Serviço Social e Práticas Democráticas na Saúde - fnepas
Serviço Social e Práticas Democráticas na Saúde - fnepas
Serviço Social e Práticas Democráticas na Saúde - fnepas
You also want an ePaper? Increase the reach of your titles
YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.
<strong>Serviço</strong> <strong>Social</strong> e <strong>Práticas</strong> <strong>Democráticas</strong> <strong>na</strong> <strong>Saúde</strong><br />
A<strong>na</strong> Maria de Vasconcelos<br />
É pelo conjunto da prática dos assistentes sociais que a profissão de <strong>Serviço</strong> <strong>Social</strong> é<br />
reconhecida ou não, valorizada ou não, respeitada ou não, conquistando sua autonomia e<br />
espaços ou não. Nesse sentido é que o estudo inicia uma análise da viabilidade do projeto<br />
hegemônico no debate teórico da categoria profissio<strong>na</strong>l mediar, de forma hegemônica, a<br />
prática dos assistentes sociais.<br />
Objetivamos dar visibilidade à organização e operacio<strong>na</strong>lização da prática profissio<strong>na</strong>l<br />
dos assistentes sociais <strong>na</strong>s diferentes unidades de saúde – apreensão da lógica da prática<br />
profissio<strong>na</strong>l -, a partir de observação de campo e de entrevistas com os assistentes sociais,<br />
com resgate das possibilidades de prática explicitadas neste movimento.<br />
Buscamos os determi<strong>na</strong>ntes do trabalho realizado pelos assistentes sociais, traçando um<br />
perfil sócio-econômico, cultural, teórico e ético-político dos profissio<strong>na</strong>is entrevistados a partir<br />
da apresentação das referências teóricas e éticas que sustentam o trabalho realizado 4 .<br />
A pesquisa mostrou que há uma desconexão, uma fratura entre a prática profissio<strong>na</strong>l<br />
realizada pelos assistentes sociais, os quais, direta ou indiretamente, tomam como referência o<br />
projeto ético-político, e as possibilidades de prática contidas <strong>na</strong> realidade, objeto da ação<br />
profissio<strong>na</strong>l, as quais só podem ser apreendidas a partir de uma leitura crítica da realidade,<br />
fruto de uma conexão sistemática - ainda não existente - entre a prática profissio<strong>na</strong>l e o debate<br />
hegemônico <strong>na</strong> categoria.<br />
Assim, explicitamos o grave momento por que vem passando a prática profissio<strong>na</strong>l dos<br />
assistentes sociais, acúmulo de uma situação que começamos a vivenciar desde o início do<br />
Movimento de Reconceituação do <strong>Serviço</strong> <strong>Social</strong> no início da década de 1960: a fratura entre<br />
prática profissio<strong>na</strong>l realizada pelos assistentes sociais e as possibilidades de prática contidas<br />
<strong>na</strong> realidade objeto da ação profissio<strong>na</strong>l.<br />
4 - Para maiores informações sobre a pesquisa realizada junto aos assistentes sociais da Secretaria Municipal de<br />
<strong>Saúde</strong> do Rio de Janeiro, consultar Vasconcelos, 2006.<br />
<strong>Serviço</strong> <strong>Social</strong> e <strong>Saúde</strong>: Formação e Trabalho Profissio<strong>na</strong>l 4