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As Festas Juninas A lenda diz que os fogos de ... - nossodeus.com

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<strong>As</strong> <strong>Festas</strong> <strong>Juninas</strong><br />

A <strong>lenda</strong> <strong>diz</strong> <strong>que</strong> <strong>os</strong> fog<strong>os</strong> <strong>de</strong> artifício <strong>que</strong> estouram no dia 24 <strong>de</strong> junho (dia <strong>de</strong> São<br />

João), são para “acordar o santo”. Absurdo, <strong>com</strong>o todas as <strong>lenda</strong>s, mas explica<br />

por<strong>que</strong> São João <strong>de</strong>ve ser acordado: “no seu dia, ele adormeceu para não ver as<br />

fogueiras em sua homenagem. Se as vesse <strong>de</strong>sceria a terra, incapaz <strong>de</strong><br />

resistir à tamanha consi<strong>de</strong>ração da parte d<strong>os</strong> <strong>de</strong>vot<strong>os</strong>”. Existem diversas<br />

tradições e histórias a respeito d<strong>os</strong> “sant<strong>os</strong> junin<strong>os</strong>”, <strong>os</strong> mais cultuad<strong>os</strong> no Brasil em<br />

função do apelo popular <strong>de</strong> suas festas <strong>que</strong>, em algumas regiões, alcançaram âmbito<br />

internacional. <strong>As</strong> crenças são tão arraigadas <strong>que</strong> alguns fabricantes <strong>de</strong> imagens <strong>de</strong><br />

Santo Antônio fazem-nas separadas do menino Jesus para facilitar às moças separál<strong>os</strong>,<br />

prometendo juntá-l<strong>os</strong> só <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> casadas. Lendas à parte, a verda<strong>de</strong> é <strong>que</strong>, na<br />

madrugada do dia 13 <strong>de</strong> junho, muitas simpatias são feitas para amolecer corações<br />

renitentes.<br />

Pedro, o impulsivo apóstolo <strong>que</strong> cortou a orelha do servo do sumo-sacerdote, é<br />

cultuado no dia 29 <strong>de</strong> junho <strong>com</strong>o protetor das viúvas e pescadores. <strong>As</strong> festas<br />

pedrinas restringem-se às fogueiras (em forma triangular), fog<strong>os</strong> <strong>de</strong> artifício e o<br />

tradicional “pau-<strong>de</strong>-sebo”, <strong>que</strong> fazem a alegria d<strong>os</strong> jovens e divertem <strong>os</strong> adult<strong>os</strong>. Um<br />

trecho <strong>de</strong> conhecida oração a São Pedro <strong>diz</strong>: “glori<strong>os</strong>íssimo São Pedro, creio <strong>que</strong><br />

v<strong>os</strong> sois uma importante coluna da Igreja, o pastor universal <strong>de</strong> tod<strong>os</strong> <strong>os</strong><br />

fiéis, o <strong>de</strong>p<strong>os</strong>itário das chaves do céu, o verda<strong>de</strong>iro vigário <strong>de</strong> Jesus Cristo...”<br />

Essas afirmações <strong>de</strong>notam o grau <strong>de</strong> <strong>de</strong>voção d<strong>os</strong> fiéis a esse apóstolo, um d<strong>os</strong> três<br />

nomes mais presentes no ministério <strong>de</strong> Jesus. Sua festa é uma das mais antigas e<br />

importantes do ano litúrgico do catolicismo romano. Segundo registr<strong>os</strong> guardad<strong>os</strong> na<br />

basílica <strong>de</strong> São Pedro, no Vaticano, as festivida<strong>de</strong>s pedrinas foram introduzidas no<br />

sistema cúltico do romanismo antes mesmo do Natal, finais do século terceiro,<br />

quando a solenida<strong>de</strong> principal era observada nas catacumbas <strong>de</strong> Roma, lugar <strong>de</strong><br />

sepultamento d<strong>os</strong> cristã<strong>os</strong> martirizad<strong>os</strong> pela perseguição imperial n<strong>os</strong> primeir<strong>os</strong><br />

sécul<strong>os</strong> do cristianismo.<br />

Origem<br />

O Brasil é uma terra fértil, tanto literalmente <strong>com</strong>o no sentido figurado. Um país<br />

on<strong>de</strong> florescem tradições religi<strong>os</strong>as d<strong>os</strong> quatro cant<strong>os</strong> do mundo e continua recebendo<br />

tant<strong>os</strong> quant<strong>os</strong> <strong>de</strong>sejarem instalar aqui a sua fé. Com as festas juninas não foi<br />

diferente. Vieram da Europa trazidas pel<strong>os</strong> portugueses, <strong>que</strong> cultuavam São João<br />

numa festa chamada “joanina” <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o século quarto. Ao chegar às terras brasileiras<br />

o nome evoluiu para “Junina”, havendo ainda a introdução <strong>de</strong> <strong>com</strong>idas típicas <strong>com</strong>o a<br />

mandioca, milho, leite <strong>de</strong> côco, jenipapo, licores, pé-<strong>de</strong>-mole<strong>que</strong>, pipoca e tantas<br />

outras gul<strong>os</strong>eimas regionais próprias da dieta indígena e d<strong>os</strong> negr<strong>os</strong> escrav<strong>os</strong>. Em<br />

função d<strong>os</strong> c<strong>os</strong>tumes <strong>que</strong> se confundiam <strong>com</strong> as <strong>com</strong>emorações juninas, quadrilha,<br />

boi-bumbá, tambor-<strong>de</strong>-crioula, frevo etc., as festas esten<strong>de</strong>ram-se por todo mês <strong>de</strong><br />

junho, incorporando nesses dias <strong>os</strong> sant<strong>os</strong> mais populares, Antônio e Pedro, além <strong>de</strong><br />

São Francisco <strong>de</strong> Portugal, Santo Onofre, Santa Alice, São Manuel, São Marc<strong>os</strong>, São<br />

Tomás, São Bento e outr<strong>os</strong>, mais <strong>de</strong> cem homenagead<strong>os</strong>.<br />

1


O aspecto caipira das <strong>Festas</strong> <strong>Juninas</strong> é uma exclusivida<strong>de</strong> brasileira, o casamento,<br />

<strong>os</strong> balões, o <strong>que</strong>ntão, as músicas, danças e tant<strong>os</strong> outr<strong>os</strong> atrativ<strong>os</strong> ganharam força<br />

em virtu<strong>de</strong> da índole extrovertida do povo, resultado da acentuada miscigenação <strong>de</strong><br />

raças e ri<strong>que</strong>zas do folclore, vindas <strong>de</strong> civilizações tão antigas <strong>com</strong>o Egito, Suméria,<br />

Pérsia e China, introdutora d<strong>os</strong> fog<strong>os</strong> <strong>de</strong> artifício. A pesar da beleza e do apelo<br />

folclórico <strong>de</strong> seus ingredientes, as <strong>Festas</strong> <strong>Juninas</strong> são <strong>com</strong>emorações religi<strong>os</strong>as<br />

estreitamente ligadas “as festivida<strong>de</strong>s pagãs antigas” e conservam até hoje algumas<br />

<strong>de</strong> suas características, muito distanciadas do genuíno cristianismo bíblico. Há<br />

garantias históricas <strong>de</strong> <strong>que</strong> essas festivida<strong>de</strong>s são conseqüências <strong>de</strong> <strong>com</strong>emorações<br />

idênticas para saudar o “solstício <strong>de</strong> verão” na Europa, Oriente Médio e Norte da<br />

África, observadas também entre <strong>os</strong> pagã<strong>os</strong> celtas, bretões, basc<strong>os</strong>, sar<strong>de</strong>nh<strong>os</strong> e<br />

outr<strong>os</strong>, cujas expressões religi<strong>os</strong>as estavam no uso das cores, nas vestimentas, n<strong>os</strong><br />

altares e nas próprias casas.<br />

Como todo culto religi<strong>os</strong>o do paganismo antigo, <strong>os</strong> antecessores das <strong>Festas</strong><br />

<strong>Juninas</strong> eram também rituais à fertilida<strong>de</strong>, quando se buscavam favoreciment<strong>os</strong> d<strong>os</strong><br />

<strong>de</strong>uses para o crescimento da vegetação, fartura das colheitas e reprodução animal,<br />

ativida<strong>de</strong>s <strong>que</strong> se intensificavam no verão. <strong>As</strong> festas religi<strong>os</strong>as populares introduzidas<br />

pelo catolicismo romano receberam element<strong>os</strong> do paganismo constituindo um ciclo <strong>de</strong><br />

<strong>com</strong>emorações iniciado <strong>com</strong> o nascimento <strong>de</strong> Jesus e encerrado <strong>com</strong> sua paixão e<br />

morte. <strong>As</strong>sim, o Natal, a Páscoa e as homenagens a<strong>os</strong> sant<strong>os</strong> <strong>de</strong> junho fazem parte<br />

do ciclo <strong>de</strong>nominado <strong>Festas</strong> <strong>Juninas</strong>, <strong>que</strong> têm maior expressão n<strong>os</strong> dias 13, 14 e 29<br />

<strong>com</strong> <strong>os</strong> cult<strong>os</strong> a Santo Antônio, São João, São Pedro e São Paulo. Segundo a<br />

Tradição, João (o Batista), nasceu em 24 <strong>de</strong> junho, dia do solstício <strong>de</strong> verão. Um<br />

historiador escreveu o seguinte: “esses rituais, apesar <strong>de</strong> serem consi<strong>de</strong>rad<strong>os</strong><br />

pagã<strong>os</strong>, não po<strong>de</strong>riam ser apagad<strong>os</strong> da memória d<strong>os</strong> pov<strong>os</strong>. Então, a igreja<br />

Católica resolveu adaptá-l<strong>os</strong> às <strong>com</strong>emorações das festas <strong>de</strong> São João,<br />

nascido no dia do solstício” (Revista Santo do Dia, p. 6).<br />

<strong>As</strong> festas d<strong>os</strong> solstíci<strong>os</strong> <strong>de</strong> inverno e verão têm origem no caráter <strong>de</strong> op<strong>os</strong>ição<br />

<strong>de</strong>ssas duas estações. No inverno, a natureza “morria”, <strong>os</strong> dias ficavam cinzent<strong>os</strong> e o<br />

frio encerrava tod<strong>os</strong> no interior <strong>de</strong> suas casas. Os animais hibernavam e as vacas<br />

diminuíam a produção do leite, diminuindo a ativida<strong>de</strong> biológica. Com a chegada da<br />

primavera, via-se o rebroto, era o tempo do plantio, <strong>que</strong> atingia sua exuberância no<br />

verão. Os <strong>de</strong>uses, cultuad<strong>os</strong> em cada uma das estações, também tinham<br />

características próprias <strong>de</strong> seu caráter e personalida<strong>de</strong>, conforme a “cara da estação,<br />

po<strong>de</strong>ndo ser iracund<strong>os</strong>, impulsiv<strong>os</strong>, vingativ<strong>os</strong>, cruéis, imperdoáveis ou mans<strong>os</strong>,<br />

<strong>com</strong>preensiv<strong>os</strong> bond<strong>os</strong><strong>os</strong>, <strong>com</strong>passiv<strong>os</strong>, tolerantes e misericordi<strong>os</strong><strong>os</strong>. Os cult<strong>os</strong> foram<br />

adaptad<strong>os</strong> à personalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> cada santo, conforme as personalida<strong>de</strong>s d<strong>os</strong> <strong>de</strong>uses,<br />

Uns g<strong>os</strong>tam <strong>de</strong> festas mais ruid<strong>os</strong>as, outr<strong>os</strong> <strong>de</strong> uma <strong>de</strong>voção mais contrita e há <strong>os</strong><br />

<strong>que</strong> preferem adoração mais exclusiva, extrema, cheia <strong>de</strong> promessas, sacrifíci<strong>os</strong> e<br />

oferendas. O fiel consegue i<strong>de</strong>ntificar-se e dá preferência a esse ou a<strong>que</strong>le, iniciando<br />

um relacionamento ou “<strong>de</strong>voção”, conforme as profissões d<strong>os</strong> fiéis ou o carisma do<br />

santo.<br />

Além do culto, há nas festas a <strong>que</strong>stão simbológica, também oriunda do<br />

paganismo e presente nas concepções religi<strong>os</strong>as esotéricas e ocultistas, <strong>com</strong><br />

significad<strong>os</strong> místic<strong>os</strong> e origens lendárias, difíceis <strong>de</strong> precisar ao longo da história. A<br />

fogueira é o exemplo mais <strong>com</strong>um do uso da simbologia ocultista nas homenagens<br />

a<strong>os</strong> sant<strong>os</strong> junin<strong>os</strong>. O fogo, presente n<strong>os</strong> rituais religi<strong>os</strong><strong>os</strong> <strong>de</strong>s<strong>de</strong> eras remotas, é<br />

sempre o símbolo da purificação, o elemento consumidor da impieda<strong>de</strong> d<strong>os</strong> homens e<br />

2


epresentação do instrumento perpetuador do juízo. O ato <strong>de</strong> <strong>com</strong>er, beber e dançar<br />

nestas festas, é uma herança d<strong>os</strong> cult<strong>os</strong> pagã<strong>os</strong> às divinda<strong>de</strong>s femininas, <strong>com</strong> vistas à<br />

fertilida<strong>de</strong>; cult<strong>os</strong> sempre impregnad<strong>os</strong> <strong>de</strong> sensualida<strong>de</strong> e luxúria, apropriad<strong>os</strong> a<strong>os</strong><br />

sistemas cúltic<strong>os</strong> das civilizações antigas.<br />

O Que Diz a Bíblia<br />

É incontestável <strong>que</strong> toda a ritualística da Missa, <strong>os</strong> parâmetr<strong>os</strong> sacerdotais, as<br />

festas “cristãs” e as tradições têm origem na religião primitiva da Babilônia cujas<br />

práticas espalharam-se pelo mundo <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a antiguida<strong>de</strong>. A Bíblia é clara quando<br />

proíbe esse amálgama <strong>de</strong> crenças e não contempla quais<strong>que</strong>r chances <strong>de</strong> homens<br />

bons morrerem, tornarem-se sant<strong>os</strong> e interce<strong>de</strong>rem pel<strong>os</strong> viv<strong>os</strong>. Diz a Bíblia:<br />

5 <strong>As</strong>sim <strong>diz</strong> o SENHOR: “Maldito é o homem <strong>que</strong> confia n<strong>os</strong> homens, <strong>que</strong> faz da<br />

humanida<strong>de</strong> mortal a sua força, mas cujo coração se afasta do SENHOR.<br />

Jeremias 17.5<br />

Essa “confiança” <strong>de</strong>p<strong>os</strong>itada em homens caracteriza as religiões criadas (nãocristãs),<br />

antigas e mo<strong>de</strong>rnas, <strong>com</strong>andadas pelo sistema babilônico, <strong>de</strong> <strong>que</strong>m <strong>diz</strong> a<br />

Bíblia:<br />

7 A verda<strong>de</strong> é <strong>que</strong> o mistério da iniqüida<strong>de</strong> já está em ação, restando apenas <strong>que</strong><br />

seja afastado a<strong>que</strong>le <strong>que</strong> agora o <strong>de</strong>tém.<br />

2 Tessanolicenses 2.7<br />

10 Ele fará uso <strong>de</strong> todas as formas <strong>de</strong> engano da injustiça para <strong>os</strong> <strong>que</strong> estão<br />

perecendo, porquanto rejeitaram o amor à verda<strong>de</strong> <strong>que</strong> <strong>os</strong> po<strong>de</strong>ria salvar.<br />

2 Tessanolicenses 2.10<br />

Colocado em movimento por Satanás para confundir e engodar <strong>os</strong> cristã<strong>os</strong> fiéis.<br />

Na sua carta a<strong>os</strong> Roman<strong>os</strong>, Paulo <strong>de</strong>screve o estado religi<strong>os</strong>o do Império por<br />

volta do ano 60, partindo da sua experiência pessoal <strong>com</strong> o paganismo em toda a<br />

Ásia e parte da Europa (ele escreve <strong>de</strong> Corinto), a justificação pela fé. Ele <strong>com</strong>eça<br />

<strong>com</strong> a constatação fundamental <strong>de</strong> <strong>que</strong> tod<strong>os</strong> <strong>os</strong> homens são pecadores e faz uma<br />

<strong>de</strong>scrição d<strong>os</strong> pecad<strong>os</strong> da<strong>que</strong>le povo, sua idolatria e imoralida<strong>de</strong>. Diz ele:<br />

23 e trocaram a glória do Deus imortal por imagens feitas segundo a semelhança do<br />

homem mortal, bem <strong>com</strong>o <strong>de</strong> pássar<strong>os</strong>, quadrúpe<strong>de</strong>s e répteis. 24 Por isso Deus <strong>os</strong><br />

entregou à impureza sexual, segundo <strong>os</strong> <strong>de</strong>sej<strong>os</strong> pecamin<strong>os</strong><strong>os</strong> do seu coração, para a<br />

<strong>de</strong>gradação do seu corpo entre si. 25 Trocaram a verda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Deus pela mentira, e<br />

adoraram e serviram a coisas e seres criad<strong>os</strong>, em lugar do Criador, <strong>que</strong> é bendito<br />

para sempre. Amém.<br />

Roman<strong>os</strong> 1.23-25<br />

O <strong>que</strong> o apóstolo preten<strong>de</strong> <strong>diz</strong>er <strong>com</strong> “trocaram a glória do Deus imortal? Por <strong>que</strong> <strong>diz</strong><br />

“semelhança do homem mortal” ? Está claro <strong>que</strong> Paulo refere-se ao culto a<strong>os</strong> sant<strong>os</strong> e<br />

a reverência <strong>que</strong> <strong>os</strong> cristã<strong>os</strong> roman<strong>os</strong> prestavam às imagens, semelhante à adoração<br />

d<strong>os</strong> pagã<strong>os</strong>, uma vez <strong>que</strong> a carta fora escrita a<strong>os</strong> crentes:<br />

7<br />

A tod<strong>os</strong> <strong>os</strong> <strong>que</strong> em Roma são amad<strong>os</strong> <strong>de</strong> Deus e chamad<strong>os</strong> para serem sant<strong>os</strong>:A<br />

vocês, graça e paz da parte <strong>de</strong> Deus n<strong>os</strong>so Pai e do Senhor Jesus Cristo.<br />

Roman<strong>os</strong> 1.7<br />

3


Chamo a atenção para um fato importante em relação a essa mudança doutrinária<br />

imp<strong>os</strong>ta pelo catolicismo romano e <strong>que</strong> <strong>de</strong>sfigurou a verda<strong>de</strong>ira prática bíblica <strong>com</strong> a<br />

introdução do culto a<strong>os</strong> sant<strong>os</strong>. O fundamento do cristianismo, <strong>que</strong> faz <strong>de</strong>le a<br />

verda<strong>de</strong>ira religião <strong>de</strong> Deus é <strong>que</strong>, no paganismo, há milhares <strong>de</strong> mediadores e no<br />

cristianismo existe apenas um <strong>que</strong> é Cristo, ungido <strong>de</strong> Deus especialmente para isso.<br />

Colocar qual<strong>que</strong>r outro intermediário a <strong>que</strong>m <strong>os</strong> cristã<strong>os</strong> p<strong>os</strong>sam fazer petições e<br />

alcançarem favores espirituais é <strong>de</strong>sfigurar essa verda<strong>de</strong> e banalizar o sacrifício <strong>de</strong><br />

Jesus no Calvário, atribuindo a homens a mesma função <strong>de</strong> Cristo sem <strong>que</strong> eles<br />

tenham pagado o preço do sangue exigido para justificação e o perdão d<strong>os</strong> pecad<strong>os</strong>.<br />

Por isso, a <strong>de</strong>voção a imagens e ídol<strong>os</strong> é proibida pela Bíblia:<br />

4 “Não se voltem para <strong>os</strong> ídol<strong>os</strong>, nem façam para si <strong>de</strong>uses <strong>de</strong> metal. Eu sou o<br />

SENHOR, o Deus <strong>de</strong> vocês.<br />

Levítico 19.4<br />

O apóstolo João, lutando contra a ameaça do gn<strong>os</strong>ticismo <strong>que</strong> rondava <strong>os</strong> cristã<strong>os</strong><br />

<strong>de</strong> uma <strong>com</strong>unida<strong>de</strong> da Ásia Menor re<strong>com</strong>enda, enfaticamente, no último versículo da<br />

sua epístola:<br />

21 Filhinh<strong>os</strong>, guar<strong>de</strong>m-se d<strong>os</strong> ídol<strong>os</strong>.<br />

1 João 5.21<br />

A conversão do pagão era caracterizada pelo abandono da idolatria:<br />

9 pois eles mesm<strong>os</strong> relatam <strong>de</strong> <strong>que</strong> maneira vocês n<strong>os</strong> receberam, e <strong>com</strong>o se<br />

voltaram para Deus, <strong>de</strong>ixando <strong>os</strong> ídol<strong>os</strong> a fim <strong>de</strong> servir ao Deus vivo e<br />

verda<strong>de</strong>iro, 10 e esperar d<strong>os</strong> céus seu Filho, a <strong>que</strong>m ressuscitou d<strong>os</strong> mort<strong>os</strong>: Jesus,<br />

<strong>que</strong> n<strong>os</strong> livra da ira <strong>que</strong> há <strong>de</strong> vir.<br />

1 Tessanolicenses 1.9,10<br />

Continuar na prática da idolatria era uma forma <strong>de</strong> contaminação e o evangelista<br />

Lucas sabia disso. Preocupado, escreveu <strong>os</strong> At<strong>os</strong> d<strong>os</strong> Apóstol<strong>os</strong> re<strong>com</strong>endando a<strong>os</strong><br />

cristã<strong>os</strong> do Império Romano a:<br />

20 Ao contrário, <strong>de</strong>vem<strong>os</strong> escrever a eles, <strong>diz</strong>endo-lhes <strong>que</strong> se abstenham <strong>de</strong> <strong>com</strong>ida<br />

contaminada pel<strong>os</strong> ídol<strong>os</strong>, da imoralida<strong>de</strong> sexual, da carne <strong>de</strong> animais estrangulad<strong>os</strong><br />

e do sangue.<br />

At<strong>os</strong> 15.20<br />

O <strong>que</strong> significa não participar <strong>de</strong> cult<strong>os</strong> estranh<strong>os</strong> e abster-se <strong>de</strong> consumir <strong>com</strong>ida<br />

oferecida a<strong>os</strong> ídol<strong>os</strong>, cuidado especial <strong>que</strong> Paulo também teve em relação a<strong>os</strong><br />

roman<strong>os</strong>:<br />

15 Se o seu irmão se entristece <strong>de</strong>vido ao <strong>que</strong> você <strong>com</strong>e, você já não está agindo por<br />

amor. Por<br />

causa da sua <strong>com</strong>ida, não <strong>de</strong>strua seu irmão, por<br />

<strong>que</strong>m Cristo morreu.<br />

Roman<strong>os</strong> 14.15<br />

4


E a<strong>os</strong> Corínti<strong>os</strong>:<br />

10 Pois, se alguém <strong>que</strong> tem a consciência fraca vir você <strong>que</strong> tem este conhecimento<br />

<strong>com</strong>er num templo <strong>de</strong> ídol<strong>os</strong>, não será induzido a <strong>com</strong>er do <strong>que</strong> foi<br />

sacrificado a ídol<strong>os</strong>?<br />

1 Corínti<strong>os</strong> 8.10<br />

2 Vocês sabem <strong>que</strong>, quando eram pagã<strong>os</strong>, <strong>de</strong> uma forma ou <strong>de</strong> outra eram<br />

fortemente atraíd<strong>os</strong> e levad<strong>os</strong> para <strong>os</strong> ídol<strong>os</strong> mud<strong>os</strong>.<br />

1 Corínti<strong>os</strong> 12.2<br />

Através do testemunho implacável da História, conclui-se duas verda<strong>de</strong>s<br />

incontestáveis:<br />

1- A Missa católica é uma analogia ao culto pagão babilônico, <strong>com</strong> seu rituais,<br />

parament<strong>os</strong>, objet<strong>os</strong> e ladainhas. Po<strong>de</strong>-se <strong>diz</strong>er <strong>que</strong> o catolicismo romano<br />

incorporou em seu culto a ritualística da<strong>que</strong>le povo, criando novas modalida<strong>de</strong>s<br />

<strong>de</strong> adoração ao sabor da cultura religi<strong>os</strong>a vigente entre massas pagãs do vasto<br />

Império Romano.<br />

2- A iniciativa <strong>de</strong> “encampar” o paganismo, dando-lhe feições cristãs, foi uma<br />

forma <strong>de</strong> revitalizar o po<strong>de</strong>rio religi<strong>os</strong>o da cúpula sediada em Roma, unindo a<br />

Igreja e o Estado a qual<strong>que</strong>r preço para aten<strong>de</strong>r <strong>os</strong> interesses <strong>com</strong>uns <strong>que</strong>,<br />

diga-se <strong>de</strong> passagem, não era propriamente o <strong>de</strong> salvar almas conforme<br />

preconiza o evangelho <strong>de</strong> Cristo. <strong>As</strong> festas pagãs serviram muito bem a esse<br />

propósito por ser um apelo ao g<strong>os</strong>to popular, <strong>com</strong> a<strong>de</strong>são certa e garantida,<br />

apesar da Bíblia afirmar <strong>que</strong> a Babilônia era:<br />

38 ... uma terra <strong>de</strong> imagens esculpidas, e eles enlou<strong>que</strong>cem por causa <strong>de</strong> seus ídol<strong>os</strong><br />

horríveis.<br />

Jeremias 50.38<br />

<strong>As</strong>sim, as <strong>Festas</strong> <strong>Juninas</strong> não passam <strong>de</strong> um paralelismo <strong>com</strong> <strong>os</strong> cult<strong>os</strong> pagã<strong>os</strong> a<br />

Júpiter, protetor da cabeça, associado a São João, <strong>que</strong> na visão católica é também<br />

protetor da cabeça; Mercúrio foi associado a Paulo; Pedro foi tão i<strong>de</strong>ntificado <strong>com</strong><br />

Júpiter <strong>que</strong> até hoje, em Roma, uma estátua <strong>de</strong>sse <strong>de</strong>us é adorada <strong>com</strong>o se f<strong>os</strong>se<br />

Pedro. Além disso, ele tem as chaves para abrir as portas do céu, atribuição dada<br />

pel<strong>os</strong> pagã<strong>os</strong> Jano e Cibele. A propósito das chaves, elas são também símbol<strong>os</strong><br />

esotéric<strong>os</strong> <strong>que</strong> abrem as portas do conhecimento e estão presentes no brasão<br />

pontifício junto à insígnia da sua autorida<strong>de</strong> espiritual. O mastro <strong>de</strong> São João está<br />

ligado ao totemismo, prática religi<strong>os</strong>a <strong>que</strong> colocava a figura d<strong>os</strong> <strong>de</strong>uses na ponta <strong>de</strong><br />

altas estacas apontadas para o céu.<br />

Encerram<strong>os</strong> esse estudo <strong>com</strong> uma mensagem a<strong>os</strong> crentes em Cristo Jesus.<br />

Os conhecedores da Palavra <strong>de</strong> Deus <strong>de</strong>vem acautelar-se quanto às “festas<br />

cristãs”. Muit<strong>os</strong> participam <strong>de</strong> <strong>Festas</strong> <strong>Juninas</strong> ou permitem <strong>que</strong> seus filh<strong>os</strong> participem,<br />

um erro doutrinário a ser evitado para não fugir a<strong>os</strong> ensinament<strong>os</strong> da Bíblia. Os<br />

católic<strong>os</strong> roman<strong>os</strong> <strong>de</strong>vem reconhecer <strong>que</strong>, contra fat<strong>os</strong> históric<strong>os</strong> não há argument<strong>os</strong>.<br />

<strong>As</strong> práticas sucedâneas do paganismo não po<strong>de</strong>m se justificadas <strong>com</strong>o tradição, nem<br />

vistas <strong>com</strong>o algo aceitável a<strong>os</strong> olh<strong>os</strong> <strong>de</strong> Deus. Devem<strong>os</strong> ser pru<strong>de</strong>ntes e seletiv<strong>os</strong> em<br />

n<strong>os</strong>sas práticas do dia a dia, pois nem tod<strong>os</strong> <strong>os</strong> <strong>que</strong> <strong>diz</strong>em Senhor! Senhor! Entrarão<br />

no Reino d<strong>os</strong> Céus.<br />

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