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Modelo de Eccles do Self Controlando o Cérebro

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<strong>Eccles</strong> interpretou o mo<strong>de</strong>lo quântico <strong>de</strong> exocitose em termos <strong>do</strong> interactionismo-dualista, mas esta explicação é<br />

<strong>de</strong>snecessária e nem ajuda. A física quântica— e conseqüentemente a teoria <strong>de</strong> <strong>Eccles</strong> e Beck — não <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

qualquer conceito filosófico <strong>do</strong> dualismo.<br />

UMA TEORIA CIENTÍFICA DO “ EU”<br />

Embora as contribuições <strong>de</strong> <strong>Eccles</strong> não po<strong>de</strong>m ser completamente elaboradas no contexto <strong>do</strong> "interacionismodualista,"<br />

suas <strong>de</strong>scoberta e reflexões po<strong>de</strong>m ser apreciadas quan<strong>do</strong> forem lançadas na estrutura da Teoria <strong>do</strong>s<br />

Sistemas <strong>de</strong> Enformed [organização] (Watson, 1997a, Watson, et Al, 1998; Schwartz, et Al, 1998). <strong>Eccles</strong><br />

<strong>de</strong>scobriu o embrião <strong>de</strong>sta teoria intrigante (Watson , 1998).<br />

TES não é induzida da introspecção [subjetivismo] ou observação. Ela foi <strong>de</strong>senvolvida pelo méto<strong>do</strong> hipotético<strong>de</strong>dutivo<br />

<strong>de</strong>fendi<strong>do</strong> por <strong>Eccles</strong>:<br />

A indução mostrou-se ser insustentável como um méto<strong>do</strong> científico por Popper na Lógica da Descoberta<br />

Científica (1959). Ao invés, avanços científicos compreensivos vêm i<strong>de</strong>almente <strong>do</strong> <strong>de</strong>ducivismo-hipotético:<br />

primeiramente, o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> uma hipótese em relação a uma situação problemática, e secundariamente,<br />

o teste <strong>de</strong>la em relação ao conjunto <strong>de</strong> conhecimentos relevantes e ainda por seu gran<strong>de</strong> po<strong>de</strong>r explicativo.<br />

(1994)<br />

A origem conceitual <strong>de</strong> TES é o postula<strong>do</strong> que ali existe um princípio, capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> conservação para organizar,<br />

<strong>de</strong>nota<strong>do</strong> pelo termo enformy (Watson, 1993). Opon<strong>do</strong>-se às operações <strong>de</strong>sorganizadas implicadas pela segunda<br />

lei <strong>de</strong> termodinâmica, enformy organiza e sustenta campos em quatro dimensões <strong>de</strong> maneira não-aleatória<br />

(chama<strong>do</strong> enformation). Estes campos (<strong>do</strong>mínios <strong>de</strong> influência) são chama<strong>do</strong>s SELF para indicar que eles são<br />

únicos (Singular), sustenta<strong>do</strong> por enformy (Enformed), e capaz <strong>de</strong> reproduzirem-se e evoluir (Living). Não<br />

coinci<strong>de</strong>ntemente, o SELF correspon<strong>de</strong> para o "eu" como <strong>de</strong>scrito por <strong>Eccles</strong>:<br />

[A palavra "<strong>Self</strong>" ou “ Eu” ] será usada para significar uma unida<strong>de</strong> experimentada que <strong>de</strong>riva <strong>de</strong> um elo por memória <strong>de</strong><br />

esta<strong>do</strong>s conscientes que são experimenta<strong>do</strong>s em tempos amplamente distintos — expan<strong>de</strong>m ao longo <strong>de</strong> toda a vida. Deste<br />

mo<strong>do</strong>, para que um "Eu" possa existir <strong>de</strong>ve haver algumas continuida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> experiências mentais e, particularmente,<br />

continuida<strong>de</strong>s ligan<strong>do</strong> vazios <strong>de</strong> inconsciência. Por exemplo, a continuida<strong>de</strong> <strong>de</strong> nosso "Eu" é retomada <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> <strong>do</strong>rmir,<br />

anestesia e as amnésias temporárias <strong>de</strong> choque e convulsões.<br />

Sob TES, SELFs não estão limita<strong>do</strong>s a humanos. SELFs correspon<strong>de</strong>m à organização inerente em to<strong>do</strong>s os<br />

sistemas coerentes, inteira em complexida<strong>de</strong>, <strong>de</strong> fótons até humanos e além. Porque SELFs são contínuos no<br />

espaço-tempo, mas <strong>de</strong>scontínuo em três dimensões, suas características básicas correspon<strong>de</strong>m a aparentes<br />

fenômenos não-locais em física quântica (por exemplo, superposição quântica) e parapsicologia (por exemplo,<br />

telepatia).<br />

SELFs exibem três características fundamentais: (1) o esta<strong>do</strong> <strong>de</strong> adaptação — ajustan<strong>do</strong> [os SELFs] para seus<br />

próprios esta<strong>do</strong>s; e (2) auto-ajuste — ajustan<strong>do</strong> estes esta<strong>do</strong>s com os próprios SELFs, distinguin<strong>do</strong> [tais esta<strong>do</strong>s]<br />

<strong>de</strong> esta<strong>do</strong>s externos para o SELF; e (3) a<strong>de</strong>rência ao espaço-tempo. Os humanos experimentam o esta<strong>do</strong> <strong>de</strong><br />

adaptação e auto-ajuste como rudimentos <strong>de</strong> percepção e autoconsciência, respectivamente. A<strong>de</strong>rin<strong>do</strong> [os<br />

SELFs] no espaço-tempo correpon<strong>de</strong>m-se por telepatia, visualização a distância [remote viewing], precognição, e<br />

psicocinesia. Como visto acima, isto é o aspecto <strong>de</strong> TES que é consistente com a noção <strong>de</strong> <strong>Eccles</strong> sobre psicons<br />

conectan<strong>do</strong> juntos.<br />

SELFs são entida<strong>de</strong>s, mas elas não necessariamente co-existem com entida<strong>de</strong>s materiais. Ao invés, SELFs são<br />

pré-físicas—isto é, pré-existentes e iniciais aos sistemas físicos. Contu<strong>do</strong>, suas operações em sistemas físicos<br />

são profundas: Enformy [aquele princípio ou capacida<strong>de</strong> para organizar campos mentais em quatro dimensões <strong>de</strong><br />

maneira não aleatória] organiza elementos <strong>de</strong> matéria e energia/massa para ajustar com a organização implícita<br />

em SELFs. Deste mo<strong>do</strong>, SELFs agem como mapea<strong>do</strong>r a fim <strong>de</strong> organizar sistemas físicos no tempo e espaço,<br />

que é a base <strong>de</strong> morfogeneses e da origem da vida propriamente. Deste mo<strong>do</strong> TES respon<strong>de</strong> a pergunta feita por<br />

Bertalanffy (1968): "Qual a diferença entre um corpo vivo e um morto?" Um corpo que é enformed ajusta-se com<br />

um SELF que está viven<strong>do</strong>; um corpo que não é enformed <strong>de</strong>ste mo<strong>do</strong> está morto. E como SELFs existem<br />

in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente <strong>de</strong> qualquer sistema físico, a pergunta <strong>de</strong> sua sobrevivência <strong>de</strong>pois da morte <strong>do</strong> organismo<br />

<strong>de</strong>saparece. O aspecto <strong>de</strong> sobrevivência-<strong>de</strong>-SELF em TES implica testabilida<strong>de</strong> da hipótese relativa a<br />

mediunida<strong>de</strong>, isto é, a comunicação telepática com os SELFs <strong>de</strong> pessoas falecidas (por exemplo, Schwartz,<br />

2002).

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