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Vem no vento a transformação da matriz energética do ... - Crea-ES

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4<br />

Editorial<br />

Profissionais<br />

<strong>do</strong> setor tec<strong>no</strong>lógico<br />

trabalham por<br />

energias limpas<br />

As próximas déca<strong>da</strong>s deverão ser marca<strong>da</strong>s, em to<strong>do</strong> o mun<strong>do</strong>, pelo incentivo à utilização de energias<br />

re<strong>no</strong>váveis. O uso massivo de fontes limpas, como as solar, eólica e a biomassa, não só promove o desenvolvimento<br />

sustentável como poderia poupar a atmosfera de boa parte <strong>da</strong>s emissões de gás carbônico,<br />

que provoca o aquecimento global. O assunto está <strong>no</strong> centro <strong>do</strong>s debates, em to<strong>do</strong> o mun<strong>do</strong>.<br />

Com base em números <strong>da</strong> Agência Nacional de Energia Eólica (ANEEL) e <strong>do</strong> relatório <strong>da</strong><br />

World Wind Energy Association, de fevereiro deste a<strong>no</strong>, o incremento anual de capaci<strong>da</strong>de<br />

instala<strong>da</strong> (MW) tem uma taxa média de 28%. Nos últimos três a<strong>no</strong>s, o setor eólico mundial<br />

aumentou sua oferta de trabalho em 87%, sain<strong>do</strong> de 235 mil trabalha<strong>do</strong>res, em 2005, para<br />

440 mil, em 2008.<br />

Especialistas prevêem que, caso não seja feito um esforço coletivo na luta contra as<br />

mu<strong>da</strong>nças climáticas, ocorrerão tragédias que não se restringem à área ambiental. Além<br />

<strong>da</strong> estimativa de que, até 2025, 3 bilhões de pessoas poderão não ter acesso à água. Sem<br />

contar problemas como a escassez de comi<strong>da</strong> e energia, a civilização corre o risco de entrar<br />

em colapso, com bilhões de pessoas condena<strong>da</strong>s à pobreza, geran<strong>do</strong> instabili<strong>da</strong>des social<br />

e política.<br />

No Brasil, a situação também tem provoca<strong>do</strong> importantes debates, alertan<strong>do</strong> para a necessi<strong>da</strong>de de se<br />

substituir a <strong>matriz</strong> <strong>energética</strong> atual por energias re<strong>no</strong>váveis que, por serem obti<strong>da</strong>s a partir de fontes naturais<br />

inesgotáveis e com baixo impacto ambiental, são as alternativas mais viáveis para se evitar o aquecimento<br />

global. Isso porque não produzem emissões, ao contrário <strong>do</strong> que acontece com os combustíveis.<br />

Como subsídio aos futuros investi<strong>do</strong>res interessa<strong>do</strong>s em construir parques eólicos em municípios<br />

capixabas, o Gover<strong>no</strong> <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> lançou, este a<strong>no</strong>, o “Atlas Eólico <strong>do</strong> Espírito Santo”. Além <strong>da</strong> capaci<strong>da</strong>de<br />

de 1,1 mil MW de energia em terra, a publicação apresenta o primeiro estu<strong>do</strong> sobre o potencial eólico em<br />

mar territorial brasileiro (offshore), de 5,5 mil MW.<br />

A tec<strong>no</strong>logia ain<strong>da</strong> não foi utiliza<strong>da</strong> <strong>no</strong> Brasil, mas já é aplica<strong>da</strong> em outros países. Dentre os locais<br />

considera<strong>do</strong>s promissores, conforme o estu<strong>do</strong> contrata<strong>do</strong> pela Agência de Serviços Públicos de Energia<br />

<strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> (Aspe), liga<strong>da</strong> à Secretaria de Esta<strong>do</strong> de Desenvolvimento (Sedes), estão Linhares, <strong>no</strong> <strong>no</strong>rte <strong>do</strong><br />

Esta<strong>do</strong>, Presidente Kennedy, <strong>no</strong> extremo sul, e Marataízes, <strong>no</strong> sul.<br />

Em palestra ministra<strong>da</strong> durante Sessão Plenária <strong>no</strong> Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e<br />

Agro<strong>no</strong>mia <strong>do</strong> Espírito Santo (<strong>Crea</strong>-<strong>ES</strong>), o gestor executivo <strong>da</strong> EDP Re<strong>no</strong>váveis <strong>do</strong> Brasil S/A, Eng. Mecânico<br />

Sávio <strong>da</strong> Rós, destacou que o potencial de geração de energia eólica <strong>no</strong> Esta<strong>do</strong> é estima<strong>do</strong> em 1.100 MW.<br />

O assunto foi um <strong>do</strong>s pontos debati<strong>do</strong>s <strong>no</strong> e<strong>vento</strong> <strong>do</strong> Planejamento Estratégico 2020 <strong>do</strong> Conselho,<br />

realiza<strong>do</strong> entre os dias 20 e 22, em Guarapari. Os conselheiros ressaltaram a importância de o <strong>Crea</strong>-<strong>ES</strong><br />

acompanhar os processos de implantação <strong>da</strong>s energias limpas <strong>no</strong> Esta<strong>do</strong>, priorizan<strong>do</strong>, por exemplo, a<br />

realização de debates.<br />

O Conselho vai acompanhar os licenciamentos desses empreendimentos, de maneira que sejam observa<strong>da</strong>s<br />

não só as questões ambientais como também os ganhos sociais, já que <strong>no</strong>s locais onde existem<br />

usinas eólicas foi registra<strong>do</strong> crescimento <strong>do</strong> Produto Inter<strong>no</strong> Bruto (PIB).<br />

Boa leitura.<br />

Eng. Civil e de Seg. Trab. Luis Fiorotti<br />

Presidente <strong>do</strong> <strong>Crea</strong>-<strong>ES</strong>

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