elege diretoria - Simesp
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RAIO X indústria farmacêutica<br />
Cremesp<br />
divulga<br />
pesquisa<br />
Relação médico-indústria<br />
farmacêutica é revelada em<br />
estudo. Para <strong>Simesp</strong>, envolvimento<br />
pernicioso deve ser combatido<br />
Segundo inédita pesquisa do Cremesp, com<br />
grande repercussão a partir de matérias publicadas<br />
pela Folha de S. Paulo, a relação médico-indústria<br />
farmacêutica merecerá estudos<br />
mais aprofundados, especialmente a partir da<br />
entrada em vigor, a partir de abril, do novo<br />
Código de Ética Médica.<br />
Um dos dados da pesquisa do Cremesp, por<br />
exemplo, revela que quase metade (48%) dos<br />
médicos paulistas que recebem visitas de propagandistas<br />
de laboratórios prescreve os medicamentos<br />
sugeridos pelos fabricantes. Na<br />
área de equipamentos médico-hospitalares,<br />
lembra a Folha, “a eficácia da visita é ainda<br />
maior”: 71% dos profissionais da saúde acatam<br />
a recomendação da indústria. O Cremesp<br />
avaliou o comportamento médico perante as<br />
indústrias de remédios, órteses, próteses e<br />
equipamentos médico-hospitalares.<br />
Feito pelo Datafolha, o levantamento envolveu<br />
600 médicos, de várias especialidades,<br />
que representam o universo de 100 mil<br />
profissionais que atuam no Estado.<br />
Do total, 80% deles recebem visitas dos<br />
propagandistas de medicamentos - em média,<br />
são oito visitas por mês.<br />
A pesquisa revela que 93% dos médicos<br />
afirmam ter recebido, nos últimos 12 meses,<br />
produtos, benefícios ou pagamento da indústria<br />
em valores até R$ 500.<br />
Outros 37% declaram que ganharam presentes<br />
de maior valor, desde cursos a viagens<br />
para congressos internacionais.<br />
Para o Cremesp, um terço dos médicos<br />
mantém “relação contaminada com a indústria<br />
farmacêutica e de equipamentos, que<br />
ultrapassa os limites éticos”.<br />
De acordo com o <strong>Simesp</strong>, a situação tem que<br />
ser avaliada com muito cuidado, e todo envolvimento<br />
pernicioso deve ser enfrentado. “Combatemos,<br />
por exemplo, o recebimento de benefícios<br />
em troca de prescrição de medicamentos. Isso<br />
fere o código de ética, é crime, e deve ser avaliado<br />
pelos órgãos competentes e na esfera penal”,<br />
avalia Cid Carvalhaes, presidente do Sindicato.<br />
Segundo ele é possível manter relacionamento<br />
sadio com a indústria farmacêutica, respeitado o<br />
Código de Ética, como nos congressos médicos,<br />
nos quais as empresas podem expor seus produtos<br />
sem transgressões aos princípios éticos.<br />
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