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Cartilha - Sindicato dos Metalúrgicos do ABC

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os parti<strong><strong>do</strong>s</strong>, cassam e suspendem<br />

os direitos políticos de<br />

centenas de parlamentares, líderes<br />

políticos e sindicais. Diretorias<br />

inteiras de sindicatos são<br />

destituídas acusadas de subversão.<br />

É um tempo de prisões, torturas,<br />

mortes e perseguições<br />

políticas.<br />

A primeira reação pública <strong><strong>do</strong>s</strong><br />

trabalha<strong>do</strong>res à ditadura militar<br />

acontece durante ato de 1º de<br />

Maio realiza<strong>do</strong> em 1968 na<br />

Praça da Sé, em São Paulo.<br />

Pedras e paus são joga<strong><strong>do</strong>s</strong><br />

no governa<strong>do</strong>r Abreu<br />

Sodré, que foge.<br />

Entre 1968 e 74 o Brasil viveu<br />

o chama<strong>do</strong> milagre<br />

econômico, com crescimento<br />

econômico baten<strong>do</strong><br />

nos 10%, mas com arrocho<br />

salarial. A maior parte <strong><strong>do</strong>s</strong><br />

sindicatos <strong>do</strong> País, antes<br />

controla<strong><strong>do</strong>s</strong> por comunistas,<br />

fica nas mãos de interventores<br />

e pelegos.<br />

A luta sindical muda o<br />

panorama político<br />

O ano de 1978 será um divisor<br />

de águas. A partir da Scania, em<br />

São Bernar<strong>do</strong>, os metalúrgicos<br />

cruzam os braços por reposição<br />

salarial e o movimento se<br />

estende por dezenas de fábricas<br />

da região. As greves são por<br />

salário e por democracia.<br />

Os metalúrgicos <strong>do</strong> <strong>ABC</strong> voltam<br />

a entrar em greve geral no<br />

ano seguinte.<br />

Também em 1979, os canavieiros<br />

de Pernambuco se reorganizam<br />

e iniciam movimento grevista<br />

que se alastra para outros esta<strong><strong>do</strong>s</strong><br />

nordestinos.<br />

história<br />

Em 1980 os metalúrgicos param durante 41 dias e<br />

voltam a comemorar o 1º de Maio reunin<strong>do</strong> cerca<br />

de 100 mil pessoas.<br />

Trabalha<strong>do</strong>res se organizam em<br />

centrais sindicais<br />

Em agosto de 1983 é fundada a CUT - Central Única<br />

<strong><strong>do</strong>s</strong> Trabalha<strong>do</strong>res. Sua referência é a luta <strong><strong>do</strong>s</strong> trabalha<strong>do</strong>res<br />

por melhores salários, melhores condições<br />

de trabalho e liberdade sindical. Em 1984, o 1º de<br />

Maio pede eleições diretas para presidente.<br />

Dezenas de greves pipocam pelo País. Em Volta Re-<br />

<strong>do</strong>nda, os trabalha<strong>do</strong>res na Companhia Siderúrgica Nacional<br />

cruzam os braços pela primeira vez.<br />

A ditadura militar é derrubada em 1985 e no ano seguinte<br />

camponeses criam o Movimento <strong><strong>do</strong>s</strong> Trabalha<strong>do</strong>res<br />

Rurais Sem Terra - MST. No plano político, a luta<br />

pela democratização da sociedade continua com a elaboração<br />

de uma nova Constituição.<br />

Luta influencia Constituição e amplia direitos<br />

Aprovada no final de 1988, a nova Constituição incorpora<br />

e amplia direitos fundamentais na área trabalhista,<br />

social e política. A jornada de trabalho semanal<br />

passa de 48 para 44 horas e os trabalha<strong>do</strong>res<br />

conquistam vários direitos sociais.<br />

Também são aprovadas eleições diretas para presidente.<br />

Em 1989, o País vive uma desordem econômica,<br />

mas a mobilização popular alcança seu auge nesse<br />

ano com as eleições presidenciais.

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