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agosto - Rapidinho

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2 O P I N I Õ E S Goiânia, <strong>agosto</strong> 2011<br />

Gente Amiga<br />

Pe. Maurício Brandolize, C.Ss.R.<br />

Graças a Deus em nossos dias, não obstante<br />

tantas contradições, escândalos, drogas, orgias,<br />

corrupção, exploração, falsidade, irresponsabilidades<br />

em relação às pessoas e à natureza, ainda<br />

existem jovens e adultos que sentem um profundo<br />

desejo de vida mais humana, fundamentada em<br />

relações interpessoais vividas na verdade e na<br />

solidariedade. Que bom! Isso é uma espécie de<br />

“chama que ainda fumega”... Ainda queima uma<br />

esperança!<br />

Este mês de <strong>agosto</strong>, durante o qual todos os<br />

anos nossa Igreja nos chama a refletir sobre “vocação”,<br />

é uma ótima ocasião para repensar nosso<br />

agir. Para onde estamos caminhando? Onde esta<br />

vida que levamos vai desembocar? Aliás, há gente<br />

que nem quer saber disso. Preferem aproveitar o<br />

que é possível e levar vantagem em tudo.<br />

Com otimismo voltamos a afirmar que graças<br />

a Deus muitas pessoas de nosso convívio manifestam<br />

vontade de construir relações profundas de<br />

verdadeira amizade, vontade de conhecer e viver<br />

um verdadeiro amor, de construir uma vida feliz<br />

através de uma família unida, desejo de exercer<br />

uma profissão que lhe cause prazer e realização<br />

pessoal, engajar sua vida num trabalho que sustente<br />

sua vida e contribua para uma sociedade melhor.<br />

Na verdade isso já são aspectos da vocação que recebemos<br />

de Deus. Deus nos chama para uma vida<br />

humana digna, onde todos tenham o gosto e alegria<br />

de viver, tendo condições de usufruir das necessidades<br />

básicas do ser humano. Se todos tomassem<br />

consciência desta primeira vocação em nossa vida,<br />

sem dúvida o mundo seria bem melhor.<br />

Além disso, no entanto, muitos sentem um impulso<br />

de ir mais além. Não lhes basta uma vida<br />

humana tranquila, pois, somos chamados para<br />

alturas mais distantes, para um horizonte mais<br />

longínquo. A pessoa humana foi criada para algo<br />

maior, para o infinito. A pessoa humana foi criada<br />

para se relacionar com Deus. Aqui entra o grande<br />

combate da cultura moderna que quer eliminar<br />

Deus da face da terra.<br />

Bento XVI tem voltado sempre sobre este assunto<br />

do racionalismo que quer deixar Deus de<br />

lado. O papa se esforça para apresentar Deus<br />

como parceiro da humanidade. Ele fala às culturas,<br />

fala à sociedade, fala às famílias e ultimamente<br />

tem falado aos jovens: “Deus é vida, e cada<br />

criatura tem a vida. De um modo único e especial,<br />

a pessoa humana, feita à imagem de Deus, aspira<br />

ao amor, à alegria e à paz. Então, compreendemos<br />

que é um contrassenso pretender eliminar a Deus<br />

para que o homem viva. Deus é a fonte da vida;<br />

eliminá-lo equivale a separar-se desta fonte e, inevitavelmente,<br />

privar-se da plenitude e da alegria:<br />

‘sem o Criador, a criatura se dilui’ (Concílio Ecumênico<br />

Vaticano II, Constituição Gaudium et Spes, 36)”<br />

(Mensagem para JMJ Madri 2011).<br />

Nossa Igreja, neste mês de <strong>agosto</strong>, relembra<br />

nossa vocação. Pede que valorizemos nossa vocação.<br />

Dedica uma semana para uma determinada<br />

vocação. Começa destacando a vocação para o<br />

ministério ordenado (bispos, padres e diáconos).<br />

Dá uma ênfase especial na vocação para a vida<br />

em família (Semana Nacional da Família). Depois<br />

lembra a vocação para a vida consagrada (religiosos<br />

e religiosas). Enfim, recorda a vocação para os<br />

ministérios e serviços dentro das Comunidades.<br />

Viver bem a vocação é preciso! Tudo para que<br />

todos tenham a alegria de viver com gosto e satisfação!<br />

DISTRIBUIÇÃO GRATUITA: 4.000 Exemplares<br />

Entre os dias 16 a 21<br />

de <strong>agosto</strong>, a cidade<br />

de Madri (Espanha)<br />

será a capital de um dos<br />

eventos mais esperados<br />

pela Igreja Católica e, em<br />

especial, pelos jovens: a<br />

Jornada Mundial da Juventude<br />

(JMJ). Centenas<br />

de milhares de jovens<br />

vão participar e aprofundar<br />

as exigências da<br />

vida e da missão cristã<br />

no mundo de hoje. Só<br />

da nossa Arquidiocese<br />

estão indo mais de cem<br />

jovens, do Brasil mais<br />

de dez mil, e do mundo<br />

inteiro mais de um milhão<br />

de jovens. As JMJ<br />

foram criadas pelo Beato<br />

João Paulo II em 1985, e<br />

Propriedade: C.Ss.R. - Goiás<br />

PARÓQUIA NOSSA SENHORA DA GUIA<br />

VICARIATO DE TRINDADE - ARQUIDIOCESE DE GOIÂNIA<br />

Praça Nossa Senhora da Guia s/nº - Parque Buriti<br />

CEP 74485-803 - Goiânia - Goiás - Telefone: (62) 3299-1062<br />

E-mail: mauricio@redentorista.com.br<br />

DOM WASHINGTON CRUZ*<br />

Jornada Mundial da Juventude<br />

bento Xvi convoca jovens PaRa um encontRo<br />

Pessoal com cRisto, sob o tema “enRaizados<br />

e ediFicados em cRisto, FiRmes na Fé”<br />

consistem numa reunião<br />

mundial de jovens. Na<br />

opinião dele, “a finalidade<br />

principal das JMJ<br />

é colocar Jesus Cristo no<br />

centro da fé e da vida<br />

de cada jovem, para que<br />

seja o seu ponto de referência<br />

constante”.<br />

Agora é Bento XVI<br />

que convoca os jovens<br />

para um encontro pessoal<br />

com Jesus Cristo, sob<br />

o tema “Enraizados e edificados<br />

em Cristo, firmes<br />

na fé”. Participar das JMJ<br />

é fazer uma caminhada,<br />

é tornar-se peregrino, é<br />

pôr-se a caminho com<br />

muitos outros irmãos, na<br />

mesma direção e rumo<br />

ao mesmo destino: Jesus<br />

Cristo. Assim, as jornadas<br />

são uma caminhada<br />

dentro de uma caminhada<br />

maior que é a vida<br />

cristã rumo à felicidade.<br />

Participar das JMJ é<br />

definir-se peregrino, caminheiro<br />

capaz de experimentar<br />

as delícias da<br />

caminhada sem se deter<br />

*Arcebispo Metropolitano de Goiânia<br />

nelas. O caminheiro não<br />

desanima perante os obstáculos,<br />

pois acredita e<br />

confia que o Senhor do<br />

Caminho, além de acompanhá-lo,<br />

já preparou o<br />

terreno plano e águas<br />

tranquilas pela frente.<br />

Rezemos para que<br />

nossos jovens saibam<br />

aproveitar dos dias de<br />

graça da JMJ. Que realmente<br />

seja uma caminhada<br />

com e em direção<br />

a Cristo Ressuscitado<br />

que dá sentido à vida.<br />

Uma pessoa com fome não é livre<br />

no mundo, é usado mais dinheiRo em camPanhas contRa<br />

a obesidade, do Que contRa a ePidemia “Fome’’<br />

n Silvonei José<br />

Rádio Vaticano<br />

Imagens da fome que<br />

sacodem a nossa consciência<br />

continuam girando<br />

o mundo, trazendo às<br />

nossas casas um drama<br />

de milhões de pessoas que<br />

sobrevivem, dia após dia,<br />

com a ajuda humanitária<br />

de outros países, quando<br />

essa chega. Estamos falando<br />

do drama da seca<br />

que afeta os países do<br />

chifre da África, a pior<br />

dos últimos 60 anos. Segundo<br />

diretor da FAO,<br />

a Organização das Nações<br />

Unidas para a Alimentação<br />

e Agricultura,<br />

Jacques Diouf, são necessários<br />

1 bilhão e 600<br />

milhões de dólares nos<br />

próximos 12 meses.<br />

O Banco Mundial<br />

decidiu repassar 500 milhões<br />

de dólares. O Brasil<br />

está entre os 10 principais<br />

doadores com 34,5<br />

milhões de reais em alimentos.<br />

O drama da fome que<br />

vivemos é vergonhoso. A<br />

situação a que chegamos<br />

numa chamada “Civilização<br />

Moderna”, evidencia<br />

de modo gritante<br />

os muitos abismos que a<br />

mesma construiu como o<br />

Reprodução<br />

drama da fome que mata<br />

todos os dias milhões de<br />

pessoas em todo o mundo,<br />

a maior parte crianças.<br />

Ao mesmo tempo<br />

esse mesmo “mundo civilizado”<br />

apresenta outra<br />

face da medalha onde a<br />

obesidade, por erros e excessos<br />

de alimentos, deforma<br />

toda uma geração<br />

de crianças e jovens. É<br />

um mundo de contrastes<br />

entre luxo e lixo, riqueza<br />

material e miséria moral.<br />

Mas por que a fome<br />

não acaba? Pergunta legítima.<br />

Talvez a resposta<br />

seja simples, mas ao mesmo<br />

tempo complicada.<br />

Aparentemente, a fome<br />

não existe por carência na<br />

produção de alimentos e<br />

sim pela má distribuição<br />

de riquezas, principalmente<br />

nos países pouco<br />

desenvolvidos, em que o<br />

capital é concentrado nas<br />

mãos da minoria e em<br />

detrimento à maioria. A<br />

ganância de alguns pisoteia<br />

o desejo de muitos de<br />

ter uma vida digna. No<br />

mundo quase um bilhão<br />

de pessoas dorme com<br />

fome toda noite. Como<br />

isso não pode sacudir a<br />

nossa consciência todas<br />

as vezes que colocamos<br />

a cabeça no travesseiro<br />

para dormir? Segundo<br />

informações de agências<br />

de notícias internacionais,<br />

é irônico o fato de<br />

que, no mundo, é usado<br />

mais dinheiro em campanhas<br />

contra a obesidade,<br />

do que contra a epidemia<br />

‘’fome’’.<br />

A fome deriva, antes<br />

de mais nada, da pobreza.<br />

A segurança alimentar<br />

das pessoas depende<br />

essencialmente do seu<br />

poder de compra, e não<br />

da disponibilidade física<br />

de alimentos. A fome<br />

existe em todos os países:<br />

voltou inclusive a aparecer<br />

nos países europeus,<br />

tanto do oeste como do<br />

leste. Contudo, a história<br />

do século XX ensina<br />

que a pobreza econômica<br />

não é uma fatalidade.<br />

Verifica-se que muitos<br />

países progrediram economicamente<br />

e continuam<br />

a fazê-lo; outros, pelo<br />

contrário, sofrem uma<br />

regressão, vítimas de<br />

políticas - nacionais ou<br />

internacionais - assentes<br />

em falsas premissas.<br />

A fome pode resultar<br />

ao mesmo tempo de políticas<br />

econômicas inadequadas<br />

e de estruturas<br />

e costumes pouco eficazes<br />

e que contribuem<br />

para destruir a riqueza<br />

dos países. Deriva também<br />

de comportamentos<br />

lamentáveis a nível<br />

moral: busca egoísta do<br />

dinheiro, do poder e da<br />

imagem pública; a perda<br />

do sentido de serviço à<br />

comunidade; sem esquecer<br />

o importante grau de<br />

corrupção, sob as mais<br />

diversas formas.<br />

É necessário o empenho<br />

de todos para mudar<br />

a situação de milhões de<br />

pessoas que padecem a<br />

fome. Os países ricos, os<br />

potentes da terra devem<br />

ajudar e dar a sua contribuição.<br />

Quem sabe,<br />

assim, as populações<br />

africana, asiática, latinoamericana<br />

possam ter<br />

melhores condições de<br />

vida.<br />

A situação precisa<br />

ser enfrentada, pois uma<br />

pessoa faminta não é<br />

uma pessoa livre.<br />

MISSIONÁRIOS REDENTORISTAS: Pe. Antônio Ricieri Bariani / Pe. Carlos Ferreira /<br />

Pe. Mário Rodrigues Paim / Pe. Maurício Brandolize / Pe. Manoel Ribamar / Pe. Anemézio Machado<br />

JORNALISTA RESPONSÁVEL: Pe. Rafael Vieira da Silva, CSsR / GO 01078JP<br />

EDITOR: Pe. Antônio Maurício Brandolize, CSsR<br />

DIAGRAMAÇÃO: Marcia L. Silveira - REVISÃO: Divina M. Queiroz / Eurípedes A. dos Santos<br />

IMPRESSÃO: Scala Editora / Goiânia-GO (62) 4008-2350

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