baixar em PDF - Coleção Aplauso - Imprensa Oficial
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Marco Antônio começa a a<strong>baixar</strong> uma tela<br />
branca de cin<strong>em</strong>a na frente do palco. Caio fica<br />
aborrecido. Alberto pega Caio pelo braço e o<br />
leva para uma cadeira no centro do teatro.<br />
O que é?<br />
CAIO<br />
ALBERTO<br />
A última imag<strong>em</strong> de Dulce! Está s<strong>em</strong><br />
som, sabe. É só um copião montado. Eu<br />
nunca pude terminar o filme. Um outro<br />
diretor terminou. Guardei como l<strong>em</strong>brança.<br />
Luzes!<br />
Marco Antônio termina de a<strong>baixar</strong> a tela, faz um<br />
sinal para um projecionista no balcão superior<br />
do teatro e senta-se ao lado da tela. A luz apaga<br />
e um filme é projetado na tela.<br />
O filme, <strong>em</strong> silencioso preto e branco, é um copião<br />
montado com riscos e durex.<br />
Um quarto à noite com apenas um candelabro<br />
sobre o criado-mudo.<br />
Dulce, de camisola de seda, dorme na cama.<br />
ALBERTO (CONT.)<br />
(imitando lobo) Ouuuuuul!<br />
Dulce acorda assustada e vai para uma porta envidraçada<br />
dando para um jardim. O vento balança<br />
os ramos das árvores. Luzes e sombras expressionistas.<br />
Uma estranha névoa começa a surgir no<br />
jardim. Dulce olha assustada para fora.<br />
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