Edição nro. 50 - maio 2003 - União Nacional dos Analistas ...
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OPÇÕES OPÇÕES OPÇÕES OPÇÕES OPÇÕES OPÇÕES OPÇÕES OPÇÕES OPÇÕES OPÇÕES OPÇÕES OPÇÕES OPÇÕES OPÇÕES<br />
ÓRGÃO OFICIAL DA UNIÃO NACIONAL DE ANÁLISE TRANSACIONAL - BRASIL Nº <strong>50</strong> MAIO <strong>2003</strong><br />
Rua Cubatão 929-SL 39 CEP 04013-043 V.Mariana - São Paulo/SP Fone/Fax: (11) 5572-6606 - E-mail: unat@unat.org.br SITE: www.unat.org.br<br />
AINDA HÁ VAGAS!<br />
PRÉS-CONGRESSSO<br />
19/06/<strong>2003</strong><br />
CLÍNICA<br />
VANN JOINNES<br />
EDUCACIONAL E<br />
ORGANIZACIONAL<br />
ROSA KRAUSZ<br />
ANOTE!<br />
ASSEMBLÉIA GERAL<br />
DIA 21/06/<strong>2003</strong><br />
PAUTA<br />
9:00h ABERTURA<br />
9:30h ELEIÇÃO PARA:<br />
PRESIDENTE<br />
2004 - 2006<br />
CONSELHO DELIBERATIVO<br />
<strong>2003</strong> - 2005<br />
E<br />
ALTERAÇÃO NOS<br />
ESTATUTOS<br />
20 E 21/06/<strong>2003</strong> XIX CONBRAT<br />
TEMA:<br />
AT<br />
NOVOS TEMPOS,<br />
NOVAS SOLUÇÕES<br />
- O DESAFIO<br />
DA CONVIVÊNCIA<br />
DIVULGANDO A ANÁLISE TRANSACIONAL<br />
<strong>Analistas</strong> transacionais em Salvador<br />
Ana Maria Geiger, Ana Maria Cohen, Lurdes<br />
Zumstein e Cecília Gregorutti no VI Congresso<br />
<strong>Nacional</strong> de Psicologia Escolar e Educacional,<br />
veja mais detalhes na página 3<br />
SEMINÁRIO DE ENDOSSO DE DIDATAS<br />
SED<br />
Miriam Cibreiros da Silva Souza e Rosa Maria Gross,<br />
Vilma Cortez, Maria Regina e Constancia Margarete<br />
no SED - Seminário de En<strong>dos</strong>so de Didatas, página 2<br />
VEJA ENCARTE<br />
NESTA EDIÇÃO COM<br />
TODO O PROGRAMA!<br />
Contemplando nossos leitores,<br />
trazemos opiniões de alguns <strong>dos</strong><br />
congressistas: Rosa Krausz, Kátia de<br />
Abreu, Mônica Levi, Vera Ourique e<br />
Manoel Texeira, página 3.<br />
Você tem talentos? Mostre-os!<br />
Leia lista de procura<strong>dos</strong>, página 2.<br />
Inaugurando a página de “Fórum do<br />
Leitor” temos expressivas jóias de<br />
pensamentos para reflexão, página 6.<br />
Próximos eventos científicos da<br />
UNAT-BRASIL saiba quais são, seus<br />
objetivos e calendário, página 5.<br />
O que você pensa sobre “Desafios de<br />
Convivência”? Escreva para o<br />
“Fórum de Debates” da próxima<br />
edição.<br />
Palestras, cursos, lista de novos<br />
Membros Associa<strong>dos</strong>, na página 6.
OPÇÕES <strong>50</strong> MAIO DE <strong>2003</strong><br />
FALA DA PRESIDENTE<br />
Estamos as vésperas do<br />
XIX CONGRESSO BRASILEIRO DE<br />
ANÁLISE TRANSACIONAL, muito<br />
trabalho tem sido realizado para<br />
proporcionar um evento científico<br />
com grande abrangência e conteúdo.<br />
Temos recebido muita colaboração,<br />
o que demonstra o potencial<br />
participativo e a qualidade de<br />
relacionamento <strong>dos</strong> ANALISTAS<br />
TRANSACIONAIS.<br />
Apesar do grande empenho<br />
realizado na busca de patrocinadores<br />
a UNAT-BRASIL terá que<br />
arcar com todas as despesas do<br />
congresso, uma vez que todas as<br />
respostas foram negativas,<br />
provavelmente devido a situação financeira<br />
do país.<br />
Conseguimos ampliar nossa mala<br />
direta o que tem possibilitado uma<br />
ampla divulgação da Análise<br />
Transacional em todo o Brasil.<br />
Fomos também procura<strong>dos</strong> pela<br />
ITAA, através de contatos via<br />
e-mail, para localizar endereços de<br />
ANALISTAS TRANSACIONAIS brasileiros<br />
e divulgar o novo livro sobre<br />
“ESTADOS DE EGO”, o que indica o<br />
reconhecimento da UNAT-BRASIL<br />
E X P E D I E N T E<br />
DIRETORIA BIÊNIO 2002/2004<br />
Presidente: Maria Regina Ferreira da Silva<br />
presidente@unat.org.br;<br />
Vicepresidente: Márcia Beatriz Bertuól<br />
vicepresidente@unat.org.br<br />
Secretária: Edméia Pontes Balestiero<br />
unat@unat.org.br<br />
Tesoureira: Miriam Rosito Bercht<br />
tesouraria@unat.org.br<br />
Diretora Docência Certificação:<br />
Constancia Margarete A. De Boni<br />
docencia@unat.org.br<br />
Diretora Científica:<br />
Sandra Alvarenga de Brito Mattos<br />
cientifica@unat.org.br<br />
Diretor de Ética: Eduardo Souza Búrigo<br />
etica@unat.org.br<br />
MENSAGEM DA TESOUREIRA!<br />
Coloco-me a disposição para diálogo e<br />
negociação do parcelamento das anuidades<br />
atrasadas, o objetivo é deixá-lo em<br />
dia com as anuidade da UNAT-BRASIL.<br />
Dessa forma você poderá usufruir de<br />
diversos benefícios que to<strong>dos</strong> membros<br />
associa<strong>dos</strong> em dia usufruem:<br />
- receber quatro edições do nosso Jornal;<br />
- receber edição anual da REBAT-<br />
Revista Brasileira de Análise Transacional;<br />
- divulgação no site da UNAT-BRASIL;<br />
- descontos em atividadades promovidas<br />
pela UNAT-BRASIL;<br />
- orientação sobre os procedimentos de<br />
certificação;<br />
- direito a voto e a se candidatar a cargos<br />
na Diretoria, nas Comissões e no<br />
Conselho Deliberativo de acordo com os<br />
ESTATUTOS DA UNIÃO NACIONAL DE ANA-<br />
LISTAS TRANSACIONAIS - BRASIL;<br />
como representante <strong>dos</strong> ANALISTAS<br />
TRANSACIONAIS em nosso país.<br />
Em breve, você estará recebendo<br />
uma pesquisa que terá como objetivo<br />
levantar as necessidades e a opinião<br />
<strong>dos</strong> associa<strong>dos</strong> sobre a UNAT-BRASIL.<br />
O resultado dessa pesquisa será<br />
a base para o planejamento de ações<br />
futuras visando um melhor<br />
atendimento aos associa<strong>dos</strong>.<br />
A Diretoria e o Conselho<br />
Deliberativo estão empenha<strong>dos</strong> em<br />
ampliar a participação ativa <strong>dos</strong><br />
associa<strong>dos</strong> nas atividades da<br />
UNAT-BRASIL.<br />
Sua colaboração é fundamental<br />
nesse processo de empoderamento.<br />
Tome iniciativas, se você tem<br />
idéias, pode colaborar de alguma<br />
maneira, deseja participar de<br />
comissões, organizar jornadas, se<br />
você pode traduzir textos, escrever<br />
artigos, etc. faça contato, as portas<br />
estão abertas.<br />
Um abraço carinhoso,<br />
Maria Regina Ferreira da Silva<br />
Presidente<br />
- os Membros Didatas e Didatas em<br />
Formação, divulgação <strong>dos</strong> Cursos 101 101 101 101 101 e<br />
202, 202 202 202 202 registro de contratos, reuniões de<br />
Didatas e Didatas em Formação.<br />
Pagando a anuidade você contribui para<br />
a promoção e divulgação da ANÁLISE<br />
TRANSACIONAL através da: realização de<br />
eventos científicos, tradução e publicação<br />
de livros e promoção de pesquisas.<br />
A UNAT-BRASIL é uma instituição<br />
sem fins lucrativos, portanto, toda receita<br />
é revertida em benefício <strong>dos</strong> associa<strong>dos</strong>.<br />
Atualize o seu pagamento.<br />
A tesoureira está disponível e aberta<br />
para conversar e esclarecer dúvidas ou<br />
negociar parcelamento do pagamento<br />
de anuidades atrasadas. Contato através<br />
do e-mail: tesouraria@unat.org.br<br />
Um abraço carin hoso,<br />
MIRIAM ROSITO BERCHT<br />
CONSELHEIROS BIÊNIO 2001/<strong>2003</strong><br />
Presidente: Jane M. Pancinha Costa<br />
Maria Regina Ferreira da Silva,Márcia<br />
Beatriz Bertuól, Edméia Pontes Ba<br />
lestiero, Míriam Rosito Bercht, Dina<br />
Lourdes Fernandez Frutuoso, Manoel<br />
de Maria Texeira, Maria das Graças<br />
Aouad Almeida, Rosa Rosemberg<br />
Krausz, Derly Gomes de Oliveira, Vera<br />
Lúcia Ourique, Tânia Elizabeth Caetano<br />
Alves, Cecília Rita Bozzo Gregorutti.<br />
OPÇÕES - ÓRGÃO OFICIAL DA UNAT-BRASIL<br />
REDAÇÃO : AV. NOSSA SENHORA DO SABARÁ 527/22<br />
CEP 04685-001 - SP E-MAIL: JORNAL@UNAT.ORG.BR<br />
CONSELHO EDITORIAL: MÁRCIA BEATRIZ BERTUÓL E SANDRA<br />
ALVARENGA DE BRITO MATTOS - JORNALISTA RESPONSÁVEL: FABIANA<br />
ROSADO CONCEIÇÃO - MTB 031185 - IMPRESSÃO E FOTOLITOS:<br />
HIGRAPHICS - TIRAGEM: 1000 EXEMPLARES<br />
- EDIÇÃO NUMERO <strong>50</strong> - MAIO DE <strong>2003</strong><br />
2<br />
PROCURA-SE PESSOAS QUE:<br />
Gostem de escrever artigos,<br />
Interessadas em fazer pesquisas,<br />
Possam traduzir textos e<br />
Tenham textos traduzi<strong>dos</strong><br />
Contatos com cientifica@unat.org.br<br />
TESOURARIA<br />
VALORES DO ANO DE <strong>2003</strong><br />
TAXAS<br />
ASSOCIAR-SE - R$122,00<br />
REGISTRO DE CONTRATO - R$108,00<br />
TROCA DE ORIENTADOR - R$ 60,00<br />
EXTENSÃO DE CONTRATO - R$ 60,00<br />
PROVA ESCRITA - R$156,00<br />
PROVA ORAL - R$156,00<br />
SED - R$300,00<br />
Em 25 E 26 de Março de <strong>2003</strong>,<br />
realizou-se em São Paulo mais um<br />
Seminário de En<strong>dos</strong>so de Didatas.<br />
A comunidade de <strong>Analistas</strong><br />
Transacionais da UNAT-BRASIL<br />
encontra-se enriquecida com mais dois<br />
en<strong>dos</strong>sos de Membros Certifica<strong>dos</strong> à<br />
categoria de Membro Didata em<br />
Formação.<br />
Miriam Cibreiros da Silva Souza,<br />
de Brasília e Rosa Maria Gross de<br />
Porto Alegre, foram en<strong>dos</strong>sadas pelas<br />
Didatas: Constancia Margarete<br />
Alves De Boni - Diretora de Docência<br />
ANUIDADES<br />
MEMBRO ASSOCIADO - R$122,00<br />
MEMBRO REGULAR - R$128,00<br />
MEMBRO CERTIFICADO - R$156,00<br />
M.DIDATA EM FORMAÇÃO - R$215,00<br />
MEMBRO DIDATA - R$305,00<br />
Seminário de En<strong>dos</strong>so de Didatas - SED<br />
e Certificação da UNAT-BRASIL,<br />
Maria Regina Ferreira da Silva<br />
Presidente da UNAT-BRASIL e<br />
Vilma Novo Mendonça Cortêz.<br />
Parabenizamos as colegas e<br />
desejamos que estas se unam o mais<br />
breve possível ao ról de Membros<br />
Didatas em Formação da UNAT-<br />
BRASIL bem como ao espírito de<br />
pertinência e envolvimento que<br />
norteiam nossa Associação!<br />
Abraço carinhoso,<br />
Diretoria Científica<br />
Sandra Mattos<br />
No XIX Conbrat reservamos espaço para ouvirmos nossos membros, veja a programação e compareça, queremos escutá-lo!
OPÇÕES <strong>50</strong> MAIO DE <strong>2003</strong><br />
DIVULGANDO<br />
ANÁLISE TRANSACIONAL<br />
NO BRASIL<br />
Foi apresentado no I Seminário de<br />
Atualização em Psicologia Hospitalar<br />
e da Saúde, em São Paulo, o trabalho:<br />
“Onipotência ou Impotência da<br />
Familia Diante do Adoecimento e<br />
Redecisões de Cura”, por Mônica Levi.<br />
Foram apresenta<strong>dos</strong> no VI Congresso<br />
<strong>Nacional</strong> de Psicologia Escolar e<br />
Educacional, em Salvador, os<br />
trabalhos: “Estresse - Mães e FIlhos”,<br />
“Análise Transacional e Parâmetros<br />
Curriculares Nacionais - Campo de<br />
trabalho para o Psicólogo Escolar”<br />
e“Comunicação Interpessoal Voltada<br />
ao Educador”, respectivamente por:<br />
Cecília Rita Bozzo Gregorutti, Lourdes<br />
Zumsteim e Ana Maria Geiger com<br />
Ana Maria Cohen.<br />
O Conselho Regional de Psicologia -<br />
6ª Região, deferiu o título de<br />
“Especialista em Psicologia Clínica e<br />
Psicologia Hospitalar” a Mônica Levi,<br />
Membro Didata Clínico da UNAT-<br />
BRASIL.<br />
Maria Regina Ferreira da Silva<br />
compareceu ao II Seminário <strong>Nacional</strong><br />
Sobre Formação em Psicologia -<br />
promovido pela Associação Brasileira<br />
de Ensino de Psicologia - ABEP,<br />
em João Pessoa, representando a<br />
UNAT-BRASIL.<br />
Nas colunas seguintes, trazemos com<br />
exclusividade e por ordem de chegada a<br />
redação, a opinião de alguns de nossos<br />
congressistas sobre: (1) a importância<br />
do XIX CONBRAT para a Análise<br />
Transacional no Brasil; (2) quais as<br />
expectativas de cada um sobre a<br />
realização desse evento e (3) quanto ao<br />
tema do congresso - “AT -<br />
Novos Tempos, Novas Soluções - O<br />
Desafio da convivência”.<br />
Rosa<br />
Krausz<br />
Quanto a importância<br />
do XIX CONBRAT,<br />
ocorrem-me pelo menos<br />
tres pontos:<br />
(a) Demonstra a vitalidade e capacidade<br />
de enfrentar desafios da UNAT-BRASIL<br />
desde o seu inicio em 1986; (b)<br />
Demonstra que a ANÁLISE TRANSACIONAL<br />
no Brasil continua gerando interesse,<br />
pois já contamos com a quarta<br />
geração de ANALISTAS TRANSACIONAIS. As<br />
novas gerações estão, cada vez mais,<br />
assumindo posições de liderança em<br />
nossa associação e contribuindo para a<br />
manutenção de um clima cada vez mais<br />
sólido de companheirismo, solidariedade,<br />
troca e vontade de prosseguir.<br />
Velhos companheiros tambem estão<br />
retornando atraí<strong>dos</strong> por este clima. (c)<br />
Falando com...<br />
Rosa krausz,Kátia Abreu, Mônica Levi,Vera Ourique e Manoel Texeira,<br />
alguns de nossos congressistas<br />
Demonstra que a UNAT-BRASIL tem<br />
acompanhado as transformações que<br />
tem ocorrido com rapidez crescente e<br />
está se propondo a disponibilizar um<br />
fórum para a discussão de um<br />
problema crucial que é a convivência<br />
utilizando como referencial teórico a<br />
Análise Transacional. Creio que Berne<br />
se sentiria feliz e realizado se estivesse<br />
entre nós.<br />
Minhas expectativas são muitas.<br />
A comunidade de analistas<br />
transacionais no Brasil respondeu muito<br />
favoravelmente ao tema e teremos<br />
apresentações, painéis e mesas-redondas<br />
tanto na área educacional quanto<br />
organizacional e<br />
clínica.<br />
Teremos, também, a presença de<br />
nosso convidado, Vann Joines, detentor<br />
do prêmio Eric Berne, que abordará<br />
a questão da convivência em várias<br />
apresentações e no curso pré-congresso.<br />
Será uma oportunidade ímpar de<br />
podermos trocar experiências e<br />
conhecimentos com um profissional que<br />
vive num outro país e compararmos<br />
percepções e abordagens diferentes.<br />
O tema do nosso congresso espelha<br />
um <strong>dos</strong> <strong>maio</strong>res dilemas da humanidade,<br />
isto é, encontrar alternativas construtivas<br />
e gratificantes para convivermos<br />
com a diversidade, administrarmos as<br />
diferenças e cultivarmos a autonomia<br />
de cada um, porém de forma solidária,<br />
cooperativa e afetiva. Creio que a<br />
Análise Transacional tem uma<br />
mensagem muito especial para cada um<br />
de nós neste inicio de século, ou seja, a<br />
importância do respeito por si e pelo<br />
outro. Sem isso não será possível<br />
conviver, nem almejar a autonomia da<br />
qual falava Berne. Obrigada por esta<br />
oportunidade. Abraços.<br />
Kátia<br />
O XIX Conbrat é uma<br />
oportunidade de des-<br />
Abreu pertar o interesse pela<br />
Análise Transacional<br />
naqueles que ainda não a conhecem ou<br />
querem ‘conhece-la mais’. Para os<br />
<strong>Analistas</strong> Transacionais é um momento<br />
de encontro científico e de troca de<br />
informações. O que marca para mim, o<br />
diferencial <strong>dos</strong> congressos de Análise<br />
Transacional em relação aos demais<br />
congressos que tenho participado, é o<br />
clima de amizade, o momento de rever<br />
amigos de todo o Brasil.<br />
Minhas expectativas são: ampliar<br />
meus conhecimentos como Analista<br />
Transacional e ir ao encontro de<br />
pessoas que fazem a diferença como<br />
modelos positivos de conduta pessoal e<br />
profissional, pessoas que me incentivam<br />
a continuar nesta estrada. Sempre me<br />
lembro delas nos meus momentos de<br />
solidão, aqui no interior de São Paulo.<br />
Compreendo este tema como um<br />
convite para reformulações saudáveis<br />
no âmbito da convivência pessoal e<br />
profissional, inclusive entre nós Analis-<br />
3<br />
tas Transacionais. Exercitar a OQUEIDADE<br />
é um desafio da convivência. Um<br />
grande abraço e até breve!<br />
Mônica<br />
Levi<br />
A importância e a<br />
expectativa em relação<br />
ao XIX CONBRAT<br />
estão entrelaçadas.<br />
A importância do<br />
congresso é além de manter viva nossa<br />
associação e divulgar a Análise<br />
Transacional objetivando o seu<br />
crescimento, é a participação e os<br />
trabalhos de conheci<strong>dos</strong> e novos<br />
profissionais, poder informar e poder<br />
aprender, ter a alegria de rever e<br />
compartilhar com antigos amigos e ter<br />
oportunidade de conhecer outros.<br />
O tema do nosso congresso, pode ser<br />
considerado e colocado como uma<br />
excelente meta, não apenas para<br />
Análise Transacional, mas para a vida!<br />
Especificamente em relação à<br />
Análise Transacional, penso que além<br />
de intensificar a teoria e novas<br />
produções científicas é fundamental<br />
incentivar a formação e certificação de<br />
novos membros, não só para que a<br />
nossa associação sobreviva, mas também<br />
porque é uma teoria que merece<br />
ser passada adiante para a sociedade<br />
em gerall.<br />
Como meta para a vida, estar<br />
consciente do que está acontecendo no<br />
AQUI E AGORA, perceber as mudanças que<br />
acontecem no tempo e poder<br />
acompanha-las e se permitir usar a<br />
criatividade para obter novas<br />
soluções e reformular-se é um sinal de<br />
saúde mental e oqueidade. Estes<br />
fatores são fundamentais no desafio da<br />
convivência positiva. Como coloco no<br />
livro “Um Novo Começo”, existem<br />
quatro alternativas de relacionamento:<br />
duas positivas e duas negativas:<br />
conviver bem juntos ou separar-se<br />
bem, e conviver mal juntos ou<br />
separar-se mal.<br />
Todas as alternativas são possíveis e a<br />
escolha é sua. Espero com fervor (sem<br />
manipulação), que você escolha a<br />
primeira. Carinhos.<br />
Vera<br />
O XIX Conbrat<br />
trás a oportunidade<br />
Ourique do encontro entre<br />
os profissionais de<br />
A n á l i s e<br />
Transacional no<br />
Brasil e possibilita a vinda de<br />
analistas do exterior, trazendo suas<br />
experiências e oportunizando troca de<br />
informações.<br />
Ainda, proporciona ampliação do<br />
contato entre os membros de nossa<br />
associação de diversas regiões do país,<br />
reforçando a Análise Transacional no<br />
Brasil, com vistas a sua expansão. Com<br />
Analista Transacional, sua pertinência à Associação é bem vinda! Compartilhe-a no XIX Conbrat!<br />
certeza, novos aportes teóricos sempre<br />
são bem vin<strong>dos</strong>.<br />
Espero que este encontro (sensu latu)<br />
realmente se realize, com as pessoas<br />
ampliando seus contatos, integrando<br />
cada vez mais seus asssocia<strong>dos</strong>,<br />
difundindo a Análise Transacional para<br />
universidades e outras instituições,<br />
ligadas à formação de profissionais,<br />
tanto na área clínica, como nas áreas<br />
educacional e organizacional, já que os<br />
tempos indicam que a grande saída para<br />
a humanidade é, sem dúvida, melhorar<br />
a qualidade das relações humanas.<br />
Quanto ao tema, é o grande desafio<br />
do momento, pois o mundo vive tempos<br />
de guerra, violência urbana e doméstica.<br />
Penso que este tema é instigador. A<br />
convivência é o cotidiano de nossas<br />
vidas e justamente aí surgem<br />
dificuldades, desde o micro, relações<br />
familiares, até o macro, relações entre<br />
países. E até mesmo, a relação com o<br />
nosso Planeta.<br />
Buscar novas soluções é o grande<br />
desafio. Pensar juntos e encontrar<br />
saídas coletivas é um passo importante<br />
para a paz. Minha expectativa é que<br />
se possa reforçar a responsabilidade de<br />
cada um nesta tarefa e que o contato<br />
seja promotor de ações coletivas.<br />
Um grande beijo!<br />
A realização do XIX<br />
Manoel Conbrat é o <strong>maio</strong>r<br />
evento nacional de<br />
Texeira Análise Transacional,<br />
significa quão viva e<br />
atuante está nossa associação e bem<br />
representada está a presidência que<br />
elegemos. O retorno do congresso para<br />
nossa capital após duas décadas, é um<br />
orgulho para os <strong>Analistas</strong> Transacionais<br />
de São Paulo. Parabéns à comissão<br />
organizadora que arregaça as mangas<br />
e faz acontecer!<br />
Minhas expectativas deste Conbrat é<br />
que ele continue representando um<br />
encontro para a integração de<br />
<strong>Analistas</strong> Transacionais de todo o país<br />
e um fórum onde poderemos<br />
apresentar produção científica,<br />
criatividade e novos aportes nas áreas<br />
clínica, educacional e organizacional.<br />
O tema é muito apropriado para<br />
nosso tempo. Com 45 anos de<br />
existência a Análise Transacional mais<br />
autônoma e madura, confronta-se e ao<br />
mesmo se alinha com o mundo pós<br />
moderno que exige mais pressa,<br />
globalização na comunicação e<br />
resulta<strong>dos</strong> objetivos para novas<br />
exigências.<br />
Conviver com as diferenças é sempre<br />
um desafio e nossa sobrevivência<br />
pautará pela flexibilidade ao lado do<br />
compromisso e da ética. Abraço.<br />
Manoel Texeira.
OPÇÕES <strong>50</strong> MAIO DE <strong>2003</strong><br />
O ESTADO DO EGO CRIANÇA NA PERSPECTIVA INTEGRATIVA - (3)<br />
(continuação do número anterior)<br />
TER UM IMPACTO<br />
SOBRE A OUTRA PESSOA<br />
Impacto refere-se a ter uma influência que<br />
afeta o outro de alguma forma desejada.<br />
Atrair a atenção e interesse do outro,<br />
influenciando o que talvez seja de interesse<br />
da outra pessoa, e efetuando uma mudança<br />
de afeto ou comportamento no outro.<br />
Sintonia: o outro permite a si mesmo<br />
ser impactado.<br />
Resposta Empática: responder com<br />
compaixão quando a pessoa está triste,<br />
com afeto de segurança quando ela está<br />
assustada, levando a pessoa a sério<br />
quando está com raiva, ficando empolgado<br />
quando ela está alegre. Solicitar<br />
feedback e mudar se necessário.<br />
A NECESSIDADE<br />
DE TER O OUTRO A INICIAR<br />
Iniciar refere-se ao ímpeto de fazer<br />
contato interpessoal com outra pessoa.<br />
É o estender-se para o outro de alguma<br />
forma que reconheça e valide a<br />
importância que esta pessoa tem no relacionamento.<br />
Sintonia: ter a disponibilidade para<br />
iniciar o contato interpessoal, diferenciando<br />
esta necessidade relacional de<br />
Salvação.<br />
Resposta Empática: iniciar o diálogo, iniciar<br />
o contato, mover-se em direção ao outro.<br />
EXPRESSAR AMOR<br />
É a necessidade de dar amor que se<br />
traduz em expressar gratidão, afeto ou<br />
em fazer algo pela outra pessoa. Quando<br />
a expressão do amor é obstruída, a<br />
expressão do si–mesmo-no-relacionamento<br />
é frustrada.<br />
Sintonia: envolvimento consistente e<br />
confiável.<br />
Resposta Empática: reconhecer,<br />
validar e normalizar as necessidades<br />
relacionais e o afeto envolvido.<br />
O SENSO DE SELF<br />
Uma compreensão clara da formação da<br />
personalidade humana e da sua<br />
psicodinâmica requer um entendimento<br />
do que seja ego ou self, o Eu.<br />
O conceito de self vem sendo trabalhado<br />
pelos teóricos das relações objetais e da<br />
Psicologia do Self. Dentre os autores, Daniel<br />
Stern(1985) é o autor que apresenta os<br />
estágios normais de desenvolvimento do<br />
senso de self. Ele afirma que o senso de<br />
self se desenvolve na matriz do relacionamento,<br />
através das diferentes capacidades<br />
que emergem ao longo da infância.<br />
Os estágios são os seguintes:<br />
0 a 2 meses - Self Emergente<br />
equilibrar padrões fisiológicos (ciclo<br />
dormir-acordar/fome-saciedade).<br />
Processos de discriminação já ocorrem<br />
nos primeiros dias após o nascimento<br />
(diferenciar o cheiro do leite da mãe/som<br />
da voz da mãe e outras vozes<br />
conhecidas). O equilibrar das reações<br />
fisiológicas ocorre no relacionamento.<br />
2 a 7 meses - Self Nuclear<br />
MÁRCIA BEATRIZ BERTUÓL - MEMBRO DIDATA CLÍNICO<br />
os bebês mostram-se mais calmos,<br />
sono estabilizado, cólicas passaram.<br />
Está mais organizado.<br />
Senso de si mesmo que inclui a<br />
experiência de autodirecionamento – “eu<br />
faço meu pé chutar, eu posso fazer isto”.<br />
Senso de autocoesão - “tenho fronteiras,<br />
há uma parte que sou eu e outra que não<br />
sou eu”.<br />
Senso de self de que eu sinto coisas, eu<br />
sinto algo.<br />
Senso de continuidade no tempo -<br />
mesmo que as coisas mudem, algo<br />
permanece no tempo.<br />
8 a 15 meses - Self Intersubjetivo<br />
a criança percebe que tem uma mente e<br />
os outros também têm uma mente.<br />
Senso de partilhar esta<strong>dos</strong> internos. A<br />
criança percebe que tem sua própria<br />
intenção e sua mãe tem intenções<br />
também. As vezes são bem diferentes,<br />
mas podem ser comunicadas. Uma<br />
pequena palavra como “banho” significa<br />
uma série de ações.<br />
Descobre que podem partilhar sentimentos;<br />
a criança cai, olha para a mãe e encontra<br />
uma expressão de dor em seu rosto.<br />
Então, ela descobre que sentimentos podem<br />
ser partilha<strong>dos</strong>. O bebê depende do<br />
afeto compartilhado com a mãe para<br />
orientar-se e decidir sobre sua experiência.<br />
Mãe/pai têm um grande poder de<br />
influenciar seus bebês através do afeto<br />
que partilham. Afeto não compartilhado<br />
ou transformado em outro, deixa o bebê<br />
sem referência para compreender e ter<br />
um senso de self adequado sobre aquela<br />
experiência.<br />
Compartilhar atenção, sentimentos,<br />
motivações, tudo em um nível pré-verbal,<br />
é fundamental para a organização saudável<br />
do self. São respostas sociais que<br />
constroem o senso de pertencimento.<br />
A experiência intersubjetiva compartilhada<br />
também traz o senso de conhecer e ser<br />
conhecido. O compartilhar dessa fase<br />
estimula a motivação para desenvolver a<br />
linguagem – “quero poder partilhar mais e<br />
então quero aprender a falar para poder<br />
comunicar meus esta<strong>dos</strong> internos”.<br />
16 meses a 3 anos - Self Verbal<br />
o eu que conheço através da comunicação<br />
verbal. O desenvolvimento da linguagem<br />
é, de certa forma, uma “faca de dois<br />
gumes”. Ao mesmo tempo em que<br />
aumenta a capacidade de comunicar, traz<br />
a experiência de isolamento, na medida em<br />
que as palavras não conseguem expressar<br />
plenamente a experiência interior. A<br />
linguagem é, simultaneamente, uma forma<br />
de estar mais próximo, uma forma de<br />
experienciar nossa independência e<br />
também uma experiência de isolamento.<br />
3 anos - Self Narrativo<br />
como as crianças constroem uma<br />
narrativa sobre seu próprio self. Como<br />
constroem suas próprias histórias. As<br />
histórias não são contadas de forma<br />
cronológica (“aconteceu isto, e depois<br />
aconteceu isto...”) e sim através de uma<br />
ordenação pelo valor emocional. Sendo<br />
capaz de criar sua própria história, o que a<br />
criança faz é criar significado para sua<br />
própria experiência. Helena Hargaden e<br />
Charlotte Sills (TAJ, Vol 31, 55-69)<br />
fazem uma relação entre os conceitos de<br />
Stern(1985) sobre os estágios do<br />
desenvolvimento do self com a análise<br />
estrutural do estado de ego Criança.<br />
4<br />
As autoras propõem que a C2 é o self<br />
total e que a organização interna do self é<br />
abarcada por C1, A1 e P1. “Nós ligamos<br />
a organização interna do self na C2 com<br />
o conhecimento sobre o self de Stern<br />
(1985). Isto é para sublinhar a natureza<br />
interativa, dinâmica e em permanente<br />
desenvolvimento do mundo relacional<br />
interno como simbolizado por P1, A1 e<br />
C1(P0/C0)”- (p.55/56).<br />
C1 - o Self Nuclear<br />
C1 contém C0 e P0, sendo C0 equivalente<br />
ao self emergente. C0 é experienciado<br />
como esta<strong>dos</strong> afetivos-corporais que<br />
incluem o senso de existência através do<br />
contato com o meio ambiente (mãe) - P0.<br />
A experiência da criança de uma<br />
interação com um outro auto-regulador<br />
torna-se uma parte integral do senso de<br />
um self coeso OK na criança, o qual<br />
existe contido em um tipo de “saco<br />
amniótico” como A0, que está sendo<br />
criado na interação C0/P0<br />
A1 - OSelf Intersubjetivo e Verbal<br />
A1 representa as tentativas da criança<br />
de criar um sentido de self, <strong>dos</strong> outros, e<br />
do mundo, baseado nas experiências de<br />
C1 e nos padrões de relacionamento<br />
subseqüentes. É a base da personalidade<br />
e tem duas faces: A1+ e A1-.<br />
A1+ é o “eu estou ok se eu...” e<br />
consiste das adaptações bem sucedidas<br />
para as mensagens <strong>dos</strong> pais. A1- é a<br />
criança criando um sentido para os<br />
sentimentos que ele teve nos momentos em<br />
que suas necessidades não foram<br />
atendidas. Ele sente-se NÃO-OK e experiencia<br />
injunções negativas. Quando as necessidades<br />
da criança são adequadamente<br />
atendidas e seu senso fundamental de<br />
oqueidade está intacto, estes dois la<strong>dos</strong> vão<br />
sendo integra<strong>dos</strong> e a criança se sente ok<br />
sobre si mesma e suas atividades.<br />
P1 REPRESENTAÇÃO INTERNA<br />
DO OBJETO<br />
P1 inclui P1+ e P1-. Quando a criança<br />
experimentou uma intensa falta de<br />
sintonia do meio ambiente, ela não<br />
consegue criar um sentido para o que<br />
acontece dentro dela. Por exemplo,<br />
quando a criança projeta ansiedade para<br />
fora, ela precisa de alguém no ambiente<br />
que se sintonize com ela e a ajude a<br />
compreender a sua experiência. To<strong>dos</strong><br />
os sentimentos que não são<br />
adequadamente processa<strong>dos</strong>, tornam-se<br />
intoleráveis para a criança e, para lidar<br />
com eles, ela torna-os parte do self mas<br />
separa-se deles (colocando-os dentro do<br />
P1). P1 contém tanto aspectos parentais<br />
introjeta<strong>dos</strong> quanto partes negadas do<br />
self natural. (in “Deconfusion of the child<br />
ego state: a relacional perspective”, TAJ,<br />
VOL. 31, p. 58-59).<br />
OS ESTADOS DO EGO<br />
Na perspectiva integrativa, os conceitos<br />
de Eric Berne sobre o ego, apresenta<strong>dos</strong><br />
no livro “Análise Transacional em<br />
Psicoterapia” são os que permitem uma<br />
compreensão elaborada sobre a<br />
psicodinâmica e nos levam a pensar<br />
estratégias para uma psicoterapia<br />
profunda, que não se ocupa apenas com<br />
as mudanças comportamentais.<br />
Erskine, em seus artigos “Estrutura do<br />
Ego, Função Intrapsíquica e Mecanismos<br />
de Defesa: um comentário sobre os<br />
conceitos teóricos originais de Eric<br />
Berne”(1988) e “Transações e Transferência:<br />
críticas a partir de uma perspectiva<br />
intrapsíquica e integrativa” (1991),<br />
apresenta as idéias de Berne sobre<br />
esta<strong>dos</strong> do ego e as comenta da forma<br />
que resumimos a seguir. Eric Berne (1961)<br />
expandiu o pensamento psicanalítico com<br />
sua elaboração e aplicação do conceito<br />
de Paul Federn (1953) sobre as subdivisões<br />
do ego. A contribuição de Berne à<br />
teoria <strong>dos</strong> esta<strong>dos</strong> de ego possibilitou uma<br />
mudança dramática na prática da<br />
psicoterapia e antedatou por vários anos a<br />
mais recente mudança de modelo<br />
psicanalítico para Psicologia do Self e uma<br />
perspectiva de desenvolvimento que<br />
focaliza fixações infantis pré-edipianas<br />
como a causa de disfunção psicológica.<br />
Berne (1961) descreveu um estado de ego<br />
“fenomenologicamente como um sistema<br />
coerente de sentimentos, relaciona<strong>dos</strong> a um<br />
sujeito específico e, operacionalmente, com<br />
um conjunto de padrões comportamentais<br />
coerentes ou, pragmaticamente, como um<br />
sistema de sentimentos que motiva um<br />
conjunto relacionado de padrões de<br />
comportamento (pg.17)”.<br />
Em todo livro “Análise Transacional em<br />
Psicoterapia” usa uma descrição<br />
coloquial <strong>dos</strong> esta<strong>dos</strong> do ego (Pai,<br />
Adulto e Criança) para se referir às<br />
manifestações fenomenológicas <strong>dos</strong><br />
órgãos psíquicos (exteropsique,<br />
neopsique e arqueopsique) cuja função é<br />
organizar estímulos internos e externos.<br />
Berne (1961) afirmou: “O estado de ego<br />
Adulto é caracterizado por um conjunto<br />
autônomo de sentimentos, atitudes e<br />
padrões de comportamento que são<br />
adapta<strong>dos</strong> à realidade corrente”(p.76).<br />
Nesta descrição, o uso do termo<br />
“autônomo” refere-se ao estado<br />
neopsíquico do funcionamento do ego,<br />
sem controle intrapsiquico por um ego<br />
introjetado ou arcaico. É quando, no<br />
estado de ego Adulto, uma pessoa está<br />
em contato total com o que está<br />
ocorrendo tanto dentro quanto fora do<br />
seu organismo, de modo apropriado para<br />
aquela idade de desenvolvimento. Este<br />
estado de ego Adulto consiste em idade<br />
atual relacionada a comportamento<br />
motor, desenvolvimento emocional,<br />
cognitivo e moral; a habilidade de ser<br />
criativo e a capacidade para um<br />
entrosamento associativo completo em<br />
relacionamentos significativos.<br />
O estado neopsíquico do ego foi<br />
contrastado por Berne com um estado<br />
de ego arcaico, que consiste de fixações<br />
em estágios de desenvolvimento anteriores.<br />
Nas palavras de Berne (1961): “O estado<br />
de ego Criança é um conjunto de<br />
sentimentos, atitudes e padrões de<br />
comportamento, que são relíquias da<br />
própria infância do indivíduo” (p.77). Este<br />
estado de ego Criança percebe o mundo<br />
externo e necessidades e sensações internas<br />
como a pessoa percebia em um<br />
estágio anterior de desenvolvimento.<br />
A Criança, ou esta<strong>dos</strong> arcaicos do<br />
ego, são a personalidade total de uma<br />
pessoa como ela era em uma época de<br />
desenvolvimento anterior.<br />
(continua no próximo número).<br />
Analista Transacional exercite seu Adulto, escreva e envie para a REBAT, para o OPÇÕES ou para nossa página de artigos no nosso site
OPÇÕES <strong>50</strong> MAIO DE <strong>2003</strong><br />
DIAGNÓSTICO INTUITIVO POR IMAGENS PRIMAIS E DE EGO AUTO GERADAS<br />
O interesse por esse trabalho começou<br />
na prática clínica quando com<br />
alguns pacientes emiti um diagnóstico<br />
intuitivo através de imagens de ego<br />
primais e em outros casos detectando<br />
ego auto-gerado.<br />
Definição - Intuição é um conhecimento<br />
baseado na experiência e adquirido por<br />
contato sensorial, sem poder explicar.<br />
Uso positivo = diagnóstico<br />
Uso negativo = jogos, etc.<br />
Histórico - Em 1945, Berne foi<br />
psiquiatra do exército e examinava<br />
os solda<strong>dos</strong> em noventa segun<strong>dos</strong>,<br />
colocando duas questões:<br />
(1) Você é nervoso?<br />
(2) Já foi a um psiquiatra?<br />
Pelas respostas dividiu em três<br />
grupos: normais, ansiosos e neuróticos.<br />
Além disso, como brincadeira,<br />
adivinhava a ocupação deles: fazendeiros<br />
(olha para a janela) ou mecânicos<br />
(olhar curioso) e também impressão da<br />
voz e músculos faciais chegando a um<br />
acerto de 74%.<br />
Questiona o que é isso? = intuição.<br />
Os solda<strong>dos</strong> estavam na mesma<br />
situação (na guerra e seminus) - isso<br />
não foi julgado, mas a sua atitude<br />
perante a situação. A partir disto,<br />
surgiram os artigos sobre intuição<br />
e depois o livro. Outros autores<br />
descreveram a intuição desde<br />
Aristóteles a Jung e a parapsicologia.<br />
Berne faz uma bela analogia da<br />
posição do terapeuta e de um pediatra:<br />
vem à consulta a mãe e a criança,<br />
e não se pode mandar a mãe ou<br />
a criança sair da sala.<br />
O terapeuta deve falar com a mãe<br />
(adulto) sem assustar a criança, e falar<br />
com a criança, (sabendo que tipo de<br />
criança), sem indignar a mãe.<br />
Em “Intuição e esta<strong>dos</strong> de ego”,<br />
Berne coloca que as pessoas fazem<br />
julgamentos sobre assuntos cotidianos,<br />
através de processos que não conseguem<br />
explicar.<br />
Na clínica, julgamentos podem ser<br />
feitos por meio de:<br />
(1) lógica de percepção verbalizada,<br />
ativamente dirigida: por exemplo,<br />
o diagnóstico de uma esquizofrenia. Este<br />
é um processo consciente.<br />
(2) Existe outro método de julgamento<br />
preconsciente, às vezes, baseado em<br />
conhecimento prévio e em impressões<br />
sensoriais. Este julgamento é chamado<br />
de intuição: saber algo sem saber<br />
Mônica Levi - Membro Didata Clínico<br />
O uso de processos intuitivos do terapeuta para compreensão <strong>dos</strong> pacientes, e suas funções no diagnóstico preciso do estado de ego CRIANÇA<br />
como sabe. É uma observação independente,<br />
sem interferência da moral (PAI)<br />
ou da lógica(ADULTO).<br />
(3) Quando o julgamento é inconsciente<br />
entra na categoria de premonições.<br />
A compreensão intuitiva <strong>dos</strong> pacientes<br />
é fenomenológicamente manifesta<br />
por dois tipos de imagens: imagens<br />
primais e imagens de ego.<br />
IMAGENS PRIMAIS - É a imagem de uma<br />
relação objetal infantil. Se referem a<br />
formas e zonas de luta <strong>dos</strong> INSTINTOS,<br />
ligada a órgãos sexuais. Além de<br />
visuais podem ser auditivas e<br />
JULGAMENTO PRIMAL é a compreensão da<br />
relação da imagem, que não é<br />
consciente, e afeta o comportamento<br />
e os sentimentos quanto à realidade.<br />
Quando as intuições são percebidas<br />
são derivativas <strong>dos</strong> julgamentos primais,<br />
por exemplo: uma paciente que tinha<br />
queixa do seu relacionamento com<br />
os homens. Quando criança “brincava”<br />
no colo do pai, depois viu um<br />
exibicionista, que lhe pareceu ridículo<br />
ao exibir um pênis flácido. A sua<br />
imagem primal era o pênis. O julgamento<br />
primal era: homens com qualidade<br />
flácida, <strong>dos</strong> quais ela zombava, e<br />
homens viris, a quem ela atormentava.<br />
Os julgamentos primais podem surgir<br />
nos relacionamentos. No indivíduo<br />
normal, a catexia é fraca, e a imagem<br />
ativada é mantida sob controle. No<br />
neurótico, as imagens ativadas produzem<br />
grande ansiedade. No esquizofrênico<br />
a catexia é muito forte, podendo levar<br />
à alucinação.<br />
Imagens de Ego - (baseada na Teoria<br />
de Federn), se referem a fixações no<br />
Estado de Ego Arcaico do paciente<br />
detectado pela criança do observador.<br />
A Imagem de Ego vem através de<br />
relatos de primeira ou segunda mão de<br />
uma lembrança reprimida, por exemplo,<br />
relato de segunda mão: “minha mãe me<br />
contou que sentia nojo quando eu<br />
molhava a fralda e meu tio me<br />
segurava com acalanto”.<br />
Imagem de Ego: Uma criança com<br />
a fralda pingando, encolhendo-se<br />
diante do nojo da mãe e procurando<br />
por um tio que a segurasse e a<br />
aceitasse nesse estado.<br />
Estas intuições não se discutem<br />
com o paciente, mas formam um guia<br />
útil, em to<strong>dos</strong> os estágios da terapia pois<br />
representam, aspectos da criança regressiva<br />
e da reação do terapeuta a isso.<br />
O terapeuta com essas informações<br />
5<br />
pode se questionar: “o que eu diria a<br />
uma criança de três anos que se comportasse<br />
como essa paciente?”<br />
No exemplo da fralda molhada, o<br />
terapeuta tinha que ser esse tio,<br />
aí a paciente confiaria e falaria <strong>dos</strong> seus<br />
segre<strong>dos</strong>. Essa é uma técnica de repetição<br />
de uma boa experiência infantil.<br />
A Imagem de Ego não se consegue<br />
detectar em alguns pacientes (surge com<br />
mais facilidade em psicoses latentes).<br />
Quando a Imagem de Ego não<br />
aparece pode se usar modelo de Ego<br />
(enfoque de Kahn) que é descritivo<br />
ou “SÍMBOLO DO EGO” (teoria Silberer)<br />
que relata como o paciente se sente.<br />
Exemplos da<strong>dos</strong> no livro Análise<br />
Transacional em Psicoterapia:<br />
IMAGEM DE EGO: O terapeuta vê<br />
detectada pela sua criança a imagem<br />
de um menino urinando na cama.<br />
SÍMBOLO DE EGO: ele parece um cachorrinho,<br />
surpreendido sujando o tapete.<br />
MODELO DE EGO, descritivo do<br />
observador Adulto, ele é um jovem<br />
tenso, motivado pela culpa.<br />
EGO IMAGENS AUTO-GERADAS<br />
Segundo Erskine, quando Berne<br />
descreveu os Esta<strong>dos</strong> de Ego, colocou<br />
que PAI e CRIANÇA são fixações de<br />
reações e experiências infantis ou<br />
internalizações.<br />
A Psicoterapia Integrativa posiciona<br />
outro processo que Esta<strong>dos</strong> de Ego<br />
fixa<strong>dos</strong> podem ser adquiri<strong>dos</strong>.<br />
A fixação pode aparecer em estágio<br />
posterior da vida, semelhante a um<br />
estado introjetado de ego Pai, mas sua<br />
origem está nos fantasmas de uma<br />
Criança pequena.<br />
Com o processo de crescimento<br />
normal na primeira infância, as<br />
crianças podem criar um imago, uma<br />
figura de fantasia, para providenciar<br />
controles, estrutura, nutrição ou qualquer<br />
coisa que essa criança experenciou como<br />
falta ou inadequação.<br />
Algumas crianças criam criaturas<br />
assustadoras que as ameaçam com<br />
duros castigos, ao menor deslize.<br />
Investindo nessa fantasia parental, com<br />
to<strong>dos</strong> esses aspectos negativos,<br />
permite preservar Papai e Mamãe<br />
verdadeiros como amorosos e perfeitos.<br />
Outras crianças podem criar uma<br />
“Fada Boa Mãe”, pais que amem e<br />
nutram, mesmo que seus pais reais<br />
sejam frios, ausentes e abusivos.<br />
VEJA NO ENCARTE, A PROGRAMAÇÃO COMPLETA DO XIX CONGRESSO BRASILEIRO DE ANÁLISE TRANSACIONAL<br />
Com o amadurecimento, no seu<br />
desenvolvimento, as crianças geralmente<br />
se libertam dessas imagens auto-geradas,<br />
mas quando por razões de sobrevivência<br />
dentro de certas famílias, onde é<br />
necessário reprimir percepções e<br />
carências, esta imagem torna-se fixada e<br />
não é integrada com novas aprendizagem,<br />
operando como uma influência<br />
intrapsíquica, semelhante a um Pai. Este<br />
pai é mais exigente e menos lógico e<br />
tem uma hermética coleção de pensamentos,<br />
sentimentos e comportamentos<br />
não integra<strong>dos</strong>, aos quais o sujeito<br />
responde e acata no momento presente.<br />
PRÓXIMOS<br />
EVENTOS CIENTÍFICOS<br />
JORNADA<br />
DE ANÁLISE TRANSACIONAL<br />
Evento de âmbito regional, com<br />
o objetivo de fortalecer o grupo de<br />
ANALISTA TRANSACIONAIS do local e<br />
divulgar a ANÁLISE TRANSACIONAL.<br />
FÓRUM<br />
DE ANÁLISE TRANSACIONAL<br />
Evento de âmbito nacional para<br />
os membros da UNAT-BRASIL,<br />
com o objetivo de crescimento<br />
científico.<br />
O tema desse evento deve conter<br />
desenvolvimento de aspectos<br />
teóricos da ANÁLISE TRANSACIONAL.<br />
O próximo será realizado em 2004.<br />
CONGRESSO BRASILEIRO<br />
DE ANÁLISE TRANSACIONAL<br />
Evento de âmbito nacional com<br />
o objetivo de ampla divulgação da<br />
ANÁLISE TRANSACIONAL, mostra do<br />
desenvolvimento científico<br />
e encontro <strong>dos</strong> analistas transacionais.<br />
O tema deverá ser abrangente e<br />
atual, relacionando a ANÁLISE TRAN-<br />
SACIONAL com outras disciplinas e<br />
áreas de atuação.<br />
O próximo será realizado em 2006.<br />
Interessa<strong>dos</strong> em candidataremse<br />
a organização de um desses<br />
eventos, pode fazer contato com<br />
aDiretoria Científica usando o<br />
e-mail cientifica@unat.org.br
OPÇÕES <strong>50</strong> MAIO DE <strong>2003</strong><br />
F Ó R U M D O L E I T O R<br />
Inauguram a coluna “FÓRUM DO LEITOR” , Ralph Berg , com a relíquia Criança, Edméia Pontes Balestiero<br />
com uma homenagem ás mães e Maria Regina Ferreira da Silva , com um texto que nos é de origem desconhecida,<br />
mas quem souber a fonte ou o autor, escreva-nos que divulgaremos.<br />
SER MÃE,<br />
CADA FASE UM PAPEL<br />
Ser mãe, é acima de tudo, desempenhar<br />
o papel mais importante na vida do<br />
filho. Mas, para o filho pequeno, a<br />
menininha que virou mulher e lhe deu a<br />
vida é muito mais que um ser humano. É<br />
um ser mágico, poderoso, encantado,<br />
cheio de super poderes.<br />
Muitas vezes, essa mulher não entende<br />
o papel que ela ocupa. É natural, pois<br />
esquecemos o quanto nossa mãe<br />
significava naquele tempo que erámos tão<br />
miudinhos e ela era super poderosa. E além<br />
do mais, ela é realmente um ser humano,<br />
com sono, fome, falta de paciência,<br />
carências, desejos, pressa e dor de<br />
cabeça. É alguém que cresceu, mas lá<br />
dentro, em um lugar que só ela conhece,<br />
ainda mora a menininha que um dia ela foi.<br />
O problema é explicar isso para o filho.<br />
Ele quer e precisa que essa mãe ocupe seu<br />
papel sagrado, assim como esperamos que<br />
o padre, o guarda, a professora e o presidente<br />
ocupem seus papéis na nossa vida.<br />
Para cada fase do filho, a mãe tem um<br />
papel específico:<br />
Para o BEBÊ a mãe é continente, é<br />
presença, é calor, é toque, sorriso, rítmo<br />
acolhedor, música e leite bom. É plantar<br />
a semente e acreditar nela. É olhar para<br />
o bebê e saber que ali vive um vencedor<br />
e tratá-lo como tal. É oferecer junto com<br />
cada gota de leite, a convicção de que<br />
aquele é um ser humano maravilhoso. Um<br />
príncipe ou princesa.<br />
Para a CRIANÇA que explora o mundo,<br />
a mãe é olhar vigilante e sorriso permissor.<br />
A sombra de uma árvore protetora,<br />
oferecendo muitos estímulos, liberdade,<br />
limite com firmeza e amor, sorrisos,<br />
palavras doces, carinho e colinho quente<br />
depois de cada jornada.<br />
Para o FILHO QUE APRENDE A LER, a mãe<br />
é um dedo que mostra as letras enquanto<br />
conta estórias, é ir libertando o filho<br />
devagarinho, dando mais linha a cada dia,<br />
é presença certa do outro lado da linha, é<br />
confiança. É aquele rosto amado cheio<br />
de aprovação e acolhimento, aquele<br />
abraço forte que apaga tudo de ruim que<br />
acontece lá fora.<br />
Para o FILHO ESCOLAR, a mãe é quem<br />
ensina habilidades, mostra o mundo a<br />
cultura, dá estrutura, rotina saudável,<br />
liberdade e aceitação para o filho ser o<br />
que é não o que ela gostaria que ele<br />
fosse. É preparar o filho para o mundo,<br />
dar limite e disciplina e ser a primeira a<br />
gostar de verdade dele, até quando faz<br />
bagunça conta mentira.<br />
Para o FILHO ADOLESCENTE, a mãe e<br />
alguém disponível, mas na dela. Capaz<br />
de lembrar de como gostaria que sua mãe<br />
tivesse sido na adolescência e ser essa<br />
mãe. Capaz de sair de cena, mas ficar<br />
atrás da cortina. Ser a primeira a gostar<br />
do adulto que surge no meio das<br />
espinhas e gírias. É confiar, confiar<br />
muito, e ir soltando mais e mais a linha.<br />
É fé pura. É se preparar para cuidar de<br />
si mesma, buscar um sentido próprio de<br />
viver. É espiritualizar-se.<br />
Para o FILHO QUE SAI DE CASA, a mãe é<br />
saudade mútua. É cheiro gostoso de casa,<br />
é amor como nenhum outro supera. É<br />
segurança de um porto seguro em algum<br />
lugar do planeta onde tudo é familiar e<br />
você pode chegar sem ser convidado. É<br />
um coração preparado para os trancos e<br />
barrancos que você assistirá seu filho<br />
passar. É aceitar a impotência e por mais<br />
que saiba de tudo que seu filho precisa<br />
ouvir, nunca mais querer educá-lo.<br />
Para o FILHO QUE TEM FILHO, a mãe é<br />
vó. É apoio, é aprovação, é não querer<br />
competir, nem querer ajudar sem ser convidada.<br />
É curtição total <strong>dos</strong> netos. É Ter a<br />
sua própria vida, por mais que se sinta<br />
essencial. É saber envelhecer e assistia a<br />
vida que criou perpetuar a sua história. É<br />
saber que ocupou e ocupará sempre o mais<br />
importante papel no palco da vida. (E.P.B.)<br />
A Lição do fogo<br />
Um membro de um determinado<br />
grupo, ao qual prestava serviços regularmente,<br />
sem nenhum aviso deixou de<br />
participar de suas atividades. Após<br />
algumas semanas, o líder daquele grupo<br />
decidiu visitá-lo. Era uma noite muito fria.<br />
O líder encontrou o homem em casa<br />
sozinho, sentado diante da lareira, onde<br />
ardia um fogo brilhante e acolhedor.<br />
Adivinhando a razão da visita, o<br />
homem deu as boas-vindas ao líder,<br />
conduziu-o a uma grande cadeira perto<br />
da lareira e ficou quieto, esperando.<br />
O líder acomodou-se confortavelmente<br />
no local indicado, mas não disse nada.<br />
No silêncio sério que se formara,<br />
apenas contemplava a dança das chamas<br />
em torno das achas de lenha, que ardiam.<br />
Ao cabo de alguns minutos o líder<br />
examinou as brasas que se formaram.<br />
Cuida<strong>dos</strong>amente selecionou uma delas, a<br />
mais incandescente de todas, empurrando-a<br />
para o lado. Voltou então a sentar-se,<br />
permanecendo silencioso e imóvel.<br />
O anfitrião prestava atenção a tudo,<br />
fascinado e quieto. Aos poucos a chama<br />
da brasa solitária diminuía, até que houve<br />
um brilho momentâneo e seu fogo<br />
apagou-se de vez. Em pouco tempo o<br />
que antes era uma festa de calor e luz,<br />
agora não passava de um negro, frio e<br />
morto pedaço de carvão recoberto de<br />
uma espessa camada de fuligem<br />
acinzentada.<br />
Nenhuma palavra tinha sido dita desde o<br />
protocolar cumprimento inicial entre os dois<br />
amigos. O líder, antes de se preparar para<br />
sair, manipulou novamente o carvão frio e<br />
inútil, colocando-o de volta no meio do fogo.<br />
Quase que imediatamente ele tornou a<br />
incandescer, alimentado pela luz e calor<br />
<strong>dos</strong> carvões ardentes em torno dele.<br />
Quando o líder alcançou a porta para<br />
partir, seu anfitrião disse:<br />
- Obrigado por sua visita e pelo<br />
belíssimo sermão. Estou voltando ao<br />
convívio do grupo. Deus te abençoe!<br />
REFLEXÃO<br />
Aos membros vale lembrar que eles<br />
fazem parte da chama e que longe do grupo<br />
eles perdem todo o brilho.<br />
Aos lideres vale lembrar que eles são<br />
responsáveis por manter acesa a chama<br />
de cada um e por promover a união<br />
entre to<strong>dos</strong> os membros, para que o fogo<br />
seja realmente forte, eficaz e duradouro.<br />
(M.R.F.S)<br />
Procura-se...<br />
Procura-se uma alma de criança que foi<br />
vista, pela última vez, dentro de nós<br />
mesmos, há muitos anos... Ela pulava, ria<br />
e ficava feliz com seus brinque<strong>dos</strong> velhos...<br />
Exultava quando ganhava brinque<strong>dos</strong><br />
novos, dando vida a latinhas, barbantes,<br />
tampinhas de refrigerantes, bonecas,<br />
soldadinhos de chumbo e figurinhas...<br />
Batia palmas quando ia ao circo,<br />
quando ouvia músicas de roda,<br />
quando seus pais compravam sorvete:<br />
“chikabon, tombon, eskibon”...tudo<br />
danado de bom!<br />
Ela se emocionava ao ouvir histórias<br />
contadas pela mãe ou quando lia<br />
aqueles livrinhos de pano que a madrinha<br />
lhe dava quando ia visitá-la...<br />
Chorava quando arranhavam seus brinque<strong>dos</strong>:<br />
aquele aparelho de chá cheio de<br />
xícaras com que servia as bonecas ou os<br />
carrinhos de guindaste, tratores e furgões.<br />
Fazia beiço quando a professora a<br />
colocava de castigo, mas era feliz<br />
com seus amigos, sua pureza, sua<br />
inocência, sua esperança, sua enorme<br />
vontade de ser uma grande figura<br />
humana,que não somente sonhasse, mas<br />
que realizasse coisas importantes em um<br />
futuro que lhe parecia ainda tão longínquo.<br />
Onde ela está? Para que lado ela foi?<br />
Quem a vir, que venha nos falar...<br />
Ainda é tempo de fazermos com que<br />
ela reviva, retomando um pouco da<br />
alegria de nossa infância e deixando a<br />
alma dar gargalhadas, pois, afinal,<br />
“ainda que as uvas se transformem em<br />
passas, o coração é sempre uma criança<br />
disposta a pular a corda”.<br />
Para não deixar morrer a criança que to<strong>dos</strong><br />
temos dentro de nós... deixe-a sair, brincar<br />
e sonhar ...<br />
Uma das poucas coisas que ainda<br />
podemos fazer sem ter de pagar<br />
impostos!!!!<br />
Eu já encontrei a minha e você? (R.B.)<br />
Membro credenciado a ministrar<br />
o CURSO INTRODUTÓRIO 101<br />
ofereça ao formando “Certificado<br />
Oficial da UNAT-BRASIL”<br />
Informe-se na secretaria através<br />
do e-mail unat@unat.org.br<br />
como fazer para obte-lo.<br />
Esta é a quinquagéssima edição do OPÇÕES , você reparou?<br />
6<br />
BREVES<br />
BEM - VINDOS<br />
À UNAT - BRASIL<br />
Desejando longa parceria, listamos<br />
abaixo os nomes <strong>dos</strong> novos Membros<br />
Associa<strong>dos</strong> da UNAT-BRASIL:<br />
Ana Maria Souto Ferraz - MG<br />
Anyellem Pereira Rosa - MG<br />
Aparecida de Fátima O.Elias - MG<br />
Camila Piva - MG<br />
Carla Brito Dornelas - MG<br />
Flavia Testa Bernardi -MG<br />
Karla Cristina Martins - MG<br />
Mariza Junqueira da Silva - SP<br />
Míriam P. Sanzo Kaminishi - MG<br />
Nadia Biasi - MG<br />
Paula Márcia F. B. Reis - MG<br />
Tatiane Filsner Medeiros - MG<br />
Teresa Cristina Alves Charotta - SP<br />
Vanessa Nara De Carlis - MG<br />
Vanete Ramos Horácio - MG<br />
PALESTRAS GRATUÍTAS<br />
TEMA: ANÁLISE TRANSACIONAL<br />
PORTO ALEGRE - RGS<br />
11 DE JUNHO ÀS 19:00 HORAS<br />
09 DE JULHO ÀS 19:00 HORAS<br />
SÍNTESE - (51) - 3233-0961<br />
RIO DE JANEIRO - RJ<br />
JUNHO<br />
DINA FRUTUOSO<br />
(21) 2235-3947<br />
101<br />
CURSO BÁSICO INTRODUTÓRIO<br />
SÃO PAULO - SP<br />
23 E 24 DE MAIO<br />
MÔNICA LEVI<br />
(11) 3848-9315<br />
RIO DE JANEIRO - RJ<br />
JUNHO - DINA FRUTUOSO<br />
(21) 2235-3947<br />
PORTO ALEGRE - RGS<br />
18 A 20 DE JULHO<br />
SÍNTESE - (51) - 3233-0961<br />
202<br />
FORMAÇÃO ANALISTA TRANSACIONAL<br />
ÁREA CLÍNICA<br />
SÃO PAULO- (SP)<br />
INÍCIO EM AGOSTO<br />
MARIA REGINA FERREIRA DA SILVA<br />
(11) 5572-3797<br />
O Fórum de Debates, com os<br />
temas: “O Uso de Contratos” e<br />
“Raíz da Intolerância” ainda não<br />
foi inaugurado!<br />
Escreva e manifeste-se!<br />
Use o e-mail jornal@unat.org.br<br />
agilizando sua participação.