Dezembro de 2012 - Jornal Espírita de Uberaba
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contudo,em que Jesus, o guia e mo<strong>de</strong>lo da Humanida<strong>de</strong> terrestre, será reverenciado em<br />
espírito e verda<strong>de</strong>; Ele <strong>de</strong>ixará <strong>de</strong> ser visto como uma personalida<strong>de</strong> mítica, distante do<br />
homem comum; ou mero símbolo religioso que mais se assemelha a uma peça <strong>de</strong><br />
museu, esquecida em um canto qualquer, empoeirada pelo tempo. Não po<strong>de</strong>mos,<br />
contudo, per<strong>de</strong>r a esperança. Tudo tem seu tempo para acontecer.<br />
No momento preciso, quando se operar a <strong>de</strong>vida renovação espiritual da<br />
Humanida<strong>de</strong>, indivíduos e coletivida<strong>de</strong>s compreen<strong>de</strong>rão que [...] Jesus representa o tipo<br />
da perfeição moral a que a Humanida<strong>de</strong> po<strong>de</strong> aspirar na Terra. Deus no-lo oferece como<br />
o mais perfeito mo<strong>de</strong>lo, e a doutrina que ensinou é a mais pura expressão <strong>de</strong> sua lei<br />
[...].<br />
Distanciado dos simbolismos e dos rituais religiosos, o espírita consciente procura<br />
festejar o Natal todos os dias, expressando-se com fraternida<strong>de</strong> e amor ao próximo.<br />
Admite, igualmente, que [...] a Doutrina <strong>Espírita</strong> nos reconduz ao Evangelho em sua<br />
primitiva simplicida<strong>de</strong>, porquanto somente assim compreen<strong>de</strong>remos, ante a imensa<br />
evolução científica do homem terrestre, que o Cristo é o sol moral do mundo, a brilhar<br />
hoje, como brilhava ontem, para brilhar mais intensamente amanhã. Perante as<br />
alegrias das comemorações do Natal, <strong>de</strong>stacamos três lições ensinadas pelos<br />
orientadores espirituais, entre tantas outras. Primeira, o significado da Manjedoura,<br />
como assinala Emmanuel: As comemorações do Natal conduzem-nos o entendimento à<br />
eterna lição <strong>de</strong> humilda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Jesus, no momento preciso em que a sua mensagem <strong>de</strong><br />
amor felicitou o coração das criaturas, fazendo-nos sentir, ainda, o sabor <strong>de</strong> atualida<strong>de</strong><br />
dos seus divinos ensinamentos.<br />
A Manjedoura foi o Caminho. A exemplificação era a Verda<strong>de</strong>. O Calvário<br />
constituía a Vida. Sem o Caminho, o homem terrestre não atingirá os tesouros da<br />
Verda<strong>de</strong> e da Vida. Segunda, a inadiável (e<br />
urgente) necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> nos aproximarmos<br />
mais do Cristo, <strong>de</strong> forma que o seu Evangelho<br />
se reflita, efetivamente, em nossos<br />
pensamentos, palavras e atos. Para a nossa paz<br />
<strong>de</strong> espírito não é mais conveniente sermos<br />
cristãos ou espíritas “faz <strong>de</strong> conta”.[...]<br />
Comentando o Natal, assevera Lucas que<br />
o Cristo é a Luz para alumiar as nações. Não<br />
chegou impondo normas ou pensamento<br />
religioso. Não interpelou governantes e<br />
governados sobre processos políticos. Não<br />
disputou com os filósofos quanto às origens dos<br />
homens. Não concorreu com os cientistas na<br />
<strong>de</strong>monstração <strong>de</strong> aspectos parciais e<br />
transitórios da vida. Fez luz no Espírito eterno.<br />
Embora tivesse o ministério en<strong>de</strong>reçado<br />
aos povos do mundo, não marcou a sua<br />
presença com expressões coletivas <strong>de</strong> po<strong>de</strong>r, quais exército e sacerdócio, armamentos e<br />
tribunais. Trouxe clarida<strong>de</strong> para todos, projetando-a <strong>de</strong> si mesmo. Revelou a gran<strong>de</strong>za<br />
do serviço à coletivida<strong>de</strong>, por intermédio da consagração pessoal ao Bem Infinito. Nas<br />
reminiscências do Natal do Senhor, meu amigo, medita no próprio roteiro.<br />
Tens suficiente luz para a marcha? Que espécie <strong>de</strong> clarida<strong>de</strong> acen<strong>de</strong>s no caminho?<br />
Foge ao brilho fatal dos curtos-circuitos da cólera, não te contentes com a lanterninha<br />
da vaida<strong>de</strong> que imita o pirilampo em voo baixo, <strong>de</strong>ntro da noite, apaga a labareda do<br />
ciúme e da discórdia que atira corações aos precipícios do crime e do sofrimento. Se<br />
procuras o Mestre divino e a experiência cristã, lembra-te <strong>de</strong> que na Terra há clarões<br />
que ameaçam, perturbam, confun<strong>de</strong>m e anunciam arrasamento...<br />
<strong>Jornal</strong> <strong>Espírita</strong> <strong>de</strong> <strong>Uberaba</strong> – Ano 6 – Nº 75 – <strong>Dezembro</strong>/<strong>2012</strong> 11