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------------------------------------------MEMORIAIS DE ALEX RANDALL----------------------------------------<br />
Fernando ZÉCA Troitiño<br />
Recebeu uma mensagem tranqüilizadora e instruções <strong>de</strong> como proce<strong>de</strong>r.<br />
Infelizmente porém, a ajuda mesmo po<strong>de</strong>ria <strong>de</strong>morar pelo menos quarenta<br />
e cinco minutos...<br />
O lugar em que estava era distante e os policiais que lhe aten<strong>de</strong>ram<br />
insistiram para que ainda assim aguardasse a chegada <strong>de</strong>les.<br />
-Tem um cadáver na minha frente. – Disse Mel revelando muito <strong>de</strong>sconforto<br />
na sua voz. – O assassino que matou essa pessoa ainda po<strong>de</strong> estar por aqui.<br />
-Tranque-se num lugar seguro e aguar<strong>de</strong> a viatura. Dois agentes estão<br />
sendo <strong>de</strong>signados para se encaminharem imediatamente para o local on<strong>de</strong> está.<br />
Não havia o que fazer, iria esperar.<br />
Ainda assim, tentaria obter ajuda <strong>de</strong> outro modo.<br />
Imediatamente, ligou para casa. S<br />
Só que, ninguém aten<strong>de</strong>u a chamada. Como sempre nessas horas, a<br />
secretária eletrônica pediu para <strong>de</strong>ixar recado...<br />
Gravou uma mensagem com breve relato da situação, o en<strong>de</strong>reço e<br />
telefone <strong>de</strong> on<strong>de</strong> se encontrava.<br />
Ligou para mais uns <strong>de</strong>z telefones que lhe vieram à mente naquele<br />
momento, mas, em todos eles, àquela hora só encontrava caixa postal ou<br />
ninguém atendia.<br />
Suas novas chamadas estavam sendo infrutíferas e aquele cadáver tão<br />
próximo estava incomodando a concentração.<br />
Resolveu encerrar as tentativas e afastou-se do balcão.<br />
Ficou imaginando se haveria algum envolvimento <strong>de</strong> Alex Randall naquela<br />
morte que aparentava ter sido bastante violenta.<br />
De uma certeza não havia dúvidas: aquele sujeito era louco e po<strong>de</strong>ria muito<br />
bem estar sujeito a ter um acesso <strong>de</strong> incontrolável fúria assassina.<br />
Sem uma idéia <strong>de</strong>finida do que fazer, seguiu para fora da cena do crime e<br />
respirou um ar mais puro.<br />
Fora da edificação o silencio era completo.<br />
Sua mente estava inquieta.<br />
O turbilhão <strong>de</strong> intermináveis questionamentos bombar<strong>de</strong>ando seu cérebro<br />
<strong>de</strong>ixava seus sentidos em estado <strong>de</strong> alerta total...<br />
Tal tensão permitiu que percebesse até um movimento estranho no meio do<br />
matagal que circundava a edificação do manicômio.<br />
Uma sombra negra, com altura bem maior que a <strong>de</strong> um ser humano, se<br />
movimentava rapidamente a distancia aproximada <strong>de</strong> duzentos metros do ponto<br />
on<strong>de</strong> Mel se encontrava.<br />
Dalí não podia <strong>de</strong>finir bem o que era aquela criatura tão gran<strong>de</strong>..<br />
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