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Estudo comparativo do torque de remoção dos parafusos de ... - Unip

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estas forças por perío<strong>do</strong>s extensos, que po<strong>de</strong>m levar à fadiga <strong>do</strong> sistema<br />

como um to<strong>do</strong>. Pesquisas laboratoriais permitem simular dinamicamente<br />

essas condições clínicas, padronizan<strong>do</strong> algumas variáveis<br />

e com isso reduzin<strong>do</strong> o tempo <strong>de</strong> experimentação,<br />

utilizan<strong>do</strong>, por exemplo, a ciclagem mecânica para simulação <strong>do</strong><br />

ato mastigatório. Aproximan<strong>do</strong>, <strong>de</strong>ste mo<strong>do</strong>, este ensaio das condições<br />

normalmente encontradas no meio bucal 8-9 .<br />

Consi<strong>de</strong>ran<strong>do</strong>-se a crescente utilização <strong>de</strong> próteses conectadas<br />

a implantes osseointegra<strong>do</strong>s e as frequentes complicações causadas<br />

pelo afrouxamento da junta parafusada, a presente pesquisa objetivou<br />

avaliar e comparar o <strong>torque</strong> <strong>de</strong> <strong>remoção</strong> <strong>do</strong> parafuso <strong>do</strong> munhão<br />

reto sobre implantes com conexão tipo hexágono interno e <strong>do</strong><br />

pilar reto sóli<strong>do</strong> sobre implantes Cone Morse, após ensaios <strong>de</strong> fadiga<br />

como a ciclagem mecânica.<br />

Méto<strong>do</strong>s<br />

Foram seleciona<strong>do</strong>s para esse estu<strong>do</strong> <strong>do</strong>is sistemas <strong>de</strong> implantes,<br />

sen<strong>do</strong> esses dividi<strong>do</strong>s em <strong>do</strong>is grupos: Grupo 1: sistema <strong>de</strong> conexão<br />

interna e, Grupo 2: sistema <strong>de</strong> Cone Morse, pois são os mo<strong>de</strong>los<br />

atualmente mais utiliza<strong>do</strong>s na prática implantodôntica.<br />

Materiais utiliza<strong>do</strong>s – Grupo MT: foram utiliza<strong>do</strong>s 10 munhões retos<br />

<strong>de</strong> duas peças 4.0 mm para prótese cimentada e 10 implantes<br />

Universal II Cônicos HI 4.0 mm (Lote 6007261, valida<strong>de</strong><br />

18.01.2012 a 25.01.2012 – Implacil De Bortoli Material O<strong>do</strong>ntológico<br />

Ltda, São Paulo, Brasil), sen<strong>do</strong> as amostras <strong>de</strong>nominadas <strong>de</strong><br />

MT1 a MT10.<br />

Grupo CT: foram utiliza<strong>do</strong>s 10 pilares sóli<strong>do</strong>s retos 3.5 mm Ø,<br />

4.0 mm <strong>de</strong> altura, cinta 3.5 mm, e 10 Implantes Universal II Cônicos<br />

HI Cone Morse (Lote 6007420, valida<strong>de</strong> 28.01.2010 a<br />

08.02.2012 – Implacil De Bortoli Material O<strong>do</strong>ntológico Ltda,<br />

São Paulo, Brasil), sen<strong>do</strong> as amostras <strong>de</strong>nominadas <strong>de</strong> CT1 a<br />

CT10. Na Tabela 1 estão discriminadas as características <strong>de</strong> cada<br />

grupo.<br />

Tabela 1. Composição <strong>do</strong>s grupos <strong>de</strong> corpos <strong>de</strong> prova testa<strong>do</strong>s<br />

Grupo Implante Conexão Dimensão/ Abutment Altura total<br />

Implante 4.0 mm da junta<br />

MT Cônico HI HI 4.0 x 12 Munhão reto 22 mm<br />

mm h=11.0mm<br />

CT Cônico Cone 4.0 x 12 Sóli<strong>do</strong> reto 17 mm<br />

Cone Morse mm 11°<br />

Morse 11° h=4.0mm<br />

Figuras 1 e 2. Conjuntos utiliza<strong>do</strong>s nos grupos MT e CT, respectivamente<br />

Fernan<strong>de</strong>s TROF, Gehrke SA, Mar<strong>de</strong>gan FEC, De Bortoli Jr N, Tritto MA.<br />

Desenvolvimento – Os conjuntos <strong>de</strong> munhões retos <strong>de</strong> duas peças<br />

para implantes com conexão <strong>de</strong> hexágono interno foram fixa<strong>do</strong>s nos<br />

implantes HI (Figura 1) por meio <strong>de</strong> <strong>parafusos</strong> <strong>de</strong> titânio; e conjuntos<br />

<strong>de</strong> pilares sóli<strong>do</strong>s retos para implante Cone Morse (CM) foram fixa<strong>do</strong>s<br />

nos implantes CM (Figura 2), realizan<strong>do</strong> um aperto manual <strong>do</strong> parafuso<br />

<strong>de</strong> retenção através da chave <strong>de</strong> prótese quadrada para o munhão<br />

reto e hexagonal <strong>de</strong> 1,17 mm para o pilar sóli<strong>do</strong> reto, até o contato<br />

inicial entre a base <strong>do</strong> pilar e a plataforma <strong>do</strong> implante, em meio seco.<br />

Para a aplicação <strong>do</strong> <strong>torque</strong> <strong>de</strong> apertamento, os conjuntos <strong>de</strong> juntas<br />

parafusadas foram fixa<strong>do</strong>s numa morsa <strong>de</strong> bancada, <strong>de</strong> forma que se<br />

mantivessem totalmente rígi<strong>do</strong>s. Posteriormente, o medi<strong>do</strong>r analógico<br />

<strong>de</strong> <strong>torque</strong> foi posiciona<strong>do</strong> nas chaves protéticas e aciona<strong>do</strong> em senti<strong>do</strong><br />

horário para aplicação <strong>do</strong> <strong>torque</strong> <strong>de</strong> apertamento, conforme as instruções<br />

<strong>do</strong> fabricante para cada tipo <strong>de</strong> parafuso <strong>de</strong> retenção, 32 Ncm<br />

para o parafuso quadra<strong>do</strong> <strong>do</strong> munhão reto <strong>do</strong> hexágono interno e<br />

25 Ncm para o pilar sóli<strong>do</strong> reto <strong>do</strong> Cone Morse. Para a padronização<br />

<strong>do</strong> <strong>torque</strong> <strong>de</strong> apertamento o medi<strong>do</strong>r utiliza<strong>do</strong> foi um torquímetro analógico<br />

Tohnichi mo<strong>de</strong>lo BTG60CN-S, Japan, com precisão <strong>de</strong> ± 2%.<br />

Para limitar o efeito da sedimentação que ocorre nos <strong>parafusos</strong><br />

e que resulta numa redução da pré-carga, os <strong>parafusos</strong> foram reaperta<strong>do</strong>s<br />

com o mesmo valor <strong>de</strong> <strong>torque</strong> 10 minutos após o <strong>torque</strong><br />

inicial aplica<strong>do</strong> 10 .<br />

Corpos <strong>de</strong> prova – Utilizan<strong>do</strong>-se um tubo <strong>de</strong> PVC transparente confeccionou-se<br />

20 cilindros com 17 mm <strong>de</strong> altura, 15 mm <strong>de</strong> diâmetro<br />

externo, e 12 mm <strong>de</strong> diâmetro interno, padroniza<strong>do</strong>s para as bases<br />

<strong>do</strong>s posiciona<strong>do</strong>res da máquina <strong>de</strong> ciclagem mecânica.<br />

Os conjuntos <strong>de</strong> abutment/implante foram posiciona<strong>do</strong>s no centro<br />

<strong>do</strong> cilindro com um paralelisa<strong>do</strong>r, manten<strong>do</strong>-se o implante ao<br />

nível da resina e componente totalmente fora da resina. Utilizouse<br />

a resina epóxi Araldite GY 279 BR e o endurece<strong>do</strong>r HY 2963 BR,<br />

na proporção <strong>de</strong> massa <strong>de</strong> 10:4,2 gramas respectivamente para o<br />

preenchimento <strong>do</strong>s cilindros e fixação <strong>do</strong>s conjuntos, toman<strong>do</strong>-se<br />

cuida<strong>do</strong> para homogeneizar a mistura e não incorporar bolhas.<br />

Após isso, aguar<strong>do</strong>u-se um perío<strong>do</strong> <strong>de</strong> 72 horas para a polimerização<br />

final da resina, obten<strong>do</strong>-se os corpos <strong>de</strong> prova (Figura 3).<br />

Figura 3. Imagem <strong>do</strong>s corpos <strong>de</strong> prova fixa<strong>do</strong>s na resina e prepara<strong>do</strong>s<br />

para o ensaio<br />

Ciclagem mecânica – O ensaio <strong>de</strong> ciclagem mecânica foi realiza<strong>do</strong> no<br />

Departamento <strong>de</strong> Materiais Dentários da Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> O<strong>do</strong>ntologia da<br />

Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> São Paulo (USP), on<strong>de</strong> uma máquina para ciclagem<br />

mecânica com submersão aquosa (marca Ética Equipamentos Científicos<br />

SA, São Paulo) foi utilizada. Esta máquina <strong>de</strong> ensaios mecânicos<br />

é composta <strong>de</strong> quatro cilindros pneumáticos alinha<strong>do</strong>s conecta<strong>do</strong>s às<br />

pontas <strong>de</strong> poliacetal com 10 mm <strong>de</strong> diâmetro. A velocida<strong>de</strong> <strong>de</strong> impulsão<br />

<strong>do</strong>s cilindros e sua frequência são controladas por uma caixa<br />

<strong>de</strong> coman<strong>do</strong> que, ao acionar o sistema, move os pistões localiza<strong>do</strong>s<br />

na parte interna <strong>de</strong>stes cilindros, comprimin<strong>do</strong> os corpos <strong>de</strong> prova com<br />

força controlada <strong>de</strong> 80N, com uma frequência <strong>de</strong> 4 Hz.<br />

Foram realiza<strong>do</strong>s 360.000 ciclos por amostra, o equivalente a<br />

aproximadamente 14 meses <strong>de</strong> função. Durante esta etapa da ciclagem<br />

mecânica, os corpos <strong>de</strong> prova ficaram imersos em água <strong>de</strong>stilada<br />

na temperatura ambiente, encaixa<strong>do</strong>s em nichos <strong>de</strong> acor<strong>do</strong><br />

162 J Health Sci Inst. 2011;29(3):161-5

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