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4 Sant’Ana do Livramento - 27 de abril de 2008<br />

Bruno Mazzeo sempre achou os vilões mais interessantes. Embora não seja um espectador<br />

assíduo de novelas, o ator, que vive o José Henrique em "Beleza Pura", percebe tal preferência<br />

desde os tempos em que era roteirista do extinto "Sai de Baixo". "Tinha mais prazer em escrever<br />

os diálogos do Caco Antibes do que os outros", reconhece. Por isso mesmo, ele comemora a<br />

chance de viver um legítimo trambiqueiro em sua primeira novela. "Mau-caráter é sempre melhor.<br />

Até por esse lado cômico, do tipo que, no fundo, não faz mal a ninguém", avalia.<br />

Na história, José Henrique apronta mil e uma falcatruas ao lado de sua "gambazinha" Sheila,<br />

vivida por Carol Castro. Advogado do milionário Olavo, de Reginaldo Faria, ele acreditava ser<br />

herdeiro da fortuna do chefe - supostamente morto em um acidente de helicóptero nos primeiros<br />

capítulos. Mas ao saber que não tinha direito a um só centavo - já que o verdadeiro herdeiro<br />

é Robson, de Marcelo Faria -, ele não se conformou e passou a dedicar seus dias a tentar "tirar<br />

vantagem". "Estou adorando fazer novela. É diferente porque estava acostumado a fazer coisas<br />

onde já sabia o início e o fim. Agora, é uma novidade a cada bloco de texto", compara.<br />

Convidado para a novela pela autora Andrea Maltarolli, Bruno conta que limitou sua preparação<br />

a ler a sinopse do personagem. "Li o perfil, imaginei sua personalidade e compus dentro da<br />

minha capacidade porque, afinal de contas, não sou o Wagner Moura", brinca. Apesar de ter<br />

começado a carreira como roteirista em 1991, na "Escolinha do Professor Raimundo", ele "flerta"<br />

com a atuação desde 1996, quando entrou, por acaso, no elenco da peça "Meninas de Rua".<br />

"Senti o aplauso, a risada instantânea do público... Tomei gosto e as coisas começaram a surgir",<br />

conta. De lá para cá, o versátil Bruno passou a conciliar atuação, roteirização, direção, produção...<br />

Em teatro, cinema e tevê. Por aí, dá para perceber que o carioca de 30 anos, sexto filho do<br />

humorista Chico Anysio, é um hiperativo de "carteirinha". "Eu não paro. É desesperador, mas<br />

produzo o tempo inteiro, enlouquecidamente", diverte-se.<br />

P - Ser filho do Chico Anysio te influenciou a seguir essa carreira?<br />

R - Sem dúvida. Não sei se teria conseguido as coisas tão rápido se não fosse filho dele, porque vejo muitas pessoas talentosas<br />

que não têm as mesmas oportunidades. Ser filho do Chico influenciou as minhas escolhas e ajudou a minha entrada. Ele<br />

sempre me incentivou. Eu acompanhava as gravações dos programas dele sempre que podia. Além disso, ele tinha um<br />

escritório enorme em casa e separou um espaço para mim com armário e máquina de escrever. Quando comecei a escrever<br />

para a "Escolinha do Professor Raimundo" tive o apoio da Globo, que passou a me remunerar por isso. Mas fiz a minha parte.<br />

Graças ao meu esforço, me mantive.<br />

P - Você tem um ritmo 'frenético' de trabalho. O que vem pela frente?<br />

R - Em setembro filmo meu longa, "Muita Calma Nessa Hora", em Búzios, no Rio de Janeiro. É uma comédia "besteirol", que<br />

ainda não foi feita no Brasil. Lanço no verão de 2009. Depois da novela volto com a peça "Enfim, Nós". Também rodo no fim<br />

do ano um filme com o José Alvarenga. Acabei de fazer o projeto de um programa da Cláudia Jimenez para a Globo e tenho<br />

outro no Multishow. E, em outubro, estréia a nova temporada do "Cilada".<br />

P - O "Cilada", do Multishow, que você idealizou, tem boa aceitação de público e crítica. A que você atribui isso? De onde vem<br />

a inspiração?<br />

R - A inspiração vem das contas a pagar. Não dá tempo de esperá-la vir porque o programa tem de estar no ar semanalmente,<br />

independentemente do que esteja acontecendo comigo. Agora, antes de mais nada, o "Cilada" é um projeto com a minha cara.<br />

Eu escrevo, atuo, dirijo... A palavra final é sempre minha. Fico feliz com esse resultado positivo dentro das possibilidades de<br />

uma tevê a cabo.<br />

P - Seu trabalho é voltado exclusivamente para a comédia. Você não gostaria de variar e fazer drama?<br />

R - É engraçado, nunca pensei nisso. Mas se eu ler o texto e achar que tenho capacidade de fazer, por que não? Para mim<br />

comédia é uma coisa que flui naturalmente, não tem esforço. Ao mesmo tempo, cena de choro para mim é um desespero, se<br />

tiver de fazer vou ficar uma semana pensando naquilo.

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