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Praça da Alfândega, Porto Alegre – RS - Monumenta

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O Projeto tem em vista não apenas os viajantes que passam pela ci<strong>da</strong>de, mas<br />

também a população. “Uma pessoa pode tropeçar diariamente num marco<br />

importante <strong>da</strong> vi<strong>da</strong> <strong>da</strong> ci<strong>da</strong>de e jamais saber alguma coisa sobre ele. Havendo<br />

informação, o patrimônio histórico se concretiza nas edificações e nos<br />

lugares, que passam a ter um significado especial, se consoli<strong>da</strong>ndo na<br />

memória coletiva”. Para explicar esse processo de “cristalização” do<br />

patrimônio, ela toma empresta<strong>da</strong> a imagem de um toca-discos, que o<br />

designer e ex-presidente <strong>da</strong> Fun<strong>da</strong>ção Pró-Memória/IPHAN, Aloísio<br />

Magalhães, gostava de utilizar em suas conferências.<br />

“O processo cultural é semelhante ao deslocamento do braço do toca-discos,<br />

<strong>da</strong> periferia para o centro do ‘bolachão’. As manifestações contemporâneas<br />

se produzem nas bor<strong>da</strong>s do disco imaginário <strong>da</strong> cultura. Algumas<br />

desaparecem. As que ficam vão sendo repeti<strong>da</strong>s, reforça<strong>da</strong>s e revivi<strong>da</strong>s. E, tal<br />

como o braço do aparelho, se encaminham para o ‘centro do disco’. Esse<br />

núcleo é o patrimônio histórico que se consoli<strong>da</strong> com o tempo. Ou seja, o<br />

olhar afetivo <strong>da</strong> população vai entrando pelas bor<strong>da</strong>s do ‘bolachão’. O<br />

somatório <strong>da</strong>s experiências individuais ‘solidifica’ o patrimônio. Por isso nosso<br />

projeto tem a finali<strong>da</strong>de de levar a população a um diálogo afetivo e<br />

permanente com a ci<strong>da</strong>de. Com certeza, a preservação do patrimônio é<br />

diretamente proporcional ao afeto que os ci<strong>da</strong>dãos têm por ela”.

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