Prova I B - IF Sudeste MG
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EXAME DE SELEÇÃO CTU/2008<br />
Educação Profissional Técnica de Nível Médio com Concomitância<br />
Prezado(a) Candidato(a):<br />
PROVA I - LÍNGUA PORTUGUESA, FÍSICA, QUÍMICA E BIOLOGIA<br />
LEIA, COM ATENÇÃO, AS SEGUINTES INFORMAÇÕES:<br />
1. Esta é a sua <strong>Prova</strong>. Aguarde a ordem para abri-la e iniciar seu trabalho.<br />
2. Verifique se a mesma contém 50 (cinqüenta) questões, sendo 20 (vinte) questões de Língua Portuguesa,<br />
10 (dez) questões de Física, 10 (dez) questões de Química e 10 (dez) questões de Biologia, numeradas<br />
de 01 a 50.<br />
3. Você não pode comunicar-se com ninguém, nem mesmo com os examinadores.<br />
4. Leia cada uma das questões com muita atenção. Após a leitura, você encontrará 5 (cinco) alternativas.<br />
Escolha apenas uma.<br />
5. Concluída a <strong>Prova</strong>, marque seu Cartão de Respostas com caneta de tinta azul ou preta e reforce com<br />
grafite preto (lápis ou lapiseira).<br />
6. Verifique se seu número de inscrição corresponde ao número impresso no Cartão.<br />
7. Tome cuidado para não amassar, dobrar ou sujar o Cartão de Respostas, pois não lhe será fornecido<br />
outro, em hipótese alguma.<br />
8. Observe, com atenção, a correspondência do número de cada questão na <strong>Prova</strong> e no Cartão de<br />
Respostas.<br />
9. Não marque duas respostas para uma mesma questão, pois isso acarretará a nulidade dela.<br />
10. Lembre-se de que as respostas não marcadas no Cartão de Respostas estarão irremediavelmente<br />
perdidas.<br />
11. A duração da <strong>Prova</strong> é de 3 (três) horas improrrogáveis.<br />
12. Entregue a <strong>Prova</strong> e o Cartão preenchidos à mesa receptora.<br />
Boa <strong>Prova</strong>!<br />
Nome: ____________________________________________________<br />
Nº Inscrição:_______________________________________________<br />
B<br />
Este é o seu tipo de<br />
prova. Marque esta<br />
letra na questão 51.
Exame de Seleção CTU/2008 <strong>Prova</strong> I – Tipo B<br />
01. Leia o segmento.<br />
LÍNGUA PORTUGUESA E LITERATURA<br />
As questões seguintes referem-se à obra Memórias de um sargento de milícias, de Manuel Antônio de Almeida.<br />
“Os leitores estarão lembrados do que o compadre dissera quando estava a fazer castelos no ar a respeito do afilhado, e pensando<br />
em dar-lhe o mesmo ofício que exercia, isto é, daquele arranjei-me, cuja explicação prometemos dar. Vamos cumprir a promessa.”<br />
Ao cumprir a promessa, o narrador, no capítulo O _ Arranjei-me _ do compadre, explicita<br />
A) como o compadre conseguiu casamento com uma moça rica.<br />
B) a forma desonesta como o compadre conseguiu recursos.<br />
C) o jeitinho tipicamente brasileiro para enfrentar problemas.<br />
D) as dificuldades de um médico em um navio negreiro.<br />
E) o empenho do compadre no cumprimento da palavra dada.<br />
02. Aponte a alternativa que registra o local e a época em que se passam os episódios narrados em Memórias de um sargento de<br />
milícias.<br />
A) São Paulo, século XVII.<br />
B) Minas Gerais, século XIX.<br />
C) São Paulo, século XIX.<br />
D) Portugal, século XX.<br />
E) Rio de Janeiro, século XIX.<br />
03. Segmentos de Memórias de um sargento de milícias são associados, nas opções seguintes, a personagens da obra. Em um dos<br />
casos, porém, a associação está incorreta. Aponte-o.<br />
A) “Era isto natural em um homem de uma vida como a sua; tinha já cinqüenta e tantos anos, nunca tinha tido afeições, passara<br />
sempre só, isolado; era verdadeiro partidário do mais decidido celibato. Assim à primeira afeição que fora levado a contrair, sua<br />
alma expandiu-se toda inteira, e seu amor pelo pequeno subiu ao grau de rematada cegueira.” (COMPADRE)<br />
B) “O som daquela voz que dissera ‘abra a porta’ lançara entre eles, como dissemos, o espanto e o medo. E não foi sem razão; era<br />
ela o anúncio de um grande aperto, de que por certo não poderiam escapar.”(VIDIGAL)<br />
C) “... uma mulher baixa, excessivamente gorda, bonachona, ingênua ou tola até certo ponto, e finória até outro; vivia do ofício de<br />
parteira, que adotara por curiosidade, e benzia de quebranto; todos a conheciam por muito beata e pela mais desabrida papamissas<br />
da cidade.” (DONA MARIA)<br />
D) “... uma rotunda e gordíssima personagem de cabelos brancos e carão vermelhado, que era o decano da corporação, o mais<br />
antigo dos meirinhos que viviam nesse tempo. A velhice tinha-o tornado moleirão e pachorrento; com sua vagareza atrasava o<br />
negócio das partes; não o procuravam...” (LEONARDO-PATACA)<br />
E) “... era um homem sem ofício nem benefício, vivendo à custa alheia, enchendo de pernas a casa de duas mulheres velhas, a<br />
quem não tinha aproveitado a experiência, e, o que é mais, roubando aos primos o amor de sua prima.” (LEONARDO FILHO)<br />
04. Nas Memórias de um sargento de milícias, só não se enfoca<br />
A) o processo de favelização de uma grande cidade.<br />
B) o uso da palmatória como recurso pedagógico.<br />
C) a ascensão social por apadrinhamento.<br />
D) a devassidão do clero católico.<br />
E) a agregação de não-parentes à família.<br />
Ensino Técnico Concomitante - 2 -
Exame de Seleção CTU/2008 <strong>Prova</strong> I – Tipo B<br />
À hora determinada vieram os dois, padrinho e afilhado, buscar D. Maria e sua família, segundo haviam tratado: era<br />
pouco depois de ave-maria, e já se encontrava pelas ruas grande multidão de famílias, de ranchos de pessoas que se dirigiam uns<br />
para o Campo e outros para a Lapa, onde, como é sabido, também se festejava o Divino. Leonardo caminhava parecendo<br />
completamente alheio ao que se passava em roda dele; tropeçava e abalroava nos que encontrava; uma idéia única roía-lhe o miolo;<br />
se lhe perguntassem que idéia era essa, talvez mesmo o não soubesse dizer. Chegaram enfim mais depressa do que supusera o<br />
barbeiro, porque o Leonardo parecia naquela noite ter asas nos pés, tão rapidamente caminhara e obrigara o padrinho a caminhar<br />
com ele.<br />
(ALMEIDA, Manuel Antônio de. Memórias de um sargento de milícias. Rio de Janeiro: Ediouro, [20-]. p. 55.)<br />
05. No segmento “... o Leonardo parecia naquela noite ter asas nos pés, tão rapidamente caminhara e obrigara o padrinho a caminhar<br />
com ele.”, a parte grifada expressa semanticamente uma<br />
A) conseqüência.<br />
B) condição.<br />
C) intensificação.<br />
D) explicação.<br />
E) comparação.<br />
06. No segmento “... se lhe perguntassem que idéia era essa, talvez mesmo o não soubesse dizer.”, a parte grifada equivale a<br />
A) não conseguisse verbalizar o que pensava.<br />
B) se envergonhasse de dizer o que pensava.<br />
C) achasse arriscado dizer o que pensava.<br />
D) preferisse omitir o que estava pensando.<br />
E) não conhecesse a sua própria interioridade.<br />
07. Atente para os segmentos:<br />
“... talvez mesmo o não soubesse dizer.”<br />
“... mais depressa do que supusera o barbeiro...”<br />
No primeiro trecho, grifou-se uma forma verbal no pretérito imperfeito do subjuntivo e, no segundo, uma forma de pretérito maisque-perfeito<br />
do indicativo. Em verbos como saber e supor, a flexão desses tempos é um pouco mais complexa, podendo gerar<br />
incorreções. Recomenda-se, nesses casos, conjugar o verbo na segunda pessoa do singular do pretérito perfeito do indicativo e<br />
eliminar a desinência -ste. A seguir, somam-se os sufixos -sse e -ra, obtendo-se a primeira pessoa do singular dos dois tempos<br />
citados. Observe o esquema:<br />
soubeste - ste = soube; soube + sse = soubesse<br />
supuseste - ste = supuse; supuse + ra = supusera<br />
Valendo-se da informação anterior, aponte a alternativa em que as formas de pretérito imperfeito do subjuntivo e pretérito mais-queperfeito<br />
do indicativo do verbo entre parênteses estão ambas incorretas.<br />
A) fosse, fora (ser)<br />
B) dissesse, dissera (dizer)<br />
C) pudesse, podera (poder)<br />
D) vesse, vera (ver)<br />
E) visse, viera (vir)<br />
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Exame de Seleção CTU/2008 <strong>Prova</strong> I – Tipo B<br />
Um dia o Leonardo recolhera-se para casa muito mortificado, pois que tendo ido visitar D. Maria estivera com ela longo tempo<br />
sem que Luisinha lhe tivesse aparecido; de maneira que lhe fora forçoso no fim de algumas horas retirar-se sem vê-la. Quem já teve<br />
um namoro, por menos sério que seja, e que levou um logro destes; quem se viu obrigado a aturar por muito tempo a conversação de<br />
uma velha, tendo de concordar com ela em tudo e por tudo para não incorrer-lhe no desagrado, só com o fim de trocar com alguém<br />
um olhar rápido, um sorriso disfarçado ou outra coisa assim, e que por fim de contas nem isso mesmo conseguiu, há de concordar<br />
que o Leonardo tinha toda a razão de estar ardendo com o que lhe sucedera, e o desculparia de qualquer arrebatamento que na<br />
ocasião o acometesse. Há espíritos porém de tal maneira serrazinas*, que se divertem em aumentar a irritação alheia, e que quanto<br />
mais enfiado pilham um infeliz, tanto mais gostam de atirar-lhe alfinetadas.<br />
(ALMEIDA, Manuel Antônio de. Memórias de um sargento de milícias. Rio de Janeiro: Ediouro, [20-]. p. 74-5.)<br />
*serrazina: maçante, enfadonho, chato<br />
08. Nesse segmento, o narrador comunica, principalmente,<br />
A) o grande embaraço ao namoro de Leonardo.<br />
B) a conveniência de uma conversação desinteressante.<br />
C) a razão por que Leonardo se mortificara.<br />
D) as características dos espíritos serrazinas.<br />
E) um pequeno obstáculo a um namoro nada sério.<br />
09. No primeiro período do texto, a oração que inicia com a locução de maneira que tem valor semântico de<br />
A) conseqüência.<br />
B) causa.<br />
C) fim.<br />
D) oposição.<br />
E) tempo.<br />
Se Leonardo se afligira do modo que acabamos de ver pelo contratempo que lhe sobreviera com o aparecimento e com<br />
as disposições de José Manuel, o padrinho não se incomodava menos com isso: vendo que o afilhado se fazia homem, e tendo<br />
decididamente abortado aquele seu gigantesco plano de mandá-lo a Coimbra, enxergava na sobrinha de D. Maria um meio de vida<br />
excelente para o seu rapaz. Verdade é que se lembrava de que D. Maria podia com muito justa razão, se as coisas continuassem do<br />
mesmo modo, quando chegasse o momento do desfecho das coisas, recusar sua sobrinha a um rapaz que não se ocupava em coisa<br />
alguma, e que não tinha futuro. Por este motivo muitas vezes instava com o afilhado para que ensaiasse na cara de algum freguês<br />
tolo, entrar no ofício; porém este recusava-se obstinadamente. A comadre, quando alguma vez aparecia por casa do barbeiro, não<br />
cessava de insistir no seu antigo projeto de fazer o rapaz entrar para a Conceição. Uma ocasião em que nisso falou diante dele,<br />
custou-lhe a história uma forte sarabanda: o rapaz tomara gosto à vida de vadio, e por princípio algum queria deixá-la. E se em outras<br />
ocasiões estava ele desse humor, agora depois dos últimos acontecimentos, quando o amor e o ciúme lhe ocupavam a alma, não<br />
queria ouvir falar em semelhantes coisas; acreditava que a sua melhor ocupação devia consistir em dar cabo do rival que se lhe<br />
antepusera.<br />
(ALMEIDA, Manuel Antônio de. Memórias de um sargento de milícias. Rio de Janeiro: Ediouro, [20-]. p. 59.)<br />
10. Ao instar com o afilhado para que ensaiasse o ofício, o padrinho revela<br />
A) sadismo, pois só um tolo poderia aventurar-se às mãos de Leonardo.<br />
B) preocupação com a persistência do jovem em viver ociosamente.<br />
C) interesse em tornar Leonardo bem-visto aos olhos de Dona Maria.<br />
D) responsabilidade, pois Leonardo estava apto para o trabalho.<br />
E) sua profunda resistência ao projeto que a comadre tinha para Leonardo.<br />
Ensino Técnico Concomitante - 4 -
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11. A aflição de Leonardo em relação às disposições de José Manuel era<br />
A) maior que a do padrinho.<br />
B) menor que a do padrinho.<br />
C) igual à do padrinho, no mínimo.<br />
D) semelhante à da comadre.<br />
E) maior que a da comadre, no mínimo.<br />
12. Aponte a alternativa na qual a expressão em que expressa uma relação semântica diferente da que ocorre no seguinte trecho:<br />
“Uma ocasião em que nisso falou diante dele, custou-lhe a história uma forte sarabanda...”<br />
A) “Um dos principais pontos em que ele passava alegremente as manhãs e tardes em que fugia à escola era a igreja da Sé.”<br />
B) “... a Maria sentou-se a um canto a chorar e a maldizer a hora em que nascera, o dia em que pela primeira vez vira o Leonardo, a<br />
pisadela, o beliscão...”<br />
C) “Era a folhinha mais exata de todas as festas religiosas que aqui se faziam; sabia de cor os dias em que se dizia missa em tal ou<br />
tal igreja...”<br />
D) “Ainda hoje existe no saguão do paço imperial, que no tempo em que se passou esta nossa história se chamava palácio del-rei,<br />
uma saleta ou quarto que os gaiatos e o povo com eles denominavam o Pátio dos Bichos.”<br />
E) “Finalmente aconteceu-lhe por três ou quatro vezes esbarrar-se junto de casa com o capitão do navio em que tinha vindo de<br />
Lisboa...”<br />
13. Aponte a opção em que a divisão silábica de uma das palavras está incorreta.<br />
A) dois; fa-mí-lia; ha-vi-am<br />
B) ruas; pes-so-as; di-ri-gi-am<br />
C) a-lhei-o; pas-sa-va; a-bal-ro-a-va<br />
D) i-déi-a; ro-í-a; mi-o-lo<br />
E) bar-bei-ro; pa-re-ci-a; ca-mi-nhar<br />
14. Observe que no trecho “aquele seu gigantesco plano de mandá-lo a Coimbra...”, o narrador emprega apenas o “a” preposição antes<br />
da indicação do nome de cidade, que não aceita o artigo, não havendo, portanto, o sinal que marca a crase. Nas opções seguintes,<br />
transcrevemos pequenos segmentos da obra Memórias de um sargento de milícias. Em um deles, omitimos ou acrescentamos<br />
indevidamente o acento grave indicativo da crase. Assinale-o.<br />
A) “... estando a Maria encostada à borda do navio, o Leonardo fingiu que passava distraído por junto dela...”<br />
B) “O canto do Leonardo foi o derradeiro toque de rebate para esquentar-se a brincadeira, foi o adeus as cerimônias.”<br />
C) “Tudo daí em diante foi burburinho, que depressa passou à gritaria, e ainda mais depressa à algazarra...”<br />
D) “... achava melhor metê-lo na Conceição a aprender um ofício. O compadre porém persistiu em seus intentos...”<br />
E) “— Venho dizer a V. Rev. ma , disse o menino entrando, que amanhã às dez horas há de estar na igreja.”<br />
Enquanto a comadre dispunha seu plano de ataque contra José Manuel, Leonardo ardia em ciúmes, em raiva, e nada havia que<br />
o consolasse em seu desespero, nem mesmo as promessas de bom resultado que lhe faziam o padrinho e a madrinha. O pobre<br />
rapaz via sempre diante de si a detestável figura de seu rival a desconcertar-lhe todos os planos, a desvanecer-lhe todas as<br />
esperanças. Nas horas de sossego entregava-se às vezes à construção imaginária de magníficos castelos, castelos de nuvens, é<br />
verdade, porém que lhe pareciam por instantes os mais sólidos do mundo; de repente surdia-lhe de um canto o terrível José Manuel<br />
com as bochechas inchadas; e soprando sobre a construção, a arrasava num volver d’olhos.<br />
(ALMEIDA, Manuel Antônio de. Memórias de um sargento de milícias. Rio de Janeiro: Ediouro, [20-]. p. 61.)<br />
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15. São afirmações válidas a respeito do texto, exceto<br />
A) O narrador emprega a forma verbal ardia em sentido figurado.<br />
B) Referindo-se à comadre, o narrador emprega uma terminologia bélica.<br />
C) O narrador faz uma incursão pela psicologia do personagem Leonardo.<br />
D) A figura do rival apresenta-se palpável aos olhos de Leonardo.<br />
E) A forma verbal surdia está na acepção de surgia, aparecia.<br />
16. Aponte a alternativa na qual a palavra que exerce uma função morfológica diferente da que ocorre no seguinte trecho: “... e nada<br />
havia que o consolasse em seu desespero...”.<br />
A) “Uma das quatro esquinas que formam as ruas do Ouvidor e da Quitanda, cortando-se mutuamente, chamava-se nesse tempo -<br />
O canto dos meirinhos...”<br />
B) “... formavam um dos extremos da formidável cadeia judiciária que envolvia todo o Rio de Janeiro no tempo em que a demanda<br />
era entre nós um elemento de vida...”<br />
C) “Entre os termos que formavam essa equação meirinhal pregada na esquina havia uma quantidade constante, era o<br />
Leonardo-Pataca.”<br />
D) “Chamavam assim a uma rotunda e gordíssima personagem de cabelos brancos e carão avermelhado, que era o decano da<br />
corporação...”<br />
E) “Ninguém sabe que significação fatalíssima e cruel tinham estas poucas palavras! eram uma sentença de peregrinação eterna...”<br />
17. “... as promessas de bom resultado que lhe faziam o padrinho e a madrinha.” Das reescritas desse segmento, somente uma<br />
compromete algum princípio da língua culta. Assinale-a.<br />
A) ... as promessas de bom resultado as quais lhe faziam o padrinho e a madrinha.<br />
B) ... as promessas de bom resultado que o padrinho e a madrinha faziam a ele.<br />
C) ... as promessas de bom resultado que lhe fazia o padrinho e a madrinha.<br />
D) ... as promessas de bom resultado que faziam-lhe o padrinho e a madrinha.<br />
E) ... as promessas de bom resultado que a ele faziam o padrinho e a madrinha.<br />
18. Leia, com atenção, o seguinte soneto.<br />
Quando cheios de gosto, e de alegria<br />
Estes campos diviso florescentes,<br />
Então me vêm as lágrimas ardentes<br />
Com mais ânsia, mais dor, mais agonia.<br />
Aquele mesmo objeto, que desvia<br />
Do humano peito as mágoas inclementes,<br />
Esse mesmo em imagens diferentes<br />
Toda a minha tristeza desafia.<br />
Se das flores a bela contextura<br />
Esmalta o campo na melhor fragrância,<br />
Para dar uma idéia de ventura;<br />
Como, ó Céus, para os ver terei constância,<br />
Se cada flor me lembra a formosura<br />
Da bela causadora de minha ânsia?<br />
(COSTA, Cláudio Manuel da. Apud CEREJA, William Roberto; MAGALHÃES, Thereza Cochar. Português: linguagens. São Paulo: Atual, 2003. p. 146.)<br />
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Considere as seguintes afirmações, antepondo-lhes V ou F, conforme sejam Verdadeiras ou Falsas.<br />
( ) O adjetivo cheios refere-se ao eu lírico. (1ª estrofe)<br />
( ) A alegria dos campos provoca sentimento oposto no eu lírico. (1ª estrofe)<br />
( ) O sentimento provocado pelos campos no eu lírico é contrário ao que provoca em outras pessoas. (2ª estrofe)<br />
( ) Ao longo do soneto, o eu lírico vale-se de construções na ordem inversa.<br />
( ) O soneto tematiza a frustração amorosa.<br />
Aponte, agora, a alternativa que registra a seqüência resultante.<br />
A) F, F, F, V, V<br />
B) V, V, V, V, F<br />
C) V, V, F, F, F<br />
D) V, V, V, V, V<br />
E) F, V, V ,V, V<br />
19. O poeta Gregório de Matos<br />
B) produziu sua obra no século XVII.<br />
C) poupou os poderosos, em sua obra satírica.<br />
D) distancia-se do barroco na poesia lírica religiosa.<br />
E) repudiou o conceptismo e o cultismo barrocos.<br />
F) repeliu, na sátira, a linguagem chula.<br />
20. Leia o seguinte trecho.<br />
Eu, Marília, não fui nenhum vaqueiro,<br />
fui honrado pastor da tua aldeia;<br />
vestia finas lãs e tinha sempre<br />
a minha choça do preciso cheia.<br />
Tiraram-me o casal e o manso gado,<br />
nem tenho a que me encoste um só cajado.<br />
Para ter que te dar, é que eu queria<br />
de mor rebanho ainda ser o dono;<br />
prezava o teu semblante, os teus cabelos<br />
ainda muito mais que um grande trono.<br />
Agora que te oferte já não vejo,<br />
Além de um puro amor, de um são desejo.<br />
(GONZAGA, Tomás Antônio. Apud CEREJA, William Roberto; MAGALHÃES, Thereza Cochar. Português: linguagens. São Paulo: Atual, 2003. p. 148.)<br />
Nesse texto, o eu lírico<br />
A) afina-se com o ideário poético do barroco.<br />
B) lamenta a condição material perdida.<br />
C) registra sua prosperidade no presente.<br />
D) menciona o passado de privações.<br />
E) afasta-se da temática árcade.<br />
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Exame de Seleção CTU/2008 <strong>Prova</strong> I – Tipo B<br />
FÍSICA<br />
21. Um ônibus faz o trajeto entre duas cidades em duas etapas. Na primeira, percorre uma distância de 75 km em 45 min. Na segunda,<br />
percorre 110 km em 75 min. A velocidade média do ônibus, durante toda a viagem, é de<br />
A) 1,6 km/h. B) 64 km/h. C) 92,5 km/h. D) 94,0 km/h. E) 120 km/h.<br />
22. Para a montagem de um filme caseiro, um estudante da 3ª série do ensino médio utilizou um espelho esférico côncavo, obtendo uma<br />
imagem virtual, maior e direita. Nas opções abaixo, assinale a posição do objeto no eixo principal do sistema óptico.<br />
A) antes do centro de curvatura do espelho<br />
B) no centro de curvatura do espelho<br />
C) entre o centro e foco do espelho<br />
D) no foco do espelho<br />
E) entre o foco e o vértice do espelho<br />
23. A barra homogênea BC da figura, a seguir, tem peso P = 1,0.10 5 N e seu comprimento é de 10 m. O centro de gravidade CG e o<br />
ponto de apoio A da barra estão, respectivamente, a 5,0 m e 2,0 m da extremidade B. Qual é o peso do corpo X que deve ser<br />
suspenso no ponto B para manter a barra em equilíbrio na posição horizontal?<br />
X<br />
B A CG C<br />
A) 5,0.10 5 N B) 1,5.10 5 N C) 2,0.10 5 N D) 3,0.10 5 N E) 6,0.10 6 N<br />
24. Um chuveiro elétrico tem 4400 W de potência. Calcule o consumo de energia em kWh, em 30 dias, desse chuveiro instalado em uma<br />
residência em que moram 5 pessoas e que fica ligado, em média, 1 hora por dia. Calcule também o gasto em reais, admitindo que o<br />
custo do kWh seja de 70 centavos.<br />
A) 132 kWh e 100 Reais<br />
B) 100 kWh e 100 Reais<br />
C) 100 kWh e 70 Reais<br />
D) 132 kWh e 92,4 Reais<br />
E) 77 kWh e 49 Reais<br />
25. Uma partícula está submetida a um potencial elétrico de 12 V. Se a sua carga elétrica é de 2_C, qual é a energia elétrica acumulada<br />
pela carga?<br />
A) 24 J B) 120 J C) 1500 J D) 5 .10 - 18 J E) 24 .10 - 6 J<br />
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26. As situações descritas abaixo estão relacionadas com o fenômeno da dilatação.<br />
I – Todo material aumenta suas dimensões com aumento de temperatura.<br />
II – A substância água pura em 4 ºC apresenta a maior densidade possível.<br />
III – Na contração de volume de um corpo, perde-se massa na mesma proporção.<br />
Assinale a alternativa correta.<br />
A) Somente a I está correta.<br />
B) Somente a II está correta.<br />
C) Somente a III está correta.<br />
D) II e III estão corretas<br />
E) I e III estão corretas.<br />
27. Uma partícula de massa igual a 5,0 . 10 – 3 kg desloca-se pelo espaço com velocidade de aproximadamente 10 3 m/s em relação a um<br />
dado referencial. Com base nesses dados, podemos afirmar que sua energia cinética é de aproximadamente<br />
A) 2,5.10 3 J. B) 2,5.10 6 J. C) 2,5.10 3 cal. D) 5,0.10 3 J. E) 2,5.10 3 m/s.<br />
28. Para a partícula da questão anterior, podemos afirmar que sua quantidade de movimento tem valor aproximadamente igual a<br />
A) 2,5.10 3 kg.m/s. B) 5.10 3 kg.m/s. C) 5.10 kg.m/s. D) 5 kg.m/s. E) 5 J.<br />
29. Um pára-quedista desce com velocidade constante de 5 m/s. Sendo a massa do conjunto de 100 kg e a aceleração da gravidade de<br />
10 m/s 2 , a força de resistência do ar é de<br />
A) 10 N. B) 100 N. C) 1000 N. D) 500 N. E) 50 N.<br />
30. Ao analisar a relação entre pressão, volume e temperatura de um gás, que são algumas das suas variáveis de estado, é possível<br />
concluir que<br />
A) a pressão é inversamente proporcional à temperatura e diretamente proporcional ao volume.<br />
B) a pressão é diretamente proporcional à temperatura e ao volume.<br />
C) a pressão é inversamente proporcional à temperatura e ao volume.<br />
D) a pressão é diretamente proporcional à temperatura e inversamente proporcional ao volume.<br />
E) a pressão está relacionada com o quadrado da temperatura.<br />
QUÍMICA<br />
31. Os compostos NaNO3; NH4OH; H2SO4 pertencem, respectivamente, às funções<br />
A) sal, base e ácido.<br />
B) ácido, base e sal.<br />
C) base, sal e ácido.<br />
D) sal, ácido e base.<br />
E) ácido, sal e ácido.<br />
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Exame de Seleção CTU/2008 <strong>Prova</strong> I – Tipo B<br />
32. Gelo-seco é o nome popular do CO2 sólido. Nas condições ambientes, esse material sofre sublimação, isto é, passa diretamente do<br />
estado sólido para o gasoso. Nesse processo, são rompidas<br />
A) as ligações covalentes.<br />
B) as ligações iônicas.<br />
C) as interações do tipo ligações do hidrogênio.<br />
D) as interações do tipo forças de Van Der Waals.<br />
E) as interações do tipo dipolo – dipolo.<br />
33. Considerando os átomos 53I 137 e 53I 131 , é correto afirmar que<br />
A) possuem o mesmo número de massa.<br />
B) possuem o mesmo número de nêutron.<br />
C) são isótopos.<br />
D) possuem diferentes números de prótons.<br />
E) possuem 74 elétrons.<br />
34. Das seguintes misturas:<br />
I. água / gasolina<br />
II. água / sal<br />
III. água / areia<br />
IV. gasolina / sal<br />
V. gasolina / areia<br />
Quais dessas misturas são homogêneas?<br />
A) Nenhuma B) Somente II C) II e III D) I e II E) II e IV<br />
35. Considere os seguintes elementos e seus respectivos números atômicos:<br />
I. K ( 19 ) II. Fe ( 26 ) III. Mg ( 12 ) IV. N ( 7 ) V . Cr ( 24 )<br />
Dentre eles, apresentam elétrons no subnível d<br />
A) I e II. B) III, IV e V. C) I, III e V. D) somente a II. E) II e V.<br />
36. Qual dos seguintes gases, à temperatura e pressão ambiente, é formado por moléculas monoatômicas?<br />
A) argônio<br />
B) ozônio<br />
C) nitrogênio<br />
D) oxigênio<br />
E) hidrogênio<br />
37. A equação:<br />
Ca(OH)2 + H3PO4 _ Ca3(PO4)2 + H2O<br />
não está balanceada. Balanceando-a com os menores números possíveis, a soma dos coeficientes estequiométricos será<br />
A) 4. B) 7. C) 10. D) 11. E) 12.<br />
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38. O subnível mais energético do átomo de um elemento no estado fundamental é 5p 4 . Portanto, o seu número atômico e a sua<br />
posição na tabela periódica será<br />
A) 40, 5A e 5 O período.<br />
B) 34, 4A e 4 O período.<br />
C) 56, 6A e 5 O período.<br />
D) 52, 6A e 5 O período.<br />
E) 55, 5A e 5 O período.<br />
39. Associe as atividades do cotidiano, abaixo, com as técnicas de laboratório apresentadas a seguir:<br />
( ) coar um suco de limão<br />
( ) preparação de chá de saquinho<br />
( ) preparação de um cafezinho solúvel<br />
1.destilação 2.extração 3.solubilização 4.filtração<br />
A seqüência correta é<br />
A) 3, 2 e 4. B) 4, 2 e 3. C) 4, 2 e 1. D) 1, 2 e 3. E) 3, 2 e 3.<br />
40. Após o início da ebulição da água, observam-se bolhas subindo do interior para a superfície do líquido. Essas bolhas são constituídas<br />
de<br />
A) ar.<br />
B) hidrogênio.<br />
C) vapor d´água.<br />
D) mistura de hidrogênio e oxigênio.<br />
E) oxigênio.<br />
BIOLOGIA<br />
41. A definição do mosaico fluído para a membrana plasmática deve-se ao fato de<br />
A) a membrana plasmática flutuar no citoplasma.<br />
B) a membrana ser formada por fosfolipídios.<br />
C) a membrana ser permeável.<br />
D) as proteínas deslocarem-se na camada fluída de lipídios.<br />
E) as moléculas serem polares ou polarizadas.<br />
42. Nas alergias, ocorre a produção exagerada de<br />
A) alérgenos.<br />
B) imunoglobulinas E (Ig E).<br />
C) imunoglobulinas M (Ig M).<br />
D) linfócitos B.<br />
E) linfócitos T.<br />
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43. Marque a alternativa que contém alimentos que são fontes das proteínas completas.<br />
A) pão, leite, verduras, legumes e feijão<br />
B) frutas, verduras, cereais, queijo e peixe<br />
C) carne, leite, peixe, queijo e verduras<br />
D) carne, leite, verduras, peixe e ovos<br />
E) carne, leite, queijo, peixe e ovos<br />
44. As duas unidades básicas que formam os lipídios encontrados em maior quantidade nos alimentos são<br />
A) glicerol e álcool.<br />
B) álcool e glicídios.<br />
C) álcool e ácidos graxos.<br />
D) polissacarídeo e glicogênio.<br />
E) glicerol e polissacarídeo.<br />
45. Em relação à cromatina sexual, quantas possui uma mulher normal e um homem normal?<br />
A) na mulher, há duas e, no homem, duas.<br />
B) na mulher, há duas e, no homem, uma.<br />
C) na mulher, há duas e, no homem, nenhuma.<br />
D) na mulher, há uma e, no homem, uma.<br />
E) na mulher, há uma e, no homem, nenhuma.<br />
46. Na osmose, a relação entre a Pressão de Sucção (PS) com a Pressão Osmótica (PO) e a Pressão deTurgência (PT) é dada pela<br />
relação<br />
A) PS = PO – PT.<br />
B) PO = PT – OS.<br />
C) PS = PO + PT.<br />
D) PT = PO – OS.<br />
E) NRA.<br />
47. Transcreva a mensagem TAGGTACCT do código do DNA para o código do RNA.<br />
A) ATCCATGGA<br />
B) UUCCUUGGU<br />
C) UTCCUTGGU<br />
D) AUCCAUGGA<br />
E) NRA<br />
48. Códon pode ser definido como um<br />
A) trio de bases de RNA-m.<br />
B) trio de bases de RNA-t.<br />
C) trio de bases de RNA-r.<br />
D) trio de bases de DNA.<br />
E) NRA.<br />
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49. Marque a alternativa que explica como os genes conseguem controlar o metabolismo.<br />
A) Através do RNA.<br />
B) A coleção de enzimas controla o metabolismo, essa coleção depende do DNA.<br />
C) Através do anabolismo que é controlado pelo DNA.<br />
D) Através do catabolismo que é controlado pelo DNA.<br />
E) Através dos aminoácidos produzidos a partir dos genes.<br />
50. A função do Complexo Golgiense, nas células glandulares, é<br />
A) sintetizar proteínas e enviá-las para o citoplasma.<br />
B) concentrar os radicais livres e enviá-los para serem eliminados.<br />
C) sintetizar glicídios e concentrar proteínas que, em seguida, serão eliminadas.<br />
D) sintetizar lipídios esteróides.<br />
E) oxidar ácidos graxos e colaborar na produção de colesterol.<br />
51. Na capa de sua prova, encontra-se impresso o tipo do seu gabarito. Marque a letra “B” correspondente ao tipo do seu gabarito.<br />
Lembre-se de que a marcação desta questão é de suma importância para a correção de seu cartão.<br />
A B C D E<br />
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