Datura stramonium (figueira-do-inferno) - Plantas invasoras em ...
Datura stramonium (figueira-do-inferno) - Plantas invasoras em ...
Datura stramonium (figueira-do-inferno) - Plantas invasoras em ...
You also want an ePaper? Increase the reach of your titles
YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.
<strong>Datura</strong> <strong>stramonium</strong> (<strong>figueira</strong>-<strong>do</strong>-<strong>inferno</strong>)<br />
Erva ou subarbusto anual, até 2 m, de flores brancas grandes afuniladas e frutos espinhosos.<br />
Nome científico: <strong>Datura</strong> <strong>stramonium</strong> L.<br />
Nomes vulgares: <strong>figueira</strong>-<strong>do</strong>-<strong>inferno</strong>, estramónio, erva-<strong>do</strong>-diabo, erva-das-bruxas, erva-<strong>do</strong>s-mágicos,<br />
<strong>figueira</strong>-brava, castanheiro-<strong>do</strong>-diabo, pomo-espinhoso<br />
Família: Solanaceae<br />
Estatuto <strong>em</strong> Portugal: espécie invasora (listada no anexo I <strong>do</strong> Decreto-Lei n° 565/99, de 21 dez<strong>em</strong>bro)<br />
Nível de risco: (<strong>em</strong> desenvolvimento)<br />
Sinonímia: <strong>Datura</strong> talula L., <strong>Datura</strong> inermis Juss. Ex Jacq., <strong>Datura</strong> <strong>stramonium</strong> L. var. tatula (L.) Torr.<br />
Data de atualização: 04/02/2013<br />
Como reconhecer<br />
Erva ou subarbusto anual de 50-200 cm, glabro a<br />
puberulento.<br />
Folhas: com 5-21 X 4-15 cm, ovadas a elípticas,<br />
acunheadas a subcordadas na base; sinua<strong>do</strong>-dentadas a<br />
-lobadas.<br />
Flores: grandes (ca. 6-10 cm), afuniladas, brancas ou<br />
púrpuras.<br />
Frutos: cápsulas com 2,5-7 X 2-5 cm, ovoides, eretas,<br />
densamente revestidas de acúleos ± iguais, quase<br />
s<strong>em</strong>pre espinhosas.<br />
Floração: junho a outubro.<br />
Página 1/3<br />
Pormenor de uma cápsula espinhosa evidencian<strong>do</strong><br />
as s<strong>em</strong>entes negras no interior<br />
www.<strong>invasoras</strong>.pt
<strong>Datura</strong> <strong>stramonium</strong> (<strong>figueira</strong>-<strong>do</strong>-<strong>inferno</strong>)<br />
Espécies s<strong>em</strong>elhantes<br />
Exist<strong>em</strong> outras espécies de <strong>Datura</strong> mas têm flores claramente maiores ou menores que <strong>Datura</strong><br />
<strong>stramonium</strong> pelo que não se confund<strong>em</strong>.<br />
Características que facilitam a invasão<br />
Reproduz-se por via s<strong>em</strong>inal produzin<strong>do</strong> muitas s<strong>em</strong>entes que têm grande capacidade de germinação <strong>em</strong><br />
qualquer altura <strong>do</strong> ano. Cada cápsula pode conter cerca de 500 s<strong>em</strong>entes. Uma planta pode produzir até<br />
30000 s<strong>em</strong>entes, as quais pod<strong>em</strong> manter-se viáveis por mais de 40 anos.<br />
ORIGEM E DISTRIBUIÇÃO<br />
Área de distribuição nativa<br />
Sul da América Tropical.<br />
Distribuição <strong>em</strong> Portugal<br />
Portugal continental (todas as províncias).<br />
Outros locais onde a espécie é invasora<br />
Regiões t<strong>em</strong>peradas, tropicais e subtropicais da<br />
América <strong>do</strong> Norte, Central e Améria <strong>do</strong> Sul, Europa,<br />
Ásia, África e Nova Zelândia.<br />
Razão da introdução<br />
Provavelmente acidental.<br />
Ambientes preferenciais de invasão<br />
Principalmente, terrenos cultiva<strong>do</strong>s, sítios ruderaliza<strong>do</strong>s e outros descampa<strong>do</strong>s. Também invade áreas<br />
naturais e s<strong>em</strong>inaturais.<br />
IMPACTES<br />
Impactes nos ecossist<strong>em</strong>as<br />
As plântulas estabelec<strong>em</strong>-se rapidamente e formam grandes tapetes que ensombram a vegetação<br />
circundante graças às folhas de grandes dimensões.<br />
T<strong>em</strong> efeitos alelopáticos, impedin<strong>do</strong> o desenvolvimento de outras espécies.<br />
Impactes económicos<br />
Interfere na produção/produtividade das áreas agrícolas.<br />
Outros impactes<br />
Todas as partes da planta, e <strong>em</strong> especial as s<strong>em</strong>entes, são muito tóxicas e pod<strong>em</strong> ser fatais se ingeridas<br />
por humanos e outros animais.<br />
CONTROLO<br />
Página 2/3<br />
www.<strong>invasoras</strong>.pt
<strong>Datura</strong> <strong>stramonium</strong> (<strong>figueira</strong>-<strong>do</strong>-<strong>inferno</strong>)<br />
O controlo de uma espécie invasora exige uma gestão b<strong>em</strong> planeada, que inclua a determinação da área<br />
invadida, identificação das causas da invasão, avaliação <strong>do</strong>s impactes, definição das prioridades de<br />
intervenção, seleção das meto<strong>do</strong>logias de controlo adequadas e sua aplicação. Posteriormente, será<br />
fundamental a monitorização da eficácia das meto<strong>do</strong>logias e da recuperação da área intervencionada, de<br />
forma a realizar, s<strong>em</strong>pre que necessário, o controlo de seguimento.<br />
As meto<strong>do</strong>logias de controlo usadas <strong>em</strong> <strong>Datura</strong> <strong>stramonium</strong> inclu<strong>em</strong>:<br />
Controlo físico<br />
Arranque manual: meto<strong>do</strong>logia preferencial para plântulas e plantas jovens. Deve ser realizada antes da<br />
formação <strong>do</strong>s frutos. Em substratos mais compacta<strong>do</strong>s, o arranque deve ser realiza<strong>do</strong> na época das<br />
chuvas de forma a facilitar a r<strong>em</strong>oção <strong>do</strong> sist<strong>em</strong>a radicular.<br />
Controlo químico<br />
Aplicação foliar de herbicida: aplica-se a plantas jovens. Pulverizar com herbicida (princípio ativo:<br />
glifosato, dicamba) limitan<strong>do</strong> a aplicação à espécie-alvo.<br />
Para mais informações, visite a página www.<strong>invasoras</strong>.pt e/ou contacte-nos para invader@uc.pt.<br />
REFERÊNCIAS<br />
CABI (2012) <strong>Datura</strong> <strong>stramonium</strong>. In: Invasive Species Compendium. CAB International, Wallingford, UK. Disponível:<br />
www.cabi.org/isc [Consulta<strong>do</strong> 10/11/2012].<br />
Dana ED, Sanz-Elorza M, Vivas S, Sobrino E (2005) Especies vegetales <strong>invasoras</strong> en Andalucía. Consejería de Medio Ambiente,<br />
Junta de Andalucía, Sevilla, 233pp.<br />
Dufour-Dror J-M (2012) Alien invasive plants in Israel. The Middle East Nature Conservation Promotion Association, Ahva,<br />
Jerusal<strong>em</strong>, 213pp.<br />
Marchante E, Freitas H, Marchante H (2008) Guia prático para a identificação de plantas <strong>invasoras</strong> de Portugal Continental.<br />
Imprensa da Universidade de Coimbra, Coimbra, 183pp.<br />
USDA, NRCS. (2012) The PLANTS Database. National Plant Data Team, Greensboro, NC 27401-4901 USA. Disponível: http://<br />
plants.usda.gov [Consulta<strong>do</strong> 10/11/2012].<br />
Página 3/3<br />
www.<strong>invasoras</strong>.pt