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1. Economia, pobreza e tabaco<br />
A. Nível nacional<br />
O Tabaco beneficia <strong>em</strong>presas e não os plantadores de tabaco ou governos<br />
Muitos países perd<strong>em</strong> milhões de dólares anualmente <strong>para</strong> importar tabaco, o<br />
que não é o caso do Brasil, uma vez que somos os maiores exportadores de folha<br />
de tabaco do mundo. No entanto isso representa apenas 2,6% da pauta de<br />
exportações, o que significa que não somos dependentes do tabaco <strong>para</strong> o sucesso<br />
35 36<br />
da economia nacional.<br />
Os governos perd<strong>em</strong> milhões <strong>em</strong> impostos devido ao contrabando que é<br />
parcialmente financiado pela própria indústria do tabaco. 37<br />
A maior parte dos cigarros consumidos é produzida pelas grandes multinacionais,<br />
por esse motivo, os maiores beneficiados do mercado de tabaco não são os<br />
plantadores ou funcionários das fábricas e sim os diretores das <strong>em</strong>presas <strong>em</strong> países<br />
ricos. Até mesmo nos EUA, não são os produtores e sim as <strong>em</strong>presas que ganham<br />
dinheiro. Em 1998 a média anual salarial de um fazendeiro foi de $ 19.597<br />
(considerada muito baixa <strong>em</strong> padrões americanos), enquanto as <strong>em</strong>presas de tabaco<br />
gastaram acima de $ 5.6 bilhões <strong>em</strong> publicidade e promoção <strong>em</strong> 1997, <strong>em</strong>bora<br />
apenas 5% dos consumidores do mundo sejam norte americanos. 38<br />
A maior parte do dinheiro gasto <strong>em</strong> tabaco vai <strong>para</strong> as <strong>em</strong>presas multinacionais,<br />
muitas vezes saindo do país, e não <strong>para</strong> as comunidades e/ou <strong>em</strong>presas locais. Se<br />
o dinheiro gasto <strong>em</strong> tabaco fosse utilizado <strong>em</strong> produtos e serviços locais, como<br />
alimentos, saúde e educação, isso alimentaria a economia <strong>em</strong> outras áreas ,<br />
beneficiaria o b<strong>em</strong> estar da população e criaria novos <strong>em</strong>pregos. O Banco Mundial<br />
d<strong>em</strong>onstrou que controle do tabaco é altamente eficiente <strong>em</strong> termos econômicos, e<br />
especialmente benéfico <strong>para</strong> as nações importadoras de tabaco. 39<br />
As multinacionais do tabaco se aproveitam da necessidade de arrecadação de<br />
impostos <strong>em</strong> países pobres <strong>para</strong> minar esforços na área de controle do tabaco.<br />
Argumentam que os impostos arrecadados com os derivados do tabaco são<br />
essenciais <strong>para</strong> o governo e que controle do tabaco (proibição de promoção, aumento<br />
de impostos, etc.) causariam uma diminuição na receita do governo. Na realidade<br />
as <strong>em</strong>presas prejudicam os governos ao fomentar o contrabando, impedir o aumento<br />
de impostos, e contribuir <strong>para</strong> o desenvolvimento de doenças e morte precoce.<br />
Nesse meio t<strong>em</strong>po as <strong>em</strong>presas de tabaco vão se adaptando aos contextos dos<br />
TT<br />
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ONTROLE ONTROLE ONTROLE ONTROLE DO DO DO DO DO TAB TT<br />
AB AB ABAAAAACO AB CO CO CO CO EEEEE DESENV DD<br />
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