continuam - Gazeta do Vale

2 Opinião Gazeta do Vale. Santa Rita do Sapucaí. 12 de dezembro de 2008
Editorial
Apertem m os os cin cintos cin os
Estamos num momento
delicado da
política econômica
mundial. Países
decretando recessão, empresas
dando férias coletivas aos
funcionários, municípios
tendo que refazer cálculos
para se chegar ao orçamento
final para o próximo ano.
Cortes, cortes e mais cortes
neste final de ano.
Pois bem, apesar do otimismo
do presidente Lula acerca
da política econômica brasileira,
se dizendo confiante de
que por aqui não passará de
uma “gripinha”, o cenário que
se apresenta é outro. Nesta semana,
diversas montadoras de
automóveis deram férias coletivas
aos funcionários. Algumas,
em atitudes mais dramáticas,
demitiram alguns colaboradores
para se readequar
ao novo sistema mundial.
Hoje, o que se espera é uma
ação global para conter essa
crise. Uma saída, segundo economistas,
é a injeção de dinheiro
no mercado, aumentando a
linha de crédito da população,
dando atrativos para financiamentos.
Outra, é socorrer as
empresas, a fim de que elas
continuem competitivas no
mercado, e produzam. Recém
eleito presidente dos EUA, Barack
Obama tem cobrado
ações imediatas do governo
para socorrer as montadoras,
e também para que elas se
modernizem, fazendo carros
mais baratos e econômicos.
Por aqui, essa recessão
mundial vai ser sentida nas
prefeituras municipais. Só
para se ter um exemplo, em
Santa Rita do Sapucaí, o orçamento
estimado em R$ 45 milhões
não dará para cobrir as
necessidades, visto que a mesma
se encontra em dificuldades.
Para os assessores, o ideal
seria R$ 50 milhões. Outro
ponto que gera receio nos novos
administradores municipais
(e também naqueles que
continuam à frente) é o risco
de diminuição no repasse do
FPM (Fundo de Participação
dos Municípios), já acenado
pelo Governo Federal.
O governo e toda classe
econômica do país estavam
com olhos e ouvidos voltados
para a reunião do Copom (Conselho
de Política Monetária),
que se reuniu na noite de quarta-feira
para traçar a taxa de
juros do país. Muitos, como a
CUT e a Fiesp, queriam que os
juros fossem reduzidos. Mas,
vendo pelo lado conservatório
da situação, optaram por manter
em 13,75% as taxas de juros
no ano. Enquanto outros
países tentam reduzir, aqui se
mantém. Uma explicação, até
certo ponto plausível, é para
evitar inflação, que já está na
casa dos 6%. Bem, para quem
sofreu há alguns anos, uma inflação
que chegava a mais de
2.000% ao mês, ainda não é de
assustar. Mas os períodos são
outros, e a situação também.
Num primeiro momento,
pode-se pensar que o Natal
da população brasileira será
afetado, que a crise impedirá
grandes compras. Por um
lado isso pode até acontecer,
mas, segundo dados do IBGE,
houve aumento no número
de empregos no mês de novembro
e, segundo organismos
que medem o consumo,
também há expectativa de
aumento nas vendas. Entretanto,
apesar da confiança do
presidente em que isso vai
melhorar, não custa nada
cortar algumas coisinhas,
para que o final de ano possa
ter, pelo menos, um franguinho
assado na mesa do trabalhador.
Pensamento
“Reconhecer e aprender com os
próprios erros é ambição”
Pedro Bial
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Impressão: Fato Jornal
Humberto Tavares
Enfim, Enfim, terminou
terminou
o o ano ano 2000...
2000...
Não, amigo leitor do Jornal
Gazeta, não é erro de impressão
nem erro de digitação
deste autor não; finalmente
terminou o ano de
2000 para quem é vascaíno
como eu e outros 15 milhões
de brasileiros...
Tudo começa na tarde de
30 de dezembro de 2000, dia
em que deveria ter acontecido
a final e o título de campeão
brasileiro de futebol
daquele ano em pleno estádio
de São Januário. Deveria,
é isso mesmo, mas não
foi bem assim. Além do erro
de estratégia de levar a partida
final para o nosso caldeirão,
Eurico Miranda, então
vice-presidente do Vasco,
tropeçou nas pernas em
muitas outras atitudes. A
partida chegou a ter início,
mas depois da saída de Romário,
sentindo a ‘costumeira’
lesão na coxa, a confusão
tomou conta e a torcida dividida
em seu amor e ódio
pelos maiores artilheiros da
fase moderna do clube (o
próprio Romário e Edmundo)
resolveu se degladiar até
que parte do alambrado do
estádio veio abaixo e as pessoas
se machucaram.
Eurico, no auge de sua
Nascida e criada em lar
evangélico, bem cedo
aprendi a amar e respeitar o
pastor como um líder espiritual,
autoridade instituída
por Deus. Era muito bom
quando recebíamos o pastor
em nossa casa. Casa dos
meus avós maternos. Nessas
ocasiões, minha avó, carinhosamente,
preparava
bolos, pudins, sucos deliciosos.
Não faltava a macarronada
italiana que só ela sabia
fazer; tudo muito apreciado
pelo visitante. Nós
transformávamos a chegada
daquela visita ilustre
numa festa. O quarto para
hospedar o pastor era todo
preparado com esmero.
Com o passar dos anos, já
bem mais adulta e num envolvimento
mais responsável
com a igreja, vivi muitas
alegrias, mas também decepções,
quando em situações
difíceis percebi meu pastor
vulnerável com atitudes que
entristeciam o meu coração.
Porém, o amadurecimento
Na edição
passada (22),
foi colocada de
forma errada a
legenda da foto
ao lado. O correto
é: “O ganhador
da moto
do Rotary, Vicente
(e), recebe
as chaves da
diretoria”.
loucura ainda tinha esperanças
de que aquela partida pudesse
ser reiniciada. Mas não,
a história do Vasco começava
a ser manchada naquela
data. Novo jogo foi marcado,
o Vasco venceu, e fácil, o São
Caetano em pleno Maracanã
desta vez, sagrando-se quatro
vezes Campeão Brasileiro. E
qual não foi a surpresa de
todos quando o Vasco entrou
em campo para esta partida
final trajando nosso manto
sagrado com o logotipo do
SBT, o canal do Silvio Santos,
para cutucar a Globo... Aquilo
significava guerra para a
emissora concorrente, e o
estrago estava feito. A Rede
Globo, que desde o dia da partida
em São Januário já vinha
levando “a ferro e fogo” os
acontecimentos, tomou o
dirigente vascaíno como inimigo
público número um,
com direito a Globo Repórter
especial com fatos ligados
a Eurico e sua administração
a frente da equipe do
Gigante da Colina.
O que se viu dali pra frente
foi uma perseguição a Eu-
rico Miranda e seus “comparsas”,
e de certo modo uma
perseguição ao Vasco e sua
torcida. Hoje, aqueles na Rede
Globo que se dizem entristecidos
com o rebaixamento do
Vasco, são os mesmos que até
outro dia torciam contra e
fizeram de tudo com seus comentários
tendenciosos para
que com o fracasso da equipe
em campo e um possível
rebaixamento, pudesse atingir
a vida e a pessoa de Eurico.
Mas o dirigente vascaíno
é mais duro do que seus inimigos
poderiam pensar. Resistiu
às pressões, o sufoco
financeiro imposto pelo bloqueio
que o Vasco sofreu e
ainda assim não caiu para a
segunda divisão do futebol
enquanto dirigente presente,
mas é claro que sua péssima
administração deixou
vestígios que atrapalharam o
inicio da era de Roberto Dinamite
como presidente.
Na tarde deste domingo, 7
de dezembro, o ano de 2000
terminou. Finalmente aqueles
que administraram mal o
Vasco conseguiram derrubar
Previsão do tempo na Região Sudeste
Formado em Pedagogia pela Universidade do Vale do Sapucaí em
Pouso Alegre e pós-graduado em Psicopedagogia Institucional da FAI
E-mail: humberto@jornalgazetadovale.com.br
o clube, e nisso eu não eximo
a culpa também do atual presidente
Dinamite, aqueles
que moveram montanhas
para destruir o clube que em
sua história provou ser um
dos mais populares e democráticos
conseguiram seu
objetivo, e a Nação Vascaína
engole a seco, triste, moída
por dentro o resultado que
ninguém acreditava que pudesse
acontecer, a segunda
divisão. Mas esse rebaixamento
não é final do mundo.
Aquele garoto, Luiz Fernando,
que quase estragou sua
vida ao final da partida de
domingo querendo acabar
com tudo por causa do insucesso
do Vascão ainda vai viver
para ver o nosso time dar
a volta por cima. Como diz o
poeta, a gente cresce sendo
ensinado que o maior dos
sentimentos é o amor e que
ele tudo supera. Tenho a certeza
que os mais velhos não
diziam isso em vão. Tive a
certeza de que esse sentimento
chamado amor é o
que sinto pelo Vasco e que ele
nunca será abalado. O sentimento
não pára, pois todo
Vascaíno, tem amor infinito,
cantarei de coração, Vasco da
Gama! A gente se fala...
Nauta Tavares Ferrer de Oliveira
Di Dia Di a d ddo
d o P PPas
P as astor: as
17 17 de de dezembro
dezembro
Erramos
fez com que eu entendesse o
pastor como ser humano,
frágil e pecador assim como
todos nós.
Minha infância foi muito
marcada pela figura de um
pastor de cabelos branquinhos,
fisionomia de avô, voz
grave e calma, a figura do
Reverendo Antônio Marques
da Fonseca Jr. Amava
as crianças. Levantava-as
nos braços à altura do seu
rosto e dizia: “Dá um beijo
no vovô!”. Era organizado,
culto, elegante no vestir, no
falar, na postura, no jeito de
ser. Tenho na memória as
mais lindas recordações daqueles
tempos. Não é pieguice
da minha parte, mas saudades
de um tempo deveras
muito bom e feliz.
Cito como outro exemplo
o Reverendo Delfino Correa,
era baixo, gorduchinho, alegre,
brincalhão, chegou
conquistando todos até mesmo
pessoas que não eram do
nosso meio evangélico. Era
um homem bom, amigo, humilde
e encontrava no Evangelho
e no convívio com os
irmãos seu maior prazer. Visitador
gostava de almoçar
na casa dos fiéis, quando
chegava, gritava lá de fora:
“O gente boa, põe mais água
no feijão que o pastor está
chegando”. Gentil, elogiava a
cozinheira e comia com a
mesma alegria o que se colocava
à mesa. Fosse um
banquete, ou um simples arroz
com feijão. Era conselheiro,
prestativo, e estava
sempre junto à comunidade.
Era espiritual e espirituoso.
Sua conduta impecável e
absolutamente simples mostrava
um homem puro, segundo
o coração de Deus.
Teve vida longa, mas deixou
saudades quando se foi.
No Dia do Pastor, recordando
aqueles que passaram
pela minha vida e com seu
estilo próprio deixaram marcas
indeléveis, contribuindo
para o meu amadurecimento
e crescimento espiritual,
sou muito grata a Deus pela
vida de todos os pastores e
rogo ao Pai que lhes conceda:
saúde, paz, amor, sabedoria
e discernimento para que
vivam em alegria no pastoreio
de suas ovelhas.
Aos pastores aposentados
rendo minha homenagem
e gratidão pelo seu serviço
à Igreja, suplicando a
Deus que supra todas as
suas necessidades permitindo-lhes
vida longa e tranqüila,
com a certeza de terem
honrado o chamado de Deus
e cumprido a missão.
Aos seminaristas, futuros
pastores, que possam estar
se colocando integralmente
nas mãos de Deus para que a
cada dia se tornem mais dignos
de serem líderes espirituais
do rebanho do Senhor.
Gotas de vida
A A tocha
tocha
A inteligência é o leme dos sentimentos.
O combustível da vontade.
A tocha da liberdade...
A inteligência compreende bem o que o coração ama.
É como pára-quedas que só funciona quando abre...
Há pessoas que são gênios na profissão e crianças na vida.
A inteligência é como um relógio.
Não está em ir depressa mas em estar calibrado.
Jaime Fernandes, SJ
Fonte: www.climatempo.com.br