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O Livro de Thoth - EIE Caminhos da Tradição

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ser o objeto dos sentidos (cumpre observar que este número 5 é o número <strong>da</strong> letra Hé no<br />

alfabeto hebraico; esta é a letra tradicionalmente consagra<strong>da</strong> à Gran<strong>de</strong> Mãe; é o útero no<br />

qual o Gran<strong>de</strong> Pai - que é representado pela letra Yod, a qual é a representação pictórica<br />

<strong>de</strong> um ponto último - se move e gera a existência ativa).<br />

É possível, agora, ter-se uma idéia concreta do ponto; e, finalmente, esse é um ponto<br />

capaz <strong>de</strong> ser auto-consciente, porque po<strong>de</strong> ter passado, presente e futuro. É capaz <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>finir a si mesmo em termos <strong>da</strong>s idéias anteriores. Eis aqui o número seis, o centro do<br />

sistema: auto-consciente, capaz <strong>de</strong> experiência.<br />

Neste estágio, convém afastarmo-nos por um momento do simbolismo estritamente<br />

qabalístico. A doutrina dos próximos três números (para algumas mentes, ao menos) não<br />

é expressa com muita clareza. É mister olhar para o sistema Ve<strong>da</strong>nta, rumo a uma<br />

interpretação mais lúci<strong>da</strong> dos números 7, 8 e 9, embora tal interpretação correspon<strong>da</strong><br />

muito estreitamente às idéias qabalísticas. Na análise hindu <strong>da</strong> existência, os rishis<br />

(sábios) postulam três quali<strong>da</strong><strong>de</strong>s: Sat, a essência do próprio ser; Chit, o pensamento ou<br />

intelecção; e Anan<strong>da</strong> (usualmente traduzido por bem-aventurança, êxtase), o prazer<br />

experimentado pelo ser no <strong>de</strong>senrolar dos eventos. Esse êxtase é evi<strong>de</strong>ntemente a causa<br />

estimulante <strong>da</strong> mobili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> pura existência. Explica a hipótese <strong>da</strong> imperfeição por parte<br />

<strong>da</strong> Perfeição. O Absoluto seria na<strong>da</strong>, permaneceria na condição <strong>de</strong> na<strong>da</strong>; portanto, a fim<br />

<strong>de</strong> ser consciente <strong>de</strong> suas possibili<strong>da</strong><strong>de</strong>s e gozá-las, precisa explorar essas possibili<strong>da</strong><strong>de</strong>s.<br />

Po<strong>de</strong>-se inserir aqui um enunciado paralelo <strong>de</strong>ssa doutrina, encontra<strong>da</strong> no documento<br />

chamado O <strong>Livro</strong> do Gran<strong>de</strong> Auk para capacitar o estu<strong>da</strong>nte a consi<strong>de</strong>rar a posição do<br />

ponto <strong>de</strong> vista <strong>de</strong> duas mentes diferentes.<br />

“Todos os elementos <strong>de</strong>vem, numa ocasião, ter estado separados - nesse caso, haveria<br />

intenso calor. Quando os átomos atingem o sol, obtemos aquele calor imenso, extremo, e<br />

todos os elementos são eles mesmos, novamente. Imagine que ca<strong>da</strong> átomo <strong>de</strong> ca<strong>da</strong><br />

elemento possua a memória <strong>de</strong> to<strong>da</strong>s as suas aventuras. A propósito, esse átomo,<br />

fortalecido com a memória, não seria o mesmo átomo; e, no entanto, ele o é, porque<br />

na<strong>da</strong> ganhou <strong>de</strong> qualquer lugar, exceto essa memória. Conseqüentemente, pelo lapso do<br />

tempo e em virtu<strong>de</strong> <strong>da</strong> memória, uma coisa seria capaz <strong>de</strong> se tornar alguma coisa a mais<br />

do que ela mesma, tornando-se, assim, possível um <strong>de</strong>senvolvimento real. Vê-se, então,<br />

uma razão para qualquer elemento <strong>de</strong>cidir passar por essa série <strong>de</strong> encarnações, porque<br />

assim, e somente assim, po<strong>de</strong> ele prosseguir; e sofre o lapso <strong>da</strong> memória que tem durante<br />

essas encarnações porque sabe que passará inalterado.<br />

“Portanto, você po<strong>de</strong> ter um número infinito <strong>de</strong> <strong>de</strong>uses, individuais e iguais, embora<br />

diversos, ca<strong>da</strong> um supremo e inteiramente in<strong>de</strong>strutível. Esta é, também, a única<br />

explicação <strong>de</strong> como um ser po<strong>de</strong>ria criar um mundo no qual a guerra, o mal, etc.<br />

existem. O mal é apenas uma aparência, porque (como o bem) não é capaz <strong>de</strong> afetar a<br />

própria substância, mas somente multiplicar suas combinações. Isto é algo idêntico ao<br />

monoteísmo místico, mas a objeção a essa teoria é que Deus tem que criar coisas que<br />

são to<strong>da</strong>s partes d’Ele mesmo, <strong>de</strong> maneira que a interação <strong>de</strong>las é falsa. Se pressupomos<br />

muitos elementos, sua interação é natural.”<br />

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