</strong>, ela não é a vilã da saúde, como muita gente imagina<br />
Por Marina Franco (CDN) com imagens da ABCS<br />
Apesar <strong>do</strong> crescimento<br />
registra<strong>do</strong> nos últimos<br />
anos e <strong>do</strong>s constantes<br />
investimentos da cadeia<br />
produtiva em sanidade,<br />
o consumo de carne suína no Brasil<br />
54 | <strong>Revista</strong> MERCADO | Outubro 2011<br />
ainda está envolto em uma série de<br />
tabus relaciona<strong>do</strong>s ao impacto desse<br />
tipo de proteína animal na saúde humana.<br />
No Brasil, o consumo per capita<br />
de carne suína ao ano é de apenas<br />
14,5 quilos, enquanto na União Eu-<br />
ropeia a média de consumo é de 45<br />
quilos. “Os cuida<strong>do</strong>s sanitários estão<br />
cada vez mais presentes na cadeia<br />
de suínos e são essenciais para a produção<br />
de uma carne segura, saborosa<br />
e de qualidade no país”, ressalta o<br />
team leader da unidade de Negócios<br />
Suínos da Pfizer Saúde Animal, Evandro<br />
Poleze.<br />
Tanto o processo de criação de<br />
suínos quanto o controle de <strong>do</strong>enças<br />
evoluíram muito nos últimos<br />
anos e têm possibilita<strong>do</strong> a profissionalização<br />
e o crescimento <strong>do</strong> segmento.<br />
“O risco de contaminação<br />
- no consumo da carne suína - por<br />
parasitoses, por exemplo, foi extremamente<br />
reduzi<strong>do</strong> com a a<strong>do</strong>ção<br />
de técnicas adequadas de manejo e<br />
alimentação, bem como com o controle<br />
sanitário rígi<strong>do</strong> nas granjas”,<br />
completa Poleze.<br />
Diante disse, vale a pena desmistificar<br />
os preconceitos mais comuns<br />
que envolvem o consumo da<br />
carne suína:<br />
1. Carne suína é mais rica em colesterol<br />
que outras carnes e seu consumo<br />
é prejudicial para quem tem<br />
colesterol eleva<strong>do</strong>.<br />
Por que é mito? O colesterol é<br />
um composto orgânico, um tipo<br />
de álcool presente em to<strong>do</strong>s os animais<br />
que se localiza nas membranas<br />
celulares e é transporta<strong>do</strong> pelo<br />
plasma sanguíneo. Todas as carnes<br />
têm níveis pareci<strong>do</strong>s de colesterol,<br />
que variam normalmente de acor<strong>do</strong><br />
com os cortes, pois esse composto<br />
concentra-se mais próximo às células<br />
de gordura. “A pele de frango e<br />
a casca <strong>do</strong> camarão, por exemplo,<br />
são riquíssimas em colesterol, ape-<br />
sar de não serem normalmente associadas<br />
ao risco de colesterol eleva<strong>do</strong><br />
pelos brasileiros. No caso da<br />
carne suína, o lombo é o corte com<br />
menor teor de gordura intramuscular<br />
e seu teor de colesterol chega<br />
a ser menor <strong>do</strong> que o <strong>do</strong> peito de<br />
frango sem pele (veja quadro com<br />
a comparação)”, salienta o médico<br />
veterinário e mestre em Agronegócios<br />
Fabiano Coser, diretor executivo<br />
da <strong>As</strong>sociação Brasileira <strong>do</strong>s<br />
Cria<strong>do</strong>res de Suínos (ABCS).<br />
teor de colesterol (mg/100 g)<br />
2. É grande o risco de contrair parasitoses<br />
ao se consumir carne suína.<br />
Por que é mito? É comum ouvirmos<br />
a recomendação de que a<br />
carne suína só deve ser consumida<br />
muito bem passada, caso contrário<br />
a contaminação por vermes é certa<br />
- principalmente a neurocisticercose,<br />
infecção <strong>do</strong> sistema nervoso central<br />
causada pela larva da Taenia solium.<br />
“Esse é um <strong>do</strong>s maiores absur<strong>do</strong>s ditos<br />
sobre a carne suína. A produção<br />
de suínos no Brasil há muitos anos é<br />
feita em sistema de confinamento,<br />
sem acesso a terra. E uma das condições<br />
fundamentais para o desenvolvimento<br />
de parasitoses é o contato<br />
com a terra, na qual os ovos caem<br />
Fonte 1 2 3 4 Média<br />
Lombo suíno cozi<strong>do</strong> 78 79 69 65 72,8<br />
Pernil suíno cozi<strong>do</strong> - - 82 65 73,5<br />
Peito de frango cozi<strong>do</strong>, sem pele 84 84,8 - - 84,4<br />
Filé mignon bovino cozi<strong>do</strong> 84 84 - - 84<br />
Fontes:<br />
1 - NPCC, National Pork Producers Council and National Pork Board<br />
2 - USDA, Agricultural Handbook 8-10, 1992<br />
3 - Bragagnolo, N., Departamento de Química da Unicamp, 1993<br />
4 - Universidad Nacional de Nutrición, México, 1994<br />
e eclodem para contaminar os animais”,<br />
esclarece Coser. No caso da<br />
neurocisticercose, a confusão é ainda<br />
maior, pois a transmissão da <strong>do</strong>ença<br />
está associada à falta de sa- A<br />
<strong>Revista</strong> MERCADO | Outubro 2011 | 55
merca<strong>do</strong><br />
alimentação<br />
neamento básico e não ao consumo<br />
de carne suína. Só é possível contrair<br />
a neurocisticercose pela ingestão de<br />
água contaminada com dejetos humanos<br />
ou alimentos irriga<strong>do</strong>s com<br />
essa água. Para Coser, o preconceito<br />
está liga<strong>do</strong> tanto à maneira como o<br />
porco era cria<strong>do</strong> antigamente (solto<br />
e se alimentan<strong>do</strong> de restos de comida)<br />
como à associação <strong>do</strong> animal<br />
com a sujeira comum no imaginário<br />
popular. Hoje as granjas possuem<br />
baias limpas e bem conservadas e<br />
os porcos alimentam-se de rações<br />
feitas de milho e farelo de soja.<br />
3. Carne suína tem mais gordura<br />
saturada que outras carnes.<br />
Por que é mito? O raciocínio é o<br />
mesmo <strong>do</strong> teor de colesterol: há cortes<br />
suínos com mais gordura saturada<br />
e outros mais magros. “<strong>As</strong> carnes,<br />
de uma forma geral, apresentam<br />
gordura saturada, porque se trata<br />
de um composto mais presente em<br />
gorduras de origem animal <strong>do</strong> que<br />
nos óleos, que são gorduras de origem<br />
vegetal. Além disso, a gordura<br />
também é um composto necessário<br />
ao organismo humano”, explica Co-<br />
teor de gordura saturada (mg/100 g)<br />
Fonte 1 2 3 4 Média<br />
Lombo suíno cozi<strong>do</strong> 7,5 7,12 5,9 6,2 6,7<br />
Pernil suíno cozi<strong>do</strong> - - 4,7 6,2 4,7<br />
Peito de frango cozi<strong>do</strong>, sem pele 3,5 3,5 3,5 - 3,5<br />
Filé mignon bovino cozi<strong>do</strong> 10 10 - - 10<br />
Fontes:<br />
1 - NPCC, National Pork Producers Council and National Pork Board<br />
2 - USDA, Agricultural Handbook 8-10, 1992<br />
3 - Bragagnolo, N., Departamento de Química da Unicamp, 1993<br />
4 - Universidad Nacional de Nutrición, México, 1994<br />
56 | <strong>Revista</strong> MERCADO | Outubro 2011<br />
ser (veja quadro com a comparação).<br />
4. Carne suína é muito difícil<br />
de digerir.<br />
Por que é mito? O grau de digestibilidade<br />
da carne suína é pareci<strong>do</strong><br />
com o das demais carnes e<br />
varia de acor<strong>do</strong> com o teor de gordura,<br />
os cortes e a forma de preparo.<br />
“A carne suína é a que apresenta<br />
a melhor relação sódio x potássio<br />
entre as proteínas de origem animal.<br />
Porém, poucas pessoas sabem<br />
dessa característica. Os maiores níveis<br />
de potássio alia<strong>do</strong>s a menores<br />
níveis de sódio fazem com que a<br />
carne suína seja recomendada para<br />
pacientes com hipertensão arterial,<br />
problemas circulatórios e renais”,<br />
explica Coser.<br />
5. Carne suína provoca alergias.<br />
Por que é mito? “Bioquimicamente,<br />
os carboidratos são idênticos<br />
nas proteínas de origem animal.<br />
Portanto, a carne suína não pode ser<br />
considerada mais alergênica que as<br />
demais”, resume Coser.<br />
6. Carne suína é seca e difícil de<br />
ser temperada.<br />
Por que é mito? “Quem diz isso<br />
certamente entende pouco de cozinha.<br />
Há formas mais adequadas de<br />
se preparar cada um <strong>do</strong>s cortes. A<br />
gordura <strong>do</strong> porco concentra-se no<br />
toucinho. O lombo tem tão pouca<br />
gordura intramuscular que acaba<br />
realmente fican<strong>do</strong> resseca<strong>do</strong> de-<br />
penden<strong>do</strong> da forma de cozimento”,<br />
alerta Coser. Nesse caso, pode-se<br />
utilizar uma calda ou prepará-lo envelopa<strong>do</strong>,<br />
coberto com uma fatia de<br />
bacon no momento de assá-lo. Isso<br />
garante mais sabor à carne e protege<br />
<strong>do</strong> ressecamento. Já sobre o tempero,<br />
Coser garante que o churrasco de<br />
carne suína temperada apenas com<br />
sal grosso fica delicioso. Os cortes<br />
mais gordurosos são também mais<br />
saborosos (confira receitas com carne<br />
suína no final da reportagem, ou<br />
no site da ABCS: www.abcs.org.br/<br />
gastronomia/receitas<br />
7. A carne suína não é nobre.<br />
Por que é mito? Coser acredita<br />
que esse mito vem cain<strong>do</strong>, porque<br />
os brasileiros estão aprenden<strong>do</strong> que<br />
a carne suína é bastante versátil no<br />
preparo. “É a carne mais consumida<br />
<strong>do</strong> mun<strong>do</strong> e há redes de restaurantes<br />
que trabalham apenas com ela.<br />
Aos poucos estamos fugin<strong>do</strong> <strong>do</strong>s<br />
pratos tradicionais e partin<strong>do</strong> para<br />
variações mais refinadas, como um<br />
filé mignon suíno com salada verde<br />
ou costelinha com molho barbecue”,<br />
enumera Coser.<br />
Steak au Poivre<br />
Filé Mignon Suíno<br />
Uma demonstração definitiva<br />
de que a carne suína visita os clássicos<br />
de forma nobre e instigante.<br />
Para 4 pessoas, limpe 1 kg de filé<br />
mignon suíno, retiran<strong>do</strong> to<strong>do</strong> o<br />
resíduo de gordura. Numa frigideira<br />
antiaderente, refogue alho e<br />
cebola micropicadinhos. Para uma<br />
solução rápida e eficiente, junte a<br />
um copo de cal<strong>do</strong> de carne bastante<br />
pimenta <strong>do</strong> reino moída na<br />
hora. Leve ao fogo e deixe redu-<br />
Bolonhesa de Carne Suína<br />
Para a maioria <strong>do</strong>s brasileiros é<br />
sempre uma grande surpresa descobrir<br />
que a carne suína participa<br />
da receita original dessa fabulosa<br />
solução nascida em Bolonha, na<br />
Itália. Os italianos misturam carne<br />
suína e bovina na exata proporção<br />
de 50 por cento. Nesta receita, exploramos<br />
exclusivamente a carne<br />
suína moída duas vezes. Pode-se<br />
usar patinho, alcatra, lombo ou<br />
coxão mole. O importante é eliminar<br />
previamente toda a gordura<br />
superficial.<br />
Tempere com alho, sal, pimenta<br />
<strong>do</strong> reino, cebola e salsinha pica-<br />
Confira algumas receitas à base de carne suína<br />
zir. Acrescente <strong>do</strong>is copos padrão<br />
“americano” de creme de leite fresco.<br />
Corrija o sal. Sirva sobre medalhões<br />
de filé grelha<strong>do</strong>s em azeite<br />
de oliva, tempera<strong>do</strong>s com sal e pimenta<br />
<strong>do</strong> reino moída na hora. O<br />
ideal, no entanto, é preparar uma<br />
boa receita de molho espanhol<br />
corta<strong>do</strong> com um pouco de molho<br />
“rotie” - um cal<strong>do</strong> de carne prepara<strong>do</strong><br />
a partir de ossos assa<strong>do</strong>s<br />
primeiramente no forno e depois<br />
cozi<strong>do</strong>s longamente ao la<strong>do</strong> de<br />
aromáticos, como cebola, salsão,<br />
cenoura e um belo “buquê garni”<br />
dinhos. Reserve por duas horas na<br />
geladeira. Mergulhe em <strong>do</strong>is copos<br />
de água 100g de cogumelos secos.<br />
Refogue 800g de carne (para quatro<br />
pessoas) numa base de alho e<br />
cebola micropicadinhos. Cuida<strong>do</strong><br />
Guisa<strong>do</strong> de Coxão Suíno<br />
Estes cubos são ótimos para<br />
quem está com pressa e pretende<br />
fazer uma comida caseira saborosa,<br />
usan<strong>do</strong> o menor espaço de<br />
tempo possível.<br />
Tempere os cubos de coxão<br />
duro (1 kg para quatro pessoas)<br />
com sal, pimenta <strong>do</strong> reino moída na<br />
hora, alho em pasta, cebola picada<br />
e duas colheres de sopa de shoyu.<br />
Faça uma base de cebola e alho micropicadinhos<br />
e refogue. Coloque<br />
(maço reunin<strong>do</strong> tomilho, salsinha,<br />
sálvia e manjericão). Tu<strong>do</strong> isso é<br />
coa<strong>do</strong> e serve como base para cal<strong>do</strong>s<br />
de carne.<br />
para não gerar água. Acrescente 2<br />
pacotes de polpa de tomate, 4 colheres<br />
de sopa de salsinha e igual<br />
quantidade de hortelã picada. Adicione<br />
um copo padrão “americano”<br />
de cal<strong>do</strong> de carne. Em seguida<br />
acrescente os cogumelos pica<strong>do</strong>s<br />
e a água na qual eles foram hidrata<strong>do</strong>s.<br />
Cozinhe o penne conforme<br />
instrução <strong>do</strong> fabricante. Organize<br />
a pasta num prato fun<strong>do</strong> e coloque<br />
o molho bolonhesa na parte<br />
superior. Salpique folhas frescas<br />
de tomilho, lascas de queijo parmesão<br />
e regue com azeite de oliva<br />
extra-virgem. O prato, dessa forma,<br />
ganha estatura que o projeta<br />
para qualquer circunstância.<br />
os cubos quan<strong>do</strong> a cebola estiver<br />
<strong>do</strong>urada e refogue. Quan<strong>do</strong> a carne<br />
estiver bem refogada, acrescente<br />
500 ml de cal<strong>do</strong> de carne. Conte 20<br />
minutos depois de pegar pressão<br />
na panela. Abra a panela, acrescente<br />
o legume de sua preferência<br />
(abóbora, maxixe, chuchu, cenoura,<br />
to<strong>do</strong>s corta<strong>do</strong>s em cubos menores<br />
que o tamanho da carne) e corrija<br />
o sal. Cozinhe a carne até que fique<br />
macia. Depois, acrescente os legumes<br />
e deixe em fogo baixo até que<br />
fiquem cozi<strong>do</strong>s. B<br />
<strong>Revista</strong> MERCADO | Outubro 2011 | 57
merca<strong>do</strong><br />
energia<br />
Estamos no Horário<br />
de Verão<br />
Medida que vale para as regiões Sul, Sudeste, Centro-Oeste, para o<br />
Distrito Federal e também para o esta<strong>do</strong> da Bahia se estende até a zero<br />
hora <strong>do</strong> dia 26 de fevereiro de 2012<br />
Por Eval<strong>do</strong> Pighini com Agência Minas<br />
Os relógios de quem<br />
mora nas regiões Sul,<br />
Sudeste e Centro-<br />
-Oeste <strong>do</strong> Brasil, além<br />
<strong>do</strong> esta<strong>do</strong> da Bahia,<br />
tiveram que ser adianta<strong>do</strong>s em 1<br />
hora a partir <strong>do</strong> <strong>do</strong>mingo, dia 16.<br />
Foi quan<strong>do</strong> entrou em vigor, à zero<br />
hora, o Horário de Verão 2011/2012.<br />
O novo horário, que dessa vez terminará<br />
à zero hora <strong>do</strong> dia 26 de<br />
fevereiro de 2012, vai vigorar em<br />
Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro,<br />
Espírito Santo, Rio Grande <strong>do</strong><br />
Sul, Santa Catarina, Paraná, Goiás,<br />
Mato Grosso, Mato Grosso <strong>do</strong> Sul,<br />
Bahia e Distrito Federal, que irão<br />
participar novamente da medida.<br />
Em Minas, ao longo desses pouco<br />
mais de quatro meses, está prevista<br />
uma economia de energia de até<br />
0,5%, o equivalente a 110.000 MWh,<br />
o que seria suficiente para abastecer<br />
a capital mineira, Belo Horizonte,<br />
durante dez dias.<br />
De acor<strong>do</strong> com o engenheiro de<br />
Operação <strong>do</strong> Sistema da Companhia<br />
Energética de Minas Gerais (Cemig),<br />
Wilson Fernandes Lage, o principal<br />
benefício <strong>do</strong> Horário de Verão é o<br />
aumento da confiabilidade e segurança<br />
na operação <strong>do</strong> sistema elétrico,<br />
o que acaba reduzin<strong>do</strong> o risco de<br />
apagões. “Isso é alcança<strong>do</strong> pela re-<br />
dução da demanda máxima durante<br />
o horário de pico de carga <strong>do</strong> sistema<br />
elétrico brasileiro, que ocorre no<br />
perío<strong>do</strong> das 18 às 22 horas”.<br />
Ainda segun<strong>do</strong> o engenheiro, o<br />
Horário de Verão pode gerar uma<br />
série de outros ganhos. “Com a sua<br />
a<strong>do</strong>ção, é possível, por exemplo, facilitar<br />
a programação de manutenções,<br />
reduzir a necessidade de geração<br />
térmica para atendimento de ponta,<br />
O principal benefício <strong>do</strong> Horário de Verão é o aumento<br />
da confiabilidade e segurança na operação <strong>do</strong> sistema<br />
elétrico, o que acaba reduzin<strong>do</strong> o risco de apagões<br />
58 | <strong>Revista</strong> MERCADO | Outubro 2011<br />
minimizar a necessidade de investimentos<br />
para atendimentos localiza<strong>do</strong>s<br />
e preservar o meio ambiente, já<br />
que a poluição que seria produzida<br />
pela queima de combustível fóssil é<br />
evitada”, explica Wilson.<br />
Previsão de economia<br />
Em Minas Gerais, está prevista<br />
uma redução na demanda diária<br />
máxima de energia de até 4%, o que<br />
corresponde a cerca de 300 MW. Essa<br />
potência equivale, por dia, a uma redução<br />
no horário de pico comparável<br />
à geração de 2,3 usinas <strong>do</strong> porte<br />
da Usina Térmica Igarapé (a plena<br />
carga) ou mesmo a 30% da carga de<br />
pico de Belo Horizonte.<br />
Durante esses pouco mais de<br />
quatro meses, espera-se uma economia<br />
de energia de até 0,5% (110.000<br />
MWh), o que seria suficiente para<br />
abastecer a capital mineira durante<br />
dez dias. Para o consumi<strong>do</strong>r residencial,<br />
por sua vez, a redução mensal<br />
pode chegar a 5%, caso sejam manti<strong>do</strong>s<br />
os hábitos de consumo.<br />
Segun<strong>do</strong> Wilson Lage, como nes-<br />
ta época os dias ficam mais longos, a<br />
economia registrada, principalmente<br />
nas regiões mais ao sul <strong>do</strong> esta<strong>do</strong>,<br />
pode ser bastante significativa.<br />
“Quanto maior a distância da linha <strong>do</strong><br />
Equa<strong>do</strong>r, maior o efeito <strong>do</strong> horário”.<br />
Esta é a 41ª edição <strong>do</strong> Horário de<br />
Verão, que desde 2008 possui data fixa<br />
de início (terceiro <strong>do</strong>mingo de outubro)<br />
e término. Como a data de término<br />
prevista no ano que vem coincidirá B<br />
A energia economizada durante<br />
o Horário de Verão somente em<br />
Minas Gerais, por exemplo, pode<br />
não parecer muito, mas seria<br />
suficiente para abastecer a capital,<br />
Belo Horizonte, durante 10 dias
merca<strong>do</strong><br />
veículos<br />
Vem aí o novo<br />
Suzuki SX4<br />
Da Redação<br />
O<br />
Suzuki SX4 é o novo<br />
carro da Suzuki, que<br />
deve ser lança<strong>do</strong> até o<br />
final <strong>do</strong> ano. O modelo<br />
também deve ganhar<br />
futuramente uma versão sedan. O<br />
motor e a potência <strong>do</strong> Suzuki SX4<br />
2012 foi melhorada em relação à<br />
versão anteiror. O crossover ganhou:<br />
controle de estabilização, sistema de<br />
combustível econômico e transmissão<br />
automática.<br />
O Suzuki SX4 2012 no modelo básico<br />
vem equipa<strong>do</strong> com motor 2.0, 16<br />
V, potência máxima de 145 CV a 6.200<br />
rpm e torque máximo de 190 nm às<br />
4.000 rpm. O motor faz uso de 4 cilindros,<br />
câmbio manual e tanque de combustível<br />
de 50 litros, com um consumo<br />
médio de 7,3 L por 100 km; o modelo<br />
usa o sistema de injeção multiponto.<br />
Dentro <strong>do</strong>s itens tecnológicos, o<br />
novo Suzuki vem com Keyless, computa<strong>do</strong>r<br />
de bor<strong>do</strong> e o computa<strong>do</strong>r<br />
60 | <strong>Revista</strong> MERCADO | Outubro 2011<br />
multifunção, direção assistida, vidros<br />
elétricos e espelhos, além de controle<br />
de cruzeiro. Nos itens de segurança,<br />
conta com 6 airbags, alarme e<br />
imobiliza<strong>do</strong>r de motor, rodas de liga<br />
leve, sistema de distribuição eletrônica<br />
da força de travagem e o brake<br />
assist. Conforto e luxo não poderiam<br />
ficar de fora, nem ar-condiciona<strong>do</strong> e<br />
direção multifunção.<br />
O resulta<strong>do</strong> “SportCross” combina<br />
a dinâmica de resposta de condução,<br />
capacidade de 4×4, altos níveis<br />
de praticidade e estilo, o que sugere<br />
um mo<strong>do</strong> livre de vida.<br />
O Suzuki SX4 Sportcross, foi<br />
fabrica<strong>do</strong> para agradar seus compra<strong>do</strong>res<br />
e aumentar a linha de<br />
veículos sofistica<strong>do</strong>s da marca<br />
Suzuki. Esse SportCross da Suzuki<br />
une conforto, segurança e uma excelente<br />
performance.<br />
Com capacidade para transportar<br />
5 pessoas, o Suzuki SX4 possui<br />
um belo acabamento Premium com<br />
luz de teto, oferta<strong>do</strong> por cortesia,<br />
porta malas, luz de leitura individual<br />
e ignição iluminada.<br />
Ainda em seu espaço interno,<br />
ele oferece o assoalho traseiro plano,<br />
bancos confortáveis, sen<strong>do</strong> os<br />
da parte de trás mais altos, valorizan<strong>do</strong><br />
assim a visão <strong>do</strong>s passageiros<br />
e acomodan<strong>do</strong> melhor acomo<strong>do</strong> as<br />
pernas, tornan<strong>do</strong> o trajeto muito<br />
mais confortável.<br />
Na parte externa, esse veículo<br />
conta com um estilo único, com<br />
designer muito moderno, um rack<br />
de teto como item de série, valorizan<strong>do</strong><br />
ainda mais a estética <strong>do</strong> veículo<br />
e pneus com roda em liga leve<br />
16″, com muita aderência. Ainda<br />
em seu exterior, ele oferece os para-<br />
-choques, maçanetas e retrovisores,<br />
to<strong>do</strong>s na mesma cor <strong>do</strong> veículo.<br />
O novo Suzuki SX4 deve ficar a<br />
partir de R$ 68.490. B
merca<strong>do</strong><br />
veículos<br />
Iveco prepara<br />
apresentação <strong>do</strong> Tector<br />
Caminhão da família Ecoline, o Iveco Tector ganha<br />
teto alto, interior novo e motores mais potentes<br />
Da Redação<br />
A<br />
Iveco revela a segunda<br />
de suas muitas novidades<br />
que serão apresentadas<br />
ao público na<br />
Fenatran e que fazem<br />
parte de sua nova linha Ecoline de<br />
caminhões: a família de semipesa<strong>do</strong>s<br />
Iveco Tector, que vem com nova<br />
cabine de teto alto, novo interior/<br />
painel e motores mais potentes. <strong>As</strong><br />
primeiras versões <strong>do</strong> modelo serão<br />
lançadas em 2012 e até 2014 a família<br />
completa estará no merca<strong>do</strong>.<br />
62 | <strong>Revista</strong> MERCADO | Outubro 2011<br />
Dentro da linha Ecoline, a cabine<br />
<strong>do</strong> novo Iveco Tector tem opção<br />
de teto alto que, visualmente,<br />
aumenta a imponência deste que<br />
é um <strong>do</strong>s mais bonitos caminhões<br />
<strong>do</strong> merca<strong>do</strong>. Ela significa também<br />
mais espaço para motorista e ocupante.<br />
O painel é novo, ergonômico<br />
e elegante. Os indica<strong>do</strong>res de velocidade<br />
e rotação <strong>do</strong> motor (rpm)<br />
são analógicos, bem visíveis, e entre<br />
eles está o computa<strong>do</strong>r de bor<strong>do</strong>,<br />
que traz o econômetro e o indica<strong>do</strong>r<br />
de nível de Arla 32. Os bancos<br />
ganharam novas forrações e o interior<br />
ficou muito mais sofistica<strong>do</strong>: farol<br />
de neblina, espelhos retrovisores<br />
elétricos e nova suspensão da cabi-<br />
ne são novos itens que ampliam o<br />
já eleva<strong>do</strong> conforto <strong>do</strong> modelo. O<br />
tanque de combustível de alumínio<br />
é agora de série.<br />
Os novos motores Iveco-FPT<br />
NEF 6 de seis litros e commom rail<br />
atendem às normativas Proconve<br />
P7 (Euro V) e são mais potentes<br />
(220 e 280cv) e econômicos.<br />
Compara<strong>do</strong> ao modelo anterior,<br />
o consumo <strong>do</strong> novo Iveco Tector<br />
melhorou em até 4%. O câmbio<br />
ZF sincroniza<strong>do</strong> tem sistema “single<br />
H”. A gama vem com cinco<br />
opções de entre eixos, com melhor<br />
adequação às necessidades<br />
<strong>do</strong> transporta<strong>do</strong>r.<br />
A nova geração Ecoline signifi-<br />
ca, nos modelos Iveco, novas cabines,<br />
novos interiores, modificações<br />
mecânicas de chassi e suspensões e<br />
detalhes estéticos, que de uma forma<br />
ou de outra alcançam todas as<br />
famíias de produtos da marca. Das<br />
atuais 85 possibilidades de produtos<br />
Iveco (contan<strong>do</strong> família, cabine,<br />
powertrain e chassi, apenas), a<br />
nova geração Ecoline dá um salto<br />
para mais de 140 versões. Todas as<br />
famílias Ecoline serão produzidas<br />
no Brasil, na fábrica da empresa em<br />
Sete Lagoas (MG), o que significa<br />
que poderão ser financia<strong>do</strong>s pelo<br />
Finame. Serão importadas apenas<br />
algumas versões destinadas a aplicações<br />
especiais. B<br />
<strong>Revista</strong> MERCADO | Outubro 2011 | 63
merca<strong>do</strong><br />
veículos<br />
Trike Harley-Davidson é<br />
apresenta<strong>do</strong> ao público<br />
Da Redação<br />
A<br />
Harley-Davidson surpreende<br />
mais uma vez<br />
e trouxe ao Brasil o<br />
modelo Trike Tri Glide®<br />
Ultra Classic® para exibição<br />
no Salão Duas Rodas 2011.<br />
O pioneiro <strong>do</strong>s triciclos, prepara<strong>do</strong><br />
para ser uma máquina Touring imponente,<br />
concilia o máximo de conforto<br />
em um estilo único e exclusivo,<br />
cujo objetivo é fazer com que o<br />
piloto desfrute de cada quilômetro<br />
de seu passeio.<br />
O conforto é garanti<strong>do</strong> pelo assento<br />
em <strong>do</strong>is níveis com encosto<br />
64 | <strong>Revista</strong> MERCADO | Outubro 2011<br />
para as costas <strong>do</strong> passageiro, piloto<br />
automático, plataforma integral para<br />
apoio <strong>do</strong>s pés, King Tour-Pak e porta-<br />
-malas para <strong>do</strong>is capacetes e sistema<br />
de áudio premium Harman-Kar<strong>do</strong>n<br />
com alto-falantes para o passageiro.<br />
O Trike Tri Glide Ultra Classic é<br />
um show de estilo com suas rodas<br />
de sete raios estiliza<strong>do</strong>s de alumínio<br />
e pintura premium especial em <strong>do</strong>is<br />
tons, o que certamente agradará aos<br />
fãs mais exigentes da marca.<br />
O motor Twin Cam 103 de 1700<br />
cc é capaz de gerar um torque de 13,8<br />
kgfm a 3250 rpm e o câmbio é de seis<br />
velocidades Six-Speed Cruise Drive®,<br />
com marcha reversa eletrônica.<br />
“Fizemos questão de trazer o<br />
Trike Tri Glide Ultra Classic ao Salão<br />
Duas Rodas. Este é um modelo que<br />
foi projeta<strong>do</strong> e testa<strong>do</strong> sob os mais<br />
rígi<strong>do</strong>s padrões Harley-Davidson,<br />
ou seja, atenden<strong>do</strong> aos rigorosos<br />
critérios de quem está nesta estrada<br />
há mais de 100 anos. Queremos<br />
Especificações Técnicas<br />
FLHtCUtg trike tri glide ® Ultra Classic ®<br />
Dimensões<br />
ver a aceitação <strong>do</strong> público brasileiro<br />
para esse produto”, afirmou<br />
o diretor-superintendente Comercial<br />
da Harley-Davidson <strong>do</strong> Brasil,<br />
Longino Morawski.<br />
Comprimento (mm) 2687<br />
Altura <strong>do</strong> assento (mm)1 734<br />
Ângulo <strong>do</strong> cáster (º)/ Trail (mm) 32/100<br />
Capacidade <strong>do</strong> tanque (litros) 22,7<br />
Peso seco (kg) 525<br />
Motorização<br />
Motor Twin Cam 103, refrigera<strong>do</strong> a ar<br />
Cilindrada (cm³) 1690<br />
Diâmetro x Curso (mm) 98,4 x 111,3<br />
Torque2 13,8 kgf.m @ 3250 rpm<br />
Transmissão<br />
6 velocidades Six-Speed Cruise Drive ® ,<br />
com marcha reversa eletrônica<br />
Transmissão primária Corrente, relação 34/46<br />
Dianteira<br />
Traseira<br />
Rodas 3 / Pneus<br />
Freios a disco<br />
Prata, 7 raios estiliza<strong>do</strong>s de alumínio<br />
MT90B16 72H<br />
Prata, 7 raios estiliza<strong>do</strong>s de alumínio<br />
P205/65R15<br />
4 pistões fixos na dianteira e 1 pistão flutuante na traseira Freio de estacionamento aciona<strong>do</strong> por alavanca<br />
Big Blue Pearl / Vivid Black<br />
Opções de cor 4<br />
Características <strong>do</strong> modelo<br />
<strong>As</strong>sento em <strong>do</strong>is níveis com encosto para as costas <strong>do</strong> passageiro, plataforma integral para apoio <strong>do</strong>s pés,<br />
estratégia de Gerenciamento da Temperatura em Marcha lenta (EITMS), sistema de áudio premium Harman/<br />
Kar<strong>do</strong>n ® com alto-falantes para o passageiro, piloto automático (Cruise Control),carenagem estilo “asa de<br />
morcego”, defletores escureci<strong>do</strong>s, carenagem inferior ventilada, King Tour-Pak ® , porta-malas e pintura premium<br />
especial com acabamento artesanal.<br />
Notas:<br />
1 - A medida reflete a altura <strong>do</strong> assento com a motocicleta sem carga.<br />
2 - Os valores apresenta<strong>do</strong>s são nominais. A performance pode variar por país e região.<br />
3 - Itens de série e opcionais podem variar de acor<strong>do</strong> com país e região.<br />
4 - A disponibilidade das cores pode variar de concessionária para concessionária e está sujeita a mudanças sem aviso prévio. Podem existir<br />
variações entre as cores impressas neste material e as cores <strong>do</strong> produto final. B<br />
<strong>Revista</strong> MERCADO | Outubro 2011 | 65
merca<strong>do</strong><br />
turismo<br />
Curaçao - fácil<br />
de se apaixonar<br />
Situada no Caribe, a 53 Km da costa Venezuelana, 64 Km a leste de<br />
Bonaire, e com 472 Km2 de área, Curaçao oferece uma boa estrutura<br />
turística, além de uma exuberante vida submarina. Essa ilha paradisíaca<br />
celebrou neste mês o seu primeiro ano como país<br />
Da Redação<br />
66 | <strong>Revista</strong> MERCADO | Outubro 2011<br />
Curaçao, ilha paradisíaca localizada no Caribe,<br />
comemorou no dia 10 de outubro o seu primeiro<br />
ano como país. Sua história começa<br />
em 1499, quan<strong>do</strong>, sob o coman<strong>do</strong> de Alonso<br />
Ojeda, os marinheiros europeus foram os primeiros<br />
a pisar em Curaçao. Na época <strong>do</strong> descobrimento,<br />
a ilha era habitada por índios altos e robustos e, por isso,<br />
Alonso Ojeda denominou o local de a “Ilha <strong>do</strong>s Gigantes”.<br />
Tempos depois, o nome da Ilha foi troca<strong>do</strong> para Curaçao,<br />
e três são as hipóteses: os marinheiros aban<strong>do</strong>na<strong>do</strong>s na<br />
ilha curaram-se <strong>do</strong> escorbuto e passaram a chamá-la “Isla<br />
de Curación”; a segunda, a de que o nome seja proveniente<br />
da palavra portuguesa “coração”, porque merca<strong>do</strong>res<br />
portugueses consideravam a ilha o coração da região;<br />
e a última é a de que o nome talvez tenha si<strong>do</strong> da<strong>do</strong><br />
em homenagem ao Sagra<strong>do</strong> Coração de Maria.<br />
Logo após o descobrimento, Espanha, Holanda, França<br />
e Inglaterra começaram a disputar sua posse, pois consideravam<br />
a ilha um ponto comercial estratégico entre<br />
a Europa e a América. Em 1634, Curaçao transformou-se<br />
numa colônia holandesa. Em 1815, um trata<strong>do</strong> internacional<br />
deu a posse definitiva para a Holanda e, em 1954,<br />
o governo de Curaçao deixou de ser colônia. Finalmente,<br />
em 10 de outubro de 2010, com a extinção das Antilhas<br />
Holandesas, a ilha tornou-se um país autônomo.<br />
Com uma belíssima arquitetura colonial holandesa e<br />
anima<strong>do</strong> comércio, desde 1997, sua capital, Willemstad,<br />
que mais parece uma miniatura de uma cidade holandesa,<br />
é considerada Patrimônio Histórico e Cultural da<br />
Humanidade pela Unesco. É dividida ao meio pela Baía<br />
de Santa Ana, e a ponte móvel, Rainha Emma, construída<br />
em 1888, une as duas partes: Otrobanda (residencial) e<br />
Punda (comercial e turística). Aliás, essa ponte móvel é<br />
um espetáculo à parte, abrin<strong>do</strong> e fechan<strong>do</strong> para dar passagem<br />
aos enormes transatlânticos de turismo, navios de<br />
guerra e de transporte que utilizam o porto.<br />
A ilha também é conhecida como a “Holanda <strong>do</strong> Caribe”,<br />
e compreende uma área de 472 km2, ou seja, praticamente<br />
o mesmo tamanho de Florianópolis. Ao to<strong>do</strong>,<br />
são 38 praias e 40 baías, que podem ser desfrutadas sob<br />
um sol que brilha praticamente o ano inteiro. <strong>As</strong> águas<br />
são cristalinas e azuis, com temperaturas que variam<br />
entre 25 e 27 graus centígra<strong>do</strong>s. A visibilidade atinge 40<br />
metros de profundidade.<br />
O holandês é a língua oficial, mas também se pode<br />
ouvir o inglês, espanhol e o “papiamento” - uma mistura<br />
de português, espanhol e inglês, devi<strong>do</strong> à mistura de povos<br />
diferentes (raízes judaicas, portuguesas, holandesas<br />
e africanas), proporcionan<strong>do</strong> uma rica diversidade cultural.<br />
O florim é a moeda oficial de Curaçao e vale cerca de<br />
1,75 em relação ao dólar, que também é aceito em todas<br />
as lojas e restaurantes.<br />
A temperatura média anual é de 27°C, com um índice<br />
pluviométrico muito baixo, crian<strong>do</strong> um clima semiári<strong>do</strong>,<br />
semelhante ao encontra<strong>do</strong> no deserto <strong>do</strong> Arizona ou no<br />
nordeste brasileiro. Faz sol quase o ano inteiro e fortes ventos<br />
alísios sopram constantemente. Felizmente, a ilha está<br />
fora da rota de furacões que assolam a região caribenha. A<br />
<strong>Revista</strong> MERCADO | Setembro | Outubro 2011 | 67
merca<strong>do</strong><br />
turismo<br />
Destino para<br />
qualquer turista<br />
Curaçao conta com uma rede hoteleira<br />
muito bem estruturada. Existe,<br />
à disposição, uma variada gama<br />
de restaurantes e bares que servem<br />
desde massas italianas a frutos <strong>do</strong><br />
mar, sempre em porções generosas<br />
e a um preço razoável. A vida noturna<br />
não é das mais agitadas, mas<br />
sempre se pode ir a um cassino ou<br />
assistir a um show de música e dança<br />
típicas da região. Alguns barzinhos<br />
e danceterias mais movimenta<strong>do</strong>s<br />
completam a noitada.<br />
Um bom programa é visitar as<br />
cavernas existentes no la<strong>do</strong> oeste<br />
da ilha, no Parque Cristoffel, que<br />
contém pinturas <strong>do</strong>s primeiros habitantes<br />
da ilha. Conheça também o<br />
merca<strong>do</strong> flutuante <strong>do</strong> porto, onde se<br />
pode encontrar um pouco de tu<strong>do</strong>,<br />
desde frutas e legumes a peças de<br />
artesanato local.<br />
Outro passeio interessante é o<br />
Sea Aquarium, que contém exemplares<br />
exóticos da região. Eles fecharam<br />
um pedaço <strong>do</strong> mar e colocaram<br />
dentro algumas espécies de peixes,<br />
arraias, tartarugas e tubarões. O visitante<br />
pode ver o fun<strong>do</strong> através de<br />
um barco com vigias de vidro ou ainda<br />
mergulhar no local, acompanha<strong>do</strong><br />
de um guia <strong>do</strong> parque. Paredes<br />
de acrílico transparente separam o<br />
mergulha<strong>do</strong>r da área <strong>do</strong>s tubarões.<br />
Um pequeno buraco nessa parede<br />
permite passar comida para os peixes,<br />
que avançam velozmente contra<br />
o acrílico para pegar a comida. É<br />
uma sensação forte.<br />
Na ilha existem ainda opções para<br />
a prática de windsurf, esqui aquático<br />
e passeios de barco com fun<strong>do</strong> de vidro<br />
pelas áreas costeiras.<br />
Mergulhos em Curaçao,<br />
uma atração à parte<br />
A paisagem desértica da superfície<br />
contrasta com a exuberância da<br />
vida submarina <strong>do</strong> local. A visibilidade<br />
média é de 18 a 25 metros, chegan<strong>do</strong><br />
a 40 metros em alguns locais.<br />
A temperatura da água se mantém<br />
em torno de 26°C. <strong>As</strong> águas são calmas<br />
e oferecem uma rica variedade<br />
de corais, esponjas, algas e peixes tropicais.<br />
É incrível a diversidade de cores<br />
das esponjas, varian<strong>do</strong> em tons de<br />
vermelho, violeta, marrom e amarelo.<br />
Os recifes começam logo abaixo<br />
<strong>do</strong> nível da água e se estendem suavemente<br />
até os 10 ou 12 metros de<br />
profundidade, área conhecida como<br />
terraço. Nessa região, é possível encontrar<br />
enormes concentrações de<br />
peixes tropicais, que se aproximam<br />
sem me<strong>do</strong> <strong>do</strong>s visitantes, excelente<br />
para tomadas de fotos e filmagens.<br />
É obrigatório fazer um mergulho noturno<br />
nesses terraços.<br />
Na extremidade <strong>do</strong>s terraços<br />
começa o paredão de coral, que cai<br />
abruptamente a várias dezenas de<br />
metros de profundidade. Suas magníficas<br />
formações são habitadas por<br />
interessantes e variadas formas de<br />
vida. É interessante levar alguma<br />
fonte de luz para enxergar o colori<strong>do</strong><br />
das esponjas, corais e peixes que<br />
habitam o local.<br />
Existem dezenas de points de<br />
mergulho em Curaçao, quase to<strong>do</strong>s<br />
<strong>do</strong> la<strong>do</strong> oeste da ilha, mais ou menos<br />
protegi<strong>do</strong>s <strong>do</strong>s ventos fortes. Para os<br />
iniciantes, uma boa pedida é Makos<br />
Mountains, lugar raso com visibilidade<br />
acima de 30 metros e uma diversidade<br />
de vida fantástica.<br />
Ainda na costa oeste, encontra-se<br />
“The Car Pile”, um recife artificial forma<strong>do</strong><br />
por carros antigos afunda<strong>do</strong>s<br />
pelo pessoal da ilha para servir como<br />
atrativo turístico. É interessante ver o<br />
esta<strong>do</strong> em que se encontram os velhos<br />
calhambeques, totalmente cobertos<br />
de cracas e habita<strong>do</strong>s por uma infinidade<br />
de peixes, lagostas e moreias.<br />
Para os adeptos de um naufrágio,<br />
uma boa opção é “Superior Producer”,<br />
cargueiro que afun<strong>do</strong>u em<br />
1978, quase em frente à Willemstad,<br />
estan<strong>do</strong> a uma profundidade entre<br />
27 a 34 metros. O navio está inteiro e<br />
é possível entrar em várias partes <strong>do</strong><br />
seu interior sem maiores problemas.<br />
10 motivos para<br />
visitar Curaçao<br />
1 - Mergulhar em um <strong>do</strong>s mares mais<br />
lin<strong>do</strong>s <strong>do</strong> mun<strong>do</strong><br />
Mesmo se você não é adepto <strong>do</strong><br />
mergulho autônomo (aquele que<br />
precisa de cilindros e em que a profundidade<br />
é maior), não precisa se<br />
preocupar. O mar em Curaçao é tão<br />
claro, que é possível ver os peixes<br />
passan<strong>do</strong> pelos seus pés no raso<br />
mesmo. Quem se aventurar com um<br />
cilindro, pode se maravilhar com cardumes<br />
colori<strong>do</strong>s, peixes de formatos<br />
varia<strong>do</strong>s e uma rica flora marinha. A
merca<strong>do</strong><br />
turismo<br />
2 - Experimentar Keshi Yena no Gouverneur<br />
O prato mais tradicional de Curaçao<br />
é uma grande mistura: carne bovina,<br />
de frango e de peixe desfiadas,<br />
com pimentão verde e vermelho,<br />
azeitona, tomate, um ligeiro toque<br />
agri<strong>do</strong>ce de uva passa, coberto por<br />
muito queijo <strong>do</strong> tipo Gouda. Não faça<br />
cara feia sem experimentar! É uma<br />
das grandes surpresas para o seu paladar.<br />
Com o calor que faz na ilha, o<br />
prato vai bem acompanha<strong>do</strong> de uma<br />
cerveja como a Amstel (normal ou<br />
Britght - que é mais suave). No local,<br />
a iluminação fica por conta de velas<br />
sobre a mesa e algumas lamparinas.<br />
A meia luz dá um clima especial ao<br />
ambiente informal, mas ao mesmo<br />
tempo chique <strong>do</strong> Gouverneur. Peça<br />
uma mesa perto da fonte ou nas janelas<br />
que dão para a baía e você poderá<br />
ver Punda à noite.<br />
3 - Conhecer a história e saborear o<br />
tradicional Curaçao Blue<br />
Quem nunca se fascinou com o<br />
azul intenso <strong>do</strong> licor Curaçao Blue? A<br />
bebida, como o nome indica, é feita<br />
no país e boa parte de sua produção<br />
ainda é artesanal. Como o solo da ilha<br />
não é muito fértil e o clima é muito<br />
seco, os pés de laranjas planta<strong>do</strong>s<br />
pelos coloniza<strong>do</strong>res espanhóis renderam<br />
frutas impróprias para o consumo.<br />
No século 19, uma família judia<br />
descobriu que podia extrair dessas<br />
frutas um licor saboroso: assim nasceu<br />
o Curaçao Blue.<br />
Em uma visita à fábrica, você pode<br />
ver o trabalho de engarrafamento da<br />
bebida, descobrir em um painel explicativo<br />
como ela é feita, conhecer<br />
os diversos formatos de garrafas e, o<br />
mais interessante, experimentar os<br />
diversos sabores. É uma ótima opção<br />
se você quer trazer presentes para<br />
amigos e familiares. Ah, se resolver<br />
experimentar to<strong>do</strong>s os sabores, vá de<br />
táxi para não sair de lá dirigin<strong>do</strong>!<br />
4 - Desejar Bom Bini para a sua dushid<br />
O papiamento é um idioma intrigante.<br />
Ao ouvi-lo, dá até a impressão<br />
de que você consegue distinguir algumas<br />
palavras, mas se os curaçolenhos<br />
dispararem a falar, com certeza<br />
você ficará perdi<strong>do</strong>. O papiamento é<br />
uma mistura de holandês (a ilha foi<br />
colonizada pelos holandeses), portu-<br />
guês, espanhol, inglês e a língua <strong>do</strong>s<br />
nativos. Embora o idioma ensina<strong>do</strong><br />
nas escolas seja o holandês, o papiamento<br />
é passa<strong>do</strong> de pai para filho e<br />
fala<strong>do</strong> em toda a ilha. O nome vem<br />
<strong>do</strong> verbo “papiar”, de papear mesmo,<br />
conversar. Algumas frases para se arriscar:<br />
“Bom Bini” (bom-dia), “Dushid”<br />
(queri<strong>do</strong>/a), “Con ta bai? (como está?),<br />
“Danki” (obrigada).<br />
5 - Praias paradisíacas, como Kenepa<br />
Grandi<br />
Se as férias <strong>do</strong>s seus sonhos<br />
têm sempre uma praia com areia<br />
branca e águas tranquilas, cristalinas<br />
e tão azuis que chegam a <strong>do</strong>er<br />
nos olhos, você não pode deixar<br />
de visitar Kenepa Grandi. Sem exageros,<br />
o local realmente dá senti<strong>do</strong><br />
à palavra “paraíso” e é o lugar perfeito<br />
para passar o dia relaxan<strong>do</strong>.<br />
Sem dúvida, será a lembrança mais<br />
linda que terá de Curaçao. A praia<br />
fica a aproximadamente meia hora<br />
da capital <strong>do</strong> país, a oeste, e vale<br />
cada minuto da viagem. Os hotéis<br />
geralmente levam e trazem seus<br />
hóspedes, mas alugar um carro é<br />
uma boa dica para quem não quer<br />
se preocupar com horários. Cerca<br />
de seis quiosques garantem sombra<br />
durante to<strong>do</strong> o dia, já que, mesmo<br />
no inverno, Curaçao é quente (muito<br />
quente mesmo!). Protetor solar é<br />
um item indispensável.<br />
6 - Museu Kura Hulanda<br />
Não é só pela beleza que Curaçao<br />
impressiona os turistas, mas também A
merca<strong>do</strong><br />
turismo<br />
pela riqueza cultural. Para conhecer<br />
melhor a história da ilha, uma visita<br />
ao museu Kura Hulanda é essencial.<br />
Entrar no local é uma viagem no tempo<br />
por meio de objetos, <strong>do</strong>cumentos,<br />
pinturas e esculturas. O tráfico de escravos<br />
é o tema principal. Na praça<br />
central, vista de frente, uma grande<br />
escultura mostra o rosto de um africano.<br />
Vista de la<strong>do</strong>, é o mapa da África,<br />
criação <strong>do</strong> artista Nel Simon. Vários<br />
jardins repletos de esculturas compõem<br />
o museu.<br />
O Kura Hulanda foi construí<strong>do</strong><br />
pelo holandês Jacob Gelt Dekker exatamente<br />
no local onde antes existia<br />
uma senzala (que ainda permanece<br />
de pé). Réplicas de navios negreiros<br />
em miniatura, objetos utiliza<strong>do</strong>s para<br />
tortura e roupas de diferentes épocas<br />
ajudam a contar a história da ilha.<br />
7 - Passeio pelas ruas coloridas da capital<br />
Willsmetad<br />
A capital <strong>do</strong> país, Willemstad, é<br />
tombada como patrimônio histórico<br />
da humanidade pela UNESCO. Dividida<br />
pela Baía de Santa Anna, cada la<strong>do</strong><br />
tem características próprias. Em Punda,<br />
por exemplo, chama a atenção a<br />
arquitetura típica europeia e as cores<br />
vibrantes com que são pinta<strong>do</strong>s os<br />
comércios, que mais parecem simpáticas<br />
casinhas de boneca. A construção<br />
mais charmosa, antiga (datada<br />
de 1708!) e também a mais conhecida<br />
é a loja de perfumes e cosméticos<br />
Penha. Pintada de amarelo escuro,<br />
quase mostarda, é impossível não vê-<br />
-la. Aproveite que você está por ali e<br />
não deixe de entrar para fazer umas<br />
compras, os preços são muito convi-<br />
dativos. Nas calçadas beiran<strong>do</strong> a baía,<br />
além de bares com mesinhas estrategicamente<br />
localizadas, você pode se<br />
deparar com alguns canhões, resquícios<br />
da época da colonização.<br />
Para ir de um la<strong>do</strong> a outro da capital,<br />
ou seja, de Punda a Otrobanda, e<br />
atravessar a Baía de Santa Anna, vale<br />
a pena esperar um tempinho e atravessar<br />
a Ponte Rainha Emma, uma das<br />
poucas pontes flutuantes <strong>do</strong> mun<strong>do</strong>.<br />
Ela é toda formada por pequenos barcos<br />
que ajudam a abrir o canal para<br />
navios gigantes, de carga ou de passageiros,<br />
passarem pela Baía. Chegan<strong>do</strong><br />
a Otrobanda, você vai encontrar o<br />
mesmo estilo de prédios baixos e colori<strong>do</strong>s.<br />
O forte desse la<strong>do</strong> da capital<br />
está na cultura, já que é nessa região<br />
que se localizam o Museu Kura Hulanda<br />
e a Sinagoga Mikvé Israel-Emanuel.<br />
8 - Jantar no Fort Nassau<br />
A vista noturna mais linda de<br />
Curaçao, como o próprio nome já diz,<br />
o restaurante está localiza<strong>do</strong> em um<br />
forte que antigamente protegia a ilha.<br />
É possível optar entre as mesas localizadas<br />
ao ar livre ou no interior <strong>do</strong> restaurante,<br />
que tem uma janela panorâmica<br />
maravilhosa. É um lugar chique!<br />
A rainha Beatrix, da Holanda, costuma<br />
jantar lá quan<strong>do</strong> vai a Curaçao. Portanto,<br />
prepare-se para uma refeição digna<br />
de reis e rainhas. Peça o medalhão de<br />
carne com tomate rechea<strong>do</strong>. Vale cada<br />
pedaço! De sobremesa, peça o profiteroles,<br />
que vem com a massa crocante<br />
e o recheio macio e leve. Peca<strong>do</strong> é não<br />
experimentar. Um bom vinho e uma<br />
ótima companhia farão deste um jantar<br />
mais <strong>do</strong> que inesquecível.<br />
9 - Dançar a noite inteira no Mambo<br />
Beach ou no Ay Caramba<br />
Quan<strong>do</strong> anoitece, Curaçao é diversão<br />
na certa. Como o calor é intenso,<br />
a maioria das casas noturnas tem pista<br />
ao ar livre. O Mambo Beach reúne<br />
curaçolenhos e turistas em uma pista<br />
de dança e um bar à beira da praia.<br />
Além <strong>do</strong>s ritmos latinos, que fazem a<br />
pista ferver, o DJ toca muita música<br />
eletrônica. Cansou <strong>do</strong> bate-estaca?<br />
Basta sentar em uma das cadeiras estrategicamente<br />
localizadas na beira-<br />
-mar (dá até para descansar os pés na<br />
água). O Ay Caramba é uma balada<br />
um pouco mais eclética. Dentro <strong>do</strong><br />
local, sempre cheio, to<strong>do</strong>s os tipos de<br />
música latina fazem o pessoal rebolar.<br />
O espaço aberto, em geral, é reserva<strong>do</strong><br />
para diversos shows e apresenta-<br />
ções <strong>do</strong> local. E você não paga nada<br />
a mais por isso. Para aproveitar tu<strong>do</strong><br />
senta<strong>do</strong>, em um clima mais reserva<strong>do</strong>,<br />
você pode tentar um lugar no terraço<br />
(subin<strong>do</strong> as escadas) que tem vista<br />
para a baía e Punda. Juntos à Ponte<br />
Emma, iluminadas à noite, são uma<br />
visão imperdível, além de romântica.<br />
10 - Sea Aquarium<br />
Visitar o Sea Aquarium pode parecer<br />
um programa bati<strong>do</strong> e para lá<br />
de comum. Mas não em Curaçao.<br />
Você até pode assistir ao tradicional<br />
show de golfinhos, mas o que vale<br />
mesmo a pena neste passeio é o contato<br />
próximo com a vida marinha. Entre<br />
em um tanque repleto de arraias<br />
e as toque delicadamente; chegue<br />
perto de flamingos ou pegue estrelas<br />
marinhas gigantes nas mãos. Os<br />
mais corajosos podem até alimentar<br />
tubarões embaixo da água - claro<br />
que protegi<strong>do</strong>s por um vidro. Para<br />
os menos corajosos, há a opção (não<br />
menos emocionante) de alimentar<br />
tartarugas marinhas. B
merca<strong>do</strong><br />
bazar<br />
Agendas 2012 para quem quer estilo<br />
A Norma sai na frente mais uma vez e promete conquistar consumi<strong>do</strong>res apaixona<strong>do</strong>s por estilo, sofisticação<br />
e velocidade com o lançamento das agendas 2012 Ferrari e Lamborghini. Os modelos contam com a alta<br />
qualidade e o acabamento primoroso típicos da marca, além de diversos atrativos, entre eles, páginas personalizadas,<br />
pôsteres, separa<strong>do</strong>res de meses com imagens de carros históricos e detalhes em hot stamping ou<br />
verniz nas capas. Confira as principais características das agendas:<br />
Ferrari - Quem é apaixona<strong>do</strong> por velocidade vai a<strong>do</strong>rar a agenda disponível em duas lindas opções de<br />
capa com reservas de verniz. Outros atrativos são: régua clips, pôster personaliza<strong>do</strong>, bolsa plástica transparente,<br />
páginas diárias com marcação de horário e, entre os meses, textos sobre a história da escuderia e de<br />
seus carros, que despertam paixões no mun<strong>do</strong> inteiro.<br />
Lamborghini - A sofisticada escuderia ganha uma agenda para lá de inspirada da Norma. A linda capa tem<br />
papel especial similar a aço escova<strong>do</strong> e detalhes em hot stamping <strong>do</strong>ura<strong>do</strong>. Internamente, há miolo diário com<br />
horário nas pautas, guarda decorada, fitilho amarelo, bolsa plástica transparente e separa<strong>do</strong>res de meses com<br />
imagens de carros históricos, informações de motor, ano de construção, lançamento, entre outros.<br />
O preço médio ao consumi<strong>do</strong>r final <strong>do</strong>s <strong>do</strong>is produtos é de R$ 25,20. Para maiores informações, os consumi<strong>do</strong>res<br />
têm à disposição o SAC: 0800 701 9410 e o site www.produtosnorma.com.br. A
merca<strong>do</strong><br />
bazar<br />
Galaxy Tab 7.7 - Samsung anuncia novo tablet<br />
Como sempre, a Samsung consegue surpreender seus consumi<strong>do</strong>res. Dessa vez não foi diferente, ao<br />
lançar o Samsung Galaxy Tab 7,7″.<br />
O aparelho foi apresentan<strong>do</strong> na IFA 2011 agradan<strong>do</strong> to<strong>do</strong>s os presentes, ainda mais quan<strong>do</strong> anunciaram<br />
uma atualização importante e necessária na nova versão.<br />
Sua tela com Super AMOLED Plus já era esperada. O Tab 7,7″ é o único no mun<strong>do</strong> com essa nova tecnologia,<br />
o que acabou agradan<strong>do</strong> com mais uma superinovação, além <strong>do</strong> seu sistema operacional ser nada mais<br />
que a versão mais recente <strong>do</strong> Android, o HoneyComb 3.2.<br />
Com tela de 7,7”, o Galaxy Tab possui o processa<strong>do</strong>r dual core 1.4GHz, o que torna o aparelho capaz de<br />
reproduzir vídeos em 1080p.<br />
Novidade também na sua capacidade de armazenamento interno, com a opção de 64GB de memória e<br />
expansão externa de até 32GB.<br />
O tablet possui internet 3G, Wi-Fi, além, claro, de GPS integra<strong>do</strong> e Bluetooth 3.0. Com duas câmeras (frontal<br />
com 2MP e traseira com 3MP e flash), o Galaxy Tab 7,7” proporciona uma qualidade impressionante de<br />
imagem, já que sua resolução é de 1280×800.<br />
Por dentro, temos uma bateria<br />
de 5.100mAh, que segun<strong>do</strong> a própria<br />
Samsung dura até 10 horas.<br />
E o mais impressionante é que<br />
toda essa tecnologia cabe dentro<br />
de um corpo superleve e fino, com<br />
7,89mm de espessura e 335g. A
merca<strong>do</strong><br />
bazar<br />
Yes! lança linha corporal Neon<br />
Cabelos e corpo ganham produtos especiais<br />
Motorola Mobility e TIM lançam o Milestone 3TM no<br />
Brasil<br />
Mais fino, mais rápi<strong>do</strong> e mais inteligente, o Milestone 3 reforça<br />
o poder da mobilidade para usuários <strong>do</strong> mun<strong>do</strong> inteiro<br />
A Motorola Mobility Inc. e a TIM anunciam o lançamento, no Brasil,<br />
<strong>do</strong> Motorola Milestone 3. O mais novo membro da família Milestone<br />
tem como diferencial sua rápida velocidade de usabilidade e conexão,<br />
oferecen<strong>do</strong> ampla navegação na web no celular, acesso irrestrito<br />
a e-mails e serviços multimídia varia<strong>do</strong>s. Com o tecla<strong>do</strong> QWERTY, os<br />
usuários irão se tornar verdadeiros desbrava<strong>do</strong>res digitais, poden<strong>do</strong><br />
aproveitar o poder deste smartphone para turbinar suas vidas e estar<br />
sempre conecta<strong>do</strong>s.<br />
O Motorola Milestone 3 é o primeiro da família com um processa<strong>do</strong>r<br />
dual core, que garante a execução mais efetiva de múltiplas<br />
tarefas, navegação e carregamento mais rápi<strong>do</strong> de vídeos e jogos de<br />
melhor qualidade. Uma linha dedicada aos números e localizada acima<br />
<strong>do</strong> tecla<strong>do</strong> QWERTY superfino permite a digitação mais rápida e<br />
precisa de textos sem a necessidade de utilizar a tecla “ALT”. E, com o<br />
display touchscreen de 4,0 polegadas, o Milestone 3 oferece visualização<br />
de fotos, páginas de web e conteú<strong>do</strong> de vídeo mais nítida e clara<br />
<strong>do</strong> que qualquer um de seus antecessores.<br />
O Motorola Milestone 3 estará disponível a partir da próxima semana nas lojas da TIM por R$ 1.680. Para<br />
saber mais sobre o Milestone 3, acesse: www.motorola.com/mobility.<br />
Referência no segmento de cosméticos, a Yes! amplia a linha Neon<br />
lançada recentemente. Agora, as Deo Colônias ganham Sabonete<br />
Líqui<strong>do</strong> Esfoliante; Shampoo 3 em 1 e Hidratante Corporal.<br />
Sabonete Líqui<strong>do</strong> Esfoliante Neon Shock, com microesferas de<br />
polietileno e Aloe Vera - retira as células mortas da pele de forma<br />
suave, oferecen<strong>do</strong> ao mesmo tempo hidratação e refrescância. Possui<br />
fragrância feminina e levemente picante, com acordes de pimenta<br />
rosa. Disponível em frasco de cor pink, de 200ml, por R$ 22,90.<br />
Shampoo 3 em 1 Vibe - pode ser usa<strong>do</strong> como shampoo, sabonete<br />
líqui<strong>do</strong> e espuma para barbear. Leva em sua formulação extrato de<br />
algas marinhas, dan<strong>do</strong> aos cabelos volume, maciez e brilho. Seu perfume<br />
suave é energizante, com notas cítricas. Em frasco de cor verde,<br />
de 200ml, por R$ 19,90.<br />
Hidratante Corporal Deso<strong>do</strong>rante Neon Fever - de textura leve,<br />
hidrata e amacia, sen<strong>do</strong> rapidamente absorvi<strong>do</strong> pela pele. Com extrato<br />
de Aloe Vera na composição, proporciona sensação de frescor. Sua fragrância traz notas florais leves. Em<br />
embalagem de cor laranja, de 200ml, ao preço de R$ 22,90.<br />
Esses lançamentos já podem ser encomenda<strong>do</strong>s aos revende<strong>do</strong>res da marca em to<strong>do</strong> o Brasil e estarão<br />
disponíveis a partir de novembro. B<br />
78 | <strong>Revista</strong> MERCADO | Outubro 2011
merca<strong>do</strong><br />
dica de leitura<br />
<strong>As</strong> Esganadas<br />
Da Redação<br />
Em <strong>As</strong> esganadas, o autor<br />
<strong>do</strong> best-seller O xangô de<br />
Baker Street, Jô Soares,<br />
explora mais uma vez um<br />
tema que lhe é caro: os assassinatos<br />
em série. No entanto, tal<br />
como Alfred Hitchcock, que desprezava<br />
os romances policiais cujo objetivo<br />
se resume a descobrir quem<br />
é o criminoso (o famoso “who<strong>do</strong>nit”),<br />
Jô Soares revela logo no início<br />
não somente quem é o desalma<strong>do</strong><br />
como sua motivação psicológica<br />
(melhor dizer, psicanalítica) para<br />
matar. O delicioso núcleo narrativo<br />
está nas tentativas aparvalhadas da<br />
polícia de encontrar um criminoso<br />
que, além de muito esperto e de<br />
não despertar suspeita nenhuma,<br />
possui uma rara característica física<br />
que dificulta sobremaneira a utilização<br />
<strong>do</strong>s novos “méto<strong>do</strong>s científicos”<br />
da polícia carioca.<br />
Para investigar os crimes, o famigera<strong>do</strong><br />
chefe de polícia Filinto Müller<br />
designa um delega<strong>do</strong> ranzinza,<br />
assessora<strong>do</strong> por um auxiliar obtuso<br />
e medroso, e que contará com a<br />
inestimável ajuda de um sofistica<strong>do</strong><br />
Ficha técnica<br />
Título: as esganadas<br />
Autor: Jô Soares<br />
Formato: 14x21 cm<br />
Peso: 372 gramas<br />
Nº de páginas: 264<br />
Capa: Brochura<br />
ISBN: 9788535919752<br />
Selo: Companhia das Letras<br />
80 | <strong>Revista</strong> MERCADO | Outubro 2011<br />
e culto ex-inspetor. Na perseguição<br />
ao criminoso, os três investiga<strong>do</strong>res<br />
ganham a desejável companhia de<br />
uma jovem linda, destemida, viajada<br />
e moderna, que é repórter e fotógrafa<br />
da principal revista ilustrada<br />
<strong>do</strong> país.<br />
O leitor também pode se fartar<br />
aqui com uma outra faceta constante<br />
na obra literária de Jô Soares:<br />
a escolha de um momento <strong>do</strong> passa<strong>do</strong><br />
para cenário de sua narrativa,<br />
o que lhe permite entrar em detalhes<br />
históricos curiosos enquanto<br />
desenvolve a trama. Desta vez, voltamos<br />
ao Rio de Janeiro <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong><br />
Novo, ten<strong>do</strong> por pano de fun<strong>do</strong><br />
mais amplo o avanço <strong>do</strong> nazismo e<br />
as primeiras nuvens ameaça<strong>do</strong>ras<br />
que anunciam a Segunda Guerra<br />
Mundial. Entre os eventos da época<br />
que Jô resgata, estão uma corrida<br />
de automóveis no Circuito da Gávea<br />
(de que participam o cineasta Manoel<br />
de Oliveira e o lendário Chico<br />
Landi) e a transmissão pelo rádio da<br />
derrota <strong>do</strong> Brasil de Leônidas da Silva<br />
para a Itália na semifinal da Copa<br />
de 1938, na França.<br />
Seis anos depois de seu último<br />
livro, <strong>As</strong>sassinatos na Academia<br />
Brasileira de Letras, o apresenta<strong>do</strong>r<br />
e humorista Jô Soares,<br />
73 anos, volta à literatura com <strong>As</strong><br />
esganadas, em que explora o seu<br />
tema literário favorito: assassinatos<br />
em série<br />
Com a verve que lhe é característica,<br />
Jô consegue, neste <strong>As</strong> esganadas,<br />
realizar a façanha de narrar<br />
uma série de crimes brutais, com<br />
requintes inimagináveis de crueldade,<br />
e deixar o leitor com um sorriso<br />
satisfeito nos lábios. B
merca<strong>do</strong><br />
coluna literatura<br />
Quem quer viver 116 anos?<br />
Longa vida para a literatura<br />
e as artes<br />
Por Kenia Maria*<br />
Li, assombrada, em reportagem<br />
publicada na Folha<br />
de São Paulo, que o baiano<br />
Deral<strong>do</strong> Mag<strong>do</strong> <strong>do</strong>s Santos<br />
é o homem mais velho <strong>do</strong><br />
mun<strong>do</strong> (a sua certidão, registrada<br />
em 1985, aponta o seu nascimento<br />
em 2 de novembro de 1894). Deral<strong>do</strong><br />
tem 116 anos de idade e a sua saúde,<br />
“meu rei”, vai bem, obriga<strong>do</strong>. É, Seu<br />
Deral<strong>do</strong>, são mais de 100 anos de<br />
muito vatapá, cururu e mungunzá!<br />
Seu Deral<strong>do</strong> vive num asilo para i<strong>do</strong>sos<br />
em Salva<strong>do</strong>r. Come bem, <strong>do</strong>rme<br />
bem e se alimenta seis vezes ao dia.<br />
Incrivelmente, ele não usa óculos<br />
para ler e ainda caminha sem a ajuda<br />
de bengala. A<strong>do</strong>ra rir e contar causos<br />
para alegrar os coleguinhas mais jovens,<br />
que têm entre 90 e 100 anos.<br />
Fico imaginan<strong>do</strong> Deral<strong>do</strong> dizen<strong>do</strong>,<br />
entre uma gargalhada e outra, que<br />
“ainda não morreu porque os defuntos<br />
não gostam dele, por ter nasci<strong>do</strong><br />
no Dia de Fina<strong>do</strong>s”. Esta é a arte de<br />
Deral<strong>do</strong>, provocar alegria e, por que<br />
não dizer, esperança em nós, pobres<br />
mortais, que não sabemos se vamos<br />
passar <strong>do</strong>s cinquenta.<br />
Também muito me assombra<br />
e encanta a lucidez intelectual <strong>do</strong><br />
arquiteto-artista Oscar Niemeyer.<br />
Aos 104 anos de idade, exercen<strong>do</strong><br />
seu ofício to<strong>do</strong>s os dias, de <strong>do</strong>mingo<br />
a <strong>do</strong>mingo, debruça<strong>do</strong> sobre seus<br />
projetos, ele afirma que não sabe<br />
quan<strong>do</strong> vai parar de trabalhar. Ele<br />
sempre acha que é ce<strong>do</strong> para pendurar<br />
as chuteiras. Em 2004, quan<strong>do</strong><br />
completou 98 anos, viúvo, com<br />
cinco netos, 13 bisnetos e 5 trinetos,<br />
Niemeyer foi alveja<strong>do</strong> pelas flechas<br />
de Cupi<strong>do</strong> e pediu em casamento<br />
82 | <strong>Revista</strong> MERCADO | Outubro 2011<br />
sua secretária, Vera Lúcia Cabreira,<br />
de 60 anos.<br />
Se Niemeyer impregnou Brasília<br />
com sua arquitetura sedutora-curvilínea,<br />
projetan<strong>do</strong> a poesia concreta<br />
<strong>do</strong> côncavo e <strong>do</strong> convexo no Palácio<br />
da Alvorada, no Edifício <strong>do</strong> Congresso<br />
Nacional, na Catedral de Brasília,<br />
no Palácio <strong>do</strong> Planalto, também surpreendeu<br />
São Paulo com as ondulações<br />
<strong>do</strong> Edifício Copan e revestiu de<br />
espiritualidade o concreto arma<strong>do</strong><br />
da igrejinha da Pampulha, em Belo<br />
Horizonte. Também deixou de queixo<br />
caí<strong>do</strong> muita gente boa <strong>do</strong> outro<br />
la<strong>do</strong> <strong>do</strong> mun<strong>do</strong> quan<strong>do</strong> projetou<br />
para o governo da Argélia a Universidade<br />
de Constantine e a belíssima<br />
mesquita de Argel.<br />
Aqui em Uberlândia, não há<br />
como ficarmos indiferentes à irreverência<br />
curvilínea de Oscar Niemeyer,<br />
quan<strong>do</strong> passamos pela avenida Ron<strong>do</strong>n<br />
Pacheco e de longe avistamos<br />
aquele cilindro branco, brilhante,<br />
banha<strong>do</strong> pelo sol. Projeta<strong>do</strong> pelo<br />
arquiteto em 1998, dizem que será<br />
o maior teatro de Minas Gerais, com<br />
capacidade para até 20 mil pessoas...<br />
Caros leitores, fico matutan<strong>do</strong><br />
com meus botões... Será que vamos<br />
conseguir fazer com que alguns milhares<br />
de uberlandenses desliguem<br />
a novela das oito, deixem de ver o<br />
Faustão e o Fantástico para se dirigirem<br />
àquele magnífico prédio a<br />
fim de experimentarem uma catarse<br />
teatral? De verdade, torço para que<br />
finalmente esta cidade introjete o<br />
hábito de ver peças teatrais. Espero<br />
não chegar aos cem anos de idade<br />
e penosamente ver mais uma casa<br />
de teatro aban<strong>do</strong>nada, esquecida,<br />
ignorada! Longa vida, também, à<br />
memória de Grande Otelo que, se<br />
estivesse vivo, estaria completan<strong>do</strong>,<br />
este ano, 96 anos.Já no que diz<br />
respeito ao cinema, quem seria o<br />
cineasta, na ativa, mais velho <strong>do</strong><br />
mun<strong>do</strong>? Acertou quem se lembrou<br />
<strong>do</strong> português Manoel de Oliveira.<br />
Com 103 anos, ele ainda dirige filmes<br />
primorosos como o último de<br />
2009, intitula<strong>do</strong> Singularidades de<br />
O baiano Deral<strong>do</strong> Mag<strong>do</strong> <strong>do</strong>s Santos, de 116 anos O arquiteto Oscar Niemeyer, de 104 anos<br />
*Kenia Maria de Almeida Pereira é <strong>do</strong>utora em Literatura Brasileira pela Unesp/São José <strong>do</strong> Rio Preto-SP e professora<br />
colabora<strong>do</strong>ra <strong>do</strong> Mestra<strong>do</strong> em Teoria Literária da Universidade Federal de Uberlândia-MG. Autora de artigos científicos e livros<br />
sobre literatura brasileira (kenia@triang.com.br)<br />
uma rapariga loura, basea<strong>do</strong> num<br />
conto de Eça de Queiroz. Mesmo<br />
ten<strong>do</strong> ganha<strong>do</strong> os principais prêmios<br />
da indústria cinematográfica,<br />
como Cannes, Veneza e Montreal,<br />
Manoel leva vida simples, tranquilo<br />
em sua casa, len<strong>do</strong> gostosamente<br />
por horas a fio, afinal, grande parte<br />
de sua inspiração para produzir<br />
bons filmes vem da literatura.<br />
E para quem nunca assistiu a um<br />
filme feito em Portugal, aconselho o<br />
intrigante Palavra e utopia, dirigi<strong>do</strong><br />
no ano 2000 por Manoel de Oliveira.<br />
O leitor pode confirmar a densidade<br />
poética das películas deste realiza<strong>do</strong>r<br />
centenário. Neste filme, o tema<br />
gira em torno <strong>do</strong> polêmico Padre<br />
Antônio Vieira, às voltas com a famigerada<br />
Inquisição que não per<strong>do</strong>ava<br />
um religioso disposto a lutar<br />
pela dignidade de negros e índios.<br />
O especta<strong>do</strong>r pode conferir também<br />
o ator brasileiro Lima Duarte,<br />
representan<strong>do</strong> magistralmente Padre<br />
Vieira.<br />
No que se refere à poesia, creio<br />
que talvez o cuiabano Manoel de<br />
Barros, com 98 anos, seja o mais velho<br />
poeta brasileiro, em plena forma,<br />
escreven<strong>do</strong>, publican<strong>do</strong>, dan<strong>do</strong><br />
entrevistas, len<strong>do</strong>, dialogan<strong>do</strong> com<br />
o mun<strong>do</strong>. To<strong>do</strong>s os dias esse encanta<strong>do</strong>r<br />
de palavras se tranca em sua<br />
biblioteca e trabalha das sete ao<br />
meio-dia, “desinventan<strong>do</strong>” vocábulos.<br />
Manoel não usa computa<strong>do</strong>r, já<br />
que, para ele, a criatividade nasce<br />
da ponta <strong>do</strong> lápis. Se o leitor nunca<br />
leu nada de Manoel de Barros, deve<br />
começar pelo “Livro das ignorãças”.<br />
Delícia de leitura! Tal qual Guimarães<br />
Rosa, Manoel cria neologismo,<br />
desmonta a língua portuguesa e<br />
reorganiza as palavras, como se elas<br />
fossem aqueles jogos antigos, chama<strong>do</strong>s<br />
de Lego. Este autor tem o<br />
<strong>do</strong>m de montar e desmontar, encaixar<br />
e desencaixar, de forma lúdica,<br />
brincalhona, a gênese de cada vocábulo.<br />
Para Manoel de Barros o “verbo<br />
tem que pegar delírio”, pois no<br />
“descomeço era o verbo”. “Poesia é<br />
voar fora da asa”, afirma este mato-<br />
-grossense que, a seu mo<strong>do</strong>, vai<br />
“desaprenden<strong>do</strong>” poesia, tiran<strong>do</strong><br />
<strong>do</strong>s almanaques de Cuiabá “despesas<br />
para a sua ignorãça”. Se Manuel<br />
Bandeira dizia que “a poesia está<br />
em tu<strong>do</strong>, tanto nos amores como<br />
nos chinelos”, para este Manoel<br />
cuiabano a poesia é “escutar a cor<br />
<strong>do</strong>s passarinhos”, uma vez que, por<br />
mais que a gente procure, “to<strong>do</strong>s os<br />
caminhos levam à ignorância”.<br />
Aqui fica a pergunta para o leitor:<br />
Deral<strong>do</strong>, Niemeyer, Manoel de<br />
Oliveira e Manoel de Barros podem<br />
ser considera<strong>do</strong>s velhos? Deral<strong>do</strong>,<br />
fazen<strong>do</strong> seus companheiros de asilo<br />
dar risadas; Niemeyer, aman<strong>do</strong> e<br />
desenhan<strong>do</strong> curvas sinuosas numa<br />
arquitetura sedutora; Manoel de<br />
Oliveira, alquimista que transforma<br />
literatura em cinema; e Manoel de<br />
Barros, com sua poética das lesmas,<br />
<strong>do</strong>s palitos de fósforo, <strong>do</strong>s girassóis<br />
de Van Gogh: essa turma pode ser<br />
considerada como de vovozinhos<br />
carentes? O século XXI já exige de<br />
to<strong>do</strong>s nós que repensemos o significa<strong>do</strong><br />
da palavra velhice.<br />
Desejo longa vida a to<strong>do</strong>s e, também,<br />
muitos amores, afinal, “lugar<br />
sem comportamento é o coração”. B<br />
<strong>Revista</strong> MERCADO | Outubro 2011 | 83
merca<strong>do</strong><br />
profissões em filme<br />
Cilada.com<br />
Por Kelson Venâncio*<br />
84 | <strong>Revista</strong> MERCADO | Outubro 2011<br />
Ultimamente, o cinema<br />
brasileiro tem entra<strong>do</strong><br />
na onda das comédias<br />
românticas, seguin<strong>do</strong><br />
a moda de produções<br />
norte-americanas na tentativa de<br />
ganhar dinheiro com os casais apaixona<strong>do</strong>s,<br />
que não são tão exigentes<br />
e querem apenas se divertir com<br />
os longas chama<strong>do</strong>s “mamão com<br />
açúcar”, sem maiores compromissos<br />
com a inteligência humana. É claro<br />
que existem muitos filmes bons<br />
nesse gênero que, mesmo com um<br />
roteiro básico, servem para dar risadas<br />
e termos a sensação de que o<br />
“amor é lin<strong>do</strong>”. Mas, em compensação,<br />
aparece cada um tão ruim que<br />
não dá para assistir nem se você for<br />
ao cinema apenas para curtir um filminho<br />
light.<br />
Mas, dessa vez, por incrível que<br />
pareça, uma produção para a qual<br />
eu nem tinha muitas expectativas<br />
me agra<strong>do</strong>u bastante. É o novo filme<br />
dirigi<strong>do</strong> por José Alvarenga Jr. e produzi<strong>do</strong><br />
por Augusto Casé.<br />
Cilada.com conta a história de<br />
Bruno, que foi flagra<strong>do</strong> train<strong>do</strong> sua<br />
namorada durante uma festa de casamento<br />
e levou um “pé na bunda”.<br />
Por vingança, ela publica na Internet<br />
um vídeo dela transan<strong>do</strong> com ele, que<br />
paga o maior mico por causa de uma<br />
ejaculação precoce. <strong>As</strong> imagens viram<br />
um sucesso e Bruno uma celebridade,<br />
só que da pior forma possível. Agora,<br />
sua única saída é tentar provar para<br />
to<strong>do</strong> mun<strong>do</strong> que é bom de cama. Ele<br />
passa a recorrer a antigas namoradas,<br />
no intuito de registrar declarações<br />
delas em vídeo, ao mesmo tempo em<br />
que tenta encontrar novas parceiras.<br />
Paralelamente, Bruno tenta conseguir<br />
o perdão de Fernanda.<br />
Com um roteiro básico e simples<br />
assim, o filme consegue agradar por<br />
ter um conjunto de fatores que o ajudam<br />
nesse objetivo. O primeiro deles<br />
é ter como protagonista o ótimo ator<br />
Bruno Mazzeo. E, neste caso, o dita<strong>do</strong><br />
é verdadeiro: “filho de peixe peixinho<br />
é”. Chico Anísio ensinou bem o<br />
rapaz a fazer uma boa comédia. Ele é<br />
o responsável por levantar o filme e<br />
nos proporcionar boas gargalhadas.<br />
É claro que não é o único que nos faz<br />
rir bastante. Personagens secundários<br />
dão um ótimo suporte cômico ao<br />
elenco principal. É o caso da empregada<br />
de Bruno, <strong>do</strong> colega de trabalho<br />
dele, <strong>do</strong> melhor amigo, Sandro, das<br />
ex-namoradas e, especialmente, da<br />
prostituta que é a que “menos” aparece,<br />
mas rouba a cena em poucos<br />
minutos de atuação. Fernanda Paes<br />
Leme faz o básico, mas realiza um<br />
bom trabalho. Só não dá para aceitar<br />
o Sérgio Loroza, que está ali apenas<br />
para representar o gordão com uma<br />
conversa manhosa, com seu estilo<br />
malandro, mas força<strong>do</strong>.<br />
A direção de José Alvarenga Jr.<br />
também é eficaz e funciona muito<br />
bem. Como disse, apesar da história<br />
simples, ele consegue fazer com que<br />
o elenco encarne bem seus personagens.<br />
Além disso, explora detalhes<br />
que são comuns em uma situação<br />
como essa na vida real, como a ver-<br />
*Kelson Venâncio jornalista e diretor <strong>do</strong> Cinema e Vídeo - www.cinemaevideo.com.br<br />
gonha de alguém que tem um vídeo<br />
publica<strong>do</strong> na Internet.<br />
Mas, como nem tu<strong>do</strong> é uma maravilha,<br />
como sempre aparecem as<br />
<strong>do</strong>ses exageradas de humor para<br />
forçar as risadas de qualquer maneira.<br />
Não basta que os personagens<br />
ou a história sejam engraça<strong>do</strong>s naturalmente.<br />
É preciso usar o estilo<br />
“The Force” e forçar situações que<br />
seriam ridículas na vida real. <strong>As</strong><br />
apresentações das campanhas publicitárias<br />
são absurdamente exageradas<br />
na burrice e na incompetência.<br />
Sem contar que, para tentar<br />
ser mais cômico ainda, tem sempre<br />
alguém que come algo diferente<br />
ou, no caso <strong>do</strong> filme, bebe remédios<br />
troca<strong>do</strong>s e fica <strong>do</strong>idão num<br />
momento importante. Tem a risada<br />
sarcástica, mas irreal, <strong>do</strong> colega de<br />
trabalho no meio de uma reunião<br />
de negócios, tem os palavrões <strong>do</strong><br />
mais baixo nível <strong>do</strong> pai para a filha<br />
de seis anos ao telefone, tem a discussão<br />
sobre sexo com frases obscenas<br />
em frente a uma família com<br />
um senhor de idade e uma criança.<br />
São detalhes desnecessários<br />
para a trama e que não acrescentam<br />
em nada no meu ponto de vista.<br />
Mas, felizmente, esses probleminhas<br />
não atrapalham Cilada.com, que<br />
mostra que o Brasil pode fazer boas<br />
comédias românticas sem precisar<br />
copiar filmes norte-americanos ou<br />
fazer micagens para que o público<br />
dê risadas. E olha que algumas situações<br />
dão a entender que pode vir<br />
uma continuação por aí. Será? B<br />
FICHA TÉCNICA<br />
Filme: Cilada.com<br />
Origem: Brasil<br />
Ano: 2010<br />
Elenco: Bruno Mazzeo,<br />
Fernanda Paes Leme, Mauro<br />
Men<strong>do</strong>nça, Heloísa Perissé,<br />
Augusto Madeira, Telmo<br />
Fernandes, Anna Karenina,<br />
Serjão Lorozza<br />
Direção: José Alvarenga Jr.<br />
Gênero: Comédia<br />
Classificação: 14 anos<br />
Duração: 107 minutos<br />
Nota: 8<br />
<strong>Revista</strong> MERCADO | Outubro 2011 | 85
merca<strong>do</strong><br />
sustentabilidade<br />
Brasil recicla cerca de 20%<br />
<strong>do</strong>s plásticos pós-consumo<br />
Em 2010, o país registrou 738 recicla<strong>do</strong>ras de plásticos que faturaram<br />
juntas, em 2010, R$ 195 bilhões e geraram 18,3 mil empregos diretos<br />
Da Redação<br />
Pesquisa encomendada<br />
pela Plastivida Instituto<br />
Sócio Ambiental <strong>do</strong>s Plásticos,<br />
desenvolvida com<br />
base em 2010, aponta<br />
que, no perío<strong>do</strong>, foram recicla<strong>do</strong>s<br />
no Brasil 19,4% <strong>do</strong>s plásticos pós-<br />
-consumo, ou seja, 953 mil toneladas.<br />
No ano anterior, a marca foi de<br />
17,9%. Mostra também que a região<br />
Sudeste foi a que mais reciclou esse<br />
tipo de material em 2010 (60%), seguida,<br />
pela ordem, das regiões Sul<br />
(26%), Nordeste (11%), Centro-Oeste<br />
(2%) e Norte (1%).<br />
No ano, o Brasil registrou 738 recicla<strong>do</strong>ras<br />
de plásticos, sen<strong>do</strong> que<br />
44% no esta<strong>do</strong> de São Paulo, 12%<br />
no Rio Grande <strong>do</strong> Sul, 9% em Minas<br />
Gerais, 7% no Rio de Janeiro, 7% em<br />
Santa Catarina, 5% no Paraná, 4%<br />
na Bahia e 3% em Goiás. Os 9% restantes<br />
foram registra<strong>do</strong>s nos demais<br />
esta<strong>do</strong>s brasileiros. Essas empresas<br />
faturaram juntas, em 2010, R$ 195 bilhões,<br />
5,2% a mais que em 2009. Elas<br />
geraram 18,3 mil empregos diretos<br />
no perío<strong>do</strong>.<br />
A pesquisa também apontou<br />
quais os segmentos que mais consumiram<br />
plásticos recicla<strong>do</strong>s no<br />
ano passa<strong>do</strong>. Os bens de consumo<br />
foram os maiores demandantes <strong>do</strong><br />
produto: os semiduráveis (utilidades<br />
<strong>do</strong>mésticas, segmento têxtil,<br />
brinque<strong>do</strong>s, descartáveis, limpeza<br />
<strong>do</strong>méstica, calça<strong>do</strong>s e acessórios),<br />
demandaram 49,5% <strong>do</strong>s plásticos<br />
recicla<strong>do</strong>s em 2010. Os bens de consumo<br />
duráveis (automobilístico, eletroeletrônico,<br />
móveis, entre outros)<br />
consumiram 19,6%. A construção<br />
civil absorveu 15,1% <strong>do</strong> total, a área<br />
86 | <strong>Revista</strong> MERCADO | Outubro 2011<br />
Industrial 2,6%, a Agropecuária 1,2%<br />
e outras aplicações 12%.<br />
O nível operacional médio da<br />
indústria brasileira de reciclagem<br />
de plásticos, em 2010, foi de 64,5%<br />
da capacidade instalada, que é de<br />
1,5 milhão de toneladas. A pesquisa<br />
mostra que esse fator é um reflexo<br />
da estrutura de coleta seletiva no<br />
Brasil. Dos 5.565 municípios brasileiros,<br />
apenas 443, ou seja, 8%, contam<br />
com coleta seletiva estruturada.<br />
O presidente da Plastivida, Miguel<br />
Bahiense, acredita que a educação<br />
- a disseminação <strong>do</strong>s conceitos<br />
de consumo responsável, reutilização<br />
<strong>do</strong>s produtos e destinação adequada<br />
<strong>do</strong>s resíduos, entre eles os<br />
plásticos - é o canal mais eficaz para<br />
que toda a sociedade (população, in-<br />
dústria, poder público) compreenda<br />
seu papel em prol da sustentabilidade.<br />
“É por meio da educação que vamos<br />
conseguir aproveitar melhor os<br />
recursos, gerar economia e garantir<br />
a preservação ambiental”, afirma o<br />
executivo.<br />
Em 2010, o Brasil ficou na nona<br />
posição mundial na reciclagem <strong>do</strong>s<br />
plásticos, atrás da Alemanha (34%),<br />
Suécia (33,2%), Bélgica (29,2%), Noruega<br />
(25,7%), Suíça (24%), Itália<br />
(23%), Eslovênia (21,4%) e Dinamarca<br />
(21%). A média da União Europeia<br />
no ano foi de 21%.<br />
A pesquisa anual sobre a reciclagem<br />
<strong>do</strong>s plásticos foi desenvolvida<br />
pela Maxiquim, consultoria especializada<br />
no segmento industrial, de<br />
acor<strong>do</strong> com meto<strong>do</strong>logia <strong>do</strong> IBGE.<br />
Brasil joga fora energia que<br />
abasteceria 18 milhões de lares<br />
O número<br />
é absur<strong>do</strong>, mas<br />
consta <strong>do</strong> levantamento<br />
feito pela consultoria<br />
Andrade & Canellas. A<br />
cada ano, uma quantidade<br />
de energia suficiente para<br />
abastecer cerca de 18 milhões de<br />
residências é jogada no lixo. É que<br />
o Brasil deixa de gerar entre 3.050 e<br />
3.600 GWh de energia com origem<br />
na decomposição <strong>do</strong> lixo urbano.<br />
A afirmação foi feita com base<br />
nas estimativas divulgadas pela <strong>As</strong>sociação<br />
Brasileira de Empresas de<br />
Limpeza Pública e Resíduos Especiais<br />
(Abrelpe), que apontam que em<br />
2010 os lixões e aterros sanitários<br />
receberam cerca de 61 milhões de<br />
toneladas de resíduos provenientes<br />
de cidades de grande e médio porte.<br />
Consideran<strong>do</strong> o potencial <strong>do</strong><br />
biogás, composto principalmente<br />
por metano, cada tonelada<br />
poderia gerar entre 50 e 60 KWh<br />
de energia elétrica, desde que<br />
fossem armazenadas e aproveitadas<br />
corretamente.<br />
O metano é mais danoso para<br />
a atmosfera que o gás carbônico e<br />
pode amplificar o efeito em cerca de<br />
20 vezes se compara<strong>do</strong> com o CO2.<br />
Uma das soluções para reduzir o risco<br />
de explosões é instalar um sistema<br />
de captação de gás no terreno.<br />
Dessa forma, é possível encontrar<br />
<strong>do</strong>is destinos para o metano: a queima<br />
simples, que impede a liberação<br />
no ar, e a produção de energia.<br />
O grande entrave para a materialização<br />
desse sistema é o alto<br />
custo e o retorno em longo prazo.<br />
Ten<strong>do</strong> em vista o potencial <strong>do</strong> lixo<br />
gera<strong>do</strong> e com o objetivo de mudar<br />
o panorama, o governo oferece desconto<br />
de 100% na tarifa de transmissão<br />
para a energia gerada por<br />
usinas desse segmento, no entanto,<br />
a falta de políticas públicas para a<br />
área e a inexistência de linhas de<br />
financiamento continuam atrapalhan<strong>do</strong><br />
o desenvolvimento. B
merca<strong>do</strong><br />
ponto de vista<br />
Violência: esse mal tem cura?<br />
Recentemente, um secretário da Prefeitura de Aracaju fez o seguinte questionamento: “se os indica<strong>do</strong>res sociais melhoraram<br />
visivelmente no Brasil pós-Lula, por que a violência não para de crescer, ten<strong>do</strong> em vista, e com razão, que ela está<br />
associada à miséria”? Mas, ao que parece, isso não se verifica.<br />
Por exemplo, se forem analisa<strong>do</strong>s apenas casos de homicídios - que talvez seja a identificação mais forte da palavra violência<br />
-, na primeira semana deste mês, um relatório da Agência da ONU para Drogas e Crime apontou que o Brasil detém<br />
o terceiro maior índice de homicídios na América <strong>do</strong> Sul, atrás da Venezuela e da Colômbia. A agência afirma que houve,<br />
no Brasil, 43.909 homicídios em 2009 (ano mais recente para o qual há estatísticas), fazen<strong>do</strong> com que o país tenha uma taxa<br />
de 22,7 homicídios por 100 mil habitantes. Vale lembrar que a Organização Mundial de Saúde (OMS) considera endêmica a<br />
ocorrência de homicídios quan<strong>do</strong> ocorrem além de 10 (dez) casos a cada grupo de 100 (cem) mil habitantes.<br />
De maneira ampla, pesquisas revelam altos índices de violência de to<strong>do</strong>s os gêneros no Brasil, como a <strong>do</strong>méstica, assaltos,<br />
assassinatos, sequestros segui<strong>do</strong>s de morte, violência nas ruas, familiar, etc. E esses índices só vêm aumentan<strong>do</strong> a cada<br />
ano. Com 3% da população mundial, o Brasil concentra 9% <strong>do</strong>s homicídios cometi<strong>do</strong>s no planeta; os homicídios, por sua<br />
vez, cresceram 29% na década passada e entre os jovens esse crescimento foi de 48%.<br />
Diante dessa realidade, qual ou quais atitudes precisam ser tomadas para combater a violência nas cidades brasileiras?<br />
Com a palavra, o G7 (*)...<br />
A questão da violência é de alta complexidade. Apesar disso, o combate<br />
à criminalidade tem si<strong>do</strong> trata<strong>do</strong> pelas autoridades públicas de maneira isolada.<br />
Percebemos que é incipiente o intercâmbio entre a polícia judiciária,<br />
a polícia militar e o judiciário. De outro la<strong>do</strong>, a sociedade civil organizada e instituições não governamentais,<br />
que podem contribuir de maneira eficaz em face da capilaridade junto às comunidades, acabam por não participar<br />
intensamente nas discussões sobre segurança pública. Por fim, a sociedade, comodamente, atribui à<br />
responsabilidade ao poder público, deixan<strong>do</strong> de cumprir com seu papel cidadão. Enquanto toda a sociedade<br />
não compreender que a solução da criminalidade passa pela união e participação eficaz de to<strong>do</strong>s, os índices<br />
continuarão a aumentar. Para muitos, a paz é uma utopia, mas, para a OAB, é uma obsessão.<br />
Sou pessoa de fé e, portanto, creio que podemos conter a escalada da violência<br />
neste país. Mas, para tanto, o Esta<strong>do</strong>, em todas as suas esferas - Executivo, Legislativo<br />
e Judiciário -, tem que atuar de forma mais ética, honesta e responsável no que<br />
se refere aos próprios deveres e obrigações para, assim, fazer o brasileiro acreditar<br />
que a justiça é de fato para to<strong>do</strong>s. Depois, buscar por modelos que funcionem<br />
noutros países, tais como o de Nova York (EUA), onde os índices de criminalidade foram alarmantes, por mais de trinta<br />
anos, deixan<strong>do</strong> a cidade à mercê da violência. Então, nos anos 1990, o competente prefeito Ru<strong>do</strong>lph Giuliani radicalizou<br />
e criou o “Programa de Tolerância Zero”, que impunha policiamento ostensivo nas ruas e bairros, através <strong>do</strong> combate<br />
ao tráfico de drogas e da apreensão de armas de fogo. Diante disso, to<strong>do</strong> e qualquer delito levava à prisão. Essa atitude<br />
abaixou radicalmente os índices de violência de Nova York e hoje serve de modelo a outras cidades <strong>do</strong> mun<strong>do</strong>, como a<br />
cidade <strong>do</strong> México, que a<strong>do</strong>tou medidas parecidas no combate à violência. Vamos agir uni<strong>do</strong>s nesse ideal que conseguiremos<br />
algo de positivo. É preciso que somemos esforços, trabalhan<strong>do</strong> pelo desenvolvimento sustentável.<br />
Falar em solução para acabar com a violência é demagogia, mas<br />
acredito que boas políticas públicas, a participação da sociedade e, em<br />
especial, o esporte podem ajudar. O esporte, além de auxiliar no desenvolvimento<br />
humano, ainda atua nas esferas cognitivas e afetivas, ensina<br />
a disciplina, o respeito ao próximo e a determinação de vencer não só no esporte, mas também na vida.<br />
Nesse senti<strong>do</strong>, os atuais Jogos Pan-Americanos de Guadalajara, no México, cumprem um papel relevante,<br />
porque, além de fomentar o consumo, ainda atraem a atenção de jovens que buscam acompanhar<br />
seus í<strong>do</strong>los e conquistas. Dentre tantas notícias que acompanhamos através da mídia, quero destacar<br />
os exemplos das emissoras que priorizam a divulgação das Olimpíadas e merecem nosso aplauso. Essas<br />
emissoras cumprem o papel cívico para com o cidadão brasileiro. Agora, nossas expectativas estão voltadas<br />
para as posições que destacam nossos jovens preparan<strong>do</strong>-os para as Olimpíadas de 2016.<br />
88 | <strong>Revista</strong> MERCADO | Outubro 2011<br />
Conselho<br />
Veneráveis<br />
<strong>do</strong> Triângulo<br />
É certo que se formos analisar o contexto “Violência”, nos termos em que é<br />
apresenta<strong>do</strong> no preâmbulo <strong>do</strong> tema, estaremos fada<strong>do</strong>s a concluir pelas estatísticas<br />
apresentadas. O Brasil é uma democracia jovem e com uma economia<br />
que somente agora mostra sua pujança e vigor. Somos grandes e vivemos uma<br />
transição em que uma maioria absoluta mal saiu da condição de miserabilidade para uma condição de classe média<br />
emergente. Conflitos sociais são peculiares nessas circunstâncias. Há, também, o desdém daqueles que querem tirar<br />
proveito deste momento. O tráfico de drogas cresce, porque ofertamos “rios de dinheiro” a abastecê-lo. A corrupção<br />
toma conta de nosso dia impunemente. A omissão de to<strong>do</strong>s que deveriam zelar pela moral, pela honra e pela<br />
integridade de nossas instituições, exemplos que deveríamos enaltecer, hoje se veem mancha<strong>do</strong>s em seus próprios<br />
<strong>do</strong>mínios. É chegada a hora não só de agirmos, mas também de reagirmos, antes que seja tarde demais.<br />
(*) a Ong g7 - Grupo <strong>do</strong>s Sete - é formada por grandes instituições sociais ativas na região <strong>do</strong> Triângulo<br />
Mineiro e Alto Paranaíba. São elas: aCiUB - <strong>As</strong>sociação Comercial e Industrial de Uberlândia, CDL - Câmara<br />
de Dirigentes Lojistas de Uberlândia, CVt - Conselho de Veneráveis <strong>do</strong> Triângulo, FieMg Regional Vale <strong>do</strong><br />
Paranaíba/CINTAP - Centro Industrial e Integração de Negócios <strong>do</strong> Triângulo, OaB/Mg 13ª Subseccional<br />
de Uberlândia, SRU - Sindicato Rural de Uberlândia e SMU - Sociedade Médica de Uberlândia.<br />
Empresário Herói 2011<br />
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in foco<br />
CME premia mulheres que fazem história<br />
O Conselho da Mulher Empresária (CME) realizou,<br />
durante a Feniub Logística 2011, a entrega <strong>do</strong> “Prêmio<br />
Mulheres que fazem história”. A premiação tem o<br />
objetivo de homenagear as mulheres que se destacaram<br />
como empreende<strong>do</strong>ras e contribuíram para a valorização<br />
da sociedade e a construção da história de<br />
<strong>As</strong>sociativismo: Alba Pereira Lima<br />
Mulher Uberlândia 2011: Bernadete M. Pinheiro Coury<br />
Designer: Edi Moreira Car<strong>do</strong>so (Luluza)<br />
Meio Ambiente: Juliana Siqueira Guimarães Neto<br />
Uberlândia, cuja trajetória de atos e conquistas foram<br />
relevantes para a comunidade, e que servirão de referência,<br />
incentivo e inspiração para outras mulheres.<br />
A entrega da premiação aconteceu no dia 6 de<br />
outubro, no Castelli Master. Veja em flashes as homenageadas<br />
por categoria.<br />
Serviço Público: Ana Paula Borges Mourão Lima<br />
Esportes: Christa Alice de Souza Coelho (Frida)<br />
Turismo: Françoise Mota<br />
Comércio: Kamila Pra<strong>do</strong><br />
Inovação: Leticia Gomides<br />
Saúde: Maria <strong>do</strong> Carmo Monte<br />
Arte e Cultura: Mônica Debs Diniz<br />
Educação: Normy Barbosa Firmino<br />
Ação Social: Regina Mercadante<br />
Mulher Destaque 2011: Shirlene Soares Campos<br />
Indústria: Maria Ifigênia Nunes<br />
Música: Nininha Rocha<br />
Moda: Patricia Bonaldi<br />
Comunicação: Rosane Lucho<br />
Serviços: Sirlene Nunes<br />
Obs: <strong>As</strong> vence<strong>do</strong>ras nas categorias “Terceiro Setor” e “Tecnologia”, Linda-Mar Peixoto Souza e Evelize Graboski Correia Lima,<br />
respectivamente, não puderam comparecer na noite das homenagens, por isso, suas fotos não estão entre as demais acima. B<br />
90 | <strong>Revista</strong> MERCADO | Outubro 2011 <strong>Revista</strong> MERCADO | Outubro 2011 | 91
merca<strong>do</strong><br />
causos empresariais<br />
Tratamento VIP<br />
(Comunicação Eficaz III)<br />
Por Nege Calil*<br />
Eu a chamava de Margô, uma<br />
forma resumida e carinhosa de tratar<br />
Margareth, a secretária da Diretoria.<br />
Claro que essa intimidade era reservada<br />
a poucos. Afinal, sua fama se<br />
consoli<strong>do</strong>u por suas atitudes arredias.<br />
Não sei se a vida a fez geniosa<br />
ou se seu gênio difícil provocou<br />
tantas idas e vindas na carreira e nos<br />
relacionamentos pessoais. Quan<strong>do</strong><br />
estreitamos o relacionamento,<br />
descobri que se tornara mãe ainda<br />
a<strong>do</strong>lescente, com pouco mais de 15<br />
anos. Expulsa de casa pelo pai, optou<br />
por criar o filho sozinha, segun<strong>do</strong><br />
sua versão. Recebia apoio escondi<strong>do</strong><br />
da mãe e de uma tia e, mesmo<br />
assim, sua empreitada não foi fácil.<br />
92 | <strong>Revista</strong> MERCADO | Outubro 2011<br />
Os que a conheciam de perto, insistiam<br />
que o real motivo da solidão é<br />
que nenhum homem a tolerava por<br />
mais de seis meses. Era bonita; apesar<br />
<strong>do</strong> peso <strong>do</strong>s anos, atraía alguns<br />
olhares masculinos. No entanto,<br />
afugentava a muitos com sua forma<br />
direta de se expressar.<br />
O filho seguiu seu caminho na<br />
retidão, “pulava miudinho”, como se<br />
costuma dizer aqui nas Minas Gerais.<br />
Aos 23 anos formou-se em engenharia<br />
e ela afirmava categoricamente:<br />
“Ai dele se não se efetivar na empresa<br />
após o estágio! Vira picadinho<br />
nas minhas mãos.” Claro que ele se<br />
efetivou! Só aí ela se prontificou a<br />
correr atrás da própria formatura,<br />
concluin<strong>do</strong> o curso de Secretaria<strong>do</strong><br />
após os 40. Nara, sua colega de escola<br />
e de empresa, contava-nos pelos<br />
corre<strong>do</strong>res que Margô discutia feio<br />
com os professores quan<strong>do</strong> não concordava<br />
com algo e que nenhum se<br />
atrevia a sustentar o bate-boca. Para<br />
mim e outros colegas, era uma surpresa<br />
ela permanecer tanto tempo<br />
na organização! Ninguém duvidava<br />
de sua competência e confiança.<br />
Organizada, bilíngue com fluência,<br />
lidava com as contas bancárias pessoais<br />
<strong>do</strong> acionista majoritário e de<br />
seus dependentes, além de guardar<br />
a sete chaves os segre<strong>do</strong>s deste. Todavia,<br />
aquele temperamento de cão<br />
não era fácil de engolir.<br />
Eu era novo na empresa e, naturalmente,<br />
também “cheio de de<strong>do</strong>s”<br />
pra me dirigir a ela. Numa ocasião,<br />
fui à Diretoria a pedi<strong>do</strong> de meu chefe<br />
e pude testemunhar uma cena que<br />
me eluci<strong>do</strong>u qual era a melhor maneira<br />
de tratar a fera.<br />
- Bom dia, Margareth! - comecei.<br />
- Bom dia, garoto! - retrucou. O<br />
que você quer?<br />
- Preciso falar com o Dr. Alessandro<br />
(à época, um <strong>do</strong>s 4 acionistas).<br />
- Senta aí e espera! Ainda não<br />
chegou.<br />
Obedeci. A música que saía de<br />
seu rádio contrastava com a decoração<br />
clássica <strong>do</strong> ambiente. De gosto<br />
duvi<strong>do</strong>so, Margô carregava na<br />
maquiagem vermelha. A cabeleira<br />
grande tornava-a maior <strong>do</strong> que realmente<br />
era. Insistia em mascar um<br />
chiclete que, pelas minhas contas,<br />
estava em sua boca há pelo menos<br />
<strong>do</strong>is meses. Cantarolava a música e<br />
lixava as unhas, lançan<strong>do</strong>-me um<br />
olhar vez ou outra, sem puxar qualquer<br />
assunto. Eis que toca o telefone<br />
e, para não interromper seu trabalho<br />
com as mãos, atendeu com o viva-<br />
-voz liga<strong>do</strong>, permitin<strong>do</strong> que eu escutasse<br />
toda a conversa:<br />
- Alô!<br />
- Quantas vezes terei que dizer<br />
que é pra atender ao telefone dizen<strong>do</strong><br />
o nome da empresa e cumprimentan<strong>do</strong><br />
com um “bom-dia”?<br />
- Pelo identifica<strong>do</strong>r de chamadas,<br />
vi que era seu número.<br />
- E daí? Sou um <strong>do</strong>s <strong>do</strong>nos dessa<br />
espelunca e exijo melhor tratamento.<br />
- Eu não trabalho em nenhuma<br />
espelunca, isso aqui é uma empresa<br />
de respeito e idônea em seus negócios.<br />
Vai dizer o que quer ou vai<br />
continuar a consumir meu tempo<br />
precioso?<br />
- Cadê o Alessandro? Não acho<br />
ele em casa, nem no celular!<br />
- Ainda não chegou!<br />
- <strong>As</strong>sim que ele pisar aí dentro,<br />
fala pra me ligar! Entendeu?<br />
- Claro. Não sou surda.<br />
E desligou o telefone. Com desdém,<br />
ela se dirigiu a mim:<br />
- Ouviu a conversa? Viu como ele<br />
me trata? É o menor <strong>do</strong>s acionistas e<br />
acha que manda. Grosso, mal educa<strong>do</strong>.<br />
Eu sei o que ele quer, os quatro<br />
acionistas vão a uma negociação importante<br />
no Rio de Janeiro depois de<br />
amanhã. Ele tá desespera<strong>do</strong> porque<br />
não conseguiu levantar uns da<strong>do</strong>s<br />
pra essa reunião e tá pedin<strong>do</strong> penico<br />
pro Dr. Alessandro. Ainda bem<br />
que respon<strong>do</strong> ao Dr. Lucas (à época,<br />
o acionista majoritário). Vai esperar,<br />
pra aprender a largar de ser trouxa.<br />
Além de incompetente, é soberbo.<br />
Escutei cala<strong>do</strong>. Eu o conhecia e<br />
sabia que era arrogante, mas não<br />
concordava com a incompetência.<br />
Pelo contrário, não seria sócio se não<br />
reunisse conhecimentos importantes<br />
para o negócio.<br />
O telefone tocou novamente. Era<br />
Dr. Lucas, que foi atendi<strong>do</strong> com um<br />
sonoro nome da empresa e um cordial<br />
bom-dia:<br />
*Nege Calil é consultor e especialista em gestão de pessoas<br />
negecalil@inthegrath.com.br<br />
- Bom-dia, Margô! Passou bem o<br />
final de semana?<br />
- Sim, obrigada!<br />
- Foi aniversário de sua mãe neste<br />
<strong>do</strong>mingo. Diga-lhe que man<strong>do</strong> meus<br />
parabéns, mesmo atrasa<strong>do</strong>. Tentei ligar<br />
ontem, mas estava no sítio e você<br />
sabe que o celular não pega lá.<br />
- O senhor nunca esquece essas<br />
datas. Obrigada!<br />
- Se essas datas são importantes<br />
para meus colabora<strong>do</strong>res, são importantes<br />
pra mim.<br />
Com o tempo, percebi que Dr.<br />
Lucas era verdadeiro nessas intenções.<br />
Importava-se de verdade com<br />
as pouco mais de 300 pessoas registradas<br />
na empresa e obtinha delas<br />
a percepção de que trabalhavam<br />
“com ele” e não “para ele”.<br />
- Liga pra ela hoje, ela vai gostar!<br />
- continuou Margô.<br />
- Farei isso! Margô, preciso falar<br />
urgente com Alessandro. É sobre<br />
nossa reunião no Rio.<br />
- Hoje ele chegará mais tarde,<br />
pois foi ao dentista.<br />
- Humm... Não sei se posso esperar.<br />
Você sabe da importância dessa<br />
reunião pra nós, o que pode fazer<br />
pra ajudar a empresa?<br />
Essa pergunta foi sábia - ele conseguiu<br />
envolvê-la no assunto e fazê-<br />
-la se sentir importante.<br />
- Vou localizá-lo agora no dentista.<br />
Qual o da<strong>do</strong> que o senhor precisa?<br />
- Sabia que podia contar com<br />
você. Anota aí.<br />
Ele passou os da<strong>do</strong>s de que precisava.<br />
A lixa de unha ficou de la<strong>do</strong><br />
e o comportamento de Margô mostrava<br />
comprometimento. A conversa<br />
finalizou:<br />
- Ligo já pra recepcionista <strong>do</strong><br />
dentista e pego essas informações.<br />
Em alguns minutos te retorno.<br />
- Ah, mais uma coisa: parabéns<br />
pelo atendimento ao telefone, exatamente<br />
como ensina<strong>do</strong> no treinamento<br />
da semana passada. Não podia<br />
desligar sem te dar esse feedback.<br />
- Obrigada! Já te ligo de volta.<br />
Dr. Lucas tinha esse cuida<strong>do</strong> de<br />
atentar-se aos detalhes e dar feedbacks<br />
pontuais de reforço positivo.<br />
Acreditava fielmente que o aprendiza<strong>do</strong><br />
é muito mais rápi<strong>do</strong> com esse<br />
tipo de comunicação.<br />
Encerrou o telefonema e, em minutos,<br />
conseguiu o que precisava. Rapidamente<br />
resolveram a pendência.<br />
Atento, percebi rapidamente<br />
que Margô era carente e, para quebrar<br />
sua rebeldia e conquistar sua<br />
parceria, bastava um pouco de bom<br />
trato. Incrível como as palavras adequadas<br />
a cada tipo de pessoa mudam<br />
seus comportamentos. Durante<br />
o tempo em que trabalhei nessa<br />
empresa, aprendi com Dr. Lucas que<br />
sempre precisamos envolver as pessoas,<br />
lançan<strong>do</strong> perguntas que as levam<br />
à reflexão. E que um pouco de<br />
polidez cabe em qualquer situação,<br />
por mais complicada que seja.<br />
A partir daí, tu<strong>do</strong> ficou mais fácil<br />
pra mim:<br />
- Margareth, pelo jeito Dr. Alessandro<br />
vai demorar. Meu assunto<br />
não é urgente como esse que você<br />
acabou de resolver, mas é de igual<br />
importância.<br />
Pode entregar esse relatório a ele<br />
por mim?<br />
- Claro! Deixe aqui sobre a mesa.<br />
- Posso abusar mais um pouco<br />
de você? Preciso de um parecer<br />
dele sobre esse relatório, tão logo<br />
volte <strong>do</strong> Rio. Como pode me ajudar?<br />
(Uma simples pergunta e ela já estava<br />
envolvida).<br />
- Fácil, já vou reservar na agenda<br />
dele pra falar com você. Dr. Alessandro<br />
é gente boa, mas é muito desorganiza<strong>do</strong>.<br />
Ou fico no pé dele, ou ele<br />
se perde to<strong>do</strong>!<br />
- Tô entenden<strong>do</strong> porque você foi<br />
contratada. Você resolve tu<strong>do</strong> “rapidim”.<br />
Bom demais chegar numa<br />
empresa e contar com uma colega<br />
como você.<br />
Ela sorriu, denuncian<strong>do</strong> que estava<br />
conquistada.<br />
- Obriga<strong>do</strong>, Margareth! - finalizei.<br />
Antes que eu saísse da sala, ela selou<br />
nossa parceira que nascia naquele<br />
momento e se mostrara fundamental<br />
para meus trabalhos durante<br />
o tempo em que permaneci com<br />
aquele time. Ainda com um sorriso<br />
estampa<strong>do</strong> no rosto, ela concluiu:<br />
- Garoto!<br />
- Sim? - respondi.<br />
- Pode me chamar de Margô! B<br />
<strong>Revista</strong> MERCADO | Outubro 2011 | 93
merca<strong>do</strong><br />
geral<br />
Oasis of the Seas é eleito o melhor<br />
navio de cruzeiros<br />
O Splen<strong>do</strong>ur of the Seas também foi homenagea<strong>do</strong> com o prêmio Top of Mind. O melhor de tu<strong>do</strong> é que<br />
essas duas pérolas da Royal Caribbean estão ao alcance <strong>do</strong>s brasileiros<br />
Da Redação<br />
Oasis, o melhor de to<strong>do</strong>s<br />
A Royal Caribbean está novamente comemoran<strong>do</strong> e dessa vez em <strong>do</strong>se dupla. Na eleição de 2011 <strong>do</strong>s Melhores<br />
da Viagem e Turismo, o Oasis of the Seas foi eleito pelos leitores da revista como o melhor navio de cruzeiros.<br />
Além da escolha <strong>do</strong> Oasis of the Seas, a companhia também comemora a premiação dada ao Splen<strong>do</strong>ur<br />
of the Seas, o prêmio Top of Mind, que significa um reconhecimento pelo grande número de prêmios recebi<strong>do</strong><br />
pelo navio.<br />
“Estamos muito orgulhosos pelo resulta<strong>do</strong>, pois oferecemos a nossos hóspedes o que há de mais moderno<br />
e inova<strong>do</strong>r em termos de produtos e serviços. O Oasis of the Seas revolucionou a indústria de cruzeiros com suas<br />
atrações, restaurantes e programação que tornam as férias de nossos hóspedes inesquecíveis; e o Splen<strong>do</strong>ur of<br />
the Seas, que já é o queridinho <strong>do</strong> público brasileiro, passará por uma revitalização antes da temporada brasileira,<br />
o que certamente significará ainda mais satisfação entre os hóspedes”, comemora Ricar<strong>do</strong> Amaral, diretor da<br />
Royal Caribbean para Brasil, América Latina e Caribe.<br />
O Oasis of the Seas, inaugura<strong>do</strong> em 2009, considera<strong>do</strong> o maior e mais inova<strong>do</strong>r navio de cruzeiros <strong>do</strong> mun<strong>do</strong>,<br />
foi eleito pelos leitores que viajaram durante este ano e puderam conferir a incrível estrutura oferecida pelo<br />
navio, assim como diferenciais exclusivos e inéditos na indústria.<br />
O Splen<strong>do</strong>ur of the Seas, um clássico nesta premiação há alguns anos, recebeu a menção honrosa Top of<br />
Mind após ter si<strong>do</strong> eleito o melhor navio de cruzeiros por seis vezes.<br />
94 | <strong>Revista</strong> MERCADO | Outubro 2011<br />
Candidatos de Uberlândia se<br />
dão bem no exame da OAB<br />
Alunos de Direito de Faculdades da cidade ocupam o primeiro lugar no Triângulo Mineiro<br />
no exame da Ordem <strong>do</strong>s Advoga<strong>do</strong>s <strong>do</strong> Brasil<br />
Da Redação<br />
A Ordem <strong>do</strong>s Advoga<strong>do</strong>s <strong>do</strong> Brasil (OAB) divulgou, no início deste mês, a lista final de aprova<strong>do</strong>s no 1º Exame<br />
da Ordem de 2011 (4º Unifica<strong>do</strong>). Segun<strong>do</strong> a relação divulgada, foram aprova<strong>do</strong>s 18.002 candidatos, o que<br />
representa 14,83% <strong>do</strong> total de inscritos, registran<strong>do</strong> um aumento em relação ao último exame, que foi de 9,74%,<br />
o pior índice da história. Para Ophir Cavalcante (Presidente Nacional da OAB), o resulta<strong>do</strong> tem duas causas: a<br />
melhora no ensino de Direito no país e o maior empenho <strong>do</strong>s alunos.<br />
No contexto <strong>do</strong>s aprova<strong>do</strong>s, a Faculdade Esamc, de Uberlândia, ficou em primeiro lugar na Região <strong>do</strong> Triângulo<br />
Mineiro, com 50% de aprovação, consideran<strong>do</strong> ainda que os alunos da instituição ainda estão cursan<strong>do</strong> o<br />
9º perío<strong>do</strong> <strong>do</strong> curso, o que aumenta o mérito da conquista. Esse resulta<strong>do</strong> posiciona a ESAMC em 5º lugar entre<br />
as faculdades listadas em Minas Gerais, seguida pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU), com 48,93% de<br />
aprovação, com alunos já forma<strong>do</strong>s e/ou no último perío<strong>do</strong> <strong>do</strong> curso.<br />
Contu<strong>do</strong>, a obrigatoriedade <strong>do</strong> exame divide opiniões e o formato da prova gera discussões entre os profissionais<br />
<strong>do</strong> meio jurídico. Em recente entrevista, o desembarga<strong>do</strong>r Sylvio Capanema, ex-vice-presidente <strong>do</strong> Tribunal<br />
de Justiça <strong>do</strong> Rio de Janeiro, revelou que as provas da OAB estão num nível de dificuldade absolutamente<br />
igual às da defensoria <strong>do</strong> Ministério Público e, talvez, da magistratura. “Posso dizer com absoluta sinceridade<br />
que eu, hoje, não passaria no exame de Ordem”, declarou.<br />
O melhor desempenho nacional foi <strong>do</strong>s bacharéis forma<strong>do</strong>s pela Universidade de São Paulo (71,05%), segui<strong>do</strong><br />
pela Universidade Federal <strong>do</strong> Sergipe (69,44%) e a Universidade Federal de Minas Gerais (64,71%). Entre os<br />
piores desempenhos, aparecem 30 instituições que não tiveram nenhum candidato aprova<strong>do</strong>. A<br />
Foto: Divulgação<br />
<strong>Revista</strong> MERCADO | Outubro 2011 | 95
merca<strong>do</strong><br />
geral<br />
Foto: Divulgação<br />
Rolls-Royce anuncia chegada à<br />
América <strong>do</strong> Sul<br />
Da Redação<br />
A Rolls-Royce Motor Cars anunciou neste mês que entrará no<br />
merca<strong>do</strong> sul-americano pela primeira vez na história da empresa.<br />
A Rolls-Royce está trabalhan<strong>do</strong> com futuras concessionárias<br />
no Brasil e no Chile e o CEO da empresa, Torsten Müller-Ötvös,<br />
está visitan<strong>do</strong> atualmente a região para se encontrar com estes<br />
futuros concessionários, assim como com potenciais clientes e<br />
membros da mídia.<br />
Em São Paulo, Torsten Müller-Ötvös disse estar muito feliz<br />
em anunciar os planos da empresa para entrar no merca<strong>do</strong> sul-<br />
-americano. Segun<strong>do</strong> ele, o Brasil e o Chile têm apresenta<strong>do</strong> um<br />
Sonho em breve ao alcance <strong>do</strong>s brasileiros. Rolls-Royce Ghost, o mais em impressionante crescimento econômico, com uma demanda<br />
conta da marca, a partir de R$ 2 milhões<br />
cada vez maior por parte de clientes perspicazes interessa<strong>do</strong>s em<br />
produtos de alto luxo. “A Rolls-Royce Motor Cars vem crescen<strong>do</strong><br />
com muito sucesso em vários merca<strong>do</strong>s emergentes e, portanto, é adequa<strong>do</strong> estabelecermos uma forte presença no<br />
Brasil e no Chile”, afirmou.<br />
O Grupo Via Italia, comanda<strong>do</strong> por Francisco Longo, é o futuro concessionário da Rolls-Royce Motor Cars no Brasil,<br />
enquanto no Chile é a Williamson Balfour Motors, um membro <strong>do</strong> Grupo Inchcape comanda<strong>do</strong> por Peter Aberle. Ambos<br />
estão trabalhan<strong>do</strong> com a data de março de 2012 para a abertura de suas concessionárias.<br />
Boa hora - A notícia chega em um momento empolgante para a Rolls-Royce, já que as vendas vêm manten<strong>do</strong> um<br />
ritmo acelera<strong>do</strong> em to<strong>do</strong> o mun<strong>do</strong>. Entre janeiro e setembro, as vendas cresceram 41% em relação ao mesmo perío<strong>do</strong><br />
<strong>do</strong> ano passa<strong>do</strong>. Tem havi<strong>do</strong> uma forte demanda, tanto por modelos Phantom quanto Ghost, com crescimento de <strong>do</strong>is<br />
dígitos em todas as regiões nos primeiros nove meses <strong>do</strong> ano. O Ghost continua a ampliar o segmento e é líder de merca<strong>do</strong>,<br />
com cerca de 80 por cento <strong>do</strong>s clientes ten<strong>do</strong> adquiri<strong>do</strong> um Rolls-Royce pela primeira vez. A empresa possui uma<br />
forte carteira de pedi<strong>do</strong>s que se estende 2012 adentro e os níveis de conteú<strong>do</strong> personaliza<strong>do</strong> atingiram valores recordes.<br />
A Rolls-Royce também anunciou recentemente que a fábrica e a matriz em Goodwood, West Sussex, devem ser ampliadas<br />
significativamente nos próximos meses para atender à crescente demanda global e ao maior interesse <strong>do</strong>s clientes<br />
por modelos Ghost e Phantom personaliza<strong>do</strong>s. O total de investimentos no projeto será de aproximadamente £10 milhões.<br />
Feniub 2011 fecha com sal<strong>do</strong> positivo<br />
Avaliação é <strong>do</strong> empresário Rogério Nery, presidente da Aciub,<br />
instituição organiza<strong>do</strong>ra <strong>do</strong> evento<br />
Da Redação<br />
A Feniub 2011 foi encerrada com um sentimento de dever cumpri<strong>do</strong>.<br />
Centenas de negócios foram concretiza<strong>do</strong>s durante os quatro dias de feira e<br />
vários outros foram prospecta<strong>do</strong>s pelos 76 expositores presentes no evento. “A Feniub Logística 2011 foi realmente<br />
um sucesso. Atingimos nosso objetivo principal, que era justamente fomentar negócios em um <strong>do</strong>s setores que<br />
movimentam a economia de Uberlândia, a logística”, disse o presidente da <strong>As</strong>sociação Comercial e Industrial de<br />
Uberlândia (Aciub), Rogério Nery.<br />
Em 2011, a Feniub trouxe muitas novidades, a começar pelo lançamento da Movimenta - Feira Internacional<br />
de Logística, prevista para acontecer bienalmente a partir <strong>do</strong> próximo ano. Isso sem falar das palestras e rodadas<br />
de negócios, que neste ano contou com a presença de empresas de diversas áreas ligadas ao setor logístico.<br />
Durante os quatro dias de evento, os visitantes puderam conhecer as últimas novidades em softwares, soluções<br />
em tecnologia, implementos, carrocerias, rastrea<strong>do</strong>res, peças para caminhões, soluções financeiras, entre<br />
outros produtos e serviços expostos na Feniub Logística 2011. Além disso, o conhecimento se fez presente através<br />
<strong>do</strong> seminário Desenvolven<strong>do</strong> Competências na Logística, que ofereceu ao público palestras gratuitas com grandes<br />
nomes <strong>do</strong> segmento logístico e especialistas em softwares e gestão de pessoas: Luis Arthur Bogiano (Totvs), Altamiro<br />
Carlos Borges (ABGroup e <strong>As</strong>log) e Cícero Domingos Penha (Algar). “Reunir aqui em Uberlândia, na Feniub, as<br />
melhores empresas e profissionais que fazem a logística no dia a dia é muito importante para to<strong>do</strong>s nós, porque<br />
começa a se criar um cluster, uma ideia de discussão <strong>do</strong> assunto fora das bases de São Paulo e Rio de Janeiro”, disse<br />
o empresário Altamiro Carlos Borges.<br />
Os números, em valores, de negócios gera<strong>do</strong>s na Feniub 2011 não foram divulga<strong>do</strong>s pela organização <strong>do</strong> evento. A<br />
96 | <strong>Revista</strong> MERCADO | Outubro 2011<br />
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merca<strong>do</strong><br />
geral<br />
O subcontrola<strong>do</strong>r da CGE, Róbson Lucas da Silva, diz que a Controla<strong>do</strong>ria-Geral <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> empresta to<strong>do</strong> o apoio de ordem técnica para que os auditores<br />
possam exercer as suas funções<br />
Controla<strong>do</strong>ria quer aprimorar a gestão pública<br />
Da Agência Minas<br />
Com ênfase na constante busca pelo aprimoramento <strong>do</strong>s mecanismos de transparência da gestão pública e, ainda,<br />
na integração entre os sistemas de controle interno e externo da administração estadual, a Controla<strong>do</strong>ria-Geral <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong><br />
(CGE) realizou o 2º Encontro <strong>do</strong>s Auditores Setoriais e Seccionais Integrantes e Vincula<strong>do</strong>s ao Sistema de Controle<br />
Interno <strong>do</strong> órgão.<br />
O Controla<strong>do</strong>r-Geral <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong>, Moacyr Lobato Campos Filho, destacou, em suas palavras aos auditores <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong>,<br />
a importância <strong>do</strong> encontro. “É essencial que se dê continuidade ao trabalho inicia<strong>do</strong> no início <strong>do</strong> ano, que representa<br />
o fortalecimento e a integração <strong>do</strong> sistema de controle”, destacou. “O primeiro encontro, realiza<strong>do</strong> em junho, foi um<br />
passo decisivo para a incorporação <strong>do</strong>s princípios de integração entre os sistemas de controle interno e externo da<br />
Controla<strong>do</strong>ria. Isso reforça o papel da CGE, que não é só de avaliar, mas, sobretu<strong>do</strong>, o de apoiar os auditores <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong>”,<br />
completou Moacyr Lobato.<br />
“A CGE estará sempre aberta ao diálogo com a sociedade como um to<strong>do</strong>”<br />
Para o Controla<strong>do</strong>r-Geral Adjunto, Juliano Fisicaro Borges, “a CGE estará sempre aberta ao diálogo com a sociedade<br />
como um to<strong>do</strong>, para que os auditores e os correge<strong>do</strong>res possam receber to<strong>do</strong> o suporte técnico para resguardar<br />
os princípios de auditores em ocasiões que possam acontecer”. “Este trabalho é de extrema importância para que<br />
possamos avançar nos processos da controla<strong>do</strong>ria, da correição e da auditoria, sob a ótica da transparência”, ressaltou.<br />
Já o Subcontrola<strong>do</strong>r da CGE, Róbson Lucas da Silva, afirma que, “por se tratar de um órgão central, a CGE empresta<br />
to<strong>do</strong> o apoio de ordem técnica para que os auditores possam exercer as suas funções”. “Constantemente, mantemos<br />
encontros para que to<strong>do</strong> o trabalho realiza<strong>do</strong> pelos auditores setoriais e seccionais esteja sintoniza<strong>do</strong> com as orientações<br />
e diretrizes da CGE”, explicou.<br />
Em sua apresentação no evento, o Subcontrola<strong>do</strong>r de Auditoria e Controle da Gestão, Eduar<strong>do</strong> Fernandino, abor<strong>do</strong>u<br />
a meto<strong>do</strong>logia de avaliação <strong>do</strong> complexo operacional da CGE e o cronograma para elaboração <strong>do</strong> Plano Anual<br />
de Auditoria 2012. O encontro foi realiza<strong>do</strong> no auditório <strong>do</strong> BDMG, em Belo Horizonte. O terceiro encontro para 2011<br />
deverá ser realiza<strong>do</strong> em dezembro. B<br />
98 | <strong>Revista</strong> MERCADO | Outubro 2011<br />
Foto: Osval<strong>do</strong> Afonso/Secom MG