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O Livro de Thoth - EIE Caminhos da Tradição

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fogo; os números 2 e 3, à água; os números 4 a 9, ao ar; e o número 10 à terra. Esta<br />

divisão correspon<strong>de</strong> à análise do homem. O número 1 é sua essência espiritual, sem<br />

quali<strong>da</strong><strong>de</strong> ou quanti<strong>da</strong><strong>de</strong>; os números 2 e 3 representam seus po<strong>de</strong>res criativos e<br />

transmissivos, sua virili<strong>da</strong><strong>de</strong> e sua inteligência; os números 4 a 9 <strong>de</strong>screvem suas<br />

quali<strong>da</strong><strong>de</strong>s mentais e morais tal como estão concentra<strong>da</strong>s em sua personali<strong>da</strong><strong>de</strong> humana;<br />

o número 6, por assim dizer, é uma elaboração concreta do número 1; e o número 10<br />

correspon<strong>de</strong> à terra, que é o veículo físico dos nove números anteriores. Os nomes <strong>de</strong>stas<br />

partes <strong>da</strong> alma são: 1, Jechi<strong>da</strong>h; 2 e 3, Chiah e Neschamah; 4 a 9, Ruach; e, por último,<br />

10, Nephesch.<br />

Estes quatro planos correspon<strong>de</strong>m, mais uma vez, aos chamados Quatro Mundos, cujas<br />

naturezas po<strong>de</strong>m ser compreendi<strong>da</strong>s por referência, com to<strong>da</strong>s as <strong>de</strong>vi<strong>da</strong>s reservas, ao<br />

sistema platônico. O número 1 é Atziluth, o Mundo Arquetípico, mas o número 2, sendo o<br />

aspecto dinâmico do número 1, é a sua atribuição prática. O número 3 é Briah, o Mundo<br />

Criativo, no qual a Vonta<strong>de</strong> do Pai toma forma através <strong>da</strong> Concepção <strong>da</strong> Mãe,<br />

exatamente como o espermatozói<strong>de</strong> ao fertilizar o óvulo torna possível a produção <strong>de</strong><br />

uma imagem <strong>de</strong> seus pais. Os números 4 a 9 compreen<strong>de</strong>m Yetzirah, o Mundo<br />

Formativo, no qual uma imagem intelectual, uma forma apreciável <strong>da</strong> idéia, é produzi<strong>da</strong>;<br />

e essa imagem mental se torna real e sensível no número 10, Assiah, o Mundo Material.<br />

É caminhando por to<strong>da</strong>s essas atribuições confusas (e às vezes aparentemente<br />

contraditórias), com infatigável paciência e persistência, que se chega, por fim, a uma<br />

lúci<strong>da</strong> compreensão, a uma compreensão que é infinitamente mais clara do que qualquer<br />

interpretação intelectual po<strong>de</strong>ria ser. É um exercício fun<strong>da</strong>mental no caminho <strong>da</strong><br />

iniciação. Caso se seja um racionalista superficial, será fácil captar furos em to<strong>da</strong>s essas<br />

atribuições e hipóteses ou quase-hipóteses semi-filosóficas, mas é também absolutamente<br />

simples provar matematicamente ser impossível golpear uma bola <strong>de</strong> golfe.<br />

Até aqui, o principal tema <strong>de</strong>ste ensaio foi a Árvore <strong>da</strong> Vi<strong>da</strong> em sua essência: as<br />

Sephiroth. Convém consi<strong>de</strong>rar agora as relações <strong>da</strong>s Sephiroth entre si (ver diagrama).<br />

Perceber-se-á que vinte e duas linhas são emprega<strong>da</strong>s para completar a estrutura <strong>da</strong><br />

Árvore <strong>da</strong> Vi<strong>da</strong>. No <strong>de</strong>vido tempo, será explicado como tais linhas correspon<strong>de</strong>m às<br />

letras do alfabeto hebraico. Nota-se que, em alguns aspectos, a maneira como são uni<strong>da</strong>s<br />

parece arbitrária. É <strong>de</strong> se notar que existe um triângulo equilátero - que po<strong>de</strong>-se encarar<br />

como uma base natural para as operações <strong>de</strong> filosofia - que consiste dos números 1, 4 e<br />

5. Mas não há linhas unindo 1 e 4, ou 1 e 5. Isto não é aci<strong>de</strong>ntal. Em lugar algum <strong>da</strong><br />

figura há uma triângulo equilátero ereto, embora haja três triângulos equiláteros com o<br />

ápice para baixo. Isso ocorre por causa <strong>da</strong> fórmula original “Pai, Mãe, Filho”, que se<br />

repete por três vezes numa escala <strong>de</strong>scen<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> simplici<strong>da</strong><strong>de</strong> e espirituali<strong>da</strong><strong>de</strong>. O<br />

número 1 está acima <strong>de</strong>sses triângulos, porque é uma integração do zero e <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> do<br />

tríplice véu do Negativo.<br />

Por outro lado, as Sephiroth, que são emanações do número 1, como já foi mostrado, são<br />

coisas-em-si, quase no sentido kantiano. As linhas que as unem são forças <strong>da</strong> natureza, <strong>de</strong><br />

um tipo muito menos completo; são menos abstrusas, menos abstratas.<br />

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