Fomento Mercantil - ANFAC
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EXPEDIENTE<br />
<strong>ANFAC</strong> - Associação Nacional das Sociedades de<br />
<strong>Fomento</strong> <strong>Mercantil</strong> - Factoring<br />
São Paulo - SP (Diretoria e Administração Geral)<br />
Rua Mário Amaral, 172 - 11º Andar - Paraíso - São Paulo - SP<br />
CEP: 04002-020 - Fone: (11) 3889-2300 - Fax: (11) 3889-2310<br />
Brasília - DF (Sede)<br />
SRTVS - Qd. 701 - Bl. 0 - nº 110<br />
Edif. Novo Centro Multiempresarial - Sala 285 - Asa Sul - Brasília - DF<br />
CEP: 70340-000 - Fone: (61) 3322-7829<br />
DIRETORIA<br />
PRESIDENTE<br />
Luiz Lemos Leite (SP)<br />
1º VICE-PRESIDENTE EXECUTIVO<br />
Marconi José Pereira (PE)<br />
VICE-PRESIDENTE EXECUTIVO<br />
Alcidésio Sabino Maciel (PE)<br />
VICE-PRESIDENTES CORPORATIVOS<br />
RESPoNSABILIDADE SoCIAL:<br />
Alexandre Dumont Prado (MG)<br />
EDIToRIAIS, MARkETING E MíDIA:<br />
Márcio Henrique Vincenti Aguilar (RS)<br />
ASSuNToS EDuCACIoNAIS E DE FoRMAção PRoFISSIoNAL:<br />
Divaldo Disposti (SP)<br />
RECuPERAção E REVITALIzAção DE EMPRESAS:<br />
Frederico Loyo Filho (PE)<br />
RELAçõES PúBLICAS E INSTITuCIoNAIS:<br />
João Amado Réquia (RS)<br />
PLANEJAMENTo E GESTão:<br />
Lívio utech (SC)<br />
NoVoS PRoDuToS:<br />
Marcelo katz (RJ)<br />
GoVERNANçA CoRPoRATIVA:<br />
olmiro Walendorff (RS)<br />
ASSuNToS FEDERATIVoS:<br />
Pio Daniele (SP)<br />
ASSuNToS TRABALHISTAS, CoNTáBEIS E TRIBuTáRIoS:<br />
Sérgio Silveira Melo (CE)<br />
VICE-PRESIDENTES REGIONAIS<br />
NoRTE: Mário Ricardo Gomes (AM)<br />
SuDESTE: João Carlos Ribeiro Vargas (ES)<br />
SuL: José Góes (PR)<br />
CENTRo-oESTE: Lindomar Moreira (Go)<br />
CONSELHO FISCAL<br />
EFETIVoS:<br />
Marcus Vinicius Campos Tavolari (SP)<br />
Lázaro Cardoso (SP)<br />
José Duran Ferreira (SP)<br />
Marcus Jair Garutti (SP)<br />
SuPLENTES:<br />
Cyro Miranda Gifford Neto (SP)<br />
Dalton Xavier Araújo (Go)<br />
CONSELHO DE ÉTICA E DISCIPLINA<br />
EFETIVoS:<br />
Manoel Carlos Vieira de Moraes (SP)<br />
Lúcio Abrahão Monteiro Bastos (SP)<br />
Miguel José Ribeiro de oliveira (SP)<br />
Clodovil Alonso zacarias (SP)<br />
álvaro Acosta Lopez (RS)<br />
SuPLENTES:<br />
Demetrius Alberto Duailibi (SP)<br />
César Moura Rodrigues (PA)<br />
GERENTE ADM. E FINANCEIRO<br />
Sergio Ayres<br />
ASSESSORES DA PRESIDêNCIA<br />
Dorival Maso (SP)<br />
Nadir Baruzzi (DF)<br />
José Luis Dias da Silva (SP)<br />
EDIção<br />
Francke | Comunicação Integrada<br />
Av. Carlos Gomes, 466 - cj. 07 - Bela Vista - Porto Alegre - RS<br />
Fone/Fax: (51) 3388.7674 - www.francke.com.br<br />
Editora Responsável: Mariza Franck (Reg. Prof. 8611/RS)<br />
Redação: Ana Lúcia Medeiros (Reg. Prof. 11582/RS) e<br />
Teresa Maria Schembri (Reg. Prof. 6240/25/91/RS)<br />
Colaboração: Sérgio Giacomel<br />
Direção de Arte: Alex P.C. Mello<br />
Comercial: Raquel Diniz<br />
Revisão: Flávio Dotti Cesa<br />
Revista <strong>Fomento</strong> <strong>Mercantil</strong> - abril/maio/junho de 2010<br />
EDITORIAL<br />
ESPAÇO DO LEITOR<br />
JURISPRUDÊNCIA EM DESTAQUE<br />
GERAL<br />
Como está a prestação de serviço da sua factoring?<br />
ENTREVISTA<br />
Ministro do Superior Tribunal de Justiça,<br />
Massami Uyeda<br />
CAPA<br />
ECONOMIA<br />
NOTÍCIAS <strong>ANFAC</strong><br />
PERFIL FACTORING<br />
FALE COM O PRESIDENTE<br />
ESPAÇO DOS SINDICATOS<br />
04<br />
05<br />
06<br />
08<br />
14<br />
16<br />
20<br />
27<br />
32<br />
34<br />
37<br />
03
04<br />
EDITORIAL<br />
OS CONGRESSOS BRASILEIROS,<br />
patrimônio institucional da <strong>ANFAC</strong><br />
Nestes 28 anos de existência da <strong>ANFAC</strong> já<br />
foram realizados 9 Congressos, de âmbito nacional,<br />
que contam a história do fomento mercantil<br />
no Brasil e se constituem a oportunidade de debater<br />
matérias e situações que se originam no<br />
âmbito dos negócios das empresas de fomento<br />
mercantil e no cenário globalizado e altamente<br />
competitivo e que cada vez mais requerem<br />
o respaldo em conhecimentos sistêmicos que<br />
perpassam as decisões da atividade executiva<br />
empresarial.<br />
Ao longo do tempo, muitas foram as conquistas<br />
alcançadas que determinaram a adoção<br />
de atitudes, de procedimentos e de padrões de<br />
natureza corporativa, ética, jurídica e operacional.<br />
Este conjunto de conhecimentos acumulados e<br />
valorizados por intermédio de normativos da administração<br />
pública federal e de atos legislativos<br />
infraconstitucionais sumariados nas circulares da<br />
<strong>ANFAC</strong> e nos eventos técnicos por ela promovidos,<br />
juntamente com os seus SINFAC’s, constitui o<br />
patrimônio institucional da <strong>ANFAC</strong>.<br />
Em suma, a <strong>ANFAC</strong>, ao realizar os congressos<br />
brasileiros, tem por objetivo precípuo<br />
oferecer uma visão estratégica abrangente sobre<br />
todos os aspectos do fomento mercantil, versando<br />
temas do mais relevante interesse para o empresários<br />
de fomento mercantil, com o objetivo<br />
de propiciar-lhes meios e conhecimentos capazes<br />
de garantir-lhes segurança e perspectivas na<br />
impulsão de seus negócios.<br />
um breve histórico sobre os congressos<br />
já realizados pela <strong>ANFAC</strong> nos permite ter uma<br />
ampla visão da evolução do mercado de fomento<br />
mercantil no Brasil.<br />
o I Congresso Brasileiro, realizado de 05 a<br />
08 de setembro de 1991 em São Paulo, procurou<br />
demonstrar a importância socioeconômica do<br />
setor e reforçou as suas características como atividade<br />
comercial, não-financeira e autorregulada.<br />
o País vivia a turbulência econômica provocada<br />
pelos fracassados planos Collor I (março de 1990)<br />
e Collor II (janeiro de 1991) com os quais o governo<br />
tentou conter a alta generalizada dos preços.<br />
o ano fechou com uma inflação crescente de<br />
472,79%.<br />
o II Congresso Brasileiro, realizado de 09<br />
a 12 de outubro de 1992, em Fortaleza, espelhou<br />
a preocupação dos agentes de fomento mercantil<br />
com os marcantes acontecimentos vividos<br />
pelo Brasil naquele ano com destaque para o<br />
impeachment do Presidente Fernando Collor. As<br />
empresas de fomento priorizaram a necessidade<br />
imperiosa de resgatar os valores éticos e renovar<br />
as esperanças numa ação democrática e soberana.<br />
o II Congresso elegeu a capacitação profissional<br />
como meta prioritária para dar continuidade<br />
ao crescimento e ao bom atendimento ao crescente<br />
número de sua clientela.<br />
o III Congresso Brasileiro foi realizado<br />
em São Paulo de 04 a 07 de setembro de 1993.<br />
A inflação caminhava para o caos, com índices<br />
mensais de aumento de preços superiores a 30%.<br />
Com o descontrole, o ano terminou com históricos<br />
2.477,15% de inflação medida pelo IPCA. No<br />
final deste ano, Fernando Henrique (Ministro da<br />
Fazenda) anunciava a criação da unidade real de<br />
valor (uRV), base para nova moeda, o Real.<br />
o IV Congresso Brasileiro foi realizado<br />
em São Paulo nos dias 06 e 07 de dezembro de<br />
1996. Era o terceiro ano do real e os resultados<br />
econômicos trouxeram à tona ineficiências que a<br />
inflação mascarava e a passagem de uma economia<br />
com inflação anual de 3 a 4 dígitos para condições<br />
de quase estabilidade. o destaque do ano<br />
de 1995 foi o lançamento do PRoER - Programa<br />
de Estímulo à Reestruturação e ao Fortalecimento<br />
do Sistema Financeiro Nacional.<br />
o V Congresso Brasileiro, de 14 a 16 de<br />
dezembro de 1999, em São Paulo, realizou-se sob<br />
a visão de um ano inteiro de nova política cambial<br />
e suas conseqüências sobre a vida do País e<br />
das empresas em particular. A inflação pelo IPCA<br />
alcançou 8,94%. o ponto alto deste Congresso<br />
foi a corajosa decisão de rever conceitos operacionais<br />
e jurídicos no que tange à quebra do<br />
tabu das operações realizadas sem a garantia de<br />
solvência do sacado devedor. Foi uma iniciativa<br />
vitoriosa da <strong>ANFAC</strong>.<br />
o ano de 2002 transcorreu sob o signo da<br />
esperança e de intensa expectativa ante o resultado<br />
das eleições de outubro. De 10 a 12 de dezembro<br />
de 2002, a <strong>ANFAC</strong> realizou, em São Paulo,<br />
o VI Congresso Brasileiro, que procurou contextu-<br />
Luiz Lemos Leite<br />
Presidente da <strong>ANFAC</strong><br />
alizar os acontecimentos, dar aos empresários as<br />
novas diretrizes para o País e para o setor e debater<br />
a adequação do fomento mercantil ao novo<br />
Código Civil que entraria em vigor em janeiro de<br />
2003.<br />
o VII Congresso Brasileiro foi realizado de<br />
20 a 22 de maio de 2004 no Rio de Janeiro, com<br />
o propósito de ampliar o campo de atuação da<br />
sociedade de fomento mercantil e iniciar um<br />
trabalho institucional ante diversos setores da sociedade<br />
e, muito especialmente, perante o Poder<br />
Judiciário. Foi um investimento altamente produtivo<br />
para toda a categoria.<br />
Para o VIII Congresso Brasileiro de <strong>Fomento</strong><br />
<strong>Mercantil</strong> realizado em 2006, em Porto<br />
Alegre, a <strong>ANFAC</strong> convidou o Presidente da Federação<br />
Espanhola de Factoring que fez uma palestra<br />
sobre a experiência do factoring na Espanha.<br />
o IX Congresso Brasileiro foi realizado nos<br />
dias 18, 19 e 20 de junho de 2008, em São Paulo,<br />
teve como principal palestra a proferida pelo<br />
Professor Alessandro Carretta, Secretário Geral da<br />
Associação Italiana de Factoring que nos trouxe<br />
a preciosa experiência vivida pelas empresas de<br />
factoring da Itália que, há anos, ocupa uma posição<br />
destacada no ranking mundial do factoring.<br />
o X Congresso Brasileiro de <strong>Fomento</strong><br />
<strong>Mercantil</strong>, a realizar-se de 2 a 4 de junho de 2010,<br />
em Porto de Galinhas, Pernambuco, tem como<br />
foco debater o diferencial competitivo dos negócios<br />
do fomento mercantil como incentivo à<br />
criatividade de seus empresários para agregar<br />
valores a suas empresas-clientes com o fornecimento<br />
de serviços que, normalmente, não são<br />
ofertados por outros agentes do mercado.<br />
Foi o debate de idéias e posições, que<br />
nos permitiu construir a história e a notável obra<br />
institucional do SISTEMA BRASILEIRo Do Fo-<br />
MENTo MERCANTIL (<strong>ANFAC</strong>/SINFAC’s) e consolidar<br />
a perspectiva de sustentabilidade política do<br />
fomento mercantil no futuro.
ESPAÇO DO LEITOR<br />
Senhor Luiz Lemos Leite, gostei muito da<br />
revista e fiquei muito feliz por ser lembra-<br />
do. Parabenizo-o e deixo-lhe um cordial<br />
abraço. Obrigado.<br />
Fernando Martins<br />
Grupo Itambé<br />
Senhor Presidente, cumprimentando-o<br />
cordialmente, agradeço o exemplar da<br />
Revista <strong>Fomento</strong> <strong>Mercantil</strong> – edição nº 76<br />
que me foi encaminhado, parabenizando-<br />
o pelas excelentes matérias.<br />
Senador Gerson Camata<br />
Registro o recebimento e agradeço o<br />
exemplar da Revista <strong>Fomento</strong> <strong>Mercantil</strong><br />
– edição nº 76, editada pela <strong>ANFAC</strong> e enca-<br />
minhada ao meu gabinete nesta casa.<br />
Senador Jayme Campos<br />
Acuso agradecido o recebimento da<br />
Revista <strong>Fomento</strong> <strong>Mercantil</strong> – edição nº 76,<br />
editada por essa Associação.<br />
Senador Sérgio Guerra<br />
ESPAÇO DO LEITOR<br />
Senhor Presidente, tenho a honra de agra-<br />
decer a gentileza pelo envio do exemplar<br />
da Revista <strong>Fomento</strong> <strong>Mercantil</strong> – edição nº<br />
76 dessa Associação.<br />
Desembargador José Trindade dos Santos<br />
(presidente do TJ de Santa Catarina)<br />
05
06<br />
JURISPRUDÊNCIA EM DESTAQUE<br />
TRIBUNAL REGIONAL<br />
FEDERAL<br />
concede habeas corpus à empresarios de fomento mercantil<br />
Em uma decisão emblemática o<br />
Tribunal Regional da 1ª. Região – Brasília,<br />
concedeu Habeas Corpus para dois<br />
empresários de Goiania e determinou<br />
a extinção de uma ação penal proposta<br />
pelo Ministério Público que os acusava<br />
de operar como Instituição Financeira<br />
sem a devida autorização.<br />
A Revista <strong>Fomento</strong> <strong>Mercantil</strong> entrevistou<br />
o empresário Cleverson Paulo<br />
Benedetti e o advogado José Luis Dias<br />
da Silva para saber mais detalhes sobre<br />
o caso e o importante precedente jurisprudencial<br />
obtido, veja a entrevista:<br />
Revista <strong>Fomento</strong> <strong>Mercantil</strong>:<br />
Qual foi o motivo que levou o Ministério<br />
Público Federal a denunciá-lo?<br />
Cleverson Benedetti: Estávamos<br />
promovendo uma ação contra um<br />
de nossos clientes que havia negociado<br />
recebíveis com vício de origem e ao<br />
exercemos nosso legítimo direito de regresso,<br />
fomos surpreendidos com esse<br />
posicionamento do Ministério Público<br />
Federal.<br />
Revista <strong>Fomento</strong> <strong>Mercantil</strong>:<br />
Quais foram as providências adotadas<br />
diante do ocorrido.<br />
Cleverson Benedetti: Procuramos<br />
a <strong>ANFAC</strong>, onde fomos atendidos pelo<br />
Dr. Luiz Lemos Leite e seus assessores que<br />
nos disponibilizaram todos os subsídios<br />
jurídicos, prestando inestimável apoio.<br />
Revista <strong>Fomento</strong> <strong>Mercantil</strong>: Vocês<br />
saíram de lá convencidos em impetrar<br />
um Habeas Corpus?<br />
Cleverson Benedetti: Na verdade<br />
nosso advogado não se sentiu suficientemente<br />
seguro para promover o<br />
Habeas Corpus, razão pela qual ele mesmo<br />
tomou a iniciativa de sugerir que<br />
procurássemos um especialista na área e<br />
nossa opção foi contratar o Dr. José Luís<br />
Dias da Silva, sócio do escritório Lemos<br />
Leite e Dias da Silva Sociedade de Advogados.<br />
Revista <strong>Fomento</strong> <strong>Mercantil</strong>: Dr.<br />
José Luis, o senhor poderia nos revelar<br />
sua estratégia?<br />
José Luis Dias da Silva: Sempre<br />
estive absolutamente convencido da to-<br />
tal falta de justa causa para a ação penal,<br />
razão pela qual minha sugestão foi impetrarmos<br />
imediatamente um Habeas<br />
Corpus no TRF da 1ª. Região, objetivando<br />
trancar a ação penal.<br />
Revista <strong>Fomento</strong> <strong>Mercantil</strong>: o<br />
Senhor impetrou sozinho o Habeas Corpus?<br />
José Luis Dias da Silva: Não, impetrei<br />
juntamente com um dos advogados<br />
que acompanhavam o caso desde<br />
a origem, que desprovidos de qualquer<br />
vaidade, reconheceram que determinada<br />
questões devem ser conduzidas com<br />
o apoio e parceria de especialistas na<br />
área.
Revista <strong>Fomento</strong> <strong>Mercantil</strong>:<br />
Essa atitude é inusitada?<br />
José Luis Dias da Silva: Infeliz-<br />
mente no Direito, às vezes a vaidade mi-<br />
lita em desfavor dos interesses da causa,<br />
o que não acontece na medicina, pois o<br />
seu médico de família ao diagnosticar a<br />
necessidade de uma cirurgia cardíaca e<br />
ciente das suas condições econômicas, é<br />
o primeiro a lhe recomendar que procure<br />
o Adib Jatene, por exemplo.<br />
Revista <strong>Fomento</strong> <strong>Mercantil</strong>: Poderíamos<br />
dizer então que o Senhor seria<br />
o “Adib Jatene” do <strong>Fomento</strong> <strong>Mercantil</strong>?<br />
José Luis Dias da Silva: Felizmente<br />
nosso segmento é privilegiado<br />
e possui muitos “Adibs Jatenes”, como o<br />
Dr. Alexandre Neves, do Rio Grande do<br />
Sul, Dr. Flavio Brito de Brasília, Dra. Isabel<br />
Teles de Blumenau, entre outros.<br />
Revista <strong>Fomento</strong> <strong>Mercantil</strong>: o<br />
Senhor é sócio do Dr. Luiz Lemos Leite,<br />
ele teve alguma participação nesse processo?<br />
José Luis Dias da Silva: Teve sim<br />
e foi uma participação de primordial<br />
importância, pois Dr. Luiz elaborou um<br />
magnífico Parecer Jurídico que foi entregue<br />
a cada um dos Desembargadores<br />
Federais que compunham a turma<br />
julgadora.<br />
Revista <strong>Fomento</strong> <strong>Mercantil</strong>: o<br />
Senhor considera que o Parecer foi crucial<br />
para decisão?<br />
JURISPRUDÊNCIA EM DESTAQUE<br />
José Luis Dias da Silva: Acredito<br />
que o Parecer e a Sustentação oral que<br />
promovi no dia do julgamento contribuíram<br />
decisivamente para o resultado.<br />
Revista <strong>Fomento</strong> <strong>Mercantil</strong>:<br />
Para finalizar a entrevista, aqueles que<br />
desejarem ter acesso íntegra da decisão<br />
como devem fazer?<br />
José Luis Dias da Silva: os associados<br />
da <strong>ANFAC</strong> podem acessar a<br />
decisão na área restrita, junto ao Suporte<br />
Jurídico e os demais interessados<br />
podem obter através do site do TRF da<br />
1ª. Região, buscando o HC Nº 1340-<br />
62.2010.4.01.000.<br />
07
08<br />
GERAL<br />
COmO ESTá<br />
A PRESTAÇãO DE SERvIÇO<br />
DA SUA FACTORING?<br />
A atividade de fomento mercan-<br />
til, conforme a definição mais acadê-<br />
mica, corresponde à comercialização<br />
de recebíveis e a cumulativa realização<br />
de atividades de ordem administrativa<br />
para a própria empresa-cliente. Esta<br />
prestação de serviço pode compreender<br />
desde atividades simples – a exemplo<br />
da compra de títulos – e diferenciados<br />
– que envolvem a relação de confiança,<br />
mais próxima entre factoring e cliente,<br />
como o controle de recebimentos, entre<br />
outros, e que contribuam para o melhor<br />
gerenciamento da empresa.<br />
Entretanto, a realidade que se vê<br />
é que esta prestação acaba sendo considerada<br />
como secundária, tendo prioridade<br />
apenas a compra e o recebimento<br />
de títulos. “No mercado de fomento, em<br />
28 anos de existência, se defende que<br />
precisa haver a prestação de serviços”,<br />
argumenta o presidente da empresa de<br />
desenvolvimento de softwares corporativos<br />
e de consultoria WBA, Valter Viana.<br />
“o que se vê é que as factorings perdem<br />
a oportunidade de transformar serviços<br />
como diferencial competitivo e fonte de<br />
receita relegando esta atividade para segundo<br />
plano”, complementa.<br />
Segundo o empresário, o motivo<br />
da minoração deste importante componente<br />
da atividade de fomento pode<br />
ser explicado pelo fato da maioria das<br />
empresas ser de pequeno porte e não<br />
possuírem a estrutura adequada para realizar<br />
esta prestação. Entretanto, o servi-<br />
ço deve passar a ser visto como componente<br />
de competitividade – já que não<br />
existe muita diferenciação no trabalho<br />
empreendido pelas factorings. “Esta é<br />
uma necessidade existente no mercado”.<br />
Por este motivo, Viana defende<br />
a utilização da tecnologia – como softwares<br />
de apoio de gestão –, que possibilitam<br />
verificar a situação do cliente e<br />
permitem uma análise mais apurada da<br />
quantidade de capital de giro necessária.<br />
“Não basta ter excelente gerência,<br />
mas é preciso excelência também na<br />
prestação de serviços”, argumenta. Ele<br />
menciona que o uso de simuladores estratégicos<br />
representam um diferencial<br />
tecnológico, que auxiliam na melhoria<br />
dos resultados financeiros.<br />
Este procedimento, além de aprimorar<br />
a análise de crédito, auxilia na administração<br />
da empresa, identificando<br />
pontos vulneráveis e contribuindo para<br />
o crescimento da mesma. Aliás, esta é<br />
uma das metas do trabalho da factoring:<br />
auxiliar no crescimento dos clientes.<br />
“Hoje, a empresa de fomento que não se<br />
preocupa em prestar serviço estará com<br />
problemas de competitividade”, alerta o<br />
empresário.
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09
10<br />
GERAL<br />
SABER Saber<br />
gerenciar<br />
GERENCIAR<br />
reuniõeS REUNIõES<br />
faz FAz TODA toda<br />
a A DIFERENÇA<br />
diferença<br />
Como tornar a reunião da sua<br />
empresa eficaz e produtiva? Você já<br />
pensou sobre a repercussão de uma<br />
reunião mal conduzida? Quem ainda<br />
não refletiu sobre essas questões,<br />
reserve um tempinho agora mesmo.<br />
Afinal, o mercado está cada vez mais<br />
competitivo, e as organizações precisam<br />
saber que rendimento e qualidade<br />
têm a ver com administração de tempo<br />
e gerenciamento das atividades. A<br />
psicóloga especialista em Psicologia<br />
organizacional e do Trabalho, Isabel<br />
Rio Piñero, defende que todo o profissional,<br />
independentemente de assumir<br />
cargos de liderança ou que trabalhe no<br />
departamento de Recursos Humanos<br />
de uma empresa, deve estar preparado<br />
para saber conduzir reuniões de trabalho.<br />
Segundo ela, uma organização<br />
inteligente prepara o seu colaborador<br />
para a condução de reuniões, pois elas<br />
repercutem na comunicação interna,<br />
no feedback, nas tomadas de decisão e<br />
na criatividade. Porém, implantar este<br />
novo comportamento nas empresas requer<br />
um tempo para ser realmente assimilado<br />
e passar a integrar o cotidiano<br />
dos seus colaboradores. “Atualmente o<br />
meio empresarial possui uma cultura<br />
negativa quanto às reuniões, mas não<br />
são elas as vilãs da história e sim nós,<br />
os profissionais que as conduzem e que<br />
não possuem preparo para tal missão.”<br />
Para que a palavra reunião não<br />
seja assimilada por muitos profissionais
como algo cansativo e improdutivo é<br />
preciso que o primeiro erro grave seja<br />
eliminado, explica Isabel. uma reunião<br />
sem objetivos claros, planejamento,<br />
definição dos participantes essenciais<br />
e tempo de realização leva ao descrédito<br />
e à falta de eficácia. “os profissionais<br />
começaram a criar reuniões por dificuldade<br />
de falar diretamente sobre alguns<br />
assuntos e de assumir responsabilidade<br />
sobre o que foi falado, tanto que uma<br />
das maiores reclamações é que muitos<br />
dos participantes nem deveriam estar<br />
ali. Parece que hoje precisamos sempre<br />
de muitas testemunhas envolvidas nos<br />
processos de tomadas de decisão.”<br />
o excesso de reuniões e a pouca<br />
síntese também influenciam na sua<br />
eficácia. Conforme Isabel, reuniões<br />
ineficazes afetam várias outras questões<br />
na organização, gerando queda<br />
na qualidade e na produtividade do<br />
profissional, do setor e da organização<br />
como um todo. o autor do livro “Estou<br />
em Reunião – um programa para planejar,<br />
organizar e conduzir reuniões produtivas”,<br />
Christian Barbosa, aborda em<br />
sua obra que reuniões sem foco levam a<br />
equipe a perder tempo, a falhar na execução<br />
de suas prioridades e a reclamar<br />
da falta de tempo para fazer o que realmente<br />
precisa ser feito.<br />
Para tornar uma reunião produtiva<br />
existem alguns princípios básicos<br />
e simples de serem seguidos, explica a<br />
psicóloga Isabel Rio Piñero. o primeiro<br />
é ter cuidado na comunicação inicial,<br />
ou seja, ao convocar a reunião, esta-<br />
belecer o objetivo: o que se deseja e o<br />
“Críticas e<br />
sugestões<br />
enriquecem as<br />
reuniões, trazendo<br />
mais oportunidades<br />
de melhoria e de<br />
mudança, porém<br />
precisam ser<br />
condizentes com o<br />
tema e coerentes<br />
dentro do contexto.”<br />
que se espera alcançar como resultado.<br />
Além de definir com ponderação os temas,<br />
os participantes envolvidos, o local,<br />
os recursos, o período de duração e<br />
GERAL<br />
o material que cada participante deve<br />
preparar com antecedência.<br />
No início da reunião é preciso<br />
repassar os objetivos, a ordem de apresentação<br />
dos temas e distribuição de<br />
responsabilidades, respeitando horário<br />
de início e término, bem como estabelecer<br />
tempos claros e plausíveis para<br />
cada assunto. No decorrer de cada tema<br />
é preciso cuidar e controlar os tempos<br />
previstos e, principalmente, fazer com<br />
que os participantes se atenham ao que<br />
está sendo proposto. “Críticas e sugestões<br />
enriquecem as reuniões, trazendo<br />
mais oportunidades de melhoria e de<br />
mudança, porém precisam ser condizentes<br />
com o tema e coerentes dentro<br />
do contexto”, frisa Isabel.<br />
De acordo com a psicóloga, o<br />
importante é a clareza no que se quer<br />
transmitir e no resultado que se espera.<br />
o registro da reunião deve ter síntese,<br />
porém abrangência, com foco no resumo<br />
de cada tópico abordado e suas<br />
diretrizes. A ata deve ser repassada com<br />
agilidade para que os participantes<br />
possam acompanhar a evolução dos<br />
processos estabelecidos na reunião, realizando<br />
o devido processo de retroalimentação.<br />
No final, frisar as pendências<br />
e deixar registradas datas para cumprimento<br />
das metas estipuladas, verificando<br />
o que se conseguiu ou não alcançar<br />
do previsto.<br />
11
12<br />
GERAL<br />
vIvEmOS NA ERA DO FICAR<br />
Marketing empresarial é uma ferramenta de comunicação<br />
que não pode faltar na sua empresa<br />
Em um mercado cada vez mais competitivo em ques-<br />
tões de qualidade, preço e até mesmo logística, é preciso que<br />
as empresas implantem no seu Planejamento Estratégico um<br />
planejamento muito importante para o sucesso do seu empreendimento,<br />
que é o chamado marketing empresarial.<br />
o marketing, que já foi moda nas décadas de 70<br />
e 80, agora está voltando pela porta da frente,<br />
afirma o Consultor em Comunicação, Eduardo<br />
“Dado” Schneider, um dos criadores da<br />
marca Claro Digital (telefonia móvel) e de<br />
seu papagaio. “Muitos empresários de pequenas,<br />
médias e grandes organizações estão<br />
vendo que ele pode, sim, criar valor para<br />
produtos, marcas e serviços.” Só que<br />
tem um pequeno detalhe,<br />
atenta Dado, “marketing<br />
e comunicação<br />
são aparentemente<br />
simples. Então, dá a<br />
falsa impressão de<br />
que qualquer um é capaz<br />
de fazer, e passam a<br />
ser tratados como assuntos<br />
de segunda classe”.<br />
Com todos os recursos<br />
tecnológicos disponíveis,<br />
ainda existem<br />
um marketing e uma comunicação<br />
muito inferiores em<br />
relação aos anos 1980, quan-<br />
do existia muito de esforço, abnegação e inspiração, e não<br />
havia nem recursos nem aparelhagem, aponta o consultor.<br />
“Antigamente podíamos usar a desculpa de que estávamos<br />
longe dos grandes centros, mas hoje com os recursos de<br />
que dispomos não é mais desculpa.” E ele faz uma brincadeira<br />
para ilustrar a competitividade dos novos tempos.<br />
“Vivemos na era do ficar. No passado, a gente<br />
namorava, noivava e casava com marcas, pessoas,<br />
produtos e empresas. E hoje a gente só fica, porque<br />
tem muita oferta e muita informação.”<br />
Dado, que é doutor em Comunicação e<br />
tem quase 30 anos de experiência em marketing,<br />
comunicação e criatividade, lembra que o marketing<br />
empresarial deve ser traçado por profissionais especializados<br />
no assunto dentro do Planejamento<br />
Estratégico da Empresa. “o<br />
plano de marketing é um filhote<br />
do planejamento estratégico.<br />
Se a empresa não tem direcionamento<br />
de marketing,<br />
ou seja, se eu não me posicionar,<br />
os outros vão<br />
se posicionar por<br />
mim.” Porém, antes<br />
de contratar<br />
um profissional<br />
de marketing a<br />
empresa deve<br />
procurar conhecer<br />
quem tem o hábito de
se comunicar. “Antes de contratar qual-<br />
quer especialista, temos que perguntar<br />
para quem já consome o serviço. Perguntar<br />
não só para quem faz como para<br />
quem faz bem.”<br />
os resultados alcançados com<br />
a prática do marketing envolvem um<br />
processo e não podem ser medido por<br />
ações – na verdade, o que se tem é uma<br />
série de ações a fazer, e que somadas<br />
geram o resultado, explica o consultor.<br />
Ele acrescenta que o processo de comunicação<br />
precisa ser feito de forma<br />
planejada e tem que ser um hábito da<br />
empresa, pois trará resultados muito<br />
“o plano de<br />
marketing é um<br />
filhote do<br />
planejamento<br />
estratégico.”<br />
positivos. “Tem uma famosa frase: quem<br />
não é visto não é lembrado. Se a empresa<br />
não mantém pontos de contato, tem<br />
GERAL<br />
um menor índice de lembranças na cabeça<br />
das pessoas.”<br />
A hora de comunicar é agora. “E<br />
neste século, não tendo canais de comunicação<br />
com seus públicos de interesse,<br />
e mantendo regularmente este contato,<br />
a empresa perderá espaço, se já não<br />
está perdendo.” E Dado faz outro alerta:<br />
a comunicação passou a ser de primeira<br />
classe e fator de diferenciação entre as<br />
empresas. “A reputação é tudo para uma<br />
empresa. A comunicação é a roupa do<br />
marketing que vai deixá-lo mais atraente.<br />
Não esqueça isso”, conclui o consultor<br />
em comunicação.<br />
13
14<br />
ENTREVISTA<br />
PARA mINISTRO é O jUDICIáRIO<br />
qUE GARANTE OS DIREITOS DO<br />
CIDADãO E DA DEmOCRACIA<br />
Revista do <strong>Fomento</strong> <strong>Mercantil</strong>:<br />
Como é a sua avaliação a respeito<br />
da justiça brasileira no ano de 2009 e<br />
quais as expectativas para 2010?<br />
Ministro Massami Uyeda: A Justiça<br />
Brasileira no ano de 2009, a meu ver,<br />
deu mostras da conscientização de tornar<br />
mais célere a prestação jurisdicional,<br />
escopo desejado por toda a sociedade<br />
e, até mesmo, preceito constitucional.<br />
A utilização da adoção das súmulas vinculantes<br />
e da repercussão geral, no Supremo<br />
Tribunal Federal, e da aplicação<br />
do instituto dos recursos repetitivos, no<br />
Superior Tribunal de Justiça, já deram<br />
profícuos resultados, no sentido de desafogar<br />
estes dois tribunais superiores<br />
e, como consequência, dão ressonância<br />
nos tribunais locais e nos juízos singulares.<br />
Há que se ressaltar a implantação<br />
do sistema de digitalização dos processos,<br />
no âmbito do Superior Tribunal de<br />
Justiça, iniciativa esta que deve ser creditada<br />
ao seu presidente, ministro César<br />
Asfor Rocha, e que veio, pode-se dizer,<br />
projetar o Brasil como pioneiro mundial<br />
na virtualização dos processos, e tem<br />
sido alvo de atenção até mesmo do Banco<br />
Mundial, objetivando sua implantação<br />
em outros países.<br />
E esses resultados já obtidos em<br />
2009 possibilitam dizer que os prognósticos<br />
para este ano de 2010 sejam auspiciosos.<br />
Revista: Quais são as novas<br />
ações e projetos que têm sido realizados<br />
para aprimorar e qualificar o trabalho<br />
do Judiciário?<br />
Uyeda: Além das medidas e iniciativas<br />
acima mencionadas, devo ressaltar<br />
a importância de se incrementar<br />
mais e mais as formas alternativas de resolução<br />
de conflitos. Não devemos nos<br />
olvidar que a conciliação é recomendada<br />
desde tempos imemoriais e até mesmo<br />
consta de preceitos religiosos.<br />
Foto: Sandra Fado/SCO/STJ<br />
Massami uyeda,<br />
ministro do Superior Tribunal de Justiça<br />
Nós, brasileiros, ainda não desen-<br />
volvemos a cultura da solução amigável<br />
dos conflitos. Pagamos um alto preço,<br />
pois somente adotamos dois caminhos:<br />
o de levar os conflitos para o Judiciário<br />
ou o de desistirmos de nossos direitos.<br />
Resolver amigavelmente parece que<br />
não consta do dicionário.<br />
Revista: Quais são os caminhos<br />
para o futuro do Judiciário brasileiro,<br />
na sua opinião?<br />
Uyeda: o Judiciário precisa, a<br />
cada ano, aperfeiçoar seus trabalhos,<br />
suas práticas. Isso se consegue com<br />
pesquisas e estudos que permitam ver
o que está indo bem e o que necessita<br />
melhorias.<br />
Qualquer país precisa de um Judiciário<br />
forte e ágil. É o Judiciário quem,<br />
na verdade, garante os direitos dos cidadãos<br />
e a própria democracia. É possível<br />
ver hoje, em todas as regiões do Brasil e<br />
nos diversos segmentos da sociedade, a<br />
preocupação dos magistrados em responder<br />
aos anseios dos cidadãos.<br />
o Judiciário de hoje e do futuro<br />
precisa estar perto e acessível ao cidadão<br />
e ser utilizar de linguajar e de palavras<br />
que possibilitem aos mais simples<br />
de nosso povo compreender qual o sentido<br />
da decisão que se está adotando.<br />
A internet coloca os cidadãos<br />
bem próximos do Judiciário. Qualquer<br />
um que queira ver o andamento de seu<br />
processo pode fazê-lo ou pedir para um<br />
amigo consultar o site do respectivo tribunal.<br />
Antes a parte tinha que pedir para<br />
o advogado ou ir ao cartório do fórum. É<br />
uma grande conquista do cidadão.<br />
Revista: Quais são hoje os principais<br />
gargalos enfrentados pelo Judiciário?<br />
Uyeda: o volume de ações é, sem<br />
dúvida o grande gargalo. Há, também, a<br />
falta de infraestrutura e de magistrados<br />
em algumas regiões ou em segmentos<br />
do Poder Judiciário.<br />
Revista: O que pode ser feito<br />
para solucionar a demanda cada vez<br />
maior de ações encaminhadas para o<br />
Judiciário brasileiro?<br />
Uyeda: A chegada da Lei dos Processos<br />
Repetitivos é uma conquista dos<br />
cidadãos que irá, nos próximos anos,<br />
agilizar e solucionar boa parte dos feitos<br />
existentes no Judiciário relativos às demandas<br />
de temas infraconstitucionais.<br />
“Quanto mais<br />
crédito disponível<br />
e barato,<br />
mais progresso,<br />
mais emprego,<br />
mais inclusão<br />
social.”<br />
os juizados especiais têm prestado uma<br />
relevante contribuição e precisam ser<br />
em número maior. Entretanto, a cultura<br />
da conciliação, inclusive por parte dos<br />
magistrados e advogados, será a grande<br />
contribuição para os cidadãos verem<br />
seus problemas solucionados com a merecida<br />
rapidez.<br />
ENTREVISTA<br />
A Revista <strong>ANFAC</strong> traz como entrevistado especial desta edição,<br />
o ministro do Superior Tribunal de Justiça, Massami Uyeda.<br />
Revista: Como o senhor avalia<br />
o comportamento dos operadores de<br />
direito nesse sentido?<br />
Uyeda: Há em todos a preocupação<br />
de que o Judiciário seja mais ágil e muitos<br />
têm prestado relevantes contribuições; entretanto,<br />
se não nos conscientizarmos de<br />
que precisamos desenvolver formas alternativas<br />
de solução dos conflitos, todos os<br />
aperfeiçoamentos serão insuficientes, pois<br />
há um despertar de cidadania desde 1988<br />
para cá e existe um grande número de cidadãos<br />
que não exercem ou não buscam<br />
seus direitos.<br />
Revista: Qual a sua opinião a<br />
respeito do trabalho desenvolvido<br />
pelas empresas de fomento mercantil<br />
responsável pelo fomento das pequenas<br />
e médias empresas brasileiras?<br />
Uyeda: Em todos os países do<br />
mundo o que movimenta a economia é<br />
o crédito. Quando há restrição de crédito<br />
ou o crédito é muito caro, todos sabem, a<br />
economia encolhe ou entra em recessão.<br />
outro dado importante é o de que quanto<br />
maior for o número de pequenas e médias<br />
empresas, mais forte é a economia. Portanto,<br />
vejo como de grande importância para<br />
o desenvolvimento do Brasil o fomento das<br />
pequenas e médias empresas. É evidente<br />
que tudo deve obedecer aos parâmetros<br />
legais existentes. uma coisa é certa: quanto<br />
mais crédito disponível e barato, mais progresso,<br />
mais emprego, mais inclusão social.<br />
15
16<br />
CAPA<br />
X CONGRESSO<br />
BRASILEIRO DE<br />
FOmENTO mERCANTIL<br />
o maior e mais importante even-<br />
to de factoring, do país, espera receber<br />
um público de cerca de 700 participantes.<br />
o X Congresso Brasileiro de <strong>Fomento</strong><br />
<strong>Mercantil</strong>, acontecerá nos próximos<br />
dias 2, 3 e 4 de junho, no Summerville<br />
Beach Resort Hotel, em Porto de Galinhas,<br />
estado de Pernambuco. Estarão<br />
presentes empresários, profissionais da<br />
área, advogados, auditores, contadores,<br />
prestadores de serviço, além de líderes<br />
de diversas entidades representativas<br />
da classe, que participarão de debates<br />
sobre as perspectivas do fomento<br />
mercantil no Brasil, proporcionando o<br />
intercâmbio de informações, a troca de<br />
experiências e a aproximação dos empresários<br />
e profissionais do segmento<br />
de todo o Brasil. o evento é uma realização<br />
da <strong>ANFAC</strong> e dos SINFAC’s das<br />
Regiões Norte e Nordeste, contando o<br />
apoio de todos os Sindicatos Patronais<br />
de <strong>Fomento</strong> <strong>Mercantil</strong> do país.<br />
Com o foco na Competitividade<br />
– um dos principais requisitos para<br />
o sucesso de qualquer atividade empresarial<br />
–, o Congresso promoverá<br />
palestras sobre questões essenciais à<br />
consolidação da indústria do fomento<br />
mercantil, a regulamentação da atividade,<br />
a experiência internacional do<br />
fomento mercantil, a influência da crise<br />
internacional na economia brasileira, a<br />
competitividade empresarial, , novos<br />
produtos do mercado de capitais à disposição<br />
do empresário de fomento, entre<br />
outros assuntos pertinentes ao segmento,<br />
ministrados por especialistas de<br />
renome nacional e internacional.<br />
o presidente da Comissão organizadora<br />
do X Congresso Brasileiro de<br />
<strong>Fomento</strong> <strong>Mercantil</strong>, Alcidésio Maciel,<br />
acredita que o foco Competitividade<br />
garantirá uma “singularidade ao evento,<br />
que proporcionará aos empresários<br />
uma conscientização sobre a necessidade<br />
de investir em qualificação e em<br />
novas ferramentas tecnológicas que<br />
atribuam às suas empresas diferenciais<br />
para enfrentar a concorrência num<br />
mundo cada vez mais globalizado”. Segundo<br />
Alcidésio, o evento propiciará<br />
uma visão multifacetária dos assuntos<br />
que envolvem a competitividade empresarial<br />
e as medidas necessárias para<br />
que cada empresa encontre o seu es-
paço no ambiente econômico. “Todos<br />
os Congressos organizados pela <strong>ANFAC</strong><br />
têm enorme importância na qualificação<br />
dos empresários de <strong>Fomento</strong> <strong>Mercantil</strong>,<br />
não impora o seu tamanho”.<br />
Na programação constam nomes<br />
e presenças ilustres, tais como, Massami<br />
uyeda – ministro do Superior Tribunal<br />
de Justiça (STJ), e Marco Aurélio<br />
Melo - ministro do Supremo Tribunal<br />
Federal (STF).<br />
As matérias de cunho mais técnico<br />
serão abordadas por especialistas e<br />
estudiosos, das áreas de gestão, estruturação<br />
de operações, novos produtos<br />
e serviços, contábil-tributária, jurídica,<br />
motivacional, qualidade e inovação,<br />
dentre outras.<br />
Empresas parceiras da <strong>ANFAC</strong>,<br />
fornecedoras de serviços como softwares<br />
de gestão, informações cadastrais,<br />
certificação digital, informações<br />
legais, trabalhistas e tributárias, estarão<br />
presentes com estandes para demonstração<br />
e comercialização dos seus produtos.<br />
Segundo Alcidésio, “além dos<br />
parceiros já tradicionais em nossos<br />
Congressos, como a Serasa Experian e a<br />
“Todos os<br />
Congressos<br />
organizados<br />
pela <strong>ANFAC</strong><br />
têm enorme<br />
importância na<br />
qualificação dos<br />
empresários de<br />
<strong>Fomento</strong> <strong>Mercantil</strong>”.<br />
Petra Corretora, teremos novos parceiros,<br />
entre eles, o Banco Bradesco, que<br />
estará presente com novas soluções financeiras<br />
para as empresas de <strong>Fomento</strong><br />
<strong>Mercantil</strong>”.<br />
CAPA<br />
VEJA OS TEMAS E<br />
PALESTRANTES CONFIRMADOS<br />
No dia 3 de junho, quarta-feira,<br />
“A Economia Brasileira e a Sua Competitividade<br />
Frente ao Cenário Econômico<br />
Internacional” abre o ciclo<br />
de palestras a partir das 9 horas, com<br />
um representante do Ministério do<br />
Desenvolvimento, Indústria e Comércio<br />
Exterior. Logo após, seguem as<br />
demais palestras com os temas “Contratos<br />
Digitais: redução de custos e<br />
riscos”, “Inteligência Competitiva no<br />
<strong>Fomento</strong> <strong>Mercantil</strong>”, “Produtos e Serviços<br />
Diferenciados para Empresas<br />
de <strong>Fomento</strong> <strong>Mercantil</strong>”. No turno da<br />
tarde, acontecem as palestras “Ética e<br />
Desenvolvimento Socioeconômico”, a<br />
ser ministrada por Caio Magri, gerente<br />
executivo de políticas públicas do<br />
Instituto ETHoS; “Competitividade em<br />
Quatro Tempos: Estratégia, Qualidade,<br />
Inovação e Talento”; “Decisões Judiciais<br />
e seus reflexos econômicos”, com<br />
o ministro do Superior Tribunal de Justiça,<br />
Massami uyeda; e à noite, Jantar<br />
de Confraternização.<br />
Fotos: Prefeitura do Ipojuca/Thomas Susemihl<br />
17
18 18<br />
CAPA<br />
No dia 4 de junho, acontecem as<br />
palestras “Tributação no Brasil - impac-<br />
tos sobre o cenário de modernização da<br />
economia brasileira” que será ministrada<br />
pelo subsecretário da Receita Federal<br />
do Brasil, Marcos Vinícios Neder; “Crédito<br />
e inadimplência – panorama geral” a<br />
ser ministrada pelo assessor econômico<br />
da SERASA; “Instrumentos do mercado<br />
de capitais e a competitividade das<br />
empresas de fomento mercantil” a ser<br />
proferida por Fernando Fontes, sócio da<br />
Petra CTVM; “As Mudanças no CPC e a<br />
celeridade da Prestação Jurisdicional” a<br />
ser proferida por José Roberto dos Santos<br />
Bedaque - Desembargador do TJ –<br />
SP e membro da Comissão de Juristas<br />
encarregado de elaborar o anteprojeto<br />
do Novo Código de Processo Civil; as<br />
“Perspectivas da Economia Brasileira”,<br />
com o ex-ministro da Fazenda, Maílson<br />
da Nóbrega e, a seguir, a última palestra<br />
do dia: “Agilidade do Judiciário como<br />
Fator de Competitividade Econômica”,<br />
com o ministro Marco Aurélio Melo do<br />
Supremo Tribunal Federal. Faça já a sua<br />
inscrição<br />
Você pode conferir, o participante<br />
do X Congresso Brasileiro de <strong>Fomento</strong><br />
<strong>Mercantil</strong> sairá muito bem informado<br />
e qualificado. Não perca mais tempo e<br />
garanta logo a sua inscrição, que poderá<br />
ser feita pelo endereço eletrônico<br />
www.anfac.com.br/congresso ou por<br />
telefone. Na página na internet é possível<br />
conferir informações detalhadas<br />
sobre a programação, patrocinadores e<br />
apoiadores.<br />
A abertura do evento acontece<br />
no dia 2 de junho, a partir das 20:00 ho-<br />
ras. A palestra inaugural, que terá como<br />
tema “As Perspectivas e os Desafios do<br />
<strong>Fomento</strong> <strong>Mercantil</strong> na Economia Brasileira”,<br />
será ministrada pelo presidente<br />
da <strong>ANFAC</strong>, Luiz Lemos Leite. Após a palestra<br />
os participantes serão presenteados<br />
com um Show Típico Regional e um<br />
coquetel.<br />
CONFIRA AS FORMAS DE<br />
PAGAMENTO<br />
A inscrição inclui, para cada participante,<br />
material de apoio, coquetel<br />
de abertura, dois brunchs, dois coffeebreaks<br />
e jantar de confraternização.<br />
Empresas de fomento associadas <strong>ANFAC</strong> e SINFACs<br />
Inscrição por participante R$ 650,00<br />
Desconto para pagamentos<br />
antecipados até 30/04/2010<br />
R$ 400,00<br />
Desconto para pagamentos<br />
antecipados de 1º/4 até 15/5<br />
R$ 500,00<br />
Empresas de fomento não associadas e estudantes<br />
Inscrição por participante R$ 800,00<br />
Desconto para pagamentos<br />
antecipados até 31/03<br />
R$ 550,00<br />
Desconto para pagamentos<br />
antecipados de 1º/4 até 15/5<br />
R$ 650,00<br />
Outras empresas e profissionais liberais<br />
Inscrição por participante R$ 900,00<br />
Desconto para pagamentos<br />
antecipados até 31/03 R$ 650,00<br />
Desconto para pagamentos<br />
antecipados de 1º/4 até 15/5 R$ 750,00
CONhEÇA AS BELEzAS<br />
DE PORTO DE GALINhAS<br />
o principal destino turístico de<br />
Pernambuco, e considerado há nove<br />
anos a melhor praia do Brasil, foi escolhido<br />
para sediar o X Congresso Brasileiro<br />
de <strong>Fomento</strong> <strong>Mercantil</strong>, a ser realizado<br />
nos dias 2, 3 e 4 de junho, no Summerville<br />
Beach Resort Hotel, um dos mais<br />
badalados do nordeste brasileiro. o presidente<br />
da Comissão organizadora, Alcidésio<br />
Maciel, garante que este evento<br />
será “singular, pois será a primeira vez<br />
que ocorrerá em um Resort, o que permitirá<br />
ao empresário, além de investir<br />
em qualificação, investir também em<br />
lazer e qualidade de vida”.<br />
As belezas naturais do balneário<br />
pernambucano têm quatro quilômetros<br />
de praia de águas mornas e transparentes<br />
e corais que formam as piscinas naturais,<br />
onde o turista pode realizar um<br />
passeio de jangada e visitar o universo<br />
dos corais, com peixes de todos os tamanhos<br />
e cores, além de ouriços e outras<br />
espécies marinhas.<br />
Além de toda a beleza natural,<br />
o artesanato é um dos mais pitorescos<br />
e famosos do Nordeste, sobretudo<br />
explorando a galinha, mascote do balneário,<br />
que é esculpida em troncos de<br />
coqueiros. As galinhas de Carcará são<br />
famosas internacionalmente e não há<br />
um só turista que resista a fazer uma<br />
foto ao lado de uma delas. Dentre a<br />
grande oferta de produtos, destacamse<br />
objetos confeccionados com palha<br />
de coqueiro, madeira esculpida, porcelana<br />
fina pintada à mão, bijuterias,<br />
redes e quadros. A Vila é o local perfeito<br />
para compras, com suas inúmeras<br />
e charmosas lojas e galerias, além do<br />
Espaço Cultural Artur Maroja, com os<br />
mais variados tipos de artesanato.<br />
Também é possível realizar passeios<br />
às praias vizinhas de Muro Alto<br />
e Maracaípe. Além da visita às praias,<br />
acontecem os tradicionais passeios de<br />
buggy, um Jeep Safári – quando o visitante<br />
poderá ter acesso à fauna e à<br />
CAPA<br />
Fotos: Prefeitura do Ipojuca/Thomas Susemihl<br />
flora da região – e visitas ao Engenho<br />
Canoas e à Cachoeira do urubu, localizada<br />
a alguns minutos de Porto de<br />
Galinhas. Para quem quiser frequentar<br />
a noite de Porto de Galinhas, diversos<br />
bares e boates da Vila de Porto oferecem<br />
música ao vivo ou eletrônica, destacam-se<br />
a Muru Muru e o Santeria Bar<br />
Latino, com sua noite de forró. Já na<br />
praia de Maracaípe, o Bar do Marcão,<br />
tem a noite mais badalada do local.<br />
A gastronomia local também é<br />
destaque em Pernambuco, que oferece<br />
desde sofisticados restaurantes de<br />
cozinha internacional, passando pela<br />
culinária nordestina, até as típicas tapioqueiras<br />
da Vila e barracas de praia,<br />
com os petiscos tradicionais da região.<br />
De acordo com dados do serviço de<br />
transfer do Aeroporto Internacional<br />
dos Guararapes Gilberto Freyre, de<br />
cinco pessoas que chegam a Pernambuco,<br />
quatro se destinam a Porto de<br />
Galinhas.<br />
19
20<br />
ECONOMIA<br />
CERTIFICAÇãO DIGITAL:<br />
mais segurança e rapidez<br />
um documento eletrônico de<br />
identidade que permite identificar uma<br />
pessoa física ou jurídica é o chamado Certificado<br />
Digital. Habitualmente armazenado<br />
em um cartão inteligente ou token<br />
uSB, pode ser acessado apenas pelo seu<br />
titular e contém dados como nome, identidade<br />
civil, e-mail, nome e assinatura da<br />
Autoridade Certificadora que o emitiu,<br />
entre outras informações. Essa mais nova<br />
tecnologia tem a mesma validade jurídica<br />
do documento em papel, além disso,<br />
os certificados digitais possibilitam aos<br />
cidadãos mais segurança em suas transações<br />
pela internet. Segundo informações<br />
divulgadas pela Serasa Experian, cerca de<br />
700 mil pessoas utilizam hoje o certificado<br />
digital para fins profissionais no Brasil.<br />
otacílio Dantas Cartaxo,<br />
secretário da Receita Federal<br />
Foto: Elza Fiúza/ABr<br />
A certificação garante segurança<br />
e privacidade, pois somente destinatários<br />
reconhecidos podem ler as mensagens;<br />
além de integridade, uma vez que a<br />
tecnologia garante a impossibilidade de<br />
adulteração dos documentos assinados;<br />
autenticidade, pois atesta a procedência<br />
da mensagem; e a irretratabilidade,<br />
uma vez que o titular é responsável legal<br />
por seu certificado digital. o secretário<br />
da Receita Federal, otacílio Dantas Cartaxo,<br />
afirma que a principal vantagem<br />
que as empresas e as pessoas têm com a<br />
utilização da Certificação Digital está na<br />
garantia da autoria de um documento<br />
eletrônico, bem como na integridade e<br />
inviolabilidade do seu conteúdo.<br />
A certificação digital está sendo
“a certificação<br />
digital é uma<br />
forma segura e<br />
simplificada<br />
de prestar<br />
informações ao<br />
Fisco e gerar<br />
documentos para<br />
empresas e<br />
clientes”.<br />
popularizada pela sua adoção na emissão<br />
de documentos de identificação virtual,<br />
chamados e-CPF ou e-CNPJ, que é o<br />
documento eletrônico de identidade que<br />
certifica a autenticidade dos emissores e<br />
destinatários dos documentos e dados<br />
que trafegam numa rede de comunicação.<br />
Segundo Cartaxo, não poderão ser<br />
titulares de certificados e-CPF ou e-CNPJ<br />
“as pessoas físicas cuja situação cadastral<br />
perante o CPF esteja enquadrada na condição<br />
de cancelado, e as pessoas jurídicas<br />
cuja situação cadastral perante o CNPJ esteja<br />
enquadrada na condição de inapta,<br />
suspensa ou cancelada”.<br />
De acordo com o presidente da<br />
Federação Nacional de Empresas Contábeis,<br />
de Assessoramento, Perícias, Informações<br />
e Pesquisas (Fenacom), Valdir<br />
Pietrobon, “a certificação digital é uma<br />
forma segura e simplificada de prestar informações<br />
ao Fisco e gerar documentos<br />
para empresas e clientes”.<br />
EMPRESAS TRIBUTADAS PELO<br />
LUCRO PRESUMIDO<br />
A novidade neste ano de 2010 é<br />
que não somente as empresas tributadas<br />
pelo lucro real ou arbitrado precisam entregar<br />
a certificação digital das declarações<br />
e demonstrativos, como também as<br />
empresas enquadradas no lucro presumido,<br />
segundo Instrução Normativa nº 969<br />
da Secretaria da Receita Federal. De acordo<br />
com o secretário da Receita Federal, os<br />
optantes pelo lucro presumido representam<br />
um universo de 1,4 milhão de contribuintes.<br />
Já as empresas optantes pelo<br />
Simples Nacional continuam dispensadas<br />
da apresentação de declarações com<br />
a utilização de certificado digital.<br />
As empresas que optaram pela<br />
ECONOMIA<br />
tributação com base no lucro presumido<br />
têm até 30 de junho para fazer a comunicação<br />
de dados à Receita Federal por<br />
meio de certificação digital. Para fazer o<br />
seu certificado, as empresas deverão obter<br />
um cartão magnético que conserva<br />
em códigos os dados cadastrais na Receita.<br />
Diversos agentes foram credenciados<br />
pelo Instituto Nacional de Tecnologia<br />
da Informação para fazer a certificação<br />
digital, como a Receita Federal; o Serviço<br />
Federal de Processamento de Dados<br />
(Serpro); a Imprensa oficial; a Casa da<br />
Moeda; a Autoridade Certificadora da<br />
Justiça (AC-JuS); a Autoridade Certificadora<br />
da Presidência da República (ACPR);<br />
a Serasa (que armazena dados sobre dívidas<br />
de empresas e pessoas físicas); a Caixa<br />
Econômica Federal (CEF); e a empresa<br />
Certisign, que já presta serviços de certificação<br />
digital à Petrobras, à ordem dos<br />
Advogados do Brasil (oAB) e à Imprensa<br />
oficial de São Paulo.<br />
Entre as vantagens de ter a certificação<br />
digital estão a economia de tempo<br />
e redução de custos, validade jurídica<br />
nos documentos eletrônicos, eliminação<br />
de papéis, desburocratização e segurança.<br />
o secretário da Receita Federal, otacílio<br />
Dantas Cartaxo, destaca que, hoje,<br />
uma empresa que possui o Certificado<br />
Digital, além da entrega de declarações a<br />
que está obrigada, dispõe de vários tipos<br />
de serviços, via internet.<br />
21
22<br />
ECONOMIA<br />
qUAIS SãO AS PROjEÇõES E<br />
ImPACTOS PARA 2010?<br />
Maílson da Nóbrega,<br />
economista e ex-ministro da Fazenda<br />
o ano de 2010 promete. Será um<br />
período de forte recuperação da economia,<br />
com aumento do emprego e<br />
da renda, impulsionado pelo mercado<br />
interno que será a grande fonte de crescimento<br />
da economia. Segundo avaliação<br />
do ex-ministro da Fazenda, o economista<br />
Maílson da Nóbrega, a massa<br />
salarial – o produto do salário médio e<br />
do número de trabalhadores em atividade<br />
– deve crescer mais de 5% acima<br />
da inflação. o crédito pode expandir-se<br />
perto de 15% em termos reais, isto é,<br />
acima da inflação. “os setores que dependem<br />
da renda e do crédito, como<br />
é o caso dos que produzem e comercializam<br />
bens de consumo durável e<br />
semidurável, tenderão a crescer acima<br />
do ritmo de expansão da economia, e<br />
a construção habitacional deverá ser<br />
uma das campeãs.” No caso do Produto<br />
Interno Bruto (PIB) – que revela o valor<br />
de toda a riqueza gerada no país –, a<br />
projeção de crescimento para este ano<br />
é de 5,2%, de acordo com a Tendências<br />
Consultoria Integrada.<br />
Dentro deste crescimento promissor,<br />
a taxa básica de juros gera impactos<br />
para diversos setores da economia<br />
brasileira, consequentemente<br />
também para o segmento de factoring.<br />
Maílson esclarece que a taxa básica de<br />
juros – a Selic – influencia todo o espectro<br />
das taxas de juros do segmento livre<br />
do crédito. Assim, sua elevação significará<br />
necessariamente aumento das taxas<br />
de juros desse segmento, que inclui<br />
as operações de factoring. Segundo ele,<br />
essas taxas já vêm aumentando mesmo<br />
antes da esperada elevação da Selic, em<br />
abril, “pois os mercados futuros já antecipam<br />
o movimento. E, como se sabe,<br />
os futuros determinam as taxas de juros<br />
das operações de crédito e de fomento<br />
mercantil”, pontua.<br />
Analistas do mercado financeiro<br />
esperam que o Comitê de Política Monetária<br />
(Copom) do Banco Central (BC)<br />
eleve a Selic em 0,5 pontos percentuais,<br />
agora em abril. o impacto deste<br />
aumento consistirá no encarecimento<br />
do crédito do segmento livre, mas não<br />
de operações direcionadas como as do<br />
BNDES (Banco Nacional do Desenvolvimento),<br />
do crédito imobiliário e de<br />
crédito rural com recursos do Tesouro,<br />
esclarece o economista. Ele garante<br />
“o papel da Selic é<br />
exatamente o de<br />
funcionar como<br />
instrumento básico<br />
de preservação da<br />
inflação nos níveis<br />
estabelecidos.”
que os tomadores de crédito deverão<br />
reagir como em situações semelhantes<br />
do passado. “Para uns, que precisam do<br />
crédito para consumo e tocar seus negócios,<br />
não há o que fazer além de incorporar<br />
esse custo em suas decisões e<br />
seus cálculos. Para os que não precisam<br />
do crédito ou não consideram relevante<br />
o seu custo para se endividar, é como<br />
se a vida não tivesse mudado.”<br />
Existe ainda uma corrente de<br />
economistas que afirmam que a taxa<br />
básica de juros deve subir 3 pontos percentuais<br />
até o final de 2010, e Mailson<br />
projeta um aumento de 2,5 pontos percentuais.<br />
Segundo ele, para os títulos<br />
públicos, isso significará mais encargos.<br />
A dívida pública se elevará pelo valor<br />
desses encargos. o objetivo, então, da<br />
elevação da Selic é evitar que a infla-<br />
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Decisão<br />
SISTEMAS<br />
Bahia: (71) 3248-1133<br />
Espírito Santo: (27) 3237-2015<br />
Goiás: (62) 4013-9300<br />
ção – dado o ritmo de crescimento da<br />
economia cada vez mais perto do seu<br />
potencial – fique acima da meta estabelecida<br />
pelo governo para 2010 e 2011,<br />
isto, é 4,5%, medida pelo IPCA (índice<br />
de Preços ao Consumidor Amplo). “o<br />
papel da Selic é exatamente o de funcionar<br />
como instrumento básico de<br />
preservação da inflação nos níveis estabelecidos.”<br />
Em frente ao mercado internacional,<br />
a situação do Brasil, com a oscilação<br />
da taxa básica de juros, dependendo do<br />
“cupom cambial”, poderá ser de entrarem<br />
mais dólares, afirma Mailson. uma<br />
outra consequência positiva, segundo<br />
Mailson, “é confirmar a percepção de<br />
que o Banco Central tem autonomia<br />
para tomar decisões necessárias a manter<br />
a inflação sob controle, mesmo que<br />
<br />
PARCERIA<br />
<strong>ANFAC</strong><br />
20<br />
Mato Grosso: (65) 3646-8803<br />
Minas Gerais: (31) 3462-5741<br />
Rio G. do Sul: (51) 3374-7574<br />
São Paulo: (11) 3935-1637<br />
Parceiros: COMPROVA, EQUIFAX e SERASA.<br />
<br />
<br />
ECONOMIA<br />
estejamos em período eleitoral. Será<br />
mais uma prova da solidez de nossas<br />
instituições econômicas”, conclui.<br />
Quanto à relação da taxa básica<br />
de juros com o dólar, ele explica que se<br />
o “cupom cambial” for elevado – o que<br />
pode ocorrer por conta de uma Selic<br />
mais alta e de baixa expectativa de desvalorização<br />
cambial –, o aumento da<br />
Selic pode tornar atrativas operações<br />
de “carry trade”, em que o investidor<br />
toma recursos em dólares no exterior<br />
e aplica em reais no Brasil, ganhando a<br />
diferença do “cupom cambial”. “Entraria<br />
mais dólar no país e a taxa de câmbio<br />
poderia valorizar-se. Mas, como se<br />
pode concluir, a simples elevação da<br />
Selic não significa que entrarão mais<br />
dólares no país, caso o ‘cupom cambial’,<br />
por alguma razão, não se altere.”<br />
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24<br />
ECONOMIA<br />
ECONOmIA mOSTRA<br />
CRESCImENTO ACELERADO<br />
Em 2010<br />
É o que apontam os dados tanto do setor público como do privado<br />
As vendas do comércio varejista<br />
em 2009 confirmaram a retomada do<br />
setor, mesmo ficando um pouco abaixo<br />
do observado em 2008. os dados do<br />
IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e<br />
Estatística) mostraram que houve um<br />
crescimento contínuo indicando boas<br />
possibilidades de o comércio passar a<br />
desenvolver suas vendas, em 2010, em<br />
ritmo semelhante ao que era notado em<br />
2007 e 2008, antes da crise econômica.<br />
No final do ano houve alta em<br />
todos os oito setores pesquisados. os<br />
fatores que mantiveram o comércio em<br />
alta foram o aumento da massa salarial<br />
do brasileiro e a estabilidade do emprego.<br />
o real valorizado também aparece<br />
como efeito positivo sobre as vendas<br />
do comércio varejista, pois incentiva as<br />
importações, e com produtos mais baratos<br />
que competem com os internos,<br />
os preços se seguraram.<br />
o desempenho do comércio vem<br />
sendo puxado pelo setor de híper e supermercados.<br />
A estabilidade dos preços<br />
contribui para o desempenho desse<br />
setor. De um modo geral, os produtos<br />
do setor alimentício, que tem um peso<br />
muito grande na estrutura da pesquisa,<br />
são os primeiros a serem consumidos, e<br />
seguraram o resultado do varejo, apontou<br />
a PMC (Pesquisa Mensal do Comércio),<br />
do órgão.<br />
A queda de 0,2% do Produto<br />
Interno Bruto de 2009, divulgada pelo<br />
IBGE, esteve alinhada com o que previu<br />
a CNI e representa um bom resultado<br />
diante do que ocorreu no restante do
mundo, declarou em março o presi-<br />
dente da CNI (Confederação Nacional<br />
da Indústria), Armando Monteiro Neto.<br />
“Alguns países emergentes obtiveram<br />
desempenho positivo, mas o Brasil se<br />
situou bem nessa recuperação.” Tanto<br />
o PIB industrial como o investimento<br />
cresceram no quarto trimestre e foram<br />
decisivos para o resultado de 2009, avalia<br />
a CNI. A entidade acredita que continuarão<br />
a subir em ritmo acima da expansão<br />
da economia, com expectativa<br />
de crescimento de 7% do PIB da indústria,<br />
que deve alavancar o crescimento<br />
da economia.<br />
A CNI descarta riscos de pressões<br />
sobre a capacidade do setor em<br />
atender ao aumento da demanda.<br />
Diante da queda registrada na atividade<br />
industrial no último trimestre de<br />
2009, de 5,5% no ano, que foi superior<br />
às expectativas, a previsão da CNI era<br />
de que o PIB industrial recuaria 4,5%<br />
em 2009. os resultados negativos revelaram<br />
que as expectativas foram bastante<br />
afetadas. “o grau de ociosidade,<br />
que caracterizou a indústria ao longo<br />
de 2009, fez com que os investimentos<br />
fossem postergados ou, eventualmente,<br />
deixados de lado em um ambiente<br />
ECONOMIA<br />
em que havia excesso de capacidade,”<br />
lembra o gerente-executivo da unidade<br />
de Política Econômica da CNI Flávio<br />
Castelo Branco. o desempenho da indústria<br />
só voltará ao nível pré-crise ao<br />
longo de 2010.<br />
os investimentos continuarão<br />
a crescer em ritmo acima da produção<br />
industrial e, assim, superior à expansão<br />
da economia. Não parece haver, assim,<br />
riscos de pressões sobre a capacidade<br />
do setor em atender ao aumento da<br />
demanda. “Havia grande pessimismo<br />
sobre o desempenho da economia nos<br />
primeiros meses do ano passado. A<br />
economia brasileira respondeu à crise<br />
com as medidas de política econômica<br />
de recuperação do crédito e estímulo à<br />
demanda doméstica e o próprio setor<br />
industrial registrou crescimento ao longo<br />
de 2009”, analisa Castelo Branco.<br />
o índice de Confiança do Empresário<br />
Industrial (ICEI) está 9,2 pontos<br />
acima da média histórica, de 58,6 pontos.<br />
Pela metodologia da pesquisa, o indicador<br />
varia de 0 a 100. Valores acima<br />
de 50 pontos indicam empresários confiantes.<br />
o otimismo continua elevado e<br />
reflete a retomada da atividade industrial<br />
após a crise, garante a CNI.<br />
25
26<br />
ECONOMIA<br />
A indústria planeja expandir<br />
neste ano sua capacidade instalada<br />
em 14,6% em média. o percentual é o<br />
maior registrado em oito anos, como<br />
mostra pesquisa divulgada em meados<br />
de março pela Fundação Getulio<br />
Vargas. A Sondagem de Investimentos<br />
da Indústria revela que para o triênio<br />
2010-2012 a projeção do setor é de expansão<br />
de 23,8%, maior do que a do<br />
ano passado para o triênio 2009-2010,<br />
de 21,2%. o percentual, no entanto, é<br />
inferior à projeção feita em 2008, de<br />
25,1%. o setor de bens de consumo,<br />
que inclui imóveis e veículos, teve a<br />
maior previsão de expansão, com média<br />
de 16%, considerada a mais favorável<br />
dos últimos cinco anos. os setores<br />
de bens de capital (máquinas e equipamentos)<br />
e bens intermediários (vestuário,<br />
calçados e alimentos) vieram a<br />
seguir, com previsões médias de 15,4%<br />
e 13,8%, respectivamente.<br />
EXPANSãO DO CRÉDITO<br />
o presidente do Banco Central<br />
(BC), Henrique Meirelles, defende que a<br />
previsibilidade e a estabilidade econômica<br />
sejam preservadas como valores<br />
da economia brasileira. Segundo ele,<br />
assim é possível haver planejamento<br />
das empresas e das famílias e oferta<br />
de financiamentos de longo prazo. o<br />
Banco Central espera que a proporção<br />
entre o volume de crédito e o Produto<br />
Interno Bruto (PIB), soma de bens e serviços<br />
produzidos no país, chegue a 49%<br />
no final do ano.<br />
As taxas de juros cobradas nos<br />
empréstimos para pessoas físicas apresentaram<br />
redução de 1,1 ponto percentual<br />
na passagem de janeiro para<br />
fevereiro e chegaram a 41,9% ao ano.<br />
Segundo dados divulgados pelo Banco<br />
Central, esse é o menor patamar<br />
da série histórica iniciada em julho de<br />
1994. No caso das empresas, a redução<br />
foi de 0,6 ponto percentual, para 25,9%<br />
ao ano. A taxa geral anual passou de<br />
35,1%, em janeiro, para 34,3%, no mês<br />
passado, o menor nível desde dezembro<br />
de 2007. A mais recente pesquisa<br />
divulgada pela Serasa Experian indica<br />
que a demanda de empresas por crédito<br />
cresceu 11,4% em fevereiro na comparação<br />
com o mesmo mês do ano passado.<br />
Segundo a entidade, essa é maior<br />
alta em 17 meses.<br />
o bom resultado da arrecadação<br />
dos impostos e contribuições federais<br />
administrados pela Receita Federal no<br />
primeiro bimestre, em comparação ao<br />
mesmo período do ano passado, decorre<br />
principalmente da recuperação<br />
dos principais indicadores econômicos<br />
do país, revela o Ministério da Fazenda.<br />
Houve influência, por exemplo, na ar-<br />
“Alguns países<br />
emergentes<br />
obtiveram<br />
desempenho<br />
positivo, mas o<br />
Brasil se situou bem<br />
nessa recuperação.”<br />
recadação do Imposto sobre Produtos<br />
Industrializados e no PIS/Cofins, que<br />
tiveram forte aceleração devido à produção<br />
industrial e à venda de bens. De<br />
acordo com os números divulgados,<br />
houve uma variação real acumulada<br />
no período de 12,14% para as receitas<br />
administradas. No acumulado do ano,<br />
a arrecadação total chega a R$ 112,050<br />
bilhões, já corrigida pelo índice Nacional<br />
de Preços ao Consumidor Amplo<br />
(IPCA).
FAToR <strong>ANFAC</strong><br />
FATOR DE COMPRA %<br />
NOTÍCIAS <strong>ANFAC</strong><br />
o FAToR DE CoMPRA é o indice que precifica a compra dos créditos nas operações de fomento mercantil. Compõe-se dos seguintes itens: cus-<br />
to de oportunidade dos recursos da contratada, despesas operacionais e de cobrança, carga tributária e expectativa de lucro. A <strong>ANFAC</strong> - ASSoCIAção<br />
NACIoNAL DAS SoCIEDADES DE FoMENTo MERCANTIL - FACToRING fornece diariamente um indicativo sinalizador para o mercado (mero parâmetro).<br />
1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010<br />
Jan 28,07 30,67 8,36 6,64 4,55 4,79 4,52 4,2 3,8 3,89 4,42 4,24 4,55 4,52 3,96 3,96 4,03 3,76<br />
Fev 25,64 32,96 8,32 6,73 4,43 4,75 4,85 4,16 3,77 3,88 4,4 4,4 4,57 4,51 3,95 3,95 4,01 3,77<br />
Mar 24,73 34,56 8,9 6,61 4,28 4,64 5,1 4,12 3,83 3,82 4,4 4,4 4,6 4,51 3,94 3,95 3,99 3,81<br />
Abr 27 36,8 9,29 6,51 4,25 4,55 4,92 4,01 3,89 3,83 4,4 4,39 4,62 4,42 3,92 3,98 3,97 3,79*<br />
Mai 26,64 35,3 9,07 6,23 4,24 4,5 4,82 3,99 3,89 3,81 4,43 4,41 4,63 4,35 3,91 3,99 3,92<br />
Jun 27,09 35,4 9 5,89 4,2 4,42 4,79 3,97 3,93 4,1 4,39 4,4 4,64 4,31 3,9 4,01 3,85<br />
Jul 27,42 9,85 9,02 5,6 4,2 4,33 4,75 3,91 4,1 4,04 4,36 4,42 4,63 4,29 3,9 4,02 3,83<br />
Ago 28,22 10,4 8,49 5,44 4,15 4,2 4,7 3,88 4,04 4,04 4,34 4,43 4,63 4,24 3,91 4,03 3,77<br />
Set 28,83 8,58 8,11 5,25 4,13 4,5 4,56 3,87 4,03 4,01 4,33 4,45 4,62 4,13 3,92 4 3,76<br />
Out 28,55 8,46 7,85 5,02 4,1 4,55 4,4 3,85 3,97 4,25 4,28 4,46 4,61 4,06 3,93 4,07 3,75<br />
Nov 29,47 8,71 7,72 4,78 4,96 4,5 4,39 3,87 3,95 4,37 4,25 4,49 4,58 3,99 3,94 4,07 3,75<br />
Dez 31,26 8,36 7,28 4,7 4,8 4,49 4,35 3,83 3,9 4,38 4,24 4,51 4,55 3,96 3,96 4,07 3,75<br />
* Fator correspondente até o dia 12/04/2010<br />
Fonte: <strong>ANFAC</strong><br />
27
28<br />
NOTÍCIAS <strong>ANFAC</strong><br />
<strong>ANFAC</strong> Em NÚmEROS<br />
25042<br />
28602<br />
24577<br />
30382<br />
36692<br />
Acessos ao Portal <strong>ANFAC</strong><br />
35523<br />
abr/09 mai/09 jun/09 jul/09 ago/09 set/09 out/09 nov/09 dez/09 jan/10 fev/10 mar/10<br />
8<br />
7<br />
os indicadores de Movimento<br />
Quantitativo do relatório de atendi-<br />
mento <strong>ANFAC</strong> nos últimos 12 meses<br />
mostram a intensa atividade da entidade<br />
no último ano. Durante este período,<br />
a <strong>ANFAC</strong> esteve envolvida em 114 reuniões,<br />
que foram realizadas na entidade,<br />
para fins de discussão de aspectos<br />
técnicos, jurídicos, e também sobre filiação<br />
e constituição de empresas.<br />
os índices de acesso e solicitação<br />
Confira os números da <strong>ANFAC</strong>:<br />
35934<br />
Reuniões - Técnicas, Jurídicas, Associativas e de Constituição de Empresas<br />
5<br />
8<br />
10<br />
11<br />
27186<br />
14 14<br />
abr/09 mai/09 jun/09 jul/09 ago/09 set/09 out/09 nov/09 dez/09 jan/10 fev/10 mar/10<br />
19055<br />
12<br />
de serviços eletrônicos também apresentam<br />
expressivos resultados. De abril<br />
de 2009 até março deste ano, o número<br />
registrado de acessos ao Portal <strong>ANFAC</strong><br />
foi de mais de 328 mil, com uma média<br />
de 27 mil visitações mensais. Neste<br />
mesmo período, foram realizadas 1220<br />
consultas através dos canais disponibilizados<br />
pela Associação na internet<br />
(portal e e-mail). Já as consultas telefônicas<br />
somaram 2749 atendimentos.<br />
21121<br />
9<br />
19098<br />
6<br />
25140<br />
10<br />
29<br />
52<br />
29<br />
28<br />
48<br />
30<br />
33<br />
51<br />
29<br />
26<br />
46<br />
30<br />
29<br />
51<br />
34<br />
Consultas Eletrônicas<br />
34<br />
58<br />
36<br />
abr/09 mai/09 jun/09 jul/09 ago/09 set/09 out/09 nov/09 dez/09 jan/10 fev/10 mar/10<br />
241<br />
228<br />
223 225 223<br />
Fale Conosco (Portal) E-mail Técnicas e Jurídicas (Portal)<br />
242<br />
abr/09 mai/09 jun/09 jul/09 ago/09 set/09 out/09 nov/09 dez/09 jan/10 fev/10 mar/10<br />
36<br />
62<br />
270<br />
38<br />
20<br />
47<br />
Consultas Telefônicas<br />
264<br />
26<br />
19<br />
42<br />
253<br />
29<br />
21<br />
36<br />
198<br />
20<br />
17<br />
31<br />
173<br />
16<br />
22<br />
43<br />
209<br />
22
ANÚNCIO
30<br />
NOTÍCIAS <strong>ANFAC</strong><br />
II ENCONTRO DE<br />
SECRETáRIOS EXECUTIvOS<br />
reúne profissionais do fomento mercantil<br />
Aprimorar o trabalho desenvolvido<br />
pelos secretários executivos dos Sindicatos<br />
de Sociedades de <strong>Fomento</strong> <strong>Mercantil</strong><br />
– Factorings (SINFACs) associados à AN-<br />
FAC, por meio da troca de experiências<br />
foi a proposta do II Encontro de Secretários<br />
Executivos, promovido pela Associação,<br />
no dia 5 março, nas dependências<br />
do Hotel Golden Tulip Paulista Plaza, em<br />
São Paulo. o evento reuniu 32 profissionais<br />
dos Sindicatos dos Estados do Ceará,<br />
Piauí, Maranhão, Rio Grande do Norte,<br />
Minas Gerais, Santa Catarina, Rio Grande<br />
do Sul, São Paulo, Bahia, Paraná, Goiás e<br />
Tocantins. o presidente da <strong>ANFAC</strong>, Luiz Lemos<br />
Leite, fez uma saudação na abertura<br />
do encontro, agradecendo a dedicação e o<br />
empenho de todos que se deslocaram de<br />
suas cidades para participar deste importante<br />
encontro, desejando a todos muito<br />
sucesso neste segundo evento. o painel<br />
de abertura contou com a palestra motivacional<br />
“Integração e Relações Interpessoais”,<br />
ministrada pela secretária executiva<br />
xxxxxxx xxxxxxx xxxxxxxxxxxxxxxxxxx xxxxxxxxxx<br />
do SINFAC-SC/CS, Gerusa Ângelo Nowaski,<br />
que realizou uma dinâmica de grupo com<br />
a participação dos participantes.<br />
o II Painel teve como tema a palestra<br />
“o <strong>Fomento</strong> <strong>Mercantil</strong>”, proferida pelo<br />
presidente da <strong>ANFAC</strong>, Luiz Lemos Leite,<br />
que apresentou a evolução histórica da<br />
atividade no Brasil, o pacto federativo firmado<br />
com os SINFACs e a tramitação do<br />
Projeto de Lei da Câmara (PLC-13/2007)<br />
que significará um avanço institucional<br />
para os profissionais do fomento mercantil<br />
no Brasil. Além de apresentar o X Congresso<br />
Brasileiro de <strong>Fomento</strong> <strong>Mercantil</strong>,<br />
promovido pela <strong>ANFAC</strong>, que acontecerá<br />
no mês de junho, em Pernambuco.<br />
Com o tema “Modelo de Incentivo<br />
ao Aprimoramento Profissional”, a assessora<br />
da Diretoria do SINFAC-RS, Quelen<br />
oliveira, destacou os serviços e as atividades<br />
desempenhadas pelo Sindicato com<br />
o objetivo de qualificar o atendimento da<br />
entidade, a preocupação da diretoria com<br />
o aprimoramento e o crescimento de seus<br />
colaboradores e associados – que tem se<br />
refletido num crescimento significativo<br />
de empresas associadas. Já o VI Painel do<br />
evento fez um “Panorama sobre SINFACs,<br />
parcerias, GRCS e Contribuição Sindical”,<br />
que teve como palestrantes o secretário<br />
executivo do SINFAC-ES, Renato de Souza,<br />
e a assessora de Marketing do SINFAC/
RS, Clari Helena Puntel. o primeiro pales-<br />
trante do SINFAC do Espírito Santo, Rena-<br />
to de Souza, abordou o relacionamento<br />
da <strong>ANFAC</strong> com os SINFACs, fazendo uma<br />
relação desde o I Encontro de Secretários<br />
Executivos, realizado em 2007, bem como<br />
as formas utilizadas pelos Sindicatos para<br />
divulgarem as suas atividades, estratégias<br />
para ampliação do quadro de filiados e<br />
a importância das visitas como forma de<br />
avaliar a satisfação dos associados com a<br />
entidade. Além de traçar um rápido panorama<br />
sobre parcerias e a cobrança da<br />
GRCS - Guia de Recolhimento da Contribuição<br />
Sindical.<br />
A segunda palestrante do SINFAC<br />
do Rio Grande do Sul, Clari Helena Puntel,<br />
falou da importância de os Sindicatos adotarem<br />
a cobrança da contribuição sindical,<br />
porque além de ser uma importante fonte<br />
de receita, tem base legal para cobrança e<br />
forma de implementação. A experiência<br />
gaúcha em relação ao crescimento da entidade<br />
local, através do expressivo número<br />
de associados, também foi destacada<br />
no painel.<br />
“Ações de Responsabilidade Social<br />
Desenvolvidas pelos SINFACs” foi o painel<br />
seguinte, que teve como palestrantes o secretário<br />
executivo SINDISFAC-MG, Geraldo<br />
Wilton da Mata; e a secretária executiva<br />
do SINFAC-CE/PI/MA/RN, Débora Cristina<br />
Vilas Boas, que apresentou as ações de trabalho<br />
desenvolvidas em Fortaleza e a sua<br />
repercussão junto à sociedade e outras<br />
entidades. Já o palestrante do Sindicato<br />
mineiro tratou sob o trabalho desenvolvido<br />
com as empresas de factoring associadas.<br />
“A Atividade Institucional” foi o tema<br />
do VI painel, ministrado pelo assessor da<br />
presidência da <strong>ANFAC</strong>, advogado José<br />
Luis Dias da Silva, que destacou o apoio<br />
jurídico oferecido pela <strong>ANFAC</strong> às suas associadas,<br />
a importância de os SINFACs<br />
contribuírem com a alimentação do banco<br />
de jurisprudência, a utilização do portal<br />
<strong>ANFAC</strong> e a necessidade de padronizar e<br />
uniformizar os contratos. o coordenador<br />
do encontro, Renato de Souza, reforçou a<br />
importância dos SINFACs em enriquecer a<br />
base de informações na <strong>ANFAC</strong>, uma vez<br />
que recebem das próprias associadas decisões<br />
de grande importância para o setor.<br />
Com o tema “Desenvolvimento de<br />
Novos Produtos”, o assessor da presidência,<br />
Dorival Maso, encerrou o último painel<br />
do II Encontro de Secretários Executivos.<br />
Ele falou sobre o grande número de parceiros<br />
que a <strong>ANFAC</strong> possui e a importância<br />
de estabelecer convênios relativos a pro-<br />
NOTÍCIAS <strong>ANFAC</strong><br />
dutos e serviços que propiciam melhor<br />
poder de barganha; e a importância da<br />
participação dos associados no X Congresso<br />
Brasileiro de <strong>Fomento</strong> <strong>Mercantil</strong>, os<br />
informando sob o processo de inscrição e<br />
o endereço eletrônico do evento.<br />
No encerramento dos painéis,<br />
aconteceu a revelação do “amigo-presente”<br />
com os participantes, além da realização<br />
do sorteio de dois exemplares do<br />
livro “Factoring no Brasil”, de autoria do<br />
presidente da <strong>ANFAC</strong>, Luiz Lemos Leite. o<br />
coordenador do evento, Renato de Souza,<br />
informou que o “III Encontro de Secretários<br />
Executivos” poderá acontecer um dia<br />
antes do início do XI Congresso Brasileiro<br />
de <strong>Fomento</strong> <strong>Mercantil</strong> em 2012.<br />
xxxxxxxxxxx xxxxxxxxxxxxxxxx xxxxxxxxxxxxxx xxxxxxxxxxxx<br />
xxxxxxxxxxx xxxxxxxxxxxxxxxx xxxxxxxxxxxxxxxxx<br />
31
32<br />
PERFIL FACTORING<br />
FACTORINGs espAlhAdAs<br />
pelO bRAsIl<br />
CONSTEC<br />
FOmENTO<br />
é a história do factoring<br />
no Rio Grande do Sul<br />
o desejo de ingressar no mercado<br />
de fomento mercantil, num período<br />
em que o segmento era pouco conhecido<br />
no Brasil, fez com que o fundador da<br />
Constec <strong>Fomento</strong>, de Porto Alegre - RS, se<br />
mobilizasse, mostrando às autoridades<br />
políticas da época a seriedade e a importância<br />
do setor. o seu fundador, o empresário<br />
e economista João Amado Réquia,<br />
procurou, em 1985, o então secretário<br />
municipal da Fazenda e solicitou uma audiência<br />
pública na Câmara de Vereadores<br />
da capital gaúcha, entre os empresários<br />
do setor e os representantes políticos,<br />
para esclarecer sobre o trabalho de uma<br />
empresa de factoring. Réquia conta que<br />
na época a Prefeitura Municipal desconhecia<br />
completamente o assunto, então<br />
foram levados inclusive livros que abordavam<br />
o tema.<br />
A Constec <strong>Fomento</strong>, fundada em<br />
23 de junho de 1984, começou a ope-<br />
ração em factoring<br />
comprando títulos e pagando imposto<br />
sobre serviços. Hoje, a empresa tem cerca de 70<br />
clientes, e sacados em todo o Brasil. “Foi um crescimento<br />
positivo, ninguém fica 26 anos no mercado se<br />
não estiver fazendo um bom trabalho.” Para manter a credibilidade<br />
por tanto tempo, o empresário defende que é preciso<br />
fazer uma análise judicial criteriosa dos sacados. “Quem não<br />
tem sacados bons não tem empresa boa.” Ele destaca que é<br />
preciso analisar os títulos um a um, como se cada um fosse o<br />
único da empresa. “É preciso fazer negócio quando eu tiver certeza de<br />
que vou receber dos clientes. Quem não tiver lucro vai naufragar. É<br />
preciso ganhar ao menos 51% das batalhas.”<br />
Em 1986, a Constec admitiu um novo sócio o empresário<br />
Emile Leopold Bian e, em 1993 um novo empresário veio somar<br />
à frente da administração, Lauri Mauro Réquia. A associação à<br />
<strong>ANFAC</strong> aconteceu um ano depois de sua criação, em janeiro de 1985.<br />
Em 1991, Réquia criou o SINFAC/RS, que presidiu até 1996. Atualmente é<br />
vice-presidente de Assuntos Corporativos da <strong>ANFAC</strong>. A Constec <strong>Fomento</strong>,<br />
que também tem como sócia a empresária Ivone da Rocha Réquia, é a<br />
primeira empresa do setor criada no Estado do Rio Grande do Sul e a segunda<br />
empresa mais antiga em atividade no Brasil.
A mais nova associada:<br />
CASTELO FOmENTO mERCANTIL<br />
A Castelo <strong>Fomento</strong> <strong>Mercantil</strong> surgiu de uma reunião informal entre amigos que<br />
desejavam contribuir para o desenvolvimento das pequenas empresas da região, já que<br />
existe uma grande dificuldade dos pequenos empreendedores em ter parceiros no fomento<br />
de seus negócios. Fundada em 2007, na cidade de Castelo, sul do estado do<br />
Espírito Santo, é associada à <strong>ANFAC</strong> desde 2008. “Notamos que ser<br />
associado é essencial para as empresas de fomento, pois é<br />
uma instituição que nos dá segurança, nos defende<br />
e orienta sempre que necessário”, relata o sócio<br />
da Castelo, Domingos Sávio Mião. A empresa<br />
conta com sete colaboradores e cerca de 60<br />
clientes, cujo perfil é bastante diversificado.<br />
A filosofia da Castelo é fazer do<br />
cliente um parceiro, inclusive prestando-lhe<br />
consultoria. As metas e objetivos são “fazer as<br />
empresas crescerem junto conosco e aumentar o<br />
A Conquista Factoring – que abrange<br />
toda a Grande São Paulo –, fundada em 2005<br />
pelos sócios diretores Carlos Brandão e Fabiana Brandão,<br />
contou com o apoio e auxílio da <strong>ANFAC</strong> para a sua implementação.<br />
“Antes de abrir a empresa, buscamos o máximo possível de<br />
informações, onde tivemos uma reunião muito esclarecedora na<br />
Associação, que nos deu um panorama muito claro do negócio, inclusive<br />
com perspectivas de ganho, despesas, impostos, capital necessário,<br />
entre outros dados importantes para o negócio”, informaram<br />
os diretores. Além de toda a ajuda da <strong>ANFAC</strong>, os empresários<br />
realizaram o curso de Agente de <strong>Fomento</strong> <strong>Mercantil</strong> e buscaram<br />
informações com empresários do setor. “Já tínhamos conhecimento<br />
da área de análise de crédito por atuar no setor bancário, e de<br />
posse desses novos conhecimentos, abrimos nossa factoring.” A<br />
PERFIL FACTORING<br />
número de clientes, com a missão de fomentar<br />
a economia regional e fazer dos<br />
clientes fiéis parceiros”, diz o empresário.<br />
Para 2010, a meta é ampliar a clientela,<br />
procurando melhorar o trabalho da empresa<br />
para se fortalecer cada vez mais no<br />
mercado. Segundo Sávio, apesar de passar<br />
por um ano turbulento em 2009, a empresa<br />
conseguiu crescer satisfatoriamente e<br />
seus sócios estão satisfeitos com o desempenho<br />
alcançado. “Neste ano, as expectativas<br />
são as melhores possíveis, já se nota<br />
que as empresas estão retomando o ritmo<br />
normal, mesmo após a grande crise mundial”,<br />
conclui Sávio.<br />
CONqUISTA FACTORING:<br />
crescimento com segurança e credibilidade<br />
Conquista Factoring é associada à <strong>ANFAC</strong> desde 2006. Dentre as<br />
vantagens oferecidas, os gestores destacam a assessoria técnica,<br />
tributária e jurídica que são muito utilizadas pelos empresários, o<br />
que resulta numa maior credibilidade frente ao mercado.<br />
Segundo os empresários, o crescimento da empresa é<br />
muito satisfatório, com um aumento significativo contando, com<br />
65 empresas - clientes ativos, compostos por pequenas empresas<br />
dos setores da indústria, prestadores de serviço, e comércio<br />
atacadista e varejista. Em 2010, a meta da Conquista Factoring é<br />
ampliar a base de clientes de maior porte, preservando porém,<br />
a segurança e a vocação inicial. Ao longo desses quatro anos de<br />
factoring, os gestores afirmam que têm sido uma experiência<br />
muito gratificante. “Nossa carteira vem crescendo e quase não<br />
temos inadimplência.”<br />
33
34<br />
FALE COM O PRESIDENTE<br />
Nome: Pio Daniele (presidente SIN-<br />
FAC-SP)<br />
Mensagem: Prezado Dr. Luiz Lemos<br />
Leite, o SINFAC-SP cumprimenta a AN-<br />
FAC por mais este ano de existência à<br />
frente das lutas pelo <strong>Fomento</strong> <strong>Mercantil</strong>.<br />
Somos sabedores das dificuldades e<br />
agruras enfrentadas constantemente,<br />
mas também das inúmeras e constantes<br />
vitórias e conquistas, das quais nós,<br />
os SINFACs do Brasil, temos a oportunidade<br />
de desfrutar e disseminá-las<br />
entre nosso público.<br />
Essas vitórias têm em seu bojo muito<br />
de sua incansável luta, e anseio por<br />
ver o fomento mercantil em lugar privilegiado<br />
e de destaque na economia<br />
de nossa sociedade, patamar que, por<br />
certo, é nosso de direito, pois ao participarmos<br />
do desenvolvimento e sucesso<br />
das empresas que nos procuram,<br />
passamos a desfrutar também desse<br />
sucesso.<br />
Parabéns, <strong>ANFAC</strong>! Que muitos 28<br />
anos aconteçam, para engrandecimento<br />
deste segmento que abraçamos e<br />
amamos.<br />
Nome: Luiz Napoleão da Silva Brito<br />
Mensagem: Doutor Luiz. Sei que<br />
para o Senhor, em especial e para nós<br />
empresários de <strong>Fomento</strong> <strong>Mercantil</strong>, é<br />
um dia muito especial. São 28 anos que<br />
completa este seu mais novo filho, o<br />
FACToRING no Brasil. Parabéns ao FAC-<br />
TGoRING. Parabéns ao nosso segmento,<br />
aos nossos empresários, mas o dia<br />
hoje (11 de fevereiro) é seu. São pessoas<br />
com a sua garra e energia que fazem<br />
o nosso país, portanto os meus sinceros<br />
cumprimentos para o empreendedor<br />
Doutor Luiz Lemos Leite. Com o meu<br />
forte e grande abraço.<br />
Nome: Cesar Moura Rodrigues (Norfac<br />
Factoring <strong>Fomento</strong> <strong>Mercantil</strong>, em<br />
Belém - PA)<br />
Mensagem: Hoje é um dia que merece<br />
muita festa.<br />
No dia 11 de fevereiro de 1982, um<br />
pequeno grupo de empresários fundava<br />
uma entidade para agrupar membros<br />
e debater conceitos de uma atividade<br />
da qual muito pouco se conhecia<br />
naquela época. Liderados por um idealista<br />
de personalidade forte, não demorou<br />
muito para a associação ganhar<br />
respeitabilidade no mercado e novos<br />
seguidores de diferentes Estados. A atividade<br />
de factoring aos poucos ganhou<br />
identidade e balizamento dentro do ordenamento<br />
jurídico brasileiro. Muitos<br />
anos se passaram, e com muito trabalho<br />
e luta permanente na defesa de um<br />
segmento, que hoje é vital para dar estabilidade<br />
à liquidez do sistema financeiro<br />
nacional, atendendo a 140 mil pequenas<br />
e médias empresas de norte a<br />
sul do país. Essa associação deu valiosa<br />
contribuição para elaboração da lei que<br />
será o marco regulatório do fomento<br />
mercantil brasileiro, que tramita desde<br />
1995, no Congresso Nacional, estando<br />
na última Comissão do Senado e perto<br />
de receber a sanção presidencial.<br />
Podemos afirmar, sem medo de<br />
exagero, que tudo que o segmento<br />
tem hoje regulamentado teve o dedo<br />
da <strong>ANFAC</strong> no meio. Mas para que todo<br />
esse sucesso fosse alcançado foi necessária<br />
uma liderança firme, incansável,<br />
dedicada e respeitada por todos os<br />
empresários associados. Ter como presidente<br />
o Dr. Luiz Lemos Leite foi talvez<br />
o maior acerto que tivemos ao longo<br />
de quase três décadas. Tenho o privilégio<br />
de desde 1999 fazer parte da sua<br />
diretoria e poder acompanhar de perto<br />
cada vitória conquistada. Hoje não sei<br />
dizer se comemoramos o aniversário<br />
da <strong>ANFAC</strong> ou do Dr. Luiz, porque essa<br />
fusão dos dois é natural e acho impossível<br />
separá-los, tal a relevância do presidente<br />
na fundação e no comando dessa<br />
entidade por 28 anos.<br />
Nesta oportunidade gostaria de dar<br />
os meus parabéns ao presidente, aos<br />
associados, aos funcionários, aos diretores<br />
e aos colaboradores que fazem<br />
parte do sistema <strong>ANFAC</strong>; bem como a<br />
todos os agentes de fomento mercantil<br />
que também comemoram seu dia nesta<br />
data. Que a nossa Associação possa<br />
sempre de maneira democrática, representar<br />
seus quase 700 associados com<br />
a mesma pujança e dedicação que tem<br />
feito até hoje.
Nomes: olmar João Pletsch, Letícia<br />
Hickmann Pletsch, Sabrina Lorenzi e Ga-<br />
briele Vargas (G Seis <strong>Fomento</strong> Comercial)<br />
Mensagem: Dr. Luiz, nos permiti-<br />
mos cumprimentá-lo por 28 anos de<br />
conquistas via e-mail. Adquirimos uma<br />
champagne ou um champagne? Muito<br />
embora existam divergências entre as<br />
nomenclaturas, não temos dúvida quanto<br />
às vitórias conquistadas pela Anfac.<br />
Aguardamos sua presença oportunamente<br />
para estourarmos o champagne,<br />
quando tivermos a honra de recebê-lo<br />
novamente em Porto Alegre. Fica nosso<br />
agradecimento pelas laboriosas conquistas<br />
nesse período. Que Deus lhe<br />
ilumine para que possa continuar engrandecendo<br />
nossa atividade e quiçá<br />
aprovar a Lei do <strong>Fomento</strong>. PARABÉNS!<br />
Nome: Divaldo (Grupo Centerpar)<br />
Mensagem: Prezados parceiros<br />
Vejam a importância da <strong>ANFAC</strong> e<br />
do Dr. Luiz Lemos Leite, realmente nós<br />
temos uma retaguarda muito grande,<br />
agora é só aguardar que teremos boas<br />
novidades logo.<br />
Mais uma vez agradecemos ao Dr.<br />
Luiz. Abraço.<br />
Nome: Cintia Yazigi<br />
Mensagem: Dr. Luiz, fiquei muito<br />
feliz ao saber que estão comemorando<br />
o 28º ano de <strong>ANFAC</strong>. Gostaria intensamente<br />
de parabenizá-lo e registrar que<br />
conhecê-lo foi um presente excepcional<br />
que recebi o ano passado. Muito sucesso,<br />
sempre! um abraço!<br />
Nome: Luiz Moisés (Mogipar <strong>Fomento</strong><br />
<strong>Mercantil</strong>)<br />
Mensagem: Parabenizo e agradeço<br />
à <strong>ANFAC</strong> na pessoa do Dr. Luiz Lemos<br />
Leite. Realmente o assunto em pauta é<br />
muito importante e relevante, não somente<br />
para as empresas de fomento do<br />
Brasil, mas sobretudo para as pequenas<br />
e médias empresas, como muito bem<br />
destacou o nobre doutor. A recusa de<br />
pagamento a terceiros configura, inclusive,<br />
abuso de poder econômico por<br />
parte das grandes empresas contra os<br />
seus fornecedores, impedindo-os ao<br />
acesso legítimo de recursos provenientes<br />
da venda de seus ativos recebíveis.<br />
Nome: Sérgio Dagostim (presidente<br />
SINFAC CS SC)<br />
Mensagem: É com muita alegria que<br />
podemos comemorar na data de hoje<br />
(11 de fevereiro) os 28 anos da nossa<br />
grandiosa entidade, que sempre se empenhou<br />
pela união e fortalecimento da<br />
classe de forma ética e persistente. Esses<br />
anos de conquistas somente foram possíveis<br />
graças ao seu empenho, competência<br />
e dedicação. obrigado por fazer<br />
da <strong>ANFAC</strong> uma entidade respeitada e<br />
forte.<br />
Nome: Neves & Advogados Associados<br />
(Porto Alegre/RS)<br />
Mensagem: 11 de fevereiro - Dia Do<br />
Agente de <strong>Fomento</strong> <strong>Mercantil</strong>. “A Neves<br />
e Advogados Associados” parabeniza<br />
esta categoria tão importante para a<br />
nossa economia, o AGENTE DE FoMEN-<br />
To MERCANTIL. Parabéns pelo seu dia!!<br />
FALE COM O PRESIDENTE<br />
Nome: olmar Pletsch (presidente<br />
SINFAC/ RS)<br />
Mensagem: Dr. Luiz, o SINFAC/RS lhe<br />
parabeniza pelo 28º aniversário da AN-<br />
FAC e pelo dia do Agente de <strong>Fomento</strong><br />
<strong>Mercantil</strong>. Abraços dos empresários pelas<br />
laboriosas conquistas para o setor.<br />
Nome: Benedicto Darcio Dattolo e<br />
Valdemir Chimatti (Benval Factoring<br />
<strong>Fomento</strong> <strong>Mercantil</strong>)<br />
Mensagem: Aos parceiros da AN-<br />
FAC. Logo após iniciarmos as nossas<br />
atividades, nos filiamos à <strong>ANFAC</strong>, que<br />
nos recebeu de braços abertos...<br />
Queremos parabenizá-los pelo<br />
aniversário e desejarmos vida muito<br />
longa a essa entidade, na pessoa de<br />
seu presidente, diretores e funcionários.<br />
Aproveitamos para agradecer sua<br />
presteza em nos atender, sempre com<br />
competência e prontidão, em tudo<br />
aquilo que solicitamos. Parabéns e<br />
muito obrigado.<br />
Nome: Francke Comunicação Integrada<br />
Mensagem: Parabéns, <strong>ANFAC</strong>, por<br />
seus 28 anos de conquistas e realizações.<br />
É um orgulho para a Francke trabalhar<br />
com esta grande instituição e<br />
poder contribuir com o seu crescimento,<br />
oferecendo o que temos de melhor:<br />
Dedicação e Competência.<br />
35
ESPAÇO DOS SINDICATOS<br />
37
38<br />
ESPAÇO DOS SINDICATOS<br />
SINFAC-Rj APRESENTA<br />
NOvA DIRETORIA<br />
Ricardo Leal Wakim,<br />
presidente do Sinfac-RJ<br />
o Sindicato das Sociedades de <strong>Fomento</strong><br />
<strong>Mercantil</strong>-Factoring do Rio de Janeiro (Sinfac-<br />
RJ) empossou, no dia 21 de outubro a nova<br />
diretoria da entidade. o presidente eleito, Ricardo<br />
Leal Wakim – que assume a direção da<br />
entidade no biênio 2010-2012 – ressalta que o<br />
fomento no Estado carioca tem grande importância<br />
para as pequenas e médias empresas,<br />
e que nos últimos anos – principalmente em<br />
virtude da crise do subprime – a atividade vem<br />
crescendo substancialmente.<br />
Wakim destaca que a meta da direção<br />
será fortalecer a atuação do Sindicato. “Queremos<br />
fazer a entidade voltar a ser forte como foi<br />
antes”, enfatiza, acrescentando buscará atrair<br />
as empresas – contando inclusive com a participação<br />
da <strong>ANFAC</strong>, através da distribuição da<br />
revista. outra iniciativa é a aproximação com<br />
órgãos e entidades públicas como a Federação<br />
das Indústrias do Rio de janeiro (FIRJAN) e a<br />
Investe Rio – agência de fomento do estado<br />
carioca.<br />
Na nova diretoria do SINFAC-RJ, assumiram<br />
também Luiz Carlos Lima Borges, como<br />
vice-presidente; Carlos Alberto Gomes Silva,<br />
no cargo de Diretor Financeiro; Samuel Garson,<br />
como Diretor Técnico; e Jorge Rodrigues<br />
de Souza, Diretor Administrativo. o Conselho<br />
Fiscal do Sindicato tem como efetivos Elias de<br />
Souza Tavares, Marcelo Gruber Bernstein, e<br />
Francisco José Nunes Salgueiro.
40<br />
SECURITIzAÇãO: vANTAGENS E<br />
mUDANÇAS NO SISTEmA<br />
Medida Provisória obriga empresas de securitização a<br />
enquadramento no regime de tributação pelo lucro real<br />
uma técnica financeira que se<br />
mostra atrativa e como alternativa de<br />
proteção contra créditos deteriorados.<br />
A securitização de ativos empresariais<br />
visa o lastreamento de emissões públicas<br />
de endividamento com recebíveis<br />
comerciais. Neste processo, os ativos<br />
(recebíveis, tanto financeiros como não<br />
financeiros) são adquiridos por uma Sociedade<br />
de Propósito Específico (SPE), e<br />
com garantia neles são emitidos novos<br />
títulos (Quotas, Debêntures, Certificados<br />
de Securitização). Por fim, estes são oferecidos<br />
e vendidos a investidores, mediante<br />
colocação particular.<br />
A securitização teve início em<br />
1970, nos Estados unidos. o aumento da<br />
concessão de créditos imobiliários, ocasionados<br />
pelo aumento demográfico no<br />
país, fez encolher o capital dos bancos<br />
financiadores. A solução para a falta de<br />
capital foi a securitização de ativos imobiliários.<br />
Já as primeiras operações de<br />
securitização realizadas no Brasil ocorreram<br />
na década de 1980.<br />
o sucesso desta atividade se deve<br />
a total transparência das operações realizadas<br />
no âmbito da SPE, bem como dos<br />
elementos que integram o seu patrimônio.<br />
A possibilidade técnica de avaliar,<br />
adequadamente, os direitos creditórios<br />
negociados, permite prever de forma<br />
acurada os fluxos de caixa a serem por<br />
eles gerados. os mecanismos de cobran-<br />
A edição da MP 472<br />
passou a obrigar<br />
que as empresas de<br />
securitização<br />
de créditos<br />
imobiliários,<br />
financeiros e de<br />
agronegócios sejam<br />
enquadradas no<br />
regime de<br />
tributação pelo<br />
lucro real.<br />
ça dos créditos, cada vez mais sofisticados,<br />
dão segurança à operacionalidade<br />
da transação e, finalmente, com base em<br />
análise do grau de inadimplência dos<br />
devedores é possível constituir as garantias<br />
necessárias e suficientes para assegurar<br />
aos investidores de que nas datas<br />
dos vencimentos dos juros e do principal<br />
haverá, no patrimônio da emissora,<br />
recursos suficientes para atender aos pagamentos<br />
devidos.<br />
Contudo, devido a uma distorção<br />
do sistema tributário, a atividade era favorecida<br />
com uma menor tributação, já<br />
que era possível realizá-la pelo lucro presumido.<br />
Em dezembro de 2009, a Secretaria<br />
da Fazenda tratou de corrigir este<br />
problema: a edição da Medida Provisória<br />
472 passou a obrigar que as empresas<br />
de securitização de créditos imobiliários,<br />
financeiros e de agronegócios sejam enquadradas<br />
no regime de tributação pelo<br />
lucro real.<br />
o subsecretário de Fiscalização<br />
da Receita Federal, Marcos Vinicius Neder,<br />
esclarece que, através do sistema<br />
de lucro presumido, a base de cálculo<br />
de Imposto de Renda de 15% é sobre<br />
apenas 32% do faturamento. Já no lucro<br />
real, este percentual incide sobre o lucro
que é efetivamente obtido. A alíquota<br />
de PIS/Cofins também é menor no lucro<br />
presumido, sendo de 3,65%, enquanto<br />
no lucro real, esta salta para 9,25%.<br />
Neder explica ainda que, além de<br />
fechar a brecha tributária, a medida procura<br />
impedir que as empresas de factoring<br />
se transformem em securitizadoras<br />
– o que estava ocorrendo com o intuito<br />
de recolher menos impostos.<br />
SECURITIzAçãO E GESTãO<br />
A Securitização de Ativos Empresariais<br />
através de uma SPE se mostre<br />
uma excelente ferramenta de planejamento<br />
e com a possibilidade de transferência<br />
ao originador do risco da inadimplência<br />
dos ativos adquiridos. Mesmo<br />
com a mudança na tributação, ela possibilita<br />
ainda, competir no mercado com<br />
custos equivalentes ao das instituições<br />
financeiras convencionais, porém, com a<br />
diferença na agilidade e pronto atendimento<br />
ao cliente.<br />
A SPE pode ter uma estrutura<br />
bastante reduzida, embora complexa, e<br />
operar de forma simples e direta. Qualquer<br />
fluxo de caixa, atual ou futuro, gerado<br />
por ativos, pode ser securitizado,<br />
sejam eles oriundos de bens e serviços<br />
já entregues ou realizados, ou ainda não<br />
entregues, ou não realizados (indicado<br />
como performados, ou não performados).<br />
As negociações existentes hoje<br />
no mercado, principalmente as realizadas<br />
por empresas de fomento mercantil,<br />
limitam-se ao volume do capital próprio<br />
e da capacidade de alavancagem junto<br />
às instituições financeiras. Já a aquisição<br />
de ativos empresariais recebíveis,<br />
financeiros e não financeiros, performados,<br />
ou não performados, securitizados<br />
através de uma SPE, permite a utilização<br />
destes ativos, a exemplo dos Fundos de<br />
Direitos Creditórios, para lastrear a emissão<br />
de novos papéis, ampliando mais a<br />
possibilidade de negócios.<br />
Na securitização, participam basicamente<br />
três agentes: o originador<br />
– que é o empresário ou prestador de<br />
serviço, gerador de um fluxo de pagamento<br />
a prazo; os intermediários – que<br />
se constitui na SPE, e que adquire os ativos,<br />
estrutura a securitização e viabiliza<br />
a negociação dos títulos; e os investidores<br />
– a última parte da negociação, que<br />
compram os títulos lastreados por ativos<br />
(ou securities). os ativos empresariais<br />
são adquiridos diretamente e à vista<br />
pela SPE, sendo os recursos liberados<br />
sem intermediários e imediatamente<br />
para o cliente.<br />
A securitizadora de ativos empresariais<br />
diversifica as fontes de captação<br />
de recursos através de emissão debêntures<br />
e outros valores mobiliários, é uma<br />
excelente ferramenta de planejamento<br />
com custo tributário reduzido, sem obrigatoriedade<br />
de opção pelo lucro real. Dá<br />
possibilidade de competir no mercado<br />
com custos equivalentes ao das instituições<br />
financeiras convencionais, tem facilidade<br />
e simplicidade operacional e fez<br />
transferência de risco dos ativos adquiridos<br />
no caso de inadimplemento.<br />
Para dar segurança aos investidores<br />
e cumprindo o disposto no artigo<br />
60 da Lei 6404/76, a sociedade - SPE - o<br />
valor total das emissões das debêntures<br />
deverá obedecer a determinados limites<br />
legais (quando a debênture emitida for<br />
subordinada não há qualquer obrigatoriedade<br />
de se atender ao requisito referido<br />
no artigo 60, da Lei 6404/76). Assim,<br />
o valor dos direitos creditórios dados em<br />
garantia real, por exigência legal, deve<br />
ser superior ao valor das debêntures<br />
emitidas.<br />
41
42<br />
<strong>ANFAC</strong> CELEBRA 28 ANOS<br />
de conquistas para o factoring no país<br />
São 28 anos repletos de desafios,<br />
mas também de muitas conquistas. Em<br />
11 de fevereiro de 1982, o Brasil via nascer<br />
a Associação Nacional das Sociedades<br />
de <strong>Fomento</strong> <strong>Mercantil</strong>-Factoring – a<br />
<strong>ANFAC</strong>, entidade pioneira que desde sua<br />
origem busca a evolução da atividade<br />
em toda a nação, e que teve a primazia<br />
de lançar todos os fundamentos do fomento<br />
mercantil no Brasil.<br />
A Associação surgiu em uma época<br />
crucial para o fomento no país. Pouco<br />
depois da sua criação, em junho do mesmo<br />
ano, ocorreria a edição da Circular nº<br />
703 pela Diretoria do Banco Central (BC).<br />
“o único objetivo (da 703) foi estabelecer<br />
balizamentos restritivos à atividade de<br />
factoring no Brasil”, lembra o atual presidente<br />
da <strong>ANFAC</strong>, Luiz Lemos Leite, que<br />
destaca a incisiva luta da entidade contra<br />
a medida. o fim do embate só se dera<br />
em setembro 1988, com a promulgação<br />
da Circular 1.359. A partir desta norma,<br />
o factoring foi plenamente distinto da<br />
atividade de instituição financeira, que é<br />
expressa na Lei 4595/64. “Esta é inequivocamente,<br />
até este momento, a maior<br />
conquista da <strong>ANFAC</strong>, e que veio beneficiar<br />
as empresas associadas bem como<br />
todo o segmento”, enfatiza.<br />
Além de lutar pelo setor em esfera<br />
nacional, a Associação também integra a<br />
representatividade em nível estadual. A<br />
junção das forças em diversos âmbitos<br />
deu corpo ao chamado Sistema Brasilei-<br />
ro de <strong>Fomento</strong> <strong>Mercantil</strong>. Este sistema<br />
surgiu com a expansão e o crescimento<br />
da atividade, particularmente no período<br />
de 1982 a 1990, e que induziram a<br />
<strong>ANFAC</strong> à criação de diretorias regionais.<br />
A partir de 1990, as diretorias foram se<br />
transformando nos atuais sindicatos patronais<br />
regionais – os SINFAC’s.<br />
Como forma de congregar estas<br />
entidades que surgiam – e na ausência<br />
de uma federação própria para o segmento<br />
–, foi celebrado em 2005 o pacto<br />
federativo, consolidando a união dos<br />
SINFAC’s em torno da entidade-mãe. Este<br />
pacto foi concebido com a manifestação<br />
da livre vontade política de todo o conjunto<br />
de sindicatos. “o objetivo de fortalecer<br />
esta estrutura não é outro senão<br />
uma sólida união de procedimentos, de<br />
valorização profissional e empresarial e<br />
de garantia de sobrevivência e de tornar<br />
perene o fomento mercantil”, destaca Lemos<br />
Leite.<br />
A experiência do dia a dia vivenciada<br />
pelas empresas associadas e o<br />
vasto conhecimento operacional – fruto<br />
de debates intensivos e a experiência<br />
adquirida durante os 28 anos – têm sinalizado<br />
e motivado muitas iniciativas que<br />
estão sendo desenvolvidas pelo mercado,<br />
em benefício do instituto do fomento<br />
mercantil. Nestas quase três décadas, as<br />
sociedades de fomento do país vêm contribuindo<br />
para consolidar um arcabouço<br />
institucional e um marco regulatório que<br />
compreende os aspectos legais, operacionais,<br />
contábeis e tributários.<br />
FOMENTO: VANTAGEM<br />
PARA TODOS<br />
Conforme descreve o presidente<br />
Luiz Lemos Leite, o fomento mercantil é<br />
historicamente o mecanismo que existe<br />
para garantir a sobrevivência das pequenas<br />
e médias empresas. A atividade tem<br />
sido responsável pela geração e manutenção<br />
de diversos postos de trabalho,<br />
além de auxiliar no crescimento da economia<br />
do país.<br />
Segundo o último levantamento<br />
estatístico, realizado em 2008 pela entidade,<br />
o fomento apresenta um quadro<br />
de colaboradores diretos da ordem de<br />
10 mil profissionais, e que atendem a<br />
um mercado compostro de aproximadamente<br />
141 mil empresas-clientes. Estas,<br />
por sua vez, sustentam um mercado de<br />
mão-de-obra de aproximadamente 2,2<br />
milhões de empregos diretos e indiretos<br />
– tudo graças ao apoio do factoring.<br />
“As empresas de fomento mercantil<br />
realizam um serviço excepcional,<br />
ao fazer uma prospecção no mercado,<br />
identificando empresas de pequeno e<br />
médio porte, que têm dificuldade de<br />
vender e de ter acesso ao crédito, aos<br />
bancos e aos fornecedores”, destaca Lemos<br />
Leite, que acrescenta ser a atividade<br />
um suporte à gestão das empresas-clien
tes, e que jamais pode ser dissociado<br />
do perfil de gestão do crédito. De um<br />
lado, é oferecida a garantia de apoio às<br />
empresas-clientes e, de outro, a empresa<br />
de fomento mercantil assegura a sua sobrevivência,<br />
mediante alavancagem de<br />
recursos com a compra dos direitos creditórios<br />
gerados pelas vendas mercantis<br />
realizadas pelas suas empresas-clientes<br />
minimizando assim todos os riscos que<br />
envolvem a operação.<br />
A IMPORTâNCIA DE<br />
ASSOCIAR-SE à <strong>ANFAC</strong><br />
Participar do sistema de fomento<br />
brasileiro pode converter-se em credibilidade<br />
e competitividade para as empresas<br />
de factoring. A associação à <strong>ANFAC</strong><br />
representa vantagem em todos os aspectos:<br />
tanto para a associada – que tem<br />
acesso a uma ampla gama de benefícios<br />
institucionais, disponibilizados permanentemente<br />
aos profissionais, e de todo<br />
o patrimônio intangível construído em<br />
mais de 28 anos de trabalhos,buscando<br />
desenvolver as melhores práticas de<br />
negócios – como para os clientes, com<br />
a garantia de segurança e confiabilidade<br />
nos procedimentos.“Neste aspecto, a<br />
<strong>ANFAC</strong> elaborou um Código de Ética que<br />
tem por objetivo estabelecer padrões de<br />
qualidade operacional que possam agregar<br />
valor ao segmento e ao seu mercado<br />
alvo, pequenas e médias empresas, colaborando<br />
para estimular de forma saudável<br />
a livre concorrência”, ressalta Lemos<br />
Leite.<br />
A entidade também manter intercâmbio<br />
com as associações e outras<br />
sociedades congêneres, nacionais e<br />
estrangeiras, no intuito de estimular o<br />
aprimoramento tecnológico do fomento<br />
mercantil, buscando difundí-lo no segmento<br />
das pequenas e médias empresas.<br />
Ela também celebra convênios com<br />
entidades governamentais ou representativas<br />
da classe empresarial e com empresas<br />
e prestadores de serviço, visando<br />
obter condições diferenciadas de atendimento<br />
ou de remuneração para as suas<br />
associadas.<br />
TENDêNCIAS DO FOMENTO PARA<br />
2010<br />
Em época que apenas se ouvia<br />
falar de crise econômica e prejuízo para<br />
as empresas, o factoring surgiu como<br />
um aliado dos empreendimentos. “o<br />
ano de 2008 foi de bons resultados para<br />
o fomento mercantil, tendo o seu ritmo<br />
alterado, apenas, no último trimestre daquele<br />
ano, em decorrência dos reflexos<br />
da crise financeira mundial”, analisa o<br />
presidente Luiz Lemos Leite. Ele explica<br />
que a situação propiciou ao segmento<br />
a oportunidade de ocupar espaço para<br />
fornecer liquidez em um momento de<br />
retração de crédito.<br />
A partir do segundo trimestre de<br />
2009, com a experiência obtida com a<br />
turbulência, a economia brasileira reagiu<br />
favoravelmente permitindo às empresas<br />
de fomento mercantil ampliar a base de<br />
clientes e o leque de operações, auferindo<br />
ganhos de liquidez, produtividade e<br />
rentabilidade promissores.<br />
“Para 2010, acompanhando o<br />
ritmo de crescimento da economia brasileira,<br />
podemos prever marcante participação<br />
do fomento mercantil na agregação<br />
de valores e de riquezas para o PIB<br />
(Produto Interno Bruto) nacional”, desta-<br />
ca. Mesmo com a expectativa positiva, a<br />
<strong>ANFAC</strong> atenta que o setor exige cada vez<br />
mais iniciativas de aprimoramento profissional<br />
e de gestão empresarial compatíveis<br />
com o atual estágio de desenvolvimento<br />
da economia.<br />
Este mesmo otimismo é que baliza<br />
a confiança na sonhada regulação da<br />
atividade. “o coroamento de tantos anos<br />
de lutas e o somatório de todas as conquistas<br />
alcançadas pelas empresas de fomento<br />
mercantil no Brasil se traduzirão<br />
na sanção de uma disciplina legislativa,<br />
institucionalizada na lei própria do fomento<br />
mercantil”. Lemos Leite enfatiza<br />
que o futuro do segmento está nas mãos<br />
dos empresários, e que o fomento mercantil<br />
revela perspectivas promissoras<br />
no país, diante de seu enorme potencial<br />
de riquezas e de empreendimentos.<br />
“Basta ter vontade de trabalhar”, destaca.<br />
No ensejo da boa perspectiva do<br />
fomento, o presidente destaca a realização<br />
do X Congresso Brasileiro de <strong>Fomento</strong><br />
<strong>Mercantil</strong>, que se realiza de 2 a 4 no<br />
próximo mês de junho, em Porto de Galinhas<br />
(PE). Com a meta de contextualizar<br />
a atividade, analisar avanços e demandas<br />
e, propor caminhos para o fortalecimento<br />
do setor, o Congresso terá foco é o fomento<br />
em tempos de economia estável<br />
e de competitividade, nos quais são implementados<br />
novos processos mercadológicos<br />
e operacionais, agregando inovações<br />
aos existentes e aumentando a<br />
produtividade das empresas do setor. “A<br />
partir da visão institucional da atividade,<br />
a <strong>ANFAC</strong> conta com as empresas associadas<br />
ou não, representantes da indústria,<br />
do comércio e autoridades para compartilharem,<br />
trocarem e debaterem experiências,<br />
idéias e sugestões”, convida.<br />
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44<br />
Uma nova leitura na área de insolvência empresarial<br />
Para os profissionais interessados<br />
– e, principalmente, aqueles envolvidos<br />
com a área de gestão e recuperação de<br />
empresas –, surge uma nova e conceituada<br />
obra. o livro Como recuperar uma<br />
empresa: a gestão da recuperação do<br />
valor e da performance é considerado<br />
um “manual de recuperação” por Gilberto<br />
Mifano – que foi presidente da Bolsa<br />
de Valores, Mercadorias e Futuros de São<br />
Paulo (BM&FBoVESPA) e diretor do Serasa.<br />
Escrita pelos autores ingleses Stuart<br />
Slatter e David Lovett, a obra traz grande<br />
detalhamento das faces do gerencia-<br />
mento e reestruturação empresarial, e é<br />
aconselhada como leitura obrigatória na<br />
orientação de todos os participantes de<br />
deste processo.<br />
A versão brasileira conta também<br />
com capítulos exclusivos de especialistas<br />
em recuperação no país: o advogado Thomas<br />
Felsberg e o consultor Eduardo Lemos.<br />
Felsberg é sócio fundador do escritório<br />
de advocacia Felsberg & Associados,<br />
e atua na área de Direito Administrativo,<br />
recuperação de empresas e reestruturação<br />
financeira, além de co-diretor do Instituto<br />
Latino Americano de Insolvências.<br />
Lemos é sócio da Perform Management<br />
& Consulting, que é voltada para a gestão<br />
de recuperação empresarial, e traz na bagagem<br />
uma experiência em consultoria e<br />
gestão empresarial de 24 anos e 17 países.<br />
Na opinião do ex-ministro da Fazenda,<br />
Maílson da Nóbrega, ela é tida<br />
como “indispensável para um Brasil que se<br />
transforma”. o economista destaca ainda<br />
a grande valia das “lições que emanam de<br />
suas páginas”, enfatizando a necessidade<br />
da boa gestão do processo de reestruturação<br />
e recuperação, que é proposta pelo<br />
livro, que é editado pela Atlas Editora.