Modelagem de Dados e Representação da Informação
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MODELAGEM DE DADOS E<br />
REPRESENTAÇÃO DA INFORMAÇÃO<br />
Elvis Fusco
Ao analisar as ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s concernentes à Ciência <strong>da</strong><br />
<strong>Informação</strong> como a geração, coleção, organização,<br />
interpretação, armazenamento, recuperação, disseminação,<br />
transformação e uso <strong>da</strong> informação, o processo <strong>de</strong><br />
construção <strong>de</strong> representações <strong>de</strong> recursos informacionais<br />
tem um papel primordial no âmbito <strong>da</strong> catalogação.<br />
Neste sentido, ressalta-se a importância <strong>de</strong> novos estudos <strong>de</strong><br />
mo<strong>de</strong>los conceituais para repensar e projetar a percepção<br />
do domínio <strong>da</strong> representação <strong>da</strong> informação.<br />
MODELAGEM DE DADOS
CAMADAS DO SISTEMAS DE INFORMAÇÃO
A <strong>Mo<strong>de</strong>lagem</strong> <strong>de</strong> <strong>Dados</strong> é um processo <strong>de</strong> abstração que visa<br />
a <strong>de</strong>finição <strong>da</strong>s informações a serem persisti<strong>da</strong>s <strong>de</strong> um<br />
cenário <strong>de</strong>finido por um domínio <strong>de</strong> aplicação <strong>de</strong>clarado por<br />
um escopo na especificação <strong>de</strong> requisitos.<br />
Essa ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> tem como objetivo i<strong>de</strong>ntificar, mo<strong>de</strong>lar e<br />
implementar um mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> <strong>da</strong>dos consistente com as<br />
necessi<strong>da</strong><strong>de</strong>s do domínio expressas na especificação <strong>de</strong><br />
requisitos.<br />
O produto final <strong>de</strong>sse processo é a estrutura ou esquema do<br />
banco <strong>de</strong> <strong>da</strong>dos (meta<strong>da</strong>dos) que conterá as informações a<br />
serem persisti<strong>da</strong>s no catálogo.<br />
MODELAGEM DE DADOS
O Mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> <strong>Dados</strong> Conceitual fornece uma visão abstrata<br />
que representa as informações <strong>de</strong> persistência no domínio.<br />
Esse mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> <strong>da</strong>do gerado reflete o conjunto <strong>de</strong><br />
informações analisado e transcrito em níveis <strong>de</strong> abstração<br />
para um entendimento teórico do universo informacional<br />
associado a conceitos universais e não temporais,<br />
transformando-se em informações formais.<br />
MODELAGEM DE DADOS
User Tasks<br />
Descrição<br />
Documentária<br />
Catálogo<br />
Interoperabili<strong>da</strong><strong>de</strong><br />
Gestão <strong>da</strong><br />
<strong>Informação</strong><br />
REQUISITOS FUNCIONAIS DO CATÁLOGO
Evolução do conceito <strong>de</strong> catalogação bibliográfica que<br />
passa <strong>da</strong> <strong>de</strong>scrição para a representação <strong>de</strong> recursos<br />
informacionais.<br />
I<strong>de</strong>ntifica-se a necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> e a urgência <strong>da</strong> releitura do<br />
processo <strong>de</strong> catalogação adicionado <strong>de</strong> elementos <strong>da</strong><br />
Computação com utilização <strong>de</strong> metodologias <strong>de</strong> Tratamento<br />
Descritivo <strong>da</strong> <strong>Informação</strong> no âmbito dos esquemas <strong>de</strong><br />
representação <strong>de</strong> catálogos digitais.<br />
Necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> ampliação do papel do profissional <strong>da</strong><br />
catalogação, participando <strong>de</strong> todos os processos envolvendo<br />
a construção do catálogo.<br />
EVOLUÇÃO DA CATALOGAÇÃO
Neste contexto, sugere-se a adoção <strong>de</strong> uma metodologia<br />
que utilize a <strong>Mo<strong>de</strong>lagem</strong> <strong>de</strong> <strong>Dados</strong> que permita ao<br />
profissional <strong>da</strong> catalogação atuar no processo <strong>de</strong> construção<br />
<strong>de</strong> banco <strong>de</strong> <strong>da</strong>dos que reflitam os conceitos <strong>da</strong> área <strong>de</strong><br />
catalogação, e que por meio dos recursos <strong>da</strong> <strong>Mo<strong>de</strong>lagem</strong><br />
Conceitual <strong>de</strong> <strong>Dados</strong> encontram-se funcionali<strong>da</strong><strong>de</strong>s<br />
suficientes para aten<strong>de</strong>r os requisitos <strong>da</strong> Ciência <strong>da</strong><br />
<strong>Informação</strong> no Tratamento Descritivo <strong>de</strong> Recursos<br />
Informacionais em ambientes informacionais digitais.<br />
EXPANSÃO DA CATALOGAÇÃO
Processo <strong>de</strong> <strong>Mo<strong>de</strong>lagem</strong> <strong>de</strong> <strong>Dados</strong><br />
MODELAGEM DE DADOS
Normalmente o processo <strong>de</strong> catalogação não consi<strong>de</strong>ra a<br />
representação conceitual dos elementos que farão parte dos<br />
meta<strong>da</strong>dos do catálogo, ficando a critério <strong>de</strong> um profissional<br />
<strong>da</strong> Ciência <strong>da</strong> Computação fazer o mapeamento dos<br />
elementos <strong>de</strong>finidos pelo catalogador numa estrutura<br />
conceitual <strong>de</strong> enti<strong>da</strong><strong>de</strong>, atributos e relacionamentos entre os<br />
itens bibliográficos.<br />
É na <strong>Mo<strong>de</strong>lagem</strong> Conceitual que se <strong>de</strong>senvolvem mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong><br />
representação <strong>da</strong>s informações <strong>de</strong> um domínio como um<br />
acervo digital ou não, e esta idéia é compartilha<strong>da</strong> por vários<br />
autores <strong>de</strong>ntro <strong>da</strong> área <strong>da</strong> Ciência <strong>da</strong> <strong>Informação</strong>.<br />
EXPANSÃO DA CATALOGAÇÃO
Processo <strong>de</strong> Catalogação<br />
Projeto<br />
Catálogo<br />
Descrição<br />
Documentária<br />
CATALOGAÇÃO
Projeto do Catálogo<br />
Fase em que o catalogador baseado em requisitos funcionais<br />
informacionais <strong>de</strong>fine um mo<strong>de</strong>lo contendo os objetos e<br />
elementos <strong>de</strong> representação e seus relacionamentos:<br />
PROCESSO DE CATALOGAÇÃO
Descrição do Objeto Documentário<br />
Fase em que o catalogador realiza a entra<strong>da</strong> <strong>de</strong> <strong>da</strong>dos em um<br />
registro baseado em um padrão <strong>de</strong> meta<strong>da</strong>dos com base em<br />
normas <strong>de</strong> catalogação.<br />
PROCESSO DE CATALOGAÇÃO
Requisitos<br />
Informacionais<br />
• Elementos <strong>de</strong><br />
<strong>de</strong>scrição, acesso<br />
e localização<br />
• Regras <strong>de</strong><br />
catalogação<br />
• Padrões <strong>de</strong><br />
meta<strong>da</strong>dos<br />
<strong>Mo<strong>de</strong>lagem</strong><br />
Conceitual <strong>de</strong><br />
<strong>Dados</strong><br />
• Mo<strong>de</strong>lo Enti<strong>da</strong><strong>de</strong><br />
Relacionamento<br />
• Normalização<br />
• Mo<strong>de</strong>lo<br />
Orientado a<br />
Objetos<br />
Mo<strong>de</strong>lo<br />
Conceitual <strong>de</strong><br />
<strong>Representação</strong><br />
• Requisitos e<br />
estrutura <strong>de</strong><br />
representação<br />
dos FRBR e FRAD<br />
Catálogo<br />
Digital<br />
• Banco <strong>de</strong> <strong>Dados</strong><br />
Relacional<br />
PROCESSO DE CATALOGAÇÃO
Levando em consi<strong>de</strong>ração o processo <strong>da</strong> <strong>Mo<strong>de</strong>lagem</strong><br />
Conceitual <strong>de</strong> <strong>Dados</strong>, a utilização somente <strong>de</strong> regras <strong>de</strong><br />
catalogação e/ou <strong>de</strong> um padrão <strong>de</strong> meta<strong>da</strong>dos para mo<strong>de</strong>lar<br />
a estrutura conceitual e <strong>de</strong> persistência <strong>de</strong> um banco <strong>de</strong><br />
<strong>da</strong>dos <strong>de</strong> um sistema informatizado <strong>de</strong> catalogação, po<strong>de</strong><br />
levar a algumas anomalias <strong>de</strong> informação:<br />
Redundância <strong>de</strong> <strong>da</strong>dos;<br />
Inconsistência <strong>de</strong> <strong>da</strong>dos;<br />
Anomalia <strong>de</strong> exclusão;<br />
Anomalia <strong>de</strong> inclusão;<br />
Anomalia <strong>de</strong> modificação;<br />
Incapaci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> representação <strong>de</strong> relacionamentos<br />
complexos.<br />
PROCESSO DE CATALOGAÇÃO
Isso ocorre porque padrões <strong>de</strong> meta<strong>da</strong>dos como o formato<br />
MARC têm uma estrutura linear e monolítica em suas<br />
estruturas <strong>de</strong> registros, ou seja, um mo<strong>de</strong>lo bidimensional <strong>de</strong><br />
atributo-valor e <strong>de</strong>terminam o formato <strong>de</strong> entra<strong>da</strong> e <strong>de</strong><br />
intercâmbio <strong>de</strong> <strong>da</strong>dos, sem <strong>de</strong>terminar o conceito <strong>de</strong><br />
domínio dos objetos representados com seus<br />
relacionamentos.<br />
PROCESSO DE CATALOGAÇÃO
A estrutura <strong>de</strong> representação dos elementos <strong>de</strong> persistência<br />
<strong>de</strong> itens bibliográficos influencia a quali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> informação<br />
nos processos <strong>de</strong> armazenamento, busca e recuperação<br />
<strong>de</strong>ssas informações, e <strong>de</strong>ve, portanto, fazer parte do<br />
processo <strong>de</strong> construção <strong>de</strong> catálogos digitais.<br />
A utilização <strong>de</strong> um padrão <strong>de</strong> meta<strong>da</strong>dos que tem como<br />
principal objetivo a entra<strong>da</strong> <strong>de</strong> <strong>da</strong>dos e a interoperabili<strong>da</strong><strong>de</strong><br />
e que não consi<strong>de</strong>ra questões <strong>de</strong> quali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> persistência<br />
<strong>da</strong> informação po<strong>de</strong>, muitas vezes, em alguns ambientes<br />
digitais <strong>de</strong> informação que são baseados somente nesses<br />
padrões apresentarem problemas tanto nos processos <strong>de</strong><br />
manipulação <strong>de</strong> <strong>da</strong>dos quanto na recuperação <strong>da</strong>s<br />
representações dos itens bibliográficos.<br />
PROCESSO DE CATALOGAÇÃO
Interoperabili<strong>da</strong><strong>de</strong><br />
Apresentação<br />
Transacional<br />
Persistência<br />
CAMADAS DE METADADOS
CONCLUSÕES
É necessário que o profissional catalogador esten<strong>da</strong> a sua<br />
atuação ampliando também o conceito <strong>de</strong> catalogação<br />
agregando a esse processo a mo<strong>de</strong>lagem <strong>da</strong>s estruturas<br />
bibliográficas no <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>los conceituais<br />
que servirão <strong>de</strong> base para a construção <strong>de</strong> esquemas <strong>de</strong><br />
banco <strong>de</strong> <strong>da</strong>dos.<br />
CONCLUSÕES
Nesse contexto, regras e práticas <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>lagem <strong>de</strong>vem ser<br />
utiliza<strong>da</strong>s pelo catalogador atuando como projetista do<br />
catálogo fazendo com que anomalias sejam retira<strong>da</strong>s do<br />
projeto e requisitos <strong>de</strong> quali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> informação sejam<br />
homologa<strong>da</strong>s no mo<strong>de</strong>lo.<br />
CONCLUSÕES
Mo<strong>de</strong>los Conceituais po<strong>de</strong>m ser absorvidos no processo do<br />
<strong>Representação</strong> <strong>da</strong> <strong>Informação</strong> pois:<br />
1. Melhoram a comunicação do catalogador com os<br />
profissionais <strong>da</strong> área <strong>da</strong> Computação;<br />
2. Possibilitam o aperfeiçoamento <strong>da</strong>s estruturas dos<br />
esquemas dos registros bibliográficos;<br />
3. Aumentam a riqueza <strong>da</strong>s possibili<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> acesso aos<br />
documentos que satisfaçam as tarefas do usuário;<br />
4. São compatíveis com os FRBR e FRAD.<br />
CONCLUSÕES
A mo<strong>de</strong>lagem <strong>de</strong> <strong>da</strong>dos possibilita uma visão não linear dos<br />
elementos <strong>de</strong>scritivos <strong>de</strong> um item bibliográfico e permite<br />
uma eficiente transmissão <strong>da</strong>s mensagens conti<strong>da</strong>s nas<br />
representações e a otimização do acesso e uso <strong>de</strong> ambientes<br />
catalográficos, por meio <strong>da</strong> intersecção entre os itens<br />
bibliográficos e as necessi<strong>da</strong><strong>de</strong>s informacionais dos usuários.<br />
CONCLUSÕES
Os FRBR mostram aos catalogadores uma referência para o<br />
<strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> projetos <strong>de</strong> catálogos e comprova que o<br />
conhecimento prévio do profissional especialista <strong>da</strong> área <strong>de</strong><br />
Tratamento Descritivo e Temático <strong>da</strong> <strong>Informação</strong> utilizando<br />
um conjunto <strong>de</strong> metodologias <strong>de</strong> representação, torna o<br />
<strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> <strong>da</strong>dos <strong>de</strong> catálogos mais<br />
a<strong>de</strong>rente às <strong>de</strong>man<strong>da</strong>s informacionais dos usuários.<br />
CONCLUSÕES
O uso dos FRBR <strong>de</strong>ve ser feito consi<strong>de</strong>rando a relação<br />
existente entre eles e as regras <strong>de</strong> catalogação, padrões <strong>de</strong><br />
meta<strong>da</strong>dos e os mo<strong>de</strong>los conceituais <strong>de</strong> <strong>da</strong>dos, assim como,<br />
a interoperabili<strong>da</strong><strong>de</strong> nesses ambientes.<br />
CONCLUSÕES
Propõe-se a reflexão <strong>da</strong> ampliação do processo <strong>de</strong><br />
catalogação no que tange a etapa <strong>de</strong> projeto <strong>da</strong>s<br />
representações, no qual o profissional <strong>da</strong> informação <strong>de</strong>tém<br />
as competências necessárias para, com seus conhecimentos<br />
prévios <strong>da</strong> disciplina <strong>de</strong> representação tradicional, planejar e<br />
implementar mo<strong>de</strong>los <strong>de</strong> <strong>da</strong>dos, utilizando-se <strong>de</strong> métodos<br />
conceituais <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>lagem.<br />
CONCLUSÕES
MODELAGEM DE DADOS E<br />
REPRESENTAÇÃO DA INFORMAÇÃO<br />
Elvis Fusco<br />
fusco@univem.edu.br<br />
http://elvisfusco.com.br<br />
Twitter: @elvisfusco