O Projeto fala... - Bicho de Rua

Infecção por
hemoparasitos
PARTE II: GATOS
HEMOPLASMOSE
A hemoplasmose já teve outro nome:
hemobartonelose, que ainda é o mais
conhecido por muitas pessoas. O agente
causador desta doença é o Mycoplasma
haemofelis, e seus hospedeiros são os insetos
picadores – pulgas, principalmente, piolhos
e carrapatos - que inoculam o agente na
corrente sanguínea quando picam a pele
do felino. Os gatos também podem se
contaminar com transfusões sangüíneas,
seringas contaminadas, ingestão de sangue
(durante brigas) de outros felinos infectados,
e pela via transplacentária. A doença tem
uma incidência muito alta.
O período de incubação varia de 6 a 16
dias, e os sinais clínicos variam bastante,
sendo comum haver febre alta, depressão e
anemia - que é do tipo
hemolítica+regenerativa, podendo variar de
suave a severa. Também pode haver
vômitos, maior sangramento em cortes,
icterícia, dores articulares e aumento da
freqüência respiratória. Outros achados são
a esplenomegalia e hepatomegalia
(aumento do baço e fígado,
respectivamente). O tratamento correto
deve ser instituído a tempo, podendo haver
necessidade de alimentação e hidratação
forçadas, uma vez que o gato pode vir a
demorar mais para recuperar o apetite e se
recuperar da anemia, que pode ser bem
severa. Pode haver também necessidade de
transfusão sanguínea. Sem terapia, um terço
dos gatos morre devido à anemia severa.
Alguns podem, ainda, se recuperar da
doença e se tornar portadores saudáveis,
significando que ainda possuem um
pequeno número de parasitos no organismo,
podendo, no caso de serem submetidos a
algum tipo de estresse, haver uma
multiplicação dos parasitos, o que resultaria
em doença clínica.
É fundamental a
prevenção desta
doença, através de
controle rígido de
ectoparasitos nos
felinos.
Dra. Claudia
Batistella Scaf
CRMV-RS 7664
CianMagentaAmareloPreto
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Antes e
Depois
Aqui, casos
especiais de
animais que
foram resgatados,
tratados,
anunciados e
muitos já
encaminhados
para novos lares.
Os relatos e fotos
mostram o
precário estado
de saúde no
momento do
recolhimento e a
evolução após o
tratamento.
Veja outros casos
em nosso site.
Adotados
Estes são alguns
dos animais que
encontraram um
lar através da
divulgação e
intermediação
do Projeto Bicho
de Rua.
antes
Vaquinha
e Spock
www.bichoderua.org.br
Jornal Bicho de Rua
Kelly Kee
“Era uma vez, uma jovem cachorrinha que não tinha um lar e andava pelas ruas à
procura de comida e, quem sabe, um pouco de carinho. De tanto andar, suas
patinhas ficaram em feridas e a sarna tomou conta de seu corpo. O cansaço foi
tanto, que ela desistiu de andar e se deitou junto ao meio-fio da calçada, para
esperar pela morte...”
Esta história acontece com centenas de cães, ano após ano. Muda o porte, a
pelagem do animal, o estado da sarna, a quantidade de carrapatos, bicho-de-pé,
pulgas e piolhos, mas a saga pela qual passam esses bichos de rua é a mesma.
Felizmente, a história não precisa terminar com a morte dos nossos heróis pois todos
nós podemos ajudar a mudar esse final. Foi o que aconteceu com a Kelly Kee!
Vejam: “...Foi então, que apareceu uma fada madrinha que, com sua varinha de
condão, transformou nossa heroína em uma super star!”
Vamos torcer e trabalhar para que as fadas madrinhas não existam apenas em
livros. A magia das varinhas de condão é a boa vontade, o amor, o tratamento
veterinário, os cuidados que um bicho de rua precisa para se recuperar. O
tratamento da Kelly foi muito simples: banhos semanais durante dois meses,
alimentação e muito carinho.
A Kelly Kee foi adotada e está morando em um castelo, bem protegido contra a
bruxa do abandono.
depois
Sol Tobi Kelly Kee Negruxa
Beto Alemão Mana Hércules Brida Chulé
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