Preview de A Cidade dos Ladrões - Jambô Editora

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seguida de um grito: “Abram! Abram! É Owen Carralif”.
O velho taverneiro corre para a porta de novo
e abre as trancas. Então um homem gordo e calvo
vestindo robes escarlates entra rápido na taverna,
perscrutando o ambiente. Ele o vê e avança na sua
direção, bufando e bafejando. Ele certamente não é
o tipo de pessoa acostumada a exercícios — você
percebe grandes gotas de suor brilhando em sua
testa na luz fraca do aposento. Quando aproximase
de você, ele diz com urgência: “Forasteiro, preciso
falar com você. Sente-se, por favor. É importante
que conversemos”.
Quando ele volta-se para o taverneiro, estalando os
dedos pedindo comida e bebida, você vê que ele obviamente
tem algum status na cidade, embora seu
rosto esteja repleto de angústia e tristeza. Curioso,
você decide ouvir o que o homem tem a dizer. Ele
puxa uma cadeira para você, pedindo que sente, e o
taverneiro aproxima-se com uma bandeja de sopa,
ganso assado e cerveja. O homem de robes escarlates
senta-se à sua frente em silêncio, observando
enquanto você come, como se o avaliasse com algum
propósito em mente. Finalmente, quando você
afasta o prato, o homem inclina-se na sua direção
e diz, com uma voz baixa mas ansiosa: “Forasteiro,
eu o conheço e procuro sua ajuda. Meu nome é
Owen Carralif, e sou o prefeito de Silverton. Estamos
com problemas e em perigo. Vivemos sob uma
maldição, e sou eu quem deve livrar-nos dela. Dez
dias atrás, dois mensageiros do mal cavalgaram até
a cidade em dois enormes garanhões negros. Ga-