Espiritualidade e Ética na Empresa * Francisco Gomes de ... - CRA-RJ
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<strong>Espiritualida<strong>de</strong></strong> e <strong>Ética</strong> <strong>na</strong> <strong>Empresa</strong> *<br />
<strong>Francisco</strong> <strong>Gomes</strong> <strong>de</strong> Matos<br />
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- Que há <strong>de</strong> comum entre espiritualida<strong>de</strong>, ética e empresa?<br />
- O Bem Comum. Sem ele, a espiritualida<strong>de</strong> e a ética tor<strong>na</strong>m-se<br />
caricaturais e a empresa eixo do lucro selvagem.<br />
<strong>Espiritualida<strong>de</strong></strong> é oratório, não oratória.<br />
É fundamental ao ser humano apren<strong>de</strong>r a rezar – estabelecer um ca<strong>na</strong>l<br />
permanente <strong>de</strong> diálogo com Deus.<br />
Rezar não é atitu<strong>de</strong> burocrática, não se reduz a fórmulas, mas algo <strong>na</strong>tural<br />
como respirar. Quando assumimos o transcen<strong>de</strong>nte, como essência, tudo que<br />
realizamos é oração.<br />
Apren<strong>de</strong>r a rezar, <strong>na</strong> dimensão <strong>de</strong> excelência e plenitu<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida, é<br />
necessida<strong>de</strong> essencial às <strong>de</strong>cisões estratégicas.<br />
O administrador que não sabe rezar corre gran<strong>de</strong> risco <strong>de</strong> ineficácia no<br />
processo <strong>de</strong>cisório – não pensa, não sonha, não se conecta com a alma – além<br />
<strong>de</strong> se expor às armadilhas emocio<strong>na</strong>is – o orgulho, a ambição mesquinha, a<br />
inveja, a traição e todos os males do egocentrismo.<br />
Para que o diálogo com Deus se complete tor<strong>na</strong>-se necessário educar a<br />
percepção para suas respostas, que ocorrem através <strong>de</strong> si<strong>na</strong>is. A primeira<br />
manifestação <strong>de</strong>sse colóquio é a paz <strong>de</strong> espírito.<br />
É impossível <strong>de</strong>senvolver um empreendimento efetivamente vitorioso em<br />
clima <strong>de</strong> guerra – a competição predatória.<br />
A comunhão com a realida<strong>de</strong> transcen<strong>de</strong>nte robustece a fé e, com ela, a<br />
esperança, que consiste <strong>na</strong> certeza <strong>de</strong> que vai acontecer o melhor.<br />
Se isso já não constituísse verda<strong>de</strong> teológica, é convicção psicológica –<br />
acreditar já é acontecer.<br />
Paz <strong>de</strong> espírito significa consciência tranqüila – a consciência huma<strong>na</strong> é a<br />
habitação <strong>de</strong> Deus no homem, segundo Santo Agostinho<br />
É preciso precavermo-nos com relação a uma cilada psicológica, que<br />
po<strong>de</strong>ríamos <strong>de</strong>nominá-la também <strong>de</strong> mercadológica , que consiste numa<br />
espiritualida<strong>de</strong> sem Deus. Infelizmente, muito aplicada com o objetivo <strong>de</strong><br />
manipular sentimentos para obter vantagens materiais.
Só o espírito une as pessoas em prol <strong>de</strong> uma causa, que se tor<strong>na</strong> comum.<br />
Socializa ambições individuais – <strong>de</strong>strutivas – transformando-as em<br />
<strong>de</strong>termi<strong>na</strong>ção e coragem em empreen<strong>de</strong>r. E assim com os <strong>de</strong>mais sentimentos;<br />
o egoísmo transformado em solidarieda<strong>de</strong>; a inveja em admiração, a<br />
competição predatória em cooperação construtiva.<br />
<strong>Ética</strong> é a aplicação da consciência ao quotidiano. Implica qualida<strong>de</strong> <strong>na</strong>s<br />
<strong>de</strong>cisões como respostas aos <strong>de</strong>safios diários - as opções em sermos<br />
egocêntricos ou abertos à realida<strong>de</strong> universal. A ética realiza-se no Outro.<br />
A ética é espiritual no sentido <strong>de</strong> que optar pelo bem comum significa vencer a<br />
limitação egoísta, praticar a solidarieda<strong>de</strong>, contribuindo para a melhoria<br />
contínua da vida social.<br />
<strong>Ética</strong> é convicção, atitu<strong>de</strong> e comportamento – compreensão para o valor da<br />
ética, do querer ser ético e <strong>de</strong> comportar-se como Ser Ético.<br />
Isso correspon<strong>de</strong> ao que <strong>de</strong>nomi<strong>na</strong>mos <strong>de</strong> teste da essencialida<strong>de</strong> ética:<br />
- sentir a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> ser ético. Significa Conscientização.<br />
- querer ser ético. Significa Motivação.<br />
- saber ser ético. Significa Sabedoria, que pressupõe Competência.<br />
É através da competência que damos expressão e realida<strong>de</strong> à conscientização e<br />
ao querer ser.<br />
A incompetência está <strong>na</strong> raiz <strong>de</strong> todos os <strong>de</strong>sacertos e é capaz <strong>de</strong> gran<strong>de</strong>s<br />
malefícios – um empresário, um gover<strong>na</strong>nte ou qualquer lí<strong>de</strong>r, por<br />
incompetência, não ape<strong>na</strong>s se prejudicam, mas levam à falência muitas<br />
pessoas que neles acreditaram.<br />
A competência é essencial à <strong>Ética</strong>.<br />
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É imprescindível perceber a verda<strong>de</strong> e ser verda<strong>de</strong>iro, pois sem ética não há<br />
vida social possível. Nem empresa que se perpetue.<br />
<strong>Empresa</strong> só faz sentido com a realização do bem comum.<br />
A missão da empresa é servir ao Cliente, pois nisso está a sua razão <strong>de</strong> ser.
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Se há empresa é porque existe uma necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> mercado a ser satisfeita.<br />
Necessida<strong>de</strong> chama-se Cliente.<br />
No atendimento à <strong>de</strong>manda a empresa produz e realiza negócios, por cujos<br />
serviços é remunerada. O lucro é o recurso da empresa para manter-se viva e<br />
em <strong>de</strong>senvolvimento contínuo. Mas não é o objetivo da empresa que é a<br />
satisfação ple<strong>na</strong> do cliente, para a qual <strong>de</strong>ve garantir qualida<strong>de</strong> no produto e<br />
excelência no serviço.<br />
O lucro é objetivo do negócio – a justa remuneração por um serviço<br />
competente e a segurança <strong>de</strong> continuida<strong>de</strong> empresarial.<br />
A <strong>Ética</strong> do Lucro implica em quatro <strong>de</strong>sti<strong>na</strong>ções, simultâneas:<br />
- retribuição àqueles que assumiram o risco dos negócios – os investidores - o<br />
CAPITAL<br />
- re-investimento <strong>na</strong> consolidação e expansão da empresa – a<br />
CORPORAÇÃO<br />
- remuneração do esforço humano – gestores e colaboradores – o<br />
TRABALHO<br />
- investimento em responsabilida<strong>de</strong> social – imagem institucio<strong>na</strong>l – a<br />
SOCIEDADE<br />
Sem o atendimento equilibrado <strong>de</strong>sses quatro pólos o lucro peca em termos <strong>de</strong><br />
justiça social, portanto infringe a ética.<br />
Mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> Gestão é o modo como se administra um empreendimento com<br />
competência. Ele se alicerça em três pilares:<br />
1. Cultura Corporativa, correspon<strong>de</strong> à Verda<strong>de</strong>s Comuns<br />
2. Li<strong>de</strong>rança Integrada, correspon<strong>de</strong> à Vonta<strong>de</strong>s Comuns<br />
3. Estratégia Compartilhada, correspon<strong>de</strong> à Ações Comuns<br />
“Comuns”, não quer dizer “uniformida<strong>de</strong>”, mas unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> espírito,<br />
pensamento e ação.<br />
Obtém-se a unida<strong>de</strong> pela conscientização, participação, negociação,<br />
comunicação, avaliação <strong>de</strong> resultados e renovação no processo <strong>de</strong>cisório<br />
estratégico.<br />
Significa Educação Corporativa, <strong>de</strong>senvolvendo a Visão Diagnóstica – senso<br />
<strong>de</strong> realida<strong>de</strong> – e a Visão Estratégica – senso <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong> e Renovação.
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Em síntese:<br />
Realizar a plenitu<strong>de</strong> do Ser Humano, numa <strong>Empresa</strong> Ple<strong>na</strong> – A Corporação<br />
Competente.<br />
• Síntese do pensamento do palestrante no IIIº ENCAD- 2008<br />
• <strong>Francisco</strong> <strong>Gomes</strong> <strong>de</strong> Matos fgmatos2000@uol.com.br