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trabalhos de conclusão de curso da licenciatura de pedagogia ...

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TRABALHOS DE CONCLUSÃO DE CURSO DA LICENCIATURA DE<br />

PEDAGOGIA DA UFAL: UMA ANÁLISE DO PERÍODO DE 2003 A 2008<br />

RESUMO<br />

Ariane Cristina dos Santos Lira (UFAL)<br />

naninha_ap@hotmail.com<br />

Reinaldo Batista dos Santos (UFAL)<br />

reyfera2007@gmail.com<br />

Profª.Drª. Nadja Naira Aguiar Ribeiro (UFAL)<br />

nnaguiar@gmail.com<br />

Este trabalho faz uma análise quanto-qualitativa dos temas, do objeto <strong>de</strong> estudo, <strong>da</strong><br />

metodologia e dos referenciais teóricos dos TCCs elaborados no período <strong>de</strong> 2003 a<br />

2008. Através <strong>da</strong> metodologia do estado <strong>da</strong> arte, foi realizado um levantamento,<br />

durante os meses <strong>de</strong> maio, junho, julho e agosto <strong>de</strong> 2009 nos arquivos do Colegiado do<br />

Curso <strong>de</strong> Pe<strong>da</strong>gogia e na <strong>da</strong> Biblioteca Central, on<strong>de</strong> os <strong>trabalhos</strong>, a rigor, ficam<br />

catalogados. A partir do levantamento estatístico po<strong>de</strong>-se verificar que os temas<br />

referentes à Educação <strong>de</strong> Jovens e Adultos é o saber mais abor<strong>da</strong>do nos <strong>trabalhos</strong> <strong>de</strong><br />

<strong>conclusão</strong> <strong>de</strong> <strong>curso</strong>, com um percentual <strong>de</strong> 12%. Os resultados confirmam a hipótese <strong>de</strong><br />

que os múltiplos problemas sobre os quais se <strong>de</strong>bate a educação escolar em Alagoas<br />

apresentam-se como inquietações acadêmicas, pe<strong>da</strong>gógicas e sociais para os alunos <strong>de</strong><br />

Pe<strong>da</strong>gogia. A análise qualitativa apóia-se nas DCNs <strong>de</strong> Pe<strong>da</strong>gogia (1996), no Projeto<br />

Político Pe<strong>da</strong>gógico do <strong>curso</strong> <strong>de</strong> Pe<strong>da</strong>gogia <strong>da</strong> UFAL (2006) e nas reflexões teóricas <strong>de</strong><br />

Brzenzinski (2002); Costa (2002), Freire (1996); Alarcão (2003); Chaui (1999).<br />

Palavras-chaves: Trabalho <strong>de</strong> Conclusão <strong>de</strong> Curso; Pe<strong>da</strong>gogia; Educação <strong>de</strong> Jovens e<br />

Adultos<br />

INTRODUÇÃO


O Trabalho <strong>de</strong> Conclusão <strong>de</strong> Curso (TCC), componente curricular obrigatório 1 , é<br />

uma exigência para to<strong>da</strong>s as instituições <strong>de</strong> ensino superior, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a implantação <strong>da</strong>s<br />

Diretrizes Curriculares Nacionais. Consi<strong>de</strong>rando que a pesquisa aqui apresenta<strong>da</strong> está<br />

volta<strong>da</strong> para os TCCs do <strong>curso</strong> <strong>de</strong> Pe<strong>da</strong>gogia <strong>da</strong> Ufal, realizados no período <strong>de</strong> 2003-<br />

2008, vale dizer que, <strong>de</strong> acordo com o Projeto Político Pe<strong>da</strong>gógico do Curso, o TCC é<br />

um trabalho <strong>de</strong> aprofun<strong>da</strong>mento teórico ou teórico-prático, tendo como foco uma <strong>da</strong>s<br />

áreas <strong>de</strong> conhecimento <strong>da</strong> Pe<strong>da</strong>gogia.<br />

Neste sentido, o Trabalho <strong>de</strong> Conclusão <strong>de</strong> Curso, além <strong>de</strong> figurar como parte<br />

fun<strong>da</strong>mental <strong>da</strong> formação do aluno, contribui para a construção do conhecimento<br />

científico. Segundo Carvalho (2008) a escrita, mais do que um registro <strong>de</strong> informação,<br />

representa um importante meio <strong>de</strong> estruturação e materialização do pensamento e do<br />

conhecimento. Ou seja, a competência <strong>da</strong> escrita, sobretudo acadêmica, é uma condição<br />

necessária ao acesso do conhecimento, elemento imprescindível e integrante <strong>da</strong><br />

formação dos estu<strong>da</strong>ntes ao longo do sistema educativo.<br />

Po<strong>de</strong>-se dizer que o bom ensino, numa linguagem vygotskyana, po<strong>de</strong> levar à<br />

motivação pela pesquisa, implicando na imanência <strong>da</strong> relação teoria-prática. Portanto,<br />

não é por outra razão que os <strong>trabalhos</strong> acadêmicos apresentam-se como uma<br />

oportuni<strong>da</strong><strong>de</strong> singular para a iniciação ao trabalho científico. Segundo Demo (1987), a<br />

pesquisa é a ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> básica <strong>da</strong> ciência. É através <strong>da</strong> busca científica que se <strong>de</strong>svela a<br />

reali<strong>da</strong><strong>de</strong>, uma vez que tal ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> exige, do ponto <strong>de</strong> vista epistemológico, um outro<br />

olhar sobre o objeto <strong>de</strong> conhecimento que, <strong>de</strong> alguma forma, mostra-se sempre<br />

inesgotável. Afinal, como diz Freire “[...] on<strong>de</strong> há vi<strong>da</strong>, há inacabamento” (1996: p. 50).<br />

Isso aponta para a necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> do rigor metodológico nos TCCs, <strong>de</strong> modo que os<br />

resultados possam <strong>da</strong>r credibili<strong>da</strong><strong>de</strong> àquele estudo realizado. Embora os estu<strong>da</strong>ntes, em<br />

sua maioria, sintam-se <strong>de</strong>spreparados para <strong>de</strong>senvolver uma produção científica com<br />

autonomia, é preciso que se lancem ao exercício <strong>da</strong> pesquisa. Segundo Oliveira,<br />

Mesmo que o estu<strong>da</strong>nte universitário ain<strong>da</strong> não disponha <strong>de</strong> repertório<br />

intelectual que lhe permita o mesmo rigor do trabalho dos cientistas, na<strong>da</strong><br />

impe<strong>de</strong> que seja iniciado nos caminhos <strong>da</strong> construção <strong>de</strong> conhecimento<br />

científico, trilhando os procedimentos metodológicos <strong>de</strong>vidos, durante a<br />

elaboração dos seus <strong>trabalhos</strong>, no cotidiano acadêmico (1999, p.10).<br />

1 A obrigatorie<strong>da</strong><strong>de</strong> do TCC consta <strong>da</strong> RESOLUÇÃO CNE/CES 2, <strong>de</strong> 19 <strong>de</strong> fevereiro <strong>de</strong> 2002, que<br />

institui as Diretrizes Curriculares Nacionais <strong>de</strong> Pe<strong>da</strong>gogia.<br />

2


De qualquer modo, a obrigatorie<strong>da</strong><strong>de</strong> legal que exige uma formação <strong>de</strong><br />

quali<strong>da</strong><strong>de</strong> dos estu<strong>da</strong>ntes universitários, parece provocar certa tensão e, ao mesmo<br />

tempo, banalizar a produção científica, uma vez que os alunos, ao final do <strong>curso</strong>,<br />

sentem-se pressionados a <strong>da</strong>r conta <strong>de</strong> um trabalho, para o qual, muitas vezes, não se<br />

sentem preparados. Não raro, há casos <strong>de</strong> plágios ou até mesmo compra <strong>de</strong> monografias<br />

prontas. Mais do que mera constatação, isso po<strong>de</strong>, na ver<strong>da</strong><strong>de</strong>, revelar a fragili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong><br />

trajetória acadêmica, uma vez que a reflexão teórica é o que caracteriza a vi<strong>da</strong><br />

intelectual do universitário. Uma reflexão teórica implica<strong>da</strong> com o ensino, a pesquisa e<br />

a extensão como dimensões que configuram, pelo compromisso social <strong>da</strong> instituição<br />

junto à comuni<strong>da</strong><strong>de</strong>, a prática cotidiana <strong>de</strong> trabalho na universi<strong>da</strong><strong>de</strong>.<br />

É a partir <strong>de</strong> tais consi<strong>de</strong>rações que este trabalho tem por objetivo analisar os<br />

Trabalhos <strong>de</strong> Conclusão <strong>de</strong> Curso do <strong>curso</strong> <strong>de</strong> Pe<strong>da</strong>gogia, <strong>da</strong> Universi<strong>da</strong><strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong><br />

Alagoas, elaborados no período <strong>de</strong> 2003 a 2008, na área <strong>de</strong> Educação <strong>de</strong> Jovens e<br />

Adultos, cuja <strong>de</strong>man<strong>da</strong> mostrou-se recorrente neste período. Isso po<strong>de</strong> indicar,<br />

inclusive, um elevado índice <strong>de</strong> interesse, por parte dos estu<strong>da</strong>ntes <strong>de</strong> Pe<strong>da</strong>gogia, pela<br />

Educação <strong>de</strong> Jovens e Adultos. Para tanto, alguns <strong>da</strong>dos foram levantados para que se<br />

pu<strong>de</strong>sse realizar o estado <strong>da</strong> arte dos referidos TCCs. Através <strong>de</strong>ssa metodologia, <strong>de</strong><br />

caráter inventariante e <strong>de</strong>scritivo, busca-se analisar quantitativa e qualitativamente quais<br />

aspectos e dimensões têm sustentado a escolha dos alunos <strong>de</strong> Pe<strong>da</strong>gogia em relação à<br />

área e, sobretudo, <strong>de</strong> que forma isso tem contribuído para a formação acadêmica e<br />

profissional dos formandos.<br />

PROCEDIMENTO METODOLÓGICO<br />

Esta pesquisa foi realiza<strong>da</strong> durante os meses <strong>de</strong> maio, junho e julho <strong>de</strong> 2009.<br />

Inicialmente, fez-se uma pesquisa exploratória nos arquivos do Colegiado do Curso <strong>de</strong><br />

Pe<strong>da</strong>gogia e na <strong>da</strong> Biblioteca Central, on<strong>de</strong> os <strong>trabalhos</strong>, a rigor, ficam catalogados. Os<br />

TCCs, num total <strong>de</strong> 303 (trezentos e três) produções, foram agrupados pelo respectivo<br />

ano <strong>de</strong> elaboração. Em segui<strong>da</strong>, fez-se um levantamento quantitativo para verificar o<br />

percentual <strong>de</strong> ca<strong>da</strong> componente curricular que prevalecia na escolha do tema dos alunos.<br />

Uma vez coletado esses <strong>da</strong>dos (cf. tabela 1 abaixo), po<strong>de</strong>-se verificar que a área <strong>de</strong><br />

Educação <strong>de</strong> Jovens e Adultos (EJA) foi a que apresentou uma maior <strong>de</strong>man<strong>da</strong>. Uma<br />

3


vez verifica<strong>da</strong> tal incidência, <strong>de</strong>cidiu-se analisar, numa perspectiva quanto-qualitativa,<br />

as seguintes questões: temáticas mais abor<strong>da</strong><strong>da</strong>s e sua prevalência por ano, objeto <strong>de</strong><br />

estudo, metodologia, composição dos capítulos, estudiosos e pesquisadores mais<br />

abor<strong>da</strong>dos.<br />

COMEÇO DA HISTÓRIA: LEVANTAMENTO DOS COMPONENTES<br />

CURRICULARES<br />

Ao iniciar o levantamento dos Trabalhos <strong>de</strong> Conclusão <strong>de</strong> Curso <strong>de</strong> Pe<strong>da</strong>gogia,<br />

<strong>da</strong> Universi<strong>da</strong><strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Alagoas, po<strong>de</strong>-se diagnosticar os saberes/componentes<br />

curriculares que prevaleceram durante o ano <strong>de</strong> 2003 a 2008. Nesse levantamento<br />

quantitativo, sobressai, com 12%, a área <strong>de</strong> Educação <strong>de</strong> Jovens e Adultos (EJA). Em<br />

segui<strong>da</strong>, aparece o componente curricular Fun<strong>da</strong>mentos Psicope<strong>da</strong>gógicos com 11%,<br />

Fun<strong>da</strong>mentos <strong>da</strong> Educação Infantil 10%, Avaliação 8% e profissão docente 8%. Dentre<br />

os 20 saberes/componentes curriculares mais citados, o <strong>de</strong> menor percentual foi Saberes<br />

e Metodologia do ensino <strong>de</strong> Língua Portuguesa com 1 % e Fun<strong>da</strong>mentos Políticos <strong>da</strong><br />

Educação com 1%.<br />

Tabela 1<br />

Prevalência dos Saberes/Componentes Curriculares <strong>de</strong> TCCs dos Alunos do Curso <strong>de</strong> Pe<strong>da</strong>gogia<br />

Educação <strong>de</strong> Jovens e Adultos 12%<br />

Fun<strong>da</strong>mentos Psicope<strong>da</strong>gógicos 11%<br />

Fun<strong>da</strong>mentos <strong>da</strong> Educação Infantil 10%<br />

Profissão Docente 8%<br />

Avaliação 8%<br />

Educação Especial 6%<br />

Alfabetização e Letramento 6%<br />

Currículo 5%<br />

PPOGT 5%<br />

Trabalho e Educação 3%<br />

Desenvolvimento e Aprendizagem 3%<br />

Tecnologia <strong>da</strong> informação e Comunicação 3%<br />

4


Educação e Meio Ambiente 3%<br />

Literatura Infantil 2%<br />

Saberes e Metodologia do Ensino <strong>da</strong><br />

2%<br />

Matemática<br />

Fun<strong>da</strong>mentos Histórico <strong>da</strong> Educação e <strong>da</strong><br />

2%<br />

Pe<strong>da</strong>gogia<br />

Fun<strong>da</strong>mentos Filosóficos <strong>da</strong> Educação 2%<br />

Didática 2%<br />

Fun<strong>da</strong>mentos Políticos <strong>da</strong> Educação 1%<br />

Saberes e Metodologias <strong>da</strong> Língua<br />

1%<br />

Portuguesa<br />

Outros 6%<br />

Fonte: TCCs do Curso <strong>de</strong> Pe<strong>da</strong>gogia <strong>da</strong> Ufal- arquivos <strong>da</strong> Biblioteca Central e do Colegiado <strong>de</strong><br />

Pe<strong>da</strong>gogia<br />

Este resultado po<strong>de</strong> sinalizar o grau <strong>de</strong> envolvimento dos alunos com ca<strong>da</strong><br />

disciplina estu<strong>da</strong><strong>da</strong> na dinâmica do <strong>curso</strong> <strong>de</strong> Pe<strong>da</strong>gogia. São disciplinas que,<br />

possivelmente, aguçaram, no <strong>de</strong>correr <strong>de</strong> suas discussões teóricas, a curiosi<strong>da</strong><strong>de</strong> dos<br />

estu<strong>da</strong>ntes. De acordo com Freire (1996), “o exercício <strong>da</strong> curiosi<strong>da</strong><strong>de</strong> convoca à<br />

imaginação, a intuição, as emoções, a capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> conjeturar, <strong>de</strong> comparar na busca<br />

<strong>da</strong> perfilização do objeto” (op.cit., p.88).<br />

AFUNILANDO A DISCUSSÃO: prevalência <strong>de</strong> temas relacionados à EJA<br />

A partir <strong>de</strong>stes resultados, <strong>de</strong>sdobramos a análise acerca do saber/componente<br />

curricular Educação <strong>de</strong> Jovens e Adultos (EJA). As análises revelaram que os temas<br />

mais freqüentes nos <strong>trabalhos</strong> <strong>de</strong> <strong>conclusão</strong> <strong>de</strong> <strong>curso</strong> são relacionados à prática<br />

pe<strong>da</strong>gógicas dos professores <strong>de</strong> Educação <strong>de</strong> Jovens e Adultos, com 13%. O interesse<br />

na pesquisa sobre Formação <strong>de</strong> Professores também se revela substancial, apresentando<br />

um percentual <strong>de</strong> 10%. Os temas relacionados a Programas Educacionais atingiram um<br />

percentual <strong>de</strong> 8%, seguidos <strong>de</strong> outros temas, a saber: Políticas Públicas Educacionais,<br />

Gêneros Textuais, Inclusão Social, Leitura e Escrita, Tendências Pe<strong>da</strong>gógicas,<br />

Alfabetização, Livro Didático, Evasão Escolar e Concepção Teórico Metodológica,<br />

to<strong>da</strong>s essas com 5 %.<br />

É interessante notar que durante este período <strong>de</strong> 2003 a 2008, as produções<br />

científicas, no <strong>curso</strong> <strong>de</strong> Pe<strong>da</strong>gogia <strong>da</strong> Ufal, relaciona<strong>da</strong>s à Educação <strong>de</strong> Jovens e<br />

5


Adultos (EJA), estiveram volta<strong>da</strong>s para temas mais abrangentes. Tais <strong>da</strong>dos po<strong>de</strong>m<br />

apontar para aquilo que Soares chama atenção:<br />

Ain<strong>da</strong> que não seja uma questão propriamente nova, é somente nas últimas<br />

déca<strong>da</strong>s que o problema <strong>da</strong> formação <strong>de</strong> educadores para a EJA ganha uma<br />

dimensão mais ampla. Esse novo patamar em que a discussão se coloca<br />

relaciona-se à própria configuração do campo <strong>da</strong> Educação <strong>de</strong> Jovens e<br />

Adultos. Nesse sentido, a formação dos educadores tem se inserido na<br />

problemática mais ampla <strong>da</strong> instituição <strong>da</strong> EJA como um campo pe<strong>da</strong>gógico<br />

específico que, <strong>de</strong>sse modo, requer a profissionalização dos seus agentes<br />

(SOARES, 2009: 3).<br />

Vale ressaltar também que, <strong>de</strong> modo particular nesse período <strong>de</strong> 2003 a 2008,<br />

os temas relacionados aos Programas Educacionais, com o percentual <strong>de</strong> 8%,<br />

certamente foram alavanca<strong>da</strong>s pela presença do Programa Alfabetização Solidária 2 .<br />

Não é por outra razão, talvez, que a tabela (2) mostra que o ano <strong>de</strong> 2003 foi o que<br />

apresentou um maior quantitativo <strong>de</strong> TCCs <strong>de</strong>fendidos em Educação <strong>de</strong> Jovens e<br />

Adultos (EJA).<br />

Tabela 2<br />

2003 2004 2005 2006 2007 2008<br />

9 5 5 8 6 6<br />

Observa-se que ao todo foram elabora<strong>da</strong>s 39 produções relaciona<strong>da</strong>s ao saber/<br />

componente curricular <strong>de</strong> Educação <strong>de</strong> Jovens e Adultos (EJA). Há uma que<strong>da</strong> <strong>de</strong>ste<br />

quantitativo no ano 2004 e 2005, quando comparado com as produções <strong>de</strong>senvolvi<strong>da</strong>s<br />

em 2003. Em 2006, o quantitativo volta a subir. No ano <strong>de</strong> 2007 volta a cair, mantendo-<br />

se em equilíbrio no ano <strong>de</strong> 2008. Esta oscilação <strong>de</strong> uma ano a outro, embora sutil, po<strong>de</strong><br />

representar a própria oscilação pela qual a área <strong>de</strong> Educação <strong>de</strong> Jovens e Adultos vinha<br />

sofrendo ao longo dos anos, tal como revela Di Pierro:<br />

Essa situação po<strong>de</strong> ser, pelo menos parcialmente, explica<strong>da</strong> pela própria<br />

configuração histórica <strong>da</strong> EJA no Brasil, fortemente marca<strong>da</strong> pela concepção<br />

<strong>de</strong> que a educação volta<strong>da</strong> para aqueles que não se escolarizaram na i<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

regular é supletiva e, como tal, <strong>de</strong>ve ser rápi<strong>da</strong> e, em muitos casos, aligeira<strong>da</strong><br />

(DI PIERRO, 2005).<br />

No ano <strong>de</strong> 2008, ocorreu um equilíbrio entre as temáticas presentes nos<br />

<strong>trabalhos</strong> <strong>de</strong> <strong>conclusão</strong> <strong>de</strong> <strong>curso</strong>, a saber: programas educacionais, formação <strong>de</strong><br />

2 O Programa Alfabetização Solidária foi <strong>de</strong>senvolvido na Ufal, através do Núcleo <strong>de</strong> Estudos, Pesquisa e<br />

Extensão sobre Alfabetização, em parceria com o Governo Fe<strong>de</strong>ral, no período <strong>de</strong> 1999 a 2004 junto à 13<br />

municípios alagoanos.<br />

6


professores, prática pe<strong>da</strong>gógica, gêneros textuais, livro didático e outras, to<strong>da</strong>s elas com<br />

16,60% aproxima<strong>da</strong>mente. No ano <strong>de</strong> 2008, portanto, aparecem temáticas mais<br />

específicas, a exemplo <strong>de</strong> gêneros textuais e livros didáticos. Embora em 2008 a área <strong>de</strong><br />

Educação <strong>de</strong> Jovens e Adultos permaneça como disciplina eletiva na matriz curricular<br />

do <strong>curso</strong> <strong>de</strong> Pe<strong>da</strong>gogia <strong>da</strong> Ufal, vale chamar atenção que neste ano <strong>de</strong> 2008 são<br />

consoli<strong>da</strong><strong>da</strong>s as pesquisas nesta área, na Ufal, através do PIBIC e <strong>da</strong>s linhas <strong>de</strong> pesquisa<br />

do PPGE 3 . Isso, <strong>de</strong> certa forma, confirma as palavras <strong>de</strong> Arroyo (2005)<br />

Certamente, o crescimento do lugar que a EJA tem ocupado nas<br />

universi<strong>da</strong><strong>de</strong>s, que se relaciona com o próprio fortalecimento <strong>da</strong> área (como<br />

prática pe<strong>da</strong>gógica nas re<strong>de</strong>s formais <strong>de</strong> ensino, nos movimentos sociais e em<br />

projetos <strong>de</strong> extensão universitária e <strong>de</strong> pesquisa), tem contribuído para que<br />

ela se (re)configure e se fortaleça (ARROYO, 2005, p.25).<br />

Mais do que uma expressão quantitativa, as produções em EJA vão apontando<br />

para uma exigência qualitativa. Há, portanto, uma maior preocupação com as questões<br />

que po<strong>de</strong>m trazer conseqüências para os espaços <strong>da</strong> sala <strong>de</strong> aula.<br />

REFERÊNCIAS TEÓRICAS E PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS DOS<br />

TCCs/UFAL<br />

A partir <strong>de</strong> uma leitura minuciosa nos TCCs voltados para a Educação <strong>de</strong><br />

Jovens e Adultos (EJA), po<strong>de</strong>-se i<strong>de</strong>ntificar a presença <strong>de</strong> alguns autores e<br />

pesquisadores, que foram citados, inclusive, nos resumos dos estu<strong>da</strong>ntes, tais como:<br />

Paulo Freire, Emília Ferreiro, Moura, Brandão, Freitas, Geraldi, Bakhtin, Marcuschi,<br />

Koch, Paiva, Barros, Luckesi, Hoffmam, Aranha, Oliveira, Piaget, Vigotsky e Galvão.<br />

Percebe-se que, apesar <strong>de</strong> uma vasta produção científica que já se apresenta na área <strong>de</strong><br />

EJA, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a meta<strong>de</strong> <strong>da</strong> déca<strong>da</strong> <strong>de</strong> 90, alguns autores citados, excetuando os clássicos,<br />

não apresentam uma colaboração especifica para a área. É o caso, por exemplo, <strong>de</strong><br />

Emília Ferreiro, Luckesi, Hoffmam, Aranha.<br />

No que diz respeito aos procedimentos metodológicos utilizados pelos<br />

estu<strong>da</strong>ntes nos TCCs, segue um gráfico ilustrando a porcentagem:<br />

60%<br />

50%<br />

40%<br />

Prevalência <strong>da</strong>s metodologias utiliza<strong>da</strong>s pelos<br />

alunos nos TCCs em Educação <strong>de</strong> Jovens em<br />

Adultos.<br />

56%<br />

27%<br />

3<br />

Programa 30% <strong>de</strong> Pós Graduação em Educação-CEDU/UFAL<br />

20%<br />

10%<br />

0%<br />

Pesquisa<br />

Bibliográfica<br />

17%<br />

Pesquisa <strong>de</strong> Campo Pesquisa<br />

Documental<br />

Fonte: Colegiado <strong>de</strong> Pe<strong>da</strong>gogia e Biblioteca Central<br />

7


De acordo com o gráfico, po<strong>de</strong>-se observar que 56% dos alunos utilizam<br />

pesquisa bibliográfica, 27% pesquisa <strong>de</strong> campo e 17% pesquisa documental. A<br />

prevalência <strong>de</strong> uma metodologia volta<strong>da</strong> para a revisão <strong>de</strong> literatura, aponta para uma<br />

produção afasta<strong>da</strong> <strong>da</strong> reali<strong>da</strong><strong>de</strong> local. Ou seja, uma pesquisa ain<strong>da</strong> bastante tími<strong>da</strong> na<br />

relação com os <strong>da</strong>dos empíricos que, <strong>de</strong> certa forma, exige uma maturi<strong>da</strong><strong>de</strong> intelectual<br />

para a sua interpretação ou até mesmo uma maior disponibili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> tempo para a<br />

análise dos <strong>da</strong>dos. De qualquer forma, a pesquisa <strong>de</strong> campo, com um percentual <strong>de</strong><br />

27%, mostra-se representativa. Tal índice se <strong>de</strong>ve, provavelmente, aos estu<strong>da</strong>ntes que<br />

<strong>de</strong>senvolvem pesquisa PIBIC, como também às Práticas <strong>de</strong> Ensino e Estágio<br />

Supervisionado dos anos iniciais do Ensino Fun<strong>da</strong>mental, componente curricular do<br />

<strong>curso</strong> <strong>de</strong> Pe<strong>da</strong>gogia <strong>da</strong> Ufal. Vale ressaltar que a pesquisa documental é a que a<br />

apresenta um menor percentual, no caso 17%. Certamente, isso revela que os<br />

documentos oficiais referentes à Educação <strong>de</strong> Jovens e Adultos, sobretudo em Alagoas,<br />

não são, geralmente, <strong>de</strong> fácil <strong>de</strong> acesso, quando se trata <strong>da</strong>s Secretarias <strong>de</strong> Educação.<br />

No que se refere à prevalência <strong>da</strong>s metodologias utiliza<strong>da</strong>s pelos alunos nos<br />

TCCs voltados à Educação <strong>de</strong> Jovens e Adultos, no período <strong>de</strong> 2003 a 2008, percebe-se<br />

ain<strong>da</strong> que as abor<strong>da</strong>gens metodológicas, <strong>de</strong> modo particular na pesquisa <strong>de</strong> campo, nem<br />

sequer são especifica<strong>da</strong>s, como também os procedimentos e os instrumentos utilizados<br />

para a coleta dos <strong>da</strong>dos <strong>da</strong> pesquisa.<br />

FREQUÊNCIA DO RECORTE HISTÓRICO EJA NA COMPOSIÇÃO DOS<br />

CAPÍTULOS<br />

Neste tópico, o que chamou mais atenção foi o índice elevado <strong>de</strong> <strong>trabalhos</strong> que<br />

apresentavam como um <strong>de</strong> seus capítulos, <strong>de</strong> modo geral o primeiro, o recorte histórico.<br />

Frequência dos recortes históricos na composição<br />

dos capítulos.<br />

15%<br />

85%<br />

Apresentam um recorte<br />

histórico<br />

Não apresentam<br />

8


Constatou-se que 15% não apresentam a historici<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> EJA em suas<br />

produções e 85% apresentam o recorte histórico. Dentre os que apresentam resgate<br />

histórico <strong>da</strong> EJA, 83% fazem no contexto brasileiro e 17% no contexto brasileiro e<br />

alagoano. Além disso, verificou-se que muitos dos <strong>trabalhos</strong> <strong>de</strong> Conclusão <strong>de</strong> Curso que<br />

faz o resgate histórico <strong>da</strong> EJA não chegam a estabelecer uma relação efetiva entre a<br />

história e as discussões que estão sendo abor<strong>da</strong><strong>da</strong>s no trabalho. Ao analisar tal<br />

incidência, verifica-se que, na maioria dos <strong>trabalhos</strong>, a inserção do contexto histórico<br />

parece ser um re<strong>curso</strong> para engrossar as páginas do TCC que <strong>de</strong>ve conter, no mínimo,<br />

25 folhas. De modo geral, o contexto histórico é apresentado <strong>de</strong> forma linear, através <strong>de</strong><br />

<strong>da</strong>tas representativas, <strong>de</strong>ixando <strong>de</strong> contemplar as tensões e os impasses que marcaram a<br />

história do campo <strong>de</strong> EJA.<br />

CONSIDERAÇÕES FINAIS<br />

Po<strong>de</strong>-se i<strong>de</strong>ntificar, através do levantamento estatístico e <strong>de</strong> uma análise<br />

qualitativa acerca dos <strong>da</strong>dos, que os temas referentes à Educação <strong>de</strong> Jovens e Adultos é<br />

o saber mais abor<strong>da</strong>do nos <strong>trabalhos</strong> <strong>de</strong> <strong>conclusão</strong> <strong>de</strong> <strong>curso</strong>, com um percentual <strong>de</strong> 12%.<br />

Entretanto, isso não garante uma valorização <strong>da</strong> área por parte dos estu<strong>da</strong>ntes. Ou<br />

melhor, que os alunos estejam refletindo criticamente sobre as questões que envolvem a<br />

Educação e, <strong>de</strong> modo particular, a educação do estado <strong>de</strong> Alagoas. Segundo Paulo<br />

Freire (1996), a produção do conhecimento implica o exercício <strong>da</strong> capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> crítica <strong>de</strong><br />

“tomar distância” do objeto, <strong>de</strong> observá-lo, <strong>de</strong> <strong>de</strong>limitá-lo, <strong>de</strong> cindi-lo, <strong>de</strong> “cercar” o<br />

objeto. Mais ain<strong>da</strong>, <strong>de</strong> exercitar a capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> comparar, <strong>de</strong> levantar questionamentos.<br />

Ao contrário do que se espera <strong>de</strong> uma atitu<strong>de</strong> volta<strong>da</strong> para a pesquisa, muitos<br />

<strong>trabalhos</strong> acadêmicos, sobretudo os TCCs, parecem ser realizados apenas para a<br />

conquista <strong>de</strong> notas, assegurando a obrigatorie<strong>da</strong><strong>de</strong> legal. Não se po<strong>de</strong> esquecer, porém,<br />

que parte <strong>de</strong>sta responsabili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong>ve ser imputa<strong>da</strong> ao próprio sistema universitário, que<br />

privilegia, muitas vezes, o aspecto quantitativo em <strong>de</strong>trimento <strong>da</strong> quali<strong>da</strong><strong>de</strong>. Nesse caso,<br />

9


o tempo disponibilizado para a realização <strong>de</strong> um TCC po<strong>de</strong> ser uma <strong>da</strong>s razões que têm<br />

fragilizado a sua elaboração, enquanto uma produção científica. Segundo Chaui (1999),<br />

a avaliação <strong>de</strong> to<strong>da</strong> e qualquer universi<strong>da</strong><strong>de</strong> passa a ser medi<strong>da</strong> pela sua produtivi<strong>da</strong><strong>de</strong>,<br />

orienta<strong>da</strong> por três critérios: quanto uma universi<strong>da</strong><strong>de</strong> produz, em quanto tempo produz e<br />

qual o custo do que produz. Opera-se, assim, uma inversão tipicamente i<strong>de</strong>ológica <strong>da</strong><br />

quali<strong>da</strong><strong>de</strong> em quanti<strong>da</strong><strong>de</strong>, quando <strong>de</strong>ixa <strong>de</strong> se in<strong>da</strong>gar o que se produz, como se produz,<br />

para quem ou para que se produz.<br />

Embora tais críticas sejam prementes, não se <strong>de</strong>ve <strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> reconhecer que as<br />

produções realiza<strong>da</strong>s no período <strong>de</strong> 2003 a 2008, especialmente no que se refere à<br />

elaboração do TCC, acenam para o modo como os estu<strong>da</strong>ntes <strong>de</strong> Pe<strong>da</strong>gogia têm<br />

procurado enriquecer a sua formação acadêmica e, sobretudo, <strong>de</strong> que forma eles têm<br />

sido tocados pelos incontáveis problemas que cercam à prática educativa. Nesse<br />

sentido, os altos índices <strong>de</strong> analfabetismo que assolam o Brasil e, <strong>de</strong> modo particular o<br />

Estado <strong>de</strong> Alagoas, po<strong>de</strong>m revelar que a prevalência dos TCCs na área <strong>de</strong> Jovens e<br />

Adultos, apesar <strong>de</strong> certas fragili<strong>da</strong><strong>de</strong>s teórico-metodológicas, implicou um olhar a mais<br />

dos estu<strong>da</strong>ntes do <strong>curso</strong> <strong>de</strong> Pe<strong>da</strong>gogia <strong>da</strong> Universi<strong>da</strong><strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Alagoas.<br />

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