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Goiânia, <strong>agosto</strong> 2011<br />
surfando nas ondas da fé<br />
19º Domingo do Tempo Comum (07.08.11)<br />
Mateus 14,22-33<br />
profeta Elias foi ao encontro de<br />
O Deus no monte Horeb (é o mesmo<br />
que Sinai onde Deus apareceu a Moisés).<br />
Houve terremoto, vento, fogo, mas Deus<br />
não apareceu. Quando deu um ventinho<br />
manso, aí falou com Elias. Deus sempre<br />
amaina nossa tempestade. Nós rezamos<br />
como o salmo desse domingo: “Mostrainos,<br />
Senhor, vossa bondade, e a salvação<br />
nos concedei”.<br />
Pedro, quando viu que era Jesus que<br />
vinha andando sobre as águas, animou-se<br />
e quis também andar sobre as águas. E<br />
teve medo e começou a afundar. A gente<br />
também se afoga num copo d’água. Nesta<br />
hora grita mesmo: “Senhor, salva-me”!<br />
Jesus está sempre por perto a estender<br />
a mão. Ele dá uma sacudida na gente:<br />
Homem fraco de fé!<br />
São Paulo era de raça e religião judaica.<br />
Amava seu povo, mas no momento<br />
em que amou mais Cristo, soube surfar<br />
sobre as águas da fé.<br />
Atravessamos dificuldades, complicações.<br />
De vez em quando a água passa<br />
acima de nosso pescoço. É o momento de<br />
ver Deus presente a nos oferecer a mão<br />
para não afundarmos. Com a fé somos<br />
capazes de estar acima de tudo, mesmo<br />
quando estamos por baixo.<br />
ser chato também dá certo<br />
20º Domingo do Tempo Comum (14.08.11)<br />
Mateus 15,21-28<br />
mulher pagã é tratada duramente<br />
A por Jesus. Se falasse para mim<br />
daquele jeito, eu queimava na hora e<br />
ia embora. Mas a fé da mulher soube<br />
passar por cima e procurar resolver seu<br />
problema. Jesus a chama de cachorrinho.<br />
PE. LUIZ CARLOS*<br />
a família no plano do Pai eterno<br />
Arquivo<br />
notícia boa<br />
Os judeus do tempo de Jesus, chamavam<br />
os pagãos de cães. Parece que Jesus fecha<br />
a porta da salvação. Mas a mulher insiste<br />
com gosto: “Mas os cachorrinhos também<br />
comem as migalhas que caem da mesa”.<br />
Ela queria que Jesus curasse sua filha que<br />
estava muito mal. E insiste.<br />
Jesus então dá a nota final: Mulher,<br />
grande é tua fé! Seja feito como tu queres.<br />
Foi chata e venceu. A gente tem que ser<br />
chato com Deus. Acho que Ele gosta.<br />
A fé vivida por aqueles que estão longe<br />
da Igreja, às vezes nos dão lições. Deus<br />
está aberto a todos. E tem gente que diz<br />
que só do jeito dele é que salva.<br />
Há um grande mistério no fechamento<br />
dos judeus. Tudo queriam só para eles, o<br />
que era para todos. No fim eles ficaram<br />
fora e os pagãos assumiram o Reino de<br />
Deus.<br />
Paulo diz que, se com essa situação<br />
dos judeus houve o bem grande da conversão<br />
dos pagãos, quanto maior será o<br />
resultado quando eles se abrirem.<br />
nossa casa PRecisa<br />
seR constRuída no<br />
aliceRce da Fé<br />
e do amoR<br />
Para entendermos a família, o matrimônio,<br />
precisamos entender Deus.<br />
Deus é uma comunidade de três Pessoas:<br />
o Pai, o Filho e o Espírito Santo. As<br />
três Pessoas Divinas estão unidas entre<br />
si pelo Amor. Deus é uma comunidade<br />
infinitamente feliz porque unida no<br />
Amor. Ao criar a humanidade “à sua<br />
imagem e semelhança no Amor”, Deus<br />
quer que o homem e a mulher vivam<br />
juntos em comunhão de Amor para<br />
formar uma família. Por isso a família<br />
é um sacramento, isto é, sinal da graça<br />
de Deus. O encontro dos diferentes<br />
(homem e mulher) no amor gera novas<br />
vidas que são os filhos.<br />
O casal com os filhos formam a família<br />
que Deus escolheu para ser na<br />
terra a imagem da Santíssima Trindade:<br />
Pisando em cobra<br />
Assunção de Maria (21.08.11)<br />
Lucas 1,39-56<br />
Na imagem da Imaculada Conceição<br />
e Nossa Senhora das Graças, Maria<br />
está pisando uma cobra. É uma lição. Para<br />
mim, cobra, nem pintada. Mas esta nós<br />
temos que enfrentar. A cobra simboliza<br />
a tentação que pode destruir a vida de<br />
Deus em nós. Eva foi tentada no Paraíso<br />
e caiu. Maria (a mulher do Apocalipse) é<br />
perseguida pelo Dragão e vence e salva<br />
seu Filho.<br />
Celebrar a Assunção de Maria ao Céu<br />
é reconhecer o que ela própria reconhece:<br />
a grandeza de Deus que salva. Essa salvação<br />
é receber de Deus o imenso dom de<br />
sua misericórdia.<br />
A grande misericórdia de Deus para<br />
com Maria, livrando-a de todo o pecado,<br />
comunhão de pessoas no amor. Todos<br />
nós somos escolhidos de Deus para viver<br />
a santidade no amor. A família deve<br />
ser o espaço bom para a gente aprender<br />
a fazer o bem, amar a Deus e ao próximo.<br />
É em casa que somos exercitados na<br />
prática do perdão, da partilha dos bens,<br />
da verdade, da justiça e da paz. Em família<br />
podemos crescer na fé, pois é em<br />
família que aprendemos a rezar e a ouvir<br />
a Palavra de Deus.<br />
Nossa casa precisa ser lugar de<br />
respeito às pessoas. A fidelidade, honestidade<br />
e disposição para trabalhar<br />
aprende-se em família. Nossa casa<br />
precisa ser construída no alicerce da<br />
fé e do amor. A responsabilidade pela<br />
construção da família é dos pais e também<br />
dos filhos. Nenhum membro da<br />
família pode fugir da responsabilidade<br />
de colaborar para que a casa seja bem<br />
construída.<br />
Toda família é uma igreja doméstica.<br />
A família pode ser mais feliz e encontrar<br />
solução para os problemas quando<br />
se reúne para rezar, para ler e meditar a<br />
Palavra de Deus e quando participa da<br />
E S C O L A D A F É<br />
9<br />
* Missionário Redentorista,<br />
Província de São Paulo<br />
em vista dos méritos de Cristo em sua<br />
Paixão, é levar sua ressurreição à sua<br />
plena realização: levá-la ao Céu de corpo<br />
e alma já na sua morte.<br />
A Assunção de Maria não é privilégio<br />
só dela. Jesus ao ir para o Céu na<br />
Ascensão levou consigo nossa natureza<br />
humana. É natureza marcada pela divindade.<br />
O corpo de Maria, que faz parte<br />
de nossa humanidade pecadora levou<br />
consigo para o Céu, a natureza humana<br />
recuperada pela graça da Redenção que<br />
ela recebeu de modo admirável ao ser<br />
concebida.<br />
saco vazio não para em pé<br />
22º Domingo do Tempo Comum (28.08.11)<br />
Mateus 1,21-27<br />
Jesus, na palavra de hoje, ensina o<br />
sentido da vida: Deixar tudo para ter<br />
tudo. Os bens materiais são um nada.<br />
Vemos tantos grandões, endinheirados<br />
e poderosos deitados no caixão. Não<br />
levam nada! Nadinha de tudo. Nem<br />
reclamam.<br />
Os que escolhem Jesus, perdem muitas<br />
coisas, mas ganham o Tudo. É preciso<br />
manter esta escolha que deve ser total. Só<br />
assim será consistente.<br />
O profeta Jeremias era um fraco, dizem<br />
que era medroso. Para mim, ele era<br />
um sofredor forte que tirava sua resistência<br />
na escolha que fez de ser de Deus. Isso<br />
não o deixava fracassar, mesmo quando<br />
sofria demais: “Disse comigo: Não quero<br />
mais me lembrar disso, nem falar mais<br />
em nome Dele. Senti, então, dentro de<br />
mim um fogo ardente a penetrar-me o<br />
corpo todo”.<br />
Sem esse Deus dentro de nós, não<br />
paramos em pé. Saco vazio não para<br />
em pé. Cheio das maldades do mundo.<br />
Não dobra.<br />
Igreja na Paróquia. O pai e a mãe são,<br />
na família, como o padre na Paróquia:<br />
tem a missão de abençoar, de promover<br />
o diálogo e a união, de ensinar a rezar,<br />
de ensinar a doutrina... A família cristã<br />
é como luz e sal que ilumina e dá sabor<br />
a toda a sociedade.<br />
“Que nenhuma família comece em<br />
qualquer de repente. Que nenhuma família<br />
termine por falta de amor. Que o<br />
casal seja um para o outro de corpo e<br />
de mente. E que nada no mundo separe<br />
um casal sonhador!<br />
Que nenhuma família se abrigue<br />
debaixo da ponte. Que ninguém interfira<br />
no lar e na vida dos dois. Que ninguém<br />
os obrigue a viver sem nenhum<br />
horizonte. Que eles vivam do ontem, do<br />
hoje, e em função de um depois!<br />
Que a família comece e termine sabendo<br />
onde vai. E que o homem carregue<br />
nos ombros a graça de um pai. Que<br />
a mulher seja um céu de ternura, aconchego<br />
e calor. E que os filhos conheçam<br />
a força que brota do amor! Abençoa,<br />
Senhor, as famílias! Amém! Abençoa,<br />
Senhor, a minha também.” Pe. Zezinho