17.04.2013 Views

(valores expressos em milhares de reais - R$) - maesa

(valores expressos em milhares de reais - R$) - maesa

(valores expressos em milhares de reais - R$) - maesa

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

Machadinho Energética S.A.<br />

D<strong>em</strong>onstrações financeiras<br />

<strong>em</strong> 31 <strong>de</strong> <strong>de</strong>z<strong>em</strong>bro <strong>de</strong> 2010 e 2009


Machadinho Energética S.A.<br />

D<strong>em</strong>onstrações financeiras<br />

<strong>em</strong> 31 <strong>de</strong> <strong>de</strong>z<strong>em</strong>bro <strong>de</strong> 2010 e 2009<br />

Conteúdo<br />

Relatório dos auditores in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes sobre as<br />

d<strong>em</strong>onstrações financeiras 3 - 4<br />

Balanços patrimoniais 5<br />

D<strong>em</strong>onstrações <strong>de</strong> resultados 6<br />

D<strong>em</strong>onstrações das mutações do patrimônio líquido 7<br />

D<strong>em</strong>onstrações dos fluxos <strong>de</strong> caixa – Método direto 8 - 9<br />

D<strong>em</strong>onstrações do valor adicionado 10<br />

Notas explicativas às d<strong>em</strong>onstrações financeiras 11 - 43<br />

2


ABCD<br />

RELATÓRIO DOS AUDITORES INDEPENDENTES SOBRE AS<br />

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS<br />

Aos<br />

Acionistas e Administradores da<br />

Machadinho Energética S.A<br />

Florianópolis - SC<br />

KPMG Auditores In<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes<br />

Rua São Paulo, 31 – 1º andar – Sala 11<br />

89202-200 - Joinville, SC - Brasil<br />

Caixa Postal 2077<br />

89201-970 – Joinville, SC - Brasil<br />

Examinamos as d<strong>em</strong>onstrações financeiras da Machadinho Energética S.A.<br />

(“Companhia”), que compreend<strong>em</strong> o balanço patrimonial <strong>em</strong> 31 <strong>de</strong> <strong>de</strong>z<strong>em</strong>bro <strong>de</strong> 2010 e<br />

as respectivas d<strong>em</strong>onstrações do resultado, das mutações do patrimônio líquido e dos<br />

fluxos <strong>de</strong> caixa para o exercício findo naquela data, assim como o resumo das principais<br />

práticas contábeis e d<strong>em</strong>ais notas explicativas.<br />

Responsabilida<strong>de</strong> da administração sobre as d<strong>em</strong>onstrações financeiras<br />

A administração da Companhia é responsável pela elaboração e a<strong>de</strong>quada apresentação<br />

<strong>de</strong>ssas d<strong>em</strong>onstrações financeiras <strong>de</strong> acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil<br />

e normas internacionais <strong>de</strong> relatório financeiro (IFRS), assim como pelos controles<br />

internos que ela <strong>de</strong>terminou como necessários para permitir a elaboração <strong>de</strong><br />

d<strong>em</strong>onstrações financeiras livres <strong>de</strong> distorção relevante, in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nt<strong>em</strong>ente se causada<br />

por frau<strong>de</strong> ou erro.<br />

Responsabilida<strong>de</strong> dos auditores in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes<br />

Nossa responsabilida<strong>de</strong> é a <strong>de</strong> expressar uma opinião sobre essas d<strong>em</strong>onstrações<br />

financeiras com base <strong>em</strong> nossa auditoria, conduzida <strong>de</strong> acordo com as normas brasileiras<br />

e internacionais <strong>de</strong> auditoria. Essas normas requer<strong>em</strong> o cumprimento <strong>de</strong> exigências éticas<br />

pelos auditores e que a auditoria seja planejada e executada com o objetivo <strong>de</strong> obter<br />

segurança razoável <strong>de</strong> que as d<strong>em</strong>onstrações financeiras estão livres <strong>de</strong> distorção<br />

relevante.<br />

Uma auditoria envolve a execução <strong>de</strong> procedimentos selecionados para obtenção <strong>de</strong><br />

evidência a respeito dos <strong>valores</strong> e divulgações apresentados nas d<strong>em</strong>onstrações<br />

financeiras. Os procedimentos selecionados <strong>de</strong>pend<strong>em</strong> do julgamento do auditor,<br />

incluindo a avaliação dos riscos <strong>de</strong> distorção relevante nas d<strong>em</strong>onstrações financeiras,<br />

in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nt<strong>em</strong>ente se causada por frau<strong>de</strong> ou erro. Nessa avaliação <strong>de</strong> riscos, o auditor<br />

consi<strong>de</strong>ra os controles internos relevantes para a elaboração e a<strong>de</strong>quada apresentação das<br />

d<strong>em</strong>onstrações financeiras da Companhia para planejar os procedimentos <strong>de</strong> auditoria<br />

que são apropriados nas circunstâncias, mas não para fins <strong>de</strong> expressar uma opinião sobre<br />

a eficácia <strong>de</strong>sses controles internos da Companhia. Uma auditoria inclui, também, a<br />

avaliação da a<strong>de</strong>quação das práticas contábeis utilizadas e a razoabilida<strong>de</strong> das estimativas<br />

contábeis feitas pela administração, b<strong>em</strong> como a avaliação da apresentação das<br />

d<strong>em</strong>onstrações financeiras tomadas <strong>em</strong> conjunto.<br />

3<br />

KPMG Auditores In<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes, uma socieda<strong>de</strong> simples brasileira<br />

e firma-m<strong>em</strong>bro da re<strong>de</strong> KPMG <strong>de</strong> firmas-m<strong>em</strong>bro in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes e<br />

afiliadas à KPMG International, uma cooperativa suíça.<br />

Central Tel 55 (47) 3205 7800<br />

Fax 55 (47) 3205 7815<br />

Internet www.kpmg.com.br<br />

KPMG Auditores In<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes is a Brazilian entity and a m<strong>em</strong>ber firm<br />

of the KPMG network of in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nt m<strong>em</strong>ber firms affiliated with<br />

KPMG International, a Swiss cooperative.


ABCD<br />

Acreditamos que a evidência <strong>de</strong> auditoria obtida é suficiente e apropriada para<br />

fundamentar nossa opinião.<br />

Opinião<br />

Em nossa opinião, as d<strong>em</strong>onstrações financeiras anteriormente referidas apresentam<br />

a<strong>de</strong>quadamente, <strong>em</strong> todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira da<br />

Machadinho Energética S.A. <strong>em</strong> 31 <strong>de</strong> <strong>de</strong>z<strong>em</strong>bro <strong>de</strong> 2010, o <strong>de</strong>s<strong>em</strong>penho <strong>de</strong> suas<br />

operações e os seus fluxos <strong>de</strong> caixa para o exercício findo naquela data, <strong>de</strong> acordo com as<br />

práticas contábeis adotadas no Brasil e normas internacionais <strong>de</strong> relatório financeiro<br />

(IFRS).<br />

D<strong>em</strong>onstrações do valor adicionado<br />

Examinamos, também, as d<strong>em</strong>onstrações do valor adicionado (DVA), referentes ao<br />

exercício findo <strong>em</strong> 31 <strong>de</strong> <strong>de</strong>z<strong>em</strong>bro <strong>de</strong> 2010, cuja apresentação é requerida pela<br />

legislação societária brasileira para companhias abertas, e como informação supl<strong>em</strong>entar<br />

pelas IFRS que não requer<strong>em</strong> a apresentação da DVA. Essas d<strong>em</strong>onstrações foram<br />

submetidas aos mesmos procedimentos <strong>de</strong> auditoria <strong>de</strong>scritos anteriormente e, <strong>em</strong> nossa<br />

opinião, estão a<strong>de</strong>quadamente apresentadas, <strong>em</strong> todos os seus aspectos relevantes, <strong>em</strong><br />

relação às d<strong>em</strong>onstrações financeiras tomadas <strong>em</strong> conjunto.<br />

Outros assuntos<br />

Como parte <strong>de</strong> nossos exames das d<strong>em</strong>onstrações contábeis <strong>de</strong> 2010, examinamos<br />

também os ajustes <strong>de</strong>scritos na nota explicativa 20 que foram efetuados para alterar as<br />

d<strong>em</strong>onstrações financeiras <strong>de</strong> 2009 e balanço <strong>de</strong> abertura <strong>de</strong> 1 <strong>de</strong> janeiro <strong>de</strong> 2009. Em<br />

nossa opinião, tais ajustes são apropriados e foram corretamente efetuados. Não fomos<br />

contratados para auditar, revisar ou aplicar quaisquer outros procedimentos sobre as<br />

d<strong>em</strong>onstrações financeiras da Companhia do exercício <strong>de</strong> 2009 e sobre o balanço <strong>de</strong><br />

abertura <strong>de</strong> 1 <strong>de</strong> janeiro <strong>de</strong> 2009 e, portanto, não expressamos opinião ou qualquer forma<br />

<strong>de</strong> asseguração sobre as d<strong>em</strong>onstrações financeiras <strong>de</strong> 2009 e balanço <strong>de</strong> abertura <strong>de</strong> 1 <strong>de</strong><br />

janeiro <strong>de</strong> 2009 tomados <strong>em</strong> conjunto.<br />

Joinville, 21 <strong>de</strong> janeiro <strong>de</strong> 2011.<br />

KPMG Auditores In<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes<br />

CRC 2SP014428/O-4-F-SC<br />

Marcelo Lima Tonini<br />

Contador CRC 1PR045569/O-4-T-SC<br />

4


Machadinho Energética S/A<br />

Balanços patrimoniais<br />

<strong>em</strong> 31 <strong>de</strong> <strong>de</strong>z<strong>em</strong>bro <strong>de</strong> 2010 e 2009<br />

(Em <strong>milhares</strong> <strong>de</strong> <strong>reais</strong>)<br />

Ativo<br />

Nota 2010 2009 01/01/2009 Passivo Nota 2010 2009 01/01/2009<br />

Circulante Circulante<br />

Caixa e equivalentes <strong>de</strong> caixa<br />

6 3.444 5.466 9.197 Contas a pagar 316 127 206<br />

Contas a receber <strong>de</strong> partes relacionadas<br />

7 - 36.719 76.114 Financiamentos 9 54.882 54.384 57.404<br />

Outros créditos 3 707 3.496 Debêntures 10 31.054 31.161 31.799<br />

Impostos a recolher 2.210 1.539 2.167<br />

Não circulante<br />

3.447 42.892 88.807 Outros passivos 259 264 237<br />

Realizável a longo prazo 88.721 87.475 91.813<br />

Ativo fiscal diferido<br />

781 2.537 -<br />

Não circulante<br />

781 2.537 - Empréstimos e financiamentos 9 165.723 216.570 283.602<br />

Debêntures 10 30.592 61.056 91.520<br />

Parcelamento <strong>de</strong> impostos 11 518 1.450 2.226<br />

Imobilizado 8 645.674 674.574 702.403<br />

196.833 279.076 377.348<br />

646.455 677.711 702.403<br />

Patrimônio líquido<br />

Capital social 13 339.808 339.808 339.808<br />

Reserva <strong>de</strong> lucros - legal 13 (b) 1.486 936 880<br />

Reserva <strong>de</strong> lucros - retenção 13 (c) 23.054 12.708 11.643<br />

Prejuízos acumulados - - (30.282)<br />

364.348 353.452 322.049<br />

Total do ativo 649.902 720.003 791.210 Total do passivo e patrimônio líquido 649.902 720.003 791.210<br />

As notas explicativas são parte integrante das d<strong>em</strong>onstrações financeiras.<br />

5


Machadinho Energética S/A<br />

D<strong>em</strong>onstrações <strong>de</strong> resultados<br />

Exercicios findos <strong>em</strong> 31 <strong>de</strong> <strong>de</strong>z<strong>em</strong>bro <strong>de</strong> 2010 e 2009<br />

(Em <strong>milhares</strong> <strong>de</strong> <strong>reais</strong>, exceto o resultado por ação)<br />

Nota 2010 2009<br />

Receita operacional líquida 14 85.305<br />

Custos dos serviços vendidos (30.067)<br />

Lucro operacional bruto 55.238<br />

(Despesas) receitas operacionais<br />

Gerais e administrativas (4.019)<br />

Honorários da administração (414)<br />

Outras receitas (<strong>de</strong>spesas) operacionais 4<br />

(4.429)<br />

Resultado do serviço 50.809<br />

Resultado financeiro 15<br />

Receitas financeiras 1.041<br />

Despesas financeiras (35.122)<br />

(34.081)<br />

Lucro antes do imposto <strong>de</strong> renda e da contribuição social 16.728<br />

Imposto <strong>de</strong> renda e contribuição social 16 (5.728)<br />

Lucro líquido do exercício 11.000<br />

87.436<br />

(29.853)<br />

57.583<br />

(1.574)<br />

(392)<br />

114<br />

(1.852)<br />

55.731<br />

1.463<br />

(25.287)<br />

(23.824)<br />

Resultado por ação ordinária - básico (<strong>em</strong> <strong>R$</strong>) 17 0,0324 0,0924<br />

As notas explicativas são parte integrante das d<strong>em</strong>onstrações financeiras.<br />

6<br />

31.907<br />

(494)<br />

31.413


Machadinho Energética S/A<br />

Exercicios findos <strong>em</strong> 31 <strong>de</strong> <strong>de</strong>z<strong>em</strong>bro <strong>de</strong> 2010 e 2009<br />

(Em <strong>milhares</strong> <strong>de</strong> <strong>reais</strong>)<br />

Capital social Legal Retenção<br />

Lucros/Prejuízos<br />

acumulados Total<br />

Em 01 <strong>de</strong> janeiro <strong>de</strong> 2009 339.808 880 11.643 (30.282) 322.049<br />

Lucro líquido do exercício - - - 31.413 31.413<br />

Constituição <strong>de</strong> reserva legal - 56 - (56) -<br />

Divi<strong>de</strong>ndos propostos - - - (10) (10)<br />

Constituição <strong>de</strong> reserva para retenção <strong>de</strong> lucros - - 1.065 (1.065) -<br />

Saldo <strong>em</strong> 31 <strong>de</strong> <strong>de</strong>z<strong>em</strong>bro <strong>de</strong> 2009 339.808 936 12.708 - 353.452<br />

Lucro líquido do exercício - - - 11.000 11.000<br />

Constituição <strong>de</strong> reserva legal - 550 - (550) -<br />

Divi<strong>de</strong>ndos propostos - - - (104) (104)<br />

Constituição <strong>de</strong> reserva para retenção <strong>de</strong> lucros - - 10.346 (10.346) -<br />

Em 31 <strong>de</strong> <strong>de</strong>z<strong>em</strong>bro <strong>de</strong> 2010 339.808 1.486 23.054 - 364.348<br />

As notas explicativas são parte integrante das d<strong>em</strong>onstrações financeiras.<br />

7<br />

Reservas <strong>de</strong> lucros


Machadinho Energética S/A<br />

D<strong>em</strong>onstrações dos fluxos <strong>de</strong> caixa - Método direto<br />

Exercicios findos <strong>em</strong> 31 <strong>de</strong> <strong>de</strong>z<strong>em</strong>bro <strong>de</strong> 2010 e 2009<br />

(Em <strong>milhares</strong> <strong>de</strong> <strong>reais</strong>)<br />

Fluxos <strong>de</strong> caixa das ativida<strong>de</strong>s operacionais<br />

Recebimentos <strong>de</strong> clientes 130.719<br />

Outras receitas 358<br />

Receita <strong>de</strong> aplicações financeiras 706<br />

Pagamentos a fornecedores e <strong>em</strong>pregados (4.658)<br />

Caixa líquido proveniente das ativida<strong>de</strong>s operacionais antes dos impostos 127.125<br />

Pagamentos <strong>de</strong> parcelamento <strong>de</strong> imposto <strong>de</strong> renda e contribuição social (1.252)<br />

Imposto <strong>de</strong> renda e contribuição social pagos (3.410)<br />

Impostos inci<strong>de</strong>ntes sobre a receita (7.835)<br />

Caixa líquido proveniente das ativida<strong>de</strong>s operacionais 114.628<br />

Fluxos <strong>de</strong> caixa das ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> investimentos<br />

Compras <strong>de</strong> imobilizado (1.208)<br />

Caixa líquido aplicado nas ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> investimentos (1.208)<br />

Fluxos <strong>de</strong> caixa das ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> financiamento<br />

Pagamentos <strong>de</strong> <strong>em</strong>préstimos e financiamentos (115.442)<br />

Caixa líquido aplicado nas ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> financiamentos (115.442)<br />

Redução <strong>de</strong> caixa e equivalentes <strong>de</strong> caixa (2.022)<br />

D<strong>em</strong>onstração da redução <strong>de</strong> caixa e equivalentes <strong>de</strong> caixa<br />

No início do exercício 5.466<br />

No final do exercício 3.444<br />

As notas explicativas são parte integrante das d<strong>em</strong>onstrações financeiras.<br />

8<br />

2010 2009<br />

(2.022)<br />

135.743<br />

1.143<br />

976<br />

(2.243)<br />

135.619<br />

(1.350)<br />

(758)<br />

(8.806)<br />

124.705<br />

(1.996)<br />

(1.996)<br />

(126.440)<br />

(126.440)<br />

(3.731)<br />

9.197<br />

5.466<br />

(3.731)


Machadinho Energética S.A.<br />

D<strong>em</strong>onstrações dos fluxos <strong>de</strong> caixa - Conciliação<br />

Exercicios findos <strong>em</strong> 31 <strong>de</strong> <strong>de</strong>z<strong>em</strong>bro <strong>de</strong> 2010 e 2009<br />

(Em <strong>milhares</strong> <strong>de</strong> <strong>reais</strong>)<br />

Conciliação entre o lucro líquido e o fluxo <strong>de</strong> caixa<br />

das ativida<strong>de</strong>s operacionais<br />

Fluxos <strong>de</strong> caixa das ativida<strong>de</strong>s operacionais 2010 2009<br />

Lucro líquido do exercício 11.000 31.413<br />

Ajustes por:<br />

Depreciação e amortização 30.067 29.852<br />

Realização dos tributos diferidos 1.756 2.693<br />

Juros <strong>em</strong>préstimos, financiamentos e <strong>de</strong>bêntures 34.563 24.559<br />

77.386 88.517<br />

Variações nos ativos e passivos<br />

Redução <strong>em</strong> contas a receber 36.719 39.395<br />

Redução (aumento) <strong>em</strong> outros ativos 704 (2.440)<br />

Aumento (redução) fornecedores 189 (79)<br />

(Redução) aumento <strong>em</strong> salários e encargos sociais (24)<br />

3<br />

(Redução) <strong>em</strong> impostos, taxas e contribuições a pagar (261) (704)<br />

(Redução) aumento <strong>em</strong> outros passivos (85)<br />

13<br />

37.242 36.188<br />

Caixa líquido proveniente das ativida<strong>de</strong>s operacionais 114.628 124.705<br />

9


Machadinho Energética S/A<br />

D<strong>em</strong>onstração do valor adicionado<br />

Exercícios findos <strong>em</strong> 31 <strong>de</strong> <strong>de</strong>z<strong>em</strong>bro <strong>de</strong> 2010 e 2009<br />

(Em <strong>milhares</strong> <strong>de</strong> <strong>reais</strong>)<br />

Receitas<br />

Receitas <strong>de</strong> arrendamento 94.000<br />

Outras receitas 5<br />

94.005<br />

Insumos adquiridos <strong>de</strong> terceiros<br />

Despesas operacionais (4.489)<br />

Valor adicionado bruto 89.516<br />

Depreciação e amortização (30.067)<br />

Valor adicionado líquido 59.449<br />

Valor adicionado recebido <strong>em</strong> transferência<br />

Receitas financeiras 1.041<br />

Valor adicionado total a distribuir 60.490<br />

Distribuição do valor adicionado<br />

Pessoal (33)<br />

Impostos, taxas e contribuições<br />

Fe<strong>de</strong>rais (14.423)<br />

R<strong>em</strong>uneração <strong>de</strong> capitais <strong>de</strong> terceiros<br />

Juros (35.122)<br />

Aluguéis (16)<br />

R<strong>em</strong>uneração <strong>de</strong> capitais próprios<br />

Divi<strong>de</strong>ndos 104<br />

Lucros retidos (11.000)<br />

10<br />

2010 2009<br />

96.348<br />

380<br />

96.728<br />

(1.698)<br />

95.030<br />

(29.852)<br />

65.178<br />

1.463<br />

66.641<br />

(279)<br />

(9.407)<br />

(25.552)<br />

-<br />

10<br />

(31.413)


Machadinho Energética S.A.<br />

Notas explicativas às d<strong>em</strong>onstrações financeiras<br />

(Em <strong>milhares</strong> <strong>de</strong> <strong>reais</strong>)<br />

1. Contexto operacional<br />

a. A Companhia<br />

A Machadinho Energética S.A. ("Companhia" ou "MAESA") foi constituída <strong>em</strong> 4 <strong>de</strong> março<br />

<strong>de</strong> 1999 e sua se<strong>de</strong> está situada <strong>em</strong> Florianópolis, no Estado <strong>de</strong> Santa Catarina.<br />

A Companhia t<strong>em</strong> como objetivos: (a) construir e manter a proprieda<strong>de</strong> da Usina Hidrelétrica<br />

<strong>de</strong> Machadinho ("UHE Machadinho" ou "Empreendimento"), po<strong>de</strong>ndo inclusive arrendá-la<br />

ou, <strong>de</strong> outra forma, dispor dos seus ativos para fins <strong>de</strong> exploração <strong>de</strong>sta pelos acionistas; (b)<br />

prestar serviços <strong>de</strong> assistência técnica no campo <strong>de</strong> suas ativida<strong>de</strong>s; e (c) participar <strong>em</strong> outras<br />

socieda<strong>de</strong>s ligadas à construção e/ou exploração da UHE Machadinho.<br />

A construção da UHE Machadinho faz parte da estratégia <strong>de</strong> negócios dos acionistas da<br />

Companhia, consi<strong>de</strong>rando que estes são distribuidores <strong>de</strong> energia elétrica ou têm a energia<br />

como um dos insumos essenciais à sua produção.<br />

O Empreendimento t<strong>em</strong> potência instalada <strong>de</strong> 1.140 MW, tendo entrado <strong>em</strong> sua fase<br />

operacional durante o ano 2002.<br />

Os acionistas da Companhia têm o direito <strong>de</strong> receber o fornecimento garantido <strong>de</strong><br />

3.434 GWh por ano, enquanto a Tractebel Energia S.A. ("Tractebel"), também acionista da<br />

Companhia, t<strong>em</strong> direito à energia gerada pelo Empreendimento que exce<strong>de</strong>r o volume <strong>de</strong><br />

energia supracitado.<br />

É importante ressaltar que os acionistas da Companhia, e não a Companhia <strong>em</strong> si, <strong>de</strong>tém os<br />

direitos <strong>de</strong> utilização da energia gerada, cabendo a esta somente arrendar o seu ativo<br />

imobilizado do Empreendimento aos acionistas.<br />

Os recursos necessários para a construção da UHE Machadinho foram obtidos através <strong>de</strong><br />

uma estrutura <strong>de</strong> "Project Finance", envolvendo aporte <strong>de</strong> capital e captação nos mercados<br />

financeiros e <strong>de</strong> capitais. Em 31 <strong>de</strong> <strong>de</strong>z<strong>em</strong>bro <strong>de</strong> 2010, a Companhia apresenta passivo<br />

circulante <strong>em</strong> excesso ao ativo circulante no montante <strong>de</strong> <strong>R$</strong> 85.274 (<strong>R$</strong> 44.583 <strong>em</strong> 31 <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>z<strong>em</strong>bro <strong>de</strong> 2009). Os recursos necessários ao pagamento dos compromissos financeiros e<br />

<strong>de</strong> todas as suas <strong>de</strong>spesas operacionais são obtidos exclusivamente mediante arrendamento<br />

dos ativos da Companhia aos seus acionistas.<br />

11


Machadinho Energética S.A.<br />

Notas explicativas às d<strong>em</strong>onstrações financeiras<br />

(Em <strong>milhares</strong> <strong>de</strong> <strong>reais</strong>)<br />

b. Contrato <strong>de</strong> concessão<br />

O projeto <strong>de</strong> construção da UHE Machadinho <strong>de</strong>riva <strong>de</strong> uma concessão compartilhada pelas<br />

oito <strong>em</strong>presas acionistas da Companhia (consorciadas).<br />

O contrato <strong>de</strong> concessão, firmado com a Agência Nacional <strong>de</strong> Energia Elétrica - ANEEL, foi<br />

assinado <strong>em</strong> 15 <strong>de</strong> julho <strong>de</strong> 1997 e vigorará pelo prazo <strong>de</strong> 35 anos contados a partir <strong>de</strong>ssa<br />

data. As consorciadas po<strong>de</strong>rão requerer a prorrogação do prazo da concessão, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que o<br />

façam, através da lí<strong>de</strong>r do Consórcio Machadinho (Tractebel) até 36 (trinta e seis) meses<br />

antes do término do prazo fixado <strong>de</strong> 35 anos, <strong>de</strong>vendo o Po<strong>de</strong>r Conce<strong>de</strong>nte manifestar-se<br />

sobre o requerido até 18 (<strong>de</strong>zoito) meses antes <strong>de</strong>sse termo final.<br />

Decorrido o prazo <strong>de</strong> vigência da concessão e <strong>de</strong> sua eventual prorrogação, os bens e<br />

instalações vinculados à concessão <strong>de</strong> serviço público reverterão à União, garantida às<br />

respectivas concessionárias consorciadas a in<strong>de</strong>nização <strong>de</strong>vida, na forma da legislação<br />

pertinente.<br />

c. Consórcio Machadinho<br />

Em 15 <strong>de</strong> janeiro <strong>de</strong> 1997, os acionistas fundadores da Companhia e a Tractebel constituíram<br />

o Consórcio Machadinho, com o objetivo <strong>de</strong> explorar o potencial energético da UHE<br />

Machadinho.<br />

As ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> administração, planejamento e engenharia estão a cargo do Consórcio<br />

Machadinho, enquanto a execução e o controle da operação e da manutenção da UHE<br />

Machadinho estão a cargo da Tractebel.<br />

d. Acordo <strong>de</strong> acionistas e contrato <strong>de</strong> arrendamento<br />

No acordo <strong>de</strong> acionistas, datado <strong>de</strong> 4 <strong>de</strong> março <strong>de</strong> 1999, ficou <strong>de</strong>terminado que, após o<br />

cumprimento integral do objeto social da Companhia, com a liquidação <strong>de</strong> todas as<br />

obrigações e financiamentos contraídos para a construção da UHE Machadinho, a<br />

Companhia po<strong>de</strong>rá ser extinta, e os seus ativos transferidos aos acionistas.Os acionistas,<br />

então, como contra parte do contrato <strong>de</strong> concessão transferirão os ativos para o po<strong>de</strong>r<br />

conce<strong>de</strong>nte ao final do contrato <strong>de</strong> concessão.<br />

12


Machadinho Energética S.A.<br />

Notas explicativas às d<strong>em</strong>onstrações financeiras<br />

(Em <strong>milhares</strong> <strong>de</strong> <strong>reais</strong>)<br />

Em conexão com o mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> financiamento dos investimentos na UHE Machadinho, foram<br />

celebrados, <strong>em</strong> 1º <strong>de</strong> fevereiro <strong>de</strong> 2001 (CBA, Alcoa, Valesul, VCB, CEEE-GT, CCC e<br />

DMED) e <strong>em</strong> 06 <strong>de</strong> set<strong>em</strong>bro <strong>de</strong> 2007 (Tractebel), Contratos <strong>de</strong> Arrendamento entre a<br />

Companhia e seus acionistas, <strong>em</strong> que estes se compromet<strong>em</strong> a pagar à Companhia,<br />

proporcionalmente à participação no seu capital, o montante necessário e suficiente para<br />

cobrir toda e qualquer <strong>de</strong>spesa operacional da Companhia, como também <strong>de</strong>spesas <strong>de</strong> juros e<br />

amortização <strong>de</strong> principal <strong>de</strong> operações <strong>de</strong> financiamento que venha a realizar.<br />

Os Contratos <strong>de</strong> Arrendamento supra mencionados vigorarão até a liquidação das obrigações<br />

financeiras da Companhia.<br />

Foi aprovado <strong>em</strong> Reunião do Conselho <strong>de</strong> Administração <strong>de</strong> 24 <strong>de</strong> fevereiro <strong>de</strong> 2010, o<br />

encaminhamento para a Ass<strong>em</strong>bléia Geral Ordinária e Extraordinária (AGO/AGE) que se<br />

realizou <strong>em</strong> 15 <strong>de</strong> abril <strong>de</strong> 2010, e aprovou o valor anual do arrendamento <strong>de</strong> <strong>R$</strong>138.000,<br />

com vigência <strong>de</strong> 1º <strong>de</strong> março <strong>de</strong> 2010 a 28 <strong>de</strong> fevereiro <strong>de</strong> 2011, no montante máximo <strong>de</strong><br />

<strong>R$</strong> 11.500 mensais. A <strong>de</strong>finição do valor está prevista no contrato <strong>de</strong> arrendamento dos<br />

acionistas, o qual menciona que o aluguel será repactuado anualmente, ou <strong>em</strong> menor<br />

periodicida<strong>de</strong> admitida por lei, conforme venha a ser acordado entre as partes, com base na<br />

necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> caixa da Arrendante para satisfação <strong>de</strong> todas as suas obrigações, <strong>em</strong> especial<br />

as relativas às Debêntures e ao Empréstimo.<br />

Cabe ressaltar que nos contratos <strong>de</strong> arrendamento está previsto que a MAESA po<strong>de</strong> conce<strong>de</strong>r<br />

<strong>de</strong>scontos incondicionais mensais variáveis sobre os <strong>valores</strong> <strong>de</strong> arrendamento mensal,<br />

correspon<strong>de</strong>ntes a diferença entre o aluguel e a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> caixa da Arrendante.<br />

2. Base <strong>de</strong> preparação<br />

a. Declaração <strong>de</strong> conformida<strong>de</strong> com relação às normas IFRS e às normas do CPC<br />

As d<strong>em</strong>onstrações financeiras foram preparadas conforme as Normas Internacionais <strong>de</strong><br />

Relatórios Financeiros (IFRS) <strong>em</strong>itidas pelo International Accounting Standards Board<br />

(IASB) e também <strong>de</strong> acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil (BR GAAP), as<br />

quais abrang<strong>em</strong> os Pronunciamentos, as Orientações e as Interpretações <strong>em</strong>itidas pelo<br />

Comitê <strong>de</strong> Pronunciamentos Contábeis (CPC).<br />

13


Machadinho Energética S.A.<br />

Notas explicativas às d<strong>em</strong>onstrações financeiras<br />

(Em <strong>milhares</strong> <strong>de</strong> <strong>reais</strong>)<br />

Essas são as primeiras d<strong>em</strong>onstrações preparadas conforme IFRS nas quais o CPC 37 foi<br />

aplicado.<br />

A <strong>em</strong>issão das d<strong>em</strong>onstrações financeiras foi autorizada pela Diretoria <strong>em</strong> 21 <strong>de</strong> janeiro <strong>de</strong><br />

2011.<br />

b. Base <strong>de</strong> mensuração<br />

As d<strong>em</strong>onstrações financeiras foram preparadas com base no custo histórico.<br />

c. Moeda funcional e moeda <strong>de</strong> apresentação<br />

Essas d<strong>em</strong>onstrações financeiras são apresentadas <strong>em</strong> Real, que é a moeda funcional da<br />

Companhia.<br />

d. Uso <strong>de</strong> estimativas e julgamentos<br />

A preparação das d<strong>em</strong>onstrações financeiras <strong>de</strong> acordo com as normas IFRS e as normas<br />

CPC exig<strong>em</strong> que a Administração faça julgamentos, estimativas e pr<strong>em</strong>issas que afetam a<br />

aplicação <strong>de</strong> políticas contábeis e os <strong>valores</strong> reportados <strong>de</strong> ativos, passivos, receitas e<br />

<strong>de</strong>spesas. Os resultados <strong>reais</strong> pod<strong>em</strong> divergir <strong>de</strong>ssas estimativas.<br />

Estimativas e pr<strong>em</strong>issas são revistas <strong>de</strong> uma maneira contínua. Revisões com relação a<br />

estimativas contábeis são reconhecidas no período <strong>em</strong> que as estimativas são revisadas e <strong>em</strong><br />

quaisquer períodos futuros afetados.<br />

3. Principais políticas contábeis<br />

As políticas contábeis <strong>de</strong>scritas <strong>em</strong> <strong>de</strong>talhes a seguir têm sido aplicadas <strong>de</strong> maneira consistente a<br />

todos os períodos apresentados nessas d<strong>em</strong>onstrações financeiras e na preparação do balanço<br />

patrimonial <strong>de</strong> abertura apurado <strong>em</strong> 1º <strong>de</strong> janeiro <strong>de</strong> 2009 com a finalida<strong>de</strong> da transição para as<br />

normas IFRS e normas CPC, exceto nos casos indicados <strong>em</strong> contrário.<br />

14


Machadinho Energética S.A.<br />

Notas explicativas às d<strong>em</strong>onstrações financeiras<br />

(Em <strong>milhares</strong> <strong>de</strong> <strong>reais</strong>)<br />

(a) Moeda estrangeira<br />

Transações <strong>em</strong> moeda estrangeira, isto é, todas aquelas que não realizadas na moeda<br />

funcional, são convertidas pela taxa <strong>de</strong> câmbio das datas <strong>de</strong> cada transação. Ativos e<br />

passivos monetários <strong>em</strong> moeda estrangeira são convertidos para a moeda funcional pela<br />

taxa <strong>de</strong> câmbio da data do fechamento. Os ganhos e as perdas <strong>de</strong> variações nas taxas <strong>de</strong><br />

câmbio sobre os ativos e os passivos monetários são reconhecidos na d<strong>em</strong>onstração <strong>de</strong><br />

resultados.<br />

(b) Instrumentos financeiros<br />

(i) Ativos financeiros não <strong>de</strong>rivativos<br />

A Companhia reconhece os <strong>em</strong>préstimos e recebíveis e <strong>de</strong>pósitos inicialmente na data <strong>em</strong><br />

que foram originados. Todos os outros ativos financeiros são reconhecidos inicialmente<br />

na data da negociação na qual a Companhia se torna uma das partes das disposições<br />

contratuais do instrumento.<br />

A Companhia <strong>de</strong>ixa <strong>de</strong> reconhecer um ativo financeiro quando os direitos contratuais aos<br />

fluxos <strong>de</strong> caixa do ativo expiram, ou quando a Companhia transfere os direitos ao<br />

recebimento dos fluxos <strong>de</strong> caixa contratuais sobre um ativo financeiro <strong>em</strong> uma transação<br />

no qual essencialmente todos os riscos e benefícios da titularida<strong>de</strong> do ativo financeiro são<br />

transferidos.<br />

Os ativos ou passivos financeiros são compensados e o valor líquido apresentado no<br />

balanço patrimonial quando, somente quando, a Companhia tenha o direito legal <strong>de</strong><br />

compensar os <strong>valores</strong> e tenha a intenção <strong>de</strong> liquidar <strong>em</strong> uma base líquida ou <strong>de</strong> realizar o<br />

ativo e liquidar o passivo simultaneamente.<br />

A Companhia t<strong>em</strong> o seguinte ativo financeiro não <strong>de</strong>rivativo:<br />

Empréstimos e recebíveis<br />

Empréstimos e recebíveis são eventos financeiros com pagamentos fixos ou calculáveis<br />

que não são cotados no mercado ativo. Os ativos são reconhecidos inicialmente pelo<br />

valor justo s<strong>em</strong> acréscimo <strong>de</strong> quaisquer custos <strong>de</strong> transação atribuíveis. Após o<br />

reconhecimento inicial, os <strong>em</strong>préstimos e recebíveis são medidos pelo custo amortizado<br />

através do método dos juros efetivos, <strong>de</strong>crescidos <strong>de</strong> qualquer perda por redução ao valor<br />

recuperável.<br />

15


Machadinho Energética S.A.<br />

Notas explicativas às d<strong>em</strong>onstrações financeiras<br />

(Em <strong>milhares</strong> <strong>de</strong> <strong>reais</strong>)<br />

Os <strong>em</strong>préstimos e recebíveis abrang<strong>em</strong> contas a receber <strong>de</strong> clientes e d<strong>em</strong>ais contas a<br />

receber.<br />

Caixa e equivalentes <strong>de</strong> caixa abrang<strong>em</strong> saldos <strong>de</strong> caixa e investimentos financeiros com<br />

vencimento original <strong>de</strong> três meses ou menos a partir da data da contratação.<br />

(ii) Passivos financeiros não <strong>de</strong>rivativos<br />

A Companhia reconhece títulos <strong>de</strong> dívida <strong>em</strong>itidos e passivos subordinados inicialmente<br />

na data <strong>em</strong> que são originados. Todos os outros passivos financeiros (incluindo passivos<br />

<strong>de</strong>signados pelo valor justo registrado no resultado) são reconhecidos inicialmente na data<br />

<strong>de</strong> negociação na qual a Companhia se torna uma parte das disposições contratuais do<br />

instrumento. A Companhia baixa um passivo financeiro quando t<strong>em</strong> suas obrigações<br />

contratuais retirada, cancelada ou vencida.<br />

A Companhia t<strong>em</strong> os seguintes passivos financeiros não <strong>de</strong>rivativos: financiamentos,<br />

<strong>de</strong>bêntures, e outras contas a pagar.<br />

Tais passivos financeiros são reconhecidos inicialmente pelo valor justo acrescido <strong>de</strong><br />

quaisquer custos <strong>de</strong> transação atribuíveis. Após o reconhecimento inicial, esses passivos<br />

financeiros são medidos pelo custo amortizado através do método dos juros efetivos.<br />

(iii) Instrumentos financeiros <strong>de</strong>rivativos<br />

A Companhia não celebrou e não t<strong>em</strong> como política celebrar contratos <strong>de</strong> instrumentos<br />

financeiros <strong>de</strong>rivativos.<br />

(c) Imobilizado<br />

(i) Reconhecimento e mensuração<br />

Itens do imobilizado são mensurados pelo custo histórico <strong>de</strong> aquisição ou construção,<br />

<strong>de</strong>duzido <strong>de</strong> <strong>de</strong>preciação acumulada e perdas <strong>de</strong> redução ao valor recuperável (impairment)<br />

acumuladas, quando houver.<br />

A Companhia não fez opção <strong>em</strong> utilizar o custo atribuído para valorização do seu ativo<br />

imobilizado <strong>em</strong> função <strong>de</strong> que o seu imobilizado, tal como apresentado conforme as<br />

práticas contábeis anteriores (BR GAAP <strong>em</strong> vigor <strong>em</strong> 2009), já atendia <strong>de</strong> forma material<br />

os principais requisitos <strong>de</strong> reconhecimento, valorização e apresentação do CPC 27 (IAS<br />

16


Machadinho Energética S.A.<br />

Notas explicativas às d<strong>em</strong>onstrações financeiras<br />

(Em <strong>milhares</strong> <strong>de</strong> <strong>reais</strong>)<br />

16), <strong>em</strong> função principalmente <strong>de</strong> que: (i) os controles internos na área <strong>de</strong> ativo<br />

imobilizado já compreendiam na data <strong>de</strong> transição (1.1.2009) revisões periódicas quanto à<br />

melhor estimativa <strong>de</strong> vida útil e valor residual das principais classes <strong>de</strong> seus ativos<br />

imobilizados; e (ii); a segmentação e classificação dos principais itens do ativo imobilizado<br />

sujeitos à <strong>de</strong>preciação já levava <strong>em</strong> consi<strong>de</strong>ração os impactos <strong>de</strong> <strong>de</strong>preciação diferenciada<br />

sobre os principais componentes dos ativos imobilizados. Além disto, a Companhia<br />

enten<strong>de</strong> que a prática contábil <strong>de</strong> valorizar os ativos imobilizados pelo custo histórico<br />

<strong>de</strong>duzido da melhor estimativa <strong>de</strong> <strong>de</strong>preciação e <strong>de</strong> provisão para redução ao valor<br />

recuperável, quando requerido, é uma prática contábil que melhor representa os seus ativos<br />

imobilizados.<br />

Quando partes <strong>de</strong> um it<strong>em</strong> do imobilizado têm diferentes vidas úteis, elas são registradas<br />

como itens individuais (componentes principais) <strong>de</strong> imobilizado.<br />

Ganhos e perdas na alienação <strong>de</strong> um it<strong>em</strong> do imobilizado são apurados pela comparação<br />

entre os recursos advindos da alienação com o valor contábil do imobilizado, e são<br />

reconhecidos líquidos <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> outras receitas ou <strong>de</strong>spesas no resultado.<br />

(ii) Custos subseqüentes<br />

O custo <strong>de</strong> reposição <strong>de</strong> um componente do imobilizado é reconhecido no valor contábil<br />

do it<strong>em</strong> caso seja provável que os benefícios econômicos incorporados <strong>de</strong>ntro do<br />

componente irão fluir para a Companhia e que o seu custo po<strong>de</strong> ser medido <strong>de</strong> forma<br />

confiável. O valor contábil do componente que tenha sido reposto por outro é baixado. Os<br />

custos <strong>de</strong> manutenção no dia-a-dia do imobilizado são reconhecidos no resultado conforme<br />

incorridos.<br />

(iii) Depreciação<br />

A <strong>de</strong>preciação é calculada sobre o valor histórico, que é o custo <strong>de</strong> um ativo, ou outro valor<br />

substituto do custo, <strong>de</strong>duzido do valor residual.<br />

Quase a totalida<strong>de</strong> do ativo imobilizado da Companhia é diretamente relacionado a<br />

ativida<strong>de</strong> <strong>de</strong> geração <strong>de</strong> energia sob regime <strong>de</strong> concessão (nota explicativa 1.b). Por essa<br />

razão, as taxas <strong>de</strong> <strong>de</strong>preciação adotas pela Companhia são correspon<strong>de</strong>ntes a menor taxa<br />

calculada entre o período compreendido entre a entrada <strong>em</strong> operação da concessão (2002) e<br />

o encerramento do prazo <strong>de</strong> concessão <strong>em</strong> 2032 (s<strong>em</strong> consi<strong>de</strong>rar a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

prorrogação da concessão conforme mencionado na nota explicativa 1.b) e a estimativa <strong>de</strong><br />

vida útil dos ativos.<br />

17


Machadinho Energética S.A.<br />

Notas explicativas às d<strong>em</strong>onstrações financeiras<br />

(Em <strong>milhares</strong> <strong>de</strong> <strong>reais</strong>)<br />

A <strong>de</strong>preciação é reconhecida no resultado baseando-se no método linear com relação ao<br />

período <strong>de</strong> <strong>de</strong>preciação <strong>de</strong> cada parte <strong>de</strong> um it<strong>em</strong> do imobilizado, já que esse método é o<br />

que mais perto reflete o padrão <strong>de</strong> consumo <strong>de</strong> benefícios econômicos futuros incorporados<br />

no ativo.<br />

Os prazos utilizados para a <strong>de</strong>preciação do ativo imobilizado (o menor entre o prazo da<br />

concessão e a vida útil) são as seguintes:<br />

Usina<br />

Reservatórios, Barragens e Adutoras 30 anos<br />

Edificações, Obras Civis e Benfeitorias 25 a 30 anos<br />

Maquinas e Equipamentos - Usina 12 a 30 anos<br />

Móveis e Utensílios 10 anos<br />

STC subestação<br />

Maquinas e Equipamentos 22 a 30 anos<br />

Administração<br />

Maquinas e Equipamentos 10 anos<br />

Móveis e Utensílios 10 anos<br />

(d) Redução ao valor recuperável (Impairment)<br />

(i) Ativos financeiros incluindo recebíveis<br />

Um ativo financeiro não mensurado pelo valor justo por meio do resultado é avaliado a cada<br />

data <strong>de</strong> apresentação para apurar se há evidência objetiva <strong>de</strong> que tenha ocorrido perda no seu<br />

valor recuperável. Um ativo t<strong>em</strong> perda no seu valor recuperável se uma evidência objetiva<br />

indica que um evento <strong>de</strong> perda ocorreu após o reconhecimento inicial do ativo, e que aquele<br />

evento <strong>de</strong> perda teve um efeito negativo nos fluxos <strong>de</strong> caixa futuros projetados que pod<strong>em</strong> ser<br />

estimados <strong>de</strong> uma maneira confiável.<br />

A evidência objetiva <strong>de</strong> que os ativos financeiros per<strong>de</strong>ram valor po<strong>de</strong> incluir o nãopagamento<br />

ou atraso no pagamento por parte do <strong>de</strong>vedor, a reestruturação do valor <strong>de</strong>vido a<br />

Companhia sobre condições <strong>de</strong> que a Companhia não consi<strong>de</strong>raria <strong>em</strong> outras transações,<br />

indicações <strong>de</strong> que o <strong>de</strong>vedor ou <strong>em</strong>issor entrará <strong>em</strong> processo <strong>de</strong> falência, ou o<br />

<strong>de</strong>saparecimento <strong>de</strong> um mercado ativo para um título. Além disso, para um instrumento<br />

18


Machadinho Energética S.A.<br />

Notas explicativas às d<strong>em</strong>onstrações financeiras<br />

(Em <strong>milhares</strong> <strong>de</strong> <strong>reais</strong>)<br />

patrimonial, um <strong>de</strong>clínio significativo ou prolongado <strong>em</strong> seu valor justo abaixo do seu custo é<br />

evidência objetiva <strong>de</strong> perda por redução ao valor recuperável.<br />

A Companhia não i<strong>de</strong>ntificou nenhum ativo financeiro para o qual <strong>de</strong>vesse reconhecer<br />

provisão para redução ao valor recuperável.<br />

(ii) Ativos não financeiros<br />

O valor recuperável <strong>de</strong> um ativo ou unida<strong>de</strong> geradora <strong>de</strong> caixa é o maior entre o valor <strong>em</strong> uso<br />

e o valor justo menos <strong>de</strong>spesas <strong>de</strong> venda. Ao avaliar o valor <strong>em</strong> uso, os fluxos <strong>de</strong> caixa<br />

futuros estimados são <strong>de</strong>scontados aos seus <strong>valores</strong> presentes através da taxa <strong>de</strong> <strong>de</strong>sconto<br />

antes <strong>de</strong> impostos que reflita as condições vigentes <strong>de</strong> mercado quanto ao período <strong>de</strong><br />

recuperabilida<strong>de</strong> do capital e os riscos específicos do ativo. Para a finalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> testar o valor<br />

recuperável, os ativos que não pod<strong>em</strong> ser testados individualmente são agrupados juntos no<br />

menor grupo <strong>de</strong> ativos que gera entrada <strong>de</strong> caixa <strong>de</strong> uso contínuo que são <strong>em</strong> gran<strong>de</strong> parte<br />

in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes dos fluxos <strong>de</strong> caixa <strong>de</strong> outros ativos ou grupo <strong>de</strong> ativos.<br />

Uma perda por redução ao valor recuperável é reconhecida caso o valor contábil <strong>de</strong> um ativo<br />

ou sua unida<strong>de</strong> operadora <strong>de</strong> caixa exceda seu valor recuperável estimado. Perdas <strong>de</strong> valor<br />

são reconhecidas no resultado.<br />

A Companhia não i<strong>de</strong>ntificou nenhum ativo não financeiro para o qual <strong>de</strong>vesse reconhecer<br />

provisão para redução ao valor recuperável.<br />

(e) Provisões<br />

As provisões são reconhecidas quando a Companhia t<strong>em</strong> uma obrigação presente, legal ou não<br />

formalizada, como resultado <strong>de</strong> eventos passados e é provável que uma saída <strong>de</strong> recursos seja<br />

necessária para liquidar a obrigação e uma estimativa confiável do valor possa ser feita.<br />

(f) Receitas financeiras e <strong>de</strong>spesas financeiras<br />

As receitas financeiras abrang<strong>em</strong> receitas <strong>de</strong> juros sobre fundos investidos e variações no valor<br />

justo <strong>de</strong> ativos financeiros mensurados pelo valor justo por meio do resultado.<br />

As <strong>de</strong>spesas financeiras abrang<strong>em</strong>, principalmente, <strong>de</strong>spesas com juros sobre <strong>em</strong>préstimos.<br />

19


Machadinho Energética S.A.<br />

Notas explicativas às d<strong>em</strong>onstrações financeiras<br />

(Em <strong>milhares</strong> <strong>de</strong> <strong>reais</strong>)<br />

(g) Imposto <strong>de</strong> renda e contribuição social<br />

O imposto <strong>de</strong> renda e a contribuição social do exercício corrente são calculados com base nas<br />

alíquotas <strong>de</strong> 15%, acrescidas do adicional <strong>de</strong> 10% sobre o lucro tributável exce<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> <strong>R$</strong> 240<br />

para imposto <strong>de</strong> renda e 9% sobre o lucro tributável para contribuição social sobre o lucro<br />

líquido, e consi<strong>de</strong>ram a compensação <strong>de</strong> prejuízos fiscais e base negativa <strong>de</strong> contribuição<br />

social, limitada a 30% do lucro real.<br />

A <strong>de</strong>spesa com imposto <strong>de</strong> renda e contribuição social compreen<strong>de</strong> os impostos <strong>de</strong> renda<br />

correntes e diferidos. O imposto corrente e o imposto diferido são reconhecidos no resultado a<br />

menos que estejam relacionados a combinação <strong>de</strong> negócios, ou itens diretamente reconhecidos<br />

no patrimônio líquido ou <strong>em</strong> outros resultados abrangentes.<br />

O imposto corrente é o imposto a pagar ou a receber esperado sobre o lucro ou prejuízo<br />

tributável do exercício, a taxas <strong>de</strong> impostos <strong>de</strong>cretadas ou substantivamente <strong>de</strong>cretadas na data<br />

<strong>de</strong> apresentação das d<strong>em</strong>onstrações financeiras e qualquer ajuste aos impostos a pagar com<br />

relação aos exercícios anteriores.<br />

O imposto diferido é mensurado pelas alíquotas que se espera ser<strong>em</strong> aplicadas às diferenças<br />

t<strong>em</strong>porárias quando elas revert<strong>em</strong>, baseando-se nas leis que foram <strong>de</strong>cretadas ou<br />

substantivamente <strong>de</strong>cretadas até a data <strong>de</strong> apresentação das d<strong>em</strong>onstrações financeiras.<br />

Os ativos e passivos fiscais diferidos são compensados caso haja um direito legal <strong>de</strong> compensar<br />

passivos e ativos fiscais correntes, e eles se relacionam a impostos <strong>de</strong> renda lançados pela<br />

mesma autorida<strong>de</strong> tributária sobre a mesma entida<strong>de</strong> sujeita à tributação.<br />

Um ativo <strong>de</strong> imposto <strong>de</strong> renda e contribuição social diferido é reconhecido por perdas fiscais,<br />

créditos fiscais e diferenças t<strong>em</strong>porárias <strong>de</strong>dutíveis não utilizadas quando é provável que lucros<br />

futuros sujeitos à tributação estejam disponíveis e contra os quais serão utilizados.<br />

Ativos <strong>de</strong> imposto <strong>de</strong> renda e contribuição social diferido são revisados a cada data <strong>de</strong> relatório<br />

e serão reduzidos na medida <strong>em</strong> que sua realização não seja mais provável.<br />

20


Machadinho Energética S.A.<br />

Notas explicativas às d<strong>em</strong>onstrações financeiras<br />

(Em <strong>milhares</strong> <strong>de</strong> <strong>reais</strong>)<br />

(h) Resultado por ação<br />

O resultado por ação básico é calculado por meio do resultado do período atribuível aos<br />

acionistas controladores e não controladores da Companhia e a média pon<strong>de</strong>rada das ações<br />

ordinárias <strong>em</strong> circulação no respectivo período.<br />

(i) Informações por segmento<br />

Um segmento operacional é um componente do Grupo que <strong>de</strong>senvolve ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> negócio<br />

das quais po<strong>de</strong> obter receitas e incorrer <strong>em</strong> <strong>de</strong>spesas, incluindo receitas e <strong>de</strong>spesas relacionadas<br />

com transações com outros componentes do Grupo. A Companhia tendo <strong>em</strong> vista a natureza<br />

das suas operações possui um único segmento - arrendamento do seu ativo para geração <strong>de</strong><br />

energia.<br />

(j) D<strong>em</strong>onstrações <strong>de</strong> valor adicionado<br />

A companhia elaborou d<strong>em</strong>onstrações do valor adicionado (DVA) nos termos do<br />

pronunciamento técnico CPC 09 – D<strong>em</strong>onstração do Valor Adicionado, as quais são<br />

apresentadas como parte integrante das d<strong>em</strong>onstrações financeiras conforme BRGAAP<br />

aplicável as companhias abertas, enquanto para IFRS representam informação financeira<br />

adicional.<br />

(k) Novas normas e interpretações não adotadas<br />

Diversas normas, <strong>em</strong>endas a normas e interpretações IFRS <strong>em</strong>itidas pelo IASB ainda não<br />

entraram <strong>em</strong> vigor para o exercício encerrado <strong>em</strong> 31 <strong>de</strong> <strong>de</strong>z<strong>em</strong>bro <strong>de</strong> 2010, sendo essas:<br />

• Limited ex<strong>em</strong>ption from Comparative IFRS 7 Disclosures for First-time Adopters.<br />

• Improv<strong>em</strong>ents to IFRS 2010.<br />

• IFRS 9 Financial Instruments<br />

• Prepayment of a minimum fund requir<strong>em</strong>ent (Amendment to IFRIC 14)<br />

• Amendments to IAS 32 Classification of rights issues<br />

O CPC ainda não <strong>em</strong>itiu pronunciamentos equivalentes aos IFRSs acima citados, mas existe<br />

expectativa <strong>de</strong> que o faça antes da data requerida <strong>de</strong> sua entrada <strong>em</strong> vigor. A adoção antecipada<br />

dos pronunciamentos do IFRSs está condicionada à aprovação prévia <strong>em</strong> ato normativo da<br />

Comissão <strong>de</strong> Valores Mobiliários.<br />

A Companhia não estimou a extensão do impacto <strong>de</strong>stas novas normas <strong>em</strong> suas<br />

d<strong>em</strong>onstrações financeiras, por não ter base ou informações sobre seu conteúdo.<br />

21


Machadinho Energética S.A.<br />

Notas explicativas às d<strong>em</strong>onstrações financeiras<br />

(Em <strong>milhares</strong> <strong>de</strong> <strong>reais</strong>)<br />

4. Determinação do valor justo<br />

Diversas políticas e divulgações contábeis da Companhia exig<strong>em</strong> a <strong>de</strong>terminação do valor<br />

justo, tanto para os ativos e passivos financeiros como para os não financeiros. Os <strong>valores</strong><br />

justos têm sido apurados para propósitos <strong>de</strong> mensuração e/ou divulgação baseados nos<br />

métodos abaixo. Quando aplicável, as informações adicionais sobre as pr<strong>em</strong>issas utilizadas<br />

na apuração dos <strong>valores</strong> justos são divulgadas nas notas específicas àquele ativo ou passivo.<br />

(i) Contas a receber <strong>de</strong> partes relacionadas<br />

O valor justo <strong>de</strong> contas a receber <strong>de</strong> partes relacionadas, por representar <strong>valores</strong> que<br />

serão recebidos no curto prazo, está representando pelo valor contábil. Esses <strong>valores</strong> são<br />

avaliados no momento inicial pelo valor contratual, o qual é equivalente ao valor<br />

presente. Sobre esses montantes não existe risco <strong>de</strong> crédito.<br />

(ii) Passivos financeiros não <strong>de</strong>rivativos<br />

O valor justo, que é <strong>de</strong>terminado para fins <strong>de</strong> divulgação, é calculado baseando-se no<br />

valor presente do principal e juros incorridos, apurados na data <strong>de</strong> apresentação das<br />

d<strong>em</strong>onstrações financeiras.<br />

5. Gerenciamento <strong>de</strong> risco financeiro<br />

A Companhia apresenta exposição aos seguintes riscos advindos do uso <strong>de</strong> instrumentos<br />

financeiros:<br />

• risco <strong>de</strong> crédito<br />

• risco <strong>de</strong> taxa <strong>de</strong> juros<br />

• risco <strong>de</strong> liqui<strong>de</strong>z<br />

• risco <strong>de</strong> moeda<br />

Essa nota apresenta informações sobre a exposição da Companhia a cada um dos riscos<br />

supramencionados, os objetivos da Companhia, políticas e processos para a mensuração e<br />

gerenciamento <strong>de</strong> risco, e o gerenciamento <strong>de</strong> capital da Companhia. Divulgações quantitativas<br />

adicionais são incluídas ao longo <strong>de</strong>ssas d<strong>em</strong>onstrações financeiras.<br />

22


Machadinho Energética S.A.<br />

Notas explicativas às d<strong>em</strong>onstrações financeiras<br />

(Em <strong>milhares</strong> <strong>de</strong> <strong>reais</strong>)<br />

Estrutura do gerenciamento <strong>de</strong> risco<br />

A Companhia possui e segue política <strong>de</strong> gerenciamento <strong>de</strong> risco, que orienta <strong>em</strong> relação a<br />

transações e requer a diversificação <strong>de</strong> transações e contrapartidas. Nos termos <strong>de</strong>ssa política, a<br />

natureza e a posição geral dos riscos financeiros é regularmente monitorada e gerenciada a fim <strong>de</strong><br />

avaliar os resultados e o impacto financeiro no fluxo <strong>de</strong> caixa.<br />

Risco <strong>de</strong> crédito<br />

Conforme <strong>de</strong>scrito na nota explicativa 7, a Companhia não obteve perdas sobre os recebíveis<br />

mantidos com partes relacionadas. Em relação às instituições financeiras, a Companhia somente<br />

realiza operações com instituições financeiras consi<strong>de</strong>radas <strong>de</strong> primeira linha.<br />

Risco <strong>de</strong> taxa <strong>de</strong> juros<br />

Decorre da possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> a Companhia sofrer ganhos ou perdas <strong>de</strong>correntes <strong>de</strong> oscilações <strong>de</strong><br />

taxas <strong>de</strong> juros inci<strong>de</strong>ntes sobre seus ativos e passivos financeiros. Para mitigar esse risco, as<br />

aplicações financeiras contratadas são valorizadas com base na variação do CDI e os contratos <strong>de</strong><br />

financiamentos existentes são <strong>de</strong> longo prazo contratados com órgãos <strong>de</strong> fomento e<br />

<strong>de</strong>senvolvimento (BNDES), com encargos calculados <strong>de</strong> acordo com as condições usuais<br />

praticadas pelo BNDES.<br />

Risco <strong>de</strong> liqui<strong>de</strong>z<br />

Risco <strong>de</strong> liqui<strong>de</strong>z é o risco <strong>em</strong> que a Companhia irá encontrar dificulda<strong>de</strong>s <strong>em</strong> cumprir com as<br />

obrigações associadas com seus passivos financeiros. Conforme mencionada na nota explicativa<br />

1.d, os acionistas supr<strong>em</strong> a totalida<strong>de</strong> da necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> caixa da Companhia mediante o contrato<br />

<strong>de</strong> arrendamento dos ativos celebrados entre a Companhia e seus acionistas.<br />

Risco <strong>de</strong> moeda<br />

Conforme <strong>de</strong>scrito na nota explicativa 9 a Companhia contratou dívidas <strong>de</strong>correntes do<br />

Subcrédito A e Crédito supl<strong>em</strong>entar, cujo saldo <strong>de</strong>vedor é atualizado mensalmente pela média<br />

pon<strong>de</strong>rada das correções cambiais inci<strong>de</strong>ntes sobre os recursos captados pelo BNDES, <strong>em</strong> moeda<br />

estrangeira incluindo o Dólar Norte-Americano. Sobre estas operações não foram contratadas<br />

operações <strong>de</strong> "hedge" (proteção), <strong>em</strong> razão da Administração não esperar flutuações cambiais<br />

significativas.<br />

23


Machadinho Energética S.A.<br />

Notas explicativas às d<strong>em</strong>onstrações financeiras<br />

(Em <strong>milhares</strong> <strong>de</strong> <strong>reais</strong>)<br />

6. Caixa e equivalentes <strong>de</strong> caixa<br />

24<br />

2010 2009 01/01/2009<br />

Caixa e <strong>de</strong>positos a vista 11 27 16<br />

Aplicações financeiras (equivalentes <strong>de</strong> caixa) 3.433 5.439 9.181<br />

3.444 5.466 9.197<br />

As aplicações financeiras (equivalentes <strong>de</strong> caixa) estão representados por Certificados <strong>de</strong><br />

Depósitos Bancários – CDBs e são r<strong>em</strong>uneradas a taxas que variam <strong>de</strong> 100% a 101,5% do<br />

Certificado <strong>de</strong> Depósito Interbancário – CDIs. São prontamente conversíveis <strong>em</strong> um montante<br />

conhecido <strong>de</strong> caixa, por essa razão, foram consi<strong>de</strong>radas como equivalentes <strong>de</strong> caixa nas<br />

d<strong>em</strong>onstrações dos fluxos <strong>de</strong> caixa. Essas aplicações financeiras estão compostos como<br />

d<strong>em</strong>onstrado a seguir:<br />

Instituição financeira 2010 2009 01/01/2009<br />

Banco Bra<strong>de</strong>sco S.A - - 3.395<br />

Banco Real - ABN AMRO - - 5.786<br />

Banco Votorantim S.A. 3.433 5.439 -<br />

3.433 5.439 9.181


Machadinho Energética S.A.<br />

Notas explicativas às d<strong>em</strong>onstrações financeiras<br />

(Em <strong>milhares</strong> <strong>de</strong> <strong>reais</strong>)<br />

7. Contas a receber e receitas com partes relacionadas<br />

Contas a receber<br />

Sobre contas a receber não há incidência <strong>de</strong> juros ou atualização monetária. A partir <strong>de</strong> nov<strong>em</strong>bro <strong>de</strong> 2010, as faturas <strong>de</strong> arrendamento<br />

passaram a ser pagas no mês <strong>de</strong> <strong>em</strong>issão.<br />

R<strong>em</strong>uneração da administração<br />

A Ass<strong>em</strong>bléia Geral Ordinária, realizada <strong>em</strong> 15 <strong>de</strong> abril <strong>de</strong> 2010 fixou a r<strong>em</strong>uneração global da administração <strong>em</strong> <strong>R$</strong> 580.<br />

25<br />

Receita<br />

Aplicação financeira<br />

Empresa 2010 2009 01/01/2009 2010 2009 01/01/2009 2010 2009 01/01/2009<br />

Alcoa Alumínio S.A - 11.381 23.590 29.134 29.862 44.135 - - -<br />

Banco Votorantim S.A. (Nota explicativa 6) -<br />

-<br />

- -<br />

-<br />

- 3.433 5.439<br />

-<br />

Camargo Correa Cimentos S.A. – CCC<br />

Companhia Brasileira <strong>de</strong> Alumínio –<br />

- 2.332 4.835 6.259 6.415 9.481 - - -<br />

CBA -<br />

12.167<br />

25.222 31.148<br />

31.926<br />

47.186 -<br />

Companhia Estadual <strong>de</strong> Geração e<br />

Transmissão <strong>de</strong> Energia<br />

Elétrica - CEEE-GT - 2.445 5.068 3.092 3.170 4.685 -<br />

-<br />

-<br />

DME Distribuição S.A - DMED - 1.208 2.504 5.971 6.120 9.046 - - -<br />

Tractebel Energia S.A - 1.036 2.148 2.653 2.720 4.019 - - -<br />

Valesul Alumínio S.A. - 3.666 7.599 9.385 9.619 14.217 - - -<br />

Votorantim Cimentos Brasil Ltda. - VCB - 2.484 5.148 6.358 6.516 9.631 -<br />

-<br />

-<br />

- 36.719 76.114 94.000 96.348 142.400 3.433 5.439 -<br />

-<br />

-


Machadinho Energética S.A.<br />

Notas explicativas às d<strong>em</strong>onstrações financeiras<br />

(Em <strong>milhares</strong> <strong>de</strong> <strong>reais</strong>)<br />

8. Imobilizado<br />

Terrenos<br />

Reservatórios,<br />

barragens e<br />

adutoras<br />

Máquinas e<br />

equipamentos<br />

UHE<br />

26<br />

Edificações,<br />

obras civis e<br />

benfeitorias<br />

Maquinas e<br />

equipamentos<br />

- Subestação Outros<br />

Outros<br />

<strong>em</strong><br />

curso Total<br />

Saldos <strong>em</strong> 1° <strong>de</strong> janeiro <strong>de</strong> 2009 19.810 286.364 266.352 66.459 62.201 343 874 702.403<br />

Adições 44 - - - 1.991 2.035<br />

Baixas (12) - - - - - (12)<br />

Transferências - - 2.089 - - 17 (2.106) -<br />

Depreciação - (12.269) (11.905) (2.921) (2.685) (72) - (29.852)<br />

Saldo <strong>em</strong> 31 <strong>de</strong> <strong>de</strong>z<strong>em</strong>bro <strong>de</strong> 2009 19.842 274.095 256.536 63.538 59.516 288 759 674.574<br />

Adições 27 - - - - 71 1.286 1.384<br />

Baixas - - - - - (8) (209) (217)<br />

Transferências - - 706 - - - (706) -<br />

Depreciação - (12.270) (12.096) (2.921) (2.685) (95) - (30.067)<br />

Saldo <strong>em</strong> 31 <strong>de</strong> <strong>de</strong>z<strong>em</strong>bro <strong>de</strong> 2010 19.869 261.825 245.146 60.617 56.831 256 1.130 645.674<br />

Taxa <strong>de</strong> <strong>de</strong>preciação % - 3,33 3,33 a 8,33 3,33 a 4,00 3,33 a 4,50 3,33 a 20 -<br />

Em 31 <strong>de</strong> <strong>de</strong>z<strong>em</strong>bro <strong>de</strong> 2010, não exist<strong>em</strong> bens do ativo imobilizado dados <strong>em</strong> garantia <strong>de</strong> obrigações.<br />

Os custos dos encargos sobre <strong>em</strong>préstimos tomados para financiar a construção do imobilizado foram capitalizados durante o período necessário para<br />

executar e preparar o ativo para o uso pretendido.


Machadinho Energética S.A.<br />

Notas explicativas às d<strong>em</strong>onstrações financeiras<br />

(Em <strong>milhares</strong> <strong>de</strong> <strong>reais</strong>)<br />

9. Financiamentos<br />

BNDES<br />

Taxa média <strong>de</strong> encargos<br />

financeiros - %<br />

27<br />

2010<br />

2009<br />

01/01/2009<br />

Subcrédito A Cesta <strong>de</strong> moedas (BNDES) +<br />

3,5% a.a.<br />

10.847 13.859 21.999<br />

Subcrédito B TJLP + 3,5% a.a. 147.213 183.266 219.055<br />

Subcrédito C IGP-M + 12% a.a. 40.751 45.981 55.750<br />

Crédito supl<strong>em</strong>entar Cesta <strong>de</strong> moedas (BNDES) +<br />

5,0% a.a.<br />

21.794 27.848 44.202<br />

Total<br />

Circulante<br />

Não Circulante<br />

220.605<br />

54.882<br />

165.723<br />

270.954<br />

54.384<br />

216.570<br />

341.006<br />

57.404<br />

283.602<br />

Até 31 <strong>de</strong> <strong>de</strong>z<strong>em</strong>bro <strong>de</strong> 2010 ocorreram pagamentos, rigorosamente <strong>em</strong> dia, <strong>de</strong> principal e juros,<br />

no montante acumulado <strong>de</strong> <strong>R$</strong> 758.781 correspon<strong>de</strong>ntes a 95 parcelas do total <strong>de</strong> 144 parcelas do<br />

financiamento cujo vencimento final é <strong>em</strong> 15 <strong>de</strong> janeiro <strong>de</strong> 2015.<br />

Os financiamentos estão garantidos por meio <strong>de</strong> fiança corporativa da Alcoa Alumínio S.A.,<br />

Hejoassu Administração Ltda., Camargo Corrêa S.A. e Valesul Alumínio S.A.


Machadinho Energética S.A.<br />

Notas explicativas às d<strong>em</strong>onstrações financeiras<br />

(Em <strong>milhares</strong> <strong>de</strong> <strong>reais</strong>)<br />

O saldo <strong>de</strong> <strong>em</strong>préstimos e financiamentos a longo prazo t<strong>em</strong> seus vencimentos assim<br />

programados:<br />

2012 53.748<br />

2013 53.748<br />

2014 53.748<br />

2015 4.479<br />

28<br />

165.723<br />

Com base nos contratos <strong>de</strong> <strong>em</strong>préstimos e financiamentos, não há exigências <strong>de</strong> cumprimentos <strong>de</strong><br />

índices ou <strong>de</strong> outros el<strong>em</strong>entos ("covenants") que, na eventualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> não ser<strong>em</strong> cumpridos,<br />

implicass<strong>em</strong> no vencimento antecipado das dívidas.


Machadinho Energética S.A.<br />

Notas explicativas às d<strong>em</strong>onstrações financeiras<br />

(Em <strong>milhares</strong> <strong>de</strong> <strong>reais</strong>)<br />

10. Debêntures<br />

A Companhia possui <strong>em</strong> circulação <strong>de</strong>bêntures não conversíveis <strong>em</strong> ações conforme segue:<br />

Quantida<strong>de</strong>s<br />

Emissão Emitida Colocada Forma R<strong>em</strong>uneração<br />

Primeira 32.000 32.000 Pública DI + 0,43% a.a.<br />

29<br />

Parcelas <strong>de</strong><br />

curto prazo<br />

2010 2009 01/01/2009<br />

Parcelas <strong>de</strong><br />

longo prazo<br />

Parcelas <strong>de</strong><br />

curto prazo<br />

Parcelas <strong>de</strong><br />

longo prazo<br />

Parcelas <strong>de</strong><br />

curto prazo<br />

Parcelas <strong>de</strong><br />

longo prazo<br />

31.054 30.592 31.161 61.056 31.799 91.520


Machadinho Energética S.A.<br />

Notas explicativas às d<strong>em</strong>onstrações financeiras<br />

(Em <strong>milhares</strong> <strong>de</strong> <strong>reais</strong>)<br />

As <strong>de</strong>bêntures têm as seguintes características:<br />

Série Única<br />

Data <strong>de</strong> <strong>em</strong>issão 1º <strong>de</strong> <strong>de</strong>z<strong>em</strong>bro <strong>de</strong> 2000<br />

Data <strong>de</strong> vencimento 1º <strong>de</strong> <strong>de</strong>z<strong>em</strong>bro <strong>de</strong> 2012<br />

Amortização do principal Pagamento <strong>em</strong> 21 parcelas s<strong>em</strong>estrais a partir do terceiro ano<br />

contado da data <strong>de</strong> <strong>em</strong>issão<br />

Pagamento <strong>de</strong> juros Pagamento <strong>em</strong> 44 parcelas trimestrais a partir <strong>de</strong> março <strong>de</strong> 2002<br />

Garantia Fiança corporativa da Alcoa Alumínio S.A., Hejoassu<br />

Administração Ltda., Camargo Corrêa S.A. e<br />

Valesul Alumínio S.A.<br />

Em 1º <strong>de</strong> <strong>de</strong>z<strong>em</strong>bro <strong>de</strong> 2004, ocorreu a repactuação das <strong>de</strong>bêntures, tendo os <strong>de</strong>benturistas<br />

exercido o Direito <strong>de</strong> Venda contra o Banco Nacional <strong>de</strong> Desenvolvimento Econômico e Social -<br />

BNDES <strong>de</strong> 28.136 das 32.000 <strong>de</strong>bêntures colocadas no mercado pela MAESA, mantendo-se as<br />

mesmas condições anteriormente pactuadas.<br />

Em 1º <strong>de</strong> <strong>de</strong>z<strong>em</strong>bro <strong>de</strong> 2008, ocorreu a segunda repactuação das <strong>de</strong>bêntures, tendo os<br />

<strong>de</strong>benturistas exercido o Direito <strong>de</strong> Venda contra o Banco Nacional <strong>de</strong> Desenvolvimento<br />

Econômico e Social - BNDES <strong>de</strong> 3.864 das 32.000 que passa a consi<strong>de</strong>rar como data <strong>de</strong> eventual<br />

resgate antecipado facultativo a partir <strong>de</strong> 1º <strong>de</strong> <strong>de</strong>z<strong>em</strong>bro <strong>de</strong> 2009, mantendo-se as mesmas<br />

condições anteriormente pactuadas.<br />

Até 31 <strong>de</strong> <strong>de</strong>z<strong>em</strong>bro 2010, ocorreram pagamentos, rigorosamente <strong>em</strong> dia, <strong>de</strong> principal e juros, no<br />

montante acumulado <strong>de</strong> <strong>R$</strong> 615.580, correspon<strong>de</strong>ntes a 36 parcelas <strong>de</strong> r<strong>em</strong>uneração e 17 parcelas<br />

<strong>de</strong> amortização do principal.<br />

30


Machadinho Energética S.A.<br />

Notas explicativas às d<strong>em</strong>onstrações financeiras<br />

(Em <strong>milhares</strong> <strong>de</strong> <strong>reais</strong>)<br />

O saldo <strong>de</strong> <strong>de</strong>bêntures no não circulante venc<strong>em</strong> integralmente <strong>em</strong> 2012.<br />

Com base no Prospecto das Debêntures, não há exigências <strong>de</strong> cumprimentos <strong>de</strong> índices ou <strong>de</strong><br />

outros el<strong>em</strong>entos ("covenants") que, na eventualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> não ser<strong>em</strong> cumpridos, implicass<strong>em</strong> no<br />

vencimento antecipado da dívida.<br />

11. Parcelamento <strong>de</strong> impostos<br />

Em 4 <strong>de</strong> julho <strong>de</strong> 2007, a MAESA a<strong>de</strong>riu ao parcelamento junto a Receita Fe<strong>de</strong>ral do Brasil <strong>de</strong><br />

débitos <strong>de</strong> impostos <strong>de</strong> vendas e contribuição social referente ao processo <strong>de</strong> impugnação contra<br />

autos <strong>de</strong> infração nº 11516.002821/2004-29, cuja a questão central consiste <strong>em</strong> interpretação do<br />

fisco <strong>de</strong> que a MAESA teria, nos anos <strong>de</strong> 2000 e 2001, exercido a opção <strong>de</strong> tributação com base<br />

no lucro presumido o que obrigaria a tributação dos rendimentos das aplicações financeiras e<br />

ganho <strong>de</strong> capital sobre as vendas <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira durante o período <strong>de</strong> construção da usina. O valor<br />

total foi dividido <strong>em</strong> 60 parcelas atualizadas pela Selic. Até 31 <strong>de</strong> <strong>de</strong>z<strong>em</strong>bro <strong>de</strong> 2010 ocorreram<br />

pagamentos, rigorosamente <strong>em</strong> dia, no montante acumulado <strong>de</strong> <strong>R$</strong> 3.174, correspon<strong>de</strong>ntes a 42<br />

parcelas do total.<br />

O saldo do parcelamento está assim apresentado:<br />

31<br />

2010 2009 01/01/2009<br />

Circulante – Impostos a recolher 1.036 966 890<br />

Não circulante 518 1.450 2.226<br />

1.554 2.416 3.116


Machadinho Energética S.A.<br />

Notas explicativas às d<strong>em</strong>onstrações financeiras<br />

(Em <strong>milhares</strong> <strong>de</strong> <strong>reais</strong>)<br />

12. Provisão para contingências<br />

Em 31 <strong>de</strong> <strong>de</strong>z<strong>em</strong>bro <strong>de</strong> 2010 e <strong>de</strong> 2009 e 1º <strong>de</strong> janeiro <strong>de</strong> 2009, com base na avaliação dos seus<br />

assessores jurídicos a Companhia não registrou saldo <strong>de</strong> provisão para contingências.<br />

A Companhia apresentava ações judiciais requeridas por expropriados, solicitando in<strong>de</strong>nizações<br />

por danos causados pelas <strong>de</strong>sapropriações, cujos assessores jurídicos avaliaram o risco <strong>de</strong> perda<br />

como possível.<br />

Perdas possíveis, não provisionadas no balanço<br />

A Companhia t<strong>em</strong> ações <strong>de</strong> naturezas cível e trabalhista, envolvendo riscos <strong>de</strong> perda classificados<br />

pela Administração como possíveis, com base na avaliação <strong>de</strong> seus consultores jurídicos, para as<br />

quais não há provisão constituída, conforme composição e estimativa a seguir:<br />

Natureza 2010 2009 01/01/2009<br />

Ações cíveis (*) 2.548 2.548 2.685<br />

Ações trabalhistas 69 69 69<br />

32<br />

2.617 2.617 2.754<br />

(*) Refer<strong>em</strong>-se, principalmente, a ações in<strong>de</strong>nizatórias por conta <strong>de</strong> áreas supostamente atingidas<br />

pelo reservatório e ações por danos ambientais diversos, as quais a Administração da Companhia<br />

e seus consultores legais entend<strong>em</strong> que a probabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> perda é possível.


Machadinho Energética S.A.<br />

Notas explicativas às d<strong>em</strong>onstrações financeiras<br />

(Em <strong>milhares</strong> <strong>de</strong> <strong>reais</strong>)<br />

13. Patrimônio líquido<br />

a. Capital social<br />

Em 31 <strong>de</strong> <strong>de</strong>z<strong>em</strong>bro <strong>de</strong> 2010 e <strong>de</strong> 2009 e 01 <strong>de</strong> janeiro <strong>de</strong> 2009 o capital social é <strong>de</strong><br />

<strong>R$</strong> 339.808, totalmente subscrito e integralizado, representado por ações ordinárias e<br />

nominativas, e sua composição é como segue:<br />

Quantida<strong>de</strong> %<br />

Acionistas <strong>de</strong> ações Capital<br />

Alcoa Alumínio S.A. 105.318.027 30,9934<br />

Camargo Corrêa Cimentos S.A. 21.585.265 6,3522<br />

Companhia Brasileira <strong>de</strong> Alumínio - CBA 112.600.312 33,1365<br />

Companhia Estadual <strong>de</strong> Geração e Transmissão <strong>de</strong> Energia<br />

Elétrica - CEEE-GT 22.624.633 6,6580<br />

DME Distribuição S.A – DMED 11.179.622 3,2899<br />

Tractebel Energia S.A 9.591.806 2,8227<br />

Valesul Alumínio S.A. 33.926.530 9,9840<br />

Votorantim Cimentos Brasil Ltda. - VCB 22.982.094 6,7633<br />

Outros 6 -<br />

339.808.295 100,0000<br />

b. Reserva legal<br />

A reserva legal é constituida anualmente como <strong>de</strong>stinação <strong>de</strong> 5% do lucro líquido do<br />

exercício e não po<strong>de</strong>rá exce<strong>de</strong>r a 20% do capital social. A reserva legal t<strong>em</strong> por fim<br />

assegurar a integrida<strong>de</strong> do capital social e somente po<strong>de</strong>rá ser utilizada para compensar<br />

prejuízo e aumentar o capital.<br />

c. Reserva <strong>de</strong> retenção <strong>de</strong> lucros<br />

A reserva <strong>de</strong> retenção <strong>de</strong> lucros é constituída para fazer face as obrigações <strong>de</strong>correntes das<br />

operações <strong>de</strong> <strong>em</strong>préstimos, financiamentos e <strong>de</strong>bêntures a ser<strong>em</strong> aprovadas <strong>em</strong> Ass<strong>em</strong>bléia<br />

Geral Ordinária <strong>em</strong> data ainda a ser <strong>de</strong>finida.<br />

33


Machadinho Energética S.A.<br />

Notas explicativas às d<strong>em</strong>onstrações financeiras<br />

(Em <strong>milhares</strong> <strong>de</strong> <strong>reais</strong>)<br />

d. Divi<strong>de</strong>ndos propostos<br />

O estatuto social da Companhia <strong>de</strong>termina a distribuição <strong>de</strong> um divi<strong>de</strong>ndo mínimo<br />

obrigatório <strong>de</strong> 1% do resultado o período, ajustado na forma da lei. Os divi<strong>de</strong>ndos a pagar<br />

foram <strong>de</strong>stacados do patrimônio líquido no encerramento do exercício e registrados <strong>em</strong><br />

outros passivos.<br />

Os divi<strong>de</strong>ndos foram calculados conforme segue:<br />

Resultado do exercício 11.000<br />

(-) reserva legal (550)<br />

Base <strong>de</strong> cálculo 10.450<br />

Divi<strong>de</strong>ndos propostos – 1% 104<br />

(-) Divi<strong>de</strong>ndos antecipados<br />

Divi<strong>de</strong>ndos a pagar 104<br />

34<br />

-


Machadinho Energética S.A.<br />

Notas explicativas às d<strong>em</strong>onstrações financeiras<br />

(Em <strong>milhares</strong> <strong>de</strong> <strong>reais</strong>)<br />

14. Receita operacional<br />

Abaixo apresentamos a conciliação entre as receitas bruta para fins fiscais e as receitas<br />

apresentadas na d<strong>em</strong>onstração <strong>de</strong> resultado do exercício:<br />

2010 2009<br />

Receita bruta fiscal 94.000 96.348<br />

Impostos sobre serviços (8.695) (8.912)<br />

Total <strong>de</strong> receita contábil 85.305 87.436<br />

15. Resultado financeiro e cambial líquido<br />

Despesas financeiras:<br />

35<br />

2010 2009<br />

Empréstimos e financiamentos (26.603) (13.973)<br />

Debêntures (7.919) (11.314)<br />

Subtotal (34.522) (25.287)<br />

Receitas financeiras:<br />

Aplicações financeiras 706 976<br />

Outras receitas 335 487<br />

Subtotal 1.041 1.463<br />

Total do resultado financeiro, líquido (33.481) (23.824)


Machadinho Energética S.A.<br />

Notas explicativas às d<strong>em</strong>onstrações financeiras<br />

(Em <strong>milhares</strong> <strong>de</strong> <strong>reais</strong>)<br />

16. Imposto <strong>de</strong> renda e contribuição social<br />

A seguir, reconciliação dos tributos e contribuições sociais no resultado:<br />

36<br />

2010<br />

2009<br />

Lucro antes do imposto <strong>de</strong> renda e contribuição social 16.728 1.625<br />

Alíquota fiscal combinada 34% 34%<br />

Imposto <strong>de</strong> renda e contribuição social pela alíquota fiscal<br />

combinada (5.687) (552)<br />

Adições permanentes (35) -<br />

Outros (6) 58<br />

Efeito dos impostos no resultado (5.728) (494)<br />

Alíquota efetiva 34% 30%<br />

17. Resultado por ação<br />

O resultado por ação básico foi calculado com base no resultado do período atribuível aos<br />

acionistas controladores e não controladores da Companhia no exercício <strong>de</strong> 2010 e a respectiva<br />

quantida<strong>de</strong> média <strong>de</strong> ações ordinárias <strong>em</strong> circulação neste exercício, comparativamente com o<br />

exercício <strong>de</strong> 2009 conforme quadro abaixo<br />

2010 2009<br />

Lucro atribuível aos acionistas da Companhia 11.000 31.413<br />

Média pon<strong>de</strong>rada da quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> ações <strong>em</strong> circulação<br />

339.808.295 339.808.295<br />

Resultado básico por ação <strong>em</strong> <strong>R$</strong> 0,0324 0,0924


Machadinho Energética S.A.<br />

Notas explicativas às d<strong>em</strong>onstrações financeiras<br />

(Em <strong>milhares</strong> <strong>de</strong> <strong>reais</strong>)<br />

18. Instrumentos financeiros<br />

a. I<strong>de</strong>ntificação dos instrumentos financeiros<br />

A Companhia opera com diversos instrumentos financeiros como aplicações financeiras,<br />

contas a receber <strong>de</strong> clientes, contas a pagar e financiamentos. Essas operações <strong>de</strong>stinam-se a<br />

aten<strong>de</strong>r às suas necessida<strong>de</strong>s relativas à maximização da rentabilida<strong>de</strong> dos recursos líquidos<br />

<strong>de</strong> caixa e à captação <strong>de</strong> recursos necessários para manutenção do capital <strong>de</strong> giro e<br />

suprimento do seu plano <strong>de</strong> investimentos.<br />

b. Risco <strong>de</strong> crédito<br />

O valor contábil dos ativos financeiros representa a exposição máxima do crédito. A<br />

exposição máxima do risco do crédito na data das d<strong>em</strong>onstrações financeiras foi:<br />

37<br />

Valor contábil<br />

2010 2009 01/01/2009<br />

Contas a receber <strong>de</strong> clientes - 36.719 76.114<br />

Caixa e equivalentes <strong>de</strong> caixa 3.444 5.466 9.197<br />

Total 3.444 42.185 85.311<br />

A Companhia não possui risco <strong>de</strong> crédito por região geográfica, pois todos os seus clientes<br />

estão localizados no Brasil. Também não possui risco <strong>de</strong> crédito por tipo <strong>de</strong> contra parte, pois<br />

os principais clientes são acionistas. As aplicações financeiras são efetivadas apenas <strong>em</strong><br />

bancos consi<strong>de</strong>rados <strong>de</strong> baixo risco.


Machadinho Energética S.A.<br />

Notas explicativas às d<strong>em</strong>onstrações financeiras<br />

(Em <strong>milhares</strong> <strong>de</strong> <strong>reais</strong>)<br />

c. Risco <strong>de</strong> liqui<strong>de</strong>z<br />

A seguir, estão os vencimentos contratuais <strong>de</strong> passivos financeiros, incluindo pagamentos <strong>de</strong><br />

juros estimados:<br />

Passivos financeiros<br />

não <strong>de</strong>rivativos<br />

Empréstimos e<br />

financiamentos<br />

Debêntures<br />

Outras contas a pagar<br />

Valor<br />

contábil<br />

220.605<br />

6 meses<br />

ou menos<br />

27.441<br />

61.646 15.412<br />

38<br />

6 a 12<br />

meses<br />

1 a 2<br />

anos<br />

27.441 107.496<br />

15.642<br />

2 a 5<br />

anos<br />

58.227<br />

30.592 -<br />

316 316 - - -<br />

282.567 43.169<br />

43.083<br />

138.088<br />

58.227<br />

Mais <strong>de</strong><br />

5 anos<br />

Não é esperado que fluxos <strong>de</strong> caixa, incluídos nas análises <strong>de</strong> maturida<strong>de</strong> da Companhia,<br />

possam ocorrer significant<strong>em</strong>ente mais cedo ou <strong>em</strong> montantes significant<strong>em</strong>ente diferentes.<br />

-<br />

-<br />

-<br />

-


Machadinho Energética S.A.<br />

Notas explicativas às d<strong>em</strong>onstrações financeiras<br />

(Em <strong>milhares</strong> <strong>de</strong> <strong>reais</strong>)<br />

d. Risco <strong>de</strong> taxa <strong>de</strong> juros<br />

Na data das d<strong>em</strong>onstrações financeiras, o perfil dos instrumentos financeiros r<strong>em</strong>unerados<br />

por juros da Companhia era:<br />

39<br />

Valor contábil<br />

Instrumentos <strong>de</strong> taxa variável 2010 2009 01/01/2009<br />

Aplicações financeiras 3.433 5.439 9.181<br />

Financiamentos 220.605 270.954 341.006<br />

Debêntures 61.646 92.217 123.319<br />

Análise <strong>de</strong> sensibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> valor justo para instrumentos <strong>de</strong> taxa variável <strong>em</strong><br />

31 <strong>de</strong> <strong>de</strong>z<strong>em</strong>bro <strong>de</strong> 2010<br />

Instrumentos financeiros passivos – Financiamentos subcrédito A e crédito<br />

compl<strong>em</strong>entar vi<strong>de</strong> nota explicativa 9.<br />

Apreciação<br />

do dólar<br />

Apreciação<br />

do dólar<br />

Apreciação do<br />

dólar<br />

Exposição Risco 8,9% * 25% ** 50% **<br />

32.641 alta do dólar (2.890) (8.161) (16.320)<br />

( * ) Conforme curva <strong>de</strong> câmbio obtidas <strong>em</strong> informações disponibilizadas pela BM&F.<br />

( ** ) Conforme requerimento da Instrução CVM 475/08.<br />

Instrumentos financeiros passivos – Financiamentos subcrédito B vi<strong>de</strong> nota<br />

explicativa 9.<br />

Depreciação<br />

do TJLP<br />

Apreciação<br />

do TJLP<br />

Apreciação do<br />

TJLP<br />

Exposição Risco 3% * 25% ** 50% **<br />

147.213 Variação TJLP 236 (2.208) (4.416)


Machadinho Energética S.A.<br />

Notas explicativas às d<strong>em</strong>onstrações financeiras<br />

(Em <strong>milhares</strong> <strong>de</strong> <strong>reais</strong>)<br />

Instrumentos financeiros passivos – Financiamentos subcrédito C vi<strong>de</strong> nota<br />

explicativa 9.<br />

Depreciação<br />

do IGP-M<br />

40<br />

Apreciação<br />

do IGP-M<br />

Apreciação do<br />

dólar IGP-M<br />

Exposição Risco 52% * 25% ** 50% **<br />

40.751 Variação IGP-M 2.408 (1.153) (2.307)<br />

Instrumentos financeiros passivos – Debêntures vi<strong>de</strong> nota explicativa 10.<br />

Apreciação<br />

do CDI<br />

Apreciação<br />

do CDI<br />

Apreciação<br />

do CDI<br />

Exposição Risco 23% * 25% ** 50% **<br />

61.646 Variação CDI (1.387) (1.504) (3.002)<br />

( * ) Conforme previsões do mercado futuro, os índices <strong>de</strong> CDI, IGP-M e TJLP consi<strong>de</strong>rados foram<br />

<strong>de</strong> 11,99%, 6,41% e 5,84%, respectivamente..<br />

( ** ) Conforme requerimento da Instrução CVM 475/08.


Machadinho Energética S.A.<br />

Notas explicativas às d<strong>em</strong>onstrações financeiras<br />

(Em <strong>milhares</strong> <strong>de</strong> <strong>reais</strong>)<br />

e. Valor justo<br />

Os <strong>valores</strong> justos dos intrumentos financeiros ativos e passivos são equivalentes aos <strong>valores</strong><br />

contábeis apresentados no balanço patrimonial, como segue:<br />

Ativos mensurados pelo<br />

custo amortizado<br />

Aplicações financeirasequivalentes<br />

<strong>de</strong> caixa<br />

Caixa e equivalentes <strong>de</strong><br />

caixa<br />

Contas a receber e outros<br />

recebíveis<br />

Passivos mensurados<br />

pelo custo amortizado<br />

Valor<br />

contábil<br />

3.433<br />

11<br />

Financiamentos e<br />

<strong>de</strong>bêntures<br />

282.251<br />

Outras contas a pagar 316<br />

2010 2009 01/01/2009<br />

Valor<br />

justo<br />

3.433<br />

41<br />

Valor<br />

contábil<br />

5.439<br />

Valor<br />

justo<br />

5.439<br />

Valor<br />

contábil<br />

9.181<br />

Valor<br />

justo<br />

9.181<br />

11 27 27 16 16<br />

- - 36.719 36.719 76.114 76.114<br />

282.251 363.171 363.171 464.325 464.325<br />

206 127 127 206 206<br />

Os <strong>valores</strong> justos informados não reflet<strong>em</strong> mudanças futuras na economia, tais como taxas <strong>de</strong><br />

juros e alíquotas <strong>de</strong> impostos e outras variáveis que possam ter efeito sobre sua <strong>de</strong>terminação.<br />

Os seguintes métodos e pr<strong>em</strong>issas foram adotados na <strong>de</strong>terminação do valor justo:<br />

Aplicações financeiras – São <strong>de</strong>finidos como ativos <strong>de</strong>signados pelo valor justo por<br />

meio do resultado e mantidos até o vencimento. Os <strong>valores</strong> contábeis informados no<br />

balanço patrimonial são idênticos ao valor justo <strong>em</strong> virtu<strong>de</strong> <strong>de</strong> suas taxas <strong>de</strong> r<strong>em</strong>uneração<br />

ser<strong>em</strong> baseadas na variação do CDI e Selic.


Machadinho Energética S.A.<br />

Notas explicativas às d<strong>em</strong>onstrações financeiras<br />

(Em <strong>milhares</strong> <strong>de</strong> <strong>reais</strong>)<br />

Contas a receber, outras contas a receber, e outras contas a pagar – Decorr<strong>em</strong><br />

diretamente das operações da Companhia, sendo mensurados pelo custo amortizado e<br />

estão registrados pelo seu valor original, <strong>de</strong>duzido <strong>de</strong> provisão para perdas e ajuste a<br />

valor presente quando aplicável. O valor contábil se equivale ao valor justo tendo <strong>em</strong><br />

vista o curtíssimo prazo <strong>de</strong> liquidação <strong>de</strong>ssas operações (menos <strong>de</strong> 90 dias)<br />

Financiamentos e <strong>de</strong>bêntures – São classificados como passivos financeiros não<br />

mensurados ao valor justo e estão registrados pelo método do custo amortizado <strong>de</strong> acordo<br />

com as condições contratuais. Esta <strong>de</strong>finição foi adotada, pois os <strong>valores</strong> não são<br />

mantidos para negociação que <strong>de</strong> acordo com entendimento da Administração reflete a<br />

informação contábil mais relevante. Os <strong>valores</strong> justos <strong>de</strong>stes financiamentos são<br />

equivalentes aos seus <strong>valores</strong> contábeis, por se tratar<strong>em</strong> <strong>de</strong> instrumentos financeiros com<br />

taxas que se equival<strong>em</strong> às taxas <strong>de</strong> mercado e por possuír<strong>em</strong> características exclusivas,<br />

oriundas <strong>de</strong> fontes <strong>de</strong> financiamento específicas para financiamento.<br />

Pelas razões anteriormente <strong>de</strong>scritas, os <strong>valores</strong> justos apresentados foram <strong>de</strong>finidos no<br />

nível 3 da hierarquia <strong>de</strong> valor justo.<br />

f. Instrumentos financeiros <strong>de</strong>rivativos<br />

A Companhia não celebrou e não t<strong>em</strong> como política contratar instrumentos financeiros<br />

<strong>de</strong>rivativos.<br />

19. Coberturas <strong>de</strong> seguros<br />

A Companhia adota a política <strong>de</strong> contratar cobertura <strong>de</strong> seguros para os bens sujeitos a risco por<br />

montantes consi<strong>de</strong>rados suficientes para cobrir eventuais sinistros, consi<strong>de</strong>rando a natureza <strong>de</strong> sua<br />

ativida<strong>de</strong>. As pr<strong>em</strong>issas <strong>de</strong> risco adotadas, dada a sua natureza, não faz<strong>em</strong> parte do escopo <strong>de</strong> uma<br />

auditoria das d<strong>em</strong>onstrações financeiras, consequent<strong>em</strong>ente não foram analisadas pelos nossos<br />

auditores in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes.<br />

Em 31 <strong>de</strong> <strong>de</strong>z<strong>em</strong>bro <strong>de</strong> 2010 a cobertura <strong>de</strong> seguros era composta como d<strong>em</strong>onstrado a seguir:<br />

Importância<br />

Riscos Data <strong>de</strong> vigência segurada Prêmio<br />

Risco operacional - Usina/Linha <strong>de</strong><br />

Transmissão 31/05/2010 à 31/05/2011 1.151.856 907<br />

Responsabilida<strong>de</strong> civil - Usina 29/11/2010 à 29/11/2011 87.215 89<br />

42


Machadinho Energética S.A.<br />

Notas explicativas às d<strong>em</strong>onstrações financeiras<br />

(Em <strong>milhares</strong> <strong>de</strong> <strong>reais</strong>)<br />

20. Transição para a adoção das novas normas dos CPC e normas do IFRS<br />

Como mencionado na nota explicativa 2(a), estas são as primeiras d<strong>em</strong>onstrações<br />

financeiras da Companhia preparadas <strong>de</strong> acordo com as IFRS e CPC.<br />

As políticas contábeis estabelecidas na nota explicativa 3 foram aplicadas na preparação<br />

das d<strong>em</strong>onstrações financeiras para o ano encerrado <strong>em</strong> 31 <strong>de</strong> <strong>de</strong>z<strong>em</strong>bro <strong>de</strong> 2010, nas<br />

informações comparativas apresentadas nestas d<strong>em</strong>onstrações financeiras para o ano<br />

encerrado <strong>em</strong> 31 <strong>de</strong> <strong>de</strong>z<strong>em</strong>bro <strong>de</strong> 2009 e na preparação do balanço patrimonial <strong>de</strong><br />

abertura <strong>em</strong> IFRS e CPC para a posição financeira <strong>em</strong> 1º <strong>de</strong> janeiro <strong>de</strong> 2009 (data <strong>de</strong><br />

transição).<br />

Na preparação <strong>de</strong> sua d<strong>em</strong>onstração <strong>de</strong> posição financeira <strong>de</strong> abertura <strong>em</strong> IFRS e CPC, a<br />

Companhia ajustou <strong>valores</strong> anteriormente apresentados <strong>em</strong> d<strong>em</strong>onstrações financeiras<br />

preparadas <strong>de</strong> acordo com a prática contábil anteriormente adotada.<br />

A aplicação <strong>de</strong>stas novas normas impactou montantes anteriormente apresentados nas<br />

d<strong>em</strong>onstrações financeiras da Companhia conforme como d<strong>em</strong>onstrado a seguir:<br />

No quadro a seguir estão d<strong>em</strong>onstrados os efeitos patrimoniais e no resultado do<br />

exercício <strong>em</strong> função da adoção das IFRS e CPCs:<br />

Saldos originais apresentados<br />

Baixa <strong>de</strong> diferido (a)<br />

Saldos reapresentados<br />

Ativos totais<br />

2009 01/01/09<br />

720.003 821.492<br />

- (30.282)<br />

720.003 791.210<br />

43<br />

Patrimônio líquido<br />

2009<br />

353.452<br />

-<br />

353.452<br />

01/01/09<br />

352.331<br />

(30.282)<br />

322.049<br />

Resultado<br />

2009<br />

1.131<br />

30.282<br />

31.413<br />

(a) Saldo <strong>de</strong> diferido baixado no balanço <strong>de</strong> abertura contra lucros/prejuízos acumulados.<br />

* * *

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!