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Ciclo Cardíaco e Relação entre Curvas de Pressão

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Curso Nacional <strong>de</strong> Reciclagem em<br />

Cardiologia – Região Sul<br />

20 a 24 <strong>de</strong> setembro <strong>de</strong> 2006<br />

Florianópolis - SC<br />

<strong>Ciclo</strong> <strong>Cardíaco</strong> e <strong>Relação</strong> <strong>entre</strong> <strong>Curvas</strong> <strong>de</strong> <strong>Pressão</strong>,<br />

Eventos Mecânicos e Acústicos<br />

Dr. Adrian Paulo Morales Kormann


Anatomia e Fisiologia


Netter<br />

Anatomia e Fisiologia


Netter<br />

Anatomia e Fisiologia


Anatomia e Fisiologia<br />

Modificado <strong>de</strong> .A.D.A.M. Interactive Physiology


<strong>Ciclo</strong> <strong>Cardíaco</strong><br />

e<br />

Eventos Mecânicos


Contração Isovolumétrica<br />

Após a sístole atrial os ventrículos estão em sua capacida<strong>de</strong> máxima <strong>de</strong> volume e<br />

com sua maior pressão diastólica (pressão diastólica final ou PD2).<br />

As valvas aórtica e pulmonar fechadas - pois as pressões diastólicas arteriais são<br />

bem maiores ainda que a pressão diastólica dos ventrículos.


Contração Isovolumétrica<br />

A ativação elétrica chega ao ventrículo e começa a fase <strong>de</strong> contração muscular.<br />

A pressão intracavitária sobe rapidamente e as valvas AV se fecham completamente. Ocorre<br />

aqui a primeira bulha. Como as pressões atriais se assemelham muito e o ventrículo<br />

esquerdo, por ser maior, produz mais rapidamente maior pressão, a valva mitral se fecha<br />

primeiro que a tricúspi<strong>de</strong>. Por um momento extremamente curto as cavida<strong>de</strong>s ventriculares<br />

se isolam completamente, enquanto a contração do músculo ventricular se propaga.<br />

Em um certo ponto a pressão intracavitária ultrapassa a pressão diastólica das gran<strong>de</strong>s<br />

artérias e as valvas semilunares se abrem.


Fase <strong>de</strong> Ejeção<br />

Com a abertura das valvas semilunares ocorre a expulsão do volume ventricular<br />

para as gran<strong>de</strong>s artérias - fase ascen<strong>de</strong>nte da curva <strong>de</strong> pressão.<br />

A contração do músculo cardíaco chega ao seu máximo no ápice da curva <strong>de</strong><br />

pressão ventricular, que <strong>de</strong>pois começa a se reduzir. A taxa da ejeção ventricular<br />

não <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> apenas da força <strong>de</strong> contração do músculo cardíaco e do gradiente <strong>de</strong><br />

pressão formado a nível das valvas, mas também das proprieda<strong>de</strong>s elásticas dos<br />

gran<strong>de</strong>s vasos e da árvore arterial.


O relaxamento e as fases <strong>de</strong> enchimento ventricular<br />

No fim da contração muscular e o início da diástole fisiológica, na verda<strong>de</strong> ainda<br />

estamos no período da sístole cardíaca. A contração começa a se extinguir, com<br />

cada vez mais miofibrilas em estado <strong>de</strong> relaxamento, a partir do ápice da onda <strong>de</strong><br />

pressão ventricular.<br />

Apesar do fluxo sangüíneo dos ventrículos para os gran<strong>de</strong>s vasos diminuir muito, o<br />

fluxo sanguíneo na árvore arterial se mantém <strong>de</strong>vido as proprieda<strong>de</strong>s elásticas das<br />

pare<strong>de</strong>s dos gran<strong>de</strong>s vasos (efeito Windkessel). Em um <strong>de</strong>terminado ponto a<br />

pressão arterial supera a ventricular, fechando as valvas aórtica e pulmonar. A<br />

diástole cardíaca começa quando estas valvas se fecham. Nesse instante ocorre o<br />

entalhe dicrótico da curva <strong>de</strong> pressão arterial.


O relaxamento isovolumétrico<br />

O músculo cardíaco já com a fase <strong>de</strong> relaxamento iniciada gera uma queda<br />

repentina da pressão intracavitária. Em um dado momento a pressão arterial<br />

supera a pressão ventricular e as valvas se fecham, primeiro a aórtica por possuir<br />

maior pressão e em seguida a pulmonar.<br />

Aqui ocorre a segunda bulha.<br />

Durante alguns instantes a pressão ventricular permanece maior que a atrial e<br />

ambas as vias <strong>de</strong> entrada e saída permanecem fechadas, apesar do relaxamento<br />

ativo das fibras miocárdicas.


a) A fase <strong>de</strong> enchimento rápido<br />

A diástole<br />

Quando a pressão ventricular por fim se reduz abaixo da pressão atrial,<br />

que nesse momento é máxima as valvas AV se abrem <strong>de</strong>ixando passar um gran<strong>de</strong><br />

fluxo rapidamente em direção ao ventrículo. 70% do enchimento ventricular ocorre<br />

nessa fase.


) Fase <strong>de</strong> enchimento lento<br />

Também chamado <strong>de</strong> diastase. Com o enchimento do<br />

ventrículo e o fim da fase ativa do relaxamento do músculo cardíaco,<br />

ocorre uma <strong>de</strong>saceleração importante do fluxo. A valvas AV ten<strong>de</strong>m<br />

a se fechar passivamente. No momento da <strong>de</strong>saceleração do fluxo<br />

rápido para o fluxo lento é que ocorre o 3º ruído cardíaco. O fluxo do<br />

átrio para o ventrículo é bastante reduzido, chegando a quase<br />

parar.


c) Sístole atrial<br />

Nova contração atrial ocorre, finalizando o ciclo. As valvas AV<br />

se reabrem, momento em que ocorre a onda A da valva mitral ao ECO<br />

unidimensional e o 4º ruído cardíaco. A sístole atrial po<strong>de</strong> representar até<br />

20% do volume diastólico final do ventrículo, sendo <strong>de</strong> gran<strong>de</strong><br />

importância para a manutenção do débito cardíaco nos pacientes que<br />

possuam algum tipo <strong>de</strong> restrição funcional do VE.


Os Sons <strong>Cardíaco</strong>s


• PRIMEIRA<br />

Bulhas<br />

- Vibrações <strong>de</strong> intensida<strong>de</strong> variada - início com o período <strong>de</strong> contração<br />

isovolumétrica e se esten<strong>de</strong>m até o início da ejeção ventricular<br />

- Timbre é mais grave e sua duração é maior do que a segunda bulha. É <strong>de</strong><br />

maior intensida<strong>de</strong> no foco mitral - TUM<br />

- Principal componente = fechamento da valva mitral e tricúspi<strong>de</strong><br />

componentes atriais, musculares (contração muscular ventricular) e<br />

vasculares (abertura das valvas sigmói<strong>de</strong>s).<br />

- Duração do som = 0,10 a 0,12s<br />

- As vibrações mais importantes são respectivamente o fechamento da<br />

valva mitral, que ocorre primeiro, e da valva tricúspi<strong>de</strong> - intervalo 0,02 a<br />

0,03s.


• SEGUNDA<br />

Bulhas<br />

- Vibrações nas estruturas cardiovasculares. É composta pelos componente<br />

aórtico e pulmonar.<br />

- Timbre é agudo e soa <strong>de</strong> maneira seca – TA<br />

- Principal componente - vibrações originárias do fechamento das valvas<br />

semilunares.<br />

Valva aórtica normalmente se fecha primeiro, seguida da valva pulmonar.<br />

- Intensida<strong>de</strong> dos 2 componentes é <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte da pressão média aórtica e<br />

pulmonar.<br />

- Intervalo <strong>entre</strong> os componentes A2 e P2 é variável com a respiração<br />

chegando a ser coinci<strong>de</strong>ntes no final da expiração separando-se <strong>de</strong> até 0,08s<br />

na inspiração com valor médio <strong>de</strong> 0,03 a 0,04s.<br />

- Desdobramento resulta <strong>de</strong> um maior retorno venoso provocado pela<br />

pressão negativa intratorácica, maior volume do VD exigirá maior tempo <strong>de</strong><br />

ejeção, retardando o fim da sístole direita e o componente pulmonar da 2a.<br />

bulha. A inspiração também gera um menor retorno <strong>de</strong> sangue ao coração<br />

esquerdo, acelerando a ejeção esquerda e adiantando o componente aórtico.<br />

Este <strong>de</strong>sdobramento é chamado <strong>de</strong> fisiológico


• TERCEIRA<br />

Bulhas<br />

- É um ruído ru do protodiastólico, protodiast lico, <strong>de</strong> baixa freqüê freqüência,<br />

ncia, originado das vibraçõ vibrações<br />

es da<br />

pare<strong>de</strong> ventricular durante a fase <strong>de</strong> enchimento ventricular rápido r pido – TU<br />

- Miocardiopatias, Miocardiopatias,<br />

IM, <strong>de</strong>feito septal ventricular, pericardite constritiva,<br />

hipercinese - GALOPE VENTRICULAR<br />

- Em relaçã relação<br />

o ao pulso venoso ocorre pouco antes do ponto y (ápice ( pice do<br />

colapso y). Qualquer condiçã condição<br />

o que aumente este fluxo modifica esse som. Na<br />

faixa da audiçã audição<br />

estetoscópica<br />

estetosc pica (120~500Hz) o som normal é muito pequeno<br />

sendo inaudível inaud vel normalmente, mas registrável registr vel ao fonocardiograma.<br />

fonocardiograma.<br />

- Intensificaçã<br />

Intensificação<br />

o da 3º 3 bulha<br />

- Condiçõ Condições<br />

es extra-card extra cardíacas acas que aumentam o fluxo sangüí sangüíneo<br />

neo para o<br />

ventrículo ventr culo - hipertireoidismo, hipertireoidismo,<br />

anemia, gravi<strong>de</strong>z, febre.<br />

- Condiçõ Condições<br />

es cardíacas card acas que intensificam a 3º 3 bulha são s o a insuficiência<br />

insufici ncia<br />

orovalvar mitral, a PCA, a CIV e nas cardiomegalias que ocorrem na<br />

insuficiência insufici ncia cardíaca. card aca.


Bulhas<br />

QUARTA<br />

• É um ruído telediastólico, <strong>de</strong> baixa freqüência, originado da contração<br />

atrial e da distensão da pare<strong>de</strong> ventricular<br />

• Miocardiopatia hipertrófica, HAS, insuficiência coronária e E.Ao.- GALOPE<br />

ATRIAL<br />

- Som <strong>de</strong> baixa amplitu<strong>de</strong> (menor até que a 3º bulha).<br />

- Curta duração = max. 0,08s.<br />

- Prece<strong>de</strong> a onda "a" do pulso venoso e suce<strong>de</strong> a onda P do ECG. O 4º ruído<br />

aumenta <strong>de</strong> amplitu<strong>de</strong> quando ocorre diminuição da distensibilida<strong>de</strong> do<br />

ventrículo. O principal exemplo é o paciente portador <strong>de</strong> doença isquêmica<br />

miocárdica ou <strong>de</strong> hipertrofia ventricular - HAS.<br />

- Pacientes com obstrução da entrada do fluxo ventricular (ex: estenose mitral)<br />

dificilmente apresentam a 4º bulha.


Pulso Venoso<br />

A relação da continuida<strong>de</strong> anatômica <strong>entre</strong> o átrio direito, a<br />

veia cava superior e a veia jugular interna, compondo um<br />

sistema tubular não valvado, permite que a pressão da<br />

cavida<strong>de</strong> atrial direita, representando em última análise, a<br />

pressão venosa central, seja transmitida <strong>de</strong>ssa coluna<br />

líquida e percebida na região cervical


Pulso Venoso<br />

Composição<br />

1.Onda 1. Onda a - Contração atrial<br />

2.Seio 2. Seio <strong>de</strong>scen<strong>de</strong>nte x -<br />

Relaxamento atrial<br />

3.Crista 3. Crista c - Fechamento da<br />

tricúspi<strong>de</strong><br />

4.Crista 4. Crista v - Enchimento do<br />

átrio<br />

5.Seio 5. Seio <strong>de</strong>scen<strong>de</strong>nte y - Fase<br />

<strong>de</strong> enchimento ventricular<br />

rápido


Pulso Venoso<br />

O nível da pulsação varia com a respiração seguindo<br />

passivamente as mudanças da pressão intratorácica: cai na<br />

inspiração e aumenta na expiração<br />

Aumenta com a compressão abdominal<br />

Varia com a mudança <strong>de</strong> postura, mais alto na posição<br />

horizontal do que vertical


Pulso Venoso<br />

Celmo Porto 2ª ed; pág. 388

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