(segunda edi\347\343o - Janeiro 06) - IIAM
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Magazine do Investigador<br />
N°. 2<br />
Nesta edição:<br />
Pág. 4 - GTZ financia<br />
Agrosilvicultura e<br />
ditribuição de<br />
fruteiras em<br />
Sussundenga<br />
Pag. 5 - Dia de campo<br />
traz personalidades a<br />
Sussundenga<br />
Pág. 6 - UEM e <strong>IIAM</strong><br />
promovem programa<br />
de Mestrado<br />
<strong>Janeiro</strong>, 20<strong>06</strong><br />
Um Jornal do Centro Zonal Centro<br />
Face a estiagem<br />
EAS disponibiliza estacas de mandioca<br />
por Miguel Magalhães<br />
Como é do conhecimento do caro leitor,<br />
o ínicio da campanha agrícola 2005/20<strong>06</strong><br />
foi severamente afectada pelos efeitos de<br />
falta de chuvas provocando estiagem<br />
(seca) em muitas regiões do nosso País,<br />
incluindo alguns distritos das províncias<br />
da zona centro. Este facto, fez com que os<br />
camponeses retardassem as sementeiras<br />
até finais de Novembro, altura em que<br />
cairam as primeiras gotas de chuva.<br />
Portanto, os camponeses realizaram as<br />
primeiras sementeiras nos finais de<br />
Novembro, registando-se assim um atraso<br />
de dois meses no calendário agrícola, facto<br />
que poderá comprometer os níveis de<br />
rendimentos na presente campanha,<br />
especialmente em relação a aquelas<br />
culturas susceptíveis a seca.<br />
Em situações de seca, é importante que o<br />
camponês tenha na sua machamba<br />
culturas alternativas. Face a esta situação,<br />
e respondendo à preocupação reiterada<br />
pelo Governo Provincial, a Estação<br />
Agraria de Sussundenga (EAS) lançou<br />
uma campanha de disponibilização de<br />
semente (estacas) de mandioca aos<br />
camponeses dos distritos afectados pela<br />
estiagem, uma vez que esta cultura, é<br />
bastante tolerante à seca.<br />
A EAS em parceria com a Extensão<br />
Rural, fez a distribuição de estacas de<br />
mandioca (variedades Fernando-pó,<br />
Marcia e Manhocola) aos camponeses dos<br />
distritos de Machaze e Sussundenga,<br />
abrangindo um total de cerca de 150<br />
famílias, que por sua vez farão a<br />
disponibilização deste material vegetativo<br />
à outras famílias.<br />
A distribuição de estacas de mandioca<br />
abrangiu os camponeses dos distritos de<br />
Gondola e Bárue.<br />
Garantindo a gestão dos recursos hidricos, pode-se<br />
garantir a irrigação de extensas áreas propensas a<br />
seca.<br />
Editorial<br />
Bem vindo ao 20<strong>06</strong>...o ano do Deserto e<br />
Desertificação<br />
Para começar esta primeira edição do ano e a<br />
<strong>segunda</strong> do Magazine, quero em primeiro<br />
lugar desejar a todos colegas e aos caros<br />
leitores deste Magazine, um feliz 20<strong>06</strong>,<br />
sobretudo com muito sucesso e dedicação.<br />
Aproveito igualmente esta oportunidade para<br />
lhes anunciar que acabamos de entrar para o<br />
ano do Deserto e Desertificação. Assim<br />
sendo, mais uma vez o sector de investigação<br />
agrária, para ser mais especifico, o <strong>IIAM</strong>, é<br />
chamado para desencadear as suas actividades<br />
sem esquecer este facto, que vai se tornar<br />
tema de debates e discussão a nível nacional e<br />
internacional.<br />
Associando ao facto de 20<strong>06</strong> ser o ano do<br />
Deserto e Desertificação, vem a tela a<br />
necessidade de conservar os nossos recursos<br />
hídricos, usa-los de maneira sustentável e<br />
com estes garantir o desenvolvimento de<br />
muitas famílias Moçambicanas em épocas<br />
secas. Deste modo, deixo lançado o desafio a<br />
todos investigadores do <strong>IIAM</strong>.<br />
José Monteiro<br />
(monteirojc@yahoo.com)
Magazine do Investigador ARTIGOS CIENTIFICOS<br />
Resultado preliminar sobre a distribuição e sazonalidade de carraças da família Ixodidae<br />
em bovinos no Distrito de Manica<br />
Carlos Quembo<br />
Laboratório Regional de Veterinária em Chimoio<br />
Email: vetlabman@teledata.mz ou cquembo@hotmail.com<br />
C.Postal 42, Chimoio, Manica - Moçambique<br />
Resumo<br />
Cerca 1439 carraças de diferentes estádios de desenvolvimento foram colhidas em bovinos jovens selecionados de ambos os sexos, com idade não<br />
superior à 1,5 anos no periodo que vai desde Fevereiro à Novembro de 2000 e em três tanques carracicidas do distrito de Manica previamente<br />
selecionados. Um total 9 espécies de carraças Ixodidae foram identificadas, sendo Boophilus decoloratus, Rhipicephalus appendiculatus, Boophilus<br />
spp, R. evertsi, Rhipicephalus spp, Hyalomma spp, Boophilus microplus, Amblyomma variegatum e R. zambeziensis as espécies prevalecentes na<br />
região e escalonadas por ordem decrescente de abundância relativa. As espécies ora mencionadas tiveram o seu pico nos meses de Março, Maio e<br />
Outubro (na zona de Nhaucaca) e Novembro em Chiqueia. A abundância relativa dessas espécies bem como os factores que afectam a sua<br />
distribuição são discutidos.<br />
Introdução<br />
De entre os vários problemas sanitários<br />
com impacto econômico e que afectam<br />
os bovinos, as carraças ocupam um lugar<br />
de destaque como vectores de<br />
transmissão de doenças nos efectivos<br />
bovinos da região. Estes ectoparasitas<br />
são transmissores de Cowdria<br />
ruminantium, Babesia bigemina e B.<br />
bovis, Anaplasma marginale e A.<br />
centrale e o complexo Theileria spp.<br />
Para além destes microrganismos,<br />
algumas espécies de carraças estão<br />
também associadas com as toxicoses e<br />
paralisías em ruminantes, disseminação<br />
da peste suína africana em suínos e a<br />
participação na transmissão mecânica da<br />
dermatofilose por Dermatophilus<br />
congolensis (Norval, 1994 e Jubb, 1985).<br />
Vários trabalhos sobre distribuição de<br />
carraças em Moçambique foram<br />
publicados (Dias, 1991 e Norval, 1994)<br />
mas não existem dados referentes á sua<br />
distribuição e sazonalidade no distrito de<br />
Manica.<br />
A dinâmica sazonal das carraças exerce<br />
uma considerável influência na dinâmica<br />
da transmissão dos patógenos acima<br />
referidos. Por outro lado, o ciclo de vida<br />
Palavras Chaves: Carraças, carracicidas.<br />
Abstract<br />
A total of 1439 different stages of ticks were collected at monthly intervals from February to November 2000, from 1.5 years old selected calves in<br />
three dip tanks in the district of Manica. Boophilus decoloratus, Rhipicephalus appendiculatus, Boophilus spp, Rh. evertsi, Rhipicephalus spp,<br />
Hyalomma spp, Boophilus microplus, Amblyomma variegatum e Rh. zambeziensis were the most abundant species of ticks recovered from the body<br />
of these animals throughout the year. The peak of burden were found in March, May and October at Nhaucaca area and in November at Chiqueia<br />
area. The relative abundance of these species of ticks as well as the factors behind the tick distribution are further discussed in this paper.<br />
Key words: Ticks, dip tanks.<br />
das carraças também sofre influencia da<br />
interação dos varios factores como a<br />
temperatura, chuvas e humidade relativa<br />
(Estrada-Pena, 2001).<br />
A dinâmica sazonal das carraças exerce<br />
uma considerável influência na dinâmica<br />
da transmissão dos patógenos acima<br />
referidos. Por outro lado, o ciclo de vida<br />
das carraças também sofre influencia da<br />
interação dos varios factores como a<br />
temperatura, chuvas e humidade relativa<br />
(Estrada-Pena, 2001).<br />
Materiais e Métodos<br />
Área de estudo<br />
Os três locais escolhidos são Chiqueia,<br />
Chitunga e Nhaucaca e situam-se nas<br />
coordenadas geográficas seguintes<br />
32º75´68´´S / 18º97´10´´E, 33º03´87´´S /<br />
18º87´20´´ E e 32º98´83´´ S / 18º97´77´´<br />
E respectivamente (Magellan GPS). A<br />
selecção destes locais foi feita tendo<br />
como base dados climatéricos, factores<br />
topográficos, vegetação e densidade<br />
animal.<br />
A região de Nhaucaca situa-se numa<br />
zona de planície relativamente húmida<br />
ao longo do corredor da Beira no vale do<br />
Rio Revuè, Chiqueia é uma zona<br />
montanhosa (região fronteiriça com o<br />
vizinho Zimbabwe) e com poucos<br />
recurso hídricos por perto. Finalmente,<br />
Chitunga está localizado numa zona<br />
planáltica e com vegetação que consiste<br />
de floresta persistente e arbustos onde a<br />
floresta sofreu desmatação.<br />
A precipitação média do distrito é de<br />
1800 mm nas zonas montanhosas (em<br />
anos normais) e cerca de 1000 mm nas<br />
regiões de baixa altitude.<br />
Metodologia de amostras<br />
A colheita de amostras foi feita em três<br />
< animais selecionados e de ambos os<br />
Lsexos,<br />
com menos de 1,5 ano de idade,<br />
numa periodicidade mensal e nos três<br />
tanques carracicidas localizados das<br />
regiões acima descritas. As carraças<br />
foram colhidas sempre do lado direito do<br />
corpo do animal e em regiões (não<br />
necessáriamente regiões anatômicas<br />
convencionais), usando o método<br />
descrito por Baker and Ducasse (1967),<br />
Londt et al., (1979) e Matthee et al.,<br />
(1997).<br />
As carraças foram acondicionadas em<br />
sacos plásticos conservadas em etanol à<br />
70% e enviadas ao laboratório<br />
2
Total de carracas<br />
Magazine do Investigador ARTIGOS CIENTIFICOS<br />
A identificação destas foi feita com o<br />
recurso á estereo lupa (Zeiss Stemi DV4<br />
- West Germany) com uma ampliação de<br />
4x4. As carraças já identificadas - por<br />
género e/ou espécie, local de colheita,<br />
data e região do corpo do animal - foram<br />
de novo conservadas em etanol à 70%<br />
nos frascos de 10 ml.<br />
O processamento dos dados foi feito<br />
usando os pacotes Microsoft® Excel<br />
(Microsoft Corporation) para a<br />
elaboração das tabelas e gráficos e o<br />
software SPSS for windows student<br />
version 7.5 (SPSS Inc. USA) para a<br />
análise estatística (correlação linear e<br />
desvio padrão).<br />
.<br />
Resultados<br />
Das 1437 carraças, cerca de 71,5 ± 72,0<br />
em média foram identificados na zona de<br />
Nhaucaca, 49,4 ± 53,8 provenientes dos<br />
animais que se servem do tanque<br />
carracicida de Chiqueia e 23,0 ± 24,3 na<br />
região de Chitunga.<br />
Em termos de espécie de carraças, maior<br />
destaque vai para Boophilus decoloratus<br />
e Rhipicephalus appendiculatus com<br />
abundancias relativas de 29,9% e 29,7%<br />
respectivamente. A patir dos dados de<br />
carraças colhidas mensalmente, a<br />
variação sazonal destas duas espécies<br />
são gráficamente apresentadas nas<br />
figuras 1 e 2.<br />
100<br />
90<br />
80<br />
70<br />
60<br />
50<br />
40<br />
30<br />
20<br />
10<br />
0<br />
Todos os tanques carracicidas usavam na<br />
altura o Ethion® como droga acaricida<br />
aplicada por imersão..<br />
Discussão e Conclusão<br />
Os animais de Chiqueia sempre tiveram<br />
um grau de infestação relativamente<br />
baixo que os de Nhaucaca pois esta<br />
região tem poucos recursos hídricos por<br />
perto, tem menor efectivo bovino<br />
comparativamente a anterior região e é<br />
uma zona montanhosa. O pico de<br />
abundância em carraças neste local<br />
registou-se em Novembro altura em que<br />
houve alguma queda pluviométrica três<br />
semanas antes da amostragem. Portanto,<br />
isto nao constitui surpresa. Pois, os<br />
factores humidade e densidade animal<br />
descritos por Londt et al., (1979),<br />
Norval, (1994) e Estrada-Pena, (2001)<br />
tem uma grande influência no ciclo de<br />
vida e sobrevivência destes<br />
ectoparasitas.<br />
O factor banho carracicida teve também<br />
grande influencia na distribuição de<br />
carraças tanto adultas como estádios<br />
imaturos (larvas e ninfas) ao longo do<br />
ano. Os picos de carraças (adultas e<br />
imaturas) coincidiram exactamente com<br />
os períodos da ausência de banhos ou<br />
dos periodos com maior intervalo entre<br />
as aplicações da droga carracicida.<br />
Fever eir o Mar co Abr il Maio Junho Julho Agosto Setembr o Outubr o Novembr o<br />
M eses<br />
Figura 1. Distribuicao de Boophilus decoloratus nos tres locais durante o ano 2001<br />
90<br />
80<br />
70<br />
60<br />
50<br />
40<br />
30<br />
20<br />
10<br />
0<br />
Nhaucaca<br />
Chit unga<br />
Chiqueia<br />
Nhaucaca<br />
Chitunga<br />
Chiqueia<br />
Fevereiro Marco Abril Maio Junho Julho Agost o Setembro Out ubro Novembro<br />
Meses<br />
Figura 1. Distribuicao de Boophilus decoloratus nos tres locais durante o ano 2001<br />
Quanto a distribuição do Rhipicephalus<br />
appendiculatus, verificou-se para<br />
Nhaucaca picos nos meses considerados<br />
secos. De novo aqui o factor humidade<br />
dos solos e aliada a presença de<br />
vegetação do tipo savana, influenciou<br />
bastante a actividade das carraças<br />
(Estrada-Pena, 2001). Tal situação não<br />
se verificou em Chitunga e Chiqueia<br />
onde a abundância de carraças foi<br />
relativamente baixa apesar dos factores<br />
dominantes como a altitude e carga<br />
animal, que influenciaram a sua<br />
distribuição ao longo do ano (Norval,<br />
1994).<br />
A dinâmica do Boophilus decoloratus<br />
também esteve condicionada a existência<br />
dos factores humidade dos solos e<br />
ausência dos banhos carracicidas (Londt<br />
et al., 1979 e Norval, 1994),<br />
principalmente na zona de Nhaucaca e<br />
Chiqueia.<br />
A distribuição das carraças do género<br />
Amblyomma confirmou observações<br />
feitas pelos vários autores isto é, a<br />
presença de A. variegatum nesta região<br />
marcada pela ausência de A. hebraeum.<br />
Pois, ambas as espécies requerem as<br />
mesmas condições climatéricas e<br />
competem pelos mesmos habitats e<br />
hospedeiros (Norval, 1994 e<br />
Estrada-Pena, 2001).<br />
A informação contida neste trabalho<br />
(sendo preliminar) obviamente carece de<br />
mais dados cumulativos e de vários anos<br />
para se desenhar uma curva mais<br />
realistica e aproximada da distribuição e<br />
a dinâmica sazonal das diferentes<br />
espécies de carraças em bovinos nestes<br />
mesmos locais.<br />
Referências Bibliográficas<br />
BAKER, M.K. and DUCASSE, F.B.W. (1967). Tick infestation of<br />
livestock in Natal. The predilection sites and seasonal variations of<br />
cattle ticks. Journal of the South African Veterinary Medical<br />
Association, 38:447-453<br />
DIAS, J.A.T.S. (1991). Some data concerning the ticks<br />
(Acarina:Ixodoidea) presently known in Mozambique. Garcia de Orta<br />
Ser. Zool. 18 (1-2):27-48<br />
ESTRADA-PENA, A.(2001).Forecasting habitat suitability for ticks and<br />
prevention of tick-borne diseases. Veterinay Parasitology.98<br />
(1-3):111-132<br />
JUBB, K.V.F., KENNEDY, P.C. and PALMER, N. (1985). Pathology of<br />
domestic animals. 3 th edition vol. 1. Academic Press. San Diego, New<br />
York, Berkeley, Boston, London, Sydney, Tokyo, Toronto, 5:501-502<br />
LONDT, J.G.H., HORAK, I.G. and DE VILLIERS, I.L. (1979). Parasites<br />
of domestic and wild animals in South Africa. The seasonal incidence of<br />
adult ticks (Acarina:Ixodoidea) on cattle in the Northeen Transvaa.<br />
Onderstpoort Journal of Veterinary Research, 46:31-39<br />
MATTHEE, S., MELTZER, D.G.A. and HORAK, I.G. (1997). Sites of<br />
attachment and density assessment of Ixodid ticks on impala (Aepyceros<br />
melampus). Experimental and Applied Acarology, 21:179-192<br />
3
Magazine do Investigador DESTAQUE<br />
com apoio da GTZ-PRODER-MANICA<br />
Estação Florestal de Mandonge Promove agrosilvicultura e<br />
distribui fruteiras<br />
por José Monteiro<br />
Estação Florestal de Mandonge<br />
(ex-CEF-Sussundenga) em<br />
colaboração com os Serviços<br />
Provincias de Floresta (SPFFB) e<br />
Serviços Provinciais de Extensão<br />
Rural (SPER), está a a promover a<br />
prática de agrosilvicultura e<br />
distribuindo fruteiras exóticas aos<br />
camponeses do distrito de<br />
Sussundenga, mais concretamente<br />
nas localidades de Muhôa<br />
(Murorwe), Nhanguzue, Bápuà e<br />
Munhinga. Estas actividades tem<br />
financiamento da<br />
GTZ-PRODER-MANICA, uma<br />
ONG Alemã, com diversas áreas<br />
de acção, incluindo a do<br />
desenvolvimento rural<br />
Objectivos<br />
São objectivos deste progama:<br />
- Envolver os camponeses no<br />
estabelecimento de campos<br />
agrosilviculturais;<br />
- Garantir a prática de<br />
agrosilvicultura no seio dos<br />
camponeses;<br />
- Garantir a disponibilidade de<br />
vitaminas na dieta alimentar das<br />
famílias rurais<br />
Até a data foram realizadas<br />
diferentes actividades, como:<br />
Selecção dos camponeses<br />
Em colaboração com os serviços<br />
de extensão, da Direcção Distrital<br />
de Agricultura de Sussundenga,<br />
foram seleccionados 32<br />
camponeses, dos quais: 12 em<br />
Bápuà, 12 em Nhanguzue, 6 em<br />
Muhôa (Murorwe) e 2 em<br />
Munhinga.<br />
A selecção dos camponeses seguiu<br />
parâmetros definidos pelos técnicos<br />
envolvidos no programa.<br />
Treinamento<br />
Os extensionistas e camponeses<br />
foram treinados pelos técnicos da<br />
EFM em matéria de viveiros<br />
(estabelecimento de viveiros e<br />
produção de plantas).<br />
Momento em que os técnicos da Estação Florestal de<br />
Mandonge dirigiam o treinamento aos camponeses<br />
de Muhôa (Murorwe)<br />
Como incentivo de produção,<br />
foram distribuídos aos camponeses,<br />
o seguinte material: Enxadas;<br />
Regadores; Vasos de polietileno<br />
(para a produção de plantas de<br />
espécies agro-florestais);<br />
Sementes agro-florestais (Leucaena<br />
leucocephala, L. pallida e<br />
Sesbania sesban).<br />
Produção de plantas e<br />
distribuição de fruteiras<br />
Depois do treinamento em matéria<br />
de viveiros, seguiu-se a fase de<br />
produção de plantas que está sendo<br />
executada pelos próprios<br />
camponeses.<br />
Os camponeses seleccionados para<br />
o programa de agrosilvicultura são<br />
os mesmos que foram abrangidos<br />
no programa de distribuição de<br />
fruteiras. Neste programa de<br />
distribuição de fruteiras serão<br />
distribuidas as seguintes fruteiras<br />
exóticas (enxertadas): Mangueiras e<br />
abacateiras de diferentes<br />
<strong>IIAM</strong> já tem Directores<br />
Técnicos<br />
por José Monteiro<br />
A sua Excelência o Senhor<br />
Ministro de Agricultura nomeou os<br />
funcionários abaixo mencionados<br />
para exercerem as funções de<br />
Directores técnicos, para as<br />
seguintes direcções técnicas do<br />
Instituto de Investigação Agrária de<br />
Moçambique (<strong>IIAM</strong>):<br />
1. Agronomia e Recursos Naturais:<br />
José Sancho Cumbe;<br />
2. Ciências Animais: Rosa Felizarda<br />
da Costa;<br />
3. Formação, Documentação e<br />
Transferência de Tecnologias:<br />
Paula Cristina Pimentel;<br />
4. Planificação, Administração e<br />
Finanças: Maria Elisa Chavana.<br />
As cerimónias de tomada de posse<br />
foram realizadas no dia 24 de<br />
<strong>Janeiro</strong> do ano em curso, na sala<br />
Zambeze, no edifício do Instituto<br />
de Investigação Agrária de<br />
Moçambique (<strong>IIAM</strong>).<br />
variedades. Cerca de 60 % das<br />
fruteiras foram produzidas no<br />
viveiro da Estação Florestal, e as<br />
restantes fruteiras foram<br />
produzidas no viveiro de<br />
Catandica.<br />
Momentos em que se transportavam uma parte das<br />
fruteiras de Catandica para Sussundenga.<br />
4
Magazine do Investigador DESTAQUE<br />
Programa Nacional de milho promove dia de campo e<br />
traz grandes individualidades á Sussundenga<br />
por Rogerio Jamice<br />
Realizou-se no dia 17 de<br />
Setembro um Dia de Campo,<br />
organizado pelo Programa de<br />
Milho. O evento teve lugar na<br />
Quinta da Qualitá, uma empresa<br />
produtora de sementes. O<br />
objectivo do dia de campo era<br />
apresentar as vantagens do milho<br />
QPM (milho de qualidade<br />
proteica).<br />
O programa do milho é<br />
actualmente o único programa que<br />
tem a sua sede em Sussundenga, no<br />
CZC e com o gabinete do<br />
coordenador na Estação Agrária de<br />
Sussundenga.<br />
Instruções aos Autores (artigos científicos)<br />
O Dia de Campo foi orientado<br />
pelos técnicos: Dr. Mariote e Eng.<br />
Chauque, teve a participação do<br />
Governador da Província de<br />
Manica, do Secretário Permanente<br />
do MINAG, do Director Geral do<br />
<strong>IIAM</strong>, do Director Provincial da<br />
Agricultura, dos Administradores<br />
de Sussundenga, Bárue para além,<br />
naturalmente do proprietário da<br />
quinta o Sr. Bernard.<br />
O evento começou com a<br />
cerimónia do régulo e seguiu-se<br />
depois a explicação dos técnicos.<br />
O dia de campo terminou com um<br />
lanche servido pelos anfitriões.<br />
SP do MINAG visita EAS<br />
No dia 18 de Setembro, o<br />
Secretário Permanente (SP) do<br />
MINAG, visitou as instalações do<br />
CZC (Estação Agrária de<br />
Sussundenga).<br />
A visita teve a participação dos<br />
técnicos do CZC. Neste encontro<br />
foram abordados diferentes<br />
assuntos, de entre eles a situação de<br />
transferência da sede do Centro<br />
Zonal de Chimoio para<br />
Sussundenga, a legalização das<br />
áreas pertencentes ao CZC e<br />
lançamento da primeira edição do<br />
"Magazine do Investigador".<br />
Dr. Mariote, coordenador do programa Nacional do milho, explicando a sua Excia o Governador<br />
de Manica, o funcionamento de uma máquina de farinação Da esquerda para direita: Representante do SPA (Sr.<br />
Cosme Mando), Chefe do SPFFB (Eng. Cremildo<br />
Rungo), Responsável da EAS (Dr. Eduardo Joaquim),<br />
DPA (Dr. Ofiço Langa), Secretário Permanente do<br />
MINAG (Júlio NTchola), Eng. Pedro Chaúque, Chefe<br />
dos SPER (Eng. Ana Chapo), Eng. José Monteiro,<br />
Director Geral do <strong>IIAM</strong> (Dr. Calisto Bias), Eng.<br />
Domingos Dias, representante do coordenador do CZC<br />
(dr. José Saute), Sr. Manuel Temo, Eng. Miguel<br />
Magalhães e Eng. Rogério Jamice<br />
1. Título: o título deverá ser conciso, específico, descritivo, não ultrapassando o máximo de 15 palavras; 2. Nome do<br />
autor: deverá ser seguido de título profissional e do endereço de onde exerce a sua actividade científica; 3. Estrutura do<br />
texto: a) Sumário: o autor deverá preparar um sumário em Português e outro em Inglês. Ambas devem não ultrapassar a<br />
200 palavras. b) Introdução e metodologia: ambas devem não ultrapassar as 500 palavras. c) Resultados e conclusões: no<br />
total entre 1000 e 3000 palavras; 4. Palavras-chaves: entre três e cinco; 5. Quadros, Figuras e Fotografias: devem ter um<br />
formato não maior que 18 x 13 cm e estar pronto para ser introduzidos no texto final, sem qualquer manipulação<br />
adicional por parte da redacção; 6. Notas de pé: devem ser curtas e reduzids ao mínimo, assinalados sucessivamente por<br />
números; 7. Citações: referir o nome do(s) autor(es) e o ano de publicação; 8. Referências bibliográficas: segundo as<br />
normas; 9. Tamanho: o artigo deve ter entre 2000 á 4000 palavras; 10. Redação: Cada texto será submetido a dois<br />
referentes para sua avaliação científica; 11. Texto: deve-se entregar uma cópia em formato digital e outra em papel.<br />
5
Magazine do Investigador CÁ DENTRO!!!<br />
Tripanossomose em bovinos na Provincia de<br />
Manica<br />
por Elisabeth Spetch (vetlabman@teledata.mz)<br />
A tripanossomose representa um<br />
dos maiores obstáculos para a<br />
produção bovina em Moçambique,<br />
pois cerca de 2/3 da superfície total<br />
do país está infestada pelo vector<br />
principal, a Mosca Tsétsé. Com<br />
excepção de algumas zonas<br />
montanhosas nas províncias de<br />
Niassa, Cabo Delgado e Tete, a<br />
maior parte do país ao norte do Rio<br />
Save é infestada.<br />
25<br />
20<br />
15<br />
10<br />
5<br />
0<br />
A falta de medidas para o controlo<br />
no tempo de guerra de<br />
desestabilização, os movimentos<br />
populacionais durante e pós guerra,<br />
as variações climáticas nos ultimos<br />
15 anos com uma grande seca no<br />
início da decada 90 e cheias no ano<br />
2000 influenciaram em grande<br />
medida a distribuição da Mosca<br />
Tsétsé e das tripanossomoses.<br />
A infecção resulta em anemia, baixa<br />
condição corporal, baixa produção<br />
leiteira, problemas na reprodução e<br />
morte dos animais quando não<br />
tratados.<br />
Criadores do sector familiar - sem<br />
os conhecimentos necessários e<br />
muitas vezes sem os meios<br />
financeiros para efectuar<br />
tratamentos - são os mais afectados<br />
pela doença ou a morte dos poucos<br />
animais que possuem.<br />
Dados obtidos pelo Laboratório<br />
Regional de Veterinária desde o<br />
ano 1999 indicam uma subida<br />
preocupante da prevalência de<br />
tripanossomas ao nível da<br />
Provincia de 3.4% em 1999 para<br />
Prevalência de Tripanossomas entre os anos 1999 e 2004<br />
1999 (4.482) 2000 (5.156) 2001 (4.430) 2002 (5.108) 2003 (4.490) 2004 (4.629)<br />
Ano ( Esf r e ga ços de sa ngue e x a mi na dos)<br />
% de positivos à<br />
Tripanossomas<br />
21,0% em 2004.<br />
Em 2005, de <strong>Janeiro</strong> à Outubro<br />
foram examinados 5564 esfregaços<br />
de sangue de bovinos, dos quais<br />
1881 do sector privado e 3683 do<br />
sector familiar. Nos bovinos do<br />
sector privado houve somente uma<br />
prevalência de 4.9% contra 20.7%<br />
nos do sector familiar. Os bovinos<br />
do sector familiar do distrito de<br />
Sussundenga, mostraram uma<br />
prevalencia de 33.8%.<br />
A falta de alimentação no tempo<br />
seco, de banho carracicida para<br />
combater carraças e uso demasiado<br />
na tracção animal, fazem com que<br />
muitos dos animais sofrendo de<br />
tripanossomose sucumbem a<br />
doença.<br />
com apoio Dinamarquês<br />
<strong>IIAM</strong> e UEM, promovem<br />
programa de Mestrado<br />
por Flemming Nielsing<br />
No âmbito da 2a fase de apoio Dinamarquês<br />
ao Programa de Desenvolvimento do Sector<br />
Agrario (ASPS II), a Universidade Eduardo<br />
Mondlane (UEM) e o <strong>IIAM</strong> tem disponiveis<br />
vagas para o curso de Mestrado, nas seguintes<br />
áreas:<br />
1. Gestão de Recursos Naturais e Sistemas<br />
Agricolas<br />
- Mapeamento e monitoria de uso de<br />
terras (incluindo GIS)<br />
2. Desenvolvimento agrário<br />
- Ciências animais (produçao de<br />
suinos/frangos de pequena escala)<br />
- Agro-florestas<br />
- Protecção de plantas (sanidade de<br />
sementes, controlo integrado)<br />
O curso tem a duração de 2 anos. O primeiro<br />
ano, com inicio a 01 de Agosto de 20<strong>06</strong>,<br />
destina-se ao lecionamento em Universidades<br />
Dinamerquesas. O segundo ano, contempla o<br />
leccionamento de alguns modulos na UEM e<br />
o trabalho de recolha de dados em<br />
Mocambique. A parte final do curso sera<br />
realizada na Dinamarca.<br />
Do processo de candidatura devem constar o<br />
seguinte:<br />
- Ficha de inscrição;<br />
- Carta endereçada ao directror do curso de<br />
Mestrado da FAEF, indicando o curso e a<br />
razão porque o pretende frequentar;<br />
- Certificado de habilitações;<br />
- "Curriculum Vitae";<br />
- Uma carta de recomendação;<br />
- Uma proposta de investigação (concept<br />
note)<br />
A selecção dos candidatos basear-se-a numa<br />
entrevista pessoal e na avaliação dos<br />
documentos solicitados. Os processos de<br />
candidatura, devidademente instruidos,<br />
devem dar entrada até <strong>06</strong> de Fevereiro de<br />
20<strong>06</strong> na secretária do curso de Mestrado da<br />
Faculdade de Agronomia e Engenharia<br />
Florestal, Campus Universitario. Maputo, Tel.<br />
21-492177; Fax. 21-492176. O formato das<br />
propostas de projecto e outras informações<br />
relevantes poderão ser obtidas no local,<br />
durante o período da manha ou no seguinte<br />
email: falcao@agronomia.uem.mz<br />
Estimula-se a candidatura de funcionários de<br />
instituições públicas de investgação ou de<br />
ensino, com idade inferior a 35 anos e com<br />
conhecimentos da lingua inglesa.<br />
6
Magazine do Investigador RECREAÇÃO<br />
Passos da nossa<br />
equipa<br />
por Jose Argola<br />
Terminada a primeira volta do<br />
campeonato inter-empresas da<br />
cidade de chimoio, a equipe da<br />
DPA classificou-se em 7º lugar<br />
com 19 pontos, num total de 14<br />
equipes. No dia 21 do corrente<br />
mês, teve inicio a primeira jornada<br />
da 2a volta do campeonato acima<br />
referido, onde a nossa equipa<br />
enfrentou a equia da DPS, onde<br />
vencemos e convencemos por 5 -<br />
1.<br />
Com esta vitória, a equipa poderá<br />
ascender para 5º ou 4º lugar,<br />
dependendo dos resultados das<br />
restantes equipas na mesma<br />
jornada.<br />
Nota-se que a equipa esta a evoluir<br />
em termos de desempenho dos<br />
jogadores, visto que a mesma não<br />
perde a cerca de 5 jornadas<br />
seguidas.<br />
Para além do campeonato, a equipa<br />
conseguiu chegar as meias-finais na<br />
taça AGROFEL, organizada pela<br />
Associação de Futebol da Cidade<br />
de Chimoio.<br />
Contudo, registam-se algumas<br />
dificuldades no seio da equipa, que<br />
se prendem em meios financeiros<br />
para suportar os custos de cada<br />
jogo, como: arbitragem, incentivos<br />
aos jogadores, quotas mensais, etc.<br />
Curiosidade!<br />
As potencialidades da Jatropha...<br />
Jatropha, é um arbusto com cerca<br />
de 6 m de altura. Vive cerca de 50<br />
anos e pode crescer em solos<br />
marginais com baixos conteúdos de<br />
nutrientes. Existem cerca de 170<br />
espécies, mas a mais comum em<br />
Moçambique é a Jetropha curcas.<br />
A Jatropha é originaria de Mexico e<br />
America Central, actualmente<br />
encontra-se em todo mundo. A<br />
parte da planta mais importante é o<br />
fruto, que tem formato da bola de<br />
futebol americano, contendo em<br />
média 3 sementes com dimensões<br />
semelhantes. Estas sementes<br />
contém elevado teor de óleo. Das<br />
várias espécies existentes, muitas<br />
são tóxicas, incluindo a Jatropha<br />
curcas.<br />
A planta de Jatropha pode ser<br />
usada para diversos fins, como:<br />
controle de erosão; usos<br />
medicinais; lenha; adubação verde e<br />
cerca viva. As sementes podem ser<br />
usadas para produção de sabão,<br />
combustivel e tem usos medicinais.<br />
O bolo de sementes pode ser usada<br />
como adubo, como input na<br />
produção de biogás e input na<br />
produção de combustão ou de<br />
carvão.<br />
Em qualquer dos casos, deve se<br />
evitar o consumo das sementes,<br />
por estas serem tóxicas.<br />
Ah ah ah ah!!...<br />
Ih ih ih...<br />
A diferença de homicidio e suicidio...<br />
Na aula de Direito criminal, o<br />
professor pergunta a um estudante:<br />
- o que entendes por Homicidio?<br />
O estudante prontamente responde:<br />
- É matar um homem...<br />
- E Suicidio? - insiste o professor?<br />
- É matar um Suiço.<br />
O filho da empregada....<br />
A patroa pergunta a empregada:<br />
- Qual é o nome do seu recém nascido<br />
filho? A empregada responde:<br />
- É chara do patrão. A patroa intrigada,<br />
volta a perguntar: - Então chama-se<br />
JOÃO??!! A empregada responde:<br />
-Não senhora, é AMOR<br />
Magazine do Investigador. Propriedade do:<br />
Instituto de Investigação Agrária de Moçambique - Centro Zonal Centro.<br />
Estrada Nacional n° 6. Instalações do Laboratório Regional de Veterinária<br />
Chimoio, Manica<br />
Tel. 251-23356<br />
Fax. 251-23356<br />
Editor:<br />
José Monteiro (monteirojc@yahoo.com)<br />
<strong>IIAM</strong>, CZC<br />
Sussundenga, Manica<br />
Tel. 251-52019; 251-23356<br />
Fax. 251-23356<br />
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