AC091 GRU-YYZ AC700 YYZ-LGA AC771 EWR-YYZ AC090 YYZ ...
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No check-in ou<br />
no portão, o<br />
atendimento<br />
da companhia<br />
foi perfeito.<br />
A neve havia caído na madrugada anterior<br />
no Aeroporto Lester B. Pearson International,<br />
servindo a cidade de Toronto, onde a Air Canada<br />
(AC) tem seu principal hub. Igualmente, na<br />
véspera, havia me apresentado em Guarulhos,<br />
para embarcar no voo <strong>AC091</strong>, operado diariamente<br />
entre os dois aeroportos. Estava ansioso<br />
para conhecer o novo Triplo Sete da maior<br />
empresa aérea canadense, bem como sua nova<br />
classe executiva.<br />
O check-in tinha sido rápido e extremamente<br />
cortês, atendido pela bem treinada e<br />
motivada equipe da empresa em Guarulhos.<br />
Diferente de muitas companhias estrangeiras<br />
que operam no Brasil, a AC tem sua própria<br />
equipe de profissionais, sem terceirizar o pessoal,<br />
o que ajuda a garantir um tratamento de<br />
ótimo padrão. Foi justamente o que aconteceu.<br />
O jovem Thiago Gallo no check-in, Leonardo,<br />
supervisor, e Josana, concierge, não mediram<br />
esforços para tornar a experiência dos passageiros<br />
a mais agradável possível. Realmente,<br />
muito acima da média.<br />
Rumei para a sala VIP Smiles, da VariGol,<br />
que é utilizada pela Air Canada. Confortável,<br />
aguardei a chamada, que se deu às 21h45.<br />
Embarquei e a primeira impressão foi ótima.<br />
Aeronave novinha, matrícula C-FIUL (designação<br />
na frota da companhia ou tail number 734), foi<br />
entregue pelo fabricante em 29 de junho de<br />
2007 e estava imaculada.<br />
Fui recebido na porta por Ray Adams,<br />
service director (comissário-chefe) do voo, que<br />
nos minutos seguintes acompanhou-me em<br />
um rápido passeio pela aeronave, mostrando,<br />
inclusive, as áreas de descanso da tripulação, os<br />
crew rests, cujo acesso normalmente é vetado à<br />
imprensa e ao público. Muito simpático.<br />
O embarque foi concluído de forma rápida<br />
e organizada. E olhe que são 349 assentos no<br />
gigante, sendo 42 na Executive First, ou classe<br />
Super Affaires em francês, que juntamente com<br />
o inglês é língua oficial do país mais setentrional<br />
das Américas. O voo tinha praticamente 100%<br />
de ocupação, com somente dois lugares vagos<br />
na executiva. Dez comissários cuidariam dos<br />
passageiros, sendo que quatro ficariam encarregados<br />
da executiva. Adams prontificou-se a<br />
pendurar meu paletó, bebidas de boas-vindas<br />
foram oferecidas, juntamente com um cardápio.<br />
Uma garrafa de água e o kit de amenidades<br />
já estavam elegantemente colocados em cada<br />
poltrona, esta valendo um capítulo à parte.<br />
A executiva é dividida em duas cabines,<br />
sendo que meu assento, 9D, fica na posterior.<br />
Tirando a primeira fila, que somente possui<br />
assentos nas janelas, são 11 fileiras de quatro<br />
assentos, dispostos em configuração Herringbone<br />
ou espinha de peixe, em um ângulo diagonal<br />
em relação ao eixo longitudinal da aeronave.<br />
Esta configuração permite máximo aproveitamento<br />
do espaço, bem como adicionalmente<br />
propicia muita privacidade, algo raro de se<br />
encontrar em aviões de carreira. Além disso, o<br />
acesso é sempre direto, sem a necessidade de<br />
malabarismos para entrar ou sair das poltronas<br />
distantes dos corredores.<br />
A tela do<br />
excelente<br />
sistema de<br />
entretenimento<br />
agradou.<br />
As poltronasleito<br />
da<br />
Executive First<br />
são um show<br />
à parte.<br />
Seja como for, aprovei. Uma das melhores<br />
poltronas de executiva que experimentei nos<br />
últimos anos.<br />
Comodamente instalado, aguardei nossa<br />
partida, de olho no cumprimento do horário:<br />
minha conexão no dia seguinte, para Nova<br />
York, seria apertada. Finalmente, às 22h37,<br />
sete minutinhos depois do horário previsto, o<br />
enorme 777 foi tratorado para o pátio, sob uma<br />
forte tempestade, que parece ser a norma deste<br />
verão extremamente úmido no sudeste brasileiro.<br />
Taxiamos às 22h45 e, com algum tráfego à<br />
frente, esperamos até decolarmos às 23h57. Os<br />
dois motores GE produziam seu característico<br />
rugido cavo, grave, enchiam a cabine com seu<br />
som poderoso. O gigante levou 47 segundos<br />
para tirar a bequilha do chão (V-R de 168 nós)<br />
e acelerou ainda mais cinco segundos para tirar<br />
as 12 rodas principais do solo. Nossa V-1 foi de<br />
154 nós e a V-2 foi de 173 nós. Suave curva à<br />
direita, em cumprimento à saída por instrumentos<br />
SURF na pista 09L. As luzes dos arrabaldes<br />
de Guarulhos foram rapidamente tragadas pelas<br />
nuvens baixas e pela chuva forte que fez nossa<br />
partida ainda mais memorável.<br />
Este 777-333ER da companhia pode decolar<br />
com até 330 mil quilos. Neste voo, partiu com<br />
309 mil quilos, sendo 90 toneladas de combustível.<br />
O simpático comandante do voo, Al Mostovich,<br />
explicou-me que o 300ER consome em<br />
média 8 toneladas de combustível por hora de<br />
voo de cruzeiro. Nesta etapa, voaríamos a Mach<br />
0,84, mantendo uma TAS – True Air Speed (ou<br />
velocidade da aeronave em relação à massa de<br />
ar, não necessariamente ao solo) de 507 nós.<br />
Logo estabilizamos na proa oeste, descrevendo<br />
um lento arco para tomar o rumo norte,<br />
necessário para vencer os 8.167 quilômetros de<br />
distância até Toronto. Imediatamente coloqueime<br />
a analisar o sistema de entretenimento da<br />
companhia. Um tela de LCD de 14 polegadas<br />
exibia uma vasta variedade de conteúdo, de<br />
rádio digital a várias categorias de filmes. Uma<br />
discoteca com dezenas de CDs gravados também<br />
mostrou-se uma boa pedida. Enfim, um<br />
sistema AVOD, que nada deve aos melhores do<br />
mundo, foi outra excelente descoberta neste<br />
novo padrão de serviços da empresa.<br />
As comissárias, todas muito simpáticas,<br />
vieram trazer um drinque de boas-vindas e<br />
anotar as escolhas de entradas e pratos principais.<br />
Havia duas opções de entradas: carpaccio<br />
de cogumelos ou atum defumado; perna de<br />
cordeiro ao forno com molho de vinho; salmão<br />
com pimenta-do-reino e batatas ou um<br />
mil-folhas de vegetais. De sobremesa, torta de<br />
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Tudo a<br />
bordo<br />
estava<br />
delicioso.<br />
Catering a la<br />
canadense:<br />
sabor e boa<br />
apresentação na<br />
sobremesa e no<br />
prato principal.