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2<br />

EXPEDIENTE<br />

O Página de Polícia é uma publicação da ICONE<br />

– Editora e Publicações Ltda. As matérias e<br />

artigos veiculadas podem ser reproduzidas<br />

desde que citada a fonte.<br />

“O conteúdo dos textos publicados é de inteira<br />

responsabilidade de seus autores e não expressa,<br />

necessariamente, as opiniões do Jornal”.<br />

Diretor Executivo: Carlos Maurício Lopes<br />

Depto: Comercial: Carlos Nascimento<br />

Projeto Gráfico: Erick Cerqueira<br />

Designer dos anúncios: Diógenes Brandão/<br />

Fábio<br />

Fotos: Luis Nascimento<br />

Tiragem: 20.000 exemplares<br />

Redação: Rua Lauro Müller, 08, s/404,<br />

Comércio – Salvador - Cep: 40.015-030<br />

Tel: (71) 8851-2007 / 9276-8354<br />

E-mail: paginadepolicia@paginadepolicia.com<br />

Site: www.paginadepolicia.com<br />

Edição: agosto de 2011<br />

Impressão: Multigráfica - Salvador/BA


EDITorIal<br />

Segurança pública tem solução?<br />

A insegurança pública, nos últimos<br />

anos se tornou um problema de<br />

extrema gravidade e parece<br />

insolúvel. O problema passou a<br />

ser um dos desafios enfrentado<br />

pelo Estado brasileiro.<br />

A falta de segurança é um<br />

limitador de direitos e da cidadania.<br />

Sem ela, o cidadão é privado de alguns<br />

direitos tais como lazer, liberdade,<br />

trabalho e educação.<br />

A população é obrigada a conviver<br />

com a degradação do espaço público,<br />

as dificuldades ligadas à reforma<br />

das instituições da administração da<br />

justiça criminal, à violência policial,<br />

à ineficiência preventiva de nossas<br />

instituições, à superpopulação nos<br />

presídios, às rebeliões, e péssimas<br />

condições de internação de jovens em<br />

conflito com a lei.<br />

Segundo dados do Observatório da<br />

Cidadania, em 2009 o Brasil foi o<br />

sexto país do mundo com o maior<br />

número de homicídios (25,2 por 100<br />

mil habitantes). Isto corresponde<br />

a aproximadamente 50.000<br />

assassinatos por ano. Nos Estados<br />

Unidos, o índice é de 6 homicídios<br />

por 100 mil habitantes. França e<br />

Portugal apresentam valores de 0,7 e<br />

1,6, respectivamente. No México, que<br />

possui características semelhantes ao<br />

Brasil, a taxa de homicídios é de 9,3<br />

por mil habitantes.<br />

A Solução passa questão política<br />

De acordo com a Assessora Política do<br />

Instituto de Estudos Socioeconômicos<br />

- INESC, Eliana Magalhães Graça, o<br />

cenário de falta de segurança pública<br />

e violência que se apresenta no Brasil<br />

é “um quadro de tragédia. E o Estado<br />

brasileiro está sem<br />

condições de enfrentar<br />

essa situação”.<br />

A assessora observa<br />

que, apesar das tentativas de<br />

encarar os problemas de segurança<br />

como direito de cidadania e a uma<br />

vida sem violência, os brasileiros ainda<br />

estão longe de consagrar este direito.<br />

A presidente Dilma e seu governo devem<br />

enfrentar esta situação, para de fato<br />

alterar este cenário. Senão, a questão<br />

apenas se avolumará e a sociedade<br />

cada vez mais insegura. Alguns<br />

componentes desta violência como o<br />

racismo e o sexismo institucionais não<br />

podem ser desprezados. “É importante<br />

não esquecer que o aparelho repressivo<br />

do Estado está impregnado desses<br />

preconceitos e discriminações”, diz<br />

Eliana.<br />

Um drama brasileiro<br />

O ano de 2010 terminou com um<br />

balanço pouco animador na política<br />

nacional de segurança pública. Não<br />

obstante algumas conquistas, a década<br />

de 2000-2010 foi a continuidade de um<br />

flagelo na área da segurança. Apesar<br />

da diminuição de alguns indicadores<br />

de crimes violentos observados na<br />

segunda metade dessa década a partir<br />

de 2005, o balanço final mostra que<br />

não temos motivos para comemorar.<br />

O número de mortes por homicídio no<br />

Brasil é vergonhosamente assustador.<br />

Em sua maioria jovens, na faixa<br />

etária entre 14 e 29 anos, pobres<br />

e negros. Este também é o<br />

perfil dos novos presidiários<br />

que entram em idade cada<br />

vez mais tenra em<br />

nossas prisões<br />

- verdadeiras<br />

masmorras que não<br />

recuperam nem integram<br />

os infratores à sociedade.<br />

Prova disso é que as taxas de<br />

reincidência no país chegam a<br />

alarmantes 80%.<br />

Mudanças estruturais no<br />

aparato de segurança é outra<br />

medida urgente. Valorização<br />

do profissional de segurança e<br />

não se pode esquecer que se faz<br />

necessário mudanças urgentes na<br />

cultura nacional, para desfazer<br />

padrões preconceituosos e<br />

discriminatórios. E nisto, a<br />

sociedade tem sua parcela de<br />

responsabilidade.<br />

Cabe ao novo governo desatar<br />

todos estes nós. É imprescindível<br />

propor formas de enfrentamento<br />

a todos os tipos de violência e<br />

desenvolver políticas públicas<br />

que realmente fomentem a<br />

segurança pública que tanto o<br />

Brasil necessita.<br />

Carlos Nascimento<br />

Editor<br />

3


4<br />

Longe de representar uma surpresa,<br />

a nomeação do delegado Hélio Jorge<br />

Oliveira Paixão, 43 anos, para chefiar<br />

a Polícia Civil é o desdobramento<br />

do movimento de renovação na<br />

instituição, iniciado ainda no governo<br />

Paulo Souto.<br />

Desde a primeira gestão, quando<br />

colocou a Polícia Federal dentro<br />

da SSP-BA, o governador Wagner<br />

deixava clara a intenção de mexer na<br />

estrutura da pasta, varrendo o que<br />

entendia ser um entrave à sua política<br />

de segurança pública. Num primeiro<br />

momento, cometeu equívocos graves,<br />

típicos de principiante: os delegados<br />

Paulo Bezerra, pinçado da PF para<br />

a titularidade da SSP-BA, e João<br />

Laranjeiras, resgatado do corredor<br />

para o gabinete de delegado-chefe, se<br />

revelaram um fiasco.<br />

Bezerra, por exemplo, notabilizouse<br />

por gastar R$1,29 milhão do Fundo<br />

Especial de Aperfeiçoamento dos<br />

Serviços Policiais (Feaspol) na compra<br />

de um lote de módulos prisionais<br />

móveis a certa empresa capixaba.<br />

Teoricamente, as celas-contêineres<br />

deveriam desafogar as delegacias em<br />

ocasiões especiais como o Carnaval,<br />

mas foram reprovadas logo no<br />

primeiro teste com a fuga de uma leva<br />

de detentos e viraram sucata de luxo.<br />

Até pouco tempo, apodreciam sem<br />

uso dentro do Complexo Penitenciário<br />

do Estado, no bairro da Mata Escura.<br />

Quanto a Laranjeiras, hoje gozando<br />

de remunerado descanso, melhor não<br />

tecer comentários(sic). Embora um<br />

cardeal da velhíssima guarda da polícia<br />

baiana, Laranjeiras virou o rosto para<br />

antigos companheiros, deixando atrás<br />

de si um rastro de mágoas. Verdade seja<br />

a ascensão dos menudos<br />

dita, ele não foi guindado ao posto pelo<br />

critério da longevidade. Sua ascensão<br />

atendia a compromissos políticos,<br />

firmados nos bastidores. Saiu do cargo<br />

sem deixar saudade entre os pares.<br />

Nunca disse pra que veio.<br />

Na mudança de cenário, entra o<br />

também delegado federal César Nunes<br />

– acordos de âmbito nacional garantem<br />

que a pasta da segurança pública<br />

fique em mãos da PF nos governos do<br />

PT. Tarimbado, experiente, mesmo<br />

chamuscado pela chamada “Operação<br />

Navalha na Carne”, recebe carta branca<br />

do governador Wagner para conduzir<br />

a SSP. Mais uma vez, o pessoal da casa<br />

torce o nariz. Talvez para compensar o<br />

desconforto de enfiar goela abaixo dos<br />

policiais nativos mais um “alemão”,<br />

o governo entrega a Polícia Civil ao<br />

fleumático Joselito Bispo, a elegância<br />

em pessoa.<br />

Apelidado nos corredores de “vaselina”<br />

– uma pecha deselegante para quem<br />

prima pela elegância – o veterano<br />

delegado encaixou-se como uma luva<br />

no papel: discreto o suficiente para<br />

não ofuscar o cacique; escorregadio na<br />

medida certa para não se indispor com<br />

a mídia nem com os comandados.<br />

Mas a fórmula não funcionou cem por<br />

cento. Se satisfazia aos humores da<br />

cúpula, não era suficientemente eficaz<br />

para fazer a base se mexer. O que se viu<br />

foi a insatisfação se acumulando, na<br />

mesma proporção em que cresciam a<br />

inércia e os índices de violência. Aliás,<br />

não vamos nos alongar neste ponto,<br />

uma vez que os fatos que levaram à<br />

mudança na SSP-BA são por demais<br />

conhecidos.<br />

Numa frase, pode-se dizer que, sem<br />

conseguir decifrar o mistério da esfinge<br />

indócil da violência, Nunes acabou<br />

devorado pelo monstro.<br />

Ciente da fragilidade que enfrenta na<br />

área de segurança pública, o governo<br />

partiu para o tudo ou tudo. Não há<br />

alternativa possível. Se a maturidade<br />

dos gestores da primeira gestão não<br />

funcionou, quem sabe a “modernidade”<br />

dos novos auxiliares é o ingrediente<br />

que faltava?<br />

Um aspecto merece especial atenção.<br />

Embora proativo, diligente e homem<br />

de ação, o novo delegado-geral não<br />

se sai bem nos relacionamentos<br />

interpessoais. Nesse ponto, pode<br />

trazer dificuldades à instituição e<br />

criar arestas com a mídia e com os<br />

subordinados. É aí que surge uma<br />

incômoda interrogação: se queria<br />

nomear um “menudo” (apelido dado<br />

aos integrantes de um grupo de<br />

delegados jovens e atuantes que se<br />

contrapõem à velha guarda da Polícia<br />

Civil) para simbolizar a modernidade<br />

da gestão, por que o secretário não<br />

optou por outro nome? Há, mesmo<br />

dentre os menudos, quem preze a<br />

gentileza e saiba atuar com diplomacia,<br />

ainda que utilizando de energia e força<br />

no momento apropriado.<br />

Tomara que o novo chefe da polícia<br />

tenha mais êxito entre os comandados<br />

do que sempre teve no trato com a<br />

imprensa e possa levar a equipe a<br />

readquirir o orgulho de ser policial.<br />

Até porque, não basta mexer na<br />

cúpula. Ex-sindicalista, o governador<br />

Jaques Wagner deve estar lembrado<br />

de que não adianta trocar os diretores<br />

se o chão de fábrica resolve cruzar os<br />

braços.<br />

Por Jaciara Santos para o site<br />

AQueimaRoupa.com.br


6<br />

Secretário apresenta na al balanço das ações<br />

do primeiro quadrimestre de 2011<br />

Aceitando convite da Comissão de<br />

Direitos Humanos e Segurança Pública<br />

da Assembléia Legislativa (CDHSP)<br />

se fez presente para apresentar (e<br />

detalhar) o Projeto Pacto pela Vida,<br />

o Secretário de Segurança Pública<br />

Mauricio Barbosa.<br />

Os parlamentares elogiaram a<br />

dinâmica de trabalho do Secretário,<br />

em face a rápida implantação da<br />

principal ação do Projeto que é a Base<br />

Comunitária de Segurança (BCS),<br />

algumas sugestões e antigas demandas<br />

da área foram reapresentadas.<br />

Foi lembrado pelo deputado Capitão<br />

Tadeu que o projeto das UPPs cariocas,<br />

denominado aqui na Bahia de BCS<br />

fora apresentado ao então governador<br />

Jaques Wagner ainda em 2007 através da<br />

publicação do documento DIRETRIZES<br />

DE UMA POLÍTICA DE SEGURANÇA<br />

PÚBLICA. Isso sem falar, da experiência<br />

vitoriosa da Polícia Militar baiana que<br />

na década de 90 implementou em<br />

nossa capital a Polícia Comunitária<br />

(mesma ideia da BCS). Lamentando<br />

que ainda no fim desta mesma década<br />

tal projeto fora abandonado, ainda pelo<br />

antigo governo.<br />

Por escrito, Capitão Tadeu entregou em<br />

mãos do Secretário um aprofundado<br />

estudo acerca do Policiamento<br />

Ostensivo de Trânsito, que pode ser<br />

implantado em qualquer cidade de<br />

porte grande e médio da Bahia.<br />

Além das propostas que visavam<br />

aprimorar os projetos em<br />

implementação da Secretaria, as<br />

emendas aditivas do Projeto 19.100<br />

(Reforma Administrativa) foram<br />

apresentadas ao Secretário na forma<br />

de Indicação Parlamentar e cobranças<br />

antigas foram refeitas: integrantes<br />

do Observatório da Cidadania<br />

marcaram presença pedindo a<br />

revisão do governo estadual perante<br />

a PEC 300 e porque dá demora na<br />

regulamentação e implantação da<br />

GAP 4 e GAP 5.<br />

Todas as demandas e propostas ficaram<br />

de ser avaliadas pelo Secretário, que se<br />

colocou à disposição para novas visitas<br />

à Assembleia Legislativa, já que ela<br />

é o fórum adequado das propostas e<br />

debates técnicos-políticos.


Coronel Castro assume comando da PM<br />

Tomou posse dia (6/5), o novo<br />

comandante-geral da Polícia Militar,<br />

Coronel Alfredo Braga de Castro. Ela<br />

ocupava o cargo de Coordenador de<br />

Missões Especiais da PM. Coronel<br />

Castro tem 51 anos e assume em<br />

substituição ao coronel Nilton Régis<br />

Mascarenhas, que ficou no comando<br />

da instituição por dois anos e oito<br />

meses.<br />

O governador Jaques Wagner decidiu<br />

fazer a substituição no comando<br />

da PM para promover a renovação<br />

dos quadros da instituição. Com a<br />

mudança, o coronel Mascarenhas<br />

conclui um ciclo virtuoso na Polícia<br />

Militar, onde iniciou carreira como<br />

soldado e chegou ao cargo máximo<br />

como comandante. Durante o período<br />

em que ficou à frente do comando,<br />

coronel Mascarenhas realizou<br />

operações importantes, dentro do<br />

Plano de Proteção ao Cidadão (2010)<br />

e do Pacto Pela Vida, com destaque<br />

para as realizadas recentemente no<br />

Nordeste de Amaralina e no Calabar.<br />

Além disso, foi o principal articulador<br />

para implantação da primeira Base<br />

Comunitária de Segurança.<br />

Além do coronel Castro, assumem<br />

ainda o coronel Carlos Eleutério,<br />

no subcomando da PM e o coronel<br />

Rivaldo Ribeiro dos Santos, como<br />

chefe da Casa Militar do Governador,<br />

em substituição ao coronel Expedito<br />

Barbosa Souza.<br />

Currículos resumidos:<br />

Coronel Alfredo Castro<br />

Com 51 anos e casado, o coronel Castro<br />

era coordenador da Coordenadoria<br />

de Missões Especiais (CME), foi<br />

admitido na PM em 1978. Entre outras<br />

funções, foi instrutor dos cursos de<br />

Especialização em Gestão Estratégica<br />

em Segurança Pública e de Formação<br />

de Oficiais; comandante, por duas<br />

vezes, do 12º BPM/Camaçari; e<br />

Comandante do Batalhão de Polícia de<br />

Choque. Em 2009, fez o curso superior<br />

de Inteligência Estratégica, na Escola<br />

Superior de Guerra, no Rio de Janeiro.<br />

Coronel Rivaldo dos Santos<br />

Com 57 anos, casado e pai de um<br />

filho, coronel Rivaldo ingressou na<br />

PM em 1972. Entre outras funções<br />

que desempenhou na corporação,<br />

foi comandante do 7º Batalhão da<br />

PM, no Barbalho; subcomandante<br />

do Esquadrão de Motocicletas;<br />

comandante do Corpo de Alunos do<br />

Centro de Formação e Aperfeiçoamento<br />

de Praças; e diretor da Academia de<br />

Polícia Militar. Tem pós-graduação em<br />

Política e Estratégia, pela Associação<br />

dos Diplomados da Escola Superior de<br />

Guerra e fez o curso de Aperfeiçoamento<br />

de Oficiais, na Escola Superior de<br />

Polícia Militar do Rio de Janeiro.<br />

Coronel Carlos Eleutério Filho<br />

Nascido no Piauí, o coronel Eleutério<br />

tem 56 anos e ingressou na PM em 1972,<br />

é casado e pai de dois filhos. É formado<br />

em Administração de Empresas pela<br />

Universidade Católica de Salvador<br />

e possui especialização em Direitos<br />

Humanos pela Fundação Escola do<br />

Ministério Público / Faculdade 2 de<br />

Julho. Na PM, já foi comandante do<br />

Policiamento Regional da Capital –<br />

Atlântico e Diretor do Departamento<br />

de Apoio Logístico da Corporação.<br />

Atualmente, é o Auditor Chefe da PM.<br />

7


Em caso de emergência use o celular<br />

Você já passou por alguma<br />

situação de dificuldade, tendo<br />

ao seu lado um aparelho<br />

móvel, e ficou sem saber o<br />

que fazer a não ser ligar para<br />

a polícia, para o SAMU ou<br />

alguém conhecido?<br />

Conheça as quatro utilidades<br />

que estão escondidas em<br />

seu celular, e que serão úteis<br />

pro resto da vida, em caso de<br />

emergência.<br />

Emergência I<br />

O número universal de emergência<br />

para celular é 112.<br />

Se você estiver fora da área de cobertura de<br />

sua operadora e tiver alguma emergência,<br />

disque 112 o celular irá procurar conexão<br />

com qualquer operadora possível para<br />

enviar o número de emergência para você.<br />

O interessante é que o número 112 pode ser<br />

digitado mesmo se o teclado estiver travado.<br />

Experimente.<br />

Emergência II<br />

Você já trancou seu carro com a chave dentro?<br />

Seu carro abre com controle remoto? Bom<br />

motivo para ter um celular.<br />

Se você trancar seu carro com a chave dentro<br />

e a chave reserva estiver em casa, ligue do seu<br />

celular para o celular de alguém que esteja<br />

lá. Basta segurar o celular cerca de 30cm<br />

próximo à porta do seu carro e peça que a<br />

pessoa acione o controle da chave reserva,<br />

segurando o controle perto do celular dela.<br />

Isso irá destrancar seu carro, evitando que<br />

alguém tenha que ir até onde você esteja, ou<br />

tendo que chamar socorro. Distância não é<br />

impedimento. Você pode estar a milhares de<br />

quilômetros de casa, e ainda assim terá seu<br />

carro destrancado.<br />

Emergência III<br />

Vamos imaginar que a bateria do seu celular<br />

esteja fraca. Para ativar, pressione as teclas<br />

*3370#. Seu celular irá acionar a reserva e<br />

você terá de volta 50% de sua bateria. Essa<br />

reserva será recarregada na próxima vez que<br />

você carregar a bateria.<br />

Emergência IV<br />

Para conhecer o número de série do seu<br />

celular, pressione os seguintes dígitos: *#06#<br />

Um código de 15 (alguns aparelhos 13)<br />

dígitos aparecerá no visor. Este número<br />

é único. Anote e guarde em algum lugar<br />

seguro. Se seu celular for roubado, ligue para<br />

sua operadora e dê esse código. Assim, eles<br />

conseguirão bloquear seu celular e o ladrão<br />

não conseguirá usá-lo de forma alguma. Talvez<br />

você fique sem o seu celular, mas pelo menos<br />

saberá que ninguém mais poderá usá-lo. Se<br />

todos fizerem isso, não haverá mais roubos<br />

de celular.<br />

* Extraído da Internet<br />

9


10<br />

Governador inaugura Departamento de<br />

Homicídios e Proteção à Pessoa<br />

Para reduzir o número de homicídios<br />

e aumentar a elucidação de crimes, o<br />

Governo do Estado inaugurou quartafeira<br />

(20), em Salvador, o Departamento<br />

de Homicídios e Proteção à Pessoa<br />

(DHPP) da Polícia Civil. A criação<br />

dessa estrutura faz parte do programa<br />

Pacto pela Vida, desenvolvido pelo<br />

governo baiano.<br />

O prédio localizado na Rua das<br />

Hortênsias, nº 247, Edifício Doutor<br />

Antônio Silvany, Pituba, abrigará seis<br />

dessas delegacias, um efetivo de 120<br />

policiais, além de 110 profissionais das<br />

equipes do Serviço de Investigação de<br />

Local de Crime (SILC), que trabalharão<br />

em escalas de turnos extras. No<br />

total, serão criadas 11 delegacias<br />

especializadas, sendo cinco no interior<br />

do estado.<br />

O DHPP terá, entre suas atribuições, a<br />

missão de investigar os casos de forma<br />

mais eficiente, retirar de circulação<br />

os responsáveis pelos crimes e<br />

remeter à Justiça inquéritos policiais<br />

consistentes, com provas que facilitem<br />

a condenação de criminosos, além<br />

de identificar as áreas onde ocorre a<br />

maioria dos homicídios.<br />

Presente ao evento, o governador Jaques<br />

Wagner disse que ”o Departamento<br />

é importante para a elucidação dos<br />

crimes com mais rapidez e mostra<br />

a preocupação do Estado com essa<br />

missão”.<br />

Participaram da inauguração o<br />

secretário da Segurança, Maurício<br />

Teles, o delegado-geral da Polícia<br />

Civil, Hélio Jorge, o comandante da<br />

Polícia Militar (PM), coronel Nilton<br />

Mascarenhas, o diretor do novo<br />

departamento, delegado Arthur<br />

Gallas, entre outras autoridades.<br />

Funcionamento<br />

Inicialmente, a estrutura do DHPP<br />

contará com três delegacias e um<br />

efetivo do quadro fixo da Polícia Civil,<br />

além dos profissionais do SILC. Esse<br />

pessoal atuará subdividido em três<br />

grandes áreas de Salvador, obedecendo<br />

as Áreas Integradas de Segurança<br />

Pública (AISPs): Atlântico, Baía de<br />

Todos os Santos e Central, regiões<br />

que já possuem comandos da Polícia<br />

Militar. Com isso, cada uma destas<br />

delegacias de homicídios vai trabalhar<br />

em conjunto com o efetivo da Polícia<br />

Militar responsável pela região.<br />

As outras três delegacias da sede do<br />

DHPP estão previstas para entrar em<br />

operação no segundo semestre de<br />

2011. Uma será responsável pela Região<br />

Metropolitana de Salvador (RMS) e<br />

outras duas pelas investigações de<br />

Homicídios Múltiplos, para casos<br />

que envolvam chacina e extermínio, e<br />

de Proteção à Pessoa, cuja atribuição<br />

é cuidar dos casos envolvendo<br />

pessoas desaparecidas e proteção<br />

a testemunhas. Já as delegacias no<br />

interior serão responsáveis por cinco<br />

grandes regiões do estado: região<br />

Norte, em Juazeiro; região Sul, em<br />

Itabuna; região Leste, em Feira de<br />

Santana; região Oeste, em Barreiras;<br />

e região Sudoeste, em Vitória da<br />

Conquista.<br />

Curso de capacitação<br />

Os servidores do Departamento<br />

de Homicídios e Proteção à Pessoa<br />

(DHPPP passarão por mais um<br />

curso de capacitação, oferecido pela<br />

Academia da Polícia Civil (Acadepol)<br />

e ministrado por especialistas em<br />

diversas áreas ligadas à investigação<br />

de homicídios.<br />

Entre os instrutores estão o delegado<br />

geral Hélio Jorge, o superintendente<br />

da Superintendência de Inteligência<br />

da SSP, Rogério Magno Medeiros, o<br />

diretor do Departamento de Narcóticos<br />

(Denarc), delegado Jardel Peres, o<br />

coordenador da Coordenação de<br />

Operações Especiais (COE), delegado<br />

André Viana, e o perito criminal Luiz<br />

Eduardo Dorea.<br />

O curso de Investigação Policial de<br />

Homicídios está sendo inicialmente<br />

disponibilizado para 80 servidores.<br />

Com uma carga de 190 horas/aula,<br />

o treinamento tem como objetivo<br />

principal capacitar tecnicamente os<br />

policiais do DHPP, “para compreender<br />

o sentido sistêmico que envolve todo<br />

o procedimento criminal”, revelou a<br />

diretora da Acadepol, delegada Patrícia<br />

Barreto.<br />

A malha curricular do curso abrange<br />

36 disciplinas, em quatro módulos,<br />

com destaque para Preservação de<br />

Local de Crime, Análise de Dados<br />

e Interceptação, Planejamento<br />

Operacional, Locais de Crime e<br />

Perícias Criminais em Roubo a<br />

Banco e Gerenciamento de Crises.<br />

As aulas teóricas vão ser ministradas<br />

nas dependências da Acadepol, na<br />

Mouraria, e as práticas na sede da<br />

COE, em São Cristóvão, próximo ao<br />

Aeroporto de Salvador.


12<br />

PM faz mudança nos comandos em toda Bahia<br />

As companhias independentes e batalhões da Polícia Militar tem novos comandantes e subcomandantes. As<br />

alterações atingem 16 cidades e também a capital.<br />

O comando da 40ª Companhia<br />

Independente da Polícia Militar<br />

(Nordeste de Amaralina) passa do<br />

major Gidelmar Gualberto para o<br />

tenente-coronel Ivanildo Castro, que<br />

era responsável pelo 12ª Batalhão, em<br />

Camaçari. Para a cidade que abriga<br />

o Pólo Petroquímico irá o tenentecoronel<br />

Dhemóstenes Pereira, que<br />

deixou a 51ª de Sete de Abril, na<br />

capital. Ele foi substituído pelo major<br />

Ricardo Mattos. Na 13ª CIPM (Pituba),<br />

sai o major José Inácio Diniz e entra o<br />

major Elsimar Freitas, que era da 41ª<br />

(Federação). Lá, assume o major Paulo<br />

José Campos.<br />

No interior, houve mudanças<br />

no comando da PM em Porto<br />

Seguro (8º Batalhão), Barreiras<br />

(10º Batalhão), Camaçari (12º<br />

Batalhão), Santo Antonio de Jesus<br />

(14º Batalhão), Guanambi (17º<br />

Batalhão), Irecê (7º Batalhão),<br />

Teixeira de Freitas (13ª Batalhão),<br />

Eunápolis (7ª CIPM), Itapetinga<br />

(8ª CIPM), Brumado (34ª CIPM),<br />

Lençóis (42ª CIPM), Conde (51ª<br />

CIPM), Vila de Abrantes (59ª<br />

CIPM), Vitória da Conquista (78ª<br />

CIPM), Poções (79ª CIPM) e Itabuna<br />

(Companhia Independente da<br />

Polícia Rodoviária).<br />

Caveirão da PM chegou à Bahia<br />

O Batalhão de Choque<br />

(CHOQUE), unidade de elite da<br />

Polícia Militar da Bahia, similar<br />

do BOPE/RJ, Já tem o seu Veículo<br />

blindado de Apoio Tático (VAT),<br />

o ”Caveirão”, como é conhecido<br />

no Rio de Janeiro. O veículo foi<br />

“doado” por uma empresa de<br />

segurança privada à Secretaria<br />

de Justiça e Segurança Pública<br />

do Estado e será utilizado em<br />

operações policiais de incursão<br />

em áreas críticas de alto risco na<br />

capital baiana.<br />

A apresentação do carro<br />

aconteceu durante o Seminário<br />

de Segurança em Eventos<br />

Esportivos Internacionais,<br />

realizado no auditório do<br />

Tribunal Regional Eleitoral<br />

(TRE).<br />

O blindado ainda não foi<br />

batizado, fala-se que vai ganhar<br />

nome de Pacificador, mais já está<br />

sendo apelidado de ”Miseravão”.<br />

Este tipo de automóvel pode<br />

entrar em qualquer área,<br />

independentemente do tipo de<br />

terreno.<br />

Ele possui seteiras espalhadas<br />

(pequena abertura para permitir<br />

que os policiais fiquem com o<br />

cano das armas para fora), rodas<br />

reforçadas, pintura camuflada e<br />

logotipo do Batalhão de Choque.<br />

Segundo o governador Jaques<br />

Wagner, embora o carro seja<br />

necessário, o desejo é o de que não<br />

seja necessária a sua utilização.<br />

“O governo tem uma série de<br />

armamentos que eu espero não<br />

precisar usar”, disse. Será?


HUMor<br />

Carta da União do Crime a<br />

Presidenta Dilma<br />

Aí Geral, queria deixar<br />

um depoimento<br />

aqui, falou? A gente<br />

resolveu aí, numa<br />

‘assembrea’, fazer<br />

um pronunciamento<br />

agradecendo à<br />

presidenta Dilma.<br />

Dilminha, é nóis. Tâmo<br />

junto e misturado!<br />

O que dé pra vc, dá pra nóis tb,<br />

parceria.<br />

Pô, numa só canetada a presidenta<br />

vai liberar 100 mil “irmãos”,<br />

encarcerado nessas cadeias suja<br />

aí do país. Na semana que vem<br />

os mano já sai tudo e volta ao<br />

convívio familiar.<br />

A parada é essa mermo, Dilminha.<br />

Se o povo fala errado, diz que não<br />

tem mais essa de errado, e oficializa<br />

o erro chamando de inadequado.<br />

E se as cadeia tá cheia, pô, solta<br />

os cara que esvazia, aí, hehehe.<br />

Melhor pra nóis que fica mais<br />

espaço. Né, não?<br />

Minha presidenta, se a senhora<br />

precisar aí, sei lá, a gente pode<br />

ajudar dando umas dica pra<br />

segurança pública. Essa parada<br />

de UPP é “barril”. Mas a gente<br />

quer mesmo é agradecer. Essa<br />

sua canetada foi sinistra, parcera.<br />

Solta o povo mermo, pô. É só<br />

20% da população carcerária…<br />

E mais, essa lei aí vai deixar as<br />

cadeia mais segura. Tirá esse<br />

bando de marginalzinho fulero<br />

que cometeu crimes de furto,<br />

porte ilegal ou tráfico de armas,<br />

sequestro, corrupção de menores,<br />

contrabando e homicídio culposo,<br />

foi sinistro. Vai acabar esse lance<br />

de superlotação de cela, e aí sobra<br />

espaço pra visita íntima, hehehe.<br />

Dilminha você é 10, ou 13, sei lá.<br />

Mas pra gente, você é 1000 e mora<br />

no nosso coração, falô?<br />

Então é isso, tá dado o recado.<br />

Nóis tá fechado pra 2014. Desculpa<br />

alguns escorrego aí na carta. É<br />

inadequado, a gente tá ligado, mas<br />

aqui na cadeia tá sem revisor.<br />

PS. Dilminha, só dá uma aliviada<br />

aí na parada da fiança, ficou<br />

muito cara. Parece que a justiça tá<br />

querendo 100 anos de perdão, pô!<br />

Aliveia aê, na moral.<br />

Ass. PCC, Comando Vermelho, 2º<br />

Comando da Capital, Fernandinho<br />

Beira Mar e coligados.<br />

* De acordo com a nova legislação, a prisão<br />

preventiva só poderá ser aplicada nos casos<br />

de crimes para os quais se preveem penas<br />

superiores a quatro anos de reclusão<br />

Por Erick Cerqueira<br />

Para o site TipoRevista.com.br<br />

Secretário se reúne<br />

com delegados<br />

O secretário da Segurança Pública,<br />

Maurício Teles, se reuniu com<br />

representantes do Sindicato dos<br />

Delegados de Polícia da Bahia<br />

(SINDPEB) e da Associação dos<br />

Delegados de Polícia da Bahia<br />

(ADPEB). No encontro a delegada<br />

Soraya Pinho, presidente de ambas<br />

as instituições e o vice-presidente<br />

do SINDPEB, Fábio Lordelo,<br />

reafirmaram com o secretário o<br />

compromisso com a Secretária<br />

da Segurança Pública e com os<br />

serviços prestados à população.<br />

Melhorias na prestação do<br />

serviço público prestado pelos<br />

delegados, na estrutura das<br />

delegacias e questões referentes a<br />

regulamentação da lei orgânica,<br />

a remuneração e a custódia de<br />

presos foram alguns dos assuntos<br />

abordados na reunião. “Estamos<br />

aproveitando a oportunidade para<br />

pontuar algumas demandas da<br />

classe e alinhar os nossos serviços<br />

com o plano de segurança do novo<br />

secretário”, informou Soraya.<br />

De acordo com o secretário,<br />

as situações apontadas pelos<br />

representantes serão analisadas<br />

para que os serviços prestados<br />

pela classe sejam potencializados<br />

e melhorias na estrutura sejam<br />

realizadas.<br />

13


aFPEB: Chapa 1 vence com<br />

mais de 70%<br />

A Chapa 1, com o lema A ASSOCIAÇÃO<br />

NÃO PODE PARAR, liderada por<br />

Armando Campos, obteve mais<br />

de 70% de votos confirmando o<br />

sentimento de defesa da unidade<br />

dos servidores públicos. Entidades<br />

sindicais e associações apoiaram a<br />

chapa vencedora.<br />

Liderando a AFPEB desde 1991,<br />

Dr. Armando Campos, delegado<br />

aposentado, sempre se destacou pela<br />

Armando Campos vence mais uma.<br />

atuação forte produzindo um<br />

novo pensar na direção da<br />

entidade, que é a mais antiga na<br />

organização e representação<br />

dos funcionários públicos<br />

na Bahia, com o caráter<br />

assistencialista.<br />

Muitas conquistas foram<br />

alcançadas na gestão do<br />

companheiro Armando<br />

Campos, como a manutenção,<br />

requalificação e administração<br />

da sede administrativa,<br />

localizada na Rua Carlos<br />

Gomes que oferece assistência<br />

médica, odontológica<br />

e jurídica, aulas de qualificação<br />

profissional dentre outros serviços,<br />

além da estrutura do clube social.<br />

De acordo com declaração da<br />

presidente do Sinpojud, Maria José<br />

Silva a vitória da Chapa 1 da AFPEB<br />

foi muito satisfatória e completou: “O<br />

Servidor Público só tem a ganhar com<br />

esta gestão que dará continuidade a<br />

um trabalho democrático em prol da<br />

categoria”.<br />

Capitão Tadeu, continua Dep. Estadual<br />

No dia 02/02/2011 tomou posse como Deputado<br />

Estadual, por força de um mandato de segurança<br />

impetrado pela Drª. Cristiane Sandes, advogada<br />

do Observatório da Cidadania e do CENAJUR<br />

– Escola de Direito e Cidadania.<br />

Razão: a Justiça Eleitoral da Bahia não<br />

computou cerca de 13.000 votos do candidato<br />

WANK, de Juazeiro, da nossa coligação. Com a<br />

soma desses votos o Capitão Tadeu se elege.<br />

Através de um recurso ao Tribunal Superior<br />

Eleitoral – TSE, foram computados esses votos,<br />

provisoriamente, até que se julgue o processo<br />

definitivamente nos próximos meses (de 2011).<br />

Resumindo: a permanência do Capitão Tadeu<br />

como deputado dependerá desse julgamento.<br />

Para o Deputado “Ser eleito através de uma ação<br />

judicial para reconhecer um direito fortalece a<br />

nossa cidadania, mas enfraquece a todos nós<br />

no campo político (o que dá força a um político é a quantidade de votos)”.<br />

E finaliza, de qualquer forma, continuarei me esforçando ao máximo pelos<br />

nossos ideais e de portas abertas para todos.<br />

HUMor<br />

Em época de<br />

“carteiradas”...<br />

Um policial vai a uma fazenda<br />

e fala pro dono, um velho<br />

fazendeiro:<br />

- Preciso inspecionar sua fazenda.<br />

Há uma denúncia de plantação de<br />

maconha.<br />

O fazendeiro responde: “Ok,<br />

mas não vá naquele campo ali.”<br />

E aponta para uma determinada<br />

área.<br />

O oficial, p... da vida, retruca<br />

indignado:<br />

- O senhor sabe com quem está<br />

falando? O senhor sabe que tenho<br />

o poder do governo federal?<br />

E tira do bolso um crachá<br />

mostrando ao fazendeiro:<br />

- Este crachá me dá a autoridade<br />

de ir onde quero, de entrar<br />

em qualquer propriedade e de<br />

fiscalizar qualquer área. Não<br />

preciso pedir ou responder a<br />

nenhuma pergunta.<br />

Está claro? Me fiz entender?<br />

O fazendeiro todo humilde pede<br />

desculpas e volta para o que estava<br />

fazendo.<br />

Pouco depois o fazendeiro ouve<br />

uma gritaria e vê o oficial federal<br />

correndo perseguido por Santa<br />

Gertrudes, o maior touro da<br />

região.<br />

E o touro vai chegando mais perto,<br />

mais perto e quando o oficial já<br />

estava quase sendo chifrado, o<br />

fazendeiro larga suas ferramentas,<br />

corre até a cerca e grita com toda a<br />

força de seus pulmões:<br />

- Seu crachá! Mostra o seu<br />

CRACHÁ prá ele...<br />

15


16<br />

Deputado Gilberto Santana anuncia plano de<br />

ação na assembleia legislativa<br />

Segurança Pública, geração de emprego<br />

e renda, saúde, educação e revitalização<br />

da economia cacaueira são as principais<br />

bandeiras que o deputado estadual<br />

Coronel Gilberto Santana (PTN)<br />

defenderá na Assembleia Legislativa.<br />

Ele anunciou uma proposta inovadora<br />

de atuação parlamentar voltada ao<br />

atendimento principalmente do Sul<br />

da Bahia, região a qual representa no<br />

Legislativo Estadual. “Todas as nossas<br />

ações serão planejadas. Vamos reunir<br />

lideranças políticas e comunitárias,<br />

correligionários e dirigentes do partido<br />

para traçar objetivos, estabelecer<br />

prioridades e elaborar um calendário<br />

de ação, com base no atual cenário<br />

político baiano”, acrescentou.<br />

SEGURANÇA PÚBLICA - “Uma das<br />

nossas metas é a Segurança Pública,<br />

um dever do Estado. Entretanto,<br />

por meio de ações participativas de<br />

todos os segmentos da comunidade, a<br />

sociedade atingirá níveis mais baixos<br />

de violência. Essas medidas devem,<br />

obrigatoriamente, ser acompanhadas<br />

de ações sociais que envolvam a prática<br />

cidadã e a geração de emprego, em<br />

especial para os jovens das camadas<br />

mais pobres da sociedade”, disse o<br />

deputado.<br />

Filho de agricultores, Coronel Gilberto<br />

Santana defende o reaquecimento da<br />

economia cacaueira.<br />

Ele vai lutar para a solução do<br />

endividamento dos cacauicultores,<br />

fortalecer e modernizar a Ceplac,<br />

investir na diversificação de cultivos,<br />

gerando emprego e renda e melhorando<br />

as condições de vida da população.<br />

Também vai trabalhar para identificar<br />

alternativas para o agronegócio em<br />

Itabuna, a melhoria da infraestrutura,<br />

a difusão de novas tecnologias e o<br />

fortalecimento do cooperativismo e do<br />

associativismo.<br />

VISITAS INSTITUCIONAIS - Nos<br />

primeiros meses do mandato, o<br />

deputado Coronel Gilberto Santana<br />

vai cumprir um calendário de visitas<br />

institucionais ao órgãos de imprensa; do<br />

Governo do Estado e Poder Judiciário.<br />

“Pretendo também me reunir com<br />

os secretários estaduais, dirigentes<br />

da Ceplac, da Universidade Estadual<br />

de Santa Cruz (Uesc), da Associação<br />

dos Municípios do Sul, Extremosul<br />

e Sudoeste da Bahia (Amurc) e<br />

todas as entidades representativas da<br />

sociedade”.<br />

Segundo o coronel, as visitas visam<br />

conhecer a realidade da instituição,<br />

coletar dados técnicos, estreitar<br />

laços institucionais, estabelecer<br />

parcerias e fortalecer as bases.<br />

“Nossa meta é mobilizar a sociedade<br />

baiana com ênfase para as entidades<br />

representativas do Sul da Bahia em<br />

torno do mandato parlamentar, com<br />

a missão de apresentar propostas e<br />

sugestões, além de criar uma genda de<br />

atendimento à população, buscando<br />

alternativas para os nossos principais<br />

problemas”, garantiu.<br />

PERFIL - Eleito deputado estadual<br />

pelo PTN com 28.732 votos, Gilberto<br />

Cunha Santana Filho, 57 anos, natural<br />

de Coaraci, é bacharel em Direito pela<br />

Uesc e tem curso superior pela Polícia<br />

Militar da Bahia. Casado, tem quatro<br />

filhos. É membro da Loja Maçônica<br />

Filhos Acácia, de Coaraci, e do Rotary<br />

Club Itabuna-Sul. Coronel da Polícia<br />

Militar da Bahia, Gilberto Santana<br />

ingressou na corporação em 1972 e há<br />

mais de três décadas e meia tem sua<br />

imagem relacionada com a área da<br />

Segurança Pública no Sul da Bahia. Foi<br />

chefe da 5ª Ciretran e do 15º Batalhão da<br />

Polícia Militar, sediados em Itabuna;<br />

Comando de Polícia do Interior;<br />

Comando de Polícia da Capital;<br />

Comando de Polícia Regional-Sul;<br />

Comando de Polícia Regional-Oeste,<br />

com sede em Barreiras, e Comando<br />

de Polícia da Região Metropolitana,<br />

sediado em Salvador.


Mais forte do que o crack, óxi chega a Bahia<br />

após se espalhar por dez Estados<br />

Uma operação entre Policiais Civis de<br />

Itapetinga e Macarani, no Sudoeste<br />

Baiano, fizeram no dia (10/05) a<br />

primeira apreensão no Estado da nova<br />

droga conhecida como “ÓXI”, derivada<br />

da cocaína, e mais forte que o crack. A<br />

apreensão dos 81 papelotes e uma pedra<br />

da droga, aconteceu na residência<br />

do ex-presidiário Venicius Ribeiro<br />

Moura, vulgo “Negão”, localizada no<br />

Bairro Primavera em Itapetinga. Os<br />

policiais chegaram ao homem que tem<br />

23 anos, após investigação sobre outro<br />

crime, que de acordo testemunhas, ele<br />

e outros indivíduos teriam furtado um<br />

computador na Zona<br />

Rural de Macarani. A<br />

ação foi comandada<br />

pelos delegados<br />

Roberto Leal<br />

(Macarani) e Roberto<br />

Júnior (Itapetinga)<br />

com apoio do agente<br />

Jorge Luís. Negão está<br />

detido no Complexo<br />

Policial de Itapetinga.<br />

Saiba a diferença entre<br />

oxi, crack e cocaína<br />

Ainda desconhecido<br />

pela maioria da<br />

população, o óxi<br />

ou oxidado, uma<br />

droga parecida com<br />

o crack, só que mais<br />

devastadora, já se<br />

espalhou por dez<br />

Estados do país.<br />

Assim como o crack,<br />

o princípio ativo do<br />

óxi é a pasta base<br />

da folha de coca.<br />

Enquanto o crack é obtido a partir da<br />

mistura e queima da pasta base com<br />

bicarbonato de sódio e amoníaco, no óxi<br />

são utilizados cal virgem e algum<br />

combustível, como querosene,<br />

gasolina e até álcool de<br />

bateria -substâncias que<br />

barateiam o custo do<br />

entorpecente.<br />

A droga é derivada<br />

da planta coca, assim<br />

como a cocaína e o crack.<br />

Há diferenças, contudo, no<br />

modo de preparo. Existe uma pasta<br />

base, com o princípio da droga, e de seu<br />

refino vem a cocaína.<br />

“A pasta base é como a rapadura e a<br />

cocaína é como o açúcar”, compara<br />

Marta Jezierski, médica psiquiátrica<br />

e diretora do Cratod (Centro de<br />

Referência de Álcool, Tabaco e Outras<br />

Drogas), ligado à Secretaria de Saúde<br />

do Estado de São Paulo.<br />

O crack e o oxi são feitos a partir dos<br />

restos do refino da cocaína. As três<br />

drogas possuem, portanto, o mesmo<br />

princípio ativo e um efeito parecido,<br />

que é a aceleração do metabolismo,<br />

ou seja, do funcionamento do corpo<br />

como um todo.<br />

Fonte: Portal UOL<br />

17


Ex-atendente do McDonald’s, capitã de 31<br />

anos chefia UPP da Bahia<br />

Domingas Maria Oliveira da Silva<br />

comanda a principal aposta do<br />

governador Jaques Wagner para conter<br />

a criminalidade em Salvador<br />

Uma mulher de 31 anos comanda hoje<br />

o dia-a-dia da principal aposta do<br />

governador da Bahia, Jaques Wagner<br />

(PT), para tentar conter o avanço da<br />

criminalidade violenta no Estado,<br />

problema histórico que se agravou nos<br />

últimos anos.<br />

A capitã Domingas Maria Oliveira<br />

da Silva, ou Maria Oliveira, como é<br />

conhecida, é quem dita as regras na<br />

base comunitária de segurança do<br />

Calabar, em Salvador, inaugurada há<br />

17 dias, em 27 de abril.<br />

Na manhã do último dia 12, a capitã<br />

se dividia em tarefas administrativas:<br />

escalas de trabalho dos 120<br />

subordinados, infiltrações no telhado<br />

da base, instalação de TV, água. Os<br />

olhos, contudo, estavam na rua.<br />

“Vamos fazer umas incursões hoje.<br />

a Capitã<br />

Maria Oliveira ingressou na PM<br />

aos 19 anos. O primeiro emprego<br />

experimentara três anos antes, aos 16,<br />

em um McDonald’s de Salvador. Após<br />

12 anos de PM, hoje diz ter escolhido a<br />

corporação em busca de “estabilidade<br />

de emprego”, mas que logo tomou<br />

gosto pelo “sistema militar”. “Para<br />

mim não era difícil chamar o superior<br />

de senhor.”<br />

Da mesa recém-montada da<br />

comandante, apenas arranjos de<br />

flores falsas e porta-papéis coloridos<br />

quebram o visual de repartição. Há<br />

ainda uma lista de telefones dos 120<br />

subordinados e a visão para dezenas<br />

de barracos quase colados à janela.<br />

O pessoal está cobrando: quem é<br />

a capitã Maria?”, comentou a uma<br />

subordinada.<br />

O posto policial é o primeiro na Bahia<br />

a tentar reproduzir o modelo das UPPs<br />

(Unidades de Polícia Pacificadora)<br />

do Rio de Janeiro, iniciado em 2008.<br />

A UPP é o centro de um modelo de<br />

policiamento comunitário adaptado<br />

para áreas de risco. Sua instalação<br />

prevê a ocupação prévia de áreas até<br />

então dominadas por traficantes,<br />

e a posterior aproximação entre<br />

moradores e polícia e o fortalecimento<br />

de políticas sociais.<br />

Resultados positivos elevaram a UPP<br />

à condição de “grife” das políticas de<br />

segurança no País. Tornou-se promessa<br />

de campanha da presidente Dilma<br />

Rousseff, que estimou R$ 1,6 bilhão para<br />

fixar 2.883 desses equipamentos pelo<br />

país – com os cortes no Orçamento, a<br />

promessa ainda não saiu do papel.<br />

Enquanto o dinheiro federal não vem,<br />

Escolhido como “laboratório” pelo<br />

governo baiano por ser uma área<br />

pequena, a favela do Calabar soma<br />

20 mil habitantes no meio de bairros<br />

nobres de Salvador, como Ondina e<br />

Jardim Apipema. Traficantes rivais<br />

dominavam áreas diferentes da favela<br />

e impediam a circulação de moradores<br />

entre os territórios em confronto,<br />

situação que ainda não se sabe ao<br />

certo o quanto retrocedeu.Maria<br />

Oliveira diz reconhecer que o tráfico<br />

não acabou na favela e que ainda há<br />

resistências à presença policial na<br />

área. “Estamos em um momento de<br />

paquera: conhecendo a comunidade<br />

e a comunidade nos conhecendo.”<br />

Tarefa que leva para a cama: seu<br />

atual livro de cabeceira, que exibe à<br />

o governo Wagner, premido pelos<br />

índices de criminalidade, bancou R$<br />

300 mil iniciais do projeto. Seguiu<br />

à risca a receita do governo Sérgio<br />

Cabral (PMDB) até na nomeação do<br />

comando: a primeira UPP do Rio, no<br />

morro Dona Marta, também tem uma<br />

oficial na linha de frente.<br />

Segundo a PM baiana, pesaram na<br />

escolha da capitã sua experiência<br />

anterior em policiamento comunitário<br />

e a possibilidade de maior<br />

“acessibilidade” à população local<br />

pelo fato de ser mulher. Dos 31,4 mil<br />

PMs baianos, 4.190 (13%) são do sexo<br />

feminino, sendo 278 oficiais.<br />

reportagem, conta a história do bairro<br />

sob o ponto de vista de um morador.<br />

Em casa, a capitã conta usar a TV<br />

para fugir da rotina. “Adoro ficção, de<br />

realidade basta o que vejo o dia todo”.<br />

Se está nervosa, vai aos doces. “Por<br />

isso sou gordinha”, afirma a policial,<br />

que está noiva e vive com o namorado<br />

a cerca de 20 km do novo trabalho –<br />

por questões de segurança, pede que<br />

a reportagem não divulgue o local.A<br />

policial freqüenta a igreja somente<br />

quando levada pela mãe, mas carrega<br />

um terço na bolsa e “chama por Jesus<br />

três vezes” quando perde a paciência.<br />

Embora já tenha efetuado prisões<br />

em flagrante e lidado com casos<br />

delicados, como estupro de crianças,<br />

diz nunca ter atirado em serviço.<br />

19


20<br />

Departamento de Polícia<br />

Técnica tem novo diretor<br />

Élson Jeffeson Neves da Silva será<br />

o novo diretor do Departamento<br />

de Polícia Técnica (DPT), em<br />

substituição ao perito médico-legal<br />

Raul Barreto Filho, a frente do cargo<br />

durante quatro anos. A alteração<br />

na diretoria do departamento, assim<br />

como as realizadas no comandogeral<br />

da Polícia Militar e na chefia<br />

da Polícia Civil, segue o critério<br />

de renovação estabelecido pelo<br />

secretário da Segurança Pública,<br />

Maurício Teles Barbosa. “Agradeço<br />

pelo excelente serviço prestado por Dr. Raul, porém existem momentos<br />

que exigem uma renovação na instituição”, explicou o secretário. O<br />

novo diretor, Élson Neves, de 50 anos, é perito criminal classe especial<br />

e ingressou no DPT há 12 anos, em 1999.<br />

PEC 300,<br />

UrV e<br />

GaP V.<br />

Quando<br />

esses<br />

sonhos se<br />

tornarão<br />

realidades?<br />

(Policiais Civís e Militares<br />

do Estado da Bahia)


Coronel da Polícia Pacificadora do rio de<br />

Janeiro (UPP -rJ) visita o Calabar<br />

Robson Rodrigues, coordenador das 16 Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) já instaladas no Rio de Janeiro,<br />

passeou pelas ruas do Calabar com a capitão Maria Oliveira<br />

Cada vez mais acostumado à paz,<br />

o coronel Robson Rodrigues,<br />

coordenador das 16 Unidades<br />

de Polícia Pacificadora (UPPs)<br />

já instaladas no Rio de Janeiro,<br />

passeou pelas ruas do Calabar com a<br />

capitão Maria Oliveira, comandante<br />

da primeira Base Comunitária de<br />

Segurança da Bahia, e gostou do que<br />

viu. “Ela está com a faca e o queijo nas<br />

mãos. Percebo que a situação aqui é de<br />

controle e que a comunidade está próativa,<br />

contribuindo com o trabalho da<br />

Polícia”, definiu o oficial.<br />

Com estrutura de segurança<br />

semelhante às instaladas nas favelas<br />

cariocas, a comunidade do Calabar,<br />

segundo o coronel, está pronta para dar<br />

ainda mais passos rumo à cidadania. E<br />

com uma grande coincidência: aqui,<br />

como lá, a primeira UPP é comandada<br />

por uma mulher. “Minha sala tem<br />

A publicidade que o governo<br />

Wagner já promove sobre a base<br />

do Calabar mostra a importância<br />

estratégica que confere ao programa<br />

das UPPs. Confortável no ponto<br />

de vista político e de popularidade<br />

no início do segundo mandato, o<br />

petista acumula números ruins –<br />

que diz ter começado a reverter no<br />

segundo bimestre de 2011 – e críticas<br />

da oposição em segurança.<br />

De 2005 a 2009, por exemplo, houve<br />

alta de 142% nos assaltos a banco e de<br />

85% nos roubos de veículos. A taxa<br />

de homicídios subiu 42% de 2004 a<br />

flores. Um arranjo que ganhei na<br />

inauguração da Base, outras que<br />

ganhei de moradores e essas, novas,<br />

ganhei da Rondesp. Quem disse que<br />

eles não são sensíveis? Adorei”, conta<br />

a capitão Oliveira, que comanda 119<br />

PMs que atuam na comunidade.<br />

Durante a visita, na quinta-feira, o<br />

coronel visitou as instalações da Base,<br />

falou com moradores e parabenizou<br />

a tropa pelo trabalho de aproximação<br />

com a comunidade. “Esse é um grupo<br />

que se destacará no combate ao crime,<br />

já que eles estão desempenhando o que<br />

é, de fato, o papel de Polícia: prevenção<br />

e apoio ao cidadão”, explicou. “Sugeri à<br />

capitão que use também seus homens<br />

como professores de pré-vestibular,<br />

esportes e música, o que facilita ainda<br />

mais a aproximação, principalmente<br />

com os jovens”.<br />

Um dos fatores que estamparam o<br />

sorriso no rosto do coronel Robson foi<br />

uma reunião que estava sendo realizada,<br />

no momento de sua visita, entre líderes<br />

comunitários e representantes das<br />

secretarias municipais de Educação,<br />

Emprego e Renda e Desenvolvimento<br />

Social. “Aqui, os próprios moradores<br />

estão tomando a iniciativa. Isso é<br />

fundamental. E, dando certo, outras<br />

redução de homicídios<br />

2009 e o índice de mortes por armas<br />

de fogo avançou 347% entre 2000 e<br />

2008. Diante do desgaste político<br />

causado pela criminalidade, Wagner<br />

trocou a cúpula da segurança em<br />

2011, anunciou um departamento<br />

específico e um serviço especial<br />

de investigação de homicídios,<br />

reforçando paralelamente a<br />

divulgação de ações no setor.<br />

Para a nova “xerife do Calabar”,<br />

que responde por parte da<br />

responsabilidade pelo desempenho<br />

da nova gestão de segurança de<br />

Wagner, o tráfico impulsiona a<br />

comunidades vão acabar pedindo a<br />

implantação de políticas como essa”,<br />

pontuou o comandante carioca.<br />

Um ponto negativo observado pelo<br />

coronel foi a permanência de dois<br />

obstáculos que impedem carros de<br />

passar, logo na rua principal de entrada<br />

à comunidade. Os piquetes, segundo<br />

ele, devem ser derrubados. “Isso<br />

mostra que o território foi, de fato,<br />

retomado. E que a população pode ir e<br />

vir com tranquilidade”, alertou.<br />

“Esse projeto não visa acabar com a<br />

criminalidade ou erradicar o tráfico<br />

de drogas. Tem apenas o objetivo de<br />

devolver aos moradores da área o<br />

espaço público, livre de impedimentos<br />

ou ameaças”, destacou.<br />

Atenta e anotando as dicas –<br />

“muito importantes para quem está<br />

assumindo esse desafio” –, a xerife<br />

do Calabar prometeu colocar em<br />

prática os bons exemplos que deram<br />

certo nas comunidades cariocas. “São<br />

dicas pertinentes e vamos avaliar<br />

sua eficiência na nossa comunidade.<br />

Só tem uma semana que a Base foi<br />

inaugurada. E, pelo que tenho visto e<br />

ouvido, estamos no caminho certo”,<br />

observou a capitão. “Ela merece todas<br />

as flores”, completou o coronel.<br />

violência, mas a criminalidade não<br />

pode ser debitada apenas na conta<br />

da polícia e dos governantes. “Se<br />

colocar os 30 mil homens (da PM<br />

baiana) na rua não vai resolver. É<br />

o momento de todos os segmentos<br />

sentarem à mesa para resolver”, diz.<br />

De sua parte, diz a comandante<br />

baiana, o roteiro será cumprido<br />

em estilo mineiro. “Estamos<br />

trabalhando devagarzinho para<br />

responder às coisas.” O governo<br />

Wagner promete outras 34 bases<br />

até 2013 – 20 em Salvador e 14 no<br />

interior.<br />

21


22<br />

regina Miki é a 1ª mulher a comandar a Senasp<br />

Os primeiros dias do governo Dilma<br />

Rousseff mostram que as mulheres<br />

ganham cada vez mais espaço na<br />

administração federal. A presidente<br />

Dilma nomeou a ex-secretária de Defesa<br />

Social de Diadema, Regina Miki, como<br />

chefe da SENASP (Secretaria Nacional<br />

de Segurança Pública) do<br />

Ministério da Justiça.<br />

Regina substitui<br />

Ricardo Balestreri<br />

com o desafio<br />

de fazer o<br />

mesmo que fez<br />

em Diadema:<br />

diminuir o número<br />

de homicídios e<br />

combater o crime<br />

organizado, de acordo<br />

com as metas traçadas pelo<br />

ministro da Justiça, José Eduardo<br />

Cardozo.<br />

Quando a advogada Regina Miki<br />

assumiu a Secretaria de Defesa Social<br />

de Diadema em 2001, a cidade amargava<br />

uma média de 111 homicídios por grupo<br />

de 100 mil habitantes, o que a tornava<br />

uma das mais violentas do mundo.<br />

Sete anos depois, quando deixou a<br />

secretaria, a taxa de homicídios girava<br />

em torno de 17 por 100 mil, bem abaixo<br />

da média nacional. A redução da<br />

criminalidade foi premiada pela ONU<br />

(Organização das Nações Unidas),<br />

e a secretária se transformou numa<br />

quase unanimidade nacional. É com<br />

essas credenciais que Regina Miki, 50<br />

anos, chega à Secretaria Nacional de<br />

Segurança Pública.<br />

Ela já vinha trabalhando no Ministério<br />

da Justiça desde 2008, quando foi<br />

convidada pelo então ministro Tarso<br />

Genro (atual governador do Rio Grande<br />

do Sul) para ser secretária<br />

executiva da 1ª Conseg<br />

(Conferência Nacional<br />

de Segurança<br />

Pública).<br />

Entre os trabalhos<br />

no governo<br />

federal, Regina<br />

cooperou para a<br />

reestruturação e<br />

reativação do Conasp<br />

(Conselho Nacional de<br />

Segurança Pública), da qual<br />

é presidente. Composto por 30<br />

instituições, o conselho tem a função<br />

de atuar como órgão normativo na<br />

formulação de estratégias e no controle<br />

e na execução da política nacional de<br />

segurança pública.<br />

Esta é a primeira vez que uma mulher<br />

comanda a secretaria, uma área<br />

marcada pela presença masculina. A<br />

pasta tem um orçamento de R$ 2,4<br />

bilhões para administrar e uma missão<br />

especial: reduzir significativamente<br />

a criminalidade do país, uma das<br />

prioridades máximas estabelecidas<br />

pela presidente Dilma Rousseff<br />

durante a campanha eleitoral. Regina<br />

em nada lembra figuras carrancudas<br />

que costumavam perfilar em cargos de<br />

comando na segurança pública.<br />

Quero uma gestão marcada por metas<br />

e resultados. Temos direcionamento<br />

de um conceito. O Pronasci (Programa<br />

Nacional de Segurança Pública com<br />

Cidadania) tem linha mestra. Minha<br />

meta é transformar o Pronasci numa<br />

política nacional de segurança - avisa<br />

Regina.<br />

A política seria mantida mesmo com<br />

trocas de governos, como acontece<br />

com a estrutura básica do SUS<br />

(Sistema Único de Saúde). A secretária<br />

não revela detalhes da proposta que<br />

está preparando. Mas deixa claro<br />

que política de segurança se faz com<br />

diagnóstico, planejamento, metas e<br />

avaliação permanente de resultados.<br />

Hoje, o governo federal não dispõe<br />

nem mesmo de dados confiáveis sobre<br />

índices gerais de criminalidade.<br />

Regina conhece as resistências, mas<br />

acha que poderá aplicar no plano<br />

federal parte da receita usada em<br />

Diadema.<br />

O estilo<br />

manso da<br />

xerife com<br />

‘uma das<br />

missões<br />

mais<br />

árduas do<br />

Brasil

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