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condução_e_poda_mirtilo_-_reformulada - Agrotec

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Mirtilo = Arandano<br />

Selvagem Selvagem Selvagem (Gerês) (Gerês) Cultivado Cultivado Cultivado (EUA (EUA e e Canad Canadá) Canad<br />

Vaccinium myrtillus (<strong>mirtilo</strong> selvagem europeu)<br />

• Ainda não estudado para cultivo;<br />

• Menores produções;<br />

• Pior adaptação transporte e<br />

conservação;<br />

• Excelente sabor;<br />

• Grande potencial em termos<br />

económicos, por ser selvagem há<br />

mercados que o valorizam.<br />

Espécies principais:<br />

• Vaccinium corymbosum (highbush)<br />

•Vaccinium ashei (rabbiteye = olho coelho)<br />

Híbridos:<br />

•Híbridos com <strong>mirtilo</strong> anão (V. angustifolium) e<br />

outros


Mirtilo highbush (tipo mais comum)<br />

Raro o lowbush sem ser hibrido<br />

Norte (northern) Sul (southern)<br />

- Adaptado ao frio<br />

invernal;<br />

- Floração e maturação<br />

mais tardia;<br />

- Exigência de<br />

vernalização (horas de<br />

frio);<br />

- Igualmente sensível à<br />

geada, se não estiver<br />

adaptado ao local;<br />

- Adequado ao locais com<br />

Invernos temperados (Sul,<br />

junto ao mar e estufa);<br />

- Tem pequena, ou<br />

nenhuma, exigência de frio<br />

(vernalização);<br />

- Floresce e frutifica mais<br />

cedo;<br />

- Poda diferente;<br />

- Maior vigor;<br />

- Pode nem perder todas<br />

as folhas no inverno.<br />

Mirtilo rabbiteye – olho coelho<br />

- Fruta diferente do highbush;<br />

- Requisitos de frio intermédios;<br />

- Produção tardia (fim de Verão);<br />

- Muito vigor. Podendo chegar a<br />

passar os 4 metros de altura.<br />

Todas as variedades aguentam o frio do Inverno de Portugal Continental e o risco de queima por geada ocorre em todas as variedades<br />

em que a floração se dê muito cedo. (IMPORTANTE CONHECER DADOS METEOROLÓGICOS)<br />

Quando a exigência de horas de frio é pequena a planta “rebenta” muito cedo, podendo ser queimada. Se plantas com grandes<br />

requisitos de frio forem plantadas em zonas temperadas ou em estufa podem ter um abrolhamento irregular, redução de produção, e<br />

ser útil aplicar hormonas (como no kiwi) para que se quebre a dormência e o abrolhamento seja sincronizado.


Características dos solos e parcela<br />

• Acidez ou alcalinidade:<br />

O pH ideal está compreendido entre 4,2 e 5,5. Acima de pH 5,0 deve-se controlar<br />

regularmente o pH e procurar acidificar, por exemplo na fertirega.<br />

• Matéria Orgânica:<br />

O teor em matéria orgânica deve ser > 3% (é o mínimo). Quanto maior o teor de matéria<br />

orgânica maior a tolerância a variações do pH e melhor uso de nutrientes.<br />

• Requisito ideal, à plantação de:<br />

- 150 ppm Potássio K<br />

- 150 ppm Fósforo P<br />

Adubar, antes da plantação, para atingir estes valores. Não interessa superar estes teores. A<br />

partir deste nível deve-se aplicar fertilizantes para reposição.<br />

Evitar solos pesados (argila) por não ter arejamento. Porém pode ser modificado com<br />

doses elevadas de matéria orgânica ou uma cultura em faixas com substrato.


Clorose Férrica<br />

• A clorose férrica é um dos mais comuns<br />

acidentes fisiológicos do <strong>mirtilo</strong>.<br />

• Sucede quando há falta ou indisponibilidade de<br />

ferro no solo (raro) em consequência do pH<br />

altos.<br />

• Quando o pH é inferior a 4 a maioria dos<br />

nutrientes não pode ser absorvida.<br />

• Como o <strong>mirtilo</strong> tem raízes pouco profundas,<br />

quase sem pêlos radiculares, e depende de<br />

fungos (micorrizas) para uma melhor nutrição,<br />

alguns nutrientes de difícil translocação, como o<br />

ferro, têm de ser facilmente assimiláveis.<br />

• O <strong>mirtilo</strong> é muito sensível às variações de pH.


A pH baixo ótima disponibilidade do ferro do solo.<br />

Deficiente disponibilidade, em formas de fácil absorção, dos restantes nutrientes.


Fertilização<br />

Evitar Evitar<br />

Utilizar<br />

Utilizar<br />

• Na fertilização do Mirtilo são de<br />

banir todos os fertilizantes que<br />

tenham cloro, caso do Cloreto de<br />

Potássio, pois são tóxicos para a<br />

cultura;<br />

• Evitar todos os que têm nitratos na<br />

sua composição uma vez que a<br />

planta do <strong>mirtilo</strong> absorve mal os<br />

adubos em que o azoto está na<br />

forma nítrica.<br />

• Os melhores são os que têm azoto<br />

amídico (Ureia) para solos<br />

excessivamente ácidos pH (4 a 4,2),<br />

pois tem algum poder alcalinizante.<br />

• São de preferir os que têm azoto na<br />

forma amoniacal (NH4 + ), como<br />

sulfato de amónio.<br />

• Os sulfatos, pela presença de<br />

enxofre (S), são adubos a preferir,<br />

pois, além do importante nutriente<br />

ajudam a manter o pH baixo.


Necessidades nutricionais<br />

Na fertilização tem-se em consideração:<br />

1 - Produção (quanto maior a extração maior a necessidade de nutrientes para<br />

compensar o que sai do campo);<br />

2 – Nutrientes da análise do solo;<br />

Nível de nutrientes extraídos nos frutos (10 toneladas) + ramos de <strong>poda</strong> / hectare / ano<br />

Total<br />

(kg/ha/ano)<br />

3 - Teores de nutrientes das folhas (análises)<br />

Azoto Fósforo Potássio Cálcio Magnésio<br />

13 2,8 12 1,4 0,9<br />

Para ser bem conduzida não se pode poupar em análises foliares.


Interpretação da análise foliar<br />

Defice Suficiente Excesso<br />

Azoto 1,7% 1,7-2,1% 2,3ppm<br />

Fósforo 0,08% 0,1-0,4% 0,6ppm<br />

Potássio 0,35% 0,4-0,65% 0,9ppm<br />

Cálcio 0,13% 0,3-0,8% 1ppm<br />

Magnésio 0,1% 0,15-0,3% 0,4ppm<br />

Enxofre - 0,12-0,2% -<br />

Boro 20ppm 30-70ppm 200ppm<br />

Cobre 5ppm 5-20ppm -<br />

Ferro 60ppm 60-200ppm 400ppm<br />

Manganês 25ppm 50-350ppm 450ppm<br />

Zinco 8ppm 8-30ppm 80ppm<br />

Pritts e Hancock , 1992 – Highbush Blueberry Production Guide


Exposição Solar<br />

- O <strong>mirtilo</strong> é tolerante a certo ensombramento (naturalmente cresce em bosques).<br />

- Em regiões com hiperinsolação a redução da incidência solar é algo vantajoso.<br />

- Porém, a boa exposição garante fruta menos ácida e mais doce, com melhores aromas,<br />

bem como antecipação da colheita.<br />

- Só os ramos diretamente expostos ao Sol, pelo menos 30% do tempo, é que produzem<br />

gomos florais.<br />

- As redes anti pássaro reduzem a insolação em cerca de 15%. Tal pode ser crítico em<br />

zonas com muitas névoas e pouca insolação.<br />

- Nas zonas do Sul pode ser vantajoso providenciar sombra para reduzir stress hídrico e<br />

danos pelo Sol, e assim melhorar a produção. Nunca exceder 50% de sombra. As melhores<br />

redes sombra são brancas, cinzentas ou vermelhas. Cores escuras podem reduzir<br />

produção.<br />

- Não há benefício em sombrear acima do paralelo 41º (Porto).<br />

- Alguns plásticos de estufa e a sombra permitem atrasar a maturação, o que tem<br />

interesse para quem quer vender fora de época.


As raízes de <strong>mirtilo</strong> de absorção têm, aproximadamente, 0,4metros, encontrando-se<br />

algumas, que se pensa servirem apenas para suporte, até 1 metro de profundidade. É um<br />

sistema radicular relativamente fraco, superficial e muito localizado.<br />

O stress hídrico pode ocorrer em muito pouco tempo. E mesmo que as plantas resistam,<br />

as produções ressentem-se.<br />

Quando as plantas passam algum tempo em stress hídrico não se notam sintomas, mas<br />

se tal acontece quando a fruta está a crescer ou a amadurecer, quando se regar ou<br />

chover poderá acontecer o rachamento da fruta, pois a película não terá elasticidade<br />

suficiente.<br />

Quando o stress se prolonga as folhas podem ficar avermelhadas e inclusivamente cair.


Nesta cultura prever um sistema de rega é fundamental.<br />

No ambiente natural, entre árvores, as perdas de água são menores e, em<br />

Portugal, estas plantas ocorrem naturalmente no Gerês, região da Europa com<br />

maior pluviometria e nos Estados Unidos por vezes nas orlas de pântanos.<br />

A rega pode ser feita por aspersão, ou rega localizada.


• Dificilmente entope;<br />

• Fácil manutenção e deteção de<br />

avarias;<br />

• Permite reduzir a temperatura;<br />

• Pode prevenir os danos por<br />

geadas;<br />

• Eficiente;<br />

•Fácil instalação;<br />

• Menor manutenção dos filtros.<br />

Rega por Aspersão<br />

Vantagens Vantagens<br />

Desvantagens<br />

Desvantagens<br />

• Não permite a fertirrega;<br />

• Não se deve regar<br />

quando se dá a floração;<br />

• Geralmente exige maiores<br />

caudais (idealmente regas<br />

mais frequentes);<br />

• Exige maior potência das<br />

bombas, com maior gasto<br />

de energia;<br />

• Exige maior reserva de<br />

água.


Pomar de Mirtilo nos EUA a ser protegido da geada pela acção de<br />

aspersores de rega.<br />

http://www.ces.ncsu.edu/depts/hort/hil/hil-201-e.html


Rega Localizada<br />

Microaspersores Microaspersores<br />

Rega Rega Rega gota gota-a-gota<br />

gota gota<br />

• Maior diâmetro húmido;<br />

• Maior facilidade de deteção de<br />

entupimentos;<br />

• Mais adaptado a solos arenosos;<br />

• Mais difícil de manter na posição<br />

correta;<br />

• Não deve ser usado em plantações em<br />

que se aplica plástico.<br />

• Em solos arenosos é necessário um<br />

maior número de gotejadores,<br />

eventualmente duas rampas por linha<br />

plantada;<br />

• Manutenção mais difícil,<br />

nomeadamente a deteção de<br />

problemas e de substituição.


Microaspersores<br />

Microaspersores Microaspersores<br />

Rega Rega Rega gota gota-a-gota<br />

gota gota


As raízes procuram a<br />

zona húmida.<br />

Se o solo for arenoso,<br />

ou o gotejador muito<br />

afastado pode haver<br />

uma crescimento<br />

heterogéneo das raízes.<br />

Diferentes tipos de rega em diferentes tipos de solo.<br />

(em solos arenosos usar, preferentemente, aspersão,<br />

microaspersão, ou além de dois gotejadores duas linhas<br />

de gotejadores)


No <strong>mirtilo</strong> o sistema radicular e a parte aérea não funcionam em total<br />

comunicação, de modo que se a água ou os nutrientes forem aplicados<br />

apenas de um lado as varas desse lado irão ter melhor desenvolvimento.<br />

Embora estejam ligadas à mesma coroa, as varas devem ser encaradas<br />

como tendo certa autonomia. Isto é importante na aplicação de água e<br />

nutrientes, mas também na <strong>poda</strong>.


A quantidade de água gasta pelo <strong>mirtilo</strong> depende da região do país, em termos térmicos,<br />

do tipo de solo e do mulching utilizado.<br />

Além disso depende da idade das plantas e da fase fenológica.<br />

Há indicações de que cada planta consome, no pico do Verão e na fase de maturação,<br />

aproximadamente 4 a 6 litros de água por dia. Ou seja, aproximadamente 35 litros por<br />

planta por semana.<br />

Isto significa que, num hectare com 4.000 plantas é necessário aplicar, diariamente<br />

entre16 a 24m3 de água. Quanto mais repartida a rega ao longo do dia e dos dias,<br />

melhor os resultados, pois a planta terá menor dificuldade em obter água e nutrientes.<br />

Estado fenológico Kc<br />

Floração 0,22<br />

Frutos vingados 0,32<br />

Maturidade 0,4<br />

Depois da colheita 0,25<br />

Coeficientes culturais, segundo o INRA citado por Sylvie Tillard<br />

Naturalmente esta planta é muito tolerante ao alagamento e encharcamento, mas apenas até começar a rebentação. A partir de<br />

então a drenagem é muito importante, senão as raízes não respiram.


Mulching – controlo de adventícias<br />

Como praticamente todas a plantas cultivadas, deve-se garantir a menor<br />

concorrência possível entre as plantas e as infestantes, seja por água, luz ou<br />

nutrientes.<br />

Idealmente não se deve permitir o aparecimento de ervas concorrentes na faixa que é<br />

ocupada pelas raízes dos arbustos de <strong>mirtilo</strong>. Em condições normais o raio das raízes,<br />

como na maioria das fruteiras, é geralmente semelhante ao raio da copa, caso esta não<br />

fosse <strong>poda</strong>da.<br />

Portanto deve-se ter essa faixa livre de raízes de outras plantas.<br />

O controlo pode ser feito:<br />

1 – Herbicidas;<br />

2 – Capinadeiras (controlo pouco eficiente uma vez que reduz a concorrência mas não a<br />

elimina);<br />

3 – Mulching (coberturas) que podem ser:<br />

A – com plásticos e telas;<br />

B – Com materiais orgânicos, como estilha de madeira (situação ideal), casca<br />

de pinheiro, ou palha.


.<br />

.


Enrrelvamento “selva” -Sever do Vouga.<br />

Claramente existe concorrência.<br />

Enrrelvamento bem feito (EUA)<br />

(com herbicidas).


As plantações de <strong>mirtilo</strong> obedecem a compassos variáveis dependentes:<br />

- do grau de mecanização;<br />

-Variedade;<br />

Densidade<br />

- Uso de estufas (ou até plantação em contentores).<br />

O compasso mais frequente é 1m x 2,5m ou 1m x 3m.<br />

Mas também se recomendam compassos de 0,8 x 2m ou 2,5m para variedades<br />

de menor vigor (referida, por exemplo, para a Bluetta).<br />

E até 1m x 2m em algumas plantações em estufa.<br />

A maioria dos pomares tem uma densidade teórica de 3.300 plantas ou 4.000<br />

plantas.


Alta densidade<br />

Num interessante, e praticamente único, longo estudo de comparação de compassos<br />

de alta densidade, registou-se um aumento de 204% quando a plantação teve um<br />

entrelinhamento de 0,45m comparando com o 1,2m.<br />

No primeiro caso (0,45m), em 4 anos foram colhidas 76 ton/ha (ou seja 19 ton/ano)<br />

No segundo caso (1,2m), em 4 anos foram colhidas 37,4 ton/ha (ou seja, 9,4 ton/ano).<br />

Strik, B., G. Buller (2003) - Improving yield and machine harvest efficiency of 'Bluecrop' through high-density planting and<br />

trellising. Acta Hort. 574:227-231.


Para haver fruto deve haver polinização.<br />

Esta espécie beneficia com a polinização cruzada.<br />

E para bem produzir devem ser plantadas, a par, 2 a 3 variedades diferentes de<br />

<strong>mirtilo</strong>, e providenciar boas condições para a polinização (abelhas ou abelhões)<br />

As variedades escolhidas, mesmo que não frutifiquem em simultâneo, têm de florir em<br />

simultâneo.<br />

Polinização<br />

Nem todas as variedades têm o mesmo comportamento (umas são mais auto-férteis)<br />

porém todas beneficiam com a polinização cruzada.


Peso do Fruto Frutos vingados %<br />

Auto polinizado Pol. cruzada Diferença Auto polinizado Pol. cruzada Diferença<br />

Bluecrop 1,87 2,36 21%<br />

Duke 1,7 1,8 5% 76 85 10%<br />

Elliott 1,6 2,03 21%<br />

Legacy 1,59 1,89 19% 78 90 15%<br />

Ozarkblue 1,64 2,1 22% 90 91 0<br />

Bluegold 1,15 1,31 14% 50 79 58%<br />

Sunrise 1,31 1,72 31% 61 89 31%<br />

Adaptado de Retamales, J. and J. Hancock (2012). Blueberries. Oxfordshire.


Produção em abrigos (estufas)<br />

Em Espanha é vasta a área plantada em estufa ou túneis.<br />

Tratam-se de estruturas ligeiras, muitas vezes sem as paredes laterias, de baixo pé<br />

direito.<br />

Os Os Os ttúneis<br />

t neis permitem:<br />

permitem:<br />

1 – Antecipação da colheita em até 14 dias (dados no INIA – Fataca); o que se pode<br />

refletir em grandes diferenças em termos de preço;<br />

2- Por vezes uma segunda colheita com algumas variedades, mas só no Sul;<br />

3- Maior produção até mais 50%;<br />

4- Menor número de anos até entrada nos anos de cruzeiro;<br />

5- Menor risco de perda de colheita por granizo, chuva e ventos fortes e até pássaros;<br />

6 – Menor risco de geada;<br />

7 – Fruta com algumas características melhoradas (teores de açúcar);<br />

(existem modelos a partir de 4€/m2)<br />

Devem ser de abertura total no Inverno, para permitir a vernalização das plantas.


Poda<br />

“Mais vale não <strong>poda</strong>r do que <strong>poda</strong>r mal”<br />

A planta de <strong>mirtilo</strong>, quando não <strong>poda</strong>da sofre, nos primeiros anos, de excesso de produção.<br />

Quais Quais são são as as consequências consequências da da sobre sobre produ produção?<br />

produ ão? ão?<br />

O primeiro sinal de uma sobre produção é um rácio desequilibrado entre o número de folhas/frutos.<br />

Um excesso de frutos em relação ao número de folhas resulta numa insuficiente capacidade para,<br />

através da fotossíntese, garantir o crescimento vegetativo, a acumulação de reservas no lenho e ainda o<br />

crescimento de frutos e a nutrição das sementes.<br />

A sobre produção gera frutos de menor calibre, plantas com menor crescimento dos ramos e varas,<br />

redução de vigor e longevidade comprometida.


É muito importante entender-se cada ramo como um indivíduo semi-autónomo, isto é, o rácio deve<br />

ser encontrado em cada ramo, e não no total da planta, ou seja, não é indiferente o local onde se<br />

encontram as folhas.<br />

De acordo com Retamales e Hanckoch (2012), o rácio ideal será a proporção 3:1, no mínimo 2:1.<br />

Em estudos em que se usou o rácio 1:2 (ou seja, 1 folha por cada 2 frutos) verificou-se uma<br />

redução de calibre, teor de sólidos solúveis, portanto qualidade.<br />

Quando o rácio era de 5:1 a fruta amadureceu mais cedo (3 dias), mais pesada (até 22% no caso da<br />

variedade Bluecrop), redução muito significativa da acidez titulável (0,58 contra 1,29 na mesma<br />

variedade).<br />

Obter um equilíbrio ideal entre superfície fotossintética (folhas) e frutos nem sempre se consegue,<br />

de forma eficiente, pelas <strong>poda</strong>s (seja em seco, seja em verde), e forma de mais rapidamente se<br />

atingir o rácio ideal é feita pela monda de frutos (de preferência este sobre a monda de flores), algo<br />

que se pode fazer manualmente.


Antes de <strong>poda</strong>r<br />

Antes de se desenhar a arquitetura das plantas há que conhecer o modo de crescimento das<br />

plantas de <strong>mirtilo</strong>.<br />

Este arbusto não tem um verdadeiro tronco, assemelha-se, em certa medida, ao das avelaneiras,<br />

em que a partir de uma “coroa” ao nível do solo partem várias VARAS, de diversas idades, que se<br />

vão renovando naturalmente ao longo das décadas, cada uma delas representando como que um<br />

pequeno tronco dotado de certa autonomia.<br />

Se deixado crescer sem qualquer controlo ficará excessivamente ramificado, com alta densidade de<br />

troncos e ramos, que além de competirem entre si por nutrientes e luz, dificultam o arejamento e a<br />

própria colheita.<br />

Nestas plantas as ramificações novas (do ano), quando é Inverno, e portanto a planta não tem<br />

folhas, reconhecem-se facilmente pela sua cor avermelhada (algumas variedades mantêm o tom<br />

esverdeado), que as distingue dos ramos mais velhos que tem uma coloração cinzento/prateada ou<br />

castanho claro.


Aspeto muito importante a considerar na <strong>poda</strong> do <strong>mirtilo</strong> é o facto de a frutificação se dar nos<br />

raminhos que tiveram crescimento no ano anterior, assim, é destes ramos avermelhados que<br />

nós encontramos no Inverno que irão sair as flores e os frutos na Primavera seguinte.<br />

Tal como na maioria das fruteiras é possível, no Inverno, distinguir, nos ramos, os gomos ou<br />

gemas florais e vegetativos, ou seja, aqueles que vão dar origem a flores ou apenas a folhas.<br />

A distinção é feita pela sua forma, de modo que os gomos arredondados produzirão flores na<br />

Primavera seguinte, enquanto os gomos pontiagudos apenas folhas ou outros ramos.<br />

No Mirtilo os gomos florais estão na ponta dos ramos e varas. Portanto, nunca se cortam as<br />

pontas.<br />

Gomo de folhas<br />

(pontiagudo)<br />

Botão floral


Monda de flores/frutos<br />

Jovem plantação<br />

Nos primeiros dois anos de vida da plantação (ou seja até ao 4º ano de vida da planta), devem ser<br />

eliminadas todas as frutas que vinguem nas jovens plantas, algo que deve ser feito o mais<br />

precocemente possível, de preferência eliminando as flores.<br />

A planta está ainda a estabelecer-se, tendo poucas reservas, o que que faz com que as folhas<br />

sejam incapazes de sustentar as necessidades que apresenta frutos, o que acaba comprometendo<br />

o crescimento vegetativo .<br />

Importa que a planta expanda o máximo possível as suas raízes e cresça (expandido o máximo<br />

possível os seus ramos), pois o fator determinante da produção é o número de ramos por arbusto<br />

e o número de frutos por ramo.<br />

Experiências indicam que não eliminar as flores implicou uma redução de 44, 24 e 19% nas<br />

colheitas do 3º ano nas variedades Elliot (tardia), Duke e Bluecrop, respetivamente. A médio prazo<br />

a redução de produção não é compensada pelos quilos de fruta que foram colhidos nos primeiros<br />

2 anos.


Poda de formação<br />

•Segundo alguns, logo após a plantação, deve ser removida a vara principal que as plantas apresentam nos vasos,<br />

promovendo, assim, o crescimento de novas varas a partir da base e que serão a estrutura base do início da<br />

plantação.<br />

•A maioria da bibliografia indica que não é necessária qualquer <strong>poda</strong> nos dois primeiros anos, além da “<strong>poda</strong> em<br />

verde” que consiste a remoção das flores e frutos.<br />

•Embora não se possa falar, nesta planta, de uma arquitetura em “vaso”, por não existir um tronco único, na<br />

verdade é essencial que se garanta um arejamento e abertura do centro da planta, pelo que se deve, a todo o<br />

custo, precaver que as primeiras varas originadas nas jovens plantas (e que, idealmente, vão permanecer produtivas<br />

por até 6 anos), assumam uma forma em taça.<br />

•Deste modo, varas vigorosas que intercetem de um lado ao outro, o centro do arbusto devem ser amarradas de<br />

algum modo para contrariar esse comportamento ou simplesmente eliminadas próximo do solo.<br />

•Nesta fase deve eliminar-se os ramos que crescem prostrados (junto ao solo) bem como de ramos e varas<br />

(consideram-se varas os ramos que têm origem no solo) que rocem entre si.<br />

•Eliminar ramos danificados de algum modo ou mortos.<br />

•A maioria das variedades comerciais de <strong>mirtilo</strong> (exceção feita para as espécies tipo Rabbiteye) não cresce mais do<br />

que 2 metros, de modo que é rara a necessidade de realizar atarraques.<br />

•Quanto maior for o crescimento vegetativo nos primeiros 2 ou 3 anos de plantação mais forte e intenso será o<br />

arranque produtivo da plantação, de modo que idealmente se procura que se gerem, pelo menos, 2 novas varas por<br />

ano.


Poda de plantas adultas<br />

De acordo com a maioria dos especialistas uma planta adulta e produtiva deve ter entre 15 a 20<br />

varas em simultâneo de várias idades.<br />

Tal número depende, do local, da variedade, também do compasso entre plantas (com compassos de<br />

0,75m x 2m é natural que se tenha que reduzir o número de varas por pé) e da sensibilidade do<br />

produtor e <strong>poda</strong>dor.<br />

As varas mais produtivas são as que têm entre 4 e 6 anos. Estas varas normalmente têm entre 2,5<br />

e 3,5 cm, medidos na sua base.<br />

Para se manter o equilíbrio de produção é ideal que todos os anos se deixem 2 ou 3 varas novas,<br />

com bom vigor, sanidade e posição, que vão substituir 2 a 3 varas das mais velhas, ou seja, com<br />

mais de 6-8 anos, que se eliminarão.<br />

A proporção ideal numa planta adulta, produtiva e bem mantida, será de cerca de 15- 20% de varas<br />

com menos de 2,5 cm, 50-70% varas de idade média, as mais produtivas, (2,5 a 3,5 cm) e até 20% de<br />

varas com maior diâmetro.


Com a <strong>poda</strong> pretende-se arejar o interior da copa do arbusto (tornando-o menos denso),<br />

proporcionar uma boa inserção de ramos, que facilite a apanha e eliminação de ramos e varas que<br />

estejam fracas e subprodutivos.<br />

Assim, a <strong>poda</strong> dos ramos deve ser feita em:<br />

1 – Ramos baixos, próximos do solo;<br />

2 – Ramos fracos, curtos, com pequenos entrenós;<br />

3 – Ramos danificados ou doentes;<br />

4 – Ramos que toquem outros ramos;<br />

5 – Ramos ensombrados;<br />

6 - Ramos não devidamente atempados (crescimentos do Verão).<br />

Todos os cortes devem ser feitos junto à vara, não esquecendo que as gomas florais se concentram<br />

na parte terminal do ramo.<br />

De notar que a <strong>poda</strong> ao nível dos ramos, embora mais trabalhosa, é a que tem maior impacto sobre o<br />

peso da fruta, isto porque, como se já viu, o balanço folha/fruta é avaliado em cada vara, e não no<br />

contexto global do arbusto, deste modo, a remoção de pequenos ramos, principalmente da base das<br />

varas e dos ramos principais vai fazer concentrar a energia nos ramos mais vigorosos e nos gomos<br />

da ponta dos ramos, que são, como se disse, os mais produtivos e férteis.


A A <strong>poda</strong> <strong>poda</strong> das das varas varas varas respeitas respeitas os os seguintes seguintes crit critérios crit rios rios: rios<br />

1 – Eliminar varas do ano mal inseridas (muito no centro do arbusto, tortas, encostadas a outras);<br />

2 – Manter entre 2 a 3 varas novas por ano;<br />

3 – Eliminar proporção semelhante de varas mais velhas, com diâmetros acima de 3,5 cm ou mais de 6<br />

a 8 anos, e todas as que mostrem suportar ramos débeis ou apenas com gomos vegetativos.<br />

O corte é feito próximo do solo, mas não abaixo deste.<br />

De notar que as cultivares das espécies do grupo rabbiteye e lowbush, por terem vigores e<br />

desenvolvimentos muito distintos também devem receber uma atenção diferenciada, pois o grande<br />

vigor das primeiras pode exigir <strong>poda</strong>s de atarraque das varas, para que não atinjam um porte<br />

excessivo, atarraques que se fazem amputando o ramo ou a vara a seguir a um gomo cujo<br />

abrolhamento vamos estimular.<br />

Num interessante estudo plurianual foi concluído que, no caso das variedades bluecrop e berkeley, a<br />

produção foi mais alta quando as plantas não eram <strong>poda</strong>das (durante 5 anos), no entanto o calibre da<br />

fruta era 27% maior no caso das plantas <strong>poda</strong>das de forma convencional. Outro dado de extrema<br />

relevância, que se soma à média de 5 dias de antecipação da da data data de de matura maturação matura ão é a velocidade de<br />

colheita, que duplicava no caso das plantas <strong>poda</strong>das, em virtude da maior concentração da fruta,<br />

melhor acesso, e maior peso individual dos frutos.


Poda de Verão<br />

A <strong>poda</strong> de Verão pode ser tão subtil como a simples passagem pelo pomar com eliminação de ramos<br />

ladrões, crescimentos anómalos e mal inseridos, ou tão severa como a passagem de uma máquina “cortasebes”<br />

em todo o pomar.<br />

Em alguns pomares onde estão instaladas variedades Sul (Southern), os produtores, depois da colheita<br />

procedem a uma <strong>poda</strong> com corta-sebes. Esta prática tem como objetivo reduzir o tamanho do arbusto,<br />

diminuir o consumo de água (ao reduzir a superfície foliar) e controlar o vigor. Neste caso a sebe é<br />

formada a cerca de 1m a 1,3m, quer com o topo plano quer com uma inclinação.<br />

Um outro tipo de <strong>poda</strong> de Verão, feita em qualquer variedade, consiste no atarraque em cerca de 20 a 30<br />

cm de ramos principais, com o objetivo de que se estimule a rebentação de gomos laterais e assim ter-se<br />

uma maior quantidade de ramos produtivos na Primavera seguinte. Esta <strong>poda</strong> de Verão deve ser feita logo<br />

a seguir à colheita, para permitir o atempamento das varas antes do Inverno. Porém, esta prática não deve<br />

ser feita sem que o produtor realize ensaios durante anos consecutivos, pois os resultados podem até ser<br />

contrários ao desejado, dependendo da variedade e do local.<br />

Por outro lado uma primeira escolha das varas de renovação pode ser feita no Verão, mantendo as<br />

principais candidatas para seleção na <strong>poda</strong> de Inverno, procedendo, assim, a uma economia de energia da<br />

planta.


Poda de renovação<br />

Apesar de se indicar, que a esperança de vida económica é de aproximadamente 20 a 25 anos, na<br />

verdade uma correta <strong>condução</strong> da <strong>poda</strong>, e a excussão de algumas <strong>poda</strong>s de renovação, a<br />

plantação pode perpetuar-se por muitas mais décadas, sempre em excelentes condições de<br />

produção.<br />

As <strong>poda</strong>s de renovação fazem-se em pomares que não foram corretamente <strong>poda</strong>dos ou em que<br />

se verificou um abrandamento da renovação anual de varas e do seu vigor.<br />

Nestes casos pode-se fazer um corte severo, com redução do número de todas as varas com<br />

mais de 2 ou 3 anos, procurando-se estimular, assim, a rebentação.<br />

Inclusivamente alguns autores referem que uma <strong>poda</strong> total, ou seja, a remoção de toda a parte<br />

aérea e sacrifício de um ano de produção, pode compensar quer pela rápida resposta, e por uma<br />

superprodução no segundo ano (Retamales and Hancock 2012).


Poda para mecanização<br />

Quando se conduz um pomar para nele trabalharem máquinas e equipamentos de<br />

colheita, deve-se, em primeiro lugar, escolher variedades que tenham, por natureza,<br />

qualidades para este tipo de colheita.<br />

Por outro lado, para que as perdas sejam minimizadas, deve-se procurar que a coroa<br />

de produção seja mais estreita, ou seja, a ideia da <strong>condução</strong> em que se procura formar<br />

uma taça é abandonada neste tipo de produção, procurando que os arbustos tenham<br />

menos varas e estas mais concentradas no centro.<br />

Estes arbustos, normalmente, são conduzidos de forma a terem uma forma piramidal ou<br />

cilíndrica, procurando que o máximo de frutos se forme no mesmo plano.


1<br />

2<br />

Podado como uma macieira :<br />

1 – Varas amputadas, eliminados os gomos da ponta. Só um ramo do ano anterior foi<br />

deixado, sem ser eliminados todos os gomos florais.<br />

2 – Varas bifurcadas da base - muita vegetação e pouca fruta (Sever do Vouga)


Estimativa de Custos de uma plantação base de Mirtilo<br />

(1 hectare e 4.000 plantas de densidade).<br />

Quantidade (unidades; kg; m2) Prc unitário (€)<br />

Análises elementares. 2 24<br />

Adubo orgânico 1300 3510<br />

Adubo fundo 40 816<br />

Aplicação de<br />

fertilizantes 1 200<br />

Preparação do solo 2 400<br />

Rasgos 1 250<br />

Mão de obra 1 600<br />

Plantas <strong>mirtilo</strong> 1m x 2,5 4000 11200<br />

Rega (inclui Bombas) 1 6.000<br />

Telas 6000 2100<br />

Cinturões, baldes de<br />

apanha, tesouras 30 420<br />

Custo Custo Total Total<br />

25.520 25.520 €<br />

Não inclui, furo de água, depósito, rede anti pássaro, vedações, construções, baixada elétrica, estufa nem desmatamento.


Cenário 1<br />

Produção média no pico de 10.000 kg/ha<br />

Preços por kg: 3,5€<br />

Sem considerar ajudas PRODER<br />

Cenário de elevado<br />

interesse quer para<br />

agricultura empresarial<br />

(investimento) quer<br />

para agricultura<br />

familiar.<br />

Oportunidades:<br />

1 - Aumentar produção<br />

2 – Melhores preços/época<br />

1º anos balanço (-) explicado pela amortização do investimento inicial<br />

(não é perceptível em caso de apoio PRODER)<br />

2º A mão de obra do empresário agrícola (auto-salário) imputado como<br />

custo “mão de obra”.


Cenário 2<br />

Produção média no pico de 5.000 kg/ha<br />

Preços por kg: 3,5€<br />

Sem considerar ajudas PRODER<br />

Cenário em que a cultura é<br />

feita no “vermelho”,<br />

Apenas de interesse para<br />

Agricultura Familiar.<br />

Há que aumentar<br />

produtividade<br />

1º anos balanço explicado pela amortização do investimento inicial<br />

2º A mão de obra do empresário agrícola (auto-salário) imputado<br />

como custo “mão de obra”.


2.436<br />

2.496<br />

4.815<br />

4.889<br />

4.963<br />

7.337<br />

7.425<br />

7.513<br />

9.941<br />

10.042<br />

9.911<br />

12.611<br />

12.727<br />

12.843<br />

10.414<br />

5.614<br />

4.224<br />

-2.267<br />

-8.431<br />

-6.497<br />

RESULTADO<br />

LÍQUIDO DO<br />

PERÍODO<br />

812<br />

832<br />

1.605<br />

1.630<br />

1.654<br />

2.446<br />

2.475<br />

2.504<br />

3.314<br />

3.347<br />

3.304<br />

4.204<br />

4.242<br />

4.281<br />

3.471<br />

1.871<br />

0<br />

0<br />

0<br />

0<br />

Imposto sobre o<br />

rendimento do<br />

período<br />

3.247<br />

3.328<br />

6.420<br />

6.519<br />

6.618<br />

9.782<br />

9.900<br />

10.017<br />

13.254<br />

13.390<br />

13.215<br />

16.814<br />

16.969<br />

17.124<br />

13.885<br />

7.486<br />

4.224<br />

-2.267<br />

-8.431<br />

-6.497<br />

RESULTADO<br />

ANTES DE<br />

IMPOSTOS<br />

5.888<br />

5.888<br />

5.888<br />

5.888<br />

5.888<br />

5.888<br />

5.888<br />

5.888<br />

5.888<br />

5.888<br />

6.198<br />

6.198<br />

6.198<br />

6.198<br />

6.198<br />

6.198<br />

6.198<br />

6.198<br />

6.198<br />

6.198<br />

Depreciação e<br />

amortização<br />

9.135<br />

9.216<br />

12.307<br />

12.406<br />

12.505<br />

15.670<br />

15.787<br />

15.904<br />

19.142<br />

19.277<br />

19.412<br />

23.012<br />

23.167<br />

23.322<br />

20.082<br />

13.683<br />

10.421<br />

3.930<br />

2.234<br />

299<br />

Resultado<br />

Operacional<br />

9.435<br />

9.354<br />

11.396<br />

11.297<br />

11.198<br />

13.167<br />

13.050<br />

12.932<br />

14.828<br />

14.693<br />

14.558<br />

16.558<br />

16.403<br />

16.248<br />

13.888<br />

10.020<br />

8.149<br />

4.373<br />

504<br />

299<br />

Gastos com o<br />

pessoal<br />

2.430<br />

2.430<br />

2.430<br />

2.430<br />

2.430<br />

2.430<br />

2.430<br />

2.430<br />

2.430<br />

2.430<br />

2.430<br />

2.430<br />

2.430<br />

2.430<br />

2.430<br />

2.430<br />

2.430<br />

2.430<br />

1.730<br />

0<br />

Gastos de<br />

Manutenção<br />

21.000<br />

21.000<br />

26.133<br />

26.133<br />

26.133<br />

31.267<br />

31.267<br />

31.267<br />

36.400<br />

36.400<br />

36.400<br />

42.000<br />

42.000<br />

42.000<br />

36.400<br />

26.133<br />

21.000<br />

10.733<br />

0<br />

0<br />

Vendas<br />

2031<br />

2030<br />

2029<br />

2028<br />

2027<br />

2026<br />

2025<br />

2024<br />

2023<br />

2022<br />

2021<br />

2020<br />

2019<br />

2018<br />

2017<br />

2016<br />

2015<br />

2014<br />

2013<br />

2012<br />

Demonstração de Resultados Previsional<br />

Pressuposto 10.000 kg/ha/ano<br />

Preço venda fresco, médio, 3,5€/kg


Metas e Exemplos<br />

• Há quem produza 30 toneladas por hectare ano;<br />

• Algumas grandes explorações chegam a passar a média dos 15 ton/há;<br />

• As médias a nível nacional estão inferiores a 6 ton/ha.<br />

Há que que que fazer fazer bem.<br />

bem.<br />

Com Com Com estudo, estudo, bom bom senso, senso, e e inter inter-ajuda.<br />

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Projectos PRODER – INSTALAÇÃO JOVENS AGRCIULTORES<br />

1 – Elaboração de projectos de Investimento – Candidatura PRODER<br />

500€ + 200€/dia dedicado ao projecto. Aprox até 1.500€/projecto (<strong>mirtilo</strong>).<br />

2- Contabilidade (organizada) incluída nos honorários do projecto, de acordo negociação.<br />

3- Assistência em Engenharia Agronómica, em regime de avença, desde 50€/consulta na<br />

exploração.


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Lurdes Gonçalves

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